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Mercado comum do Sul: saúde e enfermagem.

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MERCADO COMUM DO SUL: SAUDE E ENFERMAGEM*

Glaci de Oliveia Pinto Vargas··

RESUMO: A discussao e a compreensao sobre as questoes que envolvem 0 MER­ COSUL e a abrang�ncia desta ealidade tomam-se significativas, pois envolvem todos os segmentos da sociedade. 0 estudo visa proporcionar aos proissionais de saude, especialmente aos de Enfermagem, 0 con hecimento basico sobre 0 Tratado de Ass unao, que envolve a paticipayao dos quato pa ises do Cone Sui - Brasil, Argentina , Uuguai e Paraguai; objetivos, carateristias , sistemas de saude dos paises integrantes, recusos humanos em saude e patir para a contetualiza;ao da refeida area de atua;ao. A integraao ven ocorendo a passos largos em varios setores, pincipalmente na area econOmica, uma vez que as rela¢es devem consoli­ dar-se em 1995. Neste sentido, a corrida contra 0 tempo nao pode constituir fator imobilizante de outos segmentos.

E

ben vedade, que alguns grupos de profissionais de saude e da previdencia social mant�m-se atentos e reeptivos as iniciativas dbs seus setores, ainda que de maneira esparsa e pontual.

ABSTRACT: Discussing and undestanding all MERCOSUL's issues and its wide range reality is deinitely relevant since it embodies every segment of society. The preliminay study is meant to provide for healt professionals, mainly the nursing, basic data on the ratado de assunyao -a Treaty signed by Brazil, Argentina, Uruguay and Paraguay which form the so called CONESUL - deining objectives, peculiarities and welfare facilities as well as their work field. The integration has already stated on. Actua l ly we can assume that it has been efective on the pat of economics, yet all its relations are to consolidate in 1995. Nevetheless that should not prevent all segments from moving. As a matter of fact, being aware and open to any initiative from their peers, some of the welfare practitiones have tried to stand by then even though in a rather haphazard way.

UNITERMOS : Mercosu l - Saude - Enfermagem

1 . INTRODUCAo ropeia (CEE). Com essa unio, os paises euroeus gm unidade e se fotalecem pa competir no comercio inteaciol.

o ERCOSUL surgiu devido a mudancas no mudo. As nacoes, que ate entao viviam isolads umas das outrs, comecam a juntar-se em gruos paa ciar aliancas de vrios tipos : politicas, econ6mi­ cas, sciais. A uniao pioeia, que entusiasmou ou­ ts, como a do ERCOSUL, come;ou no cotinente euopeu. A Europa tomou-se hoje uma "gade a­ cao ", com a criacao da Comunidade Ecoomica

Eu-Assim, os paises do Cone Sui seguiam 0 exem­ plo, e araves de seus goveantes e parlamentres decidiram pela uiao para seu fotalecimento: criado para si suas proprias defesas ites, as quais aju­ dar-se-ao uns aos outros, essas nacoes comecam ula coopeacao paa 0 desevolvimento cientiico e tecnol6gico .

Trabalho apresenado como Tema Livre no 45° Congresso Brasileiro de Enfemagem. Olinda-Recife - PE, 28 de novembro a 3 de

dezembro de 1 93. • •

42

Mesre em Educayio, esquisadora e coordenadora da Divisio de Pesquisa e Documenayio da Escola de Saude PubliclSSMA-RS . Professora Adjuna do Cuso de Enfemagem a Universidade Lterana do BrasiIlCnoas-RS.

(2)

Siu eo, em 26 e �o e

1991, 0

"Taa­ o e so" qe eu oigem ao RCOSL, sso a pil aga elos pesdetes Fer­ o olor e Melo (Bsil), rlos Meem (r­ ea), Lis eto lle (Uuai) e s

ez Pi).

A coi�o o Mecdo Omm do Sui

-Bsl, gea, Uui e Pai - A ea

a mr a eoia cooia ml, om

0

ur­

ieo a ior sa eiol fel e e 0 ­

em em odci, oe mee a aia - e

> a ia -ea a aie pcil e pioeia.

e 0

Basil conta com ceca e 10% a ea vel do plea, a soma de sua sueicie com os ei6ios a rgena, Paaguai e Uui 3 lugr ao eecicio da aior oecia agicola a his­ 6a a civil�o, cobio n meso es�o ue copeee qao clims distintos: un escacaaa­ ee qtoial, o oe; um opical ente 0 sui de

Tis e

0

ote do P; Ouo sbopl, ee

a e a a, do 0

i

e 0 oe

a

e

a e n eeo eeto eeo, ee

o io Ge o Si, 0 Uui e a Ptagoa Esa coli�o geogica exceciol a an­ ia e apecivel pd�o agicol, ois afsta as coquecias dos feomeos climaticos idesejados do o Sui:

0

exceso e chuvas, or exemplo, opoee a tividade l, 0 ote ou a zoa opil sselo 0 bsecieto. Por outo lado, ia que a gea e Uui, em conseqecia de a oa e a plaafoa coeal, e 0 editer­ o Paaguai, lo eam ou vem a ter gandes oos, eses lo lo poblemas a 0 Basil, que os em em po:o, a ofeecer aos paceios. Atual­ ete, die e uaro dos dez mais iotes oos do Mudo: Rio Grde, no Rio Gde do Sui, com aaide a avios de ate 100 mil toeladas

e ra Uqia; PagA, o Paaa a 65 l

oels; Vi6ra, o Espirito Santo - qe e dos ioes complexos oios do mudo - paa 350 il toelaas e oa da Maea, em Sao Luis do lo, a ouas 350 il toeladas.

Alem disso, 0 Bsil vem utilizando as cams

s cobinas - conjugdo 0 eio de fero,

ue ea mio e vale ouco, com 0 ao agricola, que

ea ouco e vale muito, e, usndo des avios a duir a discia ate as ac3es ioaoas de eus podutos.

Esa viso em ela�ao ao produto agricola e dos oes lva aulmene a na escula�ao, que

e oa ealidade na medida em que 0 mudo avan�

na sua ela dsia�o. 0 Bsil e os deais membos do RCOSL temo ds oodes, da ricIa e a idia, a or-e e­

pedetes de ouos ises, a lo ser a a eoa­ �o de pdtos que ao caem com aalie em

ous eios do plea

Jlo,

sa Oienl). Nes­

te enio, de-e fr ue 0 RCOSL ten 0

esecil a ooer com vatagem ivecivel o Mecado ieacional de gos, da tea abune a

loisica do eamento, oe e disribui­ �o, e conjugdos esfocos, Esdo e iniciaiva pri­ vda, dos dois laos o Rio a Pata.

2. ANTECEDENTES HISTORICOS DO MERCOSUL

o o unamental do prcesso de itega�ao

foi efido aaves a Decla�o Conjuna de Igua­

, em 30 de ovembo de 1985, assiada elos

Presidentes Jose Sey e aul Alfonsin Nessa de­ cLa�o expuam a rgente cessidae da Ameri­ ca Latia efocar seu er de negocia�ao com 0

eso do mudo, ampliado sua autoomia, minoan­ do a vueabilidade e acia de tudo, fnado a deciso de conjugar e coorer esfo�s dos esec­ tivos goveos pa evitaliar as oliticas e coe­ �o e ite�o as �oes Laio-ericaas.

Os po6sitos contios a Dc�o de Igu tom-se ealide com a ssinatua da Ata a a Inera�o Argentina-Basil em 20 dejuIo de 1 986. Ataves este documento, foi cido 0 Progama de Inea�o e Cooe�ao Ecoomica PICE), cuja meta basica consisia a convoca�ao das comunida­ des envolvids pa 0 esfo� comn, na pom�ao de n cescimento de coneuo modemo -0 de en­ contar solu�oes a suera�ao dos mdelos tradi­ ciois dotados. Este Pogma de Ite�ao e Coo­ ea�ao Econoica tia or objetivo popiciar a mdemia�ao tecnol6gica e maior eiciencia a apli­ ca�ao de eos s dus ecoomias, ataves de taamentos pefeeciais ane teceios mecados, e a hamoia:Io poessiva de oliicas ecoOicas com 0 objeivo ial e elevar 0 myel de enda e de vida ds opulae3es dos dois paises.

Pa alcan�ar estes objeivos foam potocolados vios acordos em ifeentes mveis como: Bens de Capial, Abasecimento Alimer, Epasao do Co­ mecio, Empess Binaciois, Assuntos Fiancei­ os, Fudo de Ivestimentos, Tansote. Teeste, Tsote Maiimo, Comunica�oes, Cultul, Ad­ minis�ao blic, Moeda, Idustia Automobilis­ tic, Industia de Alimena�ao, Fronteia Regional.

R. Bras. Enferm. Bsili, v. 47, n. I, p. 42-S0, jn.lmr. 194 43

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A adesao do Uuguai ao pocesso de intea�lo come�u quado os es Goveos discutiam em Bslia s molidades de imorta�ao deste pis no pocesso de ite�o e cooea�ao ecoomica ente Argentia e Bsil.

Em 30 de ovembo de 1988, a cidade de Bue­ nos Aies, foi fonulada a Decisao tiptite n O 1 , e a patir desta decisao, 0 U uguai pssou a paricipar de alus potocolos dos poaas de Intea�ao e Cooea�ao Economica.

Em 10 de dezembo de 1986 foi assiada a Ata da Aiade Agetina-Basil ela Democacia, Paz e Desenvolvimento e em 29 de novembo de 1988, 0 Tatado de Intega�lo, Coea�lo e Desevolvi­ mento ente a Republica da Argentia e a Republica Fedeativa do Basil, que etiicam 0 andamento do poaa de Itega�ao e Cooea�ao Economica PICE) e, ao mesmo temo, incooaam e ciaam mecismos a acelear 0 prcesso de intea�ao.

Na Aa a Aiade, os govemos fmavm 0 po6sito de abir novos hoizontes aa a coea�o e itegra�ao reioal, conscietes de que 0 cesci­ mento economico e codi�lo necessaia paa ajusti�a scial, a cosolia�lo da democacia e da az.

No Tatdo e 1988, baseados na avalia�ao osi­ tiva do Proga de Intea�o e Coea�ao Econo­ mica, arumentavam a ecessidade de cosolidr de­ iiivmente 0 pocesso de intega�o economica ene s dus a�es, como marco de enovado im­ pulso a intea�ao a Ameica Latia.

E

imotante salientar, que a arir da assiatua desse Tatado, apovado elos congessos dos dois paises em agosto de 1 989, os temos do pocesso de intea�o se modicam. A intega�ao deixou de ser un desejo olitico dos goventes, paa ansforar­ se uma ealidade olitica, economica e social ds sciedades.

Em 16 de a90 de 1 990, os novos goveantes da eca, Calos Menem e Feando Collor de Mello, atiicam 0 Pocesso de Intea�lo em andmento com a cia�lo da comissao de Execu�lo do Taado de Intega�o, Cooea�lo e Desenvolvimento, qan­ do desigm os seus esectivos membros.

A Ata de Buenos Aies, ssinada elos pesien­ tes da Argentina e do Bsil, em 06 de agosto de 190, estbelecia un Mercado Comum ente estes paises, com pazo a a conforma�o deinitiva flXado em 3 1 de ezembro de 1 994.

Paa cunprir 0 estabelecido, foi criado 0 Gupo Mecao Comum, com a fun�o de elaor as

medi-44 R. Bras. Enferm. Brsilia, v. 47, n. 1, p. 42-S0, jn.lmr. 1994

ds que enitissem r cumprimeto aos objetivos e pzos adotados elos pesidentes de ambos os pises.

Nos is 21 e 22 de agosto de 1 990, euiam-se no Rio de Jneiro, s delega�oes bsileia e argenia pa elaoa�lo de uma poposta conjunta, no setido de objeivar as metas eadas da Ata de Buenos Aies.

A pimeia euiao do Guo Mecado Comn Argenia-Basil foi ealiada nos dias 3 e 4 e setem­ bo de 1 990, a cidade de Buenos Aies. Ao aalisr as poosts fonuladas elas dus delega�oes no Rio de Jneiro, chegam a concluslo de que a coordena­ �lo e armonia�ao da olitica economica deveria ser tomadas como metas prioritrias.

Pa dar inicio ao dito processo, decidiu-se crir sub-guos tecnicos de tblho paa aalisaem as oliticas aco-economicas e setoriais.

Nos dias 05 e 6 de setembo de 1990 foi ape­ setado s delega¢es do Uui e do Paai 0 anamento do prcesso de intega�ao Argentina-Ba­

sil. Nessa ocasiao, as duas delega�es eferidas ex­ pessam e expsem a vontade de ses govemos em pariciar da intega�lo do Mercado Comum e osteiomente, encamihaam negocia�oes paa a elboa�lo de n acordo quadipatite.

Com a participa�ao das delega�es da ReUblica do Paaguai e a Republica Oiel do Uuai, a qalidade de obsevadoes, euiu-se os dias 22 e 23 de outbo de 1990, o io de Janeio, 0 Guo Mecado Comum Basil-Argenti, paa exme dos tabalhos encomenados aos sub-guos tecicos.

Nos dias 13 e 14 de dezembo de 1 990, na cidade de Buenos Aies, euiu-se 0 oo Mecado Comn Argentia-Basil paa uma avlia�lo dos esultados alcan�ados desde 6 de julo de 1 990, quado foi irada a Ata de Buenos Aies (esaelecimento do Mercado Comum ente Argentina e Basil). Com a pese9a s delega�oes do Uuguai e Paguai, 0 Guo Mercado Comum egistrou a ialia�lo do Acordo de Complemeta�lo Economica ente Ar­ gentina e Basil.

Posteiomente, em 20 de dezembo de 1 90, ea iado novo Acodo de Complemeta�lo Ecoomi­ co (ACE- 14), que consolidado e ampliado num Unico texto, continha tdos os Acordos Bilateais ja ina­ dos, alem das reas pa 0 estaelecimento do Mer­ cado Comum em ses aspectos comerciais, ate 3 1 de dezembo de 1994.

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o Tado de Montevideo-80, que ciou a LDI ­ Associa;ao Latio-Aericna de Intega;ao, e en­ trou em vigor a data de sua pblica;o, em 18 de a�o de 1 99 1 , ataves do Deceto n° 0 de 1 5 .03 .9 1 , que dispuna sobe a sua execu;ao.

Essa ajetoia, apesentada em linhs geais, cul­ miou com a assinatua do Tatado de Assu;ao de

26 de �o de 199 1 , que criou 0 Mecado Comum do Sui (ERCOSUL) e consolidou as iniciativas do Basil e Argentina, com osterior adesao do Uuguai e Paaguai.

3. 0 MERCOSUL E SEUS PRINCIPAlS OBJETIVOS

- Ampliar as possibilidades pa que os aises au­ mentem sua podutividade, 0 que na linguagem economica, chaa-se de "economia de escala". Esta ermite que se conquiste mior cometitivi­ ade no comercio inteacioal, elo aumeto da produ;ao de bens.

- Melhoar a qualidade da oferta de bens e sevi;os. Esta medida garante produtos mis qualiicados ara os pises, e na presta;ao de sevi;os mais elboada.

.- Estimular 0 luxo do comercio com 0 resto do

mundo. Isso da codl;oes aos paises de atrien investimentos esngeios pa suas economias. - Abrir a economia dos quatro pises, buscando-se

assim estimular a paticipa;ao de outos paises da America do Sui no ERCOSUL. Abrir a econo­ mia signiica, or exemplo, diminuir estri;oes a entrada de prdutos de outas na;oes e edzir ou acabr com impostos sobe esses prdutos. - Deiir 0 papel dos setoes privados e da sociedade

o ERCOSUL. Quer dizer que 0 setor privado (empesarios) e a sociedade como n todo, como

maio res beneiciarios e interessados na intera;ao

dos paises, pecisam prticipar de forma efetiva do processo.

- Dar coni;oes a cientistas e tecnicos bsileios, rgentinos, uuguaios e paraguaios para que pos­ m desevolver pesquisas, apresentar podu;ao cientiica e pomover intecnbio de co.ecimen­ tos. Isto ossibilia 0 desenvolvimento aos varios setoes e leva conseqientemente, t C( 1peti;ao inte.acioal e ao creSC!m�rlto do prodl lTC ;ntemo bruto (pm).

Caracteristicas do Mercado Comum do Sui

- Livre ciculaao de bes e sevi;os e de fatoes prdutivos ente os paises intetes.

- Estbelecimento de a tarifa extea comn, ado;ao de ua olitica comecial comum em e­ laro a teceiros Estados, ou gunentos de Es­ tados, e a coordea;ao e osi;Oes em foos eco­ nomicos, sociais, eioais e inteacioais. - Coodeaao de oliticas acroeconoicas e se­

toriais entre os Estados-Pates - de comecio exte­ rior, agicola, industrial, iscl, moetaria, cambil e de capitais de sevios, lfandegaria, de tansor­ te, comunica;oes e outras.

Resultados Gradativos

Unidos elo ERCOSUL, os quato paises vo epresenar a otencia. Sa opulaao somada, sea de 1 89 milOes de bitates apoimamente.

Ja

0 seu territoio aumea paa 12 milhoes de quilometos quadados e sua economia, em esagio de copea;ao, vai produzir un Produto Inteo Buto acima de 4 1 1 bilOes de d6laes (meda oe-ameri­ C?�). Este pm de US$4 1 1 bilhoes foi clculado a 1 992. I'o entnto, depois a illtega;ao efeiva ente os pises, este nmeo dvera aunentar, elo fole­ cimento natul de suas economias.

Poe, a efetiva;ao desses esuldos sera gra­ tiva, na medida que os entendimentos sejam exequi­ veis e as tatativas colocadas em praica. A exemplo disto, ode-se colcr 0 que coe em ela;ao a:

TANSITO LIVRE: hoje, s6 se ode atavessar a fron­ teia entre os paises, assiado documentos a afan­ dega. Em beve sera ossivel aenas apresentando a cateia de idetidade. Tambe, esta em estudo a

ossibilidade dos ciadaos de un pis oderem tra­

balr o outo. Atualmete isso e poibido or lei, a ao ser que a essoa se naturalize.

TARIFA UNICA: coban;a a mesma fa de imor­

ta;ao sobre os produtos nos neg6cios com outas na;oes, evitando que aja cometi;ao ente eles, com prejuizo de uns para os outos.

Ja

as tifas de imor­ ta;ao entre os aises do acodo deixaao de existir, facilitando assim 0 tansito dos podutos e di­

r linuindo 0 custo das trnsa;oes.

CORREIO INTEGRADO: os paises estIo tendo un

sistema de entrega de cas e encomends mais rapido e eiciente. Cas que demoravam dez dias paa chear a seu destino, levm agoa apenas dois.

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TRANSPORTE ADEQUADO: a proposta e nnoniar os sistemas de tnspote dos quato paises. Assim, os tilos a via;ao feea deverao apresentar dimensOes identicas pra eviar a tnsfeencia do carregamento de un pais paa outro e a coseqiente morosidade e aumeto de custos.

P ARLAMENTO UNICO: a proposta que deve ser apovada em breve, estabelece que os paises uni­ cados, alem de seus proprios parlamentos, passarlo a ter un parlamento comum.

4. S ISTEMAS DE SAUDE NOS

PAis ES DO M ERCOSUL

o setor saude - limitado em sua capacidade de ianciamento mediante 0 excessivo gasto publico, com baixa representatividade para deinir oliticas sociais que acompanhem 0 planejamento do sistema desenvolvido, formando pte de un Estado questio­ nado em sua capacidade como administador e po­ vedor direto dos sevi;os - efenta cada vez maio res diiculdades para poor, Iidear e asseguar 0 acesso aos sevi;os de saude a toda opula;ao.

A aual crise econ6mica segue expodo a vulne­ rabilidade dos modelos de desenvolvimento implan­ tados nos paises integrantes do Mercado Comn do Sui as ultimas decadas. Ao mesmo tempo, fortale­ cem-se as tendencias democratizadoas com ascensao ao poder de govemos comprometidos em reverter, pelo menos em parte, as desigualdades existentes e . agudiadas ela crise. Entretanto, e importante

salien-tr que, se por un lado, as condi;oes paecem favo­ rave is a coloca;ao de oliticas sociais mais progres­ sistas, or outo, permanecem muitos obstaculos que Iimitam as possibilidades de exito dos govemantes e gruos sociais interessados em un processo de desen­ volvimento mais eqiitativo.

Os paises que integam este grupamento apresen­ tam ente si marcadas diferen�as, que e eletem a divesidade dos pocesos seguidos pa a implna;o dos Sistemas Locais de Saude. Esss ifee�as vo desde a forma de goveo (F edeativa na Argentina e o Bsl, uniia no Paaguai e Uuguai), pasdo ela exteao territorial, o da opula;ao, ate a econo­ ia, a educa;ao, a oliic, ente outas.

Alguns dos municipios destes paises ten adqui­ rido n peso relevante no ambito nacional, airman­ do-se elo volume de suas economias, tamano da popla;ao, imporiincia cultual e poliica de suas orgniza;oes sociais, ou pelos conjunto de todos estes fatores.

46 R. Bras. Enferm. Brasil ia, v. 47, n. 1, p. 42-50, jan.imar. 1 994

Por estas condi;Oes, conseguem desenvolver si s­ temas de saude organizados e administados c 10 govemo municipl com apreciavel gau de autonom 1:1

e autosuiciencia o litica, ianceira e admiistrativa. Entetanto, a aioria dos municipios nlo ten a me s­

ma sorte.

A Argentina, a partir de 1985, epensado a fun­ ;ao do Estado, ven usando como estrategia a descen­ tralia;ao e a participa;ao da opula;ao, pocurando assim democratizar e modeizar os seus sevi;os basicos de saMe. No setor saude, e empreendida uma politic a de fedealia;ao, que implica em dar apoio as povincias para que estabele;am, em suas resectivas jurisdi;oes, sistemas integrais de saude.

Deste modo, ten apeseqtado experiencias ben sucedidas de administra;ao local de sistemas de sau­ de.

o Paaguai ven realiando na serie de ativida­ des coordenadas pelo Conselo Nacioal de Saude, que partido da egionaliza;ao e da pograma;ao local, busca integrar os ses sevi�os de saude. Essas atividades facilitam a deii;ao de areas de esponsa­ bilidade e das redes de sevi;os, elementos signiica­ tivos paa 0 estabelecimento dos Sistemas Locais de Saude, que favorecem os processos de descentraliza­ ;ao do nivel centl. Ten deinido dezesseis regioes saniarias que sevem como base paa os Sistemas Locais de SaMe.

No Uruguai, a partir de 1985, 0 Ministerio de Saude PUblica ten reorientado suas ativiades com base na aten;ao primaria.

Em 1987 foi criada a Administra;ao de Sevi;os de SaMe do Estado (especie de uma secretaria, se comparada com a nossa realidade), que se ocupa da adninista�ao e geslo dos sevi�os de saude, assim como a coordena�ao dos sevi;os privados, sendo que a legisla;ao uruguaia faculta a este orgao transferir a responsabilidade dos sevi:os de saMe aos muici­ pios, 0 que ja e veriicado em alguns dos dezenove departamentos do pis e tmbem em bairros do depar­ tamento de Montevideo.

La. 0 Ministerio da Saude PUblica ten a respon­ sabilidade de formular a politic a de saMe, normati­ ar, supevisior e controlar 0 setor.

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Poe, a cobea inda se i or mecismos da exeo cIassica de sevi�os, e a esosabilidade de te�o a oul�:o, em iveis viaveis, apesenta­

e a cargo de sevi�os nlo esfatais.

Recursos Humanos Em Saide

o etor aMe apesenta a imorancio nada

espezvel qanto a sa capacidde gedom de em­ pego.

o conjuto de mbalhadoes, ieta ou idieta­

mete, eacioaos com a pes�:o e sevi�os de

aude, epesena uma a�o cada vez maior do total

a fo� de balho destes paises. Por conseguite,

fz-e ecesaio melhor os sistems de ifoma�:o

e s bses e dados sobe os recusos hnanos, tato em temos quantiativos como qualitativos, ois a

peiae destes dados diiculta em muio a aali­

e dqa dos ecsos umnos em saude.

Paa toar mais claas estas coloca90es, ode-se

fr que fom consultadas inumeas instiui�}es

oiciais, variaveis deededo do pais em foco -ivesos ministerios, consulados, univesidade, de­ etos de saMe, associa90es de classe, escols e enfermagem - sem obter esosas ou obtendo com ifo�es ouco precisas.

A Enfenagem Esecificamente

A 1ise da situa�:o da oferta atual denota uma eici�cia bsoluta e elativa do numeo de enfer­ es, efenneis liceciadas e das outas catego­

is a efemage, que apesentam denomina�}es

n oco divesas de pais paa pais.

Isto constiui un aadoxo, na vez que a mea lejada, so as �}es de aten�o priaia eali7.adas or e.1uies d: "aMe e lo somente or medicos. Em 1989, a Argefclia e o Bmsil apresentavam uma pro­ o�o menor que 0,5 e pessoa/ de enfermagem or aa medico. A baixa aricia�ao de efermeims no con junto de trbladoes de saMe lo se deve a un poblema da oferta dests poissioais, mas a ex­ 0 dos sevi�s de saude baseados num modelo cedo no poissioal meico. Nos paises do ER­ COSUL, 0 essoal axilir e o lo qulicado (aten­ enes de odo geml) costituem numericmente a maior for�a de mbalho da efermagem.

E

escassa a informa�Io e ambem a atalia�Io

e dados acerca dos poissiois de saude.

s os oiveis no a fo�o de efer­

es omm a eea s ou ees efia.

o Basil, orexemplo, apesena uma diminui�lo em numeros bsolutos de gaduados, embom 0 nUme­ ro de escolas de enfemagem demonste un aumento impoante em todos os pises da egiIo.

Esa diminui�o do cescimento de gmdados em enfemagem, que ocoe tambcm em oums aeas -medicina, odontoloia - esulta de uma seie de fato­ es, is como; oliticas educacionais, mecado de tmbalo satuado, devaloia�Io da poisslo, tba­ lo assalariado, sugimento de novos cusos, lto custo da foma�Io acd�mica.

Em ela�:o ao asecto qualiativo da foma�:o em enfermagem, tem-se obsevado muan�as nos marcos conceituis educativos, no setido de levar 0

esudante a comuniade. Todavia, constata-se' ainda mdelos culculaes ajusados ao tmdicioi, pedo­ miando a hegemonia da forma�Io aa a assist�ncia cmtiva, eminentemente exe;utada o mbiente os­ pitalar.

Un fato imonte a considemr os paises que itegram 0 ERCOSUL relacioa-se as escolas de enfermagem estem incoomndo-se s uivesida­ des, processo elevante, ois exige dos docentes uma melhor pepa�Io em dferentes aspectos, como slo o diiatico-pedag6gico e a busca de cursos de p6s-gm­ dll, lo.

A im de ativr a oferta de proissionais e efer­ magem, tanto a Orgaiza�Io Pamerica de SaMe (OPS) como a Orgnia�Io Mundial de SaMe (OMS), em apovado esolu�es qe exom aos paises a valoem tal proisslo, tanto ecoomica como socialmete. Ainda assim, constata-se que os paises em eferencia, seguem com trblhadoes nlo quliicados como a maior fo�a de tmblo em en­ femlagem (70% do total o Bmsil e na Argentina), equnto os poissiois encontmm-� : concentmdos nos gmndes centro ; ubanos e nos sevi�os esecil i­ zados.

A peocupa�Io com os pobleas deivados da

auaJ cise ten gerado un grnde interesse especial em conhecer s foms em que se iserem as dferen­ tes categoias de poissionais da saude no mercado de tbalho. Pam a enfemagem a foma mais comum de inser�Io e 0 contmto assalaiado em institui�}es publicas e/ou pivadas. Entretnto, a iini�Io dos salarios resla a busca de multi-empregos (dferen­

tes mmos de aividades), ou 0 acumlo de empregos

na meSa ea, como estmtegia de sobrevivencia, 0

R. Bras. Enferm. Brsili, v. 47, n. 1 , p. 42-50, jn.lmr. 1 94 47

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que tnz gaves conseqiencias a 0 individuo e paa o execicio do balho em saMe.

5. CONSIDERA;OES FINAlS

Os esecialistas e proissiois da saude come­ �am a enteder que e preciso deinir n odelo de saMe e pevideciArio para os paises que integrm 0 Mecado Comun do SuI. Para isto, 30 basta aaptar a legisla�Io de cada ais.

E

imprescindivel avaliar as caacterisicas s6cio-economicas, os asectos demo­ gricos e 0 esiio do pocesso podutivo pa os­ sibilitr un pocesso, reconhecidamente longo ate a obten�Io de prcesso nessas eas.

Se paa a consolida�Io do esfor�o de intera�Io que ava�a nessa pate do continete e essencil a vontade politica dos govemos das na�oes signatrias da Ata de Assun�Io, igualmente undamental e a mobilia�o as comuidades, que or sua localia­ �Io geoica eslo diretamente envolvids o po­ cesso. Os acordos e potcolos irmados elos an­ daiios dos aises integrantes do ERCOSUL ep­ esentam aenas a molduajuidico-instituicional in­ disensavel a formliza�Io do bloco egional. Lentos cotudo, serlo os processos deste mercado em estru­ tua�o, se as lidea�s oliticas, entidades de clsse e poissionais, Io tomaem a si a taefa de dinami­ za-Io.

o extaordiUio volume que alcan�ou em 1 992 e 93 0 inecambio comercial, e seguo indicativo de que a intea�Io adquiriu fo�a pr6pria. Mas, e neces­ sno cooferir-le subsmncia, a parir de outos even­ tos e empreendimentos concretos que refmnem a identidade de po6sitos e evigorem pojetos com­ patilhados, tanto o ambito municipal, estadual como fedeal.

Deste modo, os proissiois e as entidades de classe devem aletar-se, ois s questes de saMe, pevidencia social, educaVIo, en como ouras de­ coetes delas, estlo sendo colocadas em seundo plano s discussoes do ERCOSUL.

E

prioritna a intega�Io, se relizada de foma ampla e irestrita a tods as eas. A menos de tes anos do iicio da plea vigecia, urge que se ven�am as resistencias burocaticas que ainda retardam 0 po­ cesso, que deve coresonder a elevados inteesses

48 R. Bras. Enferm. Brsili, v. 47, n. 1, p. 42-50, jn.lmr. 1 994

oliticos e sociais deste pais e de seus s6cios.

Paa tor mais pratico 0 planejamento, a exe­ cu�o e a avalia�o em too o ebate das uestOes elativas a saMe, eofocando a efermagem, or ser motivo deste estudo, proe-se:

- Cria�o de comisslo aa tratamento e restuu­ a�Io inea da legisl�Io intea dos aises vi­ sado a efetiva itega�o a ea a saMe.

- Vibiliza�Io do inebio cientico, en como, o encaminamento das questoes edcciois, tn­ balhistas, sociis e elativas ao pimoameto de poissiois nos quo paises (Bsil, Argentina, Uuguai e Paaguai).

- Estabelecimento de gruos de estudo sobe a qua­ liica�Io e quantiic�Io dos diversos proissioais da ea, aa as diversas egioes do ERCOSUL. - Evolvimeto das etidades de classe, istiti�oes pblics e pivas, paa a poosi�o de olitic as e prioriades aa a fo�o de essoal tecico e auxiliar a a saMe.

- Alise das a�Oes de saMe e caceistics ese­ ciicas egionais paa implana�o e implementa­ �Io de cusos de gad�Io e de ivel edio. - Promo�o de educa�Io coninaa em aMe, visa

em tes ogulos:

• eciclagem em sevi�os.

• coninuiade e estdos de educ�o foml (gradua�Io e 6s-gadua�Io);

• nucleos de estdos or es e iteesse. - Paticipa�o s entiddes de classe e/ou poissio­

is da efemagem em f6uns a eseito s ues­ toes da saude o ERCOSUL.

- Estabelecimento de guos de estudo sOe a inser­ �Io no ecado de balo, vloia�o ecoOi­ co-inanceia e scial dos poissionais e eofer­ magem.

(8)

BIBLIOGRAFIA

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3. BORGES, eticia. MERCOSUL, Cminho scm volta. Revisla do MRCOSUL. julho, 192

Recebido a pblic�o em 4. 12.93

Referências

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