• Nenhum resultado encontrado

Caracterização de superfícies de titânio modificado por oxidação à plasma

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Caracterização de superfícies de titânio modificado por oxidação à plasma"

Copied!
65
0
0

Texto

(1)

CENTRODE CIÊNCIAS DASAÚDE

PROGRAMADE PÓS-GRADUAÇÃOEMCIÊNCIAS DASAÚDE

MARCO AURÉLIO MEDEIROS DA SILVA

CARACTERIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES DE TITÂNIO MODIFICADAS POR

OXIDAÇÃO À PLASMA

NATAL/RN

(2)

CARACTERIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES DE TITÂNIO MODIFICADAS POR

OXIDAÇÃO À PLASMA

Tese apresentação do programa de Pós- Graduação em

Ciências da Saúde da Universidade Federal dório

Grande do Norte, como requisito para obtenção do título

de Doutor em Ciências da Saúde.

Orientador: Prof. Dr. Clodomiro Alves Júnior.

Co-orientador: Prof.Dr.Custódio Leopoldino de Brito

Guerra Neto.

NATAL/RN

(3)

CATALOGAÇÃO NA FONTE

CATALOGAÇÃO NA FONTE

S586c

Silva, Marco Aurélio Medeiros da.

Caracterização de superfícies de titânio modificado por oxidação à plasma/ Marco Aurélio Medeiros da Silva. – Natal, 2014.

65f. : il.

Orientador: Prof. Dr. Clodomiro Alves Júnior.

Coorientador: Prof. Dr. Custódio Leopoldino de Brito Guerra Neto.

Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

1. Implantação dentária – Tese. 2. Superfície de titânio –

Tese. 3. Oxidação à plasma – Tese. I. Alves Júnor, Clodomiro. II. Título.

(4)

CARACTERIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES DE TITÂNIO MODIFICADAS POR OXIDAÇÃO À

PLASMA

Tese apresentada ao Centro de Ciências da Saúde como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de Doutorado em Ciências da Saúde.

Aprovada em: ______/_______/_______

_____________________________________

Prof.Dr.ClodomiroAlves Junior

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Orientador

_____________________________________

Prof.ª Dr.ª Fabiana Paim Rosa

Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Membro

_____________________________________

Prof.Dr.Antônio de Lisboa Lopes Costa

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Membro

_____________________________________

Prof.Dr.Haroldo Reis Alves de Macêdo

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI)

Membro

_____________________________________

Prof. Dr. Hugo de Alexandre de Oliveira Rocha

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Membro

NATAL/RN

(5)

Aos meus pais: pela confiança sempre em mim depositada,

além dos ensinamentos que nortearam o meu caráter.

À minha esposa e filhos: Luciana, Ana Paula, Ana Beatriz e

Heitor, pelo apoio, torcida, além da compreensão pela minha

(6)

que me trouxeram paz e conquistas.

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ao Programa de Pós

Graduação em Ciências da Saúde (PPGCSa).

Ao Prof. Dr. Clodomiro Alves Junior por ousar e acreditar no intercâmbio das áreas,

contribuindo não só para o meu engrandecimento como também para o da Odontologia.

Ao Prof. Dr. Custódio Leopoldino de Brito Guerra Neto, amigo e irmão, pela ajuda

incondicional neste trabalho, sempre me incentivando nos momentos mais difíceis.

Fundamental para essa conquista.

À Prof.ª Dr.ª Silvia Regina Batistuzzo de Medeiros e sua orientanda Jana Dara pela

orientação nos ensaios biológicos.

Aos meus amigos Prof.ª Dr.ª. Viviane e Prof. Dr. Thércio por todas as contribuições e

apoio neste trabalho.

Aos companheiros Dulciane, Danilo e Antônio pela amizade e ajuda na busca de

respostas nas analises realizada neste trabalho.

A todos do LABPLASMA que contribuíram, direta ou indiretamente, para realização

(7)

implantes de titânio, que abrevia o tempo de cicatrização em regiões com baixa densidade

óssea. Dentre as diferentes técnicas, a de subtração por agentes químicos para aumentar a

oxidação vem sendo aplicada para tratamentos superficiais de implantes dentais. Porém esta

técnica geralmente não propicia a remoção dos óxidos indesejáveis formados

espontaneamente durante a usinagem de peças de titânio, aumentando assim o custo, por

exigir etapas adicionais para a descontaminação. Com o objetivo de solucionar esse problema,

utilizou-se neste trabalho o plasma como fonte energética, tanto na remoção desses óxidos

quanto como na oxidação de superfície de titânio. Neste sentido, discos de Ti foram tratados

em descarga por cátodo oco, usando-se uma fonte de tensão DC variável e sistema de vácuo.

Previamente, as amostras foram submetidas a processo de limpeza, utilizando-se atmosfera de

Ar, H2 e mistura, em tempos de 20 e 60 min. A condição de limpeza mais eficaz foi utilizada

para a oxidação, numa mistura de argônio (60%) e oxigênio (40%), até atingir a pressão de

2,2 mbar durante 60 min, a 500°C. As superfícies foram caracterizadas por microscopia

eletrônica de varredura (MEV), difração de raios X (DRX), microscopia por força atômica

(AFM), adesão e proliferação celular. Na microscopia eletrônica de varredura (MEV),

observou-se um menor espraiamento celular e uma maior quantidade de projeções ou

filopódios nas amostras tratadas, em comparação à amostra-controle. A microscopia de força

atômica (AFM) mostrou, nas amostras tratadas, defeitos nas superfícies com geometria

variada para picos e vales. Nos ensaios biológicos, houve diferenças significativas na adesão e

proliferação celular, em que a superfície tratada apresentou um maior desempenho quando

comparada com a amostra-controle.Concluiu-se que o processo foi eficiente tanto na remoção

dos óxidos primários quanto na oxidação da superfície do titânio.

(8)

resulting in shorter healing times in regions with low bone density. Among the different

techniques, subtraction by chemical agents to increase oxidation has been applied for surface

treatment of dental implants. However, this technique is generally unable to remove

undesirable oxides, formed spontaneously during machining of titanium parts, raising costs

due to additional decontamination stages. In order to solve this problem, the present study

used plasma as an energy source to both remove these oxides and oxidize the titanium

surface. In this respect, Ti disks were treated by hollow cathode discharge, using a variable

DC power supply and vacuum system. Samples were previously submitted to a cleaning

process using an atmosphere of Ar, H2 and a mixture of both, for 20 and 60 min. The most

efficient cleaning condition was used for oxidation in a mixture of argon (60%) and oxygen

(40%) until reaching a pressure of 2.2 mbar for 60 min at 500°C. Surfaces were characterized

by scanning electron microscopy (SEM), X-ray diffraction (XRD), atomic force microscopy

(AFM), adhesion and cell proliferation. SEM showed less cell spreading and a larger number

of projections orfilopodia in the treated samples compared to the control sample. AFM

revealed surface defects in the treated samples, with varied geometry between peaks and

valleys. Biological assays showed no significant difference in cell adhesion between treated

surfaces and the control. With respect to cell proliferation, the treated surface exhibited

improved performance when compared to the control sample. We concluded that the process

was efficient in removing primary oxides as well as in oxidizing titanium surfaces.

(9)

MEV Microscopiadeelectronicadevarredura

AFM Microscopia deforça atômica

MTT 3-[4,5-dimethylthiazol-2-yl]-2,5-diphenyl-tetrazolium

DRX Difração de RX

TiHCD Titânio em descarga de catodo oco

3H-timidina Timidina

DMSO Dimetil sulfóxido

GLY Glicerol

(10)

cátodo oco... 20

Figura 2 2a. Difração de Raios X das amostras oxidada e controle usando a

geometria Bragg-Bretano... 24

24 2b. Difração de Raios X das amostras oxidada e controle usando a

geometria de Seeman-Bohlin...

Figura 3 Topografia da superfície:

3a. Amostra Controle... 26

26

26 3b. Amostras oxidadas...

3c. Área delineada da topografia...

Figura 4 MEV da amostra controle:

4a. Aparência poligonal das células na amostra controle... 29

29 4b. Característica de espalhamento da amostra controle...

Figura 5 5a. Característica morfológica das células em amostra com tratamento... 30

30 5b. Presença de múltiplos filopoides com dimensões semelhantes às áreas

delineadas na topografia da superfície...

Figura 6 Proliferação de células HOB na superfície de titânio tratada com plasma

em catodo oco (TiHCD) e superfície não tratada (SNT) e controle

negativo (CN) avaliada pelo método MTT (densidade ótica foi medida em

(11)

Tabela 2 Valores do ângulo de contato para gotas séssil de diferentes líquidos em

superfícies de titânio oxidado e controle... 27

(12)

2

JUSTIFICATIVA

... 15

3

OBJETIVOS

... 18

3.1 ObjetivoGeral

... 18

3.2 ObjetivosEspecíficos

... 18

4

MATERIAIS E MÉTODOS

... 19

4.1 Preparações das Amostras de Titânio

... 19

4.2 Oxidação da Superfície de Titânio

... 20

4.3 Caracterização da Superfície

... 21

4.4 Teste IN VITRO com Cultura de Células (HOB)

... 22

4.5 Ensaio de Adesão Celular

... 22

4.6 Ensaio de Proliferação Celular

... 23

4.7 Avaliação das Células através da Microscopia Eletrônica de Varredura

(MEV)

... 23

5

RESULTADOS E DISCUSSÕES

... 24

6

CONCLUSÃO

... 32

7

COMENTÁRIOS,CRÍTICASE SUGESTÕES ... 33

REFERÊNCIAS

... 35

ANEXOS

... 41

ARTIGO 1

Influence of topography on plasma treated titanium surface

wettability

...

Erro! Indicador não definido.

ARTIGO 2

Experimental study of plasma nitriding dental implant surfaces

... 51

ARTIGO 3

In vitro study cell behaviur on plasma surface modified titanium

... 55

(13)

1 INTRODUÇÃO

Osucessoclínicodosdispositivosbiomédicos implantados dependedainteração

entreascélulasdoorganismoe asuperfície domaterialutilizado [1,2].

Implantesdetitâniotêmsidoutilizados há mais de quarenta anos e com sucesso, como

substitutos da raiz dentária [1,2].Umdosfatores determinantesparaqueocorraaosseointegração

dizrespeitoàsuperfíciedosimplantes dentários [3]. A resposta biológica está

diretamenterelacionada às propriedades

físico-químicasdassuperfícies.Tantoamorfologiaquanto arugosidadedasuperfíciepodemter

influênciasobre a adesão, a proliferação e a diferenciação celular [4]

.Aadesãodososteoblastossobre asuperfíciedosimplantesénecessária paraque

ascélulasrecebamossinaisparainduzirsuaproliferação.Asrugosidades presentesna superfície

nãosófacilitamaretençãodecélulasosteogênicas, comopermitem

queelasmigremsobreasuperfíciedoimplante,atravésdeosseocondução [5,6].

Processos relevantesparaafuncionalidade

dosimplantes,taiscomoaadsorçãodeproteínas, a interaçãocélula-superfície e o

desenvolvimento celularetecidualnainterfaceentreoorganismoeoimplante dependem de

propriedades superficiais como topografia,químicade

superfície,cargasuperficialemolhabilidade [7,8].

Atopografiadasuperfíciedosimplantesdizrespeitoaograuderugosidade eà

orientaçãodasirregularidades dasuperfície. O

modocomoessasestruturasinfluenciamareparaçãoearegeneração tem sidooobjetivo de

váriaspublicaçõeseestudosnosúltimosanos [5,6].

Tendoemvistaaimportânciadatopografiaedaspropriedades químicasdas

superfíciesdosimplantes,aindústria procura controlar essas propriedades durante a fabricação

dos dispositivos.Nos últimos 20 anos, um grande número de sistemas de implantes

comdiferentes

topografiasdesuperfíciefoiintroduzidonomercado.Porém,muitopoucoédivulgado ou n ã o se

conhecem suficientementeas característicasfísico-químicasda superfíciedosimplantes. E

mais: no Brasil, especialmente, limita-se, muitas

(14)

Muitos tratamentos de superfícies têm sido empregados nos implantes dentários com

o intuito de melhorar suas propriedades, potencializando a fixação celular ao implante,

aumentando assim, a osseointegração [3]. Porém, para que seja possível tirar conclusões a

respeito da resposta óssea em superfícies modificadas, fazem-se necessárias tanto

caracterizações destas quanto seu correlacionamento com resultados biológicos e clínicos.

Assim, para o desenvolvimento de um material clinicamente aplicável, a

modificação da superfície é uma ferramenta eficaz que pode aumentar sua

biofuncionalidade [9]. Diversas são as técnicas (métodos mecânicos, químicos e físicos)

utilizadas com o objetivo de modificar a superfície e, portanto, garantir uma resposta

biológica funcionalmente adequada. Dentre os métodos físicos, destaca-se o tratamento a

plasma [10]. Sua utilização permite modificar as propriedades da superfície de materiais

através da criação de novos grupos funcionais, de mudanças topográficas e da

adição/subtração de elementos químicos à superfície [11].

Neste contexto, superfícies de titânio submetidas ao plasma revelaram que variações

na microtopografia podem afetar a proliferação de células osteoblásticas [12]. Os trabalhos:

Influence of topography on plasma treated titanium surface wettability; In vitro study of cell

behaviour on plasma surface modified titanium; Experimental study of plasma nitriding

dental implant surfaces; Osseointegration evaluation of plasma nitrided titanium implants e

Limpeza a plasma para melhorar a adesão superficial de filmes de óxidos de titânio (grifo

do autor), anexados a este estudo, corroboram com a ideia de que as propriedades da

superfície podem alterar a resposta funcional da célula frente a um biomaterial.

Diante disto, optou-se, no presente estudo, por modificar o titânio por oxidação a

plasma, usando-se a técnica de descarga por cátodo oco. Esta técnica foi utilizada por causa

da alta densidade de íons que possui, o que resulta numa maior cinética de formação da

camada de óxidos. Tais características vêm colaborar também para o não comprometimento

térmico do núcleo do dispositivo, mesmo a temperatura na superfície sendo alta.

Este estudo fornece dados que podem gerar subsídios na elaboração de novas

estratégias para a obtenção de uma superfície com melhor biocompatibilidade, usando uma

técnica versátil e ambientalmente correta, tendo em vista que prevê a utilização dos próprios

elementos da natureza, não causando, assim, descartes de elementos químicos indesejáveis

(15)

2 JUSTIFICATIVA

A procura por materiais para melhorar e acelerar a resposta clínica tem recebido

importante atenção nas últimas décadas na implantodontia.

Considerando que a superfície do implante é a primeira a interagir com o hospedeiro,

modulando a resposta tecidual e os eventos iniciais da reparação óssea e da regeneração

epitelial, essa superfície reveste-se de fundamental importância para o sucesso dos implantes [13,14].

Sua topografia diz respeito ao seu grau de rugosidade e à orientação das suas

irregularidades.

Tendo em vista a importância da topografia e das propriedades químicas das

superfícies dos implantes, a indústria iniciou uma busca para melhorar essas superfícies. Por

diferentes métodos de tratamento de superfície, é possível alterar as forças interfaciais, a

molhabilidade, a rugosidade, a energia e a capacidade de adsorver as moléculas, podendo-se

alterar a resposta tecidual [9].

Odesejode acelerar emelhorara osseointegração em períodos

iniciaisapósaimplantaçãodirecionoumuitaspesquisaseesforços na

implantodontia,particularmenteparasuperaraslimitaçõesdepacientescomalgumcomprometimen

toósseo,sejapordoençaoupelaidade[15,16,17].Dentreos

fatoresquepodeminfluenciaraosseointegração,asuperfície do

materialédeterminantenabiocompatibilidadeenoprocessodereparo por estar

emíntimocontatocomostecidosbiológicosnaáreade implantação [18]. Estudos prévios

demonstraramquecaracterísticas das

superfíciesdeimplante,comorugosidade[17,18],composição[19,20], energiaemolhabilidade [21,22]

,influenciam significativamente na adsorçãodeproteínas,naproliferaçãoena

diferenciaçãocelular,bemcomo na produção defatoreslocais[17,23].Sendo assim,a

taxa,aquantidadee aqualidade daosseointegração estãorelacionadascomas propriedades

físico-químicasdassuperfícies[24].

Por esta razão, diversasmodificaçõesdas superfíciesdeimplante

têmsidodesenvolvidas,oupor alteração natopografiaoupor alteraçãona composiçãoquímica,ou,

ainda,porambos.Asmodificações físicasnatopografiadas superfícies compreendem alterações

na sua morfologia e na sua rugosidade, tantoemescala micrométrica, quantonanométrica.

(16)

inorgânicas à superfície(como as diversas fases decálciofosfato),quanto a demoléculas

orgânicas(enzimas, proteínas)[25].

A resposta celular em superfíciesdetitânioéintensamentedependente

doestadofísico-químicoem queestasseencontram. As células osteoblásticas, por

exemplo,respondemdiferentemente, pararugosidadesdiferentes

emsuperfíciesdeimplantesdentais.

Domesmomodo,superfícies comdiferentesgrausdehidrofilicidade

respondemdiferentementequando imersasnummeiodeculturadecélulas

osteoblásticas.Ainteração dascélulas comassuperfíciesdosbiomateriaiséde

extremaimportâncianaefetividade deimplantes odontomédicos[26,27].Assim, modificações

desuperfíciedeTipodemmodularasrespostasdascélulasjunto aobiomaterial.

Estudostêmdemonstradoqueos implantesdetitâniosãobiocompatíveis. Parao

seusucesso,énecessário, porém,quehajaumaforteinteraçãoentreessebiomaterial

eomeioqueorodeia.Comportamentoscelularescomoadesão,mudanças

morfológicaseproliferaçãosãoprincipalmentedeterminadosatravésdecaracterísticasde

superfície, composiçãoquímica,rugosidade,hidrofilicidadee topografiadotitânio[28].

Osucessodoimplantenãodependesomentedaspropriedades químicasda sua

superfície,nemda energia livre desta,mas também de sua rugosidade.As propriedadesda

superfície dos biomateriaisapresentaminfluência no

processodeadesãodascélulasadjacentes.Noentanto,muitopoucosesabea respeitodas

inúmerascaracterísticasda superfície dotitânio quepromovema

interaçãoentreotecidoeoimplante[9].

Paraoestudodaimplantodontia,há, portanto,necessidade deseiniciarno conhecimento

dessas características, pela introduçãodasinformaçõesbásicasrelacionadas

àsaplicaçõesepropriedades do

titânio,vistoque,atualmente,osimplantesodontológicossãofabricadoscomtitânio

comercialmente purooucomsuasligas.

Otitânio comercialmentepuro(Ticp)easligas

detitâniocomalumínioevanádio(Ti-6Al-4V)passaramaser osmetaisdeescolhapara confecçãoda parte endósseados

implantesdentais.Issoocorreudevidotanto àssuaspropriedades biomecânicas, quanto às

possibilidades detratamento, como também aoacabamentosuperficialdoimplante,alémda

(17)

Oestudoda ligaçãodascélulasao titânio é de suma importância

naáreaqueenvolveoentendimentodo comportamentodosimplantesdentários.Paraque os

implantes de Titânioproduzam resultados

positivos,faz-senecessárioqueasuperfíciepromovauma respostadesejável das célulasedostecidos

quecontatamessesimplantes.Oscomportamentoscelulares, tais

comoadesão,mudançamorfológica, alteração funcionaleproliferação são

extremamenteafetadospelaspropriedades dasuperfície, a saber: morfologia,

rugosidadeeenergialivre[30].

Aprodução desuperfíciesque possibilitemrespostas

plausíveisdascélulasqueestãoemcontatocomoimplantetemsidoumdosobjetivos

primordiaisnoquetangeaoplanejamentodeumsistema deimplantes.Acomposição

eaestruturadosóxidosda superfíciedobiomaterial exercemumafunçãodesumaimportância

nosfenômenos queocorremnainterfacedurantearespostabiológica[30].

Ostestesparaavaliarabiocompatibilidade sãodeextremaimportânciano desenvolvimento

dosmateriaisparaimplantes,nãoapenascomoumcritérioque aprove ourejeiteomaterialou

dispositivo,mascomoumconjuntode procedimentos

quepermitamcaracterizarcorretamenteodesempenho biológicodomateriale

estabelecercritériosparaidentificação,eliminaçãooudeterminação doslimites toleráveisde

reaçõesadversasparadeterminadomaterialoudispositivo.

Alémdabiocompatibilidade,osbiomateriaisdevempossuirbiofuncionalidade,

ouseja,acapacidadededesempenharapropriadamenteafunçãodesejada,dadasassuaspropriedades

mecânicas,físicasequímicas[31].

O conceito relacionado à biocompatibilidade tem sofrido

evolução.Atualmenteentende-secomobiocompatibilidadeuma característicadomaterialque,

usadoemaplicaçõesespecíficas,desenvolverespostasteciduaisadequadasaossistemashospedeiro

s. Éimportanteque,emalgumasaplicações,osmateriais

biocompatíveisnãodevamnecessariamente estarabsolutamenteinerteseinócuos. Devem,

(18)

3 OBJETIVOS

3.1 ObjetivoGeral

Desenvolver um novo processo de oxidação por plasma de superfície de titânio,

visando ao uso em implantes dentais.

3.2 ObjetivosEspecíficos

 Avaliar o desempenho de diferentes atmosferas de plasma na redução dos

óxidos espontâneos do titânio;

 Oxidar superfícies de titânio, usando a descarga por cátodo oco;

 Avaliar as propriedades físico-químicas das superfícies modificadas por

plasma;

 Analisar a resposta biológica da superfície de titânio oxidado por descarga em

(19)

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Preparações das Amostrasde Titânio

Foram utilizados40 discos detitâniograuII(ASTMF86),com 10mm de diâmetro e

1,5mmde espessura,os quais foramlixadosgradualmente comlixas deSiC, de abrasividade#

220,360,400,600,1000,1200e 2000em águacorrente. Depois, os discos referidos

forampolidos(politrizAROTEC,modeloAPL-2e série212560,BRASIL)

companodepolimentoOP-CHEM,sílicacoloidal (SiO2)com partículas de0,1µ

m(ATM-GMBH,Alemanha)e peróxido de hidrogênio(H2O2)20 Volumesaté um acabamento

finalde0,04µ m.

Todos os discos foram submetidos a um rígido protocolo de limpeza proposto por

Alves et al. (2005), em 3 etapas, a saber: detergente enzimático (DEIV 3E), álcool e água

bidestilada, por 10 minutos, em um equipamento de ultrassomPANTEC, modelo Metasom

14.Após a limpeza, eles foram utilizados no desenvolvimento de um estudo, visando à

remoção, por plasma, dos óxidos passivos presentes em superfícies de titânio. A remoção

desses óxidos formados espontaneamente é de extrema importância na fabricação de

implantes, uma vez que são óxidos formados geralmente na etapa de usinagem, contendo,

assim, contaminantes.

Verificou-se que o plasma da mistura Ar-50% e H2 -50% foi a condição mais eficaz na

remoção de óxido de titânio; por isto, tal mistura foi a utilizada no presente trabalho (ver

detalhe no Artigo 1, em anexo). Nesse Artigo, são avaliadas as microestruturas, as topografias

e as composições químicas das superfícies tratadas e discutidas, bem como as correlações

entre topografia e molhabilidade, introduzindo, na discussão, parâmetros de rugosidade

importantes, como Rp e Rz, e sua razão Rp/Rz.

Com o resultado desse estudo, utilizou-se a condição (Ar+H2 -20minutos), que foi a

mais eficaz na remoção de óxidos, para compor uma etapa prévia para oxidação de superfície

(20)

4.2Oxidação da Superfíciede Titânio

Para essa etapa, foram utilizados 40 discos de Ti, que seguiram o mesmo protocolo

metalográfico e de limpeza utilizados na etapa anterior. Para o tratamento de oxidação, foi

utilizado uma câmara de aço inoxidável hermeticamente fechada (reator), com 300 mm de

diâmetro e 300 mm de comprimento, uma fonte de tensão DC variável e um sistema de vácuo

para receber o tratamento de superfície (Figura 1).

Figura 1 - Reator utilizado para redução e oxidação a plasma por descarga em cátodo oco. Fonte:SILVA, Marco Aurélio Medeiros da.

O porta-amostra utilizado é constituído de um disco de 35 mm x 1 mm (diâmetro x

espessura) de titânio (Ti), catodicamente polarizado. Outro disco igual é utilizado como uma

mesa sobre o primeiro, conforme detalhado na Figura 2b, para a produção da descarga em

cátodo oco (HCD). A distância entre cátodos utilizada foi de 9 mm, porque esse valor foi o

que resultou em maior eficiência energética para a faixa de pressão utilizada. A fonte para

polarização utilizada é de corrente contínua, com tensão de saída ajustável até 1200 V e

corrente máxima de 1,5 A. Um termopar, do tipo K, de cromel-alumel, foi inserido na parte

inferior do porta-amostra para o controle da temperatura da amostra durante o processo de

oxidação. A pressão interna da câmara foi medida através de sensor de membrana capacitiva,

tipo baratron (Edwards).

O procedimento de oxidação das amostras de titânio em descarga de cátodo oco

(TiHCD) foi realizado utilizando-se uma mistura de argônio (60%) e oxigênio (40%) sob

fluxo constante de 12 sccm (Standart Cubic Centrimeter por minute), para o argônio, e de 8

sccm, para o oxigênio, até atingir a pressão de 2,2 Pa durante 60 min, a 500°C. Essa mistura

(21)

4.3 Caracterizaçãoda Superfície

As amostras foram caracterizadas por difração de raios X, usando-se a geometria

Bragg-Bretano e de Seeman-Bohlin (ângulo rasante com incidência de feixe de 5°). Na

primeira geometria se obtêm informações microestruturais de regiões mais profundas da

amostra. Na geometria Seeman-Bohlin, se obtêm informações mais superficiais, uma vez que

nessa geometria a incidência do feixe se faz em ângulos muito pequenos, ou seja, rasante à

superfície. Essa última geometria foi útil para a identificação das fases óxidas formadas na

superfície das amostras de titânio. O ensaio foi realizado em um difratômetro Siemens

D-5000, nas condições de radiação de Cu–Kα, com ângulo de varredura (2θ) de 30 a 80, para a geometria de Bragg-Bretano, e de 33 a 43˚, para a geometria de Seeman – Bohlin, com

avanço de 0,02˚, intervalo de tempo de 1,5 s e velocidade de 2°/min.

Para a avaliação da molhabilidade das amostras de titânio, foi utilizada a técnica da

gota séssil num goniômetro DSA 10 Krüss Technology, utilizando-se gotas de 5μl dos seguintes líquidos: água destilada, dimetil sulfóxido (DMSO), glicerol (GLY), di- iodo

metano (DIIODO) e bromo naphtalene (BRN), cujas polaridades variam de polar a apolar.

As medidas dos ângulos de contatos foram efetuadas em cinco regiões diferentes, usando-se 1

(uma) amostra oxidada e 1 (uma) sem tratamento, para cada líquido utilizado. Os valores

resultantes das medidas foram representados pelas médias aritméticas e desvio padrão.

Para a investigação da topografia das superfícies dos discos de Ti, foi utilizado um

microscópio de força atômica, modelo MFP – 3D AFM AsylumResearch. As imagens obtidas foram analisadas utilizando-se o Software imagem Pro Plus 6.0, com o objetivo de quantificar

crateras e irregularidades na topografia. As crateras foram delineadas e isoladas para a

(22)

4.4 TesteIN VITRO com Cultura de Células (HOB)

Foram utilizados osteoblastos humanos (linhagem HOB). As células foram

descongeladas, cultivadas em meio de cultura Dulbecco Medium Eagle (DMEM), com baixa

concentração de glicose (Sigma Chem Co, EUA), suplementado com 10% de soro fetal

bovino (Soromed, Brasil). O ph do meio de cultivo foi ajustado para 7.2. O cultivo foi

realizado em garrafas de poliestireno de 25cm2 (Corning, EUA) e as células mantidas em

estufa a 37º, em uma atmosfera úmida com 5% de CO2. Ao atingirem confluência, as células

foram descoladas do fundo das garrafas por incubação em solução de tripsina + EDTA por, no

máximo, 5 minutos, a temperatura ambiente, sendo a reação interrompida pela adição de gotas

de soro. As células resultantes foram aspiradas e submetidas a centrifugação

(1500rpm/10min), além de lavadas por duas vezes em PBS (solução Salina Fosfatada

Tamponada), à mesma velocidade e tempo. O pellet resultante foi submetido a avaliação de

densidade e viabilidade celular com azul de tripan[33].

4.5 Ensaio de Adesão Celular

O ensaio 3H–Timidina foi usado para se avaliar a adesão celular, tendo sido feita a monitoração do DNA genômico, pois a proliferação celular depende de sua síntese. A 3

H-Timidina incorporada ao DNA tem sido usada como marcador de replicação. As células

presentes no pellet foram incubadas em meio completo (DMEM + soro), contendo 3

H-Timidina [10]. Após duas horas de incubação parte dessas células foi centrifugada, lavada em

DMEM sem soro, re-suspensa em PBS, contada em câmara de Neubauer. Os vials, 10 no

total, contendo cada um 1.5 x106 células.ml,foram levados à contagem de radioatividade em

aparelho de cintilação líquida - aparelho PerkinElmer, modelo LS50B. A contagem nesse

aparelho resultou em 1.5 x 106 células.ml e numa equivalência de 1.134 ± 0.154 cpm

(contagens por minuto). Desta forma, 1.134 cpm (100% de radioatividade) foram incubados

nos 6 discos de Ti, sendo 3 (três) oxidados e 3 (três) do tipo controle. Após o período de 1

(uma), 3 (três) e 6 (seis) horas de incubação, as células marcadas com 3H-Timidina que se

encontravam associadas a cada uma das superfícies foram rompidas/lisadas e o produto

resultante levado à contagem em cintilador. A radiotividade associada a cada uma das

(23)

4.6 Ensaio de Proliferação Celular

Foi realizado o ensaio MTT para análise da proliferação celular, como descrito por

Mosmann [34]. Foram utilizadas 27 amostras sem tratamento e 27 oxidadas por plasma, para

determinação da proliferação das células osteoblásticas durante 3 (três), 7 (sete) e 11 dias,

utilizando-se 3 (três) discos para cada período analisado.

Uma solução de MTT a 1 mg/ml foi preparada pela dissolução do sal em meio

D-MEM pobre, sem a adição de soro fetal bovino e antibiótico; 1 ml da solução de MTT foi

adicionado em cada amostra na placa de 24 poços. Após 4 (quatro) horas de incubação a 37ºC

em atmosfera úmida, com 5% de CO2, o meio foi retirado e 1 ml da solução solubilizadora,

que consiste em etanol absoluto, foi adicionado para lisar as células e dissolver os cristais de

formazan. A placa foi mantida em agitação constante durante cinco minutos no escuro.

Posteriormente, 100ml do sobrenadante resultante foram transferidos para uma placa de 96

poços e a densidade ótica foi medida em 570nm de comprimento de onda. Os valores foram

analisados em porcentagem de absorbância em relação ao controle.

4.7Avaliação das Células através daMicroscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

Após os ensaios de proliferação, as amostras de Ti sem tratamento e TiHCD foram

sequencialmente lavadas com PBS estéril, pH 7,2, fixadas com glutaraldeído a 2,5% + 4% de

paraformaldeído, durante 60 minutos, a temperatura ambiente. Depois foram lavadas três

vezes (10 min cada) com o mesmo tampão, pós-fixadas em tetróxido de ósmio a 1%, em

tampão de cacodilato de sódio 0,1 M, durante 15 minutos, a temperatura ambiente.

Ressalte-se que essas amostras foram lavadas exaustivamente com PBS estéril.

As amostras resultantes foram fixadas, desidratadas com etanol e secadas (Balzers,

modelo CPD 30), utilizando-se CO2 como líquido de transição. Tais amostras foram, em

seguida, revestidas com uma camada fina de ouro atomizado para a análise em um

(24)

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O comportamento ósseo integrador dos implantes de titânio pode ser melhoradocom o

entendimento das peculiaridades que as características da superfície dos implantes

apresentam, tais como: determinação dos efeitos da energia de superfície, composição,

rugosidade e topografia das respostas biológicas iniciais, quais sejam: proliferação celular,

diferenciação, produção de matriz extracelular, maturação e calcificação óssea [35].

As amostras estudadas foram caracterizadas por difração de raios X e osresultados

estão representados na Figura 2.

Figura 2 - 2a: Difração de Raios X das amostras oxidada e controle usando a geometria Bragg-Bretano; 2b: Difração de Raios X das amostras oxidada e controle usando a geometria de Seeman-Bohlin. Fonte: SILVA, Marco Aurélio Medeiros da.

.

Na Figura 2, é apresentado o resultado usando-se a geometria Bragg-Bretano, em que

os difratogramas para as duas amostras são aparentemente iguais. Isto acontece porque o

filme óxido é muito fino e a informação que esse tipo de técnica fornece é de maior

profundidade, ou seja, do substrato de titânio.

Para se obter uma informação mais detalhada das fases dos filmes superficiais, foi

utilizada a geometria de Seeman-Bohlin, com ângulo de incidência de 5o, para a faixa de 33º a

43o (Figura 2b). Observe-se que a amostra sem tratamento foi reduzida e apresentou apenas

óxidos secundários do tipo Ti, enquanto a amostra oxidada apresentou-se rica em óxidos

como TiO2.

Dentre as propriedades superficiais, a rugosidade e a composição química também têm

sido consideradas parâmetros importantes na alteração da atividade celular [36,37]. A

(25)

importância da atividade química da superfície na determinação da configuração das

proteínas, bem como a taxa e quantidade de proteínas adsorvidas, têm sido exploradas por

diversos pesquisadores, embora o limite químico e topográfico ideal para a adesão proteica

não tenha sido ainda estabelecido [33, 36, 38].

Tendo como foco a dimensão celular, a topografia da superfície passa a apresentar um

papel de mais relevância que a rugosidade propriamente dita, no que se refere às respostas

biológicas, ou seja, orientação, migração de células e arranjo de citoesqueleto celular [39, 40]. O

parâmetro de média aritmética (Ra), apesar de bastante reportado por muitos autores, não é

um parâmetro incisivo sobre o conhecimento da topografia de uma superfície além de não

descrever adequadamente a rugosidade superficial, uma vez que superfícies arredondadas e

pontiagudas não são distinguidas, e superfícies com diferentes topografias podem

compartilhar valores em comum, não definindo com clareza o comportamento do relevo

superficial [41,42]. Por definição, embora Ra seja usado para detectar variações gerais em altura

de perfil global, uma alteração nesse parâmetro não é representativa para avaliar todas as

variações de rugosidade, ou seja, alterações na distribuição dos picos e vales fundos.

O parâmetro Rz, por sua vez, é definido como a diferença de altura comum entre os

cinco picos mais altos e os cinco vales de aspereza mais baixos, enquanto o parâmetro Rp é

definido como a altura de máximo do ponto mais alto de aspereza sobre a linha base [43].

Entretanto, uma opção seria a utilização dos parâmetros Rz e Rp, bem como a razão

Rp/Rz, pois estes dados podem se apresentar como uma alternativa para a determinação do

perfil topográfico (Figura 3), tendo em vista que, desta forma, essa relação torna-se de grande

importância para uma avaliação mais confiável na determinação do formato da superfície,

pois uma razão superior a 0,5 indica a presença de uma superfície composta de picos

pontiagudos, enquanto, para valores inferiores a 0,5, tal razão caracteriza uma superfície com

picos arredondados [42].

Com base nos valores médios de rugosidade apresentados na Tabela 1, observa-se que

as amostras oxidadas apresentaram um incremento no valor de Ra, quando comparadas com a

amostra-controle. Entretanto, para essas amostras, o desvio padrão foi elevado, sendo este fato

atribuído ao processo de tratamento ao qual a amostra foi submetida, em que há a

possibilidade de o fenômeno de re-sputtering ou até mesmo o processo promover no material

nano-deformações não homogêneas em sua extensão, sendo este o motivo de não se

(26)

Desta forma, a utilização da razão Rp / Rz torna-se mais efetiva, reportando-se a uma

tendência de topografia mais arredondada, para as amostras oxidadas, e pontiagudas, para a

amostra-controle.

Tabela 1– Valores de Rugosidade da amostra oxidada e controle

Fonte: SILVA, Marco Aurélio Medeiros da.

A topografia das amostras-controle pode ser visualizada observando-se a Figura 3a,

onde a superfície da amostra apresenta uma topografia sem definição entre picos e vales.

Entretanto, para as amostras oxidadas (Figura 3b), observa-se que o tratamento com plasma

promoveu uma alteração na superfície destas, nas quais um relevo bastante característico pode

ser visualizado. Nessas amostras, as topografias da superfície revelam uma ocorrência de

picos e vales com geometria variada e sem um padrão pré-definido. As dimensões das

cavidades foram calculadas com base nas imagens dessas superfícies, conforme representado

na Figura 3c.

Figura 3 - Topografia da superfície: 3a- Amostra Controle; 3b- amostras oxidadas; 3c- área delineada da topografia.

Fonte: SILVA, Marco Aurélio Medeiros da.

As alterações superficiais observadas tanto nos resultados de rugosidade quanto na

microscopia de força atômica são decorrentes da interação de íons e de outras espécies

contidas na atmosfera do plasma, onde ocorrem simultaneamente desde o bombardeamento

destas até a transferência térmica, aumentando assim o gradiente de temperatura da amostra,

produzindo então defeitos superficiais [10, 32], (Figura 3b).

Os valores das cavidades das amostras oxidadas, calculados a partir das crateras

delineadas, (Figura 3c), encontram-se na faixa de 0,48 a 1,56 nm2, sendo o valor médio de

0,24 nm2. Embora estes valores sejam inferiores ao tamanho celular, receptores de membrana

Amostra Ra

nm Rp nm Rz nm Rp/Rz nm Oxidadas 81,39±22,9 204,66±61,26 447,52±113,02 0,45±0,05

Controle 30,43±8,96 176,87±38,46 352,81±66,85 0,5±0,04

(27)

associados internamente com elementos do citoesqueleto dirigem-se pontualmente a cada

elevação da superfície do material, constituindo assim focos de adesão.

A topografia das amostras oxidadas torna-se mais propícia para a adesão celular, pois

na literatura é reportado que o diâmetro dos receptores das membranas celulares apresenta

dimensões de 8 a 12 nm. Por conseguinte, a dimensão de cavidade poderá influenciar no

comportamento celular, devido ao fato de as células perceberem suas proximidades através de

protrusões com escala de valor semelhante [40]. Mesmo assim, ainda não fica bem claro se o

comportamento das células é afetado diretamente pela topografia em escala nano ou se

somente responde às orientações das proteínas pré-adsorvidas, ou até mesmo se está

relacionado a ambos os parâmetros simultaneamente [36, 39, 37, 38].

Tabela 2 – Valores do ângulo de contato para gotas séssil de diferentes líquidos em superfícies de titânio oxidado e controle

Ti controle Ti HCD H2O destilada 36, 0 ± 0,2 37,2± 0,1

DMSO 48,2± 0,3 59,7± 0,2

GLY 42,6 ±0,2 50,5 ±0,3

DIIODO 55,3 ±0,2 69,8± 0,2 ฀ BRN 61,3 ±0,3 75,5± 0,2 Fonte: SILVA, Marco Aurélio Medeiros da.

Com relação às medidas de ângulo de contato das amostras estudadas, os resultados

obtidos indicam que, para a medida realizada com água, as amostras modificadas

superficialmente apresentaram um comportamento inesperado, ou seja, não houve diferença

estatística nos valores de ângulo de contato, quando comparadas com a amostra-controle. Esse

comportamento pode ser atribuído à alteração do estado energético, bem como ao fato de os

defeitos de ordem nanométricas oriundos do tratamento superficial não apresentarem

influência sobre o líquido de caráter polar - caso da água. Porém, à medida que os líquidos

testados foram apresentando um caráter mais apolar - DMSO, GLY, DIIODO e αBR -, observou-se uma maior afinidade para as amostras-controle (ver Tabela 2), pois o

espalhamento da gota para esses líquidos foi mais pronunciado.

Este resultado pode sugerir, portanto, que as amostras modificadas por oxidação a

plasma apresentam uma superfície mais compatível com um liquido apolar, podendo esta

característica vir, consequentemente, a influenciar a adsorção proteica e, posteriormente, a

(28)

energia livre da superfície e/ou a alterações dos parâmetros topográficos de rugosidade e

microtextura [46], explicados no Artigo 1 em anexo.

Tabela 3. Medidas de 3H-timidina associadas às células HOB após 1 hora, 3 horas e 6 horas de interação com amostras oxidadas e controle.

SUPERFÍCIES TEMPO DE INCUBAÇÃO

1 hora 3 horas 6 horas

Ti Controle 72.3% 78.5% 77.2%

Ti Oxidadas 73.9% 88.4% 90.6%

Fonte: SILVA, Marco Aurélio Medeiros da.

Os resultados obtidos durante o ensaio da adesão celular indicam que o tratamento

superficial não promoveu alteração significativa na primeira hora, como observado na (Tabela

3). Entretanto, após as três horas, o percentual de associação à superfície aumentou para

88.4% e, após seis horas, atingiu 90.06% de associação à superfície oxidada.

Já na superfíciecontrole, 78.5% e 77.2% das células a ela se associaram. Em todos os

tempos, as células mostraram uma preferência por superfícies tratadas por plasma cujo

número de células aderidas foi comparativamente superior em relação à amostra-controle.

Atribui-se este comportamento às rugosidades superficiais promovidas pela oxidação por

plasma em catodo oco. Sabe-se que a rugosidade topográfica deve ser controlada, isto porque

as células necessitam de pontos de ancoragem, presentes na superfície, para que possam aderir

e proliferar [33]. Se o valor da rugosidade for muito menor que o diâmetro dos filopódios, não

existirão locais adequados para a adesão, acontecendo o mesmo para valores muito elevados;

não haverá local para a ancoragem e a célula iria confundir uma depressão, sem grandes

detalhes topográficos, como uma superfície lisa, semelhante à amostra-controle [33].

Assim, a adesão e a proliferação celular não devem ser avaliadas apenas quanto à sua

amplitude, mas também quanto à organização topográfica [3]. O corpo celular é,

predominantemente, observado nos vales e as expansões citoplasmáticas projetam-se em

direção aos picos, ao mesmo tempo que os osteoblastos passam a se dividir rapidamente.

Ambas as topografias analisadas provocam alterações e estimulam o citoesqueleto,

promovendo uma maior interação entre as células e a matriz proteica já aderida [3,33].

Os resultados sugerem uma preferência celular pela superfície oxidada devido esta

possuir propriedades físico-químicas e características compatíveis com uma melhor resposta

biológica.

Apesar de a quantidade de células aderidas ter sido muito semelhante para ambos os

(29)

morfologia das células osteoblásticas, conforme observado na análise de microscopia

eletrônica de varredura (Figura 4 e 5).

Figura 4 – MEV da amostra controle: 4a- Aparência poligonal das células na amostra controle; 4b- característica de espraiamento da amostra controle.

Fonte: SILVA, Marco Aurélio Medeiros da.

Figura 5 – 5a- característica morfológica das células em amostra oxidada; 5b- presença de múltiplos filopódios com dimensões semelhantes às áreas delineadas na topografia da superfície.

Fonte: SILVA, Marco Aurélio Medeiros da.

As células aderidas na superfície das amostras-controle (Figura 4) e (Figura 4b)

apresentam uma morfologia achatada, com prolongamentos celulares curtos, necessitando de

grande esforço para se espraiarem pela topografia, já que não encontram estruturas

tridimensionais, como acontece na superfície rugosa da amostra oxidada, que permite a

acomodação celular, por haver um amplo contato com a superfície [34]. Neste caso, as células

logo entram em contato com alguma estrutura, sem necessidade de esforços laterais para se

espraiarem. A aleatoriedade das irregularidades e a organização espacial presentes nas

superfícies oxidadas propiciam vales mais amplos entre as elevações em forma de platôs e 5a 5b

(30)

picos que alojam, por comparação de tamanho, os osteoblastos e seus prolongamentos. Os

resultados obtidos podem ser um indicativo de que, provavelmente, as diferenciações

morfológicas das células aderidas sofreram alguma influência das características superficiais

das amostras estudadas, sendo este comportamento reportado na literatura [35, 36, 38, 47, 48, 49, 50, 51, 52]

.

Porém estudos neste campo revelam que, apesar de não existir um consenso em

quantificar um padrão ideal, o tipo de topografia tem uma significativa influência no

crescimento celular, indicando que deve existir um limite crítico de rugosidade para uma boa

proliferação celular [35, 36]. Entretanto não há na literatura referência à existência clara de uma

correlação linear entre os parâmetros de rugosidade, morfologia e amplitude da superfície [53, 54]

.

Alguns autores enfatizam em seus trabalhos que a diferenciação osteoblástica, a

proliferação e a produção de matriz extracelular, assim como produções de fatores de

crescimentos locais, são afetadas pela topografia de superfície e pela rugosidade, e que estas

variáveis exercem controle sobre fenótipos celulares em diversas linhagens, como fungos,

células epiteliais, leucócitos, entre muitas outras, inclusive osteoblastos [38, 49, 51, 54].

Já está estabelecido na literatura que essas modificações da superfície do Ti irão

promover alterações na interação célula-biomaterial [55,56]. O arranjo de conformação de

rugosidade observado na amostra oxidada favoreceu a adesão e o espraiamento dos

osteoblastos.

A proliferação celular também foi afetada pelo tratamento de oxidação por plasma,

quando comparada à superfície-controle. Modificações na composição da atmosfera gasosa

que compõe o plasma, temperatura, baixa pressão e do tempo de tratamento promoveram um

aumento da proliferação de células cultivadas sobre as superfícies de Ti tratadas. A

comprovação é mostrada na Figura 6 onde o resultado da proliferação celular foi medido pela

densidade óptica no ensaio do MTT.

Observa-se que a amostra-controle apresentou nos primeiros três dias uma proliferação

semelhante à amostra oxidada. No sétimo e no décimo primeiro dia, a proliferação mostrou-se

maior na amostra oxidada quando comparada à amostra- controle. As células mostraram uma

preferência por superfícies oxidadas onde o número de células aderidas foi comparativamente

(31)

Figura 6. Proliferação celular na superfície oxidada e superfície controle (ST) e controle negativo (CN), análise da variância Turkey pós-teste (p< 0.05).

(32)

6 CONCLUSÃO

Baseado no que foi relatado e exposto, conclui-se que:

1) O processo foi eficiente na remoção dos óxidos primários bem como na oxidação da

superfície do titânio.

2) No processo de oxidação, verificou-se que houve um aumento na concentração de O2

na superfície, além de diferenças topográficas entre a superfície oxidada e a superfície

controle.

3) No microscópico eletrônico de varredura (SEM),foram observadas diferenças

morfológicas celulares para ambas as superfícies. Uma maior quantidade de projeções

defilopódios foi visualizada nas amostras oxidadas em comparação com a amostra

controle.

4) Verificou-se, através dos ensaios com 3H-Timidina um aumento da adesão e

proliferação celular nas amostras oxidadas, quando comparadas com as amostras

controle.

5) As células aderidas na superfície da amostra controle apresentaram uma morfologia

achatada, com prolongamentos celulares curtos, necessitando de grande esforço para

(33)

7 COMENTÁRIOS,CRÍTICASE SUGESTÕES

A ideia fundamental do projeto original era obter superfícies de titânio oxidadas por

um processo limpo, diferentemente dos processos convencionais de oxidação por ataque

ácido. Pretendia-se realizar duas etapas de desenvolvimento. Na primeira etapa seria o estudo

in vitro da adesão e proliferação de osteoblastos em superfícies de titânio oxidado por plasma.

A segunda etapa seria o estudo in vivo da osseointegração de implantes de titânio oxidado por

plasma em tíbias de coelhos. Na época apenas a Universidade Potiguar tinha um biotério, o

qual foi desativado, impedindo a continuação execução dessa etapa. Convencido da

inviabilidade da segunda etapa se optou por desenvolver apenas a primeira etapa, mas

ampliando a caracterização microestrutural, topográfica e química da superfície oxidada, bem

como desenvolver um protocolo de oxidação a plasma que livrasse a superfície do titânio dos

seus óxidos passivos.

Esse protocolo é muito importante do ponto de vista da fabricação dos implantes, pois

esses óxidos passivos geralmente são formados durante o processo de usinagem dos

implantes, contendo assim contaminantes nocivos à saúde. Verificou-se que o plasma com

mistura argônio + hidrogênio foi o mais eficaz, colaborando assim com a literatura que

utilizava apenas o hidrogênio como gás de limpeza prévia de superfícies. Além dessa

colaboração, que pode ser utilizada como protocolo para remoção dos óxidos passivos, a

técnica de descarga em cátodo oco utilizada no presente trabalho é uma contribuição

totalmente original na área de fabricação de implantes e outros dispositivos biomédicos.

Utilizou-se uma técnica em franco crescimento na metalurgia, que agora foi adaptada para a

oxidação de titânio, que poderá ser utilizado na área biomédica onde o titânio possui grande

aplicação em dispositivos implantáveis.

A busca por soluções tecnológicas para os problemas da área de saúde é hoje um

caminho promissor, mas que exige um esforço multidisciplinar. O desafio vai desde a

uniformização das terminologias até a familiaridade com as técnicas de análises e suas

interpretações. O formalismo matemático e conceitos de engenharia de materiais, física entre

outras áreas que estão desconectados da formação de um profissional da saúde. Um desafio

ainda maior está na conexão dessas informações com a solução do problema. Nesse sentido, o

crescimento para um profissional de saúde que aceita esse desafio é evidente frente aos

conhecimentos adquiridos e consolidados durante o processo. O fato de produzir esse trabalho

(34)

laboratório são desenvolvidas as mais diversas superfícies modificadas por plasma, aplicadas

em diferentes dispositivos biomédicos.

A integração entre os membros forma um ambiente fértil de conhecimentos que

facilita o aprendizado e compartilhamento de ideias e pesquisas. É nesse ambiente que as

pesquisas ganham vida e dão continuidade, como é o caso da nossa pesquisa. Ela foi originada

de pesquisas realizadas com implantes nitretados em 2005. A minha participação nesses

trabalhos (artigo 2, 3 e 4, do anexo) foi fundamental para a familiarização com técnicas como

DRX, microscopia óptica, força atômica, molhabilidade, microsocopia, além de preparação

metalográfica de amostras. Todas essas técnicas não fazem parte da formação básica de um

profissional da saúde.

Durante esse período foi desenvolvido um goniômetro para medida do ângulo de contato

o qual é utilizado até o momento no lablasma. Além disso, participei como organizador de

eventos da área, nacionais e internacionais, onde também colaborei com apresentação de

(35)

REFERÊNCIAS

[1] Long M, Rack HJ. Titanium alloys in total joint replacement. A materials science

perspective. Biomaterials. 1998 set; (19):1621-1639.

[2] Silva, MHP. Apostila de Biomateriais. [acesso em 2006] Disponível em:

http://mesonpi.cat.cbpf.br/e2006/posgraduacao/pdf_p3/ApostilaBiomateriai as.pdf

[3] Novaes AB Jr, Souza SL, Barros RR, Pereira KK, Iezzi G, Piattelli A. Influence of

implant surfaces on osseointegration. Braz Dent. J. 2010 nov; (21):471-481.

[4] Bueno RBL, Adachi P, Castro-Raucci LMS, Rosa AL, Nanci A, Oliveira PT.

Oxidative nanopatterning of titanium surfaces promotes production and extracellular

accumulation of osteopontin. Braz Dent J. 2011 april; (22): 179-184.

[5] Rosa MB, Albrektsson T, Francischone CE, Schwartz Filho HO, Wennerberg A.

Caracterização micrométrica da superfície dos implantes das cinco maiores

companhias do mercado brasileiro. Parte I: Implantes da Neodent. Dental Press

Implantol. 2012 jan-mar; (6): 76-87.

[6] Rosa MB, Albrektsson T, Francischone CE, Schwartz Filho HO, Wennerberg A.

Caracterização micrométrica da superfície dos implantes das cinco maiores

companhias do mercado brasileiro. Parte II: Implantes Bonelike da Biomet 3i do

Brasil. 2012 Apr-June; (2): 44-55.

[7] Albrektsson T, Wennerberg A. Oral implant surfaces: Part 1 – Review focusing on topographic and chemical properties of different surfaces and in vivo responses to

them. In J Prosthodont. 2004 (17): 536-543.

[8] Albrektsson T, Wennerberg A. Oral implant surfaces: Part 2 – Review focusing on clinical knowledge of different surfaces. Int J Prosthodont. 2004; (17): 544-564.

[9] MorettiLAC. Microtopografia de implantes de titânio com diferentestratamentos de

superfíciesàmicroscopiaeletrônicadevarreduraede

forçaatômica.DissertaçãodeMestrado,apresentadaàFaculdadedeOdontologiadeRibeirão

Preto/USP: 2012.

[10] AlvesJrC,GuerraNetoCLB,MORAISGHS,SILVACS, HAJEKV. Nitriding of titanium

disks and industrialdentaIimplants using

hollowcathodedischarge.Surf.Coat.Technol.2005 may; (194):196-202.

(36)

ion bombardment of titanium surfaces on the cell behavior. Surface & Coatings

Technology. 2009 mar; (203): 1765-1770.

[12] Guerra NETO CLB, SILVA MAM, Alves, Jr C. In vitro study of cell behaviour on

plasma surface modified titanium. Surface Engineering, 2009 feb; 2(25); 146-150.

[13] PalmquistA,Engqvist H,LausmaaJ,HomsenP.Commercially available dental implants:

review of their surface characteristics. Journal of

biomaterialsandtissueengineering2012 June; 2 (2):112–124.

[14] DohanEhrenfestDM,VazquezL,ParkYJ,SammartinoG,BernardJP.Identification card

and codification of the chemical and morphological characteristics of 14 dental

implant surfaces. J Oral Implantol. 2011 mar;(37): 525-542.

[15] Alves JrC.Nitretaçãoaplasma–Fundamentoseaplicações.1ºEdição, EditoraUFRN ;2001.

[16] Guerra Neto, C L B, Silva, M A M, Alves JR. C. Experimental study of plasma

nitriding dental implant surfaces. Surface Engineering. 2009; (25): 1-4.

[17] Gittens AR, McLachlan T, Olivares-Navarrete R, Cai Y, Berner S,

TannenbaumR,.Theeffects ofcombined micron-/submicron-scale

surfaceroughnessandnanoscale featuresoncellproliferationand

differentiation.Biomaterials.2011; (32): 3395-3403.

[18] Nanci A, McKee MD, Zalzal S, Sakkal S. Ultrastructural and

immunocytochemicalanalysis ofthetissueresponseto metalimplantsin the rat tibia. In:

Davidovitch, Z. &Mah, J., eds.Biological mechanisms

oftootheruption,resorptionandreplacementby implants.Boston: Harvard

SocietyfortheAdvancementofOrthodontics1998; (8) :487-500.

[19] LiuX,LimJY,DonahueHJ,DhurjatiR,MastroAM,VoglerEA.Influence

ofSubstratumSurfaceChemistry/Energy andTopography ontheHuman

FetalOsteoblasticCell Line hFOB1.19: Phenotypicand Genotypic Responses

ObservedIn Vitro.Biomaterials.2007; (31); 4535-4550.

[20] SulYT. JohanssonC,ByonE,AlbrektssonT.Theboneresponseof

oxidizedbioactiveannonbioactivetitaniumimplants.Biomaterials.2005

Nov;(26):6720-6730.

[21] BuserD,BrogginiN,WielandM,SchenkRK,DenzerAJ,CochranDL.

(37)

(83):529-533.

[22] ZhaoG,SchwartzZ,WielandM,RuppF,Geis-GerstorferJ,Cochran DL,et

al.Highsurfaceenergy enhancescell responsetotitanium

substratemicrostructure.JBiomed Mater ResA. 2005;(74): 49-58.

[23] KubiesD,HimmlováL,RiedelT,ChánováE,BalíkK,DouděrováM.TheInteractionofOsteo blasts WithBone-ImplantMaterials:1.The Effect ofPhysicochemicalSurface

PropertiesofImplantMaterials. PhysiolRes.2011;(60): 95-111.

[24] JunkerR,DimakisA,ThoneickM,JansenJA.Effectsofimplantsurface coatingsand

compositionon boneintegration:a systematicreview.Clin OralImplantsRes.2009; (20):

185-206.

[25] Ehrenfest DMD, Coelho PG, Kang BS, Sul YT, Albrektsson T.

Classificationofosseointegratedimplantsurfaces:materials,chemistry,

andtopography.TrendsBiotechnol. 2010; (28): 198-206.

[26] Piotto, MAB. Análise topográfica de diferentes superfícies

deimplantesnomicroscópioeletrônico devarreduraeno microscópio

deforçaatômica.Dissertação de Mestrado. Universidade

SagradoCoração,áreadeconcentração:BiologiaOral.2011.

[27] JunkerR,DimakisA,ThoneickM,Jansen,JA .Effectsofimplantsurface coatingsand

compositionon boneintegration:a systematicreview.Clin OralImplantsRes.2009; (20):

185-206.

[28] Aires MM, Rocha OHA, Marimbondo NKA, Guerra Neto CLB, Alves jr C . Analysis

of the cell preference in different Ti surfaces exposed to the same culture environment.

Rev. bras. odontol. 2011 jan-jun; 68 (1):110-114.

[29] Bose S, Roy M K, Bandyopadhyay A. Surface modificationof titanium

forload-bearing application.J.Mater SciMaterMed.2009; (1): 519-524.

[30] EliasCN,OshidaY,LimaJHC,MullerCA.Relationshipbetweensurface properties

(roughness, wettability andmorphology)oftitaniumand dental

implantremovaltorque.JMechBehavBiomedMater.2008; (1): 234-42.

[31] Elias CN.Titanium dental implant surfaces. Rev Matéria. 2010;(15): 140-144.

[32] Silva MAM, Martinelli AE, Alves Jr. C , Nascimento RM, Távora MP, Vilar CD.

(38)

[34] Mosmann, T. Rapid colorimetric assay for cellular growth and survival: application to

proliferation and cyto-toxicity assays. J. Immunol. Methods. 1983; (65): 55.

[35] Kieswetter K, Schwartz Z, Hummert TW, Cochan DL, Simpson J, Dean DD, Boyan

BD.Surface roughness modulates the local production of growth factor and cytokines

by osteoblast-like MG-63 cells. J. Biomed Mater Res. 1996; (32): 55-63

[36] X. Zhu Chen J, Scheideler L, Reichl R, Geis-Gerstorfer J. Effects of topography and

composition of titanium surface oxides on osteoblast responses.Biomaterials 2004 aug;

(25): 4087–4103

[37] Von Recum AF, Van Kooten TG. The influence of micro-topography on cellular

response and tha implications for silicone implants. J Biomater Sci Polym Ed. 1995;

(7): 181-198.

[38] P. Roach; D. Eglin; K. Rohde; C. C. Perry. Modern biomaterials: a reviw-bulk

properties and implications of surface modifications. J Mater Sci: Mater Med. 2007;

(18):1263–1277

[39] Curtis A, Wilkinson C. Topographycal control of cells. Biomaterials.1997 dec;

(18):1573-1583

[40] Flemming RG, Murphy CJ, AbramsGA, Goodman SL. Effects of synthetic micro and

nano-structured surface on cell behavion. Biomaterials. 1999 mar; 6(20): 573-588

[41] Rupp F , Scheideler l, Olshanska N, Wild M, Wieland M, Geis-Gerstorfer J.Enhancing

surface free enegy and hydrophilicity through chemical modifications of

microstrutured titanium implants surface. Biomaterial. 2005 nov; (25):1429–1438 [42] Whitehead SA, Shearer AC, Watts DC. Comparison of methods for measuring surface

roughness of ceramic ; J Oral Rehabil. 1995 June;(22): 421-427

[43] Chi T, Ballinger T, Olds R, Zecchino M. Surface texture analysis using dektak stylus

profilers; technical report Veeco Instruments Inc. (2004)

[44] J. Bico, Thiele U, Quéré D. Wetting of texture surfaces.Colloids and Surf. A:

Physicochem. Eng. Aspects 2002 july; (206): 41–46

[45] Zhou W, Zhong X, Wu X, Yuan L, Zhao Z, Wang H, Xia Y, Feng Y, He J Chen W.

The effect of surface roughness and wenttability of nanostrutured TiO2 film on

TCA-8113 epithelial-like cells. Surface & Coatings Technology 2006 may; (200): 6155– 6160

(39)

biomaterials. J.of Oral Implant 1999 oct; (25): 230-236

[47] Martin JY, Schwartz Z, Hummet TW, Schraub DM, Simpson J, Lankford J, Dean

DD, Cochran DL, Boyan BD. Effect of titanium surface roughness on proliferation,

differentiation, and protein sytthetesis of human osteoblast-like cells (MG63). J.

Biomed Mater Res. 1995 mar; (29):389-401

[48] Zinger O,Anselme K, Denzer A, Habersetzer P, Wieland M,Jeanfils J, Hardouin P,

Landolt D. Time-dependnt morphology and adhesion of osteoblastic cells on titanium

model surface featuring scale-resolved topography. Biomaterials. 2004 june; (25):

2695–2711

[49] Chehroudi B, Gould TR, Brunnete DM. Effects of grooved titanium- coated implants

surface on epithelial cell behavior in vitro and in vivo J. of Biomed Mat Res. 1989 set;

(22):459-473

[50] Eriksson C, Lausmaa J, Nygren H. Interactions between human whole blood and

modified TiO2- surface: influence of surface topography and oxide thickness on

leukocyte adhesion and activation. Biomaterials. 2001;(22):1987-1996

[51] Hoch HC, Staples RC, Whitehead B. Signaling for growth orientation and cell

differentiation by surface topography in uromyces. Science. 1987;(235):1659-1662

[52] Zimermam B, Volberg T, Geiger B. Ealy molecular events in the assembly of the focal

adhesion-stress fiber complex during fibroblast spreading. Cell Motil and the

Cytoskeleton. 2004 apr; (2): 151

[53] Ponsonnet L, Comte V, Othmane A, Lagneau C, Lissac M, Jaffrezic N. Mater Sci and

Eng C. 2002 set; (21): 157–165

[54] Anselme K, Bigerelle M. \topography effects of purê titanium substrates on human

osteoblast long-term adhesion. Acta Biomaterialia. 2005 mar; (1): 211–222

[55] Den Braber ET, De Ruijter JE , Smits HTJ, Ginsel LA,Von Recum AF, Jansen JA.

effect of parallel surface microgrooves and surface energy on cell grwth.J. of Biomed

Mat res. 1995 apr; (29): 511-518

[56] Den Braber ET, De Ruijter JE , Smits HTJ, Ginsel LA,Von Recum AF, Jansen JA.

Quantitative analysis of fibroblast morphology on microgrooved surface with various

(40)

[57] Klein KA, Yin L,KothapalliD,CastagninoP,Byfield FJ, Xu T. Cell-cycle control by

physiological matrix elasticity and in vivo tissue stiffening. Curr Biol 2009;19(18): 1511-

(41)
(42)

ARTIGOS PUBLICADOS

ARTIGO 1 – Influence of topography on plasma treated titanium surface wettability

O artigo 1 foi publicado no periódico Surface & Coating Tecnology que possui fator

de impacto 1.941 e Qualis B1 da CAPES para área Medicina II. Os demais artigos foram

publicados na revista Surface Engineering com fator de impacto 1.545 e Qualis B2 da CAPES

(43)
(44)
(45)
(46)
(47)
(48)
(49)
(50)
(51)
(52)
(53)
(54)
(55)
(56)
(57)
(58)
(59)
(60)
(61)
(62)
(63)
(64)
(65)

Referências

Documentos relacionados

ADM: Amplitude de Movimento AVDs: Atividades da Vida Diária CIDID: Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens CIF: Classificação Internacional

Conhecer o nível de proficiência digital dos professores do ES nos remete a identificar as competências necessárias para uma fluência tecnopedagógica no contexto dos processos

É a categoria das plantas aquáticas e palustres que mais se aproxima das plantas terrestres e geralmente são dominantes nos ambientes onde ocorrem, excluindo por

A partir desta atividade, o docente poderá avaliar as habilidades e competências dos alunos em relação às técnicas de pesquisa de mercado (desenvolvimento do

Longe de pretendermos esgotar a discussão que envolve o pensamento bakhtiniano no que se refere à subjetividade, nosso percurso teórico iniciará com o conceito de signo – modo pelo

Modelo de resistência parcial com interação patógeno x hospedeiro Diferenças significativas para o efeito da interação entre isolados e variedades foram obtidas para duas

Sule; Huang (1983) Apud Allahverdi; Gupta; Aldowaisan (1999), Yang; Liao (1999) e Cheng; Gupta; Wang (2000) ao considerarem o problema de Flow Shop com duas

Apesar da parafimose em touros ocorrer com menor frequência quando comparada a acropostite e outras enfermidades que acometem a genitália externa, considerou-se