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Avaliação do docente pelo discente na melhoria do desempenho institucional: UTFPR/SIAVI.

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Avaliação do docente pelo discente

na melhoria do desempenho

institucional: UTFPR/SIAVI

Miraldo Matuichuk*

Maclovia Corrêa da Silva**

Resumo

Est e art igo apresent a aspect os da avaliação inst it ucional como part e das at ividades da educação superior. Trat a- se de import ant e est rat égia para a gest ão inst it ucional liderada, no Brasil, pelo Minist ério da Educação (MEC). A Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior coordena o Sist ema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES - o qual t rabalha com t rês grandes universos: a avaliação das inst it uições, dos cursos e do desempenho dos est udant es. A f inalidade dest a est rat égia baseia- se na responsabilidade social, na qualidade da educação superior, no reconheciment o da diversidade do sist ema, no respeit o à ident idade, e na missão educacional hist órica das inst it uições. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR - t em uma Comissão Própria de Avaliação, vinculada ao SINAES que promove, dent re out ras avaliações, a do docent e pelo discent e. O present e est udo visa a analisar a organização da primeira plat af orma do Sist ema de Avaliação Inst it ucional – SIAVI do docent e, implant ada em 2009, e suas int erações com os princípios dos modelos avaliat ivos de carát er part icipat ivo (resolução de problemas), colaborat ivo (evolução const ant e), e emancipat ivo (cidadania e inclusão), visando a int roduzir propost as de melhorias.

Palavras-chave:

Avaliação na Educação Superior. UTFPR/SIAVI. Discente. Avaliação docente.

Evaluation of teachers by students in the improvement

of institutional performance: UTFPR/SIAVI

Abstract

This paper presents the institutional evaluation as part of the activities of higher

education. It is an important strategy for institutional management in the country

led by the Ministry of Education (MEC). The National Evaluation of Higher Education

coordinates the National System of Higher Education - SINAES - working with

* Mestre em engenharia da produção e doutor em educação pela UDELMAR - professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. E-mail: miraldo@utfpr.edu.br

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three major universes: the evaluation of schools, courses and student performance.

The purpose of this strategy is based on social responsibility, quality of higher

education, recognition of the diversity of the system in regard to identity and the

historical mission of educational institutions. Federal Technological University of

Paraná - UTFPR - has an evaluation committee, linked to SINAES that promotes,

among other measures, the student evaluation for the teacher’s activities. The

present study aims to analyze the organization of the first platform of the teacher’s

Institutional Assessment System – SIAVI, established in 2009, and their interactions

with the principles of the participatory nature of models of evaluation (problem

solving), collaboration (evolution) and emancipation (citizenship and inclusion),

with the aim of introducing proposals for improvement.

Keywords:

Higher education evaluation. UTFPR/SIAVI. Student. Teacher evaluation.

Evaluación del docente por parte del discente en la

mejora del desempeño institucional: UTFPR/SIAVI

Resumen

Este artículo presenta los aspectos de la evaluación institucional como parte de las

actividades de la educación superior. Ésta es una estrategia importante para la gestión

institucional en el país dirigido por el Ministerio de Educación (MEC). La Comisión Nacional

de Evaluación de la Educación Superior coordina el Sistema Nacional de Evaluación de la

Educación Superior - SINAES - que trabaja con tres universos principales: la evaluación

de las instituciones, de los cursos y del desempeño de los estudiantes. El propósito de

esta estrategia se basa en la responsabilidad social, calidad de la educación superior,

en reconocimiento de la diversidad del sistema, en lo que se refiere a la identidad y la

misión histórica de las instituciones educativas. La Universidad Tecnológica Federal de

Paraná - UTFPR - cuenta con una Comisión Propia de evaluación, vinculada al SINAES

que promueve, entre otras evaluaciones, la del profesor por parte del estudiante. El

presente estudio tiene como objetivo analizar la organización de la primera plataforma

del Sistema de Evaluación Institucional - SIAVI del profesor, establecida en 2009, y sus

interacciones con los principios de carácter participativo de modelos de evaluación

(resolución de problemas), colaboración (en constante evolución), y de emancipación

(ciudadanía e inclusión), con el objeto de introducir propuestas de mejora.

Palabras-clave:

Evaluación de la Educación Superior. UTFPR/SIAVI. Discente.

Evaluación docente.

Introdução

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- INEP. Est a aut arquia f ederal auxilia o M EC na implant ação de polít icas públicas na área educacional, e produz inf ormações para educadores e out ros públicos. Em especial, o INEP analisa os dados e inf ormações colet ados nas Inst it uições de Ensino Superior e verif ica a realidade dest es espaços escolares (INEP, 2010).

A avaliação das inst it uições de educação superior, nas modalidades de aut o-avaliação coordenada por uma comissão própria de cada inst it uição, e da o-avaliação ext erna realizada por comissões indicadas pelo INEP, f az part e do Sist ema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Est e sist ema avalia os aspect os inst it ucionais, inclusive o corpo docent e, no que se ref ere ao ensino, à pesquisa e à ext ensão a f im de t raçar um perf il das inst it uições e da qualidade de seus cursos. O INEP, ao operacionalizar os processos, def ine os membros da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES) para coordenar e est abelecer as diret rizes de avaliação . Lê- se na port aria do M EC n.º 2.051, de 09 de julho de 2004:

Parágraf o único. A realização da avaliação das inst it uições, dos cursos e do desempenho dos est udant es será responsabilidade do INEP, o qual inst it uirá Comissão Assessora de Avaliação In st i t u ci on al e Com i ssões Assessoras de Áreas para as dif erent es áreas do conheciment o. (BRASIL, 2004).

A aval i ação i n st i t u ci on al ser á o ref eren ci al bási co para o processo de credenciament o e recredenciament o das inst it uições, com os prazos de validade est abelecidos pelos órgãos de regulação do M inist ério da Educação. Um aspect o da avaliação inst it ucional é a vert ent e da aut oavaliação, a qual é coordenada pela Comissão Própria de Avaliação CPA. No cont ext o dest e art igo, est uda- se um dos inst rument os da CPA da UTFPR –

Campus

Curit iba - para os cursos de graduação, que é a avaliação do docent e pelo discent e, uma vez que exist e uma est reit a relação ent re avaliação e f ormação, visando à qualidade das ações acadêmicas e administ rat ivas dos cursos. Segundo a lei de 2004,

Art . 2º O SINAES, ao promover a avaliação de inst it uições, de cursos e de desempenho dos est udant es, deverá assegurar: I - avaliação inst it ucional, int erna e ext erna, cont emplando a análise global e int egrada das dimensões, est rut uras, relações, compromisso social, at ividades, f inalidades e responsabilidades sociais das inst it uições de educação superior e de seus cursos; II - o carát er público de t odos os procediment os, dados e result ados dos processos avaliat ivos;

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No conjunt o, os processos avaliat ivos int egram as diversas dimensões da realidade a ser avaliada. A inst it uição de ensino superior of erece um ambient e social de ensino- aprendizagem para o campo da educação, e a avaliação do desempenho dos docent es é um mecanismo import ant e de inf ormações que f az a dif erença na busca const ant e da melhoria da qualidade do ensino.

O inst rument o analisado nest e t rabalho é aplicado em dois moment os no ano let ivo. Hoje, a avaliação é f eit a em f ormulários elet rônicos e sof reu uma ref ormulação, aqui analisada, ent re os anos de 2008 e 2009. O acesso é f eit o via int ernet e int ranet na UTFPR durante um período pré- agendado e os departamentos fazem a divulgação (UTFPR, 20094

). Este processo de participação ef etiva dos alunos t em como objet ivo a melhoria de práticas didát ico- pedagógicas e a const rução do conheciment o. No

Campus

Curit iba, realizou-se em 2009 o processo de avaliação docent e pelo discent e com os alunos regularment e mat riculados nos cursos do Ensino Superior, Educação Técnica Prof issional, e Educação Jovens e Adult os. Foi organizada uma subcomissão const it uída por um represent ant e de cada Depart ament o Acadêmico do

Campus

para ajudar no processo de sensibilização e acompanhament o, buscando colet ar amost ras signif icat ivas dos dados (ADPD, 2009).

A Avaliação Inst it ucional divide- se em duas modalidades: a aut oavaliação - Coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de cada inst it uição e orient ada pelas diret rizes e pelo rot eiro da aut oavaliação inst it ucional da CONAES; e a avaliação ext erna, realizada por comissões designadas pelo INEP, que t em como ref erência os padrões de qualidade para a educação superior expressos nos inst rument os de avaliação e os relat órios das aut oavaliações. O processo de avaliação ext erna independe de sua abordagem e t em uma visão mult idimensional que busca int egrar sua nat ureza f ormat iva e de regulação numa perspect iva de globalidade.

Em seu conjunt o, os processos avaliat ivos devem const it uir um sist ema que permit a a int egração das diversas dimensões da realidade avaliada, assegurando as coerências conceit ual, epist emológica e prát ica, bem como o alcance dos objet ivos dos diversos inst rument os e modalidades. Para gerar seus dados e est udos educacionais o INEP realiza levant ament os est at íst icos e avaliat ivos em t odos os níveis e modalidades de ensino.

Antecedentes históricos

No present e est udo o objet ivo é analisar a organização da primeira plat af orma do Sist ema de Avaliação Inst it ucional – SIAVI do docent e, implant ada em 2009 na UTFPR, e suas int erações com os princípios de modelos avaliat ivos de carát er part icipat ivo (resolução de problemas), colaborat ivo (evolução const ant e), e emancipat ivo (cidadania e inclusão), visando a int roduzir propost as de melhorias. Segundo Ibarrola,

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Um a m el hor cul t ura da aval i ação per m i t i r á apreci ar os alcances, os limit es e os ef eit os das avaliações e o lugar que lhes corresponde dent ro da melhora da educação. Permit irá dist inguir ent re uma verdadeira t ransf ormação curricular e o abuso do t érmino da “ref orma” como propost a polít ica reit erada [...] (IBARROLA, 2008, p. 2).

A quest ão da Avaliação Inst it ucional nas universidades brasileiras f oi discut ida pelo moviment o docent e e, a part ir de 1982, começou um amplo debat e coordenado pela Associação Nacional dos Docent es do Ensino Superior (ANDES). Em 1986, a Universidade de Brasília - UNB iniciou o projeto de avaliação institucional, apresentando um documento que marcou a t rajet ória desse processo no sent ido de f ornecer subsídios para a t omada de decisões nos níveis individual e colet ivo da inst it uição. Dest acou- se a part icipação da comunidade acadêmica na busca de ela alcançar objet ivos e cumprir com suas f inalidades cient íf icas e sociais da avaliação. Est a propost a de avaliação inst it ucional inseriu o inst rument o de avaliação do ensino nos níveis de graduação e de pós- graduação.

Dos t rabalhos result ant es dest a experiência, f oi criada a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior, em 1993, que inst it ucionalizou um programa pela Coordenadoria Geral de Análise e Avaliação Inst it ucional da Secret aria da Educação Superior - SESu - e um Programa de Avaliação Inst it ucional das Universidades Brasileiras – PAIUB. Em 2001, o processo avaliat ivo sof reu mudanças com a revogação dos Decret os 2.026 de 1996 e 2.306 de 1997, que regulament avam a avaliação e a organização da educação superior (BRASIL, 1996). Passou a vigorar o Decret o nº 3.860, de 9de julho de 2001, o qual dispunha sobre a classif icação das inst it uições de ensino superior, ent idades mant enedoras, organização acadêmica, avaliação e procediment os operacionais. Coube ao Minist ério da Educação coordenar a avaliação dos cursos (INEP), programas e inst it uições credenciando ou descredenciando inst it uições.

A Comissão Especial de Avaliação – CEA - f oi designada pelas Port arias do governo f ederal M EC/SESu, n.º 11, de 28 de abril de 2003 e nº 19, de 27 de maio de 2003, sendo of icialment e inst alada pelo M inist ro da Educação, Crist óvam Buarque, em 29 de abril de 2003. A ref erida comissão f oi criada com a f inalidade de “analisar, of erecer subsídios, f azer recomendações, propor crit érios e est rat égias para a ref ormulação dos processos e polít icas da Educação superior e elaborar a revisão crít ica dos seus inst rument os, met odologias e crit érios ut ilizados” (SINAES, 2003).

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Desde 2004, o Si st em a Naci on al de Aval i ação da Edu cação Su per i or t em prom ovi do o aprof u n dam en t o de com prom i ssos e respon sabi l i dades soci ai s das i n st i t u i ções de edu cação su per i or, por m ei o da val or i zação da m i ssão pú bl i ca, da prom oção dos val ores dem ocr át i cos, do respei t o à di f eren ça e à di versi dade, da af i r m ação da au t on om i a e da i den t i dade i n st i t u ci on al . Os pr i n cípi os aval i at i vos con su bst an ci ados pel o SINAES procu ram con t em pl ar a com pl exi dade do en si n o su per i or brasi l ei ro, ar t i cu l an do as di m en sões do processo de ensino, aprendizagem , capacidade inst it ucional e responsabilidade soci al da i n st i t u i ção (BRASIL, 2004).

Concepções de avaliação como processo responsável pela qualidade na f ormação de ensino superior nos cont ext os nacional e int ernacional deram origem às qualidades do SINAES: um sist ema aut ônomo, emancipat ório, regulador e compromet ido com a educação. Enquant o sist ema de avaliação das inst it uições de educação superior - IES - dos cursos de graduação e o desempenho dos est udant es, busca cumprir suas f inalidades, dent re as quais a de mant er a cont inuidade de um processo avaliat ivo f ort alecedor dos propósit os da educação. Baseia- se em princípios f undament ados nas noções de globalidade, ist o é, a compreensão de que a inst it uição deve ser avaliada por um conjunt o signif icat ivo de indicadores de qualidade, vist os em sua relação orgânica e não de f orma isolada.

Procedimentos metodológicos

Est a pesquisa f az uso dos recursos de análise qualit at iva de prát icas inovadoras de colet a de dados de um inst rument o inst it ucional de invest igação avaliat iva. Est e f oi concebido a part ir de um t rabalho colet ivo e int erdisciplinar, em consonância com a missão e com as polít icas inst it ucionais. A propost a de discussão cont a com o apoio t eórico de aut ores como St uf f lebeam, Shinkf ield, Ibarrola, e Vargas.

A UTFPR cont a com a Comissão de Avaliação Permanent e do Docent e pelo Discent e responsável pela coordenação do processo. Ela é compost a por dois represent ant es da Pró- reit oria de Graduação; um represent ant e de cada

campus

da UTFPR; um represent ant e do Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Apoio ao Est udant e (NUAPE); um represent ant e da Assessoria de Tecnologia da Inf ormação AINFO), e um aluno convidado.

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Para most rar a evolução cit am- se algumas dif erenças ent re os processos avaliat ivos: em 2008 o processo de compilação dos dados era parcialment e inf ormat izado, os result ados eram aproximados, havia 15 pergunt as f echadas e uma quest ão abert a; em 2009, as novidades int roduzidas ampliaram o campo dos result ados com a avaliação por prof essor e por t urma (colaborat iva), a ident if icação do prof essor, a redução de erros com a segurança dos result ados (emancipat iva), a recuperação aut omát ica de senhas, e a redução do número de quest ões sem perder a objet ividade das inf ormações (part icipat ivo).

A avaliação do docent e pelo discent e compõe- se de duas f ases dist int as, sendo a primeira, a f ase de aplicação do processo, e a segunda, a f ase de acompanhament o pedagógico do prof essor pelo Depart ament o de Educação. A primeira f ase t em início com a sensibilização dos Coordenadores dos Cursos e dos Chef es dos Depart ament os Acadêmicos em reunião com o represent ant e da Comissão do

Campus

visando à part icipação do discent e. A sensibilização t ambém cont a com a divulgação na página elet rônica da UTFPR. A segunda f ase t em início após a f inalização do processo de avaliação, cont ando com apoio do Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Apoio ao Est udant e – NUAPE, no assessorament o aos Chef es de Depart ament o Acadêmico e Coordenadores de Curso, e no acompanhament o pedagógico de docent es (ver Figura 1).

Figura 1 – Fluxo do processo de avaliação do docent e pelo discent e.

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Abordagens teóricas

Na perspect iva da aplicação da avaliação na gest ão da melhora da inst it uição, a avaliação se const it ui em est rat égia na t omada de decisões que orient em a gest ão inst it ucional. Leis, regulament os, decret os e circulares podem exercer uma f orça para ident if icar os pont os f ort es e f racos da avaliação. St uf f lebeam explica que a “avaliação [...] é o processo de ident if icar e colet ar inf ormações que permit em decidir ent re várias alt ernat ivas” (STUFFLEBEAM et al. (1971) apud VIANNA, 1989, p. 21).

St uf f lebeam (1983) liderou um grupo de prof issionais desejosos de organizar um programa virt ual de avaliação sist êmica que colaborasse com os levant ament os de necessidades inst it ucionais e suas consequent es melhorias. A avaliação inst it ucional das Inst it uições de Ensino Superior – IES - const it ui import ant e est rat égia de gest ão na busca da qualidade de ensino, pesquisa e ext ensão. Cont udo, requer conheciment o analít ico e crít ico da realidade int erna e ext erna das t rajet órias educacionais. Est e advém da organização do processo de avaliação inst it ucional. “O grau de conheciment o inst it ucional se relaciona à sua capacidade de conhecer- se, de avaliar- se” (EYNG, 2004).

A avaliação inst it ucional pode conf igurar- se nas seguint es et apas:

a) Recolher inf ormações que ref lit am, o mais f ielment e possível, a sit uação inicial da sit uação a avaliar.

b) El aborar j u ízos de m ér i t o ou val or a par t i r de cr i t ér i os previ am en t e est abelecidos ou consensuados no cont ext o do próprio processo da avaliação. c) Tomar decisões de melhora que conduzam à eleição e aplicação de alt ernat ivas de int ervenção mais adequadas a part ir da inf ormação avaliada ou em processo avaliat ivo.

A avaliação do docent e pelo discent e é realizada pelos alunos ingressant es e concluint es dos cursos avaliados, que f azem uma prova de f ormação geral e f ormação específ ica. As avaliações f eit as pelas comissões de avaliadores designadas pelo INEP caract erizam- se pela visit a

in loco

aos cursos e inst it uições públicas e privadas e se dest inam a verif icar as condições de ensino, em especial aquelas relat ivas ao perf il do corpo docent e, às inst alações f ísicas e à organização didát ico- pedagógica.

O processo de avaliação requer o est abeleciment o dos organizadores prévios, o conheciment o já exist ent e e a int egração desses com as novas inf ormações num processo que int eragem as inf ormações advindas da avaliação. Part indo das inf ormações do conheciment o já sist emat izados int egram a esses as inf ormações advindas dos procediment os de aut oavaliação, respect ivament e, avaliação int erna e avaliação ext erna.

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pessoal adm i n i st rat i vo e de apoi o t écn i co en t re ou t ras part icipações de int eresse para o projet o. Deve conceber- se como uma avaliação int egral que analisa prof undament e o plano ou programa de est udos em suas dist int as et apas: planejam ent o, execução e adm inist ração, além do m ais perm it e delinear um plano de t rabalho para realizar as modif icações que sejam necessárias (VARGAS, 2010, p. 21).

A relação dos dados provenient es da avaliação int erna e ext erna, os quais são analisados nest e t ext o que se ref ere às dif erent es cont ribuições dos t eóricos da avaliação educacional e da sua aplicação no âmbit o da avaliação inst it ucional. Bert elli (2004, p. 38), indica que:

Os est udos da avaliação inst it ucional iniciados por Tyler na década de 40, at é os dias at uais receberam inúmeras cont ribuições. Dent re essas, dest acam- se nesse est udo as cont ribuições de Cronbach (1963), Scrivem (1967), St ake (1967), St uf f lebeam (1971), Provus (1971), Wort hen e Sanders, (1973), Popham, (1975), Belloni (2000), Dias Sobrinho (1995, 1997, 2000, 2002a, 2002b, 2003a, 2003b).

A avaliação com carát er part icipat ivo, um inst rument o cient íf ico e ét ico, Priet o (2009) coloca alunos, prof essores, pesquisadores e membros de comissões em um cenário comunit ário que t raz t ransf ormações para o processo ensino- aprendizagem, ajuda na t omada de decisões, e pode ser usado como suport e para est abeleciment o de polít icas. Ref let e t ambém nas ações sociais dos usuários e dos gest ores responsáveis pela aprendizagem inst it ucional (valorização, poder, habilidades).

Segundo Vargas, t odo processo de avaliação inst it ucional t em com requisit o e condição indispensável a part icipação da comunidade educat iva. Ist o quer dizer que a avaliação realizada soment e por agent es ext ernos à vida inst it ucional t ende a f racassar, pois não cont empla o processo part icipat ivo. Limit ando sua part icipação mediant e a aplicação de um inst rument o de pergunt as f echadas, não abrange o currículo, a administ ração, a inf raest rut ura, os equipament os e o planejament o.

En los procesos realizados por las carreras se evidencian procesos part icipat ivos que involucran docent es, est udiant es, aut oridades académicas y ent es empleadores, especialment e. Se señalan las f ort alezas y las est rat egias para la solución de las debilidades. Sin duda, que est as acciones y ot ras que surgen como product o de la aut oevaluación, marcan la dif erencia en la calidad de la educación (VARGAS, 2010, p. 24).

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predef inidos. É import ant e que elas est ejam int egradas ao processo e às t omadas de decisões. Nesse sent ido, o processo social, polít ico e educat ivo precisa ser ref lexivo a pont o de provocar mudanças de at it udes para melhorar a qualidade de ensino e recriar as regras básicas da avaliação. A f acilit ação de inf ormações, a ét ica, o compromisso com os result ados increment am a prát ica avaliat iva, o cresciment o cognit ivo e o desenvolviment o pessoal dos part icipant es.

Os aspect os colaborat ivos da avaliação t ambém são f undament ais para a t omada de decisões e resoluções de problemas. Ist o implica uma abrangência da colaboração para t odas as et apas dos programas implement ados nas inst it uições. O avaliador t em uma posição est rat égica na coordenação das at ividades, da escolha de pessoal, e dos aspect os t écnicos do processo. As comissões são compost as de variadas represent ações nas at ividades de elaboração e int erpret ação das inf ormações valorizando a ut ilidade da avaliação enquant o t écnicas e met odologias. Segundo Priet o (2009, p. 8) “A principal pergunt a é em que se dif erenciam os enf oques de avaliação part icipat iva de out ras f ormas de avaliação colaborat iva e das invest igações t ambém colaborat ivas. Em geral as dif erenças são de mat izes”.

St uf f lebeam e Shinkf ield (1995) dizem que os organizadores de est udos polít icos, considerando as diret rizes f ederais para a melhoria do Ensino Superior, precisam priorizar a igualdade de oport unidades, dando respost a à sociedade, no sent ido de cont ribuir para uma cult ura avaliat iva emancipat iva. A consolidação dest es at os se dá com a socialização dos dados colet ados durant e os processos avaliat ivos e a valorização part icipat iva int egral dos envolvidos nas prát icas, nas discussões e int erpret ações dos dados.

Segundo a Declaração dos Direit os Humanos, t oda pessoa t em direit o ao acesso à educação superior em plena igualdade. Na Const it uição Brasileira de 1988, o direit o à educação é um direit o social:

Art . 6º São direit os sociais a educação, a saúde, a aliment ação, o t rabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a prot eção à mat ernidade e à inf ância, a assist ência aos desamparados, na f orma dest a Const it uição (BRASIL, 1988).

As at it udes inovadoras criam um capit al social que se volt a para a emancipação da sociedade em f avor da capacit ação permanent e de pessoas e comunidades. Programas educacionais f lexíveis, baseados em parcerias, com avaliações const ant es, permit em chegar à conquist a da emancipação de pessoas e comunidades.

Análise da avaliação do docente pelo discente

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selecionando o

Campus

, ent rar com sua senha pessoal e, depois de aceit a a ident if icação, o aluno pode int eragir com a plat af orma do Sist ema de Avaliação Inst it ucional – SIAVI - para avaliar seus prof essores.

O aluno poderá acessar o

site

Inst it ucional do aluno para realizar sua mat rícula, conf erir seu bolet im escolar, conf irmar mat ricula, obt er seu hist órico escolar e poder avaliar os prof essores com os quais ele t eve aulas durant e o semest re let ivo (ver Figura 2).

Figura 2 – Port al de acesso acadêmico do aluno.

Font e: UTFPR, (2009).

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Figura 3 - Tela apresent ada ao discent e para as recomendações de preenchiment o.

Font e: UTFPR, (2009).

Na avaliação do docent e pelo discent e da UTFPR est ão propost as cinco pergunt as que abrangem os aspect os de didát ica, cont eúdo, planejament o, avaliação e relacionament o. Além da t ela que cont ém as pergunt as, exist e uma t ela auxiliar com a descrição explicat iva das cat egorias individualizadas.

A pergunt a para avaliar a didát ica do prof essor [o prof essor apresent a o cont eúdo de f orma clara e objet iva?] ref ere- se à f orma de apresent ação dos cont eúdos programát icos das disciplinas e suas relações com os aspect os prof issionais e sociais. Dois adjet ivos de grande amplit ude, “clara e objet iva”, devem ser graduados na escala de conceit os (nunca, rarament e, algumas vezes, quase sempre, sempre), conf orme apresent ado na Figura 3.

Vale lembrar que os alunos são os mais int eressados em est abelecer as relações ent re disciplinas e prof issões deles, desejando f requent ar soment e disciplinas que venham a agregar conheciment o às suas f ormações. Ent ão, est e it em é bast ant e int eressant e para o aluno porque ele implica at endiment o ou não de suas expect at ivas de aquisição de conheciment o. O nome das disciplinas e os cont eúdos são it ens decisivos para o aluno no moment o da mat rícula, na f requência às aulas e na f orma de avaliação.

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Figura 4 – Tela explicat iva de cat egorias e indicadores avaliat ivos.

Font e: UTFPR, (2009).

Após avaliar as cat egorias, o aluno t em um campo dest inado para dar sugest ões e realizar os coment ários que julgar necessários, a Figura 5 apresent a um exemplo de preenchiment o dest e campo.

Figura 5 – Tela de coment ários.

Font e: UTFPR, (2009).

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é o ensino pelo docent e capacit ado e nele podem est ar implicados os cont eúdos e a maneira de expô- los.

Not a- se que começa a ruir a idéia de uma didát ica como conjunt o de t écnicas e saberes met odológicos indispensáveis à art e de ensinar algo a alguém. Percebe- se t ambém o início de um novo sent ido, de um novo olhar, implicando a necessidade de alargament o do horizont e que orient a o processo ensinar-aprender e de percepção da presença de um conjunt o mais amplo de int eresses e int eressados na educação (SANTOS, 2003, p. 138).

Na verdade, a didát ica é mais abrangent e do que as t écnicas e do que o saber f azer, pois t rabalha com conceit os de ident idade ent re o prof essor e a disciplina, ent re a ref lexão sobre os cont eúdos e a t eoria, e a int erdisciplinaridade que permit e uma f ecunda relação ent re as disciplinas. Vale dizer que o prof essor pode concent rar- se no simples cumpriment o do programa sem se preocupar com a aprendizagem do aluno.

Quant o aos cont eúdos das disciplinas [o prof essor demonst ra conheciment o a respeit o do cont eúdo?] e das escolhas de dividi- los em part es t eóricas e prát icas, est es podem ser repassados de f ormas diversif icadas, at reladas aos pot enciais didát icos dos prof essores e das áreas de conheciment o a que se dedicam. M uit os prof essores da Inst it uição possuem f ormações acadêmicas e vivências empresariais que permit em a singularidade na organização dos cont eúdos de suas disciplinas. É import ant e que os alunos da UTFPR saibam que est a inst it uição se caract eriza pela produção de t ecnologia, pela presença da mult idisciplinaridade na organização das disciplinas, af ast ando- se das universidades clássicas exist ent es no país.

Uma f orma bast ant e at ual é a educação a dist ância. O prof essor pode mesclar suas aulas ent re presenciais e virt uais. Ele cert ament e precisa dominar o cont eúdo e adquirir prát icas que venham a produzir conheciment o. As t ecnologias são veículos para criar espaços virt uais de aprendizagem signif icat iva e int eração ent re o aluno e o prof essor.

Uma f ormação ref lexiva implica que o prof essor em sua pr ópr i a pr át i ca pedagógi ca sej a cr ít i co em rel ação aos cont eúdos disponibilizados e const rua novos cont eúdos ao longo de sua f ormação. É um processo que demanda t empo, e principalment e envolviment o do prof essor nas discussões, sobre o uso dos recursos midiát icos na educação escolar (M ORAES; TERUYA, [2010], p. 9).

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pelo discent e que est á cent rada nos cont eúdos. Cabe ao aluno avaliar a prévia apresent ação dos cont eúdos a serem desenvolvidos, o cronograma das aulas e o cumpriment o do mesmo pelo prof essor.

No século XXI, com uma enxurrada de inf ormações disponíveis nos meios midiát icos, as disciplinas perderam seu rumo est ável e os campos disciplinares est ão em const ant e mut ação. Est e “f enômeno” f az da f errament a de planejament o um meio de dar novos sent idos aos cont ext os de mut ação em que vivemos. Ele guia a execução das propost as de cont eúdos e f unciona como diret riz para equilibrar as at ividades de ensino, pesquisa e ext ensão.

Quando se f ala em planejament o na área da educação, ouve-se f alar nos ouve-seguint es t ermos: planejament o educacional, planejament o escolar, planejament o de ensino, planejament o curricular. M as af inal, t odos est es t ermos não são relacionados à educação propriament e dit a? Exist em dif erenças ent re esses t ermos? E ant es disso, o que os est udiosos f alam sobre o t ermo planejament o? Quais as f inalidades pedagógicas de um planejament o de ensino? Por que o prof essor deve planejar? Qual é a sua import ância para o processo de ensino-aprendizagem? (KLOSOUSKI; REALI, 2008, p. 2).

Planejar é uma est rat égia que ajuda o prof essor a pensar sobre o que f az e sobre sua responsabilidade em f ormar cidadãos, prof issionais preparados para a vida e para o t rabalho. Saber o que é mais import ant e dent re os cont eúdos, na relação ensino aprendizado, não é suf icient e se o planejament o de ensino est iver ausent e. É t ão import ant e est abelecer objet ivos, quant o procurar alcançá- los. As polít icas públicas podem cooperar nesse processo, est abelecendo regras e cursos para melhorar o desempenho do educador no planejament o do cot idiano de suas prát icas pedagógicas.

A quart a pergunt a a que o discent e responde na avaliação do docent e t rat a da organização da avaliação dos cont eúdos programát icos pelo prof essor [o prof essor est abelece previament e os parâmet ros da avaliação?]. Ela f az part e de t odo o processo educat ivo e implica um julgament o de valor sobre o prof essor, o que ele est á f azendo e sobre os result ados de seu t rabalho. Para possibilit ar a int rodução de melhorias na qualidade de ensino, a avaliação precisa ser descent ralizada das ações de desenvolviment o cognit ivo.

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def ende a avaliação que considera o cot idiano escolar, as relações que os alunos est abelecem e seu desenvolviment o individual (M ARTIN, 2007).

A produção de conheci m ent o, de ensi no, de aprendi zagem , de pesqui sa são prát icas educat ivas que t ranscendem a simples t ransmissão e avaliação de conheciment os. Por isso, o processo de avaliação, quando mobilizador de prát icas cot idianas para criar condições de aprendizagem, t rabalha com o signif icado do desenvolviment o int egral do aluno – social e pessoal.

A avaliação retrata o momento de o professor e de o aluno refletirem sobre a construção dos saberes e conheciment os. Se ela est iver cent rada no int elect o, na t ransmissão de cont eúdos, ela incorpora dif iculdades de superação do mecanicismo de assimilação e t ransmissão de cont eúdos. Os result ados, quando vinculados ao ensino e aprendizado, permit em a redef inição dos rumos das ações pedagógicas dos docent es e encaminham as prát icas de t ransf ormação de at it udes e met odologias. Ela t em f unção pedagógica, didát ica, diagnóst ica e de cont role para o prof essor promover a aprendizagem.

Na últ ima pergunt a da avaliação do docent e pelo discent e da UTFPR est á present e a cat egoria “relacionament o” – [o prof essor mant ém post ura adequada à prát ica do ensino?]. Avalia- se a f orma como o prof essor se relaciona com os alunos na sala de aula e nos ambient es ext ernos da inst it uição e como est e agir repercut e o desenvolviment o da disciplina. A int eração e a aprendizagem acont ecem quando os princípios do respeit o são validados por ambas as part es. Os exercícios do diálogo ent re as pessoas que pensam, agem e t êm sent iment os podem t ransf ormar as prát icas educat ivas e os relacionament os. Cabe ao prof essor, que é o líder da sala de aula “f avorecer a aquisição do saber a part ir do diálogo, pois é at ravés dest e que os sujeit os se encont ram no verdadeiro moment o de aprendizagem, diluindo- se as hierarquias” (VASCONCELOS et al. 2005, p. 2).

As inst it uições de ensino são socializadoras no sent ido da convivência em grupo. No ambient e de respeit o t orna- se possível o desenvolviment o af et ivo e a criação de signif icados ent re prof essores e alunos. Além disso, é um espaço de apropriação do conheciment o na dimensão prof issionalizant e em que a educação int elect ual, o comport ament o e a af et ividade direcionam as ações.

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Análise da avaliação do docente pelo discente

Nest e it em, após a leit ura crít ico- ref lexiva sobre as pergunt as e os t ext os complement ares que compõem a t ela de avaliação do docent e pelo discent e, passamos a expor como ocorre o processo para o aluno no espaço virt ual. Ao ent rar na página da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o discent e acessa o port al do aluno e encont ra as t elas ant eriorment e expost as nas Figuras 1, 2, 3 e 4.

Após a leit ura e as recomendações, o aluno poderá seguir o processo acessando a t ela de avaliação que inf orma se há “pendências” (f alt a avaliar) e as ocorrências já “realizadas” (est ão avaliadas). As avaliações podem ser f eit as na medida em que o aluno considerar relevant e f azê- lo. Pode t ambém, mas não necessariament e, avaliar t odos os seus prof essores de uma só vez. Porém, esse processo não t em reversão e não há possibilidade de alt erações depois de f inalizado. A Figura 6 ilust ra a t ela que o aluno acessa para escolher as disciplinas em que ele est á mat riculado, os códigos correspondent es, e os nomes dos respect ivos prof essores.

Figura 6 – Tela de disciplinas e prof essores para ser avaliado pelo aluno.

Font e: UTFPR, (2009).

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seguindo a escala de conceit os para cada t ema - didát ica, cont eúdo, planejament o, avaliação relacionament o – e t ecer coment ários, caso ele deseje complement ar as idéias do quest ionário, abordar assunt os não t ocados na avaliação, ou colocar sugest ões. (ver Figura 7).

Figura 7 – Tela de avaliação do docent e.

Font e: UTFPR, (2009).

Uma vez f inalizado o processo das avaliações do docent e pelo discent e, previst o em calendário acadêmico, o sistema gera dados estatísticos de cada um dos 14 departamentos acadêmicos do

campus

Curit iba, 19 coordenações, 27 cursos, mais de 700 prof essores e 1.000 disciplinas, que permit em aos chef es de depart ament os, coordenadores de cursos e da área pedagógica de cada curso avaliar os it ens do quest ionário.

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nominada “

ranking

” permit e visualizar o andament o da avaliação dos cursos que mais f oram visit ados e os que est ão com baixo índice de part icipação dos alunos.

Esse processo proporciona aos alunos uma part icipação ef et iva na busca pela melhoria da qualidade do ensino da Inst it uição, e orient a os prof essores nas possíveis correções de post uras, at it udes e comport ament os que conduzam, com equilíbrio, o desenvolviment o de suas prát icas didát ico- pedagógicas. A relevância dest a et apa da avaliação pode ser mensurada nas proporções present es na t ot alidade dela. A UTFPR avalia o docent e do seguint e modo: 30% da média ref erem- se à avaliação do docent e pelo discent e e 70% correspondem à produção de conheciment o individual e inst it ucional. Os result ados f inais repercut em na progressão f uncional.

O processo de avaliação do docent e pelo discent e ocorre em dois moment os: no primeiro semest re, e out ro, no segundo semest re de cada ano let ivo. Nele part icipam os alunos regularment e mat riculados nos cursos da Educação Técnica Prof issional, do Ensino Superior, da Educação de Jovens e Adult os. A seguir, são apresent ados os índices de part icipação dos alunos da UTFPR nos últ imos quat ro anos.

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Figura 8 – Tela de avaliação do docent e.

Font e: UTFPR, (2009).

(21)

Figura 9 – Tela de índice de part icipação dos alunos por curso do 1º semest re de 2009.

Font e: UTFPR, (2009).

Figura 10 – Tela de índice de part icipação dos alunos por curso do 2º semest re de 2009.

(22)

Para realizar a at ividade avaliat iva, além da Comissão acima mencionada, a cada ano é const it uída uma subcomissão represent ada por um prof essor de cada Depart ament o Acadêmico do

Campus

Curit iba. Eles t rabalham no processo de sensibilização e acompanhament o do processo avaliat ivo junt o aos chef es, coordenadores. Const it ui- se em linhas gerais, da elaboração de cronograma de t rabalho para realizar as ações do primeiro e segundo semest res do ano let ivo e da divulgação visando a at ingir percent uais signif icat ivos de part icipação dos alunos avaliando em t odos os cursos of erecidos pela Inst it uição.

Considerações finais

A import ância da part icipação dos discent es na avaliação est á cent rada na busca pela melhoria do ensino e da educação superior brasileira. O processo de avaliação do docent e pelo discent e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR do

Campus

Curit iba, plat af orma do Sist ema de Avaliação Inst it ucional – SIAVI - a cada ano vem apresent ado evolução signif icat iva de melhorias no processo, cont ando com o apoio dos recursos “midiát icos” disponíveis nas redes de

web

. Esse vem sendo caract erizado pelo bom desempenho, f uncionament o e dedicação de prof issionais na realização dos processos de avaliação na inst it uição.

As t endências de cresciment o da part icipação dos discent es na avaliação vêm apresent ando índices anuais pouco signif icat ivos, apesar das f acilidades encont radas na aplicação de t écnicas e t ecnologias. Há que se cont ar sempre com um t rabalho de sensibilização, necessário para o sucesso, que propicie melhoria nos índices de part icipação. Est e empenho inst it ucional para aument ar os dados avaliat ivos est á vinculado t ambém aos objet ivos e à missão educacional, o qual pode, por meio das coordenações de cursos, f azer diagnóst icos mais apurados, e mais rapidament e int roduzir melhorias no processo de ensino aprendizagem.

O novo sist ema de avaliação - plat af orma do Sist ema de Avaliação Inst it ucional – SIAVI - com cinco quest ões cont ribui para agilizar o t empo dispensado para essa at ividade e aborda quest ões relevant es no desempenho das f unções do prof essor. Porém, é necessário que haja sempre uma reciclagem das abordagens das pergunt as, int roduzindo novas ideias de colaboração, de int erdisciplinaridade, de cont ext ualização socioeconômica e de aperf eiçoament o.

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e nos relacionament os. A individualidade, a f ormação pessoal e/ou pregressa dos acadêmicos marcam as pot encialidades humanas para compart ilhar as ideias e experiências democrát icas, de cidadania nas prát icas cot idianas escolares.

Na aprendizagem includent e, considerando as dif erenças e os dif erent es, as at ividades canalizam o desenvolviment o de capacidades crit ico- ref lexivas alinhadas à reconst rução. A quest ão da avaliação complement a est e processo no moment o da t omada de decisões, com os diagnóst icos que permit em a análise de dados represent at ivos nas dist int as áreas de conheciment o.

O aluno que t em acesso à plat af orma do Sist ema de Avaliação Inst it ucional – SIAVI - realiza a avaliação de seu prof essor segundo sua concepção moment ânea, conscient e da import ância da sua part icipação no processo de avaliação. M as, ele precisa ser responsável sobre seu grau de dedicação e compromet iment o com o curso, a at enção, a disciplina, e a f reqüência. Seria ideal para a Inst it uição realizar avaliações bimest rais e ant es e depois do t rancament o de mat ricula para colet ar amost ras mais signif icat ivas e mais apuradas.

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Recebido em:

23/09/2010

Imagem

Figura 3 -  Tela apresent ada ao discent e para as recomendações de preenchiment o.
Figura 4 – Tela explicat iva de cat egorias e indicadores avaliat ivos.
Figura 6 – Tela de disciplinas e prof essores para ser avaliado pelo aluno.
Figura 7 – Tela de avaliação do docent e.
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