A R T I G O D E ATUA L l ZAÇ
A
Oo
ESPAÇO DA MULH E R BRAS I LEIRA E O ESPAÇO DA ENFERME IRA
BRASI LE IRA
Maria da G l ória Miotto W rightl e
Anamaria Carne i ro1
WR IGHT . M. G. M & CA R N E I R O , A. o espaço da mu lher hra sile ra e o c spaco da enfermeira brasile ira. R ev. Bras. Enl , Brasília, 38( 1 ) : 5 5 -6 2 , j an./mar. 1 9 8 5 .
R ESUMO.
O presente artigo tece alguns comentári os sore o espaço que a mul her rasi lei ra conquistou durante o decorrer dos anos e relaciona a conqu ista deste espaço denro da prof issão de enfermagem. Tenta mostrar os condicionantes da co
nquista deste espaço na socieade brasi leira e se, de fato, eles operaram da mesma forma no caso da mulher desempenhando o papel de enfer meira nesta mesma sociedade.ABSTR ACT.
T h is article discusses cha n es in the status of bra zi l ia n women over the year and rel ated the gains made to the nursing profession. It anal yzes the factors in Brazi l ia n society which conditi on the g a i n s a n d if i n fact they work in t h e ame manner for nurses as for women in genera l .I
-
INTROD U çAo
Por ser o Brasil uma nação complexa , diversi
f
icada e profundamente estratiicada,
ld
ifícil a ta·
refa
e
escrever a história da mulher
brasileira.Tudo o que a maioria das pessoas sabe sobre a mulher é que ela deve ser boa mãe , dona de casa além de boa
espoa .
Um estudo consisten te sobre a m ulher brasileira deve incluir sua vida pública e privada,
sit uação legal , vi da familiar, poder pol íti co e os papéis econômicos e sociais desempenha dos através da história.1 )
A marginalidade da mulher nos processos de decisão e a história de suadi
scriminação no tra balho, na e ducação e na pol ítica têm sido umaconstane
:
embora elajá
tenha obtid
o algumsconquistas nesses campos. Entre tanto, tais con quistas_ não elminar
a
m todas as dficuldades exis
tentes de conciliação enre os papéis domésicos tradicionais
da
muher(de dona de caa e de so
cializadora dos ilhos)-e
de eus papéisproissio
nais ( CARDOSO) 7 .O abarcar dos dilerentes espaços que a mulher
vem c
onqui
st
nd
o naocieae, des
ertou-
nos
ointeresse para analisar, tanto quanto possível, o
espaço dessa mesma mulher
d
ee.penhando o pa pel de enfermeira numasociedade de sistema ca
pitalista.
Na tentativa de buscar relaçõe
s entre o espaço
da mulher e o a enfermera na história braleira,não podemos ignorar o quanto o capitalimo,
com-I Prolessora Assistente do Curso de Enfermagem/UnB
-
aluna do Curso de Doltorado em E nfermagem da Escola deEnfermagem de R ibe rão Pre to/ U S P ; bolsista do CN Pq , COREN n9 1 1 5 8 7 . 1 Prof
e
ssora Colaborad ora 2 do Curso d e Enfermagem/UnB. COREN n 9 1 1 38 3·R J .preendido como um modo histório de pro dução,
tem
interferido nestas conquistas.Mesmo que se faça apenas uma análise limita da do modo de produção capitalista brasileil � , ela se torna impor ta n te para o embasamen to teórico con tido neste trabalho.
É
imposs ível querer com preender a situação da m u lher brasileira e da en fermeira, neste País, sem levar em conside ração as caracter ísticas da estrutura sócio-económica d o Brasil.11 -A E VO L U ÇÃO H ISTÓ R ICA DO ESPAÇO DA M U LH E R B R AS I L E I R A
A história d a mulher e m n osso Pa í s advém de meros registros de impresses, mais do que fatos. Sae-se que existe nece ssida de de uma pe rspectiva e de uma compreensão h istórica do pape l , da con dição e das a tividades da mulher no 3rasil .
Ao se estudar a evolução da história d o espa ço da mulher brasile i ra , precisa-se en tender em que contex to e la ocorre u . Aborda remos, por tan to, co mo evoluiu a si tuação da muUler na socieda de e m relação à e ducação , ao trabalho,
à
pol ítica e à sa ú de .a)
A Si tuaçâo da Mulher na Ed ucação No per íodo colonial, a m ulher brasileira ti nha uma oportunidade muito e scassa de se educar, e no mome n to em que isto ocorria , reduzia-se àformação moral e religiosa e ao dese nvolvimen to
de habilidades man uais. Em 1 5 9 5 , foi criado em
Olinda
o
" Recolhimento da Conceição", com a inalidade de prepara r asórãs
de boafan1l1ia
para o casamen to
(BARROS)2 .
No século XV 1 1 1 , começaram a aparecer os conven tos religiosos. Em 1 72 8 , as moças recebiam o ensino equivalen te ao l (? grau além de canto, órgão e trabhos domésticos.
Esses
conven tos quase nada significaram em termos de educação pa ra as mulheres, uma vez que atendiam a uma min oria .
Na é poca da Corte Port uguesa , houve alguns poucos benefícios para as mulheres, uma vez que e abriram algumas e scolas não religiosas onde elas poderiam estudar . Recebiam o ensino de trabalhos
m
anuais domésicos e conhecimentos rudimentares de Língua Port uguesa .
Com a Indepen dência e a instalação do Gover
no Imperial , surge a idéia de esta belecer uma rede de e scolas para atender
à
população . Em 1 82 3 , pela primeira vez, fala-se oficialmen te em educação
para as mulhere s. Em 1 824 , a e d ucaç,ill
já
passa a ser precupação da Assembléia e os deputados pro põem o ensino para as meninas. Nessa é poca era56 - " Rev. Bras.
Enf,
I ra�ílla. J8( 1 ) , j an./llIar. I)5permit ido à mu1er , aprender apenas as quatro operações, e os trabalh os manuais con tinuavam a ser o maior foco de atenções. As m ulheres eram proibidas de estudar em classe s mistas.
Em
1 8 5 5 ,
con tavam-se oficialmente n a corte : 1 7 e scolas pa ra menin os e 9 par a meninas ( CA R DOSO)7 .Ao final do império , chegam ao Brasil várias misses pro testantes, a prese n tando uma propos ta educacional q ue val orizava o e n sin o de matérias científicas, privilegiava os métodos emp íricos e era a favor da co-e ducaçao . A inluência protest a n te não t inha . con tudo, condições de abalar a tra dição cató lica d ominante .
Por vol t a de 1 870, os homens do Governo de
cidiram implan tar escolas profissionJlizan te s e foi
declarado que o magistério de
1 9
grau ser ia ministrado, de preferência , às mulheres. Em 1875, a
Es
cola Caetano Campos, em São Paulo, foi a primeiraa dar "emprego" às mulheres. Nesse mesmo per ío do, surge o ensino secundário , destina do
às
pessoas que iriam cursar o n ível superior, o que nâo era ocaso das mulheres. Em 1 87 9 , o dep u ta do To bias Barre to exige o direi to de mat r ícula em Medicina
para uma mça . Somen te em 1 8 8 1
e
registra oingresso da primeira Illulher em curso superior . Em 1 8 84 , os edu cadore s expressam, a t ravés d os Pareceres do Congresso de Instrução , a co-e duca ção .
A Proclamação da Re pública não veio operar transformações n o sistema de ensino vige n te . A Igreja Católica continuava a deter o poder da
mior
parte dos estabelecimen tos de en sino e perm
aneciaa separaç,io en tre o ensino t eórico e o aca ê mico . Em 1 90 7 , duas moças, pela primeira vez , concluem ° c urso secundário de le tras. Em 1 9 29, as mulhe res jue ingressavam para o curso supe rior , iam pa ra as escolas de Farmácia , porque era uma profis
são que tinha sofrido grande desvalorização e não
intere ssava aos homens, e para o curso de música, porque era uma tradição , n o Brasil , a mulher aprender a tocar piano. Além disso , surge um gran de número de moças nos chamados cursos comer ciais; as mulheres procura vam esses cursos por que
davam oportunidades no mercado de trab,dho (CARDOSO)7 .
A Revolução de 1 930 ampliou bastante os h o rizontes educacionais e sociais da mulher . Os cur sos normais começaram a ser encarados com maior seriedade, exigindo-se , para seu ingresso , o diploma de gi násio e passando a ter a duração de 5 anos.
contra a mulher, Essa lei sugeria a formação de
clases exclusivamente femininas; assim , as mulhe
res deixam de fazer os cursos secundários e
ingres-sam mais nos cursos normais.
Somente em
1 939é que as mças, depois do
curso n ormal, o btiveram o direito de entrar em al
guns cursos superiores (Pedagoia, etras Neola
tinas , Letras nglo-Germânicas, Letras Clássicas ,
Geograia , História). Em
1 95 3 ,caem, enim , essas
barreiras , podendo a normalista ingressar em qual
quer curso suerior.
.
Até as década s 60-70,
eram poucas as mulhe
res que ainda ingressavam no curso superior, au
men tando consideravelmente e se número a partir
da última década.
b) A Situação da Mulher no Mercado de Tra
balho
Desde o início do descobrimento do Brasil ,
a mulher tem, aos poucos, participado na força de
trabalho, de maneira visível ou invisível.
Na época do Brasl Colônia, a ocupação mais
comum era a de fir lgodão, executada, principal
mente, pelas mulheres de cor. Muitas mulheres,
tanto pretas como brancas, e ocupavam tamém
em fazer renda . As escravas dedicavam-se
àcostu
ra comum, pois essa ocupação era tida como de
gradante para os dedos de uma dama (HAH
NER) lo .
Ao finl do século XIX, as mlheres eram em
pregaas em números sempre crescente s nas indús
trias brasleiras, principalmente as têxteis, receben
do baixos salários.
Contudo , no início do éculo
X, o setor co
mercial oferecia números crescentes de empre
gos para a mulher. Apesar de tais empregos confe
ruem uma posição social algo mais elevada que
oseriço doméstico , mbas as atividades permane
ciam abaixo do ensino e scolar (HAHNER)lO .
Por volta da metade do século
XX,
o ensino
prmário torna-se uma atividade feminina compul
sória. As mulheres proporcionalmente aíram das
atividades industriais e se incorporaram mais in
tensmente no setor tercirio da economia. A maIO
ria das mulheres que r abahava fora de seus la
res dedicava-se a um pequeno número de ocupa
ções.
BRUSCHINI6 mostra que as ocupações que já
eram "femininas", em
1 950,continuaram a sê-lo,
em
1 970 ,ainda que o percentual de mulheres no
conjunto de trabhadores e nha ofido algu
mas alterações. Esse fato e staria provocando uma
sexulização das ocupações. BARROS03 mostra
que a taxa de atividade feminina que era de
1 3 ,6%,em
1 9 50 ,subiu para
1 8 ,5%,em
1 9 7 0 ,e
29 ,6%,em
1 97 6 .
A
partir d e
1 962,a Lei n 9
5 .859beneficia a
empregada domés tica, concedendo-lhe o ireito
de férias anuais de
20dias, a anotação na carteira
de trabalho e a contribuição para o INPS.
BRUSCHINI6 s�ienta que , para as mulheres de
classes menos favorecidas e com baixo n ível de ins
trução, as possiblidades de trabalho lmitam-se às
ocupações relativas
àpre stação de serviços, quase
sempre como empregadas domésticas e no traba
lho de campo. A mulher de instrução mais elevada
vai colocar-se nas ocupações técnicas , cientíicas e
afins, quando ingressa no mercado de trablho.
São , talvez, as muheres de nível médio de nstru
ção as que mais viram aumentadas as oportuida
des de emprego nas últimas décadas , tanto nas ocu
pações administrativas como naquelas ligadas ao
comércio .
Devemos lembrar que o trabalho feinino, no
seio da fam11ia, não produzia e nem produz direta
men te mercadoria visível, assim ele não tem valor
perante a sociedade . Quem o exerce tem sido, por
esse fato, marginalizado da economia, da sociedade
e da história. Por er um trabalho invisível, a sua
contribuição para o deenvolvimen to das forças
pro dutivas permanece na clandestinidade.
c) A Situação da Mulher na Política
Podemos dzer que as muheres ficaram em
slêncio , no Brasil, duran te mais de treentos anos.
Este silêncio e fez, não porque elas estivesem
omisas ou passivas ao longo ta história nacional,
mas foi um silêncio imposto pela reconstrução his
tórica, pela auência de documentação, ou sua pre
sença em documentos e manuscritos de difícl
acesso.
Em
1 842,surge
apimeira
'
mlher que se des
tacou como l íder político, Da. Josefa Carneiro de
Mendonça, que trabalhou em prol da revolução de
Minas Gerais. Na meta de do éculo passado, N ísia
Floresta Augusta Brasleira foi a primeira mulher a
defender publicamente a emancipação
a
mulher
no Brasil .
É
interesante
'
reistrar a expanão de jornais
editados por mulheres, no inal do século passado,
em São Paulo e n o Rio de Janeiro. Dentre eles, te
mos: "Jornal das enhoras"
( 1 852);a revista "A
Fam11ia" ; "O exo Femnno" (de
1 885- 1 890),que preavam os direitos da mulher em prol da
instrução feminna e o direito ao voto. Em
1905 ,Ernestina esina funda o jornal destinado às traba
lhadoras, o "nima Vita".
Em
1 870,no io de Janeiro, as mlheres
eorganizam em defesa dos escravos, interando o
movimen to abolicionista e criam "A ociedade da
Libertação" , e , em São Paulo, a " Sociedade Re
dentora", com a mesma inalidade (CADOSQ)7 .
No começo do século, ocorreram manifesta
ções de operrias, em conseqüência do processo
da industrialização, que utilizava a mão-de-obra
feminina nas piores condiçes. Em
1 9 1 7,eonin
da Castro organiza uma paseata no Rio de Janei
ro, pelo direito ao voto. Em
1 9 19 ,uma delegação
de brasileiras, ntegraa por Bertha Lutz e Ulga
Paiva Meira, representa o Brasil no Conselho Fe
minino Intenacional da Organização nternacio
nal do Trabalho (OIT). Nesse mesmo ano, cria-se a
"Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher",
que defende o direito ao voto feminino (BARRO
SO)3 .
A fundação do Partido Republicano Femini
no, em
1 9 1 0,é bastante importante na luta pelo
voto entre as mulheres de clase média, professo
ras primárias e proissionais liberais. Após a Revo
lução de
1 930,o direito ao voto é assegurado às
mulheres no Código Eleitoral de
1 93 2 .O período pós-guerra foi marcado, em todo o
País, pelo recrudescmento das atividades relacio
nadas à conquisa das liberdades democráicas. As
sm, no Rio de Janeiro, as muheres fundram jun
to à União Nacionl dos Estudantes
- NE,o
Comitê as Mulheres pela Anistia que, ma vez
conquistada a anistia política,
etrnsfomou no
Comitê das Mulheres pela Democracia. As ligas fe
mininas, criadas a partir de
1 944e atuantes até
1 964,
lutavam conra a demolição das favelas, fa
ziam campanhas para instalação de creches e bi
bliotecas infantis, e lutavam pela independência
econômica nacional e conra a carestia.
Em
1 962,surge no Código Civil o reconheci
mento da mulher como capaz, do pon to de vista
civl.
Após
arevolução de
1 964 ,as atividad�s fe
mininas transformaram-e em grupos beneicen eso
Seus trabalhos ão fundamen ados em trabahos
comunitários e no sindicalismo paralelo. Quando,
em
1 97 5 ,a ONU batizou este ano como "Ano In
ternacional da Mulher", surgiram os primeiros gru
pos feministas em São Paulo e Rio e Janeiro
(BARROSO)3 . As bandeiras de luta são semelhan
tes ao passado: a anistia, a carestia, a conquista pe
la demcracia.
t
dentro desse quadro de reivindicações que
a mulher coloca, através da imprensa feminista,
que se inicia em
1 976,sua posição específica como
trabalhadora mais discriminada, como cidadã em
5 8 -R ev. Bras. Enl , Bras1ia , 38( l ) , j an./mr. 1 9 85
direitos, como mulher oprimida.
Adiferença com
o passado é que da passa, agora, a se organizar de
forma independente do Estado, da Igreja e dos Par
tidos Políticos.
Apesar disso, ainda é pequena a participação
da mulher na vida sindical e na vida partidária e
parlamentar, aparecendo muito mais como massa
do que cúpula dirigente .
d) A Situação de Saúde da Mulher
A análie das condições de saúde da mulher
brasileira supe uma avaliação sobre a situação ge
ral da saúde no Brasil. Habitualmente , este tipo de
análise é dificultado pela crência de dados em
relação às muheres não ncluídas nas
caeg-rias de gestantes e nutrizes.
A evolução da situação de saúde das mulhe
res brasileras demonstra, de certa foma, precarie
dade no atendinlento às necessidades de saúde da
população. Ainda predomina a idéia de que as ne
cessidades de saúde das mulheres restringem-se aos
cuidados durante a gravidez, parto e puerpério.
A mulher brasileira tem visto sua esperança de
vida aumentada ao longo deste éculo, especial
mene a partir dos anos
50.Entre os anos de
1970-76 ,
modificou-se a taxa de fecundidade, ve
rificando-se uma queda da taxa para
4,3%,e foi
nas fm1ias mais pobres onde esa queda ocorreu
de forma mais acentuaa (BARROSO)3 .
O uso de aniconcepcionais aumentou extra
ordnariamente em nosso País, nos últimos nos.
O Brasil está em fae de legalização do aborto, sem
contudo se ter certeza de que haverá realmene
uma dminuição da taxa de mortalidade por abor
to, conforme ocorreu em alguns paíes. BARRO
S03 saliena a ocorrência da prática da esteriliza
ção pela população feminina de nível mais baixo,
em nossos dias.
Há escassez de informaçes a reseito dos efei
tos especíicos das atividades das mulheres em sua
saúde ; a maioria dos estudos focaliza os efeitos so
bre o fato e ignora a própria muher.
O incentivo à ammenação pelos órgãos go
vernamentais nacionais e internacionais esquece,
em seu conteúdo de campanha, a realidade social
e legal que obstaculiza a amamenação. Enfatiza- ,
-e apenas a responabilidade da mulher, acaban
do, tão-somente, por gerar
msentimento de frus
tração.
Em
1 974 ,a legislação previdenciária transferiu
para o lNPS todos os encargos com relação à licen
ça gestação, que abrange quatro semanas antes do
parto e oito semanas após o parto.
penha-que , 1980 , na Conferência das Nações Unidas, sobre a situação da mulher, os ministérios da Saú de e da Previdênia e Assistência ocial explicita ram em suas diretrizes, a qualidade de depend ncia da mulher , a quem seria oferecida assistência so cial . E, assim, a partir de 1 98 3 , começa a ser im plan ado o "Programa Integral da Saúde da Mu lher ", desenvolvido sob a orienação do Ministério da Saúde .
Desta forma, percebe-se que , se a mulher con seguiu alguns espaços em determinados setores da socieda de brasileira , isto não indica que toda a discriminação que existia em relação ao sexo femi !ino tenha sido elimina da . O fato histórico não po de er considerado como definindo uma verdade e terna ; traduz apenas uma situação que se mani festa preciamente como histórica porque e stá mudando.
1 1 1 -
A EVO LUçAo H ISTO R ICÀ DA
E N F E RMAG EM B RASI L E I RA
Relatar a evolução histórica de wna proissão
é
um assunto de grande abrangência, e conside rarmos que esta evolução ocorre den tro de um contexto social, político e econômico que gera as situações responsáveis por aquilo que evolui.Uma análise destes aspectos por si ó consti tuiria uma monografia, o que nos leva neste tra balho a apenas narrar os fatos que, do nosso pon to de vista, em sua essência, consistem em amplia ção do espaço da enfermagem como proissão.
O ensino elementar de enfermagem teve início em 1 890 com o objetivo de treinar pessoal para os hospícios e hospitais militares, seguido pela Cruz Vermelha que, em 1 9 1 6 , passou a preparar socor ristas de emergência e, em 1 920 , visitadoras sani tárias (CARVALHO)8 .
egun do o d ocumentário de CARVALH08 , a criação de. erviço de Enfermeiras d o Departa mento Nacional de Saúde Pública (DNSP), em
1922, nos moldes do sistema americano, deu ori gem à Escola de Enfermeiras do Departamento Na cionl de Saúde Pública, regulamentada em 1 9 2 3 . Foi esta a prmeira escola a visar u m padrão mais elevado de ensino, por preocupação do diretor ge ral do DNSP, médico sanitarista Carlos Chagas, admitindo apenas candidatas que tivessem o diplo ma de Escola Nomal ou equivalen te .
Esta escola d e enfermagem surgiu sob a éide da saúde pública e , segundo BARROS2 , a prática proissional visava o atendimento de um semento da comunidade exposto aos riscos das doenças
transmissíveis epidêmicas na época, o que ocasio nava um decréscimo da mão-de-obra necessária
à
pro dução econômica, bem como diiculdadesà
imigração dos estrangeiros pàra o País.Data de 1 926 a criação da ABEn (CARV A LHO)8 que , em 1 929 , filiou-se ao Conselho In tenacional de Enfermeiras, propiciando às enfer meiras diplomadas do Brasil um vínculo interna cional. Esta Associação inicia a divulgação do pri meiro periódico de Enfermagem, em 1932.
A década de 30 marca a desvinculação da Es cola de Enfermagem do DN SP. Pelo Decreto n9 20 1 09/3 1 , foi elevada a escola oicial padrão e de signada Escola de Enfermeiras Ana Neri. Em 1 937, foi incorporada à Universidade do Brasil como ins tituição de ensino complementar, com completa autonomia, mantendo-se ainda a u ível médio de ensino
(BASIL.
Ministério da Saúde/FSESP)5 .B
neste período que a prática de enfermagem começa a se voltar para o ambiente hospitlr e ampliar-se nos trinta nos que se segurm em de trimento das ações de aúde pública(BARROS)2 .
A LMEIDA et alii I situam a predominância da enfermagem hospitalar em 1950, quando 49,4% das enfermeiras atuantes encontravam-se no campo hospitalar e 1 7 ,2% no campo da saúde pública. Já em 1 944 , registrava-se uma situação inversa , vez que 66% das enfermeiras diplomadas pela Ana Neri trabahavam no campo da saúde pública e 9 ,5%, em hospitais.
Caracteriza-se assim a limitação de espaço de ação , primeiro em saúde pública e depois na área hospitalar, ao invés da expansão do espaço já con quistado em aúde pública, se a ele viesse sem o prejuízo da primeira .
CAR V A LH08 registra como 1 940 a inclusão dos enfermeiros entre os profissionais liberais no qua ro de atividades e profisses do Ministério do Trabalho, Indúsria e Comércio. No entanto, três anos depois per deriam esta posição em virtude da intervenção do Sindicato dos Enfermeiros e Em prega dos em hospitais e Casas de Saúde do Ri o de J aneiro junto ao Ministério do Trabaho. O direito de proissional liberl para ins de enquadramento sindical só foi reconquistado em 1 96 2 .
E m 1 9 5 5 , foi ancionada a l e i n9 2604/5 5 , que regulamen ta o exerc ício proissional (BRA SIL. inistério da Saúde/FSESP),5 . Em ora esta lei atribua à enfermeira responsa bilidade pelo en sino nas escolas de enfermagem e de auxliares bem como supervisão e controle do pessoal auxiliar, mantém e legítma a subordinação e muitas açes de enfermagem à medicina.
Em 1 9 62 , os cursos de enfermagem, até então de n ível médio, passaram a nível universitário, sen do o curr ículo m ínimo determina do pelo Precer n? 2 7 1 /62 C FE. Foram mantidos, no entanto, os cursos de formação de pessoal auxiliar a nív�l de I ? e 29 graus, incluindo-se em 1966 mais uma ca tegoria , a do técnico de enfermagem (BRASIL. Ministério da Saúde/FSESP)S .
A marca seguinte na evolução da enfermagem é a criação dos Conelhos Federal e Regionais de Enfermagem, pela Lei nQ 5905 /73 da Presidência da República , instalados em 1975 , cuja atribuição consiste em iscalizar o exercício proissionl em todo território nacional (CARVALHO)! .
egundo SILVA 13 , ao passar a nível univer sitário, o ensino da enfermagem evidenciou a busca de auto-airmar-se no campo da ciência, destacan
d-se a ênfae no ensino do "processo de enferma
gem" ou "processo decisório".
Novos espaços foram conquistados elo ensi no em 1 972 , a saber: a modificação do currículo mínimo de enfermagem pelo parecer 1 6 3 /72 do CFE, no qul foram criadas habilitações nas áreas de saúde pública, obste r ícia e ginecologia e em médico-cirúrica, e cursos de pós-graduação em enfermagem , disposiçes sobre o funcionamen to pela Resolução 6/72 do CFE (BRASIL. Ministério da Saúde/FSESP)S .
Os cursos de pós-graduação começaram a sur gir com a preocupação maior de preparar docentes e pesquisadores viabilizando, assim, a incrementa ção a produção cient íica.
Com o obje ivo de sistemaizar e divulgar as
produções científicas da área, foi criado ela ABEn, em 1 97 1 , o Centro de Estudos e Pesquisas em Efermagem (CEPEn).
Em relação à expansão dos cursos de pós-gra duação , de um levan amento ( 1 978 a 1 980) cons tam quarenta instituições envolvidas com cursos de pós-graduação, das quais nove ministrando cur sos
sricto sensu
ern
a e uma, cursos ato sensu (WRIGHT)14 .Outro fato significativo a er relatado é o sur gimento do Sindicato dos Enfermeiros, sendo o primeiro em 1 976 (Rio Grande do Sul) e , atual mene , em número de 6 : Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro , B ahia, Distrito Federal e Ceará .
Configura-se assm que , em mais de 50 anos de existência da profissão , as conquistas legais, tanto na área de ensino como na prática proissional, ocorreram lentamente , deixando ainda em aberto grande espaço a er conquista do na sociedade bra sileira .
60 -R ev. Bras. Enl , Brasília, 38( 1 ) , j an.fmar. 1 9 8 5
IV
-OS CO ND ICIONANT ES NA CONQU ISTA
DE UM ESPAÇO
A discriminação existente em relação às min rias, em especial conra o sexo feminino, aparece porque as mulheres nunca formaram uma socieda de autônoma e fechada ; elas fazem parte de uma coletividade governada por homens e na qual ocu pam um lugar de subor inadas. Surge daí o para doxo de sua situação : elas pertencem ao mesmo tempo ao mundo masculino e a uma esfera em que este mundo
é
contestado. Por outro lado, as mulheres não têm domínio sobre o mundo masculino porque sua experiencia não lhes ensma a manejar a lógica e a técnica {BEAUVOIR
t
.Isto vem ocorrendo desde o Brasil Colônia, quan do o Governo e as Instituições Religioas im puseram , além do ensino religioso às mulheres, o de costura, borda do, lavar roupa, tudo aquilo que constituía os bons costumes. Compreende-se , por tan to, porque a mulher não podia ter qualquer par ticipação e porque era submissa a temeroa (CAR DOSO) ? .
Por outro lado, os grupos dirigentes começa ram a perceber que, e a mulher podia educar as crianças como mãe , tamém poderia dar aulas a elas na escola. Assim , começa uma dupla explora ção do papel da mulher - o deempenho as tare fas domésticas e a desprestiiada e mal remunerada tarefa do magistério .
Apesar do surgimento de idéias liberais quan to à atividade da mulher fora do lar, a Igreja
Cató-..
lica tudo fazia para airmar que a mulher era
dife-rente do homem biologicamen te , devendo tamém ser desigual civil e politicamente , diicultando as sim as transformações sociais que se iniciavm .
As idéias positivistas que começaram a ser di vulgadas no Brasil na época da República, atuarm como obstáculo
à
independência da mulher por que , dentro desta ilosoia, o homem é quem tra balha fora de casa icando os velhos, as crianças e as mulheres mparados por ele .Embora a opinião pública ercebese a neces sidade de m tratamento eqi ativo para as mlhe
res como ponto fundamen tal ao desenvolvimento da nação, a história camnhou mais lentamente.
para as mulheres, estando com isto pré-determi
nado o lugar onde ela vi trabalhar, em levar em
con ta sua vocação.
A irrelevância atribu ída à vocação para apro
issionalização da mulher decorre, entre outros
fatores, desta ter sido relegaa
àesfera doméstica,
pela divisão do trabalho enre os exos, incentivada
pelo sistema patriarcal, o qual dividiu a vida social
em duas esferas nitidamente dissociadas: a esfera
pública e a esfera doméstica. esta forma, começa
a surgir uma ideologia que ainda hoje delineia a
imagem da mulher e o eu papel na vida social
(LARGUA
&DUMOULlN)J J .
Para melhor compreender a evolução do ní
vel de participação da muher na força de trabalho,
é necessário visualizar o contexto em que esta
ocorreu. Espera-se que, em um primeiro momento,
ela ocorra na abertura da industrialização quando
o número de pessoas empregadas na agricultura é
ainda elevado e o número de empreas manufatu
reiras e comerciais limitado
à
esfera doméstica. Em
um segundo momento , quando o desenvolvimen to
econômico induz um grande número de essoas a
sair do comércio e da fabricação caseira e há para
lelamen te uma migração de áreas rurais para áreas
urbanas, a taa de participação da mulher em ati
vidades produtivas, tende a cair. O terceiro m
mento é quando há um crescmento contínuo no
setor de serviços (BARROSO?
Entre os setores de erviços, destaca-se, para
este trabaho, o setor de assistência
àsaúde, no
qual configura-se, na maneira de organizar o pro
cesso de trabaho, a forma associaa, isto é, equi
pes multiproissionais, cujo produtor principal é
o médico. Essa condição lhe assegura a hegemnia
do conrole técnico-proissional do cuidado do
paciente, mediante prescrições de atos que erão
executados por outros proissionais.
Ese sistema de produzir serviços de saúde de
termina que a enfermagem, profissão predominan
temente feminina, seja considerada, ao nível de
mercado de trabalho, como uma força de trabalho
assalariaa, que executa parcelas simples do pro
cesso produtivo. Coneqentemente , a enfermei
ra é contratada não para prestar uma assistência
em função das necessidades da população, mas pa
ra realizar o que os empregados determinm, isto
é, ela entra na composição da estrutura ocupacio
nal na medida exata para executar o controle dos
atos prescritos (SANTOS
&VIEIRA)12 .
Os aspectos sociais inluenciam a maneira com
que a mulher se empenha em sua proissão e a ela
se dedica, pois isto depende do contexto
consi-tuído pela forma global de sua vida. No eu coti
diano, a mulher é prisioneira da sociedade de con
smo e isto é manifestado clarmente , tanto quan
do desempenha eu papel social quanto proissio
nal. Os cânones básicos de beleza que reina no
mercado, possuem um marcado caráter de clase,
não só em função de aumenar o ritmo de produ
ção das indústrias mas, fundamentalmente, a de
iniltrar, na consciência das clases exploradas os
valores esté icos e morais da clase dominante. Pro
fissionamene, isto implica na escoha do material
utilizado no deempenho de suas funçes proi
sionais (BEAVOlR)4 .
Por outro lado, os preconceitos sociais criados
pela sociedade impem conotações positivas ou
negativas não só em relação a atitudes pessoais co
mo também
àproissão, enquanto comportamento
de um grupo . Assim, a enfermagem como atividade
de execução predominantemente mnual é relacio
nada ao trabalho de baixa qualiicação e, portanto,
desprestigiada ocimente (SlL V A)13 .
Uma outra possível explicação para as diicul
dades que a mulher-enfermeira encontra na socie
dade , poderia adir do fato de que, em sua maio
ria, as mulheres que trabalham não e evadem do
mundo feminino tradicional, além de não recebe
rem da sociedade e nem do marido a ajuda que
lhes seria necessária para e tornarem concreta
mente iguais aos homens. Assim , ela ica dividia
entre seus interesses proissionais e as preocupa
ções domésticas, tendo dificldades para encontrr
um equlíbrio para os dois papé.
Ao mesmo temgo, não recebendo em troca de
eu trabaho os benefícios morais e sociais com
que estariam no direito de usufruir, a mulher cria
em si mesma um complexo de inferioridade, levan
do-a a duvidar de suas possibilidades proisionais.
Em conseqüência disto, a mulher acomoda-e fa
cilmente com um êxito medíocre, não Ola t.r
maiores aspiraçes, abordando eu ofício com uma
formação suericial, colocando assim um lmite
em suas ambições (BEAUVOR)4 .
Desta forma, mesmo que a muher tenht dado
um passo
àfrente com sua incorporação no traba
lho visível, ela o faz a troco de um sacrifício que
é convenientemente silenciado pelas classes doi
nantes. Isto é, trabalha
8horas por dia recebendo,
por isso, um salário e ao voltar para casa espera-a
uma segunda jornada de trabalho não assalariada
que constitui o produto invisível de sua força de
trabalho (LANGUlA
&DUMOULlN)l 1 . Este fato
continua sendo vivido e ignorado nos dias de hoje.
v -
CONSIDE RAÇO ES F INA IS E
CONCLUO ES
A
análise geral do conexto histórico da"mu
Iher evidencia que os espaços permitidos para ela
surgiram pela situação estruturl que os exigia, isto
é, não ditados pela mulher. As mulheres estão uni
das somente enqunto emelhantes por uma soli
dariedade mecânica, não há en re elas essa solida
riedade orgânica em que asenta toda uma comu
nidae unificada ; elas e esforçam sempre, desde os
primórdios até hoje, nos clubes, nos sales, nas
reuniões beneficentes, por se ligarem, a
fn de air
marem um "contra universo", mas é ainda no seio
do universo masculino que o colocam .
No decorrer do trabalho, percebe-se que a
sociedade ensinou a muher a aceitar a autoridade
masculina, e assim ela renuncia a criticar, a exa
minar, a julgar por conta própria mostrando, por
tanto,
mdos traços de seu caráter - a resignação.
A situação na sociedade brasleira é mnifesta
da aravés do conjunto de características que com
pem seu caráter, denre elas, as convicçes, os va
lores, a sabedoria, a moral,
03gostos e as condutas.
A
simples justaposição do direito ao voto e o
direito a uma profissão não constitui uma efetiva
conquista de espaço da muher na sociedade.
Não e pode perder estes fatos de vista quando
se relaciona o espaço ocupado pela mulher-enfer
meira, porque a situação mostra tamém que este
não foi ditado por elas, mas pelas políticas gover
namenais que dominam o etor saúde, desde os
prmórdios até hoje , e tamoém a divisão social do
trabalho.
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