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. . ___ Ç~N:r _ RO DE . p6 .S_- _ÇP'.!\DUl'\Ç .ÃD. _ :Et-~ __ PSICOLQGl .l\ . flELlCADA .... - . INSTITUTO DE SELEÇ~O E ORI[NTAÇ~O PRJFISSIONAL
rUNDAç~O GET6LIO UARG~S . . - __ •. _ _ -.... '--0'- - _ _ : _ _ _ _ __ -.... - - - . . - ~
INFORMAÇ~O E ORG~NIZAÇ~O: UM
MODELO DE rylAGNÓSTICO E I NTER
VENÇ~O NA AD~I~ISTRAÇ~O DA
UN IUE RS !D ;'\D C
Albn Lúcia da Fonseca Fausto
FGV/ISOP/C PGPA .
Praia de Ootafogo, 190 3n~a 11 0a
-
..
- . .-'
I
.,
.,CENTRO DE PÓS-GRADUAÇ~O EM PSICOLOGIA APLICADA INSTITUTO DE SELEÇÃO E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
INFOR~AÇ~O E ORGA N IZAÇ~O:
UM MODELO DE DIAGNÓSTICO E
INTERVENÇ~O NA AD MI
NISTRA-çÃO DA UNIVERSID AD E
Por '
Alba Lúcia da Fonseca Fausto
Dissertação submetida como requisito parcial para a
obtenção do grau de
MESTRE EM PSICOLOGIA APLICADA
I
I
- __ _ _ _ _ _ 0_. _ _ ___ ________ •. _ ___ __ _ _ _ _ :. _. _ _ _ _ _ _ _ .- _ _ ., __ _ _ - _ __ _ __ _ ~ _ _ • __ _ _
A dissertação " INFORi·1A çÃO E ORGA N IZAÇÃO: UH MODELO DE DIAG N ~STICO E INTERVENÇÃO NA ADMI
NISTRAÇ~O DA UNIVERSID ADE"
foi considerada
---Rio de Janeiro, de
---
de 1976Prof. Dr. FR AN CO LO PRESTI SE M I N ~RIO
(Professor-orientador) . j
-' .
(Membro - da C. Julgadora)
( Memb ro da C. Jul gadora)
o-o
I
I
I
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I
I
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WILSO N e RE NATA~ ...
I
~ .
. A G. a . A 0- E. C-- l - f"l . E -N T lLS
.-=================;=========
- Ao Professor Franco Lo Presti Seminério por seus en sinamentos, suas intervenções sempre oportunas e sábias, sua de dicada atenção e o incentivo nos momentos necessários;
- ~ Stella Maris Nunes Amadei
Elisabete Matar Freire de Carvalho Regina Maria Piazi dos Santo~
Zuleika Maria Azevedo Nunes
Su~ly Bruno d~ Silva
Helena Seiblitz Guanaes Cavalcanti Odete Maria de Siqueira 8apt~~ta
Guaraciara Coutinho
pelo entusiasmo e extrema dedicação ao nosso trabalho, pela di~ posição e tranquilidade com que enfrentaram as crises
decorren
-tas de uma tarefa desta natureza. A elas, a certeza de que nao seria possIvel esta realização sem tudo o que fizeram;
--- A
Professora Yonne Moniz Reis, mestre e amiga, dequem somente recebi estimulo e apoio, ~efensora constante e en-tusiasta deste trabalho, junto à direção da UERJ;
- A
UERJ, particul~rmente ao Caio Mach~do, Eduardo Er nani Camuyrano e Guilherme Simon, pelo crédito, empenhoe
apoio 'à
realização deste trabalho e pela eficiência com que aceitaram as atribuições de mais um encargo;- A
Tamara, pelo eficiente apoio administrativo,de-sinteressada dedicaçã? e, ainda, pela datilografia e revisão do texto;
A todos que, direta ou indiretamente, colaboraram na
realização deste trabalho,
MINHA :·PRorU NoA GnATID~O
I
I
I.'.
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D - 1 .-c
E=:====::======:==::==
• _ _ _ p _ _ • __ o - _ _ • __ _ _ • _ _ . , _ _ . . . _" 0 _
Dedicatória
~gradecimentos
índice Sumário Summary
1 - INTRODUÇÃO
2 - O 4STUDO DA ORGANIZAÇÃO
2.1 -
Conceito de Organização2.2 - Organização Formal e Informal 2.3 - Estruturas Organizacionais
2.3.1 - O Modelo Teórico da Org a nização Forma l 2.3.2 - O Modelo Administrativo da Organiz ação
rormal
-2.3.3 - Taylor e B Administraçio Científica
2.3.4 - Os estudos da Hawthorne
3 - A AN~LISE DE UMA ORGANIZAÇAOs A
...
UERJ
4 - A ANÁLISE DE TRABI\LHO
4.1
- Conceituação, Classificação e Cr~tic.,
. a aos Hétodos Tradicionais4.2 - A Abord a ga~ Informacional 5 - O MODELO ELABORADO E PR~-TESTADO
5~1 O Modelo
5.2 ~ A I\pl icaç~ Q do Mode l o ~ UER J
I I I
I
I
I
I
6 - O PROJETO REALIZADO
6.1 - Introdução
.-.-..
_-
_._. -. . ... ~ -6.1.1 - Historico6.1.2 - Formulação do Problema
6.2 - Objetivos
6.2.1 - .Objetivo Geral
6.2.2 ~ Objetivos Específicos
6.3 - Metodologia
6.3.1 - Metodologia Geral Procedimento Básico
6.3.3 - Amostra
6.3.4 - Fases
6.3.5 - sistemátiéa Operacional
~ .
6.3.6 - Avaliação dos Instrumentos Elaborados
6.4 - Resultados
6.4.1 - Quanto
à
Estrutura Organizacional-
_ . .-6.4.2 - Quanto a Cargos e Funções Administrativas
' 6.4.3 - Quanto ao Estudo Piloto Programado (ASU)
6.5 - Conclusões e Recomendações
7 -
AN~LISE CRíTICA DO TRABALHO REALIZADO7.1 Considerações Prévias
7.2 - Críticas Específicas 7.2.1 - Metodologia
7.3 - Considerações finais
8 - REFER~NCIAS 818LIOGRAfICAS
9 · - BIBLIOGRAfIA
10 - ANEXOS
nNEX O l - Ata da Reunião do 24/09/74 .
~ .
ANEXO 2 - Ante-Projeto
ANEXO 3 - Plano Operacional do Ante-Projeto ANEXO 4 - Cronograma das Atividades do S.S,T~
ANEXO 5 Circular
ANEXO · 6 - Circular aos Servidores
ANEXO 7 - fólha de Cadastro Profissiográfico Parte I - Unidade
ANEXO 8 - folha de Cadastro Profissiográfico Parte 11 - situaçio da funç;o
ANEXO 9 - Anexo I - Auxiliar dos Serviços Univer-sitários (ASU)
ANEXO la - folha de Respostas ANEXO 10.1 - Anexo A
ANEXO 10.2 - Anexo B
· ANEXO 11 - Instruções Gerais para o Aplicador ANEXO 12 - folha de Instruções para Aplicador
.' .
Parte I - Unidade
ANEXO 13 - folha de Instruções pera Aplicador
Parte 11 - situação da função
14 - folha de
-
AplicadorANEXO Instruçoes para
Anexo
ANEXO 15 - folha de Instrução para o Tabulador
Parte I - Unidads
ANEXO 16 - folha de Instrução para o Tabulador . Parte 11 - Situnç;o do fu~ç;o
I\ NEXO 17 - F olha de I nDtruç~o pri ra o Tabu l ador
I
I
•
..
ANEXO 18 - Quadro Rosumo das Atividados 8 Objet!
vos das Unidades e Setores da UERJ ANEXO 19 Quadro Demonstrati.vo das
Categoriza-ções Area Técnica/Area Administrativa
Em Perce·ntual
ANEXO 20 - Gráfico da Superposição dos Objetivos Categorizados Area Técnic a/Area Admi-nistrativa da Universidade
ANEXO 21 - Quadro da Relação Percentual Aluno/Se~ vidor - Area Técnica da UERJ
ANEXO 22 - Quadro das Relações Aluno/Professor, Professor/Servidor e Aluno/Servidor,
~rea Técnica da UERJ
ANEXO 23 - Quadro Anal!tico da Relação
Aluno/Servi-Páginas
249
253
254
255
256
dor em função da Estrutura e Administração 257 ANEXO 24 - Quadro Anal!tico da Relação
Professor/Ser-vidor em Função da Estrutura e Administração 258 ANEXO 25 - Quadro Anal!tico da Relação . Aluno/Professor
em Função da Es~rutura e Administração ANEXO 26 - Quadro Demonstrativo - Relação
Cargo/run-ção/Locais de ' Trabalho Unidade I da UERJ ANEXO 26.1 - Quadro Demonstrativo - Re lação Cargo/Fun
ção/Locais de Trabalho - Unidade 2 ANEXO 26,2 - Quadro Oemonst~ativo - Relação Cnrgo/Fu~
259
260
261
ção/Locais de Trabalho - Unidade 3 262 ANEXO 26.3 - Quadro Demon~trativo~ · Rel a ção Caróo/Fun
ção/Loc n i8 de . Tr a b a lho ~ - · Unidado 4 263
~ .
. -Páginas
ANEXO 2~.4 - Quadro Demonstrativo - · Relação Cargo/Fu~
_ . , . 4 " _ •• •• _ ... . . . .. . . _
.. ,- - ' ~ ção/locais de Trabalho - Unidade 5
I
I
I
I ·,
ANEXO 26.5 - Quadro Demonstrativo - Relação Cargo/Fun
ção/Locais da Trabalho - Unidade 6
. ANEXO 26.6 - Quadro Demonstrativo - Relação Cargo/Fu~ ção/Locais do Trabalho - ' Unidade 7
ANEXO 26.7 - Quadro Demonstrativo
-
Relação Cargo/Função/Locais de ' Trabalho - Unidade 8
A'NEXO 26.8 - Quadro Demonstrativo - Relaç~o Cargo/Fu!!
ção/Locais de Trabalho - Unidade 9
-ANEXO 26.9 - Quadro Demonotrativo - Relação Cargo/Fu!!
Ção/Locais de Trabalho - Unidade 10
ANEXO 26.10- Quadro Demonstrativo - Relação Cargo/Fu!!
ção/Locais de Trabalho - Unidade 11
ANEXO 26.11- Quadro Demonstrativo - Relação C ar go/fu~
ção/Locais de Trabalho - Unidade 15
ANEXO 27 - Dos Servidores da UERJ, Segundo as Categ~
rias Funcionais - Simples, Fe e CC
ANEXO 28 - Quadro Demonstrativo da Distribuição dos
Crit~rios Promoç~o B Progressão da UERJ
ANEXO 29 - Comparação entre a Descrição Formal e a
Emp{rica através da Análise dos Q2 de ASU
Simples
ANEXO 30 - Comparação entre '8 Descrição formal e a
Emp{rica atrav~8 da An~li8e dos Q2 da. ASU
em
tG
VII
264
265
266
, 267
~ .
P' • .
__ agl.nas ._-. _ __ _
ANEXO 31 . - Grárico9 Representativos dos Estudos
- ~ - ' - ~
-Comparativos entre 09 Crlterio9 de
Enqundramento 277
ANEXO 32 - Parta A - Requisitos Bósicos - ATUAL 278 ANEXO 33 - Parta A - Requisitos sásicoe - OTIMIZAÇÃO 285
*********
I
~ .
S U N ~ R I O
--Este tr'abalho, concElbido dentro de u ma perspectiva hum~
nista, prop~e-se a elaborar e testar um. modelo de Diagn6stico e
,-
-
---
-~ .Intervenção Organizacional.
A abordagem sistêmica permitiu a aplicação de conceitos
-- '
da Teoria da Informação, tendo em vista a id é ia de se elaborar
uma siste mática de t;ata men to de dados colet a dos, que possibilite
uma nova forma de Descrição de Cargos e conseq u ente Especifica-"
- ---
._ - --- ~çoes de Trabalho.
o
objetivo de tal colocação visa minorar as principaisfalhas existentes na passagem ' dos requisitos de Trabalho às
Espe-cificações decorrentes, tornando este "salto" menos subjetivo,
mais operacional e melhor quantificável.
Por outro lado, o tratam 3n to de dados à luz da Teoria
da . Informação, permite a e·laboração de novas categorizações e av~
Iiações para fins psicol6gi~os. Alé m de se o bte r uma classifica
-ção objetiva, operacional e din~rnica e n . ter ~ os de análise de
tra-balho, sã6 Formulados novos recursos cem ' vist a s a uma seleção ad~
quada, um tratamento útil e específico, funda ~ 3ntados nos
elemen-tos discriminantes de cada cargo.
Finalmente, através de uma análise da estrutura e da di
nâmica de uma organiz~ção específica, fund a mentad a e m processos
de análise de trabalho e de avaliação de pessoal, baseadas na Te~
ria .da Infor~ação,
é
também possível planejar-s8 mudanças org ani-zacionais - com perspectivas ergon5 mi 6as - na área considera da
crItica, para minimizar a eficiênci a dos recurs ~ s hu manos de uma
organizaç5o, isto
é,
a adapta ç ~Q do t~abalho a o Homem.~ ,
S U M H A R Y
---This paper, conceived within as humanist approach,
intends to develop and to test an Organizational Diagnosis and Intervention modele
The systemic approach has allowed the use of concepts
.
,from Information , Thcory, considering the ide3 of developing a
systematics for the h~ndling of coll-ected data, that makes
possible a new kind of Job Description and, then, of Specifications.
Job
The objective of súch proposal would be to minimize
the main faiIures that exist when one passes from th~ Job
Requirements to the resulting Specifications, making that"jump" less subjective, more operational, and quantifiable in a better way.
On the olher nand, the treatment of the data according __ to the Information Theory, allo~s the deveIop ment of new categ~
rizations and new appraisals for psycholo gical purposes.Besides obtaining an objective classification, which is operational and
dynamic in job analysis terms, new resources are conceived,
aiming an appropriate seIection and an useful and specific ,
training, founded on the discriminant elements of each job.
Finally, it would also be possible to pIan some
orga-nizational changes, through an analysis of the structure and
dynamics of a specific organization, analysis that would be
founded on job analysis and personnel appraisal procedures~aaed
on the Information Theory. Those changes would follow and erg~
nomic perspective and would be made within the ar e a that is con sidered a criticaI one, in orcer tb maximize the effectiveness of an organization human resources - that is, the adaptation of th~ work to the Man.
~ .
-1 ·1 N T R O D U ç A O
--- --
---
~ . - .1 •
.
O avanço da ciêncin basica mente depende da criação de
Teorias, onde os modelos pe r mitem de duções a partir de pre missas,
e~plicações e previsões muitas vezes com res~ltados inesperados,
apesar do perigo do excesso de siffiplificaç~o.
~ de ·grande importincia a aplicaç ã o de conceitos
cien-tíficos a certos aspectos da socie da de h~ mana e co mporta me ntos at~ entio tidos co mo inco m ensur~veis, tais Forn o a tentativa de
explicação dos valores hu manos dentro do enfoque da teoria da in
fcrmação, dos jogos e da decisão, assim co r.: o a a ceitação da reg~ laridade e leis nos fenômenos sociais e da linguagem como
produ-to da cultura humana.
o
estudo, a definição e a anális e de ürganizaçõcs saü ,..pr~blemas de grande complexidade, envolve nd o a inter-relação de
elementos dinâmicos conflitantes e princip 3 1 ~e nte mut~veis de
acbrdo com as condiçõ e s s6cio-econômico-culturai~ de
determina-das épocas onde a Organização se acha inserida. De uma · maneira
ou de outra, sempre se objetivou a busca de um equilíbrio entre
os fatores instrumentais, técnicos e h.umancs, principalmente de.!:!.
tro da Organizaç~o. Mas s6 recentemente, gra ças a perspectiva
sistêmica, o estudo da Organização adquiriu características mais
globalistas, passando a ser encarada como ma is que um so ma tório
dos diversos fatores cit ados dentro e fora da Organização, adqui
rindo assim um car~tBr dinâmico, ad a ptativo e ativo.
As perspectivas clássicas da ad ministração, na sua
2.
na medida em que centravam seus estudos, ora nos fatores
instru-mentais, ora nos fatores humanos. Na sua busca em ccnsegu-ir ·uma
eficiência absoluta, esqueciam" que os probl8 ~ as internas
organi-zacionais não sao mais que o reflexo o a extensão dos problen2s
onde ela está inserida e que a . resolução ' ou análise de um probl~
ma organizacional implica numa ação conjunta e global,
ebrangen-do a dinâmica de eventos psicosociológicos de u~a determinada
,
epoca.
Dentro desta perspectiva, uma análise sucinta do desen
volvimento tecnológico e cultural no século XX, permite
distin-.
.
guir, a grosso modo, dois tipos de pessoas ou sociedades - as ca
rentes e as abastadas - considerando como fator relevante nesta
classificação o hiato econômico existente.
A pesar d as .... Lo·.a.. A • • !'~1~_P-~
~6 II~â "'0 eCQnGíii~CO pcs~u ~ r _ _ _ __ histórices
e sócio-econômicas distintas e complexas que fogem ao objetivo
do nosso estudo, de maneira geral, ela se apresenta, na prática,
através de diferenças marcantes em relação ao desenvolvimento téc
nico, traduzido por um maior número e melhores especialistas,
e-quipamentos~ instrumental, etc.
Supostamente, ent~o, a chava para melhorar as
ccndi-çoes das nações subdesenvolvidas estaria justamente nesse "trans
plante", aqui definido como desenvolvimento técnico. Todavia, RS
discrepâncias ocorridas no desempenho da in d ústria metalúrgica
entre os Estados Unidos e a Inglaterra, no século XIX, sugeren a
existência de algum outro fator preponderante e diferencial
en-tre os dois modelos de desenvolvimento.
I
I
I
an&lise das causas dos · determinantes m2: s especIficcs,
provavel-msnte o ponto . cr{tico _ e~tivesse localiz a do na maneira como as or - _ _ _ • _ _ _ " _ _ . . . . _ __ d _ _ _ •
nizaçoes americanas eram "estruturadas" e adMinistr2das. Tal
as-. pecto levaria a pensar que a diferenç~ de efetivid~de entre os
dois modelos poderia encontrar-se na adequada interdependência e~
tre o desenvolvimento tecnológico e o desenvolviNento
organiza-.ciona1. Evidentemente o probleN8 deve ser rcrererciado a um
de-senvolvimento organizacional. totalmente din~mico e dentro de uma
perspectiva humanista, bastante difere~ te das pri ~e ir2s
con-cepções clássicas acerca da administraç30 org an izacional, que no
seu afã de conseguir o máximo de efici8:"1 cia , tornaram-se um mod~
lo estático, fech~do e isolado de um ' contexto maior, descurando'
. a importância do fator humano. Estas características feram just~
mente a causa de sua ineficiência, apeS3r do purismo
racionalis-ta de suas concepções. Entreracionalis-tanto, se a ortodoxia das idéias
. clássicas não constituiu · a solução mais eficaz para a
resolu-ção dos problemas organizacionais, suas ccntribuições fcr~m alta
mente relevantes para o ccnhecimento e n estrutursçno de uma
di-nâmica interna da organização desde que associada às descobertas
na área de interação social, atitude, parcepção 8 motivações
hu-manas proporcionadas pela ' Psicologia 50=ial.
A estrutura interna da organização necessita de parâm~
tros que lhs ' possibilitem um melhor aproveit8 ~e nto, adapt3ç~o e
desenvolvimento de seus recursos h~manos, que, em última
análi-se, contribuem para o desenvolvimento e a efetividade
organiza-cional.
4.
-- _. _ _ • • _ _ _ o ._ . _ _ _ • • • _ • • • . _ . • . . . . _. _ _ _ _ • _ _ _ • _ _ • . _
cunho di~~mico e volta~~ para os aspectos informacionais da rela
---
'.-çi6 'trabalho-trabalhador, poder-se~ia constituir num dos
elemen-_
..
--:----- -
-'- --,-.... -'-- _.:. _-- ~tos-ch~ve para a consecuçio do~ obj e tivos organizacionais, na n~
dida em que seus subsídios permitissem um sistema de
Recruta~en-to, Seleção e, principal me nte, 0 9 Tr ~in2~e~t o e racionêlizaçio
mais adequado pa ra a adaptação e o desenvolvimanto dos recursos
humanos.
Atual~ente, as constantes ada ptaçõ~s exigem mudanças
r~pidas ,e sucessivas tanto por parte das or gani zações quanto de
aeus recursos humanos; portanto, uma abord~·ger.1 de análise de tra
balho pautada nestes fatores poderia ser um requisito indispensá
vaI para a consecução da Eficiência Organizacional. Por outro la
da, dentro de um enfoque filos6fico-social de livre empresa,
on-rle a competiç~o, a lei da oferta o procura dirigem os grandes 8~
preendimentos, o Recruta mento, a Seleção e o Treinamento se cans
tituem em fatores b~sicos para o equilíbrio e manutenção das
Or-.
-, ganl.zaçoes.
Tais processos necessitam de parâmetros adaptados
..
arealidade o~ganizacional em uma nova concepção da Análise do Tra
balhri. Apesar da tradiçio liberal humanista subesti~ar a
impor-tância do Recrutamento ou da Seleçio em favor da
Sopialização-conforme ressalta Etzione (20) - diversos estudos de monstram quo
,um pequeno' aumento na seletividade organizacional provoca, fre- .
quentemente, uma redução bem mais elevada nos investimentos
ne-cessários ao controle, com consequências favoráveis à eficiência
orqaniz~cionalf desde que se IB~e em to~ta o tipo do
~ .
5.
• • _ ___ • ___ _ _ _ _ _ _ _ • _ _ _ _ _ • • • • • • ~ • • _ _ o _~ _ - • __ - • • . • • __ • _ _ ._ - o • • ••• • _ _ _ _ _ • ••
dida em .que o primeiro busca as qualidades do n participantes 8 o
segundo sua adaptação.
_ _ _ __ _ • _ _ _ _ _ _ _ _ _ • _ __ .4 . . . _ _ _ _ •• • • - _ • • - -_ _ ._- - ' - - . ' - - -'
"-2 O ESTUDO DA ORC A I IZACAD
==================================~============
2.1 - CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO
Qualquer estudo que vise a análise de Organizações,
tem como primeira restrição a seu empreendimento, a dificuldade
em conceituar o que seja Organização, dado que não se trata de
um objet~ concreto, facilmente identificável, capaz de ser
en-quadrado em um espaço físico, a18~ de não possuir fronteiras
de-f inidas (59).
, .
Provavelmente uma maneira gener~ca de conceituar
Orga-nizaçao, seja através de suas propriedades. Com referência a
este aspecto, ressaltam-se os fatos de qua uma Organização
pra-duz alguma coisa, sejam objetos ou serviços, normalmente consumi
dos fora da Organização; possui um certo grau de planejamentopró
p~~itos ou objetivos declarados; suas finalidades s~o alcançada~
por um conjunto de pessoas cujos esforços ou co mpo rtamentos
es-tão dirigidos, coordonados e integrados na consecução dos objeti
vos organizacionais, a, tais co~portamentos se constituem em ati
vidades inter-relacionadas, bastante estáveis e regulares,
inde-pendentemente de indivíduos específicos, o que do certa
lhe permite uma ~xistência própria (32).
forma
Para os teóricos clnssicos,
é
definida como umconjun-to de atividades planàjadas e inter-relacionadas, logicamento
traçad8s com o fito de alcançar um ou mais objetivos específicos •
. ~ uma entidade formal, planej~da, iacional, onde as falhas do
siqtema são normalmente atribuidas a problemas de controle,
com-pensação, treinamento ou informaç80. Neste contexto, o
cl nssico
ó
o da Elurocr3cia . (66).exemplo
·0
07.
J~ os adepto~ do behaviori~mo a definiriam em termos
- --- •• - _ _ _ - __ 0 - -de- estruturas---sociais onde as pessoas se comportariam para satis
fazer as suas necessidades.
Todavia, perspectivas mais modernas,no estudo das Org~
nizaçoes, ressaltam o aspecto dinâmico e transacional em relação
_80 meio (38). Lauirence & Lorsch a definem como "a coordenação de
diferontes atividades de contribuintes individuais com a
finali-dade -de efetuar transaç~es planejadas com o ambiente". O modelo
d~ o Diferenciação Integração preconizado (3~), ehfatiza a
impor-tinc~a do padrão d~ influincia e poder dentro e fora da Organiz~
ç~, baseado no mecanismo de Informação e Hierarquia de
Adminis-tração.
Os cien~istas do Instituto de Tavistock, num entoqueda
si~tema aberto das Organizaç5es, destacam o qu e denominam de Sis
tema Sócio-Técnico ( 74 ). Dentro dest a abor da gem, qualquer
Or-ganização ou parte produtiva- dela, ~ uma combinação de
tecnolo-gia e de um sistema social. Portanto, dQO ênfase a interdependê~
cia entre a natureza do trabalho desenvolvido pelos trabalhado
-res, a natureza da Organização e as características psicológicas
necessá~ias
à
e~ecução de determinadas tarefas.As abordagens que aceitam a existência de um Sister.1a
Sócio-Técnico numa concepção de sistema aberto, destacam que a
Organização tem que levar em consideração não apenas as exigên
-elas e coações impostas polo meio, _mas també m as 8spiraçoes,
va-lores e normas dos indivíduos que tem que re a lizar o trabalho na
O rganizaçÊÍo. Por ou t ro lado, as ~a pac idad e s ,- pre fe rênc ias e as pi
-
. ,-.
. 8.
(Sistema Técnico) e pe~a estrutura da Organização.
. • O modelo de Grupos de ligação de likert (40)
apresen---_ ._ - - ---~_._---- _. _- -- - - --- - -
--
.--- .. - --- - --
_ . - ----
- - - ---- - - ---- -.
ta dois novos conceitos:
- A Organização como um sistema de interligações de
grupos; e
A existência de elos de 1igaç20 entre os grupos (I~
div!duos-Chave), para os quais torna-se fundamental
o conceito de "Role Set", onde nao se considera a
existência de diferenças entre grupos psicológicos e
formais, '0 que leva a visualizar a Organizaç~o como:
"Um conjunto de Role-Set sobre?ondc-se em parte e i~
terligando-se, alguns dos quais transcendendo os
li-mites da organização.
êcrescente-se, ainda, o fato de que as concepçoes cita
das mostram uma tendência para conceitos de sistem2s nivelados
que levam em consideração as interações e dependên=ies mútuas
das variáveis organizacionais com o meio.
Concluindo esta rápidaanálise~ infere-se que uma abor
dagem mais abrangente da organização, necessitaria aprofunda~-se
n~s seguintes tópicos:
Organização como um sistema aberto;
- Organização como um sistema de múltiplos fins ou fun
ções envolvendo múltiplas interações entre a Organi- '
zação e o r-leio;
- Organização composta de su~sistemas em interação
di-nâmica onde modi f icnçõ:is em um subs istema teriam toda
c
n
~ .
9.
.
-
,Organ~zaçao como processoestavel de , ti Importação",
_ •. _ .. _ _ ____ __ __ . - - - -... - - - - ~ -..,-- _. . -- . . - . - ~ -- -- , _ " - - - _ ----, _ _ . _ .. - - " - ' - 1 " -·
-._0-conversa0 e 8xportaçao, independendo de caracter1sti
cas como t8~anhot forma, função ou estatura; e
- Organização existente em um meio dinâmico constituido
por outros siste m ~s, menores e maiores QU9 a
Organi-zação, onde o funcionamento total da organização 50 ,
pode. ser ' co mpr e end ido cons idera:ldo-se concreta mente:
as limitaç~es 'e - exig~ncias do meio; e
as dificuldades em especificar claramente os seus
limites, devido à existência de elos múltiplos
en-tre a Organização e o maio.
Neste particular, destacam-se finalmente, as concepçoes
de Katz e Kahn sobre Orga n izaç3o (34), por pa recerem bastan t e
abrangDntes e, portanto, aptas a fornecer eM o substrato teórico
ao ' desenvolvimento deste trabalho.
-.
10.
2.2 - ORGA NI ZA ÇÃO F Om ll\L E INFORMAL
o
objetivo deste trabalho não se prende a fazer umre-lato exaustivo dos f~ndamentos das principais prespectivas
clás-sicas dentro da organização. Pretende, sim, descreve-las sucint~
mente, ressaltando a importância de uma perspectiva sistêmica na 1\
análise dos problemas organizacionais ligados fund~mentalmente
aos conceitos de Eficácia e 'E ficiência.
Uma forma relativamente recente de analisar a Organiz~
çao surgiu de uma distinção entre o que se poderia caracterizar
como organização Formal e Informal. Tais ccnceitos, independente
de correntes teóricas, já sustentavam o caráter de estrutura
so-cial complexa da Orgariizaç;o, com objetivos definidos, onde os
esforços de seus elementos estavam orientados pa ra a consecuçao
de suas me tas. Os estudiosos do assunto
já
s entiam a dificuldadeem caracterizar a Organização em função de ta manho, tecnologia
ou produtos e ' perceberam, genericam e nte, as nítidas
diferencia-ções no que concerne aos seus fundamentos sociais, psicológicos
e administrativos.
A grosso modo, a Or g8 nização For mal. podoria ser defini
da como aquela que possui Objotivos Declarados e Moias
conscien-temente planejados, como a pa rte da or ganização planejada e
pro-gramada pe los que a criaram , refletin do os ccncoitos sociais e
administrativos de seus id en lizadores; na prática, contudo, uma
Organização não se dá a canh e c o r tot a l mente atra vós da si mples
-.
11.
-...
Entende-se pqr Organização Informal aquela que nem sem
_ ... -
...
_-_ ..._ _ . .
. ~ - --- -. --
-- - ...--- - .-,.
pre possui objetivos declarados nem meios conscientemente
plane-jados. ~ aquela e stru~ ? ura subjacente que ei.lerge das ligações e m,9. · . cionais provenientes dos contatos re g ulares e ntre pessoas. Surge
das necessidades das pessoas e possui múltiplas finêli d ~des (68).
Georg~ Ho~ans
(33),
na su a con~8p ç~ 0 dinimica sobre0E
. ganização, defina o que denomina de SIS.r Er-i .1\ EX TE R~: O como aquele onde se encontram os comportamentos re qu erid os pela organização(Sistema Formal) e ao Sistema de comporta m ~ntos emergentes nao sugeridos pelo Sistema Externo, ele os denomina da SISTEMA INTER
NO~ O primeiro poderia ser caracterizado co ~ o organização Formal' e o -segundo como Organização Informal.
Katz
&
Kahn(35)
criticando o conceito de infor mal ida-de ida-de uma Organização, entendido co m6 o Conj un to . ida-de co m ~artamentos existentes fora dos requisitos d9dese ~ p enh o de funç~es e
provavelmente opostos ao s~u cumprimento, define o termo
Infor-mal como aplic~vel ~quelas sstruturas b~m desenvolvidas,as quais
carecem contudo de subestruturas especiaiizadas, típicas da Org~ nizaçao Formal, acrescentando ainda que o pap e l da organização I~ formal seria o de minimizar os efeitos da desp ersanalizaç~o rela tivos
à
inclusão parcial.Etzioni (21) defi~8 Organização Informal C0r.10 "a parte .
da Organização que existe fora da estrutura for ma l ll ou como "a
vida roal da organização, diversa do esque;';1as e gráficos".
Tannebaum (69) admite, no seu estudo so b re
Organiza-çoes de Trabalh6, dez car~ctorlsticas gerais e tIpicas das
"" .. ; ~
.,
12.
Finalidade - A existência de uma finalidade é um pri~
clpio geral que se aplica a · qualq'uer Organização, .seja · o- de
-"pr'o-duzir bens ou prestar serviços", de maneira eficiente (a
Eficiên-.
,c~a e definida como a necessidade de obter lucros para
sobrevi-ver) •
- Espacializaç~o - Os componentes da Organizaçia
execu-tam necessari am ente funç~es ~iferentes •. A divis~Q do trabalho n~o
se restringe a linha de produção e sim a todas os postos da
Orga-nizaç~o. Ela seria um elemento-chave para a eficiência de
produ-ção na Organizaprodu-ção ao mesmo tempo que se constitui em possível fo~
te de ineficiência dentro de uma perspectiva social.
- Coordenaç~o - As várias funç~es teQ que ser coordena-. das de forma a contribuirem para o resultado finalcoordena-.
- Ordem - O conjunto de comportamentos de u m ~
Organiz~-ção fazem parte de um plano lógico para ati ngi r certos obj e tivos
formalmente estabelecidos. Ordem implica ~ m Sequência e
Regulari-dade de Eventos, permitindo a EstabiliRegulari-dade e ContinuiRegulari-dade
neces-sárias
à
Previsio do Comportamento.- Autoridade - Definido como "Direito formal que
assis-te a uma pessoa em virtude de sua posição de decidir, determinar
ou influenciar a aç~o de outros elementos da O rganizaç~o".
Aspecto essencial desta abordagem é o da distribuiç80 da
pod~r entre as posições da Organização, na estrutura burocrática,
decrirrendo uma anális~ do conceito de 'legiti midade, que abriu uma
nova perspectiva para o e~tudo da satisfaç~o decorrente do grau
-·,
13.
,.,
raçoes •
lveber -(22) afirma que - quando o- eXB1:ch:io do- poder 'é ~ c(rn
siderado legItimo a submiss~o ser~ m~is profun da e eficiente ~ de fine Poder como "Capacidade de provocar aceitação de ordens",
Le-gitimidade como "Aceitação do exercício co Poder"; e Autoridade co
mo "Poder considerado legItir.lO".
Sua tipolo g ia de Autoridade baseada -nas fontes e tipos
.
de Legitimidade classifica-se e~:
Tradicional aceitação de ordens devido a tradição
- Burocr~tica - aceitação devido a preceitos abstratos
- Carism~tica aceitação pela influência da
personali-dade do IIder.
Ke:s 1::.Z &: Kahn (36), no seu estudo sobre Org aniza ç õ es
ã-f
irmanque a essência da estrutura de autori dade
é
a a ce itação da s diretivas tidas como legítimas.
De resto, estudos acerca do pod e r da c'ontrale e da cap~
cidade de legitimar seu , exercIcio abriram nov~s campos para a in-vestigação do controle dos ele me ntos de u ma o r gan ização, envolve~
do a maximização da Efic~cia e Eficiência, assi m como a mini~iza·· ção dos efeitos provocados pelo próprio Co ntro l e .
- UniFor midade - ~ u ma implica ção do si s tema hier2rqui-co de hier2rqui-controle e também pode definir-se co ~ o a co nf or ~i da de dos elementos componentes de uma organização. O aum e nt o da unifor m id~ do implica na ação eficaz do controle socia l, ad e s; o ou confor
mi-dade dos membros aos regulamentos ou :padrões da OrC)ani zaç ão . Por
..
14.
Organização tais como Oruem e Capacidade de Previsão.
~ ' ~ - Póssibilidado de Substituic~o - A estrutura formal e
,
estabelecica visando diminuir ao fT'Iáximo, as rupturas de regularid~
~eprovocadas por fatores subjetivos. A. Organizaç~o deve consti -tuir-se de elementos pass!veis de substituição.
- Remuneração - A remuneração em dinheiro
é
consideradaa forma mais usual .de pagamento vinculando-se a conceitos de
te~-po, qualificaçã6 funcional e responsabilidade no trabalho.
r
umfator b~sico e problem~tico para as organizaçoes. Relacionada ao '
problema de Sinais eStmbolos, este fator adquire relev~nci2 no
q~e concerne a asp'ectos ligados a Comunicação t Posição, Status,
assim como a outras formas de gratificaç20 e reconhecimento.
- Tecnoloqia - O tipo de tecnologia influencia decisiva
mente no car~ter da Organização, ~8fine o seu grau de 8specializ~
ç~o, tipos de interação e organizaçãc , infor ma l.
- Sinais e Simbolos - Todas as organizações possuem
Si-nais e Stmbolos que ajudam a , sua identificação c6mo entidades
so-ciais, facilitam a diferenciação dentro da própria Organização e
ajudam a preservar a ordem e a integridade do sistema no seu todo.
~ .
15 •
.. 2.3 '!" _ ESTRUTUR Il S ORG!\.N.IZ-"ICliJ NA..LS_ , .
A distinção entre
cv
denàm:i,nad~ Organ _ i~aç?9 _ Formal e In-formal levou a ênfases parciais e~ asp e ctos es pe cíficos da Organi...
zaçao, com o destaque de três grandes linhas de abordage~ dos pr.9.
blemas organizacionais.
A primeira refere-se àquelr:l s concepç?)es q'.w ré'i5s:=:ltar.! os
aspectos formais e podem ser exemplificad os pelas abordage~s clú~ sicas de Web er, Simon e seguidores. Taylor, e m que pese a ~nfase
dada aos fatores motivacionais, tamb~m prendia-se ~s clássicas acerca da Organização.
colocações
A segunda trata de concepções que, fundamehtadas nos 'tra
balhos de Elton Mayo e os integrantes da escola de Harvard,
enfa-tizaram os aspectos mQtivacionais, destacando os elementos
infor-mais das relações de trabalho. ' - .
"
...
Finalmente, a terceira, relati va as co ncepçoes mais
80-dernas da Teoria da Organização, as quais, funda me ntadas na
inte-raçãQ dos pri~cípios de Organização For mal e Informal levam em
consideração os fatores s6cio-econamico~ subjacentes,
constituin-do-se numa visão mais dinâmica e globalista da an8lise dos probl~ mas organizacionais. (23). . .
Tais perspectivas tornam-se fundamentais como substrato
para o desenvolvimento deste trabalho, na medida em que so
rela-cionam com os ~lementos normativos e dinâmicos da estrutura orga-nizacional, decorrendo um "clima organiz a cional" mais ou me nos pro
f!cuo para a implantação de uma sistemática de intervenção or gani
'.
-,
16.
sente trabalho.
2.3.1 - O Modelo Te~rico da O ro an izaç~o Formal
Segundo ~ eber
(75),
as burocracias s~o as unidades so-ciais mais adequ~ da s para a Organizaç~o racional moderna. Contudo, apesar de seu o~ im is m o e ~ r e lação a e la s, destacou a fragilidade' da estrutura racional devido principal me nte a:existência çe pressões constantes do meio;
a capacidade da ac~itaç~o de regras e ordens tidas co mo legitimas esbarrarem constante me nte nos interesses
pessoais, e
a tendência das Burocracias a se desfazerem numa d~re
ção carismática ou tradicional.
Definiu cono car a cterístic a~ princi pa is de sua
estrutu-ra burocrática as seguintes:
- Um conjuntc de régras i mplicando economia de esfa
r-ços, padronizaç30 9 igualdade.
A divisão sisto mática de poder, trabalho e dever.
O principio da H ierarquia~
,
.
- A nec es sidad e de conheci men to e pr epa ro t e cn1cc como
base para a le gi ti ~~ç ~o.
A liberdade de rocursos para a Organização.
~ "
17.
dida em que pode ser ~ncarada co~o uma proteç~o ~~ra o indivIduo
contra regulnmentos arbitrários, " tornando a organiznç~o~ais
pre-visível, estável e menos dependente de idiossincrnsias
(70).
Por outro lado, nu medida em que BO ~ se espera que o
1n-divfduo cumpra suas obrigaç~es diárias dentro de um sistema
l6gi-co, racional e totalmente pré-determinado, perc9be-se uma ca~act~
rIstica algó "desumanizante" nas Or9un~zaçces burocráticas.
o
próprio ~ " Jeber (76h
apesar da ressal tar o aI to graude eficiancia de seu modelo, reconhecia a fragilidade da estrutu-"
ra burocrática e a necessidade constant9 de protegê-la contra
press~es externas afim de salvaguardar a autonomia necessária
pa-ra manta~la orientada em ' direção a seus objetivos. Ademais,
difi-cilmente ' o modelo burocrático de Organização Formal será encontr~
"do na sua for ma iiiais pura, tanto no 'que ccncern8 é! sua estrufura,
quanto a sua tipologia de autoridade tal corno preconizava ~ebe r.
2.3.2 - O Modelo Administrativo da O r ºaniza~ao Formal
As abordagens administrativas integram-se no conceito
de Organização Formal na medida em que pa rtilhRm de seus
concei-tos de racionalidade, impessoalidade e dão pouca ênfase aos
fato-~ " ••• Universalmente, a experiência tende a demonstrar que o tipo
de organizaç~o administrativa pure monte burocr~tico ••• ~,da um ponto de vista estritamente técnico, c apaz do atingi r o mais al
to grau de eficiência e
é,
neste sontido, o mo iornais racionarque S9 conhece para a r8alizaç~0 de u m control o necess~rio
so-bre os seres . humanos e superior ' a qualquer o utra for~a, sob o
aspecto de p~eci sn o de ostabilidade e da rigidoz de disciplina,
18.
res personalógícos em qU 9 pese possuírem um caráter maís pragmáti
co ·que os anteriores
(71).
~1arch !c Simon (41) .refere:;l-se a estes sistemas que pr~
curam uma distribuição racional e ótima de tarefas de "Teoria de
Departamentalização".
"Qada uma finalid ade ger:ü pa:-=3 ur.ra organiza-çao, pOd2 ~OS identificar as tarefas unit~ri2s
necessárü'!s
à
consec uç ~o d aqt:e l .8 finalidade: essas tarEfas co mpreendc r;~, normalme nte, ati vidades produtivas b~sicas, ati vid ades de se~ viços, atividades coord c n~doras,atividades . desupervis2o, etc. O problema
é
agrupá-lasto-das em tarefas individuais, . ~eunir estas em unidades administrativas, juntar estas unida-des administrativas formando outras ma iores _,
e, finalm ~n to, estabelecer 0 5 departamentos de
de nível elevado - e tu do isso de ~od o a dimi nuir o ' custo total de realização das ativida~
das".
Estas abordagens enfatizam o problema estrutural tanto
no que se refere a distribuição de tarefas como a análise das
di-mensoes da Organização, através de tr~s di m8ns ~es ' b~sicas:
Nivelamento e altura em relação aos-níveis
hierárqui-C05 da Organização
- Extensão de âmbito de controle
Linha e estafe.
Gulick s- Urwick (31), nos seus estudos, dã-o grande ênf~
se ao problema da divis50 do traba~ h o, pressupondo qu e Quanto mais
um trabalho específico puder ser fragmentado eQ seus componentos
mais simples, tanto mais especializado e cap ~ z se tornará o
indi-,
,-v1duo ~e eX8cuçao de sua tarefa e, quanto m~i s espocializado for
..
-Estas concepçoes parcial mente aplicáveis e aceitas para
certos tipo~ de Organizaç~es, ocasioham algu~as pol~micas quanto
aos princIpio s básicos que levariam a otimizaç~o de formas de di
vis~es de trabalho e autoridade.
Dentre esses princípios de espeCialização, Etzioni (24)
poe em relevo:
A Fin~lidad8 dn Tar efa;
.
,
.Os processos espe~~flcoS;
A Clientela se melhante; e
A ~rea geogr2fica.
Finalmente, den t ro de uma abordagem neo-clássica,enco~
tram-se a perspectiva de Simon, Smit~burg ' e Thompson (64), onde
observam-se uma reformulação da ' Teoria clássica na maneira de en
focar o problema da Organização, ovoluin do de uma forma meramente
Prescritiva (a estrutura cert a )para um mode lo mais Descritivo,o~
jetivando a an~lise dos valores "reais" (e mp íricos).
.
, .
Nesta linha de pensamento, os prlnclplos de
- Responsabilidade
EspeCialização e Economia
Nível de Solução de Conflito
política de Desenvolvi me nto e
- ~nfase no Programa, sao os discutidos.
Em que pese a grande ' evolução entre os primoiros
estu-dos e as concepç~Ba de March e seus cola jorad or es , .a preocupaç~o
20.
--- - - - - ---- .. - - -
_. _
... ... --- ._--.-.. ...divis~o ,de tarefas e poder entre a posiç~o na drganizaç~o 8 as re
gras quo devem órientar o comporta ne nto dos participantes ,s,oguin ,
do a definiç~o da Administração". Tais concepçoes implicam na bu~ ca do instrumer.to capaz de facilitar a re<!l.i .zação de um conjunto
de objetivos e não a de um instrumonto que procure manter a
feli-cidade dos participantes da O~ganização.
2.3.3 -Taylor e a Administra cão Cie ntífica
Os princIpios até aqui discutidos apresentam como falha
principal o fato de não abordarem ou subesti marem a ~mport~ncia , da
motivaç~o individual.
Como reação
à
falta de ênfase nos aspectos motivacio-nais e dentro de um enfoque coerente com as perspectivas das
teo-rias burocráticas e administrativ a s da Or ga niz a ção, na medida em
que postula a racionalidade dentro dos moldes clássicos, encontra
se a abordagem de F.W. Taylor (73).
·Baseado nos princIpios do Ho mo Econo mic us e na Hipótese
d~ Gentalha, que concebSm o ser humano como i mpelido pelo medo da
fome, em busca do lucro, julgando o trabalho como uma tarefa des~
gradável ' e, cons'iderando fundament a is os seguintes princípios da
organização Form a l:
Eficiência (igu a lmente às teorias burocrática e ad
ministra tiva, vi sa va ao objetivo d e ef i ci ê nc ia ou, c on
-forme êle me s mo expôs, e m t e r mos be m dir e tos, " a c abt:! r
com a vodia gefTl")
# , '
21.
uniformid~de de comportamento (Cada trabalhador
deve-ria ser instrui do a re sp eito do méto do me l hor e ma is " -cient I fico de ex ecuta ~ um trabalho, ao invés de de
i-xar isto ao critério d e cada indiví d uo). Dentre ns vantagens da padroniz aç ão cont am -s e a impessoalidade e
a possibilid ~ d e de s~ bs tituiç~o po~ q u e permitem o fun
ciona~e n to da oficin a ou f~bric a "inteira m ent~
inde-penden t e de qual q u e r indivíduo ou g ru pos de indivI-duas, e:n pa rticula r ";
- Discipl i n a e autor i dade hi e ~ár qu ica. O siste ma de TaX l ,or dever~a ser ,tal "que qu:)l qu er dire tr i z ado ta da p ~
la alta administr açã o poderia se r se g~i d a , de maneir a adequad3 e eficiente:
Taylor preocupou-se com a utilizaç~o Eficiente da força de trabalho e em relação a sua co n cepç~o ac e rc a da mot i va çã o dos trabalhadores, inventou um Sistema de Paga nento por Unidade Prod~
zida ou Siste ma de Tarefa. Como solu ç ão para o pr o ble ~ a da motiva çao, criou os princIpios básico s cit a dos a s e guir:
- O pagam e nto deve ser feito de acor do com o mérito da
realização e nenhum outro critÉrio.
- A unidade de te mpo deve ser t~o pe q u ena quanto
pos-~ , , . ,
s1vel; sala rios mensais sao extre mam~ nte indesejavei~
o pagamento por hora
é
melhor; .a situ 3 Ção ideal é osal~rio por peça, em que o p a g a~ en to fica dir eta mente
dependente da quantidade real de tr aba lho realizado.
Realizou os seus trabalhos principa l me n te com
trabalha-dorés que executavam tarefas de rotina, o bs e rv a n do a interaç ão do
Home:n co~ a Máquina. Estudando os li mit e s fIsico s da r e alização I humana em termos de carga de trab alho, veloc i dad e e fadiga, d e sen
22.
básicas sao:
- -.- --
._._-_
... - - - -.- - "~ preferível execut a r rno~imentos suaves com as maos,ao ' invés de movê-las abruptamente, em linha reta, ou
em ziguezaguo, o que , i mplica e m repentinas e bruscas
mudanças de direção".
-"Os movimentos ds br aç os devem ser feitos em direç~es
opostas e si métricas, e devem ocorr e r simultaneàmen
-te".
-"As duas mao s devem co me çar e co :n pletar os movimentas
ao mesmo tempo".
-Acreditava que n a o existia conflito entre Cf Homem e a
Organização; dentro de u ma persp e ctiva clás si ca, argu ~ ~ntava q u e o
" ,
trabalho competente acabava sendo compensatorio para ambos os gr~
pos-trabalhadores e Organi z ação- na medida em q ue o aumento d e
produtividade levaria a u m au menta de lucro s , i mp licando em maio
res salários e maior s a t is fação ' pare ~ tra balhad or (25).
Em que pese as severas críticas, p rincipalmente de
cu-nho ético, sofridas devido
às
suas concepçõ es , a teoria de Taylor(desenvolvida por Gilbreth, MUnsterberg e s eg uidores, principal
-mente no que concerne aos estudos de Tempos e Hovimento e Salário
Tarefa) ainda é muito utilizada , até pelos s eus oposicionistas i
niciais - os próprios sindic a to s . S eus princípios ger a is aliados
a um novo arcabouço filosófico acerca da conc e pção do homem e do
trab~lho, constitu e mse nos fund am3 ntos mais mo d ernos d a adapt a -ção do homem ao trabalho, utilizados pela Eng en h 3ria e Desenho In
dustrial.(72)
As críticas que possam 5 e r feit as aQ siste ma de Ta ylor
·,
c~;~~, - ~!p{ca de uma abordagem Cl~ssica de Organizaç~o e de sua
concepçao acerca da nat~reza humana~
2.3.4 - Os estudos de Haw thorne
As pesquisas conhecidas como Estudos de Hawthorne foram
desenvolvidas por Elton Mayo e seus c61aboradores, na Westerns
E-letric Company (42,43). Iniciados por volta ds 1924, , os ' estudos
duraram aproxima~amente dez ' anos e os resultados foram
surpreen-dentes em relação ao que os pesquisadores procuravam comprovar,na
medida em que imbuidos dos conceitos b'sic;~ da Escola Cl~ssica,
acabaram por refutá-la, lançando definitivamente as bases da
Orga-nização Informal. Desenvolveram uma nova perspectiva de Análise
Organizacional baseada nos estudos de Comunicação entre as
posi-ç;as, Participaç~o das elementos da organiz ação e OS efeitos do
tipo de Liderança, enfatizando sobremaneira os efeitos dos ele men
-tos emocionais nao planejados e irracionais do comportamento.
Na primeira fase das experi&ncias, Elton Nayo e
Colabo-radores estudaram principalmente os efeitos da iluminação sobre a
produtividade, concluindo que, de maneira geral, a iluminação, co
m~ característica física do ambiente, nao tinha efeitos prev~sl.-
.
,
veis sobre a produtividade (17).
Nos estudos subsequentes, desenvolvidos em colaboração
com o Grupo de Harvard (Rochlisberger e Dickson), os experimentos
destinavam-se a investigar os efeitos das condições de trabalho
sobre o desempenho dos trabalhadores. As exp e riências, desenvolvi
.' . ::~ " . ," ,....
-,
per~mental, levaram os ' investigadores a concluir que as Relaç3es Humanas eram fundamentais, principalmente nos aspoctos ligados a
- -- ._- - tip~ 'ci~ ' S~pe ' ~~is~o -, -Controle e Influê~cia de Grupos (Poder,
Lide-"
rança e Noral).
As conclus3es dos pesquisadores colocaram por terra a
maioria dos conceitos clássicos acerca de Organizaç3es, ressaltan
do a im~ort~ncia da Organizaç;o Informil para a efici~ncia Organi
zacional.
Os principais resultados e conclusões dos experimentos
de ' Hawthorne podem ser resumidos da seguinte forma (26):
- A quantidade de trabalho executada por um trabalhador
n~o ~ determinada por sua capacidade física mas sim
por sua capacidade social.
- As recompensas não econômicas desempenham papel
cen-tral na determinação da motivação e felicidade para o
trabalhador e limitám as reco mpensas econ5micas.
O incremento da especialização nao
é
a forma mais efi. .:
ciente de trabalho.
- Os trabalhadores n;o reagem a administração (Normas e
Recompensas) como indivíduos e sim como membros de um
grupo.
Em que pese o seu carnter revolucion á rio e inovador, a
Escola de Relaç3es Húman~s . tem sofrido críticas por parte de teó
ricos mais modernos de Organizaç~o, principa l mente no que
concer-ne aos seguintes 'aspectos: . "
- A teoria de Relaçõ e s Humanas não dá grande
,
.
·,
25 •
... _- _.- -- - -' . - ...
----ganização e o Meio, nem ao intercâmbio entre os ' sub";'
a
sistemas da Organização;
à
semelhança da Escolaclás--- - - --...
_- - -
--- - ~ - .--- - ,- ,- - '-- _ .-,- Não reconhece a existência de conflitos entre o traba
lhador e ~ Organização (perspectivas distintas de
am-bas as partes);
- Desconhece a exist~ncia de limites para a redução de
frustações, na medida em qUB aceita a identidade de
objetivos ' entre ' organização e trabalhador; e
Os subsídios teóricos e'metodológicos são um instru
-mento da Administração para obter maior produtividad~
Entretanto, acredita-se que apesar das críticas sofri~
das, ~ inegável que um aumentó da participação dos trabalhadores,
das comunicaçõ€s, do incremento de recompensas sociais, aliado a
-0_ .
melhores condições ambientaisf se constituam em substanciais
me-lho rias da forma de vida dos trabalhadoresf redundando em um
au-mento de Efici~ncia. O arc~bouço teórico a esta perspectiva,
for----
.. -- ---necido pelos pSic6logos sociais" principalmente nos seus estudos
sobre Conformidade e Apoio Grupal, dão ll~ substrato fecundo para
a análise dos problemas organizacionais.
~ justamente dentro deste enfoque Q~e a p~rspectiva
Es-truturalista (27) de análise das organizações, baseada na ~scola
. Clássica, nos estudos de Ha~ Weber,Karl Marx e algumas contribui
ções da Escola de Relações Hum a nas, representa um grande avanço p~
ra os teóricos da Organização, na medida em que, aceitando a exi~
tBncia de conflitos entre a Organização e o IndivIduo, desenvolve
atribuindo-..
26.
lhe ·um oar~ter mais globalista de an~lise, ao m95mo tempo quo
le-va a um aprofun~amento acerca da dinâmica en tre o caracterizado
como Organização Formal e Informal, Posições e Influências d a s re
compensas sociais 8 materiais.
Finalmente, uma visão ampla de zd ministr ação aliada a
todo o suporte de pesquisa existente em. Psicologia Social e
Expe-rimental, se constituem nos ele ~9 ntos-c hêvu para o D
esenvDlvi~en-to ·Organizacional, onde o aspecesenvDlvi~en-to considere d o neste tra Galho
re-pr~s8nta uma contribuição ao incremento da eficiência organizaci~
nal.
~ .
.
-3 A AN~LISE o E
u
r-1 Ao
R G A N I Z A çA
o:
========================================================
A
U E R
J---•.
27.
Uma lJniversidade
é
semp're uma or gar.}iz a ç2o __ orienté:u:la '. __ ' principal mente para a consecuç~o de certas met a s, quais sejam, ensino e resquisa. Dentro de uma perspectiva s istêmica, elade-ve estar aparelhada pa ra suprir a crescente ceman d a da comunid~
de, no sentido de for maç2o 9 aperfeiço a~e nto de profission~is,
assim co mo de constituir-se e m centro de c u l tu ra da co munid a de.
Em um mundo em co ~ stantes tr a n s for n a~ õ e s, tais metas
tornam-se bastante co mplexas, tendo e m vista a multiplicidade
de eventos e novos conhecimentos que surgem -- a todo instante. A
universidade necessita manter-se permanentemente .informada, a
fim de atualizar o seu corpo docente e discente, CO ~ l o objetivo
de cumprir eficazmente suas metas organizacionais.
A administração UniverSitária, e m noss o s dias,caract~ riza-se por um volume elevado de infor ma~ ~D circ u l an te atrav~s'
de documentos, e sujeita a duas exig~ncias c o n t r 2d it6rias: por um lado, a necessidade de um fluxo ágil, rá p ido;fac8 ~s
deci-" . . ' . • • ,.." A
soes tecn1cas que dessas 1nformaçoes doc~rre m e que tem prazos
rigorosos a serem cumpridos; por outro l a do, a necessidade de
s~rem submetidas a m~ltiplas análises e process am entos, com o
consequente dispêndio de tempo.
Da! a import~ncia de todas as investi g aç~es aqui rea-lizadas centralizarem-se na pr6pria naturoza e no fluxo ' da
in-formação circulante.
Tão amplas perspectivas exigem da administraç~o
uni-vo rsi t<l ri a um aumento na r a c ion a l idade ·. do sua s es-t ru t u r a s, no
28.
cipalmente no tocante ao risco de alienaç30 de seu pessoal,
as-sim como o perigo ·de re.dução da eficácia de seus aspectos tÉcni
COS.
""
Estas considerações funda me ntam-so em uma sintonia de
organismo e função, no sentido de uma eficaz divisno de
traba-lho e responsabilidade, quer interna~ente, quer para a comunida
de, impl~cando , por outro lado, em u~a centralização de poder e controle que exige Ur.l est~do ligado ao desen"vol vimento de
Suas estruturas-função, principalmente visando-se o au n ento da
eficiência do pessoal.
Foi a partir dessas considerações, e em função da aco
lhida fa~orável de uma importante organiza çno universitária,que
se concebeu e planejou um trabalho amplo e complexo cujos resul
tados iniciais .consubstanciaram-se neste estudo.
Desta forma, atendendo a uma possibilidade oferecida
pela antiga Universidade do Estado da Guan abara (hoje UERJ), es
tabcleceu-se um plano capaz, dentro de um enfo~ue sistê~ico, de
realizar os seguintes passos:
- avaliação da estrutura da organização;
- avaliação da distribuição de meios em relação aos
objetivos;
- definição do que se considera uma distribuição
efi-ciento de meios, em funçno ce um conheci mento
apro-fundado do fu n cion am ento da Universid ad e,
abrangen-dos
• eXigências funcionais
• necessid a des orgQniz Dci onais o funcion ai s
• pol f ti~~ or g Qnizu cion~ 1
29.
Dentro dessas dirQtriz8~ foi neces5~rio, prclimin ~r~cn
te, caracterizar a Universidade, acolhida co mo objeto do inv es ti
gaçao, em termos de sua realidade atual.
Verificou-se assim, inicialmente, que:
A UERJ apesar de, na atu a lidade, nao poder competir
com os grandes centros de .recursos hu man os (e m ter mos de fai xa3
salariais), o que i~plica e m uma séria li mitaç30 em relaçQo nc me ia, po ssui u m pess oal esp e c ializ a do e, pr incip<üment~ , c em ~ : ~
alto poder de integraç~o, podendo assim, atrav~s de Treinamento, conseguir uma elevada eficiência de dese ffi penho.
Tendo em vista que, na atual fase de transformação, a
Universidade conta com o mais alto p a dr~o de tecnclogia,torna-38 urgente desenvolver os recursos humanos da Universidade,
da seleção e do treina me nto, visan do uma recl ns sificaç20
,
at:- a'w' ::': ':;
,
.
.un1CO me~o de suprir a defasagem entre o seu atual dOG8n volv i~ E ~
to tecnológico e o preparo de pess o a l da área administ~ativ~ ~
, .
Para a consecução de tais objetiv os faz - se nsc e S3 s r:o
uma reestruturação da política de pessoal e da est ru tur a ad~in~2
trativa, visando compatibilizar o desenvolv imento do s r e curs.os
tqcnológicos e dos recursos humanos, frent e às de ma nd a s de maxi
-mizaçno da eficiência.
Todavia, a men s uraçao da efic~cia e eficiênl.ia org ani -zacional, neste caso, torna-se difícil na ~edida em que :
em rolaç~o ~ ofic~6ncia, não se disp~e de um crit 6
-rio definido, tal como urna uni d3de de p ro d u ç~ o.
tret a nto, se ri a . possí~ol óferi - la , futura~cnte ,
,
-v e s da mensurG çCJ D dos obj ~ tiv(J ::; O !' ~lZ1 :li~ ;: ~ iGn:üs , l: ' "o
-30.
:
ças do a ~ bi e nte, mot i vo pe lo q ua l ressalta-se a ne
e r e cursos hun nn05;
em relação 2 efic á ci a , torna-se a inda mais diffcil a
mensur a çao, d ad o que os ob j etivos organizacionais S6
multiplic am 8 S8 tor nam cn ntlnuos e .
,
int~rligados.U m apo s s ibil i de: de a néd i a p r a zo . r es ul ta r ia do 58 guimen to
dos e g r e sso s da Un iv e r' s ica de , c u jo "êxito" poderia
tor nê: r-se o indice desejado, e m que pese a
influên-cie de efeito da d i fu 5 ~0 dos profissionais no meio a mbi e nte. Ou t ra p os s i b l id e ~e d 8 corre~ia das mGlti-pIas finali du des or ga n izacionais, as quais ao atingi
re m seus obj et ivos s epn r ad a ment e (ensino, pesquisa,
cul t ur a , a s s is tan c i a), t ór na ri e: n a ' Ul ~ J mais e f icaz q u e as org anizaç o Gs d 8 f i K~ li d n ~e Gn ica, considera n-dO-58 que as b ~3cas pa r a a tin gir un deter n inado obj~
tivo a umonta m a prob a bi l id ade d e so atingirem outros.
Por outro l ad o, a s mGl t i p l a s fin a lida d es
represen-tam um atra t ivo, por s e constit u ire m e m un elemento
de m~ ior s a t is f aç ~o d as n e ces s i dad e s, o que· pode i n -plic a r em u m a ume nto da q u a li da de de r e cursos hu m
a-Co mo o pró pr io [ t z i o n i (2 8) r e s s a lta:
" ••• a m3 ior pa rt e d as de s co ber tas cientí f icas i m
port 3~ te s da Gl t i na d é c a da e granc e part e do tr ~ b a l ho no t ~v e l em ci ênc ~ 3s s oc ia is provô m d e cor~
pos doc 8 n t es de uni v~ r s i : éld t} s o n de s e cO'-l ~ i n a m
,31.
, ,
Finalmente, apesar de encarar-se as grandes potenciali
dades da UERJ como uma , Organizaç~o 3~ franca expans~o, deve-se reconhecer que muito ainda tem que ser realizado na ~rea de seus
recursos humanos, no sentido de maximizar sua efici~ncia,
atra-' v~s do treinamento e reclassificaç~o, tendo como substrato u~a
pOlítica ágil de pessoal.
Tais fatores implicam em ,radicais ~udanças
..
organizaci~nais, no sentido da au~entar a efetividade, e estão ligados di~~
tamente aos propósitos deste trabalho de diagnóstico e
interven-,
çao na area administrativa, numa primeira etapa.
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·
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4 A A N ~ L I 5 E D E T R A B A L H O