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Pré-tratamento com remifentanil protege contra a redução da contratilidade intestinal relacionada à lesão de isquemia e reperfusão em ratos.

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REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

PublicaçãoOficialdaSociedadeBrasileiradeAnestesiologia

www.sba.com.br

ARTIGO

CIENTÍFICO

Pré-tratamento

com

remifentanil

protege

contra

a

reduc

¸ão

da

contratilidade

intestinal

relacionada

à

lesão

de

isquemia

e

reperfusão

em

ratos

Hale

Sayan-Ozacmak

a

,

Veysel

Haktan

Ozacmak

a,∗

,

Inci

Turan

a

,

Figen

Barut

b

e

Volkan

Hanci

c

aDepartamentodeFisiologia,FaculdadedeMedicinadaUniversidadeBulentEcevit,Kozlu,Zonguldak,Turquia bDepartamentodePatologia,FaculdadedeMedicinadaUniversidadeBulentEcevit,Kozlu,Zonguldak,Turquia

cDepartamentodeAnestesiologiaeReanimac¸ão,FaculdadedeMedicinadaUniversidadeDokuzEylul,Inciralti,Izmir,Turquia

Recebidoem18dejulhode2013;aceitoem2desetembrode2013 DisponívelnaInternetem1deoutubrode2015

PALAVRAS-CHAVE

Contratilidade intestinal;

Lesãointestinalde

isquemia/reperfusão; Rato;

Remifentanil

Resumo

Justificativaeobjetivos: Alterac¸õesfuncionaiseestruturaissériasdotratogastrointestinalsão

observadasnainsuficiênciadeirrigac¸ãosanguínea,levandoaalterac¸õesdamotilidade

gastroin-testinal.Aativac¸ãodosreceptoresopioidesproporcionaumefeitocardioprotetorcontraalesão

deisquemia/reperfusão (I/R). Oobjetivodo presenteestudofoideterminarseremifentanil

podeounãoreduziralesãodeI/Rdointestinodelgado.

Métodos: Ratosmachosalbinos,dalinhagemWistar,foramsubmetidosàisquemiamesentérica

(30minutos)seguidadereperfusão(3horas).Quatrogruposforamdesignados:shamcontrole;

remifentanil isolado;controleI/R; remifentanil+I/R.Osanimais do gruporemifentanil+I/R

foram submetidosà infusãoderemifentanil(2␮gkg−1min−1)por60min, metadedos quais

iniciouantesdainduc¸ãodaisquemia.Coletandoostecidosdoíleo,aavaliac¸ãodosdanosfoi

baseadanasrespostascontráteisaocarbacol,nosníveisdeperoxidac¸ãolipídicaeinfiltrac¸ão

deneutrófilosenaobservac¸ãodascaracterísticashistopatológicasnotecidointestinal.

Resultados: Apósareperfusão,umadiminuic¸ãosignificativadarespostacontrátilinduzidapor

carbacol,umnotávelaumentotantodaperoxidac¸ãolipídicaquantodainfiltrac¸ãodeneutrófilos

eumalesãosignificativadamucosaforamobservados.Amédiadarespostacontrátilnogrupo

remifentanil+I/RfoisignificativamentediferentedaqueladogrupoI/R.Aperoxidac¸ãolipídica

eainfiltrac¸ãodeneutrófilostambémforamsignificativamentesuprimidaspelotratamento.As

amostrasdetecidodogrupoI/Rapresentaramgrau4naavaliac¸ãohistopatológica.Nogrupo

remifentanil+I/R,poroutrolado,alesãodamucosafoimoderada,apresentandoestadiamento

degrau1.

Autorparacorrespondência.

E-mail:vhaktan@yahoo.com(V.H.Ozacmak).

0034-7094/$–seefrontmatter©2013SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitosreservados.

(2)

Conclusões:Opré-tratamentocomremifentanilpodeatenuaralesãointestinaldeI/Remum

graunotável,possivelmentepelareduc¸ãodaperoxidac¸ãolipídicaedainfiltrac¸ãoleucocitária.

©2013SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos

direitosreservados.

KEYWORDS

Intestinal contractility; Intestinal

ischemia/reperfusion injury;

Rat;

Remifentanil

Pretreatmentwithremifentanilprotectsagainstthereduced-intestinalcontractility relatedtotheischemiaandreperfusioninjuryinrat

Abstract

Backgroundandobjectives: Serious functional and structural alterations of gastrointestinal

tractareobservedinfailureofbloodsupply,leadingtogastrointestinaldismotility.Activation

ofopioidreceptorsprovidescardioprotectiveeffectagainstischemia---reperfusion(I/R)injury.

TheaimofthepresentstudywastodeterminewhetherornotremifentanilcouldreduceI/R

injuryofsmallintestine.

Methods:MaleWistarAlbinoratsweresubjectedtomesentericischemia(30min)followedby

reperfusion(3h).Fourgroupsweredesigned:shamcontrol;remifentanilalone;I/Rcontrol;and

remifentanil+I/R.Animalsinremifentanil+I/Rgroupweresubjectedtoinfusionofremifentanil

(2ugkg−1min−1)for 60min,half ofwhich started before inducingischemia. Collecting the

ileumtissues,evaluationofdamagewasbasedoncontractileresponsestocarbachol,levelsof

lipidperoxidationandneutrophilinfiltration,andobservationofhistopathologicalfeaturesin

intestinaltissue.

Results:Following reperfusion, a significant decreasein carbachol-induced contractile

res-ponse, a remarkable increase in both lipid peroxidation and neutrophil infiltration, and a

significantinjuryinmucosawereobserved.Anaveragecontractileresponseofremifentanil+I/R

groupwassignificantlydifferentfromthatoftheI/Rgroup.Lipidperoxidationandneutrophil

infiltrationwerealsosignificantlysuppressedbythetreatment.ThetissuesamplesoftheI/R

groupweregrade4inhistopathologicalevaluation.Inremifentanil+I/Rgroup,ontheother

hand,themucosaldamagewasmoderate,stagingasgrade1.

Conclusions:ThepretreatmentwithremifentanilcanattenuatetheintestinalI/Rinjuryata

remarkabledegreepossiblybyloweringlipidperoxidationandleukocyteinfiltration.

©2013SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublishedbyElsevier EditoraLtda.Allrights

reserved.

Introduc

¸ão

Os receptores opioides (ROs) ativados protegem contra

a lesão de isquemia/reperfusão (I/R) no corac¸ão e nos

neurônios.1-3 Peptídeos opioidese ROs estão presentes no

intestino.4,5 Remifentanil, um analgésico opioide de ac¸ão ultracurtaderivadodafenilpiperidina,éumcardioprotetor contraa lesão de I/R através dos ORs mediadores,1,6

ati-vandoaproteínaquinaseC(PKC)econduzindooscanaisde potássiosensíveisaATPmitocondrial(KATP)7queimitamo pré-condicionamento(PC)isquêmico.1,8

Sepse, hemorragia, transplante intestinal, queimadu-ras graves e trombose mesentérica causam isquemia mesentérica,9,10resultandoemgrandeimpactonointestino. A I/R intestinal tem um papel importante no

desenvol-vimento da disfunc¸ão primária do enxerto.11,12 O tecido intestinal é muito sensível à I/R. Na verdade, embora o

tratogastrointestinalrepresentecercade5%dopeso cor-poral, o seu consumo de oxigênio constitui cerca de 20% dototaldeoxigêniousado.13 Ainterrupc¸ãodosuprimento deoxigêniodiminuiaquantidadedeATPintracelular, alte-randoahomeostasecelularatravésdoaumentodasespécies reativasdeoxigênio(ERO).Areperfusãoinduzdanos estru-turais e funcionais da mucosae edema intersticial (lesão de reperfusão),14 que é principalmente devida à gerac¸ão deERO a partir de várias fontes,incluindo as cadeiasde

transportedeelétronsdasmitocôndrias,ometabolismoda xantina-oxidase,asprostaglandinas,ascélulasendoteliaise osneutrófilosativados.14-17A

I/Rprejudicaafunc¸ãode

bar-reiradamucosa,provocandoapermeabilidadevasculareda mucosaeatranslocac¸ãobacteriana,terminandoporcausar ainflamac¸ãosistêmicaeinsuficiênciademúltiplosórgãos.18 AI/Rtambémmodificaarespostacontrátildomúsculoliso

intestinal,19---22 que está associada à resposta inflamatória localaumentadapelainfiltrac¸ãodeneutrófilos10eERO.23

Algunsagentesfarmacológicosincluindoanestésicos pro-duzemPC.24-28OsROs,emparticular,estãoenvolvidosnoPC docorac¸ãoderatos.7,8Além disso,opós-condicionamento farmacológico induzido por remifentanil também protege contraalesãocardíacainduzidapelaI/R.3 Poroutrolado,

informac¸ão sobre a ocorrência ou não do possível efeito benéfico na lesão intestinal de I/R é extremamente

limi-tada.Apenasumestudoconduzido porChoetal.29 relata queremifentanilprotegeointestinocontraalesãodeI/R.Os

autoresdemonstramclaramentequeremifentanilreduzde formasignificativaostressoxidativo,arespostainflamatória ealesãotecidual.Contudo,elesnãoavaliaramdiretamente o efeito sobreas func¸ões fisiológicas dotecido (p. ex., a contratilidade). Portanto,o nossoobjetivo foideterminar seremifentaniltemefeitobenéficosobreacontratilidade intestinalalteradapelaI/R.Avaliamosarespostacontrátil,

(3)

demalondialdeído(MDA),o marcadordeperoxidac¸ão lipí-dica,aatividadedamieloperoxidase(MPO)eomarcadorda infiltrac¸ãodeneutrófilos,

Materiais

e

métodos

Animais

Foram usadosno estudo 32 ratos Wistar, machos adultos, pesando 220±20g (média ± desvio padrão). Os animais foramobtidosdobiotério daUniversidadeBulentEcevite mantidos em condic¸ões padrão, com livre acesso a rac¸ão comercialeágua.Nodiaanterioraosprocedimentos cirúr-gicos,osanimaisforamsubmetidosajejumduranteanoite, masoacessolivreàágua foipermitido.Osanimaisforam mantidosemgaiolas,emtemperaturaambienteconstante, usandociclodeclaridade/escuridãode12h.Todosos pro-cedimentosaquidescritosforamaprovadospeloComitêde ÉticaemExperimentac¸ãoAnimaldainstituic¸ão.

Procedimentoscirúrgicos

Os ratos foram anestesiados com tiopental sódico (60mgkg−1) por via intraperitoneal, seguido por

lapa-rotomiacomincisãonalinhamédianacavidadeperitoneal. Apósumasuaveexteriorizac¸ãodointestinodelgadoparaa esquerdaedeposic¸ãosobregazeúmida,osanimaisforam submetidosa30minutos(min)deisquemiaporligadurada artériamesentéricasuperior(AMS)usandofiodeseda3/0. A isquemia intestinal foi confirmada pela falta de pulso na artériamesentéricaepelacor pálidadojejunoeíleo. Depois disso, os intestinos foram devolvidos ao abdome, que foi fechado com duas pinc¸as pequenas. Após 30min de isquemia, o abdome foi reaberto e o fio suavemente removidoparapermitirareperfusãodofluxosanguíneo,o quefoiconfirmadopelaobservac¸ãodapulsac¸ãodaartéria e de seusramos nointestino. A temperatura corporal foi mantidaa37,8◦Ccomlâmpadadeaquecimentoduranteo

procedimentodeI/R.

Gruposexperimentais

Osanimaisforamalocadosemquatrogruposdeoitocada: (a)nogruposhamcontroleforamsubmetidosàlaparotomia semaoclusãodaAMS;(b)nogruposhamremifentanil (remi-fentanil isolado) foram tratados com remifentanil e uma operac¸ãoshamsemoclusãodaAMS;(c)nogrupocontrole

I/R,aoclusãodaAMSfoide30min,seguidapor3horas(h)

dereperfusão;(d)nogruporemifentanilmaisI/R,osratos

submetidosàI/Rforamtratadoscomremifentanil.

O pré-tratamento com remifentanil (Glaxo Group Limited, Lake Forest, IL, EUA) foi feito por infusão (2␮gkg−1min−1)emveiadacaudapor30minantesda

oclu-sãodaAMSepor30minadicionaisdurantetodooperíodo deisquemia.Ocateterismodaveiadacaudafoifeitocom um cateter Polyneo de calibre 24G (Polymed, Poly Medi-cureLtd.,Haryana,Índia)paraadministrac¸ãodainfusão.Os animaisdosgruposshamcontroleeI/Rreceberamsoluc¸ão

fisiológicaestéril,emvolumeigual.Apósoperíodode reper-fusão,osanimaisforamsacrificadosmedianteadministrac¸ão

de doses letais de anestésicos; em seguida, as amostras deíleoforamcoletadaseprocessadasparacadaprotocolo experimental.

Contratilidadedomúsculolongitudinaldoíleo

A atividade contrátil do músculo longitudinal do íleo foi avaliadaemsegmentos isoladosdoíleo após3h de reper-fusão em soluc¸ão de banho de órgãos isolados. Amostras (tiras)do músculo longitudinal medindo 5mm de compri-mentoforamcoletadasa1cmdajunc¸ãoileocecal.Depois decoletaraprimeiraamostraparaaavaliac¸ãohistológica, outrastrêsamostrasdomesmotamanhoforamcolhidaspara análisesdecontratilidadeebioquímica.Asamostrasforam longitudinalmentesuspensassob2-gdecargaem 20mLde soluc¸ãodebanhotecidualcontendosoluc¸ãodeKrebs (em mmolL−1:NaCl,118,5;KCl,4,8;KH

2PO4,1,2;MgSO4.7H2O,

1,2;CaCl21,9;NaHCO3,25;glicose,10,1).Asoluc¸ão

rece-beuumamisturade5%deCO2e95%deO2efoimantidaa

37◦C.Após60mindeequilíbriocomcargade2g,carbacol

foiadicionadoao banho tecidualem váriasconcentrac¸ões finais variando entre 10−7 a 10−2molL−1. O

desenvolvi-mentodeforc¸aativafoiregistradoparacadaconcentrac¸ão paradeterminararelac¸ãodose-resposta.Aforc¸aisométrica foimonitorada pelo transdutor dedeslocamentode forc¸a externa(FDA-10A,CommatCo,Ancara,Turquia),usandoo softwareMP30 (MP30BiopacSystems Inc,SantaBarbara, CA,EUA).

Análisehistopatológicadalesãode

isquemia-reperfusãoemintestinodelgado

Os segmentos do íleo foram fixados em formalina a 10% e embebidos em parafina. As sec¸ões de parafina intesti-naisforamcoradascomhematoxilinaeeosinaparaanálise morfológica.Aanálisehistopatológicadotecidointestinal reperfundidofoibaseadaem ummétododeestadiamento descritoporHierholzeretal.30 eaavaliac¸ãofoipontuada de zero a quatro. Grau 0: nenhuma alterac¸ão patológica específicaéobservada,estruturanormaldaparede intesti-nal,incluindovilosidades,criptas,lâminaprópriaemuscular externa;grau1:lesãolevedamucosaéobservada--- desnu-damentodoepitéliodasvilosidades,masemoutrosaspectos aestruturaestánormal;grau2:danosmoderadosocorrem ---perdadocomprimentodasvilosidadesedescamac¸ão epite-lialcomevidênciasdecongestão,hemorragiaeinflamac¸ão damucosa,masnenhumamudanc¸anasubmucosaou muscu-larexterna;grau3:danosextensossãoobservados---perda deumgrandenúmerodevilosidades,incluindodesnudac¸ão, descamac¸ãoe a presenc¸adetecido granulomatosocom o dano localizado na submucosa e muscular; grau 4: danos graves e necrose são observados --- inflamac¸ão e necrose em toda a espessura da parede intestinal. O pesquisador quefezasmensurac¸õesnãotinhaconhecimentodoprojeto experimental.

Determinac¸ãodaatividadedeMDAtecidual

(4)

com umpilão acionadopor motor, as amostras detecido foramhomogeneizadasemácidotricloroacético(TCA) arre-fecidoemgeloaoadicionar10mLdeTCAa10%porgramade tecido.Apósacentrifugac¸ão,750␮Ldesobrenadanteforam adicionadosaigualvolumedeácidotiobarbitúricoa0,67% eaquecidosa100◦Cpor15min.Aabsorbânciadasamostras

foientãomedidaespectrofotometricamentea535nm.

Determinac¸ãodaatividadedeMPOtecidual

A atividade de MPO no sobrenadante do homogenato foi determinadaa partir daoxidac¸ão dao-dianisidina depen-dente de H2O2.32 As alíquotas do sobrenadante (0,1mL)

foramadicionadasa2,9mLdamisturadereac¸ãocontendo 0,167mgmL−1deo-dianisidinae20mMdesoluc¸ãodeH

2O2,

que foram preparadas em 50mM de tampão de fosfato (PB).Imediatamenteapósaadic¸ãodaalíquotaàmistura,a variac¸ãodeabsorbânciaa460nmfoimedidapor5min.Uma unidadedaatividadedeMPOfoidefinidacomoadegradac¸ão de1␮moldeperóxidopormina25◦C.Aatividadefoientão

normatizadacomounidadepormgdetecido(Umg−1).

Análisededados

Osvalores para as experiências que avaliam a contratili-dade foram normatizadas por grama (g) de tecido. Cada dadomensuradorepresentaamédia±EP.Paraaavaliac¸ão estatística,oprogramaestatísticoSPSS11.0(SPSSInc., Chi-cago, IL, EUA) foi usado. Testes não paramétricos foram feitos,visto que cada grupoeracomposto poroito amos-trasidênticas.Assim,por meiodaanálisede variânciade Kruskal-Wallis(Anova), todososgruposforamcomparados emtermosdeexistênciadeheterogeneidade.Quandouma heterogeneidade estatisticamente significativa foi detec-tada em todos os grupos, os grupos individuais foram comparadosentresicomotestedeTukey.Valores-p inferi-oresa0,05foramconsideradossignificativos.

Resultados

Contratilidadedomúsculolongitudinaldoíleo

Emtodososgrupos,o carbacolcausouumefeitocontrátil dose-dependentesobreossegmentosdoíleoterminal, pro-porcionandocurvassigmoidescomsuasrespostasmáximas (valoresdo Emax) (fig. 1).O valor do Emax de carbacol foi

significativamentemenor nogrupo controleI/Rdoque no

grupo sham (12,83±0,76 vs. 22,19±2,10g/g de tecido, respectivamente). Em outras palavras, a contrac¸ão em respostaao carbacol foireduzida de formasignificativae dependente da dose pela induc¸ão de I/R, como indicado

pelacurvadescendente.Adiferenc¸aestatísticaentreesses doisgruposfoisignificativacomtodasasdosesdecarbacol (p<0,01).Areduc¸ãodacontratilidademelhoroudeforma significativa com o tratamento com remifentanil. Esse efeitofoiestatisticamentesignificativoparacada dosede carbacol,emcomparac¸ãocomogrupoI/R.Noentanto,as

respostasdecontrac¸ãodosgrupos sham,remifentanil iso-ladoe remifentanil+I/Rapresentaramcurvassemelhantes

com todas as doses de carbacol, sendo estatisticamente indiferentes entre si (p>0,05) (fig. 1). Comparando os valores do Emax, o do grupo I/R (12,83±0,76g/g de

30,00

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00

10–7 10–5 10–5 10–4 10–3 10–2

Carbacol], mM

Contração, g/g de tecido

Controle sham Sham+Rem

Controle I/R I/R+Rem

Figura 1 Curvas de concentrac¸ão-resposta ao carbacol em

músculolongitudinaldoíleoisoladodosgruposcontrolesham, sham+Rem, controle I/R e I/R+Rem. Cada dado mensu-radorepresentaamédia±EPdeoitoexperimentos. *p<0,05 indica diferenc¸a estatisticamentesignificativa do grupo con-trole I/R (controle I/R vs. todos os outros três grupos para cadaconcentrac¸ãodecarbacol).(Rem:remifentanil;I/R: isque-mia/reperfusão).

tecido) foi apenas cerca de 58% daquele do grupo sham (22,19±2,10g/g de tecido). O valor médio do Emax do

gruposhamnãofoiestatisticamentediferentedaquelesdos grupos remifentanilisolado (21,55±2,85g/gde tecido)e remifentanil+I/R(24,60±2,86g/gdetecido).

Resultadoshistopatológicos

Analisando seis secc¸ões por grupo, as alterac¸ões mais dramáticas foram observadas no grupo de I/R (fig. 2C;

tabela 1). Inflamac¸ão, desnudac¸ão da mucosa e edema foramclaramentedetectadosemalgumaspartesdamucosa e submucosa,alémdeáreas necróticasem todaa parede do intestino. Descamac¸ão em parte da superfície do epitélio também eraevidente. O grupoI/R foi, portanto,

avaliado como grau 4. No grupo sham, como mostra a

figura 2A, aestruturanormal daparede dointestino com vilosidades,criptas,lâmina própriaecamada muscularfoi claramenteobservadaeogrupofoiclassificadocomograu zero. O grupo remifentanil isolado apresentou aparências muitosemelhantesàsobservadasnogruposham;ouseja, alterac¸ões patológicas específicas não foram observadas; portanto,foiclassificadocomograuzero(fig.2B).Ogrupo

Tabela 1 Classificac¸ão histológica semiquantitativa das

sec¸õesdoíleoderatos(6sec¸ões/grupo)

Média±EP

Controlesham 0

Sham+Remifentanil 0

ControleI/R 3,83±0,16

I/R+Remifentanil 1,17±0,16a

Análise devariânciasimples (Anova),significância estatística

entreosdoisgrupos.

(5)

Figura2 Micrografiasópticasdo tecidointestinalde rato:(A) grupocontrolesham operados; arquiteturanormalda parede intestinalsemqualqueralterac¸ãopatológica(grau0);(B)gruposham+Rem;aparênciahistomorfológicanormaldotecidointestinal (grau0);(C)grupocontroleI/R;alterac¸ões morfológicasmaisextensas detectadas,como olúmenintestinalulcerado,camada muscular significativamente diminuída,perda deepitélio e glândulas eapresentando exsudato superficiale material mucoide (grau4);(D)grupoI/R+Rem;opré-tratamentomelhorouasalterac¸õeshistopatológicasobservadasapósaI/R;tecidointestinal inflamadocomafinamentomoderadodamucosa,perdadesigualdo epitélio,ereac¸ão celularinflamatóriadotipomistaqueé dominadaporleucócitosnuclearespolimorfos(grau1).(coranteH&E×200,barras deescala=50␮m).(Rem:remifentanil;I/R: isquemia/reperfusão).

remifentanil+I/R apresentou dano moderado da mucosa,

apenas com desnudamento focal mínimo do epitélio das vilosidadesefoiclassificadocomograu1(fig.2D).

NíveisdeMDA

O teor de MDA nos animais do grupo sham apresen-tou média de 73,29±7,46nmolg−1 de tecido, enquanto

a média nos animais submetidos somente à I/R foi de

156,82±15,74nmolg−1detecido(fig.3),umaumento

sig-nificativo no teor de MDA (p<0,001). O pré-tratamento com remifentanil (grupo remifentanil+I/R) reduziu

signi-ficativamente o teor de MDA intestinal induzido pela I/R

para os níveis do grupo sham. Com um valor médio de 107,80±8,93nmolg−1 de tecido, esse grupo foi

estatis-ticamente indistinguível do grupo sham (p=0,143), mas estatisticamentediferentedogrupoI/R(p=0,02).Poroutro

lado,amédiadoteordeMDAnogruporemifentanilisolado (84,03±14,90nmolg−1detecido)nãofoiestatisticamente

diferentedaqueladogruposham(p=0,946).

AtividadesdeMPO

As médiasdas atividades dasenzimasdeMPO dostecidos dos animais submetidos à operac¸ão sham, remifentanil isolado, I/R e remifentanil+I/R foram (em Umg−1 de

tecido)0,63±0,17,0,54±0,08,1,60±0,28e 0,83±0,14, respectivamente(fig.4).

Sham

200 180 160 140 120 100 80 60 40

[MDA], nmol/g de tecido

20 0

Sham+Rem I/R I/R+Rem

Figura3 Médiadoteordemalondialdeído(MDA)em

amos-trasdo íleo dos grupos controlesham,controle sham+Rem, controleI/ReI/R+Rem.Osdadossãoexpressosemmédia±EP (n=8).Emcomparac¸ãocomogrupocontroleI/R,umadiferenc¸a estatisticamentesignificativaéindicadacomo*(p<0,05).(Rem: remifentanil;I/R:isquemia/reperfusão).

AI/Rcausouumaumentodeaproximadamente2,5vezes

daatividadedeMPOnotecidoemrelac¸ãoaonívelbasalde atividade(p=0,004).Opré-tratamentocomoremifentanil aboliucompletamenteo aumentodaatividadeenzimática resultante do insulto de I/R; a atividade de MPO nas

amostrasdosanimaispré-tratadoscomremifentanilfoi sig-nificativamentediferentedaqueladogrupoI/R(p=0,049).

(6)

2,00 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00

0,80 0,60 0,40 0,20 0,00

Sham

[MPO] atividade, U/mg de tecido

Sham+Rem I/R I/R+Rem

Figura4 Média deatividadedamieloperoxidase(MPO)das

amostrascoletadasdoíleodosgruposcontrolesham,controle sham+Rem,controleI/ReI/R+Rem.Osdadossãoapresentados emmédia±EPparaoitoanimaisdecadagrupo.Emcomparac¸ão comogrupocontroleI/R,umadiferenc¸aestatisticamente sig-nificativaéindicadacomo*(p<0,05).

Discussão

Opresenteestudodemonstraqueremifentanilpodeterum potencialdeprotec¸ãofortecontraalesãointestinaldeI/R.

EvidênciasindicamqueremifentanilatenuaaI/Rinduzida:

(1)alterac¸õespatológicasintestinais;(2)diminuic¸ãoda res-postacontrátil;(3)aumentodainfiltrac¸ãodeneutrófilose (4)elevac¸ãodaperoxidac¸ãolipídica.

Há muitos estudos publicados que apresentam efeitos benéficosdo PCfarmacológico com remifentanil na lesão dereperfusãoemváriostecidos.Noentanto,estudos avali-andooPCfarmacológicodointestinocomremifentanilsão muitolimitadosecarecemdeaspectosfuncionais,taiscomo motilidadee secrec¸ão. Naverdade, apenasum estudose dedicouaessa questão.Choetal.29 mostraram que remi-fentanilatenuaalesãointestinaldeI/Remratosaoreduzira

peroxidac¸ãolipídicaeainflamac¸ãosistêmica.Nossosdados confirmamosresultadosdesseestudoemrelac¸ãoàinibic¸ão do estresse oxidativo e da inflamac¸ão e demonstraram o envolvimentodiretodosleucócitosnostecidos.Noentanto, oestudonãoinvestigoudiretamenteoefeitode remifenta-nilnasfunc¸õesfisiológicasdotecido,taiscomomotilidade e/ou secrec¸ão. Portanto,o presente estudo dá um passo adiante ao mostrarque o pré-tratamento com remifenta-nilmelhoraacontratilidadereduzidacausadapelaI/R,uma

nova descobertapotencialmente relacionada com a ativi-dadeanti-inflamatóriaeantioxidantederemifentanil.

A I/R intestinal pode causar falência de múltiplos

órgãos,morbidadegraveeatémorte.1,16Aisquemia,tanto aguda quanto crônica, causa um grande impacto funci-onal e estrutural no intestino, levando à dismotilidade, absorc¸ãoanormalealterac¸ãodafunc¸ãodebarreiracontra a translocac¸ão bacteriana.10,14,33 A

I/R intestinal aguda

causa alterac¸ões estruturais de durac¸ão tão longa que desenvolvehipertrofia,disfunc¸ão celular,morteneuronal, necrosenointeriordoplexomientérico19,22,33e infiltrac¸ão de células inflamatórias (i. é, neutrófilos).30,34 Muitos estudospublicados descrevemefeitos deletériosdaI/Rna

motilidade intestinal, tais como trânsito gastrointestinal atrasado,35-37 complexo motor migratório alterado38 e resposta motora prejudicada a qualquer estímulo.20,39,40

A respostainflamatóriadentro dascélulasmusculares e a diminuic¸ão da contratilidade do músculo liso circular são acionadas pela I/R.30,34 A integridade da rede neuronal

entérica é necessária para a motilidade gastrointestinal normal. Portanto, a I/R pode perturbar a func¸ão motora

do intestino, alterando as propriedades dos neurônios entéricosouatransmissãoneuroefetora.22Essasalterac¸ões são provavelmente o resultado da resposta inflamatória induzidapelalesãodeI/R.Odanointestinalqueobservamos

podeestarassociado àinflamac¸ão, queé especificamente marcada pelo aumento da quantidade de neutrófilos no tecido.Ainibic¸ãodaativac¸ãoedaaderênciaendotelialdos neutrófilosreduzodanoinduzidopelaI/Rnamucosa.41Em

resposta à inflamac¸ão do músculo, os neutrófilos são ativados,possivelmentecontribuindoparaodanomuscular. Portanto,émaisprovávelqueaperturbac¸ãodamotilidade ocorridaapósaI/Rtenharesultadodagravelesãomuscular

edareac¸ãoinflamatóriaassociadaqueobservamos.O trata-mentocomremifentanilreduziunãoapenasaperoxidac¸ão lipídicanotecido,mastambémainfiltrac¸ãodeleucócitos, odanotecidualeodistúrbionarespostacontrátil.

Oretorno dosangue oxigenado para o intestino isquê-micoagravaaindamaisodanotecidualprincipalmentepor causadoaumentodagerac¸ãodeespéciesreativasde oxi-gênio(ERO),causandoestresseoxidativo.17,42 Asprincipais fontesdeEROduranteareperfusãosãoaxantinaoxidasee neutrófilosativadosliberandomediadorespró-inflamatórios esubstânciascitotóxicas,comoaMPO.17 Alesãointestinal dereperfusãoé consideradacomo umadoenc¸a inflamató-riacaracterizadapelorecrutamentodeleucócitos.9AsERO liberadas na reperfusão estimulam ainda mais a resposta inflamatória,aumentandoo recrutamentoe aativac¸ãode neutrófilos. A atividade da MPO tecidual, proporcional à quantidadedeneutrófilos acumulados,espelhaa lesãoda mucosaeataxadeinfiltrac¸ãodeneutrófilosemtecido pós--isquêmico.17,43 Assim,apósa

I/R,o aumentodaatividade

daMPO notecido indicoua melhora daresposta inflama-tórianopresenteestudo. Apontuac¸ãohistológicaelevada das lesões teciduais e a diminuic¸ão da resposta contrátil coincidiramcomaelevac¸ãosignificativatantodaatividade daMPOquantodaperoxidac¸ãolipídicadotecidonogrupo

I/R. Uma das consequências deletérias do dano oxidativo

é a peroxidac¸ão lipídica, queeventualmente provoca dis-túrbios estruturais e funcionais das membranas. O grupo remifentanil+I/Rapresentoureduc¸ãosignificativatantoda

atividadedaMPOquantodoteordeMDA,oqueindicauma limitac¸ãosignificativadainflamac¸ão.Alémdisso,aresposta contrátilaocarbacolnomesmogrupopareceusermantida muitopróximaàdogrupocontrolesham.Essasdescobertas foramcorroboradaspelaobservac¸ãohistopatológicadeque remifentanilresgatoucomsucessoaintegridadedotecido apartirdalesãodeI/R.

OPCinduzidoporopioidesprotegecontraa lesão car-díacadeI/R.Emespecial,oPCinduzidoporremifentanil,

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culturasdecélulas.Apósaativac¸ãodereceptorestoll-like 2, os agonistas de opioides têm um efeito inibitório na produc¸ão de citocinas pró-inflamatórias em monócitos humanos. A inibic¸ão é mediada exclusivamente pela microativac¸ãodosROs.2Nopresenteestudo,reconhecemos queaintegridadedamucosaintestinalearespostacontrátil dotecidopermaneceramquasenormaisnogrupo remifen-tanil+I/R. Nossos dados demonstraram que remifentanil

diminuiutantoaperoxidac¸ãolipídicaquantooacúmulode neutrófilosnotecidoisquêmico, oque podeserexplicado pelomecanismo subjacente dos resultadosacima mencio-nados.Noentanto,teriasidomelhoreconfirmativoavaliar osefeitosdeumantagonista/agonistadamicroativac¸ãodos ROsnopresentemodelo,alémdeexaminarumpadrãode dose-respostaderemifentanil.

As célulasdotratogastrointestinalformamumsítiono qualosROsexistememníveiselevados.Apresenc¸adeROs aolongodotratoédemonstradanonervoemúsculoliso.4 Muitosestudosrelatamque aprotec¸ãoporremifentanilé mediadapelosROs.44-46Poroutrolado,algunssugeremque omecanismodemediac¸ãoindependedosROs.2Noentanto, Zhangetal.5mostramqueospeptídeosopioidesendógenos podemdesempenharumpapelimportantenoPCisquêmico do intestino delgado. No modelo de inflamac¸ão do intes-tinoderatoinduzidapelo óleodecróton,aexpressão da microativac¸ãodosROsérelatadacomosendoreguladapara cimanoplexo mientérico dojejuno.Do mesmo modo, os pacientes com doenc¸as inflamatórias intestinais (DII) têm uma expressão aumentada de mRNA dos ROs microativa-dos em seus intestinos delgados e cólons inflamados em relac¸ãoaotecidointestinalsaudável.47Nopresenteestudo, nãosabemosseoefeitoprotetorderemifentanilfoi medi-adopormecanismosdependentesounãodeROs.Contudo, é tentador especular se o efeito benéfico é devido aos processos mediados pelos ROs, já que o tecido tem uma quantidadeabundantedeROsejáqueasagressões inflama-tóriasinduzemumaregulac¸ãoparacimados ROs.Seesse for ocaso, então opré-tratamento comremifentanil pos-sivelmenteimita oefeito doPCisquêmico. Istoé, agindo atravésdosROs,remifentanilpodeeventualmenteativara PKC através do metabolismo dofosfatidilinositol induzido pelaativac¸ãodafosfolipaseCouDligada àmembrana.A PKC em seguida fosforila e estabiliza o estado aberto de ambososcanaisdeKATP,do sarcolema edamitocôndria, queeventualmenteprovocaacitoprotec¸ão,comoobservado na protec¸ão cardíaca induzida por remifentanil.7 O pré--tratamentocomremifentaniltambémpodeterumefeito inibidormediadoporROssobreagerac¸ãodecitocinas pró--inflamatóriaspelos monócitos em resposta àestimulac¸ão dereceptorestoll-like2.2Nessescasos,aadministrac¸ãode umantagonistadeROs(i.é,naloxona)seriaprejudicialpara osefeitospreventivosobservadosnopresenteestudo.Por outrolado,seosmecanismosnãoforemmediadospor recep-tores,aprotec¸ãointestinalinduzidaporremifentanilpode sermultifatorial.Nessecaso,comorelatadosobreoPCpor remifentanildeI/Rhepática,aóxido-nítricosintetase

indu-tível(iNOS)podemediarosefeitos preventivosem tecido intestinal.Porexemplo,tantoaperoxidac¸ãolipídicaquanto ainflamac¸ãopodemseratenuadasporumagerac¸ãoelevada deóxidonítrico(NO)endógeno,oquelimitariaaquantidade deEROeatenuariaarespostainflamatória.Estábem docu-mentadoqueoNOendógenopodeesgotarasEROealesão

tecidualmediadaporneutrófilos,dessaformareduzindo sig-nificativamente a resposta inflamatória. Sabe-se também quealesão celularinduzidaporI/Restá relacionadacom

umadiminuic¸ãosignificativadeNO.Portanto,o remifenta-nilpodeestarassociadoàinduc¸ãodaexpressãodeiNOSe àconsequentegerac¸ãodeNOendógenonotecidointestinal desafiandoa lesão dereperfusão.Se assimfor, os efeitos protetoresseriambloqueadosporuminibidordeNOS,mas nãopornaloxona.2

Emconclusão,demonstramosqueotratamentoderatos comremifentanilantesdaI/Rforneceuprotec¸ãocontraa

lesãodamucosainduzidaporI/Reodistúrbiocontrátil.Um

possívelmecanismoresponsávelporessasatividades saluta-resderemifentanil,provavelmente,podesermultifatorial. Noentanto,comoo presenteestudo forneceuevidências, a atenuac¸ão dainfiltrac¸ão de neutrófilos e a reduc¸ão do stressoxidativoparecemserdeprimordialimportânciapara obterosefeitosbenéficos.Estudosadicionaisquepriorizem osmecanismosdos efeitos protetores deremifentanilsão certamente necessários. Em conclusão, mostramos que a administrac¸ãoderemifentanilduranteaisquemiapodeser eficazmenteprotetora contra a maioria dos aspectos his-tológicos, citológicos, bioquímicos e fisiológicos da lesão intestinal, fornecendo um potencial terapêutico para a aplicac¸ãoclínicaemisquemiaintestinaledistúrbios relacio-nadoscomaisquemia.Alémdisso,opresenteestudosugere que a aplicac¸ão de remifentanil como agente analgésico podeserpreferidaparaaquelesquesofremdehipoperfusão intestinaleserãosubmetidosàanestesia.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

Gostaríamos deagradecer àquelesque trabalhamna uni-dadedeassistênciaaosanimaisporsuainestimávelajuda.

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