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Eficácia de dexmedetomidina para o surgimento de agitação em lactentes submetidos à palatoplastia: estudo clínico randomizado.

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REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

PublicaçãoOficialdaSociedadeBrasileiradeAnestesiologia

www.sba.com.br

ARTIGO

CIENTÍFICO

Eficácia

de

dexmedetomidina

para

o

surgimento

de

agitac

¸ão

em

lactentes

submetidos

à

palatoplastia:

estudo

clínico

randomizado

Aiji

Boku

a,∗

,

Hiroshi

Hanamoto

a

,

Aiko

Oyamaguchi

a

,

Mika

Inoue

a

,

Yoshinari

Morimoto

b

e

Hitoshi

Niwa

a

aDepartamentodeAnestesiologiaDental,FaculdadedeOdontologia,UniversidadeOsaka,Osaka,Japan bUnidadedeTratamentoIntensivodePacientesOrais,HospitalUniversitárioKyushu,Fukuoka,Japan

Recebidoem29deoutubrode2014;aceitoem7dejaneirode2015 DisponívelnaInternetem28denovembrode2015

PALAVRAS-CHAVE Dexmedetomidina; Sevoflurano; Palatoplastia; Agitac¸ão; Bebê;

Dorpós-operatória

Resumo

Objetivos: Em crianc¸as, éelevada aincidência desurgimento deagitac¸ão(SA) em seguida

àanestesiacomsevoflurano(Sev).Esteestudotevecomoobjetivotestarahipótese deque

aadministrac¸ãode dexmedetomidina(Dex)reduziriaaincidênciaeagravidadedoSAapós

anestesiacomSevemlactentessubmetidosàpalatoplastia.

Métodos: Estudoclínicoprospectivorandomizado,feitocom70pacientessubmetidosauma

palatoplastia,com10-14meses.Ascrianc¸asforamdivididasrandomicamenteemdoisgrupos:

Dex(n=35)esoluc¸ãosalina(n=35).NogrupodeDex,Dex(6␮g/kg/h)foiadministradacerca

de10minutosantesdofimdacirurgiadurante10minutos,seguidade0,4␮g/kg/haté5

minu-tosapósaextubac¸ão.Nogrupodesoluc¸ãosalina,umaquantidadeequivalentedesalinafoi

administradacomomesmoesquemadedosagem.Apósacirurgia,ospacientesforam

transfe-ridosparaaunidadedecuidadospós-anestésicos(UCPA).Ocomportamentoeadordosbebês

foramavaliadoscomumsistemadepontuac¸ãoparaSA(escaladeclassificac¸ãode5pontos)e

comumaescaladedor(ED;escaladeclassificac¸ãode10pontos),respectivamente.SAeED

foramestimadosemseispontoscronológicos(apósaextubac¸ão,aodeixarasaladecirurgiae

0,30,60e120minutosapósachegadaàUCPA).

Resultados: OsescoresSAeEDforamsignificativamentemenoresnogrupoDexversusgrupo

salina,desdeaextubac¸ãoaté120minutosapósachegadaàUCPA.

Conclusões: Aadministrac¸ãodeDextemavantagemdeumareduc¸ãonoSAenaED,sem

quais-querefeitosadversos.Dexproporcionouumarecuperac¸ãosatisfatóriaemlactentessubmetidos

àpalatoplastia.

©2015SociedadeBrasileira deAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos

direitosreservados.

Autorparacorrespondência.

E-mail:bokuaiji@dent.osaka-u.ac.jp(A.Boku).

http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2015.11.001

(2)

KEYWORDS Dexmedetomidine; Sevoflurane; Palatoplasty; Agitation; Infant;

Postoperativepain

Effectivenessofdexmedetomidineforemergenceagitationininfantsundergoing

palatoplasty:arandomizedcontrolledtrial

Abstract

Objectives:Ininfants,thereisahighincidenceofemergenceagitation(EA)aftersevoflurane

(Sev)anesthesia.Thisstudyaimedtotestthehypothesisthatdexmedetomidine(Dex)

admi-nistrationwouldreducetheincidenceandseverityofEAafterSev-basedanesthesiaininfants

undergoingpalatoplasty.

Methods:Aprospectiverandomizedclinicaltrialwasconductedwith70patientsundergoing

palatoplasty,aged10---14months.Infantswererandomlyallocatedintotwogroups:Dex(n=35)

andsaline(n=35).IntheDexgroup,Dex(6␮g/kg/h)wasadministeredapproximately10min

beforetheendofthesurgeryfor10min,followedby0.4␮g/kg/huntil5minafterextubation.In

thesalinegroup,anequivalentamountofsalinewasadministeredinasimilarmanner.Afterthe

surgery,patientsweretransferredtothepostanestheticcareunit(PACU).Theinfant’sbehavior

andpainwereassessedwithscoringsystemforEA(5-pointratingscale)andpainscale(PS;

10-pointratingscale),respectively.EAandPSwereestimatedatsixtimepoints(afterextubation,

leavingtheoperatingroom,0,30,60,and120minafterarrivalinPACU).

Results:EAandPSscoresweresignificantlylowerintheDexgroupthaninthesalinegroup

fromextubationto120minafterarrivalinPACU.

Conclusions:DexadministrationhastheadvantageofareducedEAandPSwithoutanyadverse

effects.Dexprovidedsatisfactoryrecoveryininfantsundergoingpalatoplasty.

©2015SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublishedbyElsevier EditoraLtda.Allrights

reserved.

Introduc

¸ão

Sevoflurano(Sev) é umanestésicoinalatório popularpara crianc¸as.Caracteriza-seporuminícioedeslocamentomais rápidos devido a um coeficiente de partic¸ão sangue/gás maisbaixo, umairritac¸ão menospungente dasvias respi-ratóriaseumefeitomenoscardiodepressoremcomparac¸ão comoutrostiposdeanestésicosinalatóriospotentes.1,2 Con-tudo,aincidênciadeagitac¸ão(IA)apósanestesiacomSevé altaemcrianc¸as3,4eaetiologiaparaamaiorIAem lacten-tesédesconhecida.IAnãoéapenasumafonteimportante deinsatisfac¸ãoparaospaisecuidadoresnopós-operatório, mas também pode levar a algumas complicac¸ões, como aumentaro sangramentodos sítios operatóriosearrancar umcateterintravenoso.Ospossíveisfatoresetiológicospara IA incluem recuperac¸ão rápida, imaturidade psicológica, procedimentosotorrinolaringológicos,tempodeanestesiae medicamentosconcomitantes.5-8Osanestesiologistas pediá-tricosdevemlevaremconsiderac¸ãoosmétodosparareduzir oriscodeIAapósanestesiacomSev.

Nopresenteestudo,paraobtermosresultadosmais con-fiáveis, o nosso foco foi na incidência de agitac¸ão em pacientes específicos com idade aproximada de um ano (10-14 meses) e submetidos à palatoplastia, pois a inci-dência e a gravidade da agitac¸ão depende da idade do paciente e do procedimento.9 Procedimentos otorrinola-ringológicoscomoamigdalectomiaeadenoidectomia,bem comoasprópriascrianc¸as,sãofatoresderiscoparaIA.10A sensac¸ãodesufocamentoemprocedimentosqueenvolvem asviasrespiratóriaséconsideradaumadasprincipaiscausas daaltaincidênciadeagitac¸ão.

Opós-operatórioimediatodepalatoplastiaédifícil por-queessa cirurgiatem complicac¸õesespecíficas associadas aoprocedimentocirúrgico.Hásuspeitadedorintensaeo estreitamentodotrato respiratório superiorpoderesultar

empioriatransitóriadossintomasobstrutivosehipoxemia. ComoaIAapóspalatoplastia éumacomplicac¸ãoleve,em comparac¸ão com o inchac¸o lingual e outrascomplicac¸ões relacionadas às vias respiratórias,11 um rápido despertar da anestesia pode ser desejável para permitir o controle total dasvias respiratórias após aextubac¸ão. Portanto,é importante que aprofilaxia ouo tratamento paraIA após palatoplastia nãotenha umimpactodesfavorável nasvias respiratórias.

Váriosmedicamentos, incluindobenzodiazepinas, ceta-mina e propofol, foram usados para reduzir a IA.12 No entanto, não existe profilaxia ou tratamento bem--estabelecido para IA. Embora opiáceos e/ou sedativos suplementaressejam frequentementeusados parareduzir a incidência e gravidadeda agitac¸ão, osanestesiologistas devemsempreconsideraroriscodecomplicac¸ões respira-tóriasnopós-operatório.

Dexmedetomidina(Dex),umpotenteagonistados recep-tores ␣2-adrenérgicos, tem propriedades sedativas, anal-gésicase ansiolíticas,semcausardepressãorespiratória.13 Alguns estudos demonstraram a eficácia de Dex na recuperac¸ão pós-operatóriaem umapopulac¸ãopediátrica submetidaàamigdalectomiaeadenoidectomia.14,15Porém, a eficácia de Dex em lactentes maisjovens submetidos à palatoplastiaaindanãofoibemestabelecida.

Oobjetivodeste estudofoi testarahipótese deque a administrac¸ãodeDexreduziriaaincidênciaegravidadeda agitac¸ãoapósanestesiacomSevemlactentessubmetidosà palatoplastia.

Material

e

métodos

(3)

Hospital,Suita,Japão(PresidenteProf.S.Wakisaka)em23 deagostode2011,númerodoprotocolo:H23-E9.O regis-troparaesteestudo(UMIN000009869)podeserencontrado

emhttp://upload.umin.ac.jp.Ospaisdospacientesforam

orientados sobre os riscos e benefícios da participac¸ão e assinaramostermosdeconsentimentoinformado.

Pacientes

Setentapacientessubmetidosàpalatoplastiaforam incluí-dosnesteestudo.Oscritériosdeinclusãoforamestadofísico ASA-I,idadesentre10-14meses,pesoentre7-10kg.Os cri-térios de exclusão foram falta de consentimento, estado físicoASA>II,doenc¸acardiovascularouhistóriadeobstruc¸ão das vias respiratórias. A randomizac¸ão foi feita com uma tabeladenúmerosaleatóriosgeradosporcomputador.Cinco anestesiologistasparticiparam desteestudo,cadaumcom maisdeseteanosdeexperiência.Ospaisdospacienteseo anestesiologistaresponsáveleramcegadosparaaalocac¸ão dos grupos. Os pacientes foram alocados aleatoriamente emdoisgrupos:Dex(n=35)esoluc¸ãosalina(n=35).

Protocolodeanestesia

Apósa monitorac¸ão padrão(incluindooximetriadepulso, eletrocardiograma, pressão arterial não invasiva) na sala decirurgia,aanestesia foiinduzidacomSev (4%).Após a induc¸ão,aintubac¸ãotraquealfoifacilitadacom0,6mg.kg−1

de rocurônio. A anestesia foi mantida com concentrac¸ão expiradadeSeva1%-2%eóxidonitrosoa66%emoxigênio. Fentanil (20␮g) foi administrado em bólus aos

pacien-tes de ambos os grupos e anestésicos locais (lidocaína a 1% contendo adrenalina: 2mL) também foram injetados no local da operac¸ão. No grupo Dex, dexmedetomidina (6␮g.kg−1.h−1) foi administrada continuamente cerca de

10minutosantesdofimdacirurgiapor10minutos,seguida de0,4␮g.kg−1.h−1até5minutosapósoextubac¸ão.Nogrupo

dasoluc¸ão salina,umaquantidadeequivalentedesoluc¸ão salinafoiadministradademodosemelhante.Nofimda cirur-gia,osgasesanestésicosforaminterrompidos.Atraqueiafoi extubadaquandoospacientesestavamacordados.Os paci-entesforamentãotransferidosparaasaladerecuperac¸ão pós-anestesia (SRPA)e ambos osgrupos receberam aceta-minofeno (200mg) por via retal. Na SRPA, os pais foram autorizadosa ficar com seusfilhos. Oxigênio suplementar eraadministradoquandoaSpO2ficavaabaixode95%.

Tabela 1 Sistema de classificac¸ão para incidência de agitac¸ão

Escore Comportamento

1 Dormindo

2 Acordado,calmo

3 Irritado,chorando

4 Inconsolável,chorando

5 Graveinquietac¸ão,desorientac¸ão

Otempodeextubac¸ão(TE),definidocomootempodesde ainterrupc¸ão deSev e óxidonitrosoatéaextubac¸ão,foi avaliado.Frequênciacardíaca(FC),pressãoarterialmédia (PAM) e SpO2 foram registradas antes, durante e após a administrac¸ão de Dex ousoluc¸ão salina.Para avaliar aIA eoescorena escaladedor(ED),sistemasdeclassificac¸ão paraIA e para o escore ED foramusados. IA foi avaliada comumaescaladecincopontos(tabela1).5OescorenaED foiavaliadocomousodeumaescalaqueavaliaospadrões deface,pernas,atividade,choroeconsolabilidade (Face, Legs,Activity,Cry,Consolability----FLACC)(tabela2).16Essa escaladeavaliac¸ãodadoréusadaparapacientesnão ver-bais.Cadaescalatemtrêscategorias.Nósadicionamoscada escalaeasexpressamosempontostotais.OsescoresdeIA eEDforamestimadosemseismomentos(apósaextubac¸ão, saindodasaladecirurgia,0, 30,60e 120minutosapósa chegadaàSRPA).Osdadosparacadapacienteforamobtidos peloanestesiologista,cegadoparaaalocac¸ãodosgrupos.

Análiseestatística

Antesdeiniciaroestudo,aanálisedopodersugeriuqueuma amostrade35pacientesemcadagruposerianecessáriapara mostrarqueaadministrac¸ão deDexdiminuiria aIAgrave (dospontos4e5)apósacirurgiaem40%,com80%depoder (˛=0,05)emcomparac¸ãocomogrupocontrole.

Osdadosforamapresentadosemnúmero(n),média(DP) oumediana(IQR), conformeapropriado. Otestetde Stu-dentfoiusadoparaaltura,peso,idade,tempodeanestesia, tempodecirurgiaeTE.Otestequi-quadradopara indepen-dênciacomtabela de contingência2×2 foiusado parao

gênero.OstestesAnovadedoisfatoresparamedidas repe-tidasedecomparac¸ãomúltiplaforamusadosparaFCePAM. Osescoresde IAe ED foramcomparados entreos grupos

Tabela2 Sistemadeclassificac¸ãoparaaescaladedor

Categoria Escore0 Escore1 Escore2

Rosto Semexpressãoousorrisoespecial Caretaocasional Cenhofranzido,defrequentea

constante

Pernas Posic¸ãonormal Inquieto,desassossegado Chutandoouencolhendoaspernas

Atividade Deitadoemsilêncio,move-se

facilmente

Contorcendo-se,mudando

deposic¸ão

Arqueado,rígido

Choro Semchoro Gemidosechoramingos Choroconstante,gritos

Consolabilidade Contente,relaxado Tranquilizadoportoque

ocasional,abrac¸o

Difícildeconsolar

(4)

Inscrição

Alocados para a elegibilidade (n = 80)

Randomizados (n = 70)

Excluídos (n = 10)

Não atenderam aos critérios de inclusão (n = 2)

Recusaram a participar (n = 8)

Alocados para intervenção (n = 35)

Receberam a intervenção atribuída (n = 35)

Não receberam a intervenção atribuída (dar motivos) (n = 0)

Alocados para intervenção (n = 35)

Receberam a intervenção atribuída (n = 35)

Não receberam a intervenção atribuída (dar motivos) (n = 0)

Perdidos para o seguimento (dar motivos) (n = 0)

Descontinuaram a intervenção (dar motivos) (n = 0)

Perdidos para o seguimento (dar motivos) (n = 0)

Descontinuaram a intervenção (dar motivos) (n = 0)

Analisados (n = 35)

Excluídos da análise (dar motivos) (n = 0)

Analisados (n = 35)

Excluídos da análise (dar motivos) (n = 0)

♦ ♦

Figura1 Descric¸ãorecomendadapeloConsort(ConsolidatedStandardsofReportingTrials)paraorecrutamentodepacientes.

com o testeU de Mann-Whitney.Valores -p < 0,05 foram consideradosestatisticamentesignificativos.

Resultados

Oitentalactentesprogramadosparapalatoplastiasob anes-tesiageralforamavaliadosparaelegibilidadedeagostode 2011ajulhode2012.Afigura1mostraofluxogramaConsort que detalha o recrutamento de pacientes. A análise dos dadosfoi feitaem doisgrupos: grupoDex (n=35) egrupo soluc¸ãosalina(n=35).

Osdetalhesdascaracterísticasdemográficasestão resu-midos na tabela 3. Não houve diferenc¸as entre os dois grupos quanto aosdadosdemográficos, tempode cirurgia e tempode anestesia dos pacientes.A dosagem total de Dexfoide11,5(2,5)␮g.OTEfoisignificativamentemaior

nogrupo Dex [8,1(2,9)minutos]do quenogrupo soluc¸ão salina [6,4 (1,9)minutos]. As tabelas 4 e 5 mostram os sistemasdeclassificac¸ãoparaosescoresdeIAeED.Os esco-resdeIAeED foramsignificativamentemenoresnogrupo Dex doque nogrupo soluc¸ão salinadurante o períodode observac¸ão.

Tabela3 Dadosdemográficos

Dex(n=35) Salina(n=35) p

Característicasdospacientes

Idade(mês) 12,2(1,5) 11,9(1,6) 0,44NS

Homem/Mulher 14/22 16/19 0,21NS

Altura(cm) 74,9(3,1) 74,0(3,8) 0,23NS

Peso(kg) 8,8(1,0) 8,9(1,2) 0,32NS

Característicasdacirurgia

Tempocirúrgico(min) 76,5(22,2) 74,5(15,1) 0,18NS

Tempodeanestesia(min) 148,5(19,8) 143,0(25,0) 0,39NS

TE(min)a 8,1(2,9) 6,4(1,9) 0,01

QuantidadetotaldeDex(g) 11,5(2,5)

TE:tempodeextubac¸ão;Dadosexpressosemmédia(DP);NS,nãosignificativo.

(5)

Tabela4 Sistemadeclassificac¸ãoparaaincidênciadeagitac¸ãoemseismomentos

Apósextubac¸ão Saindodasaladecirurgia TempodechegadanaSRPA(min)

0 30 60 120

Salina

3 3 3 3 3 2

(3---4) (3---4) (3---3,5) (3---3) (2---3) (1---3)

Dex

3a 1a 1a 1,5a 1a 1a

(2---3) (1---2) (1---2) (1---2) (1---2) (1---2)

Dadosexpressosemmediana(IQR).SRPA,saladerecuperac¸ãopós-anestesia.

a p<0,05;Dexvs.salina.

Tabela5 Sistemadeclassificac¸ãoparaaescaladedoremseismomentos

Apósextubac¸ão Saindodasaladecirurgia TempodechegadanaSRPA(min)

0 30 60 120

Salina

9 8 8 6 5 5

(8---9) (7---9) (6---9) (5---8) (3,5---6) (3,5---6)

Dex

7a 1a 1,5a 2a 1a 0a

(2,75---9) (0---4,25) (0---4) (0---3,25) (0---2,25) (0---2)

Dadosexpressosemmediana(IQR).SRPA,saladerecuperac¸ãopós-anestesia.

a p<0,05;Dexvs.salina.

Tabela6 Episódiosdedessaturac¸ãocomSpO2abaixo de

95%apósextubac¸ão

Salina 2/35

Dexmedetomidina 2/36

Dois pacientes em cada grupo precisaram de oxigênio suplementardevidoà reduc¸ãodaSpO2 (tabela6);porém, nenhum desses pacientes apresentou qualquer sinal de obstruc¸ãodasviasrespiratóriasedenecessidadeprolongada deoxigênio.

PAM e FC após a extubac¸ão (após a administrac¸ão de Dex)foramsignificativamentemenoresnogrupoDex[59,7 (5,3)mmHg, 128,1(9,8)bpm, respectivamente] do que no gruposoluc¸ãosalina[67,3(6,6)mmHg,142,5(9,7)bpm, res-pectivamente].Nãohouveinstabilidadehemodinâmicaem qualquer dos pacientes e os sinais vitais permaneceram dentro de 20% dos valores basais em todos os pacientes

(figs.2e3).

Discussão

Os resultados deste estudo mostram que Dex tema van-tagem de apresentar escores reduzidos de IA e ED, sem quaisquer efeitos adversos após a anestesia com Sev em lactentes submetidos à palatoplastia. Os efeitos sobre os escores de IA e ED duraram mais de 2horas após a cirurgia.

Dex é um potente agonista dos receptores ␣2 --adrenérgicos, usado principalmente como sedativo pós--operatóriona UTI.17 Recentemente,Dex écada vez mais usada para sedac¸ão durante a intubac¸ão de fibra óptica empacienteacordado,18colonoscopia19eressonância mag-nética (MRI) em crianc¸as pequenas.20-22 Dex também é extremamenteútil como umsedativoem crianc¸as subme-tidas àamigdalectomia e adenoidectomia.10 Esses relatos sugerem um possível efeito benéfico da Dex para tra-tamento no pós-operatório de palatoplastia. O presente

PAM

Dex Salina

Antes da administração

Durante a administração

Após a administração 0

20 40 60 80

PAM mmHg

(6)

FC

Antes da administração

Durante a administração

Após a administração

Dex Salina 0

40 80 120 160

FC bpm

Figura 3 Respostas da frequência cardíaca (FC) antes, duranteeapósaadministrac¸ãodedexmedetomidina(Dex)ou sorofisiológico.Dadosexpressosemmédia(DP).*p<0,05versus antesdaadministrac¸ão.

estudodemonstrouclaramenteaeficáciadeDexnareduc¸ão doescoredeIA.

Adoréumfatorimportantequeaumentaaintensidade ea frequênciadaagitac¸ão e aanalgesiasuficiente levaà reduc¸ãodaagitac¸ão.23,24Dexébenéficaparaotratamento dador.Dexapresentaantinocicepc¸ãoperiféricae central-mentemediadapormeiodaativac¸ãodereceptoresnocorno dorsalelocuscoeruleus.25,26Aadministrac¸ãodeDexantes do fim da cirurgia diminuiu a necessidade de morfina no pós-operatórioimediatoempacientesadultossubmetidosa grandesprocedimentosabdominaisouortopédicos.27 Patel et al.14 também relataram que uma perfusão de Dex no intraoperatórioreduziusignificativamenteanecessidadede opiáceosnopós-operatórioem crianc¸as.Nossosresultados comosescoresdaEDindicamqueDexproporcionaanalgesia considerávelapóspalatoplastia.

Algunsestudosdemonstraramqueosopiáceossão efica-zesparaaliviaraIAapósanestesiacomSev.28 Noentanto, no período pós-operatório de palatoplastia, uma analge-siaeficazapenascomopiáceoseriadifícildefornecersem quaisquerefeitossobreasviasrespiratórias.Poroutrolado, háevidênciasdequemesmoascrianc¸assemdor,com blo-queiocaudalousubmetidasàressonânciamagnéticaficam agitadasdurantearecuperac¸ãodaanestesia.29,30IAmuitas vezesocorremesmoapósotratamentoadequadodadorou apósprocedimentosquenãoestãoassociadasàdor.Como aDextempropriedadestantosedativasquantoanalgésicas, elaébenéficamesmoemtaissituac¸ões.

Dex,adependerdadose,podelevarabradicardia,hipo ouhipertensão em crianc¸as, quando é aplicada como um únicoagenteparasedac¸ão.31,32Blooretal.33relataramque, após a administrac¸ão de Dex, há uma diminuic¸ão da res-postabifásicadaFCedapressãoarterialcomumaumento inicial curto, seguido por uma diminuic¸ão prolongada da pressãoarterial.Adiminuic¸ãodapressãoarterialedaFCé oresultadodaestimulac¸ãodosreceptores␣2-adrenérgicos pré-sinápticoscentrais.31,33

Neste estudo, Dex foi administrada noperíodo intrao-peratórioem umadose de carga inicialde 6␮g.kg−1.h−1,

seguida por perfusão de 0,4␮g.kg−1.h−1. FC e PAM

esta-vam significativamente mais baixas após a extubac¸ão no grupoDexdoquenogruposoluc¸ãosalina,masnãohouve depressãocirculatóriagraveapósaadministrac¸ãodeDex.

UmarecentemetanáliserevelouumriscomenordeIAapós Dex em comparac¸ão com placebo.34 Porém, houve gran-desdiferenc¸asnoregimedeDex(dosebaixa:0,15␮g.kg−1,

dosealta:4␮g.kg−1)entreosestudos.Shurkyetal.35

tam-bémrelataramqueDexfoiusadacomsucessocomoinfusão contínua (0,2␮g.kg−1.h−1)por 15minutos noperíodo

pós--operatório para prevenir ou reduzir IA em crianc¸as. Por outrolado,Guleretal.10eIbacacheetal.36 relataramque uma dose única de Dex (0,5␮g.kg−1) 5minutos antes do

fim dacirurgia e 0,3␮g.kg−1 após a induc¸ão da anestesia

reduziram a IA sem efeitos hemodinâmicos significativos, respectivamente.Assim,aadministrac¸ãodeDexaumataxa lentapodecontribuirparaaestabilidadehemodinâmica.

Emnossoestudo,doispacientesemcadagrupo precisa-ramdeoxigêniosuplementardevidoàreduc¸ãodaSpO2após a extubac¸ão; contudo,nenhum desses pacientes apresen-tousinaisdeobstruc¸ãodasviasrespiratóriasounecessidade prolongadadeoxigênio.

Existem algumas limitac¸ões em nosso estudo. Em pri-meiro lugar, embora a dor seja definitivamente uma das principais razões para a IA, o choro inquietocomo resul-tado da dor deve ser distinguido da IA. No entanto, é impossível distingui-losem crianc¸as na fase pré-verbalde desenvolvimento. Além disso, existem algumas dificulda-desnainterpretac¸ãodocomportamentocomoutrosfatores influenciadores,comoafomeoumedodeestranhos.Embora aindanãotenhasidodeterminadoseaadministrac¸ãoretal de acetaminofeno no pós-operatório proporciona o nível esperadodeanalgesia,osefeitosanalgésicosesedativosde Dexseriamvantajososemlactentesnessasituac¸ão.

Emsegundolugar,usamososistemadeclassificac¸ãopara osescoresdeIAeED.5,16Cincoanestesiologistas participa-ramdaavaliac¸ãodosescoresdeIAeED emnossoestudo. Embora o método usado seja bem aceito e validado em outrosestudos,5,30 podehaverumadiferenc¸anaavaliac¸ão dos escoresdeIAeED devidoao viés doexperimentador. Se tivéssemos usado outro critério, resultados diferentes poderiamserobtidos.

Em terceiro lugar, é importante notar que avaliamos crianc¸as relativamente saudáveis e excluímos as crianc¸as com história de problemas respiratórios, porque a Dex requisitadanoprotocolodoestudopoderiasubmeteressas crianc¸asariscosinaceitavelmentemaioresdecomplicac¸ões dasviasrespiratóriasnopós-operatório.Naausênciadetal estudo,gostaríamosderecomendarcautelanousodeDex em crianc¸ascomobstruc¸ãodiagnosticadadasvias respira-tórias. Estudos adicionais com enfoque nas complicac¸ões obstrutivasdasviasrespiratóriasdevidoàDexemlactentes comsequênciadeRobine/ousíndromedeTreacherCollins sãonecessários.

Em conclusão, embora o tamanho da amostra seja pequeno, parece que o uso deDex reduziu os escoresde IA e ED sem qualquer efeito adverso e proporcionouuma recuperac¸ãosatisfatóriacomhemodinâmicaestávelem lac-tentessubmetidosàpalatoplastia.

Patrocínio

(7)

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

Ao Departamento de Anestesiologia Odontológica do Hos-pitalUniversitárioOdontológico daUniversidadedeOsaka porajudararecrutarospacientesepelaacomodac¸ãodeles nesteestudo.

Referências

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