• Nenhum resultado encontrado

Fatores de risco associados a alterações posturais estruturais da coluna vertebral em crianças e adolescentes.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Fatores de risco associados a alterações posturais estruturais da coluna vertebral em crianças e adolescentes."

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

www.rpped.com.br

REVISTA

PAULISTA

DE

PEDIATRIA

ARTIGO

ORIGINAL

Fatores

de

risco

associados

a

alterac

¸ões

posturais

estruturais

da

coluna

vertebral

em

crianc

¸as

e

adolescentes

Juliana

Adami

Sedrez

,

Maria

Izabel

Zaniratti

Da

Rosa,

Matias

Noll,

Fernanda

da

Silva

Medeiros

e

Claudia

Tarragô

Candotti

UniversidadeFederaldoRioGrandedoSul(UFRGS),PortoAlegre,RS,Brasil

Recebidoem15deabrilde2014;aceitoem30dejulhode2014 DisponívelnaInternetem24dejaneirode2015

PALAVRAS-CHAVE

Fatoresderisco; Postura;

Coluna verte-bral/anormalidades; Crianc¸a;

Adolescente; Epidemiologia

Resumo

Objetivo: Verificarseexisteassociac¸ãodefatoresderiscocomportamentais,especificamente hábitos posturais, com a presenc¸a de alterac¸ão postural estrutural nacoluna vertebral de crianc¸aseadolescentes.

Métodos: Foramavaliados59crianc¸aseadolescentes,queresponderamaoquestionário auto--aplicávelBackPainandBody PostureEvaluationInstrumentefizeramoexameradiográfico panorâmicodacolunavertebral.DeacordocomoângulodeCobb,ascurvaturassagitaisda colunavertebralforamclassificadascomonormaisoualteradase,noplanofrontal,como esco-liosesounormais.OsdadosforamanalisadosnoSPSS18.0,apartirdeestatísticadescritivae dotestedeassociac¸ãoqui-quadrado(␣=0,05).

Resultados: Aprevalênciadealterac¸õesposturaisfoide79,7%(n=47),47,5%(n=28) apresenta-vamalterac¸ãonoplanofrontale61%(n=36)nosagital.Foiencontradaassociac¸ãoentrecifose torácica esexofeminino,prática deexercíciofísicoapenas umaouduasvezes nasemana, tempodesonosuperiora10horas,posturasinadequadasparasentarnobancoesentarpara escrevereomeiodetransportedomaterialescolar.Paralordoselombar,observou-seassociac¸ão comotransportedamochilaescolardemodoinadequado(assimétrico).Houveassociac¸ão sig-nificativaentreapresenc¸adeescoliosecomapráticadeesportecompetitivoeotempode sonosuperiora10horas.

Conclusões: Hábitosdevidapodem estarassociados aalterac¸ões posturais,éimportanteo desenvolvimentopolíticasdesaúdeafimdereduziraprevalênciadealterac¸õesposturaispor meiodareduc¸ãodosfatoresderiscoassociados.

©2014Associac¸ão dePediatriade SãoPaulo.Publicado porElsevier EditoraLtda.Todosos direitosreservados.

Autorparacorrespondência.

E-mail:julianasedrez@gmail.com(J.A.Sedrez).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rpped.2014.11.012

(2)

KEYWORDS

Riskfactors; Posture;

Spine/abnormalities; Child;

Adolescent; Epidemiology

Riskfactorsassociatedwithstructuralposturalalterationsonthespineofchildren andadolescents

Abstract

Objective: Toinvestigatetheassociationbetweenbehavioralriskfactors,specificallypostural habits,withthepresenceofstructuralchangesinthespineofchildrenandadolescents. Methods: 59studentswereevaluatedthroughtheself-reportingBackPainandBodyPosture EvaluationInstrumenteandthespinepanoramicradiographicexamination.Thespine curva-tureswereclassified,basedonCobb’angle,asnormaloralteredinthesaggitalplaneandas normalorscolioticinthefrontalplane.DatawereanalyzedusingSPSS18.0,fromdescriptive statisticsandchi-squareassociationtest(␣=0,05).

Results: Theprevalenceofposturalalterationswas79.7%(n=47),ofwhich47.5%(n=28)showed frontalplanealterationsand61%(n=36)sagitalplanealterations.Significantassociationwas foundbetweenthepresenceofthoracickyphosisandfemalegender,practiceofphysical exer-ciseonlyonceortwiceaweek,sleeptimegreaterthan10hours,inappropriate posturesto sitonthebenchandsitdowntowrite,andtransportofschoolsupplies.Lumbarlordosiswas associatedwithimproperlytransportationofschoolbackpack(asymmetric);andscoliosiswas associatedwuththepracticeofcompetitivesportandsleeptimegreaterthan10hours. Conclusions: Lifestylemaybeassociatedwithposturalalterations.Itisimportanttodevelop healthpoliciesinordertoreducetheprevalenceofposturalalterationswithareductionof associatedriskfactors.

© 2014Associac¸ão dePediatria deSãoPaulo. Publishedby Elsevier EditoraLtda. Allrights reserved.

Introduc

¸ão

Asalterac¸õesposturaisestáticassãoconsideradasum pro-blemadesaúdepública,principalmente asque atingema colunavertebral,poispodemserumfatorpredisponenteàs condic¸ões degenerativas dacolunavertebraldo adulto.1-3 Alémdisso, adependerdasuamagnitude,sãocapazes de geraralgumtipodeincapacidadeparaasatividadesdiárias. Asfasesdainfânciaeadolescênciacorrespondem àque-las em que os jovens frequentam o ambiente escolar, no qualpermanecem longosperíodos sentados,normalmente em umapostura inadequadae, na maioria dasvezes, em mobiliáriosinadequados4que,somadosàtendênciadeum estilodevida sedentárioadotado nafaseescolar,5 podem também favorecer o surgimento das alterac¸ões posturais estáticas.Alémdisso,pareceexistirumatendênciadeque oshábitosposturais adotadosdurantea infânciae adoles-cênciapoderãoserefletirnavidaadultadosjovens.6

Dessa forma, investigac¸ões sobre a ocorrência de alterac¸õesposturais estáticas e dasvariáveisassociadas a essa condic¸ão ajudam a compreender osfatores de risco para os problemas de coluna. A detecc¸ão precoce des-sas alterac¸ões é o primeiro passo para a prevenc¸ão das condic¸ões predisponentesao aparecimento desses proble-mas.Assim,detectarprecocementeasalterac¸õesposturais estáticasdeveriaserumdosobjetivosdosprofissionaisque atuam na saúde da crianc¸a e do adolescente, visto que, nessasfaixasetárias, ocorremosestirõesdecrescimento, momentos críticos para o aparecimento dos problemas de coluna,7 decorrentes dos vários ajustes, adaptac¸ões e mudanc¸as corporais e psicossociais característicos dessa fase do desenvolvimento, além de fatores intrínsecos e

extrínsecos, como hereditariedade, ambiente, condic¸ões físicas,fatoresemocionaisesocioeconômicos.8

Nesse contexto, alguns estudos têm buscado identifi-car o padrãopostural dejovens em idade escolar e seus resultadossugeremalta prevalênciadealterac¸ões ântero--posterioreselateraisnacolunavertebral9,10comousoda fotogrametriacomomeiodeavaliac¸ãodapostura.Não obs-tante, muitos desses estudosapresentam como limitac¸ão o nãoconhecimento realda postura dacoluna vertebral, somente possível por meio daradiologia. Dessa forma, é importanteconduzirestudosquevisemnãosomenteavaliar aposturaestática,mastambémfornecerevidênciasdoreal posicionamentodacolunavertebral,alémdoconhecimento dosfatoresderiscocomportamentais,taiscomooshábitos posturais. Elaborou-se, então, a hipótese deque os hábi-tosinadequadosnaposturasentadaeaocarregaramochila escolarestariamassociadosàpresenc¸adealterac¸ãopostural estáticano planosagital e frontal,respectivamente. Por-tanto,oobjetivodopresenteestudofoiverificarseexiste associac¸ão defatoresde risco comportamentais, especifi-camenteoshábitosposturais,comapresenc¸adealterac¸ão posturalestruturalnacolunavertebraldejovens.

Método

(3)

mas-culino. Tais jovens frequentavam escolas cadastradas em umaEstratégia Saúde daFamília (ESF)de Porto Alegre e aquelesque tinham encaminhamento médicopara exame radiológicopanorâmicodacolunavertebralentreoutubroa dezembrode2012foramconvidadosaparticipardoestudo. AsradiografiasdigitaisforamfeitasnoHospitalMãedeDeus, emPortoAlegre(RS).

Osmétodosdeavaliac¸ãousadosforam:questionárioBack PainandBodyPostureEvaluationInstrument(BackPEI), vali-dadoecomaltosíndicesdereprodutibilidade.12OBackPEI é constituído por 21 questões fechadas, que abordam a ocorrência,afrequênciaeaintensidadedadornascostas nosúltimostrêsmeses,bemcomoperguntasdemográficas (idade,sexo),comportamentais (nível deexercíciofísico, práticacompetitivaounãodeexercíciofísico,tempo diá-rio assistindo àtelevisão e usando o computador, número de horas diárias de sono, ler e/ou estudar na cama e posturasnasatividadesdevidadiárias);eexamede raios--X panorâmico da coluna vertebral nas incidências perfil direito e posteroanterior para avaliac¸ão dos ângulos de Cobb.13Ambososprocedimentosdeavaliac¸ãoforamfeitos nomesmodiaeturno.

A partir das radiografias digitais, foram calculados os ângulos deCobb no softwareMatlab® 7.9. Para os

cálcu-losdo ângulodacifose torácica, forammarcados o platô vertebralsuperior da primeira vértebra torácica (T1) e o platô vertebral inferior da 12a

vértebra torácica (T12)14 e para o cálculo do ângulo da lordose lombar, foram usadosoplatôvertebralsuperiordaprimeiravértebra lom-bar (L1) e o platô vertebral inferior da quinta vértebra lombar (L5).15 Para o cálculo do ângulo de escoliose foi usadocomoreferênciaoplatôsuperiordavértebracranial maisinclinadae o platô inferiorda vértebracaudal mais inclinada.16 Todososcálculosforamfeitospordois avalia-doresindependentesenoscasosemqueasmedidasentre osavaliadoresdiferirammaisdoque5◦,umterceiro

avali-adorfezumanovaavaliac¸ão.Foramusadosparaaanálise osvaloresmédios entreasavaliac¸ões.Areprodutibilidade dos ângulos Cobb foi testada por três avaliadores inde-pendentes. Osresultados demonstraramexcelentes níveis de reprodutibilidade intra-avaliador para cifose torácica (ICC=0,96;p<0,001);lordoselombar(ICC=0,98;p<0,001)e escoliose(ICC=0,75;p<0,001).Areprodutibilidade interava-liadortambémapresentoucorrelac¸ãoexcelenteparacifose torácica (ICC=0,81; p<0,001) e lordose lombar (ICC=0,92; p<0,001),ecorrelac¸ãomoderadaparaescoliose(ICC=0,73; p<0,001).

Paraclassificarascurvaturassagitaisdacolunavertebral foramusadososlimitespropostosparacrianc¸as.Osvalores denormalidadeparacifosetorácicaforam20-50◦

.14 Paraa lordoselombar,adotou-secomonormalidadeointervalode 31-49,5◦.17Paraanáliseestatística,osindivíduosforam reu-nidosemdoisgrupos:(1)curvaturanormale(2)alterac¸ão postural. Noplano sagital, o grupo alterac¸ão postural foi compostoporindivíduosqueapresentavamtantoaumento quantodiminuic¸ãodascurvaturas.Noplanofrontal,ogrupo alterac¸ãoposturalfoicompostopelosindivíduoscom esco-liosessuperioresa10◦.10

OsdadosforamanalisadosnoStatisticalPackageforthe Social Sciences (SPSS)versão 18.0, a partir de estatística descritivae doteste de associac¸ão qui-quadrado (análise bivariada).Foramfeitastrêsanálises,separadamente,uma

paracadavariáveldependente:(1)cifosetorácica,(2) lor-dose lombar e (3) escoliose e consideradas as variáveis demográficas e comportamentais comoindependentes. As variáveisindependentesqueapresentaramsignificânciade p<0,25naanálisebivariadaforamincluídasnomodelode regressãodePoissoncomvariânciarobustaseparadamente paraosdesfechoscifosetorácica,lordoselombare escoli-ose.Amedida deefeitousada foiarazãodeprevalência, comseusrespectivosintervalosdeconfianc¸ade95%(IC95%) (␣=0,05).

Esteestudofoi aprovadopeloComitêdeÉtica em Pes-quisa da Universidade Federal doRio Grande do Sul, sob o número 19.685, e os escolares só foram incluídos após ospaisouresponsáveisconsentiremcomsuaparticipac¸ão, pormeiodaassinaturadoTermodeConsentimentoLivree Esclarecido.

Resultados

Atabela1expressaosdadosdescritivosdaamostra estrati-ficadosporfaixaetária.Considerandoqueafaixaetáriada amostraapresentaumespectroamplo,foiverificadaa pre-valência dos hábitos diários nos diferentes grupos etários (tabela2).Nestaanálise,observa-seque,emsuamaioria, oshábitosavaliadosapresentaramprevalênciasemelhante, independentementedafaixaetária.

Considerandoessesdados,optou-seporfazer aanálise emconjuntodaamostratotal.Assim,dos59indivíduos ava-liados,30apresentaramcifosetorácica,19lordoselombar e 28 escoliose. A associac¸ão entre variáveis demográficas e comportamentais com cada alterac¸ão postural é apre-sentadaseparadamenteparaosplanossagital (tabela3)e frontal(tabela4).

Considerando a associac¸ão encontrada entre as postu-rasinadequadasaosentarcomacifosetorácica(tabela3), procurou-se conhecerasinadequac¸õesapresentadaspelos jovensduranteaexecuc¸ãodessasposturas.Afigura1 mos-traasporcentagensdejovensparacadaumadasposturas inadequadasaosentar.

Discussão

Os principais resultados demonstram que a alterac¸ão de cifose torácica esteve associada à postura inadequada ao sentarparaescreveresentaremumbanco.Alémdisso, o hábitodeusarocomputadorporquatrohorasoumais tam-bémseassociouaessasalterac¸ões(tabela3),oqueconfirma ahipóteseinicialdesseestudo.

(4)

Tabela1 Característicasantropométricasedascurvaturasdacolunavertebralemmédiaedesviopadrão,estratificadaspor faixaetária

Idade(anos) N Peso(kg) Estatura(cm) IMC Cifose(graus) Lordose(graus) Escoliosea(graus) 7-10 10 38,77±13,27 1,37±0,15 20,30±4,01 45,65±8,97 42,15±8,39 8,06±2,27 11-14 38 48,27±9,07 1,53±0,85 20,42±2,85 49,55±9,76 44,92±8,79 10,16±3,71 15-18 11 61,74±11,62 1,65±0,11 22,50±3,01 49,00±14,92 44,92±6,64 8,70±1,77 Total 59 48,55±12,17 1,52±0,13 20,71±3,15 48,74±10,45 44,41±8,37 9,58±3,32

a Ânguloavaliadoem28escolarescompresenc¸adeescoliose.

sagital. Além disso, cabe ressaltar que, ao analisar espe-cificamenteasinadequac¸õesposturaisassumidasduranteo hábitodesentar,tantoparaescrevercomoemumbanco, observou-sequeparatodasasposturasinadequadasháuma tendênciadosjovensdeassumirumpadrãoflexordetronco (fig.1).Dessaforma,paraatuac¸õespreventivasnoâmbito escolar, é necessário compreenderessa característica, de formaquea atuac¸ão doprofissionaldasaúdevisea mini-mizaressemauhábitopostural.Taisachadosnãopermitem afirmarque existaumarelac¸ãocausa/efeito daalterac¸ão postural.Seriainteressanteafeituradenovosestudos lon-gitudinaisquevisemaexploraressaquestão.

Outraassociac¸ãoencontradacomaalterac¸ãodecifose torácicafoi serdosexofeminino,comumarazão de pre-valência de 1,18. Outro estudo também encontrou cifose aumentadaemmeninas.9Vasconcelosetal.,10aoencontrar elevada prevalência de hipercifosedorsal em amostra de crianc¸assurdas (75%),sugeriramque essaalterac¸ão pode-ria estar associada às alterac¸ões fisiológicas naturais do crescimento e do desenvolvimento individual da crianc¸a. Nessesentido,considera-sequeofatodemeninas apresen-taremmaiorpropensãoadesenvolver hipercifosetorácica pode ser explicado pela tendência à adoc¸ão de postura

curvadaparaesconderodesenvolvimentodosseios.18Além disso, a literatura tem evidenciado que o sexo feminino podeserconsiderado de risco parao desenvolvimentode alterac¸ões posturaisnoplano frontal.Vasconcelos etal.10 relataram associac¸ão entreo sexo feminino e a presenc¸a deescoliose, com razão de chances de 3:1. Leal et al.19 encontraramumaproporc¸ãode1,28:1eNeryetal.20 uma proporc¸ãode2,4:1quandocomparadosossexosfemininoe masculino.Noentanto,nopresenteestudonãofoi encon-tradaessaassociac¸ão.Apesardisso,épossívelobservaruma maiorprevalênciadeescoliosenosexofeminino(61,5%)em comparac¸ãocomomasculino(36,4%).

Dentreosaspectoscomportamentais,apráticade exer-cício físico não demonstrou associac¸ão com alterac¸ões posturaisnosplanossagital efrontal,emboraoutros estu-dostenhamdemonstradomaiorriscodealterac¸õesposturais com a prática de atividade física21,22 e os indivíduos que praticavamexercíciofísicocomfrequênciadetrêsoumais dias por semana tivessem menor chance de apresentar alterac¸õesdecifosetorácica.Apráticacompetitivade exer-cíciofísico mostrouassociac¸ão apenascom apresenc¸ade escoliose.Melisckietal.,21 queavaliaramnadadoresde13 a 28 anos, encontraram uma prevalência de escoliose no

Postura adequada

Postura adequada

8,5% (n=5) 15,3% (n=9) 23,7% (n=14) 28,8% (n=17) 18,6% (n=11) 13,6% (n=8)

28,8% (n=17) 35,6% (n=21) 15,2% (n=9) 5,1% (n=3) 1,7 (n=1)

5,1 (n=3) Outro modo/

Não sei

Outro modo/ Não sei

(5)

Tabela2 Frequênciadasvariáveiscomportamentais,estratificadaporfaixasetárias

7a10anos (%)

11a14anos(%) 15a18anos (%)

Práticadeexercíciofísico

Sim 80,0 89,5 90,9

Não 20,0 10,5 9,1

Frequênciadeexercíciofísico

L-2dias/semana 57,1 53,6 44,4

≥3dias/semana 42,9 46,4 55,6

Práticacompetitivadeexercício

Sim 50,0 54,5 30,0

Não 50,0 45,5 70,0

Tempodetelevisãopordia

0-3h/dia 50,0 57,6 72,7

4-7h/dia 25,0 27,3 0

≥8h/dia 25,0 15,2 27,3

Tempodecomputadorpordia

0-3h/dia 83,3 71,4 55,6

≥4h/dia 16,7 28,6 44,4

Tempodesonopornoite

0-7h/dia 20,0 34,4 62,5

8-9h/dia 40,0 40,6 25,0

≥10h/dia 40,0 25,0 12,5

Decúbitoaodormir

Lateral 80,0 54,1 55,6

Dorsal 10,0 13,5 0

Ventral 10,0 32,4 44,4

Lere/ouestudarnacama

Não 40,0 29,7 45,0

Sim 60,0 70,3 54,5

Posturasentadaparaescrever

Adequada 20,0 13,5 0

Inadequada 80,0 86,5 100,0

Posturasentadaemumbanco

Adequada 22,2 13,5 18,2

Inadequada 77,8 86,5 81,8

Posturasentadanocomputador

Adequada 14,3 16,2 0

Inadequada 85,7 83,8 100,0

Posturaparapegarobjetodochão

Adequada 20,0 13,5 10,0

Inadequada 80,0 86,5 90,0

Transportedomaterialescolar

Mochila 90,0 84,2 81,8

Outro 10,0 15,8 18,2

Transportedamochilaescolar

Alc¸assimétricassobreosombros 77,8 78,1 88,9

Modonãosimétrico 22,2 21,9 11,1

Dornascostas

Não 44,4 30,3 0

(6)

Tabela3 Resultadosdeassociac¸ãoerazõesdeprevalência(RP)paraasvariáveisdependentescifosetorácicaelordoselombar, segundoasvariáveisindependentesdemográficasecomportamentais

Variáveis n(%) Cifosetorácica Lordoselombar

n(%) pvalor RP(IC95%) n(%) pvalor RP(IC95%)

Demográficas Sexo(n=59)

Masculino 33(55,9) 13(39,4) 0,041 1 8(24,2) 0,135 1

Feminino 26(44,1) 17(65,4) 1,18(1,01-1,39) 11(42,3) 1,14(0,95-1,36)

Gruposetários(n=59)

7-10anos 10(16,9) 4(40,0) 0,754 1 2(20,0) 0,223 1

11-14anos 38(64,4) 20(52,6) 1,09(0,85-1,38) 15(39,5) 1,16(0,92-1,47)

15-18anos 11(18,6) 6(54,5) 1,11(0,82-1,47) 2(18,2) 0,98(0,74-1,31)

Comportamentais

Práticadeexercíciofísico (n=59)

Sim 52(88,1) 27(51,9) 0,657 1 17(32,9) 0,824 1

Não 7(11,9) 3(42,9) 0,94(0,71-1,23) 2(28,6) 0,96(0,74-1,27)

Frequênciadeexercíciofísico (n=44)

L-2dias/semana 23(52,3) 15(65,2) 0,028 1 7(30,4) 0,591 1

≥3dias/semana 21(47,7) 7(33,3) 0,81(0,66-0,97) 8(38,1) 1,05(0,86-1,31)

Práticacompetitivade exercício(n=51)

Sim 25(49.0) 11(44.0) 0,325 1 10(40.0) 0,317 1

Não 26(51.0) 15(57,7) 1,09(0,91-1,31) 7(26,9) 0.90(0,74-1,09)

Tempodetelevisãopordia (n=52)

0-3h/dia 31(59,6) 14(45,2) 0,539 1 9(29,0) 0,277 1

4-7h/dia 11(21,2) 7(63,4) 1,12(0,91-1,39) 6(54,5) 1,19(0,95-1,51)

≥8h/dia 10(19,2) 5(50,0) 1,03(0,81-1,33) 3(30,0) 1,00(0,78-1,29)

Tempodecomputador(n=43)

0-3h/dia 30(69,8) 13(43,3) 0,021 1 11(36,7) 0,911 1

4h/dia 13(30,2) 10(76,9) 1,23(1,03-1,47) 5(38,5) 1,01(0,81-1,27)

Tempodesonopornoite(n=50)

07h 18(36) 7(38,9) 0,008 1 5(27,8) 0,446 1

8-9h 19(38) 6(31,6) 0,94(0,75-1,18) 5(26,3) 0,98(0,78-1,23)

≥10h 13(26) 10(76,9) 1,27(1,03-1,56) 6(46,2) 1,14(0,89-1,46)

Decúbitoaodormir(n=56)

Lateral 33(58,9) 16(48,5) 1 8(24,2) 1

Dorsal 6(10,7) 2(33,3) 0,151 0,89(0,66-1,21) 2(33,3) 0,112 1,07(0,79-1,45)

Ventral 17(30,4) 16(70,6) 1,14(0,97-1,36) 9(52,9) 1,23(1,00-1,49)

Lere/ouestudarnacama(n=58)

Não 20(62,5) 9(45,0) 0,582 1 4(20) 0,109 1

Sim 12(37,5) 20(52,6) 1,05(0,87-1,26) 15(39,5) 1,16(0,96-1,39)

Posturasentadaparaescrever (n=58)

Adequada 7(12,1) 1(14,3) 0,014 1 2(28,6) 0,879 1

Inadequada 51(87,9) 28(54,9) 1,35(1,06-1,72) 16(31,4) 1,02(0,77-1,34)

Posturasentadaemumbanco (n=57)

Adequada 9(15,8) 1(11,1) 0,001 1 2(22,2) 0,484 1

(7)

Tabela3 (Continuação)

Variáveis n(%) Cifosetorácica Lordoselombar

n(%) pvalor RP(IC95%) n(%) pvalor RP(IC95%)

Posturasentadanocomputador (n=55)

Adequada 7(12,7) 2(28,6) 0,234 1 4(57,1) 0,130 1

Inadequada 48(87,3) 25(52,1) 1,18(0,89-1,55) 14(29,2) 0,82(0,63-1,05)

Posturaparapegarobjetodo chão(n=57)

Adequada 8(14,0) 4(50,0) 0,957 1 2(25,0) 0,654 1

Inadequada 49(86,0) 24(49,0) 0,99(0,77-1,27) 16(32,7) 1,06(0,81-1,37)

Meiodetransportedomaterial escolar(n=59)

Mochila 50(84,7) 23(46,0) 0,032 1 17(34,0) 0,458 1

Outro 9(15,3) 7(77,8) 1,21(1,01-1,45) 2(22,2) 0,91(0,71-1,16)

Transportedamochilaescolar (n=50)

Adequado 40(80,0) 19(47,5) 0,671 1 11(27,5) 0,042 1

Inadequado 10(20,0) 4(40,0) 0,94(0,74-1,20) 6(60,0) 1,25(1,01-1,56)

Dornascostas(n=52)

Não 14(26,9) 5(35,7) 0,212 1 4(28,6) 0,696 1

Sim 38(73,1) 21(55,3) 1,14(0,92-1,41) 13(34,2) 1,04(0,84-1,29)

sexofemininoassociadaaoladoemqueasnadadoras respi-ravameaotipodenadoquepraticavam,oquedemonstraa influênciadapráticaesportivasobreoposicionamentodas estruturasanatômicasefacilitaalterac¸õesposturais.Ainda, Santoetal.,22aoanalisarcrianc¸asemidadeescolar, encon-traramassociac¸ãoentreapresenc¸adeescolioseeaprática deatividadefísica.Caberessaltarque,nopresenteestudo, nãofoiinvestigadaamodalidadeesportivaquecadasujeito praticava,oquelimitoupossíveismaioresaprofundamentos sobreessaquestão.Noentanto,especula-sequeapráticade atividadefísicapodesertantoumfatordeprotec¸ãoquanto deriscoparaasalterac¸õesposturais.Possivelmente,fatores comootipodemodalidade praticada,ovolumedetreino semanal, o tempode prática damodalidade e a maneira comoa atividadeé conduzidainfluenciem notipode res-postamusculoesquelética.

Quanto ao transporte do material escolar, houve associac¸ão entre alterac¸ões na lordose lombar e o modo detransportar a mochila, bemcomo alterac¸ões na cifose torácicaenomeiodetransportaro material.Esses resul-tadosdiferem dahipótese inicial doestudo deque o uso inadequado da mochila estaria associado à presenc¸a de escoliose. A literatura também tem descrito ausência de associac¸ãoentrealterac¸ãoposturaleotransportede mate-rialescolar.9,10Noentanto,temsidorelatadaumatendência dealterac¸ãopostural nasalunasque carregam omaterial escolardeformainadequada.9Lemosetal.(2005)23 inves-tigaramasregiõesmaisfrequentesdasalterac¸õesposturais quando as crianc¸as carregavam cargas menores, iguais e superioresa 10% dopeso corporal, e encontraram que as mudanc¸as posturais comec¸am aocorrer quando a cargaé superiora10%dopesocorporal.Asalterac¸õesencontradas nesse estudo podemestar associadas ao peso na mochila

escolar, variávelque não foi analisada, o que caracteriza umalimitac¸ãodenossoestudo.

Outrofatorinvestigadofoiohábitoaodormir.Foi obser-vado que osindivíduos quedormem10 oumaishoras por noite apresentaram associac¸ão com alterac¸ões de cifose torácica e escoliose. Auvinen et al.24 encontraram que tempoinsuficientedesono(seishorasoumenos)predispõe àdorlombar.Paananenetal.25tambémreferemquetempo inferior a sete horas desono predispõe a alterac¸ões pos-turais.Alémdisso, hádescric¸ãodequeodecúbitoventral foiaposic¸ãoadotadaaodormirquegeroumaiorincidência dealterac¸õesposturais noplano sagital eque aescoliose foimaisprevalentenossujeitosqueadotavamaposturade decúbitodorsal.Apesardisso,nãohouve,noestudode Vas-concelosetal.,10 associac¸ão entreasalterac¸õesposturais eaposic¸ãousadaparadormir.10 Aocontrário,napresente investigac¸ão identificou-se associac¸ão entre o hábito de dormir em decúbito dorsal e a chance de escoliose, mas acredita-se que os dados existentes até o momento são inconsistentes para definir tal associac¸ão. Não obstante, parecequeo tempodesonoadequado (aproximadamente oitohoras)podeserconsideradoumfatordeprotec¸ãopara o desenvolvimento dasalterac¸ões posturais, o que vai ao encontrodoquerecomendamAuvinenetal.,24oitoounove horasdesonopordia.

(8)

Tabela4 Razõesdeprevalência(RP)paraavariáveldependentealterac¸ãoposturalnoplanofrontal(escoliose),segundoas variáveisindependentesdemográficasecomportamentais

Total n(%)

Comescoliose n(%)

pvalor RP (IC95%)

Demográficas Sexo(n=59)

Masculino 33(55,9) 12(36,4) 0,058 1

Feminino 26(44,1) 16(61,5) 1,69(0,98-2,91)

Gruposetários(n=59)

7-10anos 10(16,9) 5(50,0) 0,978 1

11-14anos 38(64,4) 18(47,4) 0,94(0,46-1,91)

15-18anos 11(18,6) 5(45,5) 0,91(0,37-2,22)

Comportamentais

Práticadeexercíciofísico(n=59)

Sim 52(88,1) 23(44,2) 0,093 1

Não 7(11,9) 5(71,4) 1,61(0,92-2,82)

Frequênciadeexercíciofísico(n=44)

1-2dias/semana 23(52,3) 12(52,2) 0,541 1

3oumaisdias/semana 21(47,7) 9(42,9) 0,82(0,43-1,54)

Práticacompetitivadeexercíciofísico(n=51)

Sim 25(49) 7(28) 0,046* 1

Não 26(51) 15(57,7) 2,06(1,01-4,18)

Tempoassistindotelevisãopordia(n=52)

0-3h/dia 31(59,6) 14(45,2) 0,852 1

4-7h/dia 11(21,2) 6(54,5) 1,20(0,62-2,34)

≥8h/dia 10(19,2) 5(50) 1,10(0,53-2,3)

Tempodeusodocomputadorpordia(n=43)

0-3h/dia 30(69,8) 15(50) 0,507 1

≥4h/dia 13(30,2) 5(38,5) 0,76(0,35-1,67)

Tempodesonopornoite(n=50)

0-7h/dia 18(36,0) 5(27,8) 0,004* 1

8-9h/dia 19(38,0) 9(47,4) 1,71(0,71-4,12)

≥10h/dia 13(26,0) 11(84,6) 3,04(1.39-6,64)

Decúbitoaodormir(n=56)

Lateral 33(58,9) 12(36,4) 1

Dorsal 6(10,7) 5(83,3) 0,019* 2,29(1,28-4,07)

Ventral 17(30,4) 10(58,8) 1,61(0,88-2,95)

Lere/ouestudarnacama(n=58)

Não 20(34,5) 7(35,0) 0,232 1

Sim 38(65,5) 20(52,6) 1,50(0,77-2,93)

Posturasentadaparaescrever(n=58)

Adequada 7(12,1) 1(14,3) 0,161 1

Inadequada 51(87,9) 27(52,9) 3,71(0,59-23,1)

Posturasentadaemumbanco(n=57)

Adequada 9(15,8) 4(44,4) 0,768 1

Inadequada 48(84,2) 24(50,0) 1,12(0,51-2,36)

Posturasentadaaocomputador(n=55)

Adequada 7(12,7) 3(42,9) 0,737 1

Inadequada 48(87,3) 24(50,0) 1,16(0,47-2,87)

Posturaparapegarobjetodochão(n=57)

Adequada 8(14,0) 4(50,0) 0,957 1

(9)

Tabela4 (Continuação)

Totaln(%) Comescoliose n(%)

pvalor RP (IC95%)

Meiodetransportedomaterialescolar(n=59)

Mochiladeduasalc¸as 50(84,7) 23(46,0) 0,573 1

Outro(pasta,bolsaeoutros) 9(15,3) 5(55,6) 1,20(0,62-2,33)

Transportedamochilaescolar(n=50)

Adequado 40(80,0) 17(42,5) 0,277 1

Inadequado 10(20,0) 6(60,0) 1,41(0,75-2,62)

Dornascostas(n=52)

Não 14(26,9) 5(35,7) 0,477 1

Sim 38(73,1) 18(47,4) 1,32(0,60-2,88)

fatoresassociadosàdornascostas,comoaspectos hereditá-rios,demográficosealterac¸ãopostural.Essasdivergências podemestar relacionadasàscaracterísticaslocaise regio-naisdapopulac¸ãoinvestigada.Dessaforma,demonstra-sea importânciadefazerestudoslocaisparainvestigara preva-lênciadasalterac¸õeseseusfatoresderisco,vistoquenão éadequado generalizarosresultadosdediferentes locali-dades,pois as variáveis dor e postura sofrem importante influênciaculturalesocial.

Importanteresultadoobtidonopresenteestudo refere--se à elevada prevalência de alterac¸ões posturais nos sujeitosavaliados,verificadaem79,7%(n=47)dosjovens; 47,5% (n=28) dos avaliados apresentavam alterac¸ão no planofrontale 61%(n=36)nosagital.Vasconcelosetal.10 obtiveramprevalênciade90,6%dealterac¸õesposturaisem crianc¸assurdas.Detschetal.,9aoavaliarescolaresdosexo feminino, com idade entre 14 e 18 anos, relataram uma prevalência de 66% para as alterac¸ões laterais e de 70% paraasanteroposterioresdacidadedeSãoLeopoldo(RS). Os mesmos autores obtiveram resultados semelhantes ao avaliarescolaresdeseisa17anosdacidadedeNovo Ham-burgo(RS)eencontraramalterac¸ãoposturalem70,78%dos casos.6 Elevada prevalência de alterac¸ões posturais tam-bémfoiencontradaem umestudoque avaliouestudantes da1a

à4a

série doensinofundamental deuma escolada cidade de Jaguariúna (SP), o qual referiu assimetria ou alterac¸ão posturalem98% dosavaliados.27 Essesdadosde literaturacorroboramosachadosdopresenteestudo,visto que todos obtiveram índices elevados de prevalência de alterac¸õesposturais.Alémdisso,osdoisestudosque inves-tigaram alterac¸ões nos planos separadamente apontaram paraaexistênciadealterac¸õesnoplanosagitalcommaior frequência.Cabe ressaltar também que todos os estudos citadosavaliaramasalterac¸õesposturais externas,jáque usaram avaliac¸ão não invasiva. A presente pesquisa usou o padrão-ouro para identificar as alterac¸ões posturais e, comisso,entende-sequearelevânciaclínicadesteestudo decorredoconhecimentodoposicionamentorealdacoluna vertebralde jovens. Pode-se inferirque esses apresenta-ramelevadaprevalênciadealterac¸õesestruturaisdacoluna vertebral.

Noentanto, opresentenosso estudotambém apresen-tou limitac¸ões. Por exemplo, o menor tamanho amostral dos grupos etários de sete a 10 anos e de 15 a 18 anos, o que dificultou a análise estatística separadamente por

grupos etários.Ainda,ocarátertransversaldoestudonão possibilita analisar a relac¸ão causa/efeito das alterac¸ões e dos hábitos posturais. Além disso, a validadeexterna e internadaamostraélimitadaemrelac¸ãoàprevalênciadas alterac¸õesposturais,poisnãofoicompostadeforma alea-tória,esimporestudantesencaminhadosparafazerexame radiológico. Apesar disso, o fato de as alterac¸ões postu-raisteremsidoavaliadascomopadrão-ourocompensaem algumgrauanãoaleatoridadedaamostraeelevaavalidade internadoestudo.Dessaforma,tem-secomoperspectivasa feituradeumestudodecoorte,afimdecompreenderquais osfatoresquelevamosjovensexpostosaoambienteescolar adesenvolveralterac¸õesposturais.

Diante do exposto, constatou-se elevada prevalência de alterac¸ões posturais estruturais da coluna vertebrale de hábitos posturais inadequados nos jovens estudados, independentemente dafaixa etária estudada. Os resulta-dos demonstraram que, dos 59 jovens, 30 apresentaram alterac¸ão na cifose torácica, associada ao sexo feminino, àpráticadeexercíciosfísicoapenasumaouduasvezesna semana, ao tempode sonosuperior a10 horas,à postura inadequadaaosentareaomeiodetransportedomaterial escolar;19apresentaramalterac¸ãonalordoselombar, asso-ciadaaoatodecarregaramochiladeformaassimétrica;e em28jovensfoidiagnosticadaaescoliose,queseassociouà práticadeesportecompetitivoeaotempodesonosuperior a10horas.Dessaforma,sugere-sequehábitosposturais pos-samestarassociadoscomalterac¸õesposturais.Éimportante odesenvolvimentodepolíticasdesaúdeafimdereduzira ocorrênciadosmaushábitosposturais.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Referências

(10)

2.WidheT.Spine:posture,mobility,andpain.Alongitudinalstudy fromchildhoodtoadolescence.EurSpineJ.2001;10:118---23. 3.DeVittaA,MartinezMG,PizaNT,SimeãoSF,FerreiraNP.

Pre-valenceoflowerbackpainandassociatedfactorsinstudents. CadSaudePublica.2011;27:1520---8.

4.LisAM,BlackKM,KornH,NordinM.Associationbetweensitting andoccupationalLBP.EurSpineJ.2007;16:283---98.

5.GuedesDP,GuedesJE,BarbosaDS, DeOliveiraJA.Levels of regularphysicalactivityinadolescents.RevBrasMedEsporte. 2001;7:187---99.

6.DetschC,CandottiCT. A incidênciadedesviosposturais em meninasde6a17anosdacidadedeNovoHamburgo.Revista Movimento.2001;7:43---56.

7.Lemos AT, Santos FR, Gaya AC. Lumbar hyperlordosis in childrenandadolescentsataprivativeschoolinsouthern Bra-zil: occurrence and associated factors. Cad Saude Publica. 2012;28:781---8.

8.PenhaPJ,JoãoSM,CasarottoRA,AminoCJ,PenteadoDC. Pos-turalassessmentofgirlsbetween7and10yearsofage.Clinics. 2005;60:9---16.

9.DetschC,LuzAM,CandottiCT,DeOliveiraDS,LazaronF, Gui-marãesLK,etal.Prevalenceofposturalchangesinhighschool studentsinacityinsouthernBrazil.RevPanamSaludPublica. 2007;21:231---8.

10.DeVasconcelosGA,FernandesPR,DeOliveiraDA,CabralED,Da SilvaLV.Posturalevaluationofvertebralcolumnindeafschool kidsfrom7to21yearsold.FisioterMov.2010;23:371---80. 11.Bettany J, Partridge C, Edgar M. Topographical,

kinesiologi-cal,andpsychologicalfactors inthesurgical managementof adolescent idiopathic scoliosis. Stud Health Technol Inform. 1995;15:321---6.

12.NollM,CandottiCT,VieiraA,LossJF.Backpainandbodyposture evaluationinstrument(BackPEI):development,content valida-tionandreproducibility.IntJPublicHealth.2013;58:565---72. 13.HarrisonDE,CaillietR,HarrisonDD,JanikTJ,HollandB.

Reliabi-lityofCentroid,Cobb,andHarrisonposteriortangentmethods. Spine.2001;26:E227---34.

14.BosekerEH,MoeJH,WinterRB,KoopSE.Determinationof nor-malthoracickyphosis:aroentgenographicstudyof121normal children.JPediatrOrthop.2000;20:796---8.

15.Bernhardt M,BridwellKH.Segmentalanalysisofthesagittal planealignmentofthenormalthoracicandlumbarspines.Spine (PhilaPa1976).1989;14:717---21.

16.VrtovecT,PernusF,LikarB.Areviewofmethodsforquantitative evaluationofspinalcurvature.EuroSpineJ.2009;18:593---607. 17.Propst-proctorSL,BleckEE.Radiographicdeterminationof lor-dosisandkyphosisinnormalandscolioticchildren.JPediatr Orthop.1983;3:344---6.

18.KnoplichJ.Enfermidadesdacolunavértebra.2nded.SãoPaulo: PanamedEditorial;1986.

19.LealJS,LealMC,GomesCE,GuimarãesMD.Inquérito epide-miológicosobreescolioseidiopáticadoadolescente.RevBras Ortop.2006;41:309---19.

20.NeryLS,HalpernR,NeryPC,NehmeKP,SteinAT.Prevalence ofscoliosisamongschoolstudentsinatowninsouthernBrazil. SãoPauloMed.2010;128:69---73.

21.Meliscki GA, Monteiro LZ, Giglio CA. Postural evaluation of swimmersanditsrelationtotypeofbreathing.Fisioter Mov. 2011;24:721---8.

22.DoEspíritoSanto A, GuimarãesLV,Galera MF.Prevalence of idiopathicscoliosisandassociatedvariablesinschoolchildren ofelementarypublicschoolsinCuiabá,stateofMatoGrosso, 2002.RevBrasEpidemiol.2011;14:347---56.

23.LemosAT,MachadoDT,MoreiraR,TorresL,GarlippDC,Lorenzi TD,etal.Atitudeposturaldeescolaresde10a13anosdeidade. RevistaPerfil(UFRGS).2005;7:53---9.

24.AuvinenJP,TammelinTH,TaimelaSP,ZittingPJ,JärvelinMR, TaanilaAM,etal.Isinsufficientquantityandqualityofsleepa riskfactorforneck,shoulderandlowbackpain?Alongitudinal studyamongadolescents.EurSpineJ.2010;19:641---9. 25.PaananenMV,AuvinenJP,TaimelaSP,TammelinTH,Kantomaa

MT, Ebeling HE,et al. Phychosocial, mechanical, and meta-bolicfactorsinadolescents’musculoskeletalpaininmultiple locations:across-sectionalstudy.EurJPain.2010;14:395---401. 26.MeloRS,DaSilvaPW,MackyCF,DaSilvaLV.Posturalanalysisof spine:comparativestudybetweendeafandhearingin school--age.FisioterMov.2012;25:803---10.

Referências

Documentos relacionados

Resultados obtidos sobre quinze médias por concentração.66 Figura 35 - Correlação entre pixel encontrado e concentração de poeira no ambiente estudado.. Resultados obtidos sobre

Para que o estudante assuma integralmente a condição de cidadão é preciso dar-lhe voz. Sendo o diálogo, portanto, fundamental para a cidadania, o professor de Ciências deve buscar

Grande parte das professoras revela que apenas vê o PPP da unidade como um instrumento burocrático a ser entregue para a Secretaria de Educação no início do ano e não o utiliza

13 Além dos monômeros resinosos e dos fotoiniciadores, as partículas de carga também são fundamentais às propriedades mecânicas dos cimentos resinosos, pois

Maternal CR decreases weight gain without affecting pregnancy rate Dams submitted to CR showed decreased weight gain during pregnancy, especially after gestational day 9, when

(2013 B) avaliaram a microbiota bucal de oito pacientes submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço através de pirosequenciamento e observaram alterações na

Para se buscar mais subsídios sobre esse tema, em termos de direito constitucional alemão, ver as lições trazidas na doutrina de Konrad Hesse (1998). Para ele, a garantia

As decisões tomadas pelo Brasil estiveram balizadas argumentativamente de forma pragmática em razões de médio e longo prazo ao evocarem o necessário sacrifício