w w w . r b o . o r g . b r
Artigo
original
Os
bons
resultados
funcionais
do
reparo
artroscópico
das
lesões
extensas
do
manguito
rotador
mantêm-se
em
longo
prazo?
夽
Alberto
Naoki
Miyazaki
∗,
Pedro
Doneux
Santos,
Luciana
Andrade
da
Silva
∗,
Guilherme
do
Val
Sella,
Sérgio
Luiz
Checchia
e
Alexandre
Maris
Yonamine
FaculdadedeCiênciasMédicasdaSantaCasadeSãoPaulo,SãoPaulo,SP,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem12defevereirode2015 Aceitoem19defevereirode2015 On-lineem20deoutubrode2015
Palavras-chave: Bainharotadora Artroscopia/método Estudosdeavaliac¸ão
r
e
s
u
m
o
Objetivos:Avaliarseosbonseexcelentesresultadosfuncionaisdoreparoartroscópicodas lesõesextensasdomanguitorotadorsemantêmemlongoprazo
Métodos:Apartirdaamostradotrabalhofeitopornossogrupoem2006,noqualavaliamos osresultadosfuncionaisdoreparoartroscópicodaslesõesextensasdomanguitorotador, foramreavaliados35pacientes,totalizandooitoanosapósaprimeiraavaliac¸ão.Critériosde inclusão:pacientescomlesãoextensadomanguitorotadoroperadosportécnica artroscó-picaqueparticiparamdotrabalhoanteriorequeobtiverambonsouexcelentesresultados segundooscritériosdaUCLA.Critériosdeexclusão:pacientesquenãoobtiveramresultado bomouexcelentesegundooscritériosdaUCLAnaprimeiraavaliac¸ão.
Resultados:Dos35pacientesreavaliados,91%mantiveram-secombonseexcelentes resul-tados(40%excelentes,51%bons),3%regularese6%ruins.Ointervalodetempoentrea primeiraeasegundaavaliac¸ãofoideoitoanos,otempodeseguimentomínimodesdeo pós-operatórioimediatofoidenoveanos,variouentrenovee17anoscommédiade11,4. Conclusão:Osbonseexcelentesresultadosdoreparoartroscópicodaslesõesextensasdo manguitorotadormantiveram-seemsuamaioria(91%)comomesmoníveldefunc¸ãoe satisfac¸ãomesmoapósoitoanosdesuaprimeiraavaliac¸ão,totalizandotempode segui-mentocommédiade11,4anos.
©2015SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.
夽
TrabalhodesenvolvidonoDepartamentodeOrtopediaeTraumatologia,FaculdadedeCiênciasMédicasdaSantaCasadeSãoPaulo (DOT-FCMSCSP),SãoPaulo,SP,Brasil.
∗ Autoresparacorrespondência.
E-mails:lucalu01@me.com(A.N.Miyazaki),amiyazaki@uol.com.br(L.A.Silva).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2015.02.007
Are
the
good
functional
results
from
arthroscopic
repair
of
massive
rotator
cuff
injuries
maintained
over
the
long
term?
Keywords: Rotatorcuff
Arthroscopy/method Evaluationstudies
a
b
s
t
r
a
c
t
Objective: Toevaluatewhetherthegoodandexcellentfunctionalresultsfromarthroscopic repairofmassiverotatorcufftearsaremaintainedoverthelongterm.
Methods:Fromthesampleofthestudyconductedbyourgroupin2006,inwhichwe evalua-tedthefunctionalresultsfromarthroscopicrepairofmassiverotatorcufftears,35patients werereassessed, eightyearsafter thefirstevaluation.The inclusioncriteriawerethat thesewerepatientswithmassiverotatorcufftearsoperatedbymeansofanarthroscopic technique,whoparticipatedinthepreviousstudyandachievedgoodorexcellentoutcomes accordingtotheUCLAcriteria.Patientswhoseresultswerenotgoodorexcellentinthefirst evaluationaccordingtotheUCLAcriteriawereexcluded.
Results: Amongthe35patientsreassessed,91%ofthemcontinuedtopresentgoodand excellentresults(40%excellentand51%good),while3%presentedfairresultsand6%poor results.Thetimeintervalbetweenthefirstandsecondevaluationswaseightyearsand theminimumlengthoffollow-upsincetheimmediatepostoperativeperiodwasnineyears (range:9to17years),withanaverageof11.4years.
Conclusion: Thegoodandexcellentresultsfromarthroscopicrepairofmassiverotatorcuff tearsweremostlymaintained(91%),withthesameleveloffunctionandsatisfaction,even thougheightyearshadpassedsincethefirstassessment,withafollow-upperiodaveraging 11.4years.
©2015SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.
Introduc¸ão
Alesãodomanguitorotadoréconsideradaumadasdoenc¸as maiscomunsdoombro.1Suaincidênciaémaiornosexo
femi-ninonafaixaentre55e60anos1epodeterorigemtraumática
oudegenerativa2,3 Podeserclassificadadeacordocom seu
tamanhocomopequena,média,grandeeextensa.4Aslesões
pequenas,quandonãoadequadamentetratadas,podem evo-luirparalesõesextensascujotratamentoéumdesafiomesmo paracirurgiõesexperientes.
Acirurgiaparatratamentodaslesõesextensasdo man-guito rotador (LEMR), quando indicada, envolve grande complexidade técnica decorrente da má qualidade e/ou retrac¸ãodotendãoquedificultaoreparo.5-8
Comoaprimoramentodatécnicaartroscópicaépossível tratar essas lesões de forma menos invasiva, sem agres-são à musculatura do deltoide. Tornam-se possíveis uma reabilitac¸ãomaisprecoceemenoríndicedecomplicac¸ões pós--operatórias.9-12 OreparoartroscópicodasLEMR,apesarda
altataxadererrutura,13levaabonsresultadosfuncionaiscom
altoíndicedesatisfac¸ão.14-16
Entretanto,seráqueessesbonsresultadossemantêmem longoprazo?Naliteratura,aindasãopoucosostrabalhosque mostramosbonsresultadosdessatécnicacomseguimento emlongoprazo.5,13,17
Em2006nosso grupo avaliou 61 casos de lesões exten-sasdomanguitorotadorsubmetidosaoreparoartroscópico eobteve89%debonseexcelentesresultadospeloscritérios daUCLA.14,18
Comoobjetivodeavaliaremlongoprazonossos resulta-dosclínicos,nospropusemosareavaliar,oitoanosdepois,o
mesmogrupodepacientesavaliadosem2006everificarse houve,ounão,manutenc¸ãodosresultados.
Casuística
e
métodos
Emagostode2006oGrupodeCirurgiadeOmbroeCotovelo danossainstituic¸ãoavaliouosresultadosdotratamentode 61 pacientes com lesões extensas do manguito rotador operadosportécnicaartroscópica.14Dessegrupoforam
sele-cionadosaquelesqueobtiverambonsexcelentesresultados afimdeavaliarsesemantiveramapósoitoanos;portanto, foramconsideradoscritériosdeinclusão:pacientescomlesão extensadomanguitorotadoroperadosportécnica artroscó-picaqueparticiparamdotrabalhoanteriorequeobtiveram bonsouexcelentesresultadossegundooscritériosdaUCLA.18
Foram excluídosospacientes quenão obtiveramresultado bomouexcelentenaprimeiraavaliac¸ãoepacientescujo con-tatoparareavaliac¸ãonãofoipossível.Comessescritérios,do grupoinicialde61pacientes,53quehaviamsido classifica-doscomobonseexcelentesresultadosforamincluídosneste trabalho.Desses,sófoipossívelreavaliar35.Aamostra per-dida(18pacientes–33%)écompostapor15pacientesquenão foramlocalizados,doisóbitoseumpacientequesenegoua participardapesquisa(tabela1).
Otempo entreaprimeiraavaliac¸ãoeareavaliac¸ão pro-postafoideoitoanos.Otempodeseguimentomínimodesde opós-operatórioimediatofoidenoveanos,variouentrenovee 17anos,commédiade11,4anos(tabela1).
Tabela1–Dadosclínicosdospacientes
Caso Sexo Dom Idade Mobpós Rer Seg UCLA
1 M + 72 130/50/t7 + 204 32
2 M + 68 110/60/L1 120 17
3 M + 63 160/60/T7 123 35
4 F + 75 130/60/T10 145 33
5 M + 74 160/60/T7 130 34
6 M + 52 150/40/t9 119 34
7 M + 72 150/60/T5 156 34
8 M 75 120/45/L1 114 29
9 M + 76 120/60/T10 152 29
10 F + 71 160/70/T7 120 32
11 M + 83 130/40/L1 109 34
12 F 82 130/45/L1 141 30
13 M + 84 140/45/T7 171 35
14 F + 87 120/45/T12 126 34
15 F + 77 120/60/L1 143 33
16 F + 85 130/60/t12 136 33
17 M 71 140/50/t10 130 34
18 F + 69 100/45/L1 + 122 28
19 M + 77 150/80/T12 117 35
20 F + 93 130/30/T10 170 25
21 F 80 120/45/10 161 32
22 F + 79 130/30/t10 122 34
23 F + 77 140/60/L1 149 33
24 F + 82 120/45/L1 114 30
25 F + 67 150/45/T12 123 32
26 F + 85 110/45/T12 134 28
27 F 85 110/45/t12 122 29
28 F 85 140/45/T12 120 31
29 M + 79 140/40/T12 157 32
30 M + 64 130/60/t10 176 34
31 M + 67 140/30/L1 109 29
32 M + 70 120/60/t12 + 135 19
33 M 69 150/40/T10 157 35
34 F + 83 140/45/T12 152 34
35 M 76 130/50/L2 126 34
M,masculino;F,feminino;Dom,dominância;mobpós,mobilidadepós-operatória;Rer,rerruptura;Seg,seguimentoemmeses. Fonte:Arquivosmédicosdohospital.
28(80%)casos.Entreaslesões,30(85%)foramdecorrentesde traumaouesforc¸ofísiconoombro(tabela1).
Dos35pacientes,27(77%)tinhamlesõesque comprome-tiamtotalouparcialmenteainserc¸ãodotendãodomúsculo subescapular,alémdalesãodotendãodosupraespinale infra-espinal.Aacromioplastiafoifeitaem30(85%)pacientesea ressecc¸ãodaextremidadedistaldaclavícula,emsete(20%). Emrelac¸ãoàcabec¸alongadobícepsbraquial,em14casosfoi feitaatenotomiaseguidadatenodese,emcincocasosapenas tenotomiaenosoutroscincootendãonãoestavanosulco bicipital.
Emtodosospacientesasuturadalesãofoifeitapormeio de âncoras; o número usado variou de duas a cinco, com médiadetrês.Onúmerodepontosfeitosvarioudecincoa 10,commédiadesete.Em31casosforamfeitostambém pon-tostendão-tendãoparaaproximarasbordasdalesãoantes dasuturaaoosso,commédiadedoispontostendão-tendão, variac¸ãodeumaquatropontos.
Demaioaoutubrode2014todosospacientesforam rea-valiadosclinicamentepelométododaUniversityofCalifornia atLosAngeles(UCLA)18eamobilidadearticularfoireavaliada
pelosparâmetrosdescritosporHawkinseBokos19(tabela1).
Paraavaliarseogrupodepacientesestudadosfoidiferente dogrupo depacientesperdidos(cercade 33%da amostra), comparamosasvariáveissexo,idadeedominânciaentreos dois grupos a fim de diminuir o viés nos resultados. Para comparar asvariáveis gêneroedominânciausou-seoteste exatodeFishereparacompararasmédiasdeidadeusou-se otestetdeStudent,supondovariânciasiguais,umavez tes-tadasàsaderênciasàdistribuic¸ãonormaldaidadenosdois grupospelotestedeAndersonDarlingeaigualdadede vari-ânciaspelotesteF.
Umavezvalidadaaamostraatual,paracompararoarco demovimentodoombro,quandohaviasomentedoisgrupos foiusadootestenãoparamétricodediferenc¸ademédiasde Mann-Whitney.Quandohaviatrêsoumaisgruposfoiusada aanálisedevariâncianãoparamétricadeKruskal-Wallis.Já paracomparar oUCLA,18 divididoentreafaixaexcelentee
bomeafaixaregulareruim,foiusadootestede independên-ciaexatodeFisher.
Todosostestesforamfeitoscomumníveldesignificância igual5%(p≥0,05).
35
30
25
20
15
10
5
0
2006 2014
31,3
33,5
UCLA
Figura1–Avaliac¸ãofuncionalpeloscritériosdaUCLA: variac¸ãodamédia2006e2014.
Resultados
Na validac¸ão da amostra, o grupo sem seguimento foi compostopor18pacienteseogrupopesquisadopor35 paci-entes.Não houvediferenc¸aquantoàdistribuic¸ãodegênero (p=0,773) e da dominância (p=0,464) para os dois grupos. Supondoquehouveaderênciaàdistribuic¸ãonormalparaa variávelidadenosdoisgrupos(p=0,619ep=0,631)eigualdade devariâncias(p=0,569),otestet deStudentnãorejeitou a hipótesedeigualdadeentreasidadesmédiasnosdoisgrupos (p=0,162).Assim,aamostrafoiconsideradavalidada.
Ao reavaliarmos esses 35 pacientes pelos critérios da UCLA,18obtivemospontuac¸ãomédiade31,31(17a35)(fig.1e
tabela1).Tivemos40%deresultadosexcelentes,51%bons,3%
regulare6%ruins.FoiobservadapioriadoresultadodoUCLA18
emapenas9%doscasos.Aamplitudemédiademovimento foide132◦deelevac¸ão(100◦-160◦),50◦derotac¸ãolateral(30◦ a70◦),rotac¸ãodemedialdeT10(T7-L2).Foramconstatadas rerrupturaemtrês casos comdois pacientes que mantive-ramexcelenteoubomresultadoeumqueapresentoupioria
(tabela1).Pacientessubmetidosaacromioplastia
apresenta-rammelhoresresultadospelos critériosda UCLA18 quando
comparadoscompacientesnãosubmetidos.(p:0,02).
Discussão
Naliteraturaencontramostrabalhossobreoreparo artroscó-picodaslesõesextensasdomanguitorotadordeseguimento emcurtoprazocomresultadosencorajadores.JoneseSavoie et al.16 avaliaram retrospectivamente 50 casos de lesões
grandeseextensasreparadasportécnica artroscópicacom seguimento médio de 32 meses e obtiveram índice de satisfac¸ão de 98% e média de 32,7 pelo método da UCLA, com88%dospacientesclassificadoscomoresultadobomou excelente.16Bennet15avaliou37casoscomseguimentomédio
de3,2anoscom78%daslesõesreparadascompletamentee obtevemédiadescoreAsesde77paralesõesdepadrão pos-terossuperiore85paralesõesdepadrãoanterossuperior.Em 2009publicamosumasériecom61casosdelesõesextensasdo manguitorotadorcomseguimentomédiode36mesese obti-vemos89%deresultadosbonseexcelentesresultadospelo métododeUCLA.14,18
MaisrecentementeDenardetal.5fizeramumaavaliac¸ão
emlongoprazode126casoscomseguimentomínimodecinco anosemédiode8,2anoseobtiveram78%debonsou excelen-tesresultadospelométododeUCLA.Obtivemosamanutenc¸ão de91% dosresultadosconsideradosbonseexcelentespelo método de UCLA.18 Nossos resultados demonstram
igual-mente o desfecho favorável da técnica artroscópica,assim comoamanutenc¸ãodosbonseexcelentesresultadosmesmo apóslongotempodesuaprimeiraavaliac¸ão.
Emrelac¸ãoàmobilidadenãofoiobservadadiminuic¸ãodo arco de movimento significativatanto para elevac¸ão como rotac¸ãolateralemedial.Nãofoiobservadadiferenc¸aquanto aosresultadosfuncionaisquandoforamcomparadascausas traumáticas eatraumáticasda lesão.Onúmero deâncoras usadasnãoinfluenciounosresultados,assimcomoas dife-rentesabordagensnocabolongodobíceps.
Pacientessubmetidosàacromioplastiaobtiverammelhor resultadopelométododaUCLA18emrelac¸ãoaospacientes
nãosubmetidos(p=0,029),muitoprovavelmenteporse tra-tardelesõesmaisgravesnasquaisocirurgiãooptoupornão fazeraacromioplastiapelaaltaprobabilidadedererruptura.20
Verificamospioriadoresultadofuncionalemapenastrês paci-entesquepodeserexplicadoporqueumétabagistadelonga data(caso2),outropraticavaesportesfrequentemente(caso 32)eoterceirotevepioriadascomorbidadesprévias(caso20). Encontramosemalgunstrabalhosquehábitossociaiscomo tabagismoeatividadesocupacionaisteminfluêncianegativa nacicatrizac¸ãotendinosa.21
O número de rerrupturas diagnosticadasneste trabalho foi muito pequeno, emdesacordo com a literatura, prova-velmente pornãofazermos deforma rotineiraressonância magnética doombro nospacientes assintomáticos.22
Acre-ditamos, porém,assimcomo Gerberetal.,23Jost etal.24 e
Melladoetal.,25quearerrupturadotendãoreparadonãoestá
necessariamenteassociadaamausresultadosclínicos,como observadonocaso1,que,apesardarerrupturaverificadana ressonância deombro,permanececomexcelente resultado funcional(tabela1).
Como fator limitantedeste trabalho, podemoscitarque tivemosaperdade33%daamostra,oquepodelevaraalgum viés nosresultados.Apesar de quetomamoso cuidadode compararasamostras(estudadaeperdida)epormeiode tes-tesestatísticosobservarquenãohaviaheterogeneidadeentre elas.
Conclusão
Atécnicaartroscópicamostrou-seefetivanotratamentodas lesõesextensasdomanguitorotador,mesmoemlongoprazo. Dogrupodos35pacientesosbonseexcelentesresultadosdo reparoartroscópicomantiveram-seemsuamaioria(91%)com omesmoníveldefunc¸ãoesatisfac¸ãodurantetodooperíodo, commédiade11,4anos.
Conflitos
de
interesse
r
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
s
1. WhiteJJ,TitchenerAG,FakisA,TambeAA,HubbardRB,Clark
DI.Anepidemiologicalstudyofrotatorcuffpathologyusing
TheHealthImprovementNetworkdatabase.BoneJointJ.
2014;96-B(3):350–3.
2. FukudaH.Partialthicknessrotatorcufftears:amodernview
onCodman’sclassic.JShoulderElbowSurg.2000;9(2):163–8.
3. SorensenAK,BakK,KrarupAL,ThuneCH,NygaardM,
JorgensenU,etal.Acuterotatorcufftear:dowemissthe
earlydiagnosis?Aprospectivestudyshowingahigh
incidenceofrotatorcufftearsaftershouldertrauma.J
ShoulderElbowSurg.2007;16(2):174–80.
4. DeOrioJK,CofieldRH.Resultsofasecondattemptatsurgical
repairofafailedinitialrotatorcuffrepair.JBoneJointSurg
Am.1984;66(4):563–77.
5. DenardPJ,JiwaniAZ,LädermannA,BurkhartSS.Long-term
outcomeofarthroscopicmassiverotatorcuffrepair:the
importanceofdouble-rowfixation.Arthroscopy.
2012;28(7):909–15.
6. GerberC,KrushellRJ.Isolatedruptureofthetendonofthe
subscapularismuscle:clinicalfeaturesin16cases.JBone
JointSurgBr.1991;73(3):389–94.
7. KoesterMC,DunnWR,KuhnJE,SpindlerKP.Theefficacy
ofsubacromialcorticosteroidinjectioninthetreatmentof
rotatorcuffdisease:asystematicreview.JAmAcadOrthop
Surg.2007;15(1):3–11.
8. NhoSJ,YadavH,ShindleMK,MacgillivrayJD.Rotatorcuff
degeneration:etiologyandpathogenesis.AmJSportsMed.
2008;36(5):987–93.
9. GartsmanGM,KhanM,HammermanSM.Arthroscopicrepair
offull-thicknesstearsoftherotatorcuff.JBoneJointSurg
Am.1998;80(6):832–40.
10.JostB,PfirrmannCW,GerberC,SwitzerlandZ.Clinical
outcomeafterstructuralfailureofrotatorcuffrepairs.JBone
JointSurgAm.2000;82(3):304–14.
11.TauroJC.Arthroscopicrotatorcuffrepair:analysisof
techniqueandresultsat2-and3-yearfollow-up.Arthroscopy.
1998;14(1):45–51.
12.ChecchiaSL,DoneuxPS,MiyazakiAN,FregonezeM,SilvaAL,
IshiM,etal.Avaliac¸ãodosresultadosobtidosnareparac¸ão
artroscópicadaslesõesdomanguitorotador.RevBrasOrtop.
2005;40(5):229–38.
13.GalatzLM,BallCM,TeefeySA,MiddletonWD,YamaguchiK.
Theoutcomeandrepairintegrityofcompletely
arthroscopicallyrepairedlargeandmassiverotatorcufftears.
JBoneJointSurgAm.2004;86(2):219–24.
14.MiyazakiAN,FregonezeM,DoneuxPS,SilvaLA,PintoECM,
OrtizRT,etal.Lesõesextensasdomanguitorotador:
avaliac¸ãodosresultadosdoreparoartrocópico.RevBras
Ortop.2009;44(2):148–52.
15.BennettWF.Arthroscopicrepairofmassiverotatorcufftears:
Aprospectivecohortwith2-and4-yearfollow-up.
Arthroscopy.2003;19(4):380–90.
16.JonesCK,SavoieFH.Arthroscopicrepairoflargeandmassive
rotatorcufftears.Arthroscopy.2003;19(6):564–71.
17.PaxtonES,TeefeySA,DahiyaN,KeenerJD,YamaguchiK,
GalatzLM.Clinicalandradiographicoutcomesoffailed
repairsoflargeormassiverotatorcufftears:minimum
ten-yearfollow-up.JBoneJointSurgAm.2013;95(7):627–32.
18.EllmanH,HankerG,BayerM.Repairoftherotatorcuff.End
resultstudyoffactorsinfluencingreconstruction.JBoneJoint
SurgAm.1986;68(8):1136–44.
19.HawkinsRJ,BokosDJ.Clinicalevaluationofshoulder
problems.In:RockwoodCAJr,MatsenFA3rd,editors.The
shoulder.2ed.Philadelphia:Saunders;1998.p.175–80.
20.FlatowEL,WeinsteinDM,DuraldeXA,CompitoCA,Pollock
RG,BiglianiLU.Coracoacromialligamentpreservationin
rotatorcuffsurgery.JShoulderElbowSurg.1994;Suppl3:S73.
21.CarboneS,GuminaS,ArceriV,CampagnaV,FagnaniC,
PostacchiniF.Theimpactofpreoperativesmokinghabiton
rotatorcufftear:cigarettesmokinginfluencesrotatorcuff
tearsizes.JShoulderElbowSurg.2012;21(1):56–60.
22.BoileauP,BaqueF,ValerioL,AhrensP,ChuinardC,TrojaniC.
Isolatedarthroscopicbicepstenotomyortenodesisimproves
symptomsinpatientswithmassiveirreparablerotatorcuff
tears.JBoneJointSurgAm.2007;89(4):747–57.
23.GerberC,FuchsB,HodierJ.Theresultsofrepairofmassive
tearsoftherotatorcuft.JBoneJointSurgAm.
2000;82(4):505–15.
24.JostB,ZumsteinM,PfirrmannCW,GerberC.Long-term
outcomeafterstructuralfailureofrotatorcuffrepairs.JBone
JointSurgAm.2006;88(3):472–9.
25.MelladoJM,CalmetJ,OlonaM,EsteveC,CaminsA,PérezDel
PalomarL,etal.Surgicallyrepairedmassiverotatorcufftears:
MRIoftendonintegrity,musclefattydegeneration,and
muscleatrophycorrelatedwithintraoperativeandclinical