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Susceptibilidade do Staphylococcus aureus à terapia fotodinâmica (PDT)

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Susceptibilidade do Staphylococcus aureus

à terapia fotodinâmica (PDT)

LEDA YUMI HORI

Araraquara – SP

(2)

Susceptibilidade do Staphylococcus aureus

à terapia fotodinâmica (PDT)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Farmácia-Bioquímica da

Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, para obtenção do grau de Farmacêutica-Bioquímica.

Orientadora: Profa Dra. Carla Raquel Fontana Mendonça

Araraquara – SP

(3)

Aos meus pais e irmã que, apesar dos

problemas, foram meu alicerce para eu

(4)

À minha orientadora que me orientou na realização dos experimentos e foi

paciente na confecção deste trabalho.

À mestranda Maria Rita Ronqui que me ajudou muito na realização dos

testes-piloto e sanou minhas dúvidas, de modo sempre solícito.

À técnica Elaine Toscano Miranda, pela ajuda na execução dos experimentos.

Aos meus amigos que me acompanharam nesses anos acadêmicos e me

ajudaram quando eu mais precisei, mas um agradecimento especial ao Warley

Xavier da Silva, à Leticia Moriya Shiota e à Tatiane Bonfim Ribeiro que me

ajudaram muito na realização deste projeto.

À minha amiga Yuko pelo amor, carinho, cumplicidade e apoio na confecção

(5)

1. INTRODUÇÃO...13

2. REVISÃO DA LITERATURA...18

2.1. Staphylococcus aureus...18

2.1.1. Definição e característica...18

2.1.2. Cultura e identificação...20

2.1.3. Doenças causadas por S. aureus......21

2.2. Terapia fotodinâmica (PDT)...22

2.2.1. Breve histórico...22

2.2.2. Princípio básico da PDT...22

2.2.3. Mecanismos fotofísicos e fotoquímicos...23

2.2.4. Mecanismo de dano...25

2.3. Fotossensibilizadores (FS)...26

2.4. Azul de metileno (AM)...29

2.5. Bactérias Gram positiva e Gram negativa...31

2.6. Diodo emissor de luz (LED: light-emitting diode)...33

3. OBJETIVO...35

  3.1. Geral...35

3.2. Específico...35 

4. MATERIAIS E MÉTODOS...36

4.1. Preparação das placas de ágar...36

(6)

4.4. Preparação do inóculo bacteriano...37

4.5. Fotossensibilizador...37

4.6. Grupos estudados...37

4.7. Grupo controle (FS-L-) e Grupo FS (FS+L-)...38

4.8. Grupo Luz (FS-L+) e grupo PDT (FS+L+)...39

5. RESULTADOS...41

6. DISCUSSÃO...47

7. CONCLUSÃO...49

(7)

A terapia fotodinâmica (PDT), de maneira simplificada pode ser aplicada

utilizando um fotossensibilizador (FS) e uma fonte de luz com comprimento de

onda específico, que combinados na presença do oxigênio produzem espécies

citotóxicas que causam o dano celular.

O objetivo deste estudo piloto foi verificar a susceptibilidade de

Staphylococcus aureus (ATCC 25923) à PDT, empregando diferentes

concentrações de azul de metileno. As amostras desta bactéria foram

sensibilizadas com azul de metileno nas concentrações de 6,25 µg/mL; 12,5

µg/mL; 25,0 µg/mL; 50,0 µg/mL; 100,0 µg/mL e 200,0 µg/mL e expostas à luz LED vermelha (660nm) por 20 minutos. Após o tratamento de todos os grupos

estudados a fração de sobrevivência foi calculada pela contagem das unidades

formadoras de colônia (UFC). O resultado deste estudo mostrou que o

fotossensibilizador no escuro foi tóxico (dark toxicity) nas concentrações de 100

e 200 µg/mL. Já no grupo onde utilizamos apenas a luz, não houve redução

bacteriana significativa. Entretanto, o uso combinado do AM e da luz LED

(Grupo PDT) mostrou que todas as concentrações testadas causaram uma

redução significativa de S aureus. Desta forma concluímos que a terapia

fotodinâmica antimicrobiana pode ser um tratamento alternativo para redução

(8)

Figura 1: Diagrama de Jablonski...23

Figura 2: Estrutura química de alguns FS utilizados para testes clínicos da

PDT...28

Figura 3: Estrutura do AM...29

Figura 4: Estrutura do azul de toluidina (TBO)...30

Figura 5: O esquema ilustra as diferenças entre a membrana das bactérias

Gram positiva e Gram negativa, respectivamente...32

(9)

Tabela 1: Média de UFC, média de sobrevivência (%) e desvio padrão dos

grupos FS e controle no S. aureus...41

Tabela 2: Média de UFC, média de sobrevivência (%) e desvio padrão dos

grupos Luz e Controle no S. aureus......43

Tabela 3: Média de UFC, média de sobrevivência (%) e desvio padrão do

(10)

Gráfico 1: Média de sobrevivência (%) do S. aureus quando submetido à

diferentes concentracoes de azul de metileno...42

Gráfico 2: Média de sobrevivência (%) do grupo Luz (FS-L+) no S.

aureus...43

Gráfico 3: Média de sobrevivência (%) do grupo PDT (FS+L+) no S. aureus

...45

Gráfico 4: Média de sobrevivência dos grupos Controle (FS-L-), FS (FS+L-),

Luz (FS-L+), e PDT (FS+L+), respectivamente, no S.

(11)

A -• Substrato oxidado

A Substrato orgânico

ALA Ácido 5-aminolevulínico

AM Azul de metileno

ATCC American Type Culture Collection

CI Conversão interna

CIS Cruzamento intesistemas

DNA Ácido desoxirribonucléico

EROs Espécies reativas de oxigênio

F Fluorescência

FDA Food and Drug Administration

FS Fotossensibilizador

H2O2 Peróxido de hidrogênio

HpD Hematoporphyrin derivative (Photofrin®)

L Luz

LED Light-emitting diode

LIP Luz intensa pulsada

O2-• Ânion superóxido

3

O2 Oxigênio molecular

1

O2 Oxigênio singleto

OH• Radical hidroxila

PDT Photodynamic Therapy

(12)

S1 Fotossensibilizador no estado singleto excitado 1T+• Fotossensibilizador no estado reduzido

T1 Fotossensibilizador no estado tripleto excitado

TBO Toluidine blue O

TSA Trypticase Soy Agar

TSB Trypticase Soy Broth

(13)

1. Introdução

A terapia fotodinâmica (PDT - Photodynamic Therapy) é um tratamento que

utiliza um agente fotossensibilizador e luz, em determinado comprimento de onda.

Inicialmente, este tratamento surgiu como uma terapia para diversos tipos de

neoplasias (MAISCH et al., 2005).

A PDT foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration) para diversas

doenças, como degeneração macular associada à idade, carcinomas obstrutivos de

esôfago e traqueobrônquico, esôfago de Barret, queratose actínica, além de

psoríase (BOEHNCKE et al., 2000), arteriosclerose (ROCKSON et al., 2000) e artrite

reumatóide sistêmica (TRAUNER e HASAN, 1996). Há a utilização também, em

estágio inicial, em câncer de cabeça e pescoço e em estágios mais avançados, é

aplicado como paliativo (BIEL, 2007, BREDELL et al., 2010).

A vantagem desse tratamento deve-se à simplicidade na aplicação pelo fato

de ser uma terapia menos destrutiva e invasiva, se comparada a outros tratamentos

convencionais para neoplasias, como cirurgia, radio e quimioterapia.

(KARAKULLUKCU et al., 2011; WAINWRIGHT, 1998, HAMBLIN e HASAN, 2004). A

PDT apresenta também como vantagem o fato de danificar apenas o tecido-alvo, já

que estas células captam mais fotossensibilizador (FS) associadas à irradiação

localizada, diminuindo efeitos adversos (COPPER et al., 2007). O efeito tóxico da

PDT dá-se pela combinação do FS, luz e oxigênio molecular, apresentando três

estágios: excitação do fármaco, produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e

morte celular (CHATTERJEE et al., 2008). Na primeira fase, a fonte de luz transfere

energia para o FS, que a absorve, ficando no estado singleto excitado. A partir

(14)

moléculas do FS podem voltar ao estado inicial e liberar a energia por fluorescência.

No outro caminho, as moléculas podem ir para o estado tripleto excitado, passando

a energia absorvida para moléculas de oxigênio ou outras presentes no meio que

vão reagir com oxigênio, reação conhecida como reação do tipo I, gerando na

produção de EROs, como ânion superóxido, radical hidroxila, e peróxido de

hidrogênio. Já na reação do tipo II, o FS excitado pode reagir com o oxigênio

molecular, formando oxigênio singleto, altamente reativo (ALLISON et al., 2008).

Todas essas formas produzidas, nos dois tipos de reação, levam a uma sequência

de eventos oxidativos, gerando diretamente a morte da célula, ativação da resposta

imune do hospedeiro e destruição vascular do tecido- alvo (BUYTAERT et al., 2007).

Atualmente, com a maior resistência dos micro-organismos aos tratamentos

convencionais, devido ao uso incorreto e indiscriminado dos antimicrobianos, falha

de alguns pacientes em completar seu regime terapêutico, elevada replicação e

mutação das bactérias, o uso da PDT tornou-se mais amplo, levando ao fim o

período chamado de “a era do antibiótico” (YOSHIKAWA, 2002). Tal fato,

impulsionou o desenvolvimento de tratamentos alternativos e coadjuvantes para

inativação desses patógenos, como bacteriófagos, peptídeos antimicrobial natural ou

sintético e a PDT (CERVENY et al., 2002, SAJJAN et al., 2001, WAINWRIGHT,

1998).

A PDT antimicrobiana se liga e penetra com mais afinidade na célula

bacteriana ou neoplásica, se comparada às células normais do hospedeiro. Assim,

uma vez exposta à luz específica e submetida à ação de um FS, resulta em morte

de micro-organismos sem danificar as células normais adjacentes (MIZUNO et al.,

2011). Devido ao fato de poder aplicá-la sem que induza resistência em bactérias e

(15)

2006). A ausência de resistência deve-se a produção de oxigênio singleto e outras

espécies reativas, que interagem em diversas estruturas das células celulares

(ácidos nucléicos, membranas lipídicas e proteínas) de diversas formas,

prejudicando o desenvolvimento da resistência dos micro-organismos a este

tratamento (KONOPKA et al., 2010).

São variados os FS que tem sido empregados na PDT antimicrobiana,

destaque para as porfirinas (BLISS et al., 2004, CHABRIER-ROSELLO et al., 2005,

DOVIGO et al., 2011a, WILLIAMS et al., 2006), os fenotiazínicos (DEMIDOVA e

HAMBLIN, 2005, SOUZA, 2006, WILSON e MIA, 1993), as ftalocianinas

(MANTAREVA et al., 2007, STRAKHOVSKAYA et al., 2009, WILSON e MIA, 1993) e

o ácido 5-aminolevulínico (ALA) (MONFRECOLA et al., 2004). As porfirinas são,

FS da primeira geração, fotossensíveis, com espectro de absorção entre

610-630nm, sendo o grupo mais avaliado. Tem como mecanismo de ação gerar dano

inicial na membrana plasmática que, por sua vez, permitirá a entrada do FS na

célula. Esse FS irá promover, se a irradiação persistir, danos intracelulares, como

inativação de proteínas da parede celular, peroxidação lipídica e fotodegradação de

esteroides insaturados (DONNELLY et al., 2008). As porfirinas possuem como

desvantagens o baixo comprimento de onda de excitação e a longa sensibilidade

após sua aplicação. Os fenotiazínicos são corantes, como azul de toluidina e azul de

metileno. Encontram-se preferencialmente na membrana, modificam suas

estruturas, quando iluminadas, elevando a permeabilidade celular e consequente

morte da célula (DONNELLY et al., 2008). As ftalocianinas são substâncias

químicas puras que absorvem luz em comprimentos de onda mais longos, se

comparadas aos derivados da hematoporfirina. Possuem propriedades superiores

(16)

como espectro de absorção do FS, seletividade e capacidade de ser eliminado do

organismo, já que faz parte da segunda geração. As ftalocianinas são consideradas

como porfirinas de caráter aromático aumentado, assim, apresentam maior

rendimento na síntese de oxigênio singleto, sendo seu poder oxidativo elevado

quando comparado ao dos derivados da hematoporfirina (DAZIANO et al., 1998,

MACHADO et al., 2010).

A maioria das ftalocianinas, apesar das vantagens apresentadas, possui

comportamento hidrofóbico causando a formação de agregados em meio aquoso.

Devido ao fenômeno de agregação, há redução da fotoatividade desses compostos,

com pequena produção de EROs e consequente, menor fotoinativação dos

micro-organismos (MANTAREVA et al., 2011). Assim, tem sido propostos inúmeros

sistemas de veiculação de fármacos que contenham compartimentos hidrofóbicos

para solubilização das ftalocianinas e mantenham suas características hidrofílicas

em soluções aquosas (LONGO et al., 2009, PRIMO et al., 2008, SÉGUIER et al.,

2010). Tais sistemas são compostos por micelas poliméricas, microesferas,

lipossomos, nano-emulsões e nano-partículas (FADEL et al., 2010).

O ideal desses sistemas de veiculação de fármacos era incorporar o FS sem

alteração da atividade do mesmo, fornecer um ambiente para que o FS seja

administrado em sua forma monomérica e biodegradáveis com mínima resposta

imunogênica (CHATTERJEE et al., 2008). Dentre os sistemas existentes, as

nano-emulsões representam uma espécie de veículo de aplicação tópica que possui o

aspecto cremoso (DA VOLTA SOARES, 2011) e, com isso, podem ser utilizadas em

infecções superficiais de pele e mucosa.

Outra característica importante destes veículos é a possibilidade de mudar

(17)

interação entre o veículo e o micro-organismo. As paredes celulares de bactérias e

fungos apresentam uma carga superficial residual negativa devido à moléculas de

caráter aniônico, como o ácido teicóico (componente essencial, com importante

função na fisiologia bacteriana) para as bactérias Gram positivas, e o

polissacarídeo, para as Gram negativas (LONGO et al., 2009). Assim, veículos que

possuem carga de superfície positiva tem a tendência de se acumular em maior

quantidade nas células dos micro-organismos e gerar maior fotoinativação

(CORMICK et al., 2009, MANTAREVA et al., 2007, MIZUNO et al., 2011, SPESIA et

(18)

2. Revisão da Literatura

2.1 Staphylococcus aureus

2.1.1 Definição e característica

O Staphylococcus aureus faz parte da família Micrococcaceae, em que

também encontra-se os Micrococcus, Stomatococcus e Planococcus, e gênero

Staphylococcus (SMITH, 1976).

A síntese de pigmento amarelo em determinados meios sólidos é

característico de espécies patogênicas, com isso, recebeu a classificação aureus,

enquanto as espécies que produzem pigmentos brancos são espécies menos

patogênicas. Entretanto, algumas podem não ter coloração por perda de pigmento

por sucessivos cultivos. Porém, a síntese desses pigmentos e sua correlação com o

potencial de patogenicidade não é muito confiável, indicando que a determinação de

cada espécie seja feita por meio de outras provas complementares (SMITH, 1976,

JOKLIK et al., 1994).

Esta espécie são cocos Gram positivos, aeróbio ou anaeróbio facultativo, não

esporulam, nem encapsulam, geralmente são imóveis e esféricos com cerca de 0,5

a 1,5 µm de diâmetro, agrupados em forma de cachos de uva. A faixa de

temperatura que se desenvolvem é de 10 a 45°C, sendo a temperatura ótima é

cerca de 37°C (UENO e JORGE, 2006).

Segundo Burnett, Scherp e Schuster (1978) quanto à morfologia da colônia,

pode-se ter colônias brancas ou amarelas, lisas, brilhantes ou opacas, convexas ou

planas e medindo entre 1 a 2 mm de diâmetro na superfície do ágar. Quanto à

(19)

O S. aureus é o mais comum como patógeno oportunista, faz parte da

microbiota transitória humana, sendo o mais virulento dentro do gênero e com

elevado potencial de desenvolver resistência a antimicrobianos. É muito presente

em infecções hospitalares e é uma das maiores causas de morte (LIVERMORE,

2000).

O Staphylococcus faz parte da microbiota normal da pele e de mucosas do

homem e animais, sendo a superfície corporal dos mamíferos o habitat natural

primário, onde se encontram em alta quantidade e podem ser agentes etiológicos de

uma elevada quantidade de infecções. Além disso, são muito encontrados na

natureza, podendo ser localizados no ar, água e pó (COLLEE et al., 1971, KLOSS e

JORGENSEN, 1985, JAWETZ et al., 1991). São muito resistentes ao congelamento

e a certas substâncias químicas, à luz solar, à dessecação, podendo sobreviver por

meses em presença de pus seco (PYATKIN, 1967, SMITH, 1976).

São responsáveis por causar inúmeras infecções, como periodontite,

síndrome da pele queimada, furúnculo, amigdalite, etc., e outras mais graves como

infecções de pele e em tecido mole, como bacteremia, pneumonia e endocardite.

Além de poder causar intoxicação alimentar se sua toxina estiver presente em

determinado alimento (LIVERMORE, 2000, UENO e JORGE, 2006).

Dentre as mais de 20 espécies de Staphylococcus, apenas três apresentam

importância clínica: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e

Staphylococcus saprophyticus. Os Staphylococcus estão entre os micro-organismos

encontrados com maior frequência na rotina médica, e que, apesar da utilização de

antimicrobianos e de melhorias das condições de higiene, que foram fundamentais

(20)

século XX, eles tem persistido como um patógeno importante nos hospitais e na

comunidade (JOKLIK et al., 1994).

2.1.2 Cultura e identificação

Em ágar sangue, S. aureus desenvolve-se bem, sendo que as colônias são

circundadas por halo de hemólise do tipo β (hemólise total). As linhagens menos

patogênicas (S. epidermidis) geralmente não possuem halo de hemólise. À 37°C, em

ágar simples, ocorre o crescimento, em 18 a 24h, de colônias em formato circular

com cerca de 1,5mm de diâmetro, lisas, convexas, opacas e brilhantes, podendo

sintetizar pigmentos brancos ou amarelados, dependendo da espécie estafilocócica.

Em caldo simples, obtem-se turvação difusa com pequeno depósito, facilmente

emulsionável e com desenvolvimento estimulado com a adição de 0,1% a 0,2% de

glicose (SOUNIS, 1977, KLOSS e JORGENSEN, 1985, BIER, 1990, JOKLIK, 1994).

As condições ideais para o crescimento de estafilococos é pH 7 e

temperatura de 37°C ( BURNETT, SHERP, SCHUSTER, 1978).

Dentre algumas das propriedades relativas à identificação do S. aureus, as

fundamentais são fermentação do manitol e resposta positiva para prova da

catalase. Quanto ao crescimento das colônias, a temperatura ideal deve estar entre

25°C e 35°C, porém pode haver crescimento em temperaturas muito inferiores,

como 8°C e muito elevadas, como 48°C (SMITH, 1976).

Segundo Waldwogel (1995), os principais testes utilizados como rotina em

laboratório para a identificação do S. aureus são:

(21)

2- Prova da coagulase: permite checar a distinção entre o S. aureus, e as

espécies coagulase negativas. Este teste fundamenta-se na adesão celular e

de enzimas sobre a trombina;

3- Fermentação do manitol: que comumente permite a diferenciação do S.

aureus (sempre positiva) do S. epidermidis (raramente positiva).

2.1.3 Doenças causadas por S. aureus

As infecções mais frequentes ocasionadas por este micro-organismo são

abscessos, furúnculos, osteomielites e são caracterizadas por um elemento

inflamatório acentuado. Os ambientes de preferência dos carreadores são parte

anterior das narinas, garganta, períneo e outros locais de pele e mucosa (BARON,

1992).

As infeções mais comuns que ocorrem na pele humana são originadas por

estafilococos coagulase positiva (S. aureus). A intensidade dessas infecções varia

desde processos inflamatórios superficiais, como foliculite, até processos

inflamatórios mais profundos, como furúnculos e carbúnculos. São até mesmo

responsáveis em conjunto com os estreptococos por outras manifestações cutâneas,

como impetigo contagioso comum em recém nascidos (KLOSS e JORGENSEN,

1985, JOKLIK et al., 1994, WALDWOGEL, 1995, MIMS, 1995).

Segundo Smith (1976), o desenvolvimento de doenças sistêmicas por

estafilococos inclui pneumonia, empiema, endocardites, púrpura febril, parótide,

meningite, abscesso cerebral, flebite, cistite e pielonefrite, assim como as infecções

de válvulas proteicas no coração, que podem ser causadas por S. aureus e/ou S.

(22)

2.2 Terapia fotodinâmica (PDT)

2.2.1 Breve histórico

A PDT tem origem na Grécia antiga, Índia e Egito, mas desapareceu por

alguns séculos, sendo redescoberta pela civilização ocidental apenas no começo do

século XX (DENIELL, 1991).

O uso pioneiro contemporâneo registrado foi do físico dinamarquês, Niels

Finsen, que demonstrou, com sucesso, PDT utilizando calor para tratar tuberculose

cutânea, Lupus vulgaris. O desenvolvimento da PDT começou a ser fomentado

quando um estudante de medicina alemão, Oscar Raab, que trabalhava com seu

professor Herman Von Tappeiner, descobriu o efeito da acridina e da luz no

paramécio, que diante dessas condições foi possível matá-lo (RAAB, 1900 e

DENIELL, 1991). Em 1903, este grupo descreveu a primeira utilização em pacientes.

(TAPPEINER e JODDLBAUER, 1904). Com suas pesquisas seguintes, criou-se a

denominação “ação fotodinâmica” e descobriu-se que o oxigênio era essencial à

terapia. Nos anos 1970, estudou-se utilizar a técnica no tratamento do câncer

(MITTON e ACKROYD, 2008). Em 1999, o FDA aprovou o uso da PDT para o

tratamento de lesões pré-câncer de face e couro cabeludo (LUI e ANDERSON,

1992). Atualmente, a PDT tem sido indicada para o tratamento de doenças

oncológicas e não-oncológicas (KÜBLER et al., 2005).

2.2.2 Princípio básico da PDT

A PDT é um procedimento fotoquímico não térmico, que emprega,

necessariamente, três elementos: corante fotossensibilizador, FS, luz visível e

(23)

é ativado pela luz visível com comprimento de onda droga-específico, gerando a

síntese de EROs, como oxigênio singleto e radicais livres, podendo afetar o DNA e a

membrana da célula, resultando no extravazamento de componentes celulares,

interrupção do sistema de transporte e morte da célula (WAINWRIGHT, 1998,

HAMBLIN e HASAN, 2004).

2.2.3 Mecanismos fotofísicos e fotoquímicos

A descrição do processo depois a absorção da luz visível pelo FS está

representada no diagrama de Jablonski, a seguir (figura 1).

Figura 1: Diagrama de Jablonski

Após a absorção da luz, o FS passa do seu estado fundamental (S0) para seu

estado singleto excitado (S1). Este estado apresenta tempo de vida curto (na ordem

de nanosegundos), perdendo energia por meio de métodos radioativos (emissão de

fluorescência, F) e/ou não radioativos (conversão interna, CI, ou cruzamento

(24)

pela inversão de spin eletrônico, fazendo com que o fármaco FS vá ao estado

tripleto excitado (T1). Este retorna ao estado fundamental, por conversão interna ou

pela emissão de fosforescência, P. O estado T1 apresenta tempo de vida na ordem

de microssegundos, tempo suficiente para permitir a interação do FS no estado

excitado com moléculas adjacentes. É neste estado que pode haver transferência de

elétrons  com o substrato orgânico, FS reduzido, que ao reagir com oxigênio

molecular (3O2) produz EROs, como radical hidroxila (OH•), ânion superóxido (O2-•) e

peróxido de hidrogênio (H2O2), capazes de causar danos oxidativos nas células

(MACHADO, 2000). Este mecanismo é a reação tipo I da PDT.

Já a reação tipo II, ocorre quando o FS no estado tripleto excitado transfere

sua energia excedente para oxigênio molecular (3O2), gerando oxigênio singleto

(1O2) que apresenta uma vida muito curta e reativa, devido à configuração eletrônica

instável (DENIS et al., 2011).

O tempo de vida, em água, do oxigênio singleto é “relativamente” longo, de 2

a 4µs, por isso é um principal agente oxidante. Em sistemas biológicos, esse tempo

de vida é muito reduzido, menor do que 0,04µs, pois o 1O2 reage com várias

moléculas biológicas (MACHADO, 2000), como proteínas, ácidos nucléicos e

lipídeos e pode levar a citotoxicidade (REDMOND e GAMLIN, 1999).

Assim, os micro-organismos são eliminados pelo oxigênio singleto, incluindo

vírus e fungo, além da bactéria (SHARMAN, ALLEN e VAN LIER, 1999, MOAN e

BERG, 1991). Tanto a reação do tipo I, quanto a do tipo II causam morte celular

(25)

2.2.4 Mecanismo de dano

Há dois processos fundamentais propostos para explicar o dano na bactéria:

dano no DNA e na membrana citoplasmática, ocasionando extravazamento do

conteúdo citoplasmático ou inativação do sistema de transporte da membrana e

enzimas. O estrago no DNA deve-se ao rompimento de sua fita simples ou dupla e

ao desaparecimento da porção supercondensada do plasmídeo, seja em bactérias

Gram positiva, quanto Gram negativa, após inativação fotodinâmica (BERTOLONI et

al., 2000, FIEL et al., 1981, MENEZES et al., 1990, CAPELLA et al., 1996). O dano

pode ser revertido por inúmeros mecanismos de reparo do DNA (IMRAY e

MACPHEE, 1973).

Estudos têm sugerido que a síntese de EROs após iluminação com pouca

dose de luz é o processo pioneiro para a fotobiomodulação. Entretanto, elevada

quantidade de EROs são tóxicos tanto para células do hospedeiro, quanto para

bactéria. Por isso, estimou-se a fototoxicidade de luz visível de comprimento de

onda entre 400 a 800nm e uma dose de luz de 120J/cm2 na sobrevivência de

inúmeras bactérias patogênicas: S. aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia

coli e Serratia marcescens. Essas bactérias foram selecionadas devido à sua

elevada prevalência em feridas infectadas. Após 24 horas, 1ml de suspensão

bacteriana foi irradiado com luz branca (400 mW/cm2), por 5 minutos (120J/cm2).

Suspensões bacterianas não expostas à luz serviram de controle negativo. A

sobrevivência das células bacterianas foi monitorada pela contagem do número de

unidades formadoras de colônia (UFC) antes e depois ser submetido à iluminação.

Também foi detectado a presença de EROs pela espectroscopia de ressonância

magnética, e a alteração da temperatura durante a iluminação foi controlada. A

(26)

viabilidade bacteriana de 62%, 83% e 56% para E. coli, S. aureus e S. marcescens,

respectivamente. Contudo, nenhuma redução na contagem de colônias da P.

aeruginosa foi relatada. A diminuição na viabilidade bacteriana estava diretamente

relacionada à produção de espécies reativas por estes micro-organismos. O máximo

aumento de temperatura foi de 4°C, quando submetido uma dose de 240J/cm2.

Esses resultados indicaram que a redução na viabilidade durante a iluminação não

foi resultante no aumento de temperatura do meio de cultura, mas do efeito

fototóxico causado pela presença das EROs. Concluiu-se que a luz visível em altas

intensidades pode causar morte bacteriana. Com isso, a irradiação de ferimentos

infectados, com elevada fluência e intensidade, pode diminuir a probabilidade de

ocorrer infecção, anteriormente à iluminação, com reduzidas doses empregadas

para fomentar a cicatrização (LIPOVSKY, NITZAN e LUBART, 2008).

Por acarretar morte celular, pela produção de oxigênio singleto e radicais

livres, é improvável que os micro-organismos submetidos à PDT adquiram

resistência (O’ RIORDAN et al., 2005; PERUSSI, 2007).

2.3 Fotossensibilizador (FS)

Os FS são, na maioria das vezes, moléculas aromáticas,

contendo um cromóforo central, com ramificações auxiliares (auxocromo), sendo

responsável por modificar os elétrons do FS e, com isso, modificando seu espectro

de absorção (WAINWRIGHT et al., 2006).

Algumas características gerais são necessárias para o FS ser utilizado na

PDT, como (STERNBERG, DOLPHIN e BRUCKNER,1998, SIMPLICIO, 2002,

YANO et al., 2011):

(27)

• reduzida toxicidade no escuro (citotoxicidade);

• fotossensibilidade curta;

• formulação simples;

• elevada estabilidade;

• rápida excreção do organismo (farmacocinética favorável);

• fácil manuseio sintético que permita realizar alterações para otimizar as

características desejáveis;

• fácil análise de todos dos elementos da formulação;

• baixo custo;

• boa reprodutibilidade;

• boa seletividade e

• elevada produção de 1O2

A primeira geração de FS são compostos por derivados de hematoporfirínicos

desenvolvidos por Schwartz, no início dos anos 1950. Ele comprovou que a

substância dos ensaios de fotossensibilidade de Meyer-Betz, em 1913, não era

hematoporfirina, como se acreditava por ser facilmente eliminada do organismo, mas

sim inúmeros compostos oligoméricos (STERNBERG, DOLPHIN e BRUCKNER,

1998). Schwartz enriqueceu essa mistura, denominando-a de HpD (Photofrin®)

(Figura 2), e Lipson, com a orientação de Schwartz, nos anos 1960, expôs a

preferência dela em doenças neoplásicas e a incidência de luz resultava na

regressão da patologia. O tratamento clínico para câncer com PDT, iniciou-se no fim

da década de 1960, uma vez que Lipson tratou, com êxito, uma paciente com câncer

de mama empregando HpD e irradiação seletiva nas células tumorais (LIPSON,

1966). O Photofrin® foi o FS pioneiro aprovado pelo FDA para tratamento de câncer,

(28)

Já a segunda geração, é formada por fármacos que apresentam melhorias

nas características foto-físicas em relação ao Photofrin® (SIMPLÍCIO et al., 2002),

isto é, foram projetados para melhor captação seletiva e para aproveitar a

profundidade de penetração da luz em comprimentos de ondas mais elevados que

são utilizada para ativação do Photofrin®. Além de serem, na maioria das vezes,

puros, pode ser ativado quando o comprimento de luz está entre 630 a 800nm e

possuem reduzida incidência e prolongada sensibilidade cutânea (SHIBATA, 2000).

Este grupo abrange o ácido 5-aminolevulínico, derivado de benzoporfirina (Figura 2),

texafirina (Figura 2) e termoporfirina. Estes FS tem elevada capacidade de formar

oxigênio singleto. Na PDT antimicrobiana, os FS mais utilizados são azul de toluidina

O (TBO) e azul de metileno (AM) (Figura 3). Ambos têm propriedades físico-química

idênticas (RAJESH, 2011).

Photofrin® Derivado de benzoporfirina

Texafirina

Figura 2: Estrutura química de alguns FS utilizados para testes clínicos da PDT

(29)

2.4 Azul de metileno (AM)

É um FS aromático, heterocíclico, fenotiazínico, solúvel em água, de fórmula

molecular C16H18ClN3S e massa molar 319,85g/mol. O AM é usado como indicador

e como corante bacteriológico, apresenta diversas aplicações nos mais variados

campos, como da biologia e da química. Também é efetivo na PDT, devido ao seu

comprimento de onda de absorção máxima ser de 660nm, além de elevada

penetração no tecido alvo, com reduzido efeito tóxico e atuação antimicrobiana.

Além disso, é um FS acessível, devido ao seu baixo custo. O AM foi utilizado em

recomendação cirúrgica ressonantes em elevadas concentrações (1% m/v) sem

ocasionar toxicidade em humanos. Os corantes fenotiazínicos são mais eficazes

contra bactérias Gram positivas do que em Gram negativas. (MIYAMOTO et al.,

2007, WAINWRIGHT, 1998, MEISEL e KOCHER 2005).

Figura 3: Estrutura do AM (HAMBLIN e HASAN, 2004).

O AM é um FS catiônico, gerando uma ligação eletrostática na superfície

celular externa, ocasionando em uma lesão inicial em sua parede e levando uma

alta ação fotodinâmica antibacteriana (PRATES et al., 2007, JORI, 2006).

O AM, em solução aquosa, é encontrado na forma de monômeros (soluções

diluídas), dímeros e agregados maiores (soluções muito concentradas), sendo estes

diferenciados pelas respectivas bandas de absorção, máximos em 664nm, 600nm e

(30)

absorção em comprimentos de onda de 600 a 660 nm, região do espectro vermelho

de radiação favorável à PDT devido à eficiente penetração da luz em tecidos

biológicos (STERNBERG et al., 1998, STERNBERG e DOLPHIN, 1996).

Segundo Usacheva, Teichert e Biel (2001), a eficácia do AM e azul de

toluidina (TBO) (Figura 4) foi verificada contra distintas bactérias na presença e

ausência de irradiação vermelha, com os comprimentos de onda de 630 nm e 664

nm. No meio de seis micro-organismos avaliados, um deles foi o S. aureus. A

concentração do corante variou de 1 a 200 µm empregando 0,45% de solução

fisiológica, como solvente. O experimento demostrou que os dois FS foram eficazes

contra bactéria tanto Gram positivas, como as Gram negativas. Nesta pesquisa, o S.

aureus foi a bactéria de maior resistência ao FS e laser, e o AM apresentou uma

elevada efetividade como FS sobre estes micro-organismos do que o TBO. Ambos

os corantes, sem a luz, manifestou toxicidade contra as bactérias.

Figura 4: Estrutura do azul de toluidina (TBO) (HAMBLIN e HASAN, 2004).

O solvente empregado para o FS (AM) pode ter importância para a

fotoquímica do corante. Os solventes comumente usados são água deionizada ou

destilada, solução fisiológica (0,9% e 0,45%) e solução fisiológica tamponada com

fosfato. A redução microbiana foi maior quando o solvente empregado foi a água

(31)

2.5 Bactérias Gram positiva e Gram negativa

Na década de 1990, foi observada uma diferença na susceptibilidade à PDT

entre bactérias Gram positivas e negativas. Descobriu-se que, em geral, moléculas

de FS aniônicas ou neutras são ligadas de modo eficientemente à inativação

fotodinâmica de bactérias Gram positivas, enquanto que as Gram negativas são

relativamente resistentes a estes compostos. A elevada susceptibilidade de

bactérias Gram positivas é elucidada pela membrana citoplasmática, estando

rodeada por uma monocamada relativamente porosa de peptideoglicano e àcido

lipoteicóico e ambas estruturas deixa os FSs não catiônico atravessá-la (figura 5). O

envelope celular das Gram negativas é composto na membrana citoplasmática

interna e uma membrana externa, sendo que entre estas membranas há

peptideoglicano que possui periplasma. A barreira externa forma uma separação

física e funcional entre a célula e o ambiente, sendo formada por diversas proteínas

distintas, algumas delas funcionam como poros que permite a passagem de

nutrientes, enquanto que outras tem função enzimática ou estão envolvidas em

manter a integridade estrutural da membrana externa e a forma da bactéria (MALIK,

(32)

 

Figura 5: O esquema ilustra as diferenças entre a membrana das bactérias Gram

positiva e Gram negativa, respectivamente (Modificado de HAMBLIN e HASAN,

2004).

(33)

O FS com carga positiva pode se ligar a superfície de bactérias carregada

negativamente seja Gram positiva, seja Gram negativa. A conjugação não é apenas

ligada à superfície externa das bactérias, mas também penetra na barreira

permeável (HAMBLIN et al., 2002).

2.6 Diodo emissor de luz (LED: light-emitting diode)

Várias fontes de luz podem ser usadas na PDT. Estas pertencem a três

grandes grupos: as lâmpadas de diodo, as lâmpadas de amplo espectro e os lasers.

As fontes de luz não coerentes descritas em pesquisas clínicas em PDT incluem as

lâmpadas halógenas projetoras de diapositivos, as lâmpadas de diodo (LED) e, a

mais moderna, a luz intensa pulsada (LIP). A intensidade de radiação na PDT é

dada em J/cm2 (ZELICKSON, 2005).

O laser é uma das fontes de luz para aplicação na PDT, devido às suas

propriedades que os distinguem da luz comum, como características

monocromáticas (apenas um comprimento de onda), ser coerente e colimada, além

de elevada potência de saída e fácil acoplamento em fibras ópticas para

fornecimento de luz em endoscopia em cavidades corporais ou implantes intestinais.

Entretanto, os lasers são custosos, inviabilizando seu uso em larga escala

(WILSON, 1998).

Assim, um dos avanços recentes na prática da PDT é a disponibilidade dos

LEDs com comprimentos de ondas compatíveis com os FS empregados atualmente.

Como vantagens, apresentam menor exigência de energia elétrica, portabilidade,

alta confiabilidade, baixo custo, pequeno tamanho e emissão mais ampla, quando

(34)

diferentes cores de LED com radiação que cobre o espectro eletromagnético visível

(figura 6) e infravermelho. (MANG 2004).

(35)

3. Objetivo

3.1. Geral

Estudar a susceptibilidade de Staphylococcus aureus (ATCC 25923) à terapia

fotodinâmica, empregando azul de metileno.

3.2. Específico

- Avaliar a toxicidade no escuro do fotossensibilizador em diferentes

concentrações

- Avaliar a ação da luz na ausência de fotossensibilizador

- Encontrar o melhor parâmetro para a terapia fotodinâmica antimicrobiana em S.

(36)

4. Materiais e métodos

4.1 Preparação das placas de ágar

O meio ágar TSA foi preparado utilizando 40 g/L de Trypticase Soy Agar

(BBL, Cockeysville, MD). O meio foi autoclavado e deixado resfriar para verter nas

placas. Este ágar foi utilizado para preparar placas de cultura. Após a geleificação

do ágar, as placas foram devidamente embaladas em filme de PVC e mantidas em

geladeira por no máximo 7 dias antes da utilização.

4.2 Preparação do caldo TSB (Trypticase Soy Broth)

O meio caldo TSB foi preparado utilizando 30 g/L de Trypticase Soy Broth. O

meio foi autoclavado e mantido em geladeira por no máximo 7 dias antes da

utilização.

4.3 Reativação das cepas e cultivo do Staphylococcus aureus

Foi utilizada neste trabalho cepa padrão American Type Culture Collection

(ATCC) identificada como Staphylococcus aureus (ATCC 25923). Para reativação, a

cepa foi inoculada com auxílio de uma alça estéril em um tubo de ensaio contendo

5mL de caldo TSB. O tubo foi incubado a 37ºC por 24 horas e após este período

observou-se a turvação no meio de cultura indicando viabilidade microbiana. Após a

reativação das cepas, procedeu-se a semeadura pela técnica de estrias, para

obtenção de colônias isoladas, em placas de ágar TSA. As placas foram incubadas

a 37ºC por 24 horas. Após a incubação, foram selecionadas 3 a 5 colônias

semelhantes às quais foram transferidas para um tubo com 2 mL de caldo TSB. O

(37)

4.4 Preparação do inóculo bacteriano

Para obtenção do inóculo bacteriano, foram pipetados em um tubo de ensaio

aproximadamente 9 µL de caldo TSB e 1µL da suspensão bacteriana, de modo a

produzir uma leve turvação, de densidade visualmente equivalente ao tubo 0,5 da

escala de McFarland. Para o ajuste do inóculo, foram pipetados 200 µL de caldo

TSB em um poço de microplaca e 200µL da suspensão bacteriana em outro poço. A

absorbância foi medida utilizando espectrofotômetro com comprimento de onda de

625 nm. A diferença entre as duas absorbâncias deve variar de 0,08 a 0,10, que

corresponde à escala 0,5 de McFarland.

4.5 Fotossensibilizador

Em ambiente protegido da luz, foi dissolvido o AM, que é fotossensível, em

caldo PBS para permitir concentrações de 200,0; 100,0; 50,0; 25,0; 12,5; 6,25

µg/mL.

Estas seis soluções de azul de metileno em diferentes concentrações foram

preparadas imediatamente antes do uso. Os tubos contendo as soluções foram

envolvidos em papel alumínio para manter o FS sem exposição à luz durante a

realização dos experimentos.

4.6 Grupos estudados

Os experimentos foram realizados em fase planctônica (suspensão) utilizando

Staphylococcus aureus. Os grupos estudados foram: controle: sem FS e sem luz

(FS-L-); FS: com FS e sem luz (FS+L-); Luz: sem FS e com luz (FS-L+) e PDT: com

FS e com luz (FS+L+). Foram realizados 3 experimentos independentes em

(38)

4.7 Grupo controle (FS-L-) e Grupo FS (FS+L-)

Para cada concentração do AM do grupo FS e para o controle foi adicionado

1mL do inóculo na escala 0,5 de McFarland em um tubo de Eppendorf. Os tubos

foram centrifugados a 3000rpm por 5 minutos para remoção do excesso de meio de

cultura. Removeu-se o excesso de meio e adicionou-se 1mL de cada concentração

do AM em seus respectivos tubos contendo o pellet bacteriano. Para o controle, o

AM foi substituído por caldo TSB. Em seguida os tubos foram homogeneizados,

envolvidos em papel alumínio para manter o FS sem exposição à luz e mantidos em

temperatura ambiente (20 a 25ºC) por 25 minutos.

Para cada concentração do AM e para o controle foi preparada uma

sequência de tubos de Eppendorf enumerados de 1 a 4. Nos tubos com número 1,

foi adicionado 990µL de caldo TSB e nos tubos de 2 a 4 foi adicionado 900µL de

caldo TSB. Após os 25 minutos, foram transferidos 10µL das soluções

homogeneizadas de cada concentração e do controle para o tubo 1, a partir do qual

foram transferidos 100µL para o tubo 2, e repetiu-se o procedimento até o tubo 4, a

fim de obter-se diluições seriadas na ordem de 106, 105, 104, e 103 bactérias/mL.

Após as diluições, foram transferidos 100µL do tubo 4 para a placa de ágar TSA, na

diluição de 102 bactérias/mL. As suspensões bacterianas foram espalhadas nas

placas com auxílio de alças de vidro autoclavadas. As placas foram mantidas em

estufa à temperatura de 37ºC por 48 horas. Os procedimentos de semeadura foram

realizados em triplicatas. Após 48 horas de incubação, realizou-se a contagem de

(39)

4.8 Grupo Luz (FS-L+) e Grupo PDT (FS+L+)

Para cada concentração do AM do grupo PDT e para o grupo Luz foi

adicionado 1mL do inóculo na escala 0,5 de McFarland em um tubo de Eppendorf.

Os tubos foram centrifugados a 3000rpm por 5 minutos para remoção do excesso de

meio de cultura. Removeu-se o excesso de meio e adicionou-se 1mL de cada

concentração do AM em seus respectivos tubos contendo o pellet bacteriano. Para o

grupo Luz, o AM foi substituído por caldo TSB. Em seguida os tubos foram

homogeneizados, envolvidos em papel alumínio para manter o FS sem exposição à

luz e mantidos em temperatura ambiente (20 a 25ºC) por 5 minutos.

Para cada concentração do AM e para o grupo Luz foi preparada uma

sequência de tubos de Eppendorf enumerados de 1 a 4. Nos tubos com número 1,

foi adicionado 990µL de caldo TSB e nos tubos de 2 a 4 foi adicionado 900µL de

caldo TSB. Para a aplicação da PDT, após os 5 minutos as suspensões bacterianas

foram plaqueadas em placa de 96 poços. Cada poço refere-se a uma concentração

do AM do grupo PDT e ao grupo Luz, recebendo 200µL da suspensão. Como fonte

de Luz foi utilizado LED vermelho, com potência de saída de 15 mW cada diodo e

comprimento de onda de 660 nm. A luz foi entregue de maneira a cobrir toda

extensão do poço irradiado, por 20 minutos. Considerando a potencia de 15mW e o

tempo de 20 minutos a dose utilizada foi de aproximadamente 56 Joules/cm2 por

poço irradiado. O formato de feixe gerado por este sistema permitiu uma irradiação

pontual pelo spot uniformemente circular formado. Cada placa recebeu apenas um

tipo de tratamento para não haver qualquer interferência durante a irradiação.

Após os 20 minutos, foram transferidos 10µL das soluções de cada

(40)

transferidos 100µL para o tubo 2, e repetiu-se o procedimento até o tubo 4, a fim de

obter-se diluições seriadas na ordem de 106, 105, 104, e 103 bactérias/mL. Após as

diluições, foram transferidos 100µL do tubo 4 para a placa de ágar TSA, na diluição

de 102 bactérias/mL. As suspensões bacterianas foram espalhadas nas placas com

auxílio de alças de vidro autoclavadas. As placas foram mantidas em estufa à

temperatura de 37ºC por 48 horas. Os procedimentos de semeadura foram

realizados em triplicatas. Após 48 horas de incubação, realizou-se a contagem de

(41)

5. Resultados

Após o tratamento de todos os grupos estudados a fração de sobrevivência foi

calculada pela contagem das unidades formadoras de colônia (UFC).

A tabela 1 apresenta os resultados da porcentagem média de sobrevivência das

culturas bacterianas de S. aureus na presença de soluções de AM em diferentes

concentrações (Grupo FS +L-).

Tabela 1: Média de UFC, média de sobrevivência (%) e desvio padrão dos grupos

FS e controle no S. aureus.

Grupos Média de UFC Média de sobrevivência (%) Desvio padrão

FS (200 µg/mL) 164,88 40,64 12,71

FS (100 µg/mL) 124,77 34,14 21,28

FS (50 µg/mL) 231,55 56,61 31,90

FS (25 µg/mL) 259,22 60,76 30,71

FS (12,5 µg/mL) 120,77 53,61 31,99

FS (6,25 µg/mL) 258 59,79 22,83

Controle 458,44 100 0

(42)

S. aureus

FS (FS+L-)

Controle FS 6.25 FS 12.5 FS 25 FS 50 FS 100 FS 200 0 50 100

I

Grupos Po rc e n ta g e m M é d ia d e So b re v iv ê n c ia ( % )  

 Gráfico 1: Média de sobrevivência (%) do S. aureus quando submetido à diferentes

concentrações de azul de metileno.

O gráfico anterior mostra que a toxicidade do AM, no escuro, foi significativa

para redução de S. aureus apenas nas concentrações de 200 e 100 µg/mL com taxa

de sobrevivência, de aproximadamente 40 e 30%, respectivamente. Já as

concentrações de 6,25 a 50,0 µg/mL demonstraram ser concentrações que podem

ser aplicadas na PDT para este micro-organismo.

A tabela 2 mostra os resultados da aplicação da luz LED vermelha sobre o

(43)

Tabela 2: Média de UFC, média de sobrevivência (%) e desvio padrão dos grupos

Luz e Controle no S. aureus.

Grupos Média de UFC Média de sobrevivência (%) Desvio padrão

Luz 252,66 61,88 8,95

Controle 408,33 100 0

 

Controle Luz

0 50 100

I

S. aureus

LUZ (FS-L+)

Grupos Po rc e n ta g e m M é d ia d e So b re v iv ê n c ia ( % )  

Gráfico 2: Média de sobrevivência (%) do grupo Luz (FS-L+) no S. aureus.

O resultado do grupo Luz mostra que não há redução bacteriana significativa,

e que a média de sobrevivência é cerca de 60%. Entretanto, o resultado esperado

era que a sobrevivência fosse maior, fato não encontrado neste estudo

provavelmente devido ao baixo numero de repetições realizadas (apenas 3

(44)

A tabela 3, a seguir, apresenta o resultado do efeito antibacteriano da PDT,

utilizando o AM em diferentes concentrações e a luz LED vermelha do grupo PDT

(FS+L+).

Tabela 3: Média de UFC, média de sobrevivência (%) e desvio padrão do grupo

PDT no S. aureus.

Grupos Média de UFC Média de sobrevivência (%) Desvio padrão

FS (200 µg/mL) 4,53 1,11 0,2

FS (100 µg/mL) 2,74 0,66 0,3

FS (50 µg/mL) 3,18 0,77 0,14

FS (25 µg/mL) 2,29 0,55 0,1

FS (12,5 µg/mL) 0,45 0,11 0,05

FS (6,25 µg/mL) 12,25 3 1,14

(45)

Controle PDT 6.25 PDT 12.5 PDT 25 PDT 50 PDT 100 PDT 200 0 50 100 S. aureus PDT (FS+L+)

I

Grupos Po rc e n ta g e m M é d ia d e So b re v iv ê n c ia ( % )  

Gráfico 3: Média de sobrevivência (%) do grupo PDT (FS+L+) no S. aureus. 

O resultado do grupo PDT mostra que em todas as concentrações testadas

observamos uma redução bacteriana significante. Na menor concentração testada,

(6,25µg/mL) notamos a maior média de sobrevivência deste grupo, 3% mas ainda é

uma alta morte bacteriana (aproximadamente 97%).

A concentração 12,5 µg/mL foi a que apresentou menor taxa de

sobrevivência, cerca de 0,1%, neste caso, se o estudo tivesse um maior número de

repetições, esta seria a concentração escolhida para possíveis aplicações clínicas.

As demais concentrações encontram-se próximas de 0,5 a 1% de sobrevivência. As

concentrações 100,0; 50,0 e 25,0 µg/mL seriam consideradas estatisticamente

iguais.

 

(46)

C 6.25 12.5 25 50 100 200 Luz 6.25 12.5 25 50 100 200 0 50 100 S. aureus

I

FS PDT Po rc e n ta g e m M é d ia d e So b re v iv ê n c ia ( % )    

Gráfico 4: Média de sobrevivência dos grupos Controle (FS-L-), FS (FS+L-), Luz

(FS-L+), e PDT (FS+L+), respectivamente, no S. aureus.

O gráfico 4 compara os resultados de todos os grupos testados. No grupo

PDT encontramos resultados muito próximos do zero, mostrando a capacidade de

(47)

6. Discussão

A terapia fotodinâmica antimicrobiana tem sido sugerida como tratamento

alternativo para infecções superficiais de mucosa e de derme (WAINWRIGHT,

1998), onde estão presentes micro-organismos susceptíveis e resistentes aos

tratamentos convencionais. Entretanto, apesar de passados 100 anos da primeira

publicação sobre efeitos fotodinâmicos de compostos químicos contra

micro-organismos (RAAB, 1990), a PDT com enfoque antimicrobiano ainda se encontra em

fase de experimentação (BREDELL et al., 2010). Até o momento, os estudos

buscam determinar parâmetros adequados para aplicação clínica da PDT

antimicrobiana, o que envolve avaliar diferentes FS, fontes e doses de luz e

concentrações dos fármacos. Diante disso, os estudos têm procurado identificar FS

com atividade antimicrobiana quando associada com a luz LED, uma fonte de luz de

menor custo e tecnologia mais simples se comparada com a dos aparelhos laser,

facilitando a aplicação clínica dessa terapia (KONOPKA et al., 2007). Dessa forma,

neste estudo utilizamos a luz Led vermelha associada ao azul de metileno na

susceptibilidade de S.aureus.

Nossos resultados estão de acordo com a literatura e demonstram que a

combinação do AM com a luz LED vermelho foi eficaz na redução do S. aureus.

Entretanto, quando aplicados isoladamente, não causam diminuição significativa da

carga microbiana.

Em concordância com nossos resultados, Fimple e colaboradores (2008)

demonstraram que o AM apresentou baixa toxicidade no escuro e que a terapia

fotodinâmica em microrganismos como Enterococcus faecalis apresentou uma taxa

(48)

Neste estudo o LED foi utilizado devido ao preço reduzido, portabilidade, alta

confiabilidade e facilidade no transporte, da mesma forma que Giusti e

colaboradores (2010) utilizaram com sucesso LEDs vermelhos na aplicação clínica

para redução bacteriana em pacientes periodontalmente comprometidos.

A redução de S. aureus foi testada por Ferraz e colaboradores (2011) de

maneira pioneira utilizando a quimiluminescência como fonte de energia para

aplicação da terapia fotodinâmica e também obtiveram sucesso na redução de S.

aureus via PDT.

Além disso, quando comparamos com outras terapias antimicrobianas, a PDT

tem muitas vantagens como a alta especificidade (o FS pode ser fornecido à célula e

pode ser altamente focado no local da lesão, nos casos de tratamento cutâneo),

poucos efeitos colaterais indesejáveis e baixa probabilidade de desenvolvimento de

resistência pelos micro-organismos (DOVIGO, 2011b).

Portanto, o resultado deste estudo piloto, quanto à terapia fotodinâmica

antimicrobiana, condiz com os diversos trabalhos encontrados na literatura,

(49)

7. Conclusão

Dentro das limitações deste estudo piloto, observamos que a terapia

fotodinâmica mediada por azul de metileno, pode ser utilizada na redução de S.

(50)

8. Referências Bibliográficas

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Imagem

Figura 1: Diagrama de Jablonski
Figura  2:  Estrutura  química  de  alguns  FS  utilizados  para  testes  clínicos  da  PDT  (HAMBLIN e HASAN, 2004)
Figura 3: Estrutura do AM (HAMBLIN e HASAN, 2004).
Figura 4: Estrutura do azul de toluidina (TBO) (HAMBLIN e HASAN, 2004).
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