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Fatores associados à não adesão dos pacientes ao tratamento de hipertensão arterial.

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Academic year: 2017

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FATORES ASSOCI ADOS À NÃO ADESÃO DOS PACI ENTES AO TRATAMENTO DE

HI PERTENSÃO ARTERI AL

1

Cam ila Dosse2 Clau dia Ber n ar di Cesar in o3 José Fer nando Vilela Mar t in4 Mar ia Car olina Andr ade Cast edo5

O m aior desafio da hiper t ensão ar t er ial sist êm ica ( HAS) é a adesão dos pacient es ao seu t r at am ent o, sendo assim , est e est u do t ev e com o obj et iv os det er m in ar a fr equ ên cia às con su lt as e o per cen t u al de adesão ao t r at am en t o m edicam en t oso e n ão m edicam en t oso, além de iden t ificar os pr in cipais m ot iv os r efer idos pelos pacient es hiper t ensos par a a não adesão. Tr at a- se de est udo descr it ivo, r ealizado com 68 hiper t ensos em um am bulat ór io escola, com 64,71% de m ulher es ( m édia de idade - 63,9 anos) . Os inst r um ent os ut ilizados par a colet a de dados for am : for m ulár io de at endim ent o da equipe m ult ipr ofissional, o t est e de Mor isk y - Gr een e a busca fonada. Os r esult ados: m ost r am que 6 1 , 7 6 % er am assíduos às consult as, 8 6 , 7 6 % não apr esent ar am adesão ao t r at am ent o m edicam ent oso e 85, 29% ao t r at am ent o não m edicam ent oso, r efer indo, pelo m enos, um hábit o de vida não saudável. Dent re os m ot ivos para a não adesão, o fat or em ocional foi o m ais relat ado ( 69,12% ) . Conclui- se que est e est udo pode pr opor cionar subsídios par a int er v enções sobr e a assist ência aos pacient es com HAS, com a finalidade de aum ent ar as t ax as de adesão e qualidade de v ida.

DESCRI TORES: h iper t en são; edu cação em saú de; cooper ação do pacien t e; qu alidade de v ida; t er apêu t ica; r ecusa do pacient e ao t r at am ent o; enfer m agem

FACTORS ASSOCI ATED TO PATI ENTS’ NONCOMPLI ANCE W I TH

HYPERTENSI ON TREATMENT

The great est challenge posed by Syst em ic Hypert ension ( SH) is relat ed t o pat ient s’ com pliance wit h t reat m ent . Thus, t his st udy aim ed t o det erm ine at t endance of t hese pat ient s t o m edical appoint m ent s and t he percent age of adh er en ce t o m edicat ion an d n on - m edicat ion r egim en s, an d also iden t ify t h e m ain r eason s h y per t en siv e pat ient s r epor t for non- adher ence. This is a descr ipt iv e st udy w it h 68 hy per t ensiv e pat ient s ( 64.71% w om en wit h average age of 63.9 years) at a t eaching out pat ient clinic. The inst rum ent s used for dat a collect ion were: m ult iprofesional t eam care report form , t he Morisky- Green t est and t elephone int erview. The result s show t hat 61.76% at t ended t he m edical consult at ions, 86.76% did not com ply w it h t he m edicat ion regim en and 85.29% did not com ply w it h t he non- m edicat ion r egim en, r epor t ing at least one non- healt hy life habit . The em ot ional fact or w as t he m ost r epor t ed ( 69. 12% ) am ong pat ient s’ r easons for non- adher ence t o t r eat m ent . The st udy can suppor t int er v ent ions in car e deliv er y t o pat ient s w it h sy st em ic hy per t ension, w it h a v iew t o im pr ov ing t heir level of adher ence and qualit y of life.

DESCRI PTORS: h y per t en sion ; h ealt h edu cat ion ; pat ien t com plian ce; qu alit y of life; t h er apeu t ics; t r eat m en t r efu sal; n u r sin g

FACTORES ASOCI ADOS A LA NO ADHESI ÓN DE LOS PACI ENTES AL TRATAMI ENTO

DE HI PERTENSI ÓN ARTERI AL

El m ayor desafío de la hipert ensión art erial sist ém ica ( HAS) es la adhesión de los pacient es a su t rat am ient o, así, est e est udio t uv o com o obj et iv os det er m inar la fr ecuencia a las consult as y el por cent aj e de adhesión al t r at am ient o m edicam ent oso y no m edicam ent oso, adem ás de ident ificar los pr incipales m ot iv os r efer idos por los pacient es hipert ensos para la no adhesión. Se t rat a de est udio descript ivo, realizado con 68 hipert ensos en un am bulat orio escuela, con 64,71% de m uj eres ( prom edio de edad de 63,9 años) . Los inst rum ent os ut ilizados par a r ecolección de dat os fuer on: for m ular io de at ención del equipo m ult ipr ofesional, la pr ueba de Mor isk y -Green y la búsqueda a t ravés del t eléfono. Los result ados: m uest ran que 61,76% eran asiduos a las consult as, 86,76% no pr esent ar on adhesión al t r at am ient o m edicam ent oso y 85,29% al t r at am ient o no m edicam ent oso, r ef ir ien do, por lo m en os, u n h ábit o de v ida n o salu dable. En t r e los m ot iv os par a la n o adh esión , el f act or em ocion al f u e el m ás r elat ado ( 6 9 , 1 2 % ) . Se con clu y e qu e est e est u dio pu ede pr opor cion ar su bsidios par a int ervenciones sobre la asist encia a los pacient es con HAS, con la finalidad de aum ent ar las t asas de adhesión y calidad de v ida.

DESCRI PTORES: h iper t en sión ; edu cación en salu d; cooper ación del pacien t e; calidad de v ida; t er apéu t ica; negat iv a del pacient e al t r at am ient o; enfer m er ía

(2)

I NTRODUÇÃO

A

hipert ensão art erial sist êm ica ( HAS) é um

p r o b l e m a d e sa ú d e p ú b l i ca q u e a co m e t e , apr ox im adam ent e, de 2 2 , 3 a 4 3 , 9 % da população brasileira urbana adulta e m ais da m etade dos idosos no m undo( 1). É considerada um dos fat ores de risco

m ais im port ant es para o desenvolvim ent o de doença car d io v ascu lar, j u st if ican d o 4 0 % d as m or t es p or acident e vascular encefálico e 25% das m or t es por doença arterial coronariana( 2). Cerca de 40 a 83% da

população hipert ensa desconhece o seu diagnóst ico, sen d o q u e d e 7 5 a 9 2 % d aq u eles q u e est ão em t rat am ent o não cont rolam a pressão art erial ( PA)( 3).

A a d e sã o a o t r a t a m e n t o é d e f i n i d a e caracterizada quando o conselho m édico ou de saúde coin cid e com o com p or t am en t o d o in d iv íd u o, em r elação ao h áb it o d e u sar m ed icam en t os, isso é, seguir as m udanças no est ilo de vida preconizadas e com par ecer às consult as m édicas( 4). Essa definição

expressa o sentido de com pliance, em língua inglesa, o q u e i m p l i ca co n co r d ân ci a d o p aci en t e co m as r eco m en d açõ es, p r essu p o n d o - se q u e o p aci en t e conheça as alt ernat ivas t erapêut icas e part icipe das decisões sobre seu t rat am ent o( 3).

Várias são as form as de se estim ar a adesão ao tratam ento. Dentre elas destacam - se a frequência às consult as e o com por t am ent o fr ent e ao uso dos fárm acos prescrit os. Nesse sent ido, o t est e de escala de au t or r elat o de Mo r i sk y - Gr een( 5 ), com post o por q u a t r o p e r g u n t a s, p a r a i d e n t i f i ca r a t i t u d e s e co m p o r t am en t o s em r el ação ao seg u i m en t o d as recom endações, t em se m ost rado út il para ident ificar p a ci e n t e s a d e r e n t e s o u n ã o a o t r a t a m e n t o m edicam en t oso.

Os m otivos relatados pelos pacientes, quanto ao cont r ole da pr essão ar t er ial, const it uem - se em out ros fat ores para m elhor com preensão da adesão ao t rat am ent o. Esses dados podem aj udar a ot im izar o r e su l t a d o d a a t u a çã o d a e q u i p e d e sa ú d e , per m it indo a ident ificação dos fat or es env olv idos à não adesão ao t rat am ent o( 6).

D e ssa f o r m a , o co n t r o l e d a HAS e st á d i r e t a m e n t e r e l a ci o n a d o a o g r a u d e a d e sã o d o p acien t e ao r eg im e t er ap êu t ico( 7 ). Por t an t o, est e

est udo t em com o obj et ivos det erm inar o percent ual d e com p ar ecim en t o às con su lt as e d e ad esão ao t r at am ent o m edicam ent oso e não m edicam ent oso, além de ident ificar os pr incipais m ot iv os r efer idos pelos pacientes para a sua não adesão ao tratam ento da HA.

METODO

A pesqu isa con sist iu em est u do descr it iv o ex plor at ór io no qual for am incluídos 327 pacient es h ip er t en sos d o g r u p o d e h ip er t en são ar t er ial d o hospital- escola da Faculdade de Medicina de São José do Rio Pret o, SP, Brasil.

Após a apr ov ação do Com it ê de Ét ica em Pesquisa da FAMERP, iniciou- se a coleta de dados que foi dividida em dois m om ent os.

No p r i m e i r o m o m e n t o , r e a l i zo u - se levantam ento de dados no form ulário de atendim ento de enfer m agem dos 327 pacient es cadast r ados no a m b u l a t ó r i o , d u r a n t e p e r ío d o d e se i s m e se s, i d en t i f i can d o - se o p er cen t u al d e assi d u i d ad e às co n su l t a s, o t r a t a m e n t o m e d i ca m e n t o so e n ã o m edicam en t oso. No t ot al, for am selecion ados 1 2 3 p a ci e n t e s q u e , n a s t r ê s ú l t i m a s co n su l t a s, apresent aram m édia de PA igual ou superior a 140/ 9 0 m m Hg , e m éd ia d a PA acim a d e 1 3 0 / 8 0 m m Hg d u r a n t e a m o n i t o r a çã o a m b u l a t o r i a l d a p r essã o art erial ( MAPA) de 24 horas, realizada nos 12 m eses p r év ios. Os v alor es f or am est ab elecid os p elas V Dir et r izes Br asileir as de Hiper t en são Ar t er ial e I V Diret rizes para o uso da Monit orização Am bulat orial da Pressão Art erial( 8- 9).

No segu n do m om en t o, foi r ealizada bu sca f on ada en t r e t odos os pacien t es com descon t r ole pressórico, para ident ificação de m ot ivos da sua não a d e sã o a o t r a t a m e n t o m e d i ca m e n t o so e n ã o m edicam ent oso, com um a pergunt a nort eadora: “ em sua opinião, qual é o m otivo do descontrole da pressão ar t er ial?”. Tam bém se ut ilizou o t est e de Mor isk y

-Gr een( 5), com post o por quat ro pergunt as, m ost radas

a seguir. 1. Você, algum a vez, esquece de tom ar seu rem édio? 2. Você, às vezes, é descuidado quant o ao hor ár io de t om ar seu r em édio? 3. Quando v ocê se sent e bem , algum a v ez, v ocê deix ou de t om ar seu rem édio? 4. Quando você se sente m al com o rem édio, às vezes, deixa de t om á- lo?

D e a co r d o co m o p r o t o co l o d o t e st e , considera- se com o aderente ao tratam ento o paciente que obt iv er pont uação m áx im a de 4 pont os e não aderent e aquele que obt iver 3 pont os ou m enos.

(3)

saudáveis e grupo 4 – não tinham hábitos saudáveis. Os h ábit os an alisados for am : t abagism o, et ilism o, r ealização d e ex er cícios f ísicos e d iet a ad eq u ad a ( h i p o ssó d i ca ) . Co n si d e r o u - se n ã o a d e sã o a o tratam ento não m edicam entoso aqueles que possuíam pelo m enos um hábit o de vida não saudável.

Pr esença de diabet es j á diagnost icada ( por hist ór ia m édica ou pelo uso de hipoglicem iant es) e o b e si d a d e , a v a l i a d a p e l a r a zã o ci n t u r a – q u a d r i l ( nor m al at é 0, 85cm par a m ulher es e 0, 95cm par a h om en s( 8 ) t am b ém f or am f at or es an al i sad os n os

pacient es est udados.

D o s 1 2 3 p aci en t es sel eci o n ad o s, ap en as 68( 55, 3% ) for am localizados pela busca fonada, a m aior ia ( 6 4 , 7 1 % ) er a com p ost a p or m u lh er es. A m édia de idade foi de 63,9 anos [ intervalo de confiança ( I C) 95% : 60,3–67,5 anos] para o sexo fem inino e 55,7 anos ( I C 95% : 48,9–62,5) para o m asculino.

Na a n á l i se d o s d a d o s, f o r a m u t i l i za d o s

sof t w ar e Ex cel ( Micr osof t R) e sof t w ar e Gr ap h p ad

I n st at. As t abelas de f r equ ên cias cr u zadas f or am analisadas pelo teste qui- quadrado de Pearson e pelo teste exato de Fisher. Para definir o grau de liberdade foram utilizados os testes t uni- am ost ral ( one- sam ple

T) e t bi- am ost r al ( t w o- sam ple T – t est ). Na análise

de variância, para critério de classificação, foi utilizado

o n e - w a y A N O V A. A e st i m a t i v a d a f r e q u ê n ci a

p er cen t u al f oi r ealizad a p elo t est e t e u t i l i zo u - se

int ervalo de confiança de 95% para um a proporção. Quando não foi encont rada dist ribuição de Gauss, ou a análise não foi het erogênea em variância, ut ilizou-se o teste de Mood para m edianas ( Mood m edian t est ) ,

o qual subst it ui o t est e t bi- am ost r al ou análise de

v ar i ân ci a. Co n si d er o u - se si g n i f i can t e o v al o r d e p< 0,05.

RESULTADOS

Com relação à assiduidade às consult as, dos 68 pacient es pesquisados, 61,76% for am assíduos, 38,24% faltaram em pelo m enos um a das três últim as co n su l t a s m a r ca d a s. Nã o f o r a m o b se r v a d a s associações en t r e assid u id ad e e sex o ( p = 0 , 9 2 7 ) , assiduidade e idade ( p= 0,452) e assiduidade e o teste de Morisky- Green ( perg.1 p= 0,245; perg.2 p= 0,976;

perg.3 p= 0,309; perg.4 p= 0,198) .

A som at ór ia dos pont os, de acor do com o preconizado no t est e de Mor isky- Gr een, m ost rou que

86,93% dos pacientes apresentaram pontuação m enor

ou ig u al a 3 , car act er izan d o- se a n ão ad esão ao t r at am en t o m ed icam en t oso( 5 ). A r elação t est e d e

Mor isk y - Gr een e sex o não apr esent ar am difer ença est at ist icam ent e significant e ( p= 0,895) ( Figura 1) .

Figura 1 - Distribuição dos pacientes quanto à adesão ao tratam ento m edicam entoso de acordo com o sexo de. São José do Rio Pret o, SP

A r e l a çã o e n t r e o se x o e o n ú m e r o d e m edicações ant i- hipert ensivas ut ilizadas t am bém foi um parâm etro usado para avaliação, sendo que todas as classes de an t i- h iper t en siv os f or am an alisadas ( diur ét icos, inibidor es adr enér gicos, vasodilat ador es diret os, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores d a e n zi m a co n v e r so r a d a a n g i o t e n si n a - ECA- , antagonistas do receptor AT1 da angiot ensina I I ) . Na Figur a 2, not a- se que 58, 33% dos hom ens faziam uso de at é dois ant i- hiper t ensiv os, j á as m ulher es, 61,36% faziam uso de três ou m ais, não apresentando diferença est at ist icam ent e significant e e apenas um d o s p a ci e n t e s e r a t r a t a d o co m m o n o t e r a p i a ( p= 0,119) .

Figu r a 2 - Dist r ibu ição dos pacien t es h iper t en sos, segundo a quant idade de m edicam ent os ut ilizados e o sexo. São José do Rio Pret o, SP

61,36%

41,67% 38,64%

58,33%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%

Femenino Masculino

3 ou +

Até 2

61,36%

41,67% 38,64%

58,33%

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%

Femenino Masculino

3 ou +

Até 2 13,64%

86,36%

12,50%

87,50%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Adesão Não adesão

Masculino

(4)

Quant o aos hábit os de vida relacionados ao

t r at am en t o n ão m ed icam en t oso, v er if icou - se q u e

85,29% m ant êm pelo m enos um hábit o de vida não

saudável ( Figura 3) .

Tab ela 1 - Mot iv os d a n ão ad esão ao t r at am en t o m edicam entoso e não m edicam entoso na opinião dos pacient es, de acor do com o sex o. São José do Rio Pret o, SP

s o v it o

M Feminino Mascuilno Valor

o ç a s n a

C N° % N° % p

m i

S 2 4.55 0 0 **

o ã

N 42 95.45 24 100

l a n o i c o m E m i

S 37 84.09 10 41.67 **

o ã

N 7 15.91 14 58.33

a z e t s ir T m i

S 3 6.82 0 0 0.191

o ã

N 41 93.18 24 100

o v it o m o e b a s o ã N m i

S 1 2.27 6 25 0.006*

o ã

N 43 97.73 18 75

o ã ç a t n e m il A m i

S 3 6.82 3 12.5 0.43

o ã

N 41 93.18 21 87.5

r o l a C m i

S 2 4.55 0 0 **

o ã

N 42 95.45 24 100

e d a d e i s n A m i

S 1 2.27 1 4.17 **

o ã

N 43 97.73 23 95.83

s a d a i c o s s A s a ç n e o D m i

S 1 2.27 4 16.67 0.049*

o ã

N 43 97.73 20 83.33

o ã ç a c i d e M e d a tl a F m i

S 1 2.27 0 0 **

o ã

N 43 97.73 24 100

o m s i g a b a T m i

S 0 0 1 4.17 **

o ã

N 44 100 23 95.83

l o h o cl A s e

Y 0 0 4 16.67 0.013*

o

N 44 100 20 83.33

s a g o r D m i

S 0 0 1 4.17 **

o ã

N 44 100 23 95.83

o ir á ti d e r e H s e

Y 0 0 2 8.33 **

o

N 44 100 22 91.67

o h l a b a r T m i

S 0 0 1 4.17 **

o ã

N 44 100 23 95.83

* valor de p pelo teste exato de Fisher; * * não foi possível encontrar valor de p

Figura 3 - Dist ribuição dos suj eit os de acordo com o

núm ero de hábitos de vida não saudáveis e o percentil

de não adesão. São José do Rio Pret o, SP

Em bora não tenha sido obj etivo deste estudo,

ob ser v ou - se r elação sig n if ican t e ( p = 0 , 0 4 9 ) en t r e

por t ador es de d iab et es m ellit u s e r elação cint ur

a-q u a d r i l ( RCQ) , se n d o a-q u e 8 2 % d o s p a ci e n t e s

apr esent ar am RCQ alt er ada, ou sej a, hom ens com

RCQ> 0,95 e m ulheres > 0,85cm e, desses, 25% eram

port adores de diabet es m ellit us.

Qu a n t o a o s m o t i v o s d a n ã o a d e sã o a o

t rat am ent o m edicam ent oso e não m edicam ent oso na

opin ião dos pacien t es, o f at or em ocion al r ecebeu

destaque em am bos os sexos. Das m ulheres, 84,09%

r esp on d er am q u e o f at or em ocion al in t er f er ia n o

cont role da pressão art erial, e ent re os hom ens esse

núm ero foi de 41,67% . Pode–se observar, t am bém ,

relação est at ist icam ent e significant e ent re hom ens e

m ulheres quanto às respostas. Dentre elas não sabem

o m ot ivo ( p= 0,006) , doenças associadas ( p= 0,049)

(5)

DI SCUSSÃO

D

o s 3 2 7 p a ci e n t e s, 1 2 3 a p r e se n t a v a m

descont role pressórico ( PA igual ou superior a 140/ 9 0 m m Hg , e m éd ia d a PA acim a d e 1 3 0 / 8 0 m m Hg durante a MAPA de 24 horas) , constatando que apenas 2 0 4 p acien t es ap r esen t av am con t r ole p r essór ico, observando, assim , índice de 62,38% de adesão.

A ad esão ao t r at am en t o d e HAS é f at o r p r i m o r d i a l p a r a o co n t r o l e a d e q u a d o d a PA, entretanto, é difícil detectá- la e, sobretudo, quantificá-la( 10- 11). Em estudo realizado com 60 universitários da cidade de Lubango, Angola, que r econhecer am ser portadores de hipertensão arterial, apenas 16( 26,7% ) faziam algum tipo de tratam ento contra a doença( 12). É im por t ant e consider ar esse conceit o com o sendo m ult idim ensional, pois env olv e difer ent es aspect os. Em bora se deva considerar o portador de hipertensão com o o foco cen t r al do pr ocesso, a ocor r ên cia da a d e sã o n ã o d e p e n d e u n i ca m e n t e d e l e , m a s d o conj unt o de elem ent os const it uint es do processo, ou sej a,,port ador de hipert ensão, profissional de saúde, sist em a de saúde. O esfor ço desenv olv ido por um elem en t o isolad o d esse con j u n t o cer t am en t e n ão conduzirá a bons resultados, sendo necessária a ação con j u n t a par a qu e a “ adesão ao t r at am en t o an t i-hipert ensivo” sej a alcançada( 7).

Fo r a m i d e n t i f i ca d a s a l g u m a s l i m i t a çõ e s im port ant es na realização dest e t rabalho. A prim eira f oi a f alt a d e in f or m ações con t id as n as f ich as d e at endim ent o de enferm agem , que se apresent avam q u a se sem p r e i n co m p l et a s. En t r et a n t o , a m a i o r dificuldade que se encont rou foi quant o à localização dos pacient es na busca fonada. Dos 123 pacient es p r é- selecion ad os p ar a a p esq u isa, 5 5 n ão f or am cont at ados por falt a de inform ações ou inform ações er r ôneas cont idas nos pr ont uár ios. I sso dem onst r a f alh a d o sist em a d e saú d e q u e n ão m an t ém seu sist em a at ualizado.

Ob ser v ou - se q u e a m aior ia d a p op u lação estudada encontrava- se na faixa etária de m aior risco, ou sej a, idade acim a de 60 anos. Fat o encont rado pelas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial( 8),

a qu al est im ou qu e m ais de 6 0 % dos idosos são h i p e r t e n so s. Ou t r o d a d o i m p o r t a n t e é q u e , an t igam en t e, os h om en s t in h am m ais ch an ces de d e se n v o l v e r HA d e v i d o a o s h á b i t o s d e v i d a , ent ret ant o, com a m ulher inserida cada vez m ais no m ercado de t rabalho e as m udanças nos hábit os de v i d a h o u v e a u m e n t o d o n ú m e r o d e m u l h e r e s

h i p e r t e n sa s( 1 3 ). Ne st e e st u d o , o se x o f e m i n i n o

m ost r ou- se pr edom inant e, r esult ado sem elhant e foi encontrado em pesquisa sobre adesão de hipertensos ao t r at am en t o m édico( 1 4 ). Est u dos su ger em qu e a

a t i v i d a d e l a b o r a t i v a e x t r a d o m i ci l i a r, p o ssa t e r i n f l u e n ci a d o e sse s a ch a d o s. Co n t u d o , e sse s a r g u m e n t o s n ã o e st ã o co n si st e n t e m e n t e est abelecidos na lit er at ur a dev ido à dificuldade de delineam ent o de grandes est udos, sobret udo, devido aos vieses que podem apresent ar( 3,14).

O com parecim ento às consultas pode ser um d o s p a r â m e t r o s p a r a a v a l i a r a a d e sã o a o t r a t a m e n t o( 1 5 ). Pe sq u i sa s v e r i f i ca r a m , e m u m

pr ogr am a de acom panham ent o de hiper t ensos, que indivíduos m ais assíduos aos encontros tiveram m aior redução dos níveis t ensionais( 16). Assim , a presença

do paciente na unidade de saúde é determ inante para o co n t r o l e d a h i p e r t e n sã o , p o i s t r a z m o t i v a çã o individual e essa, por sua vez, conduz a certas atitudes qu e con t r ibu em par a a r edu ção da PA. En con t r os frequentes propiciam m elhor m onitorização dos níveis pressóricos, assim com o a oport unidade de t er m ais acesso às inform ações, podendo servir de base para o cum prim ent o das orient ações diant e do t rat am ent o m ed i ca m en t o e n ã o m ed i ca m en t o so( 1 7 ). Um d o s

principais benefícios do núm ero m aior de visit as é a p o ssi b i l i d a d e d e a j u st e s t e r a p ê u t i co s e acom panham ent o da ocorrência de efeit os colat erais. As visitas frequentes tam bém proporcionam m udança m a i s ef et i v a n o est i l o d e v i d a e b em - est a r d o s pacient es, com possível redução da ansiedade e do est r esse( 18). No pr esent e est udo, a assiduidade às

co n su l t a s, b e m co m o a o g r u p o d e h i p er t e n sã o , m ost rou- se sat isfat ória, um a vez que foi analisada a fr equência daqueles pacient es que não seguiam as recom endações diant e do t rat am ent o m edicam ent oso ou não m edicam ent oso, e que, conform e as rot inas da instituição, retornam às consultas a cada 90 dias. Est u d o d e m o n st r o u m a i o r q u e d a n o s n ív e i s pr essór icos em gr upos de pacient es com v isit as a cada 15 dias, quando com parados a outro grupo, cuj os encont ros acont eciam a cada 90 dias( 18). Além disso,

no grupo onde os encont ros eram frequent es, houve a m anut enção da r edução dos nív eis t ensionais ao l o n g o d o t r at am en t o , o q u e d em o n st r a o ef ei t o f av o r áv el d as v i si t as f r eq u en t es p ar a g ar an t i r o com por t am en t o de adesão e m an t er a eficácia da t er apêut ica.

(6)

assiduidade às consult as, ent re out ros) , dent re eles d est a ca - se o co m p o r t a m en t o f r en t e a o u so d o s m edicam entos( 19). De acordo com o protocolo do teste d e M o r i s k y - Gr e e n( 5 ), co n si d e r a - se a d e r e n t e a o

t rat am ent o o pacient e que obt ém pont uação m áxim a de 4 pont os e não ader ent es aqueles que obt êm 3 p o n t o s o u m e n o s. D e ssa f o r m a , a m a i o r i a d o s pacientes do estudo foi classificado com o não aderente ao t rat am ent o. Trabalho realizado com 130 pacient es em São Paulo apr esent ou r esult ados sem elhant es, 77% com pont uação m enor ou igual a 3, port ant o, não ader ent es( 19). Segundo alguns aut or es, apesar desse m ét odo ser bast an t e u t ilizado em est u dos, p o d e m o co r r e r a l g u n s p r o b l e m a s q u a n t o à s a u t o i n f o r m a çõ e s, t a i s co m o o m i ssã o , f a l h a s d e m em ória e falhas no processo com unicat ivo( 15).

Em con dições da v ida diár ia, a adesão ao t r at am en t o an t i- h iper t en siv o t em se dem on st r ado insuficiente. Estudos m ostraram que cerca de 2/ 3 dos casos de hipert ensão não at ingiram as reduções de PA previstas com a m onoterapia e, diante desse fato, n o v o s m e d i ca m e n t o s f o r a m i n t r o d u zi d o s n a t erapêut ica, dificult ando o seu seguim ent o( 8). Diant e

da necessidade de cont r ole m ais r igor oso da PA, a t en d ên ci a at u al é a i n t r o d u ção m ai s p r eco ce d e t erapêut ica com binada de ant i- hipert ensivos em um a só a p r e se n t a çã o co m o p r i m e i r a m e d i d a m edicam ent osa, facilit ando a adesão. I sso pode não se enquadrar para pacient es dest e est udo, um a vez que os m edicam ent os ut ilizados são disponibilizados pelo serviço público, que não dispõe de apresentações co m b i n a d a s d e a n t i - h i p e r t e n si v o s e m u m ú n i co com pr im ido.

Um grande desafio no diagnóst ico e cont role d a h ip er t en são ar t er ial é con h ecer o im p act o d a doença e seu tratam ento sobre a vida do paciente( 9).

No present e est udo, foram analisados 4 dos diversos hábitos de vida dos pacientes: 85,29% tinham hábitos de v ida não saudáv eis. A ocor r ência sim ult ânea de

h á b i t o s p o u co sa u d á v e i s co m o o t a b a g i sm o , sedent ar ism o e consum o de álcool com a ausência de tratam ento foi relatada tam bém em outro estudo( 7).

CONCLUSÕES

Os result ados obt idos nest a pesquisa sobre a d esã o d e p a ci en t es h i p er t en so s a o t r a t a m en t o m edicam ent oso e não m edicam ent oso perm it iram as seguint es conclusões:

- 61,76% dem onst raram assiduidade às consult as; - 86,76% não apr esent ar am adesão ao t r at am ent o m edicam ent oso de acordo com prot ocolo de Mor isky-Gr een;

- 85, 29% t êm pelo m enos um hábit o de v ida não sa u d á v e l , o u se j a , n ã o a d er i r a m t o t a l m e n t e a o tratam ento não m edicam entoso; os principais m otivos referidos pelos pacient es hipert ensos para a sua não adesão ao tratam ento foram : em ocional ( 69,1% ) , não souber am r elat ar o m ot iv o ( 10, 3% ) e alim ent ação ( 8,8% ) .

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

Nest e est u d o, v er i f i cou - se p er cen t u al d e ad esão m aior q u e o d escr it o n a lit er at u r a at u al, p o d e n d o se r e x p l i ca d o p e l o a t e n d i m e n t o d o s pacient es por equipe m ult idisciplinar. A lut a cont ra a não adesão aos t rat am ent os da HA const it ui grande desafio tanto para o Estado com o para os profissionais d e sa ú d e , p o i s d e p e n d e d a i m p l e m e n t a çã o d e pr ogr am as m ult idisciplinar es em t odos os níveis de at endim ent o aos pacient es hipert ensos, para que as int er venções sej am m ais eficazes.

Esses achados podem proporcionar subsídios para a realização de int ervenções na assist ência aos pacient es com HAS com o obj et ivo de aum ent ar as t axas de adesão e qualidade de vida.

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