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Análise de variância multivariada para os cruzamentos dialélicos.

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Academic year: 2017

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CRUZAMENTOS DIALÉLICOS

1

CARLOS ALBERTO DA SILVA LEDO

2

DANIEL FURTADO FERREIRA

3

MAGNO ANTÔNIO PATTO RAMALHO

4

RESUMO – Com este trabalho objetivou-se apresentar

a análise de variância multivariada para os cruzamen-tos dialélicos, com o intuito de fornecer meios mais efi-cientes para a seleção de genótipos superiores. Entre as metodologias mais comumente utilizadas para análise dialélica, cita-se a proposta por Gardner e Eberhart (1966), por meio da qual são estimados os efeitos dos genitores e da heterose entre seus híbridos. Essa meto-dologia, no entanto, é proposta apenas para o caso uni-variado. O fato é que, para a obtenção de populações superiores, os melhoristas necessitam avaliar vários ca-racteres paramelhorinferirsobrea superioridaderela-

tiva dos mesmos. Para isso, foi adotado um modelo ex-tendido para um número k > 1 de variáveis. Inicialmen-te, foram obtidos, pelo método dos quadrados mínimos, as expressões explícitas dos estimadores dos efeitos ge-néticos desse modelo e de suas respectivas variâncias. Posteriormente, foram obtidas as matrizes de soma de quadrados e produtos relacionados. Finalmente, foram apresentados os testes multivariados para as hipóteses de interesse. A análise de variância multivariada para os cruzamentos dialélicos pode ser realizada para esti-mar a heterose em várias características simultanea-mente.

TERMOS PARA INDEXAÇÃO: Análise dialélica, seleção de múltiplas características, heterose, modelo de

Gardner e Eberhart.

MULTIVARIATE ANALYSIS OF VARIANCE FOR DIALLEL CROSSES

ABSTRACT – Multivariate analysis of variance

(MANOVA) was presented to provide a more efficient way to select superior genotypes from diallel crosses. Gardner and Eberhart (1966) model is one of the most commonly used methodologies for diallel analysis, in which parents (varieties) and heterosis effects are estimated, despite been presented by the authors as an univariate methodology. On the other hand, to get better populations and broaden the inference, plant

breeders use to evaluate many traits. An extension of this model to k > 1 traits was adopted. Explicit expressions to least squares estimates of genetic effects and their variances were worked out. Sums of squares and products matrices were also given. Multivariate tests for the hypotheses of interest were presented. MANOVA on diallel crosses can be accomplished to estimate simultaneously the heterosis in several traits.

INDEX TERMS: Diallel analysis, multiple traits selection, heterosis, Gardner and Eberhart model.

INTRODUÇÃO

No melhoramento de plantas, a hibridação das linhagens e populações representa um dos pontos fun-damentais, pois possibilita a combinação de alelos favo-ráveis que estão em genitores diferentes, com o intuito de produzir novas cultivares adaptadas (RAMALHO et

al., 1993). Uma das dificuldades encontradas pelo me-lhorista se refere à escolha de materiais promissores pa-ra serem usados como genitores num progpa-rama de hi-bridação. Essa escolha, quando bem feita, propicia a obtenção de populações segregantes, com potencial de fornecer progênies superiores, traduzindo-se em maior eficiência do programa de melhoramento. Aidentifica-

1. Parte da tese apresentada à UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS/UFLA, Caixa Postal 37 – 37200-000 – Lavras, MG, pelo primeiro autor, para obtenção do grau de Doutor, na área de Genética e Melhoramento de Plantas.

2. Engenheiro Agrônomo, D.Sc., Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Caixa Postal 07 – 44380-000, Cruz das Almas, BA. ledo@cnpmf.embrapa.br.

(2)

ção de metodologias que auxiliam nessa escolha efi-ciente tem recebido uma maior atenção dos pesquisa-dores (BAENZIGER e PETERSON, 1991; BERNARDO, 1996; ABREU, 1997; SOUZA 1997; CHARCOSSET et al., 1998).

Entre as técnicas que auxiliam na escolha de genitores, os cruzamentos dialélicos têm sido larga-mente utilizados por melhoristas. Isso porque possi-bilitam a obtenção de informações com base no comportamento “per se” de um grupo de genitores e, principalmente, por considerar sua capacidade de combinação ao formar híbridos. Entre as metodolo-gias de escolha de genitores mais comumente utili-zadas, citam-se as propostas por Griffing (1956) e por Gardner e Eberhart (1966). Para o estudo mais detalhado da heterose, a metodologia desenvolvida por Gardner e Eberhart (1966) tem sido mais utili-zada por permitir o desdobramento desse efeito em heterose média, heterose do genitor e heterose espe-cífica. No entanto, essa metodologia é proposta ape-nas para o caso univariado.

O fato é que, para a obtenção de materiais gené-ticos superiores, os melhoristas necessitam avaliar vá-rios caracteres para melhor inferir sobre a superiorida-de relativa dos mesmos. Na aplicação superiorida-de técnicas bio-métricas, o que se utiliza normalmente é a análise uni-variada, sendo as análises combinadas, em geral, restri-tas a procedimentos bivariados. A análise dessas variá-veis isoladamente poderá não ser suficiente para mode-lar o fenômeno, pois não consideram as correlações existentes entre elas. Dessa forma, a utilização da teoria de análise multivariada permite combinar as múltiplas informações contidas na unidade experimental, de mo-do que facilite a execução da seleção com base na com-binação de variáveis, possibilitando discriminar as po-pulações mais promissoras, principalmente no contexto genético.

A utilização de técnicas de análise multi-variada tem sido pouco aproveitada na análise de cruzamentos dialélicos. Martinez Garza (1983) dis-cutiu a técnica de análise de variância multivariada para os modelos 2 e 4 de Griffing (1956). Sakaguti (1994) apresentou, com base no modelo proposto por Griffing (1956), a técnica de análise de variância multivariada para dialelos completos não-balanceados em cruzamentos com coelhos. Atual-mente, contando com a maior disponibilidade dos recursos na área da informática, as pesquisas podem explorar melhor novas técnicas de análise (Cruz, 1990).

Conduziu-se este trabalho com o objetivo de de-senvolver as expressões para a análise de variância multivariada do modelo de cruzamentos dialélicos de Gardner e Eberhart (1966).

METODOLOGIA

Foram considerados um cruzamento dialélico com p genitores, suas p(p−1)/2 combinações híbridas e a avaliação de k variáveis. Seja Yij(t) o valor médio

observado em um genitor, quando i = j, ou em uma combinação híbrida, quando i ≠ j e j > 1, na t-ésima variável, sendo i, j = 1, 2, ..., p e t = 1, 2, ..., k.

Para a obtenção da extensão multivariada do método de Gardner e Eberhart (1966), foram emprega-dos os seguintes modelos estatísticos:

(1) Yij(t) = m(t) +

e

ij.(t)

(2) Yij(t) = m(t) +

(

v

v

)

2

1

(t) j ) t (

i

+

+

e

ij.(t)

(3) Yij(t) = m(t) +

(

v

v

)

2

1

(t) j ) t (

i

+

+ θ

h

(t) +

e

ij.(t)

(4) Yij(t) = m(t) + (v v )

2

1 (t)

j ) t (

i + + θ(

h

(t) + hi(t) + hj(t) )+

ij

e

.(t)

(5) Yij(t) = m(t) +

(

v

v

)

2

1

(t) j ) t (

i

+

+ θ(

h

(t) + hi(t) + hj(t)

+ sij(t) ) +

e

ij.(t)

em que:

m(t): média geral, para a variável t;

vi(t) e vj(t): efeito dos genitores i e j, para a variável t;

h

(t): efeito da heterose média, para a variável t;

hi(t) e hj(t): efeito heterótico dos genitores i e j, para

variável t;

sij(t): efeito da heterose específica entre os

geni-tores i e j, para a variável t;

ij

e

.(t): erro experimental médio, em que os

e

ij. têm

distribuição multinormal k-dimensional, com vetor nulo de médias e uma matriz de variâncias e covariâncias Σ;

θ = 0, quando i = j e θ = 1, quando i ≠ j.

(3)

to-dos os cruzamentos; no modelo reduzido (4), admi-te-se que a heterose não é a mesma para todos os cruzamentos, e cada genitor apresenta um efeito he-terótico próprio, no modelo completo (5), admitem-se as mesmas pressuposições do modelo reduzi-do (4) mais um efeito adicional, resultante da hete-rose específica de cada cruzamento entre os genito-res i e j.

Para a estimação dos efeitos da constante (m(t)), dos genitores (v

i(t) e vj(t)) e das heteroses (

h

(t),

hi(t), hj(t) e sij(t)) e de suas respectivas variâncias e

somas de quadrados e produtos, utilizou-se o método dos quadrados mínimos. Assim, obtiveram-se as so-luções com base nas equações normais X'X

β

ˆ

= X'Y, derivadas do modelo linear Y = Xβ + ε, em que Y é matriz de médias da tabela dialélica, X é matriz com os coeficientes relacionados aos parâme-tros do modelo, β é matriz de parâmetros do modelo e ε é a matriz de erros.

Uma vez que a matriz X não é de posto coluna completo e pela necessidade de tornar certas funções paramétricas estimáveis, foram adotadas as seguintes restrições paramétricas:

(1)

i

g

i(t) =

j

gj(t) = 0

(2)

i

h

i(t) =

j

h

j(t) = 0

(3)

i

s

ij(t) =

j

sij(t) = 0

Os estimadores dos efeitos da constante (m(t)),

dos genitores (vi(t) e vj(t)) e das heteroses (

h

(t), hi(t), hj(t) e

sij(t)) foram obtidos por meio da solução do sistema de

equações normais dada por X'XR

β

ˆ

= X'Y para cada

modelo considerado.

Admitindo-se o modelo completo (5) como fixo e que se tenha interesse em testar hipóteses de funções lineares algumas estimáveis sob restrição paramétrica, foram obtidas as variâncias dos efeitos e dos contrastes entre efeitos.

As matrizes de somas de quadrados e produtos (SQP), associadas aos parâmetros de cada modelo con-siderado, foram dadas por:

SQP do modelo reduzido (1) = SQP da constante = R(

m

(t)) =

β

ˆ

'

X

'

Y

(1)= C

SQP do modelo reduzido (2) = R (

m

(t), vi(t),

v

j(t))

=

β

ˆ

'

X

'

Y

(2)

SQP do modelo reduzido (3) = R (

m

(t),

v

i(t),

v

j(t),

) t (

h

) = βˆ'X'Y(3)

SQP do modelo reduzido (4) = R (

m

(t),

v

i(t),

v

j(t), )

t (

h

,

h

i(t), ) t ( j

h

) =

β

ˆ

'

X

'

Y

(4)

SQP do modelo completo (5) = R (

m

(t),

v

i(t),

v

j(t), )

t (

h

,

h

i(t),

h

j(t),

s

ij(t)) =

β

ˆ

'

X

'

Y

(5)

As matrizes de somas de quadrados e produtos para os efeitos do genitor, da heterose, da heterose mé-dia, da heterose do genitor e da heterose específica fo-ram obtidas por meio de:

SQP (genitor) =

β

ˆ

'

X

'

Y

(2)−

β

ˆ

'

X

'

Y

(1) = R (

v

i(t), )

t ( j

v

/

m

(t))

SQP (heterose) = βˆ'X'Y(5)− βˆ'X'Y(2) = R (

h

(t), )

t ( i

h

,

h

j(t),

s

ij(t)/

m

(t),

v

i(t),

v

j(t))

SQP (heterose média) =

β

ˆ

'

X

'

Y

(3)−

β

ˆ

'

X

'

Y

(2) = R

(

h

(t)/

m

(t),

v

i(t),

v

j(t))

SQP (heterose do genitor) = βˆ'X'Y(4) − βˆ'X'Y(3) = R

(

h

i(t),

h

j(t)/

m

(t),

v

i(t),

v

j(t),

h

(t))

SQP (heterose específica) =

β

ˆ

'

X

'

Y

(5) −

β

ˆ

'

X

'

Y

(4) = R

(sij(t)/

m

(t),

v

i(t),

v

j(t),

h

(t),

h

i(t),

h

j(t))

O esquema da análise de variância multivariada, para o modelo proposto por Gardner e Eberhart (1966), é apresentado na Tabela 1.

(4)

TABELA 1 − Esquema da análise de variância multivariada para o modelo de análise dialélica proposto por Gardner e Eberhart (1966).

FV GL Matriz de SQP

Genitor (p-1) SQP (genitor)

Heterose p(p-1)/2 SQP (heterose)

Heterose média 1 SQP (heterose média)

Heterose do genitor (p-1) SQP (heterose do genitor)

Heterose específica p(p-3)/2 SQP (heterose específica)

Resíduo ν1 SQP (resíduo)2

1 νν é o número de graus de liberdade do resíduo.

2 SQP (resíduo) é a matriz de soma de quadrados e produtos do resíduo dividida pelo número de observações

que deram origem às médias da tabela dialélica, obtida em análise de variância multivariada preliminar.

TABELA 2 − Estatísticas multivariadas e suas equivalências aproximadas com a distribuição de F.

Critério Estatística Aproximação de F GL de F

Wilks

λ

+

=

+

=

Λ

i

1

1

E

H

E

    −        

Λ Λ −

= −

pq f 2 rt 1

F 1

1

t

t v1 = pq

v2 = rt − 2f

Traço de Pillai

[

]

+λ λ = +

= −

1 i 1

1 )

E H ( H tr

V 

  

 

+ +

+ +      

− =

1 s m 2

1 s n 2 V s

V

F v1 = s(2m+s+1)

v2 = 2(2n+s+1)

Raiz máxima de Roy θ=λi d

) q d (

F=θν− + v1 = d

v2 = ν−d+q

Traço de

Hotelling-Lawley

λ =

= −

i 1)

HE ( tr

U s (2m s 1) U ) 1 sn ( 2 F 2

+ + +

= v1 = s(2m+s+1)

v2 = 2(sn+1)

em que p: número de variáveis = posto(H + E); q: GL de tratamento (ou do contraste); ν: GL do resíduo; s

= min(p, q); r = ν−− (p −− q + 1)/2; f = (pq −− 2)/4; d = max(p, q); m = (|p −− q| −− 1)/2; n = (ν−− p −− 1)/2; H:

matriz de somas de quadrados e produtos da fonte de variação da hipótese nula (H0); E: matriz de somas de

quadrados e produtos do resíduo médio; e

2 2

2 2

2 2

p q 4

, se (p q 5) 0

t p q 5

1, caso contrário.

+ − > 

= + −

(5)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As expressões dos estimadores dos efeitos da constante (m(t)), dos genitores (v

i(t) e vj(t)) e das

hetero-ses (

h

(t), hi(t), hj(t) e sij(t) são dadas por:

(i) (t) YG(t) p 1

mˆ =

(ii) i(t) ii(t) YG(t)

p 1 Y

vˆ = −

(iii)

(

Y

..

Y

pY

)

)

1

p

(

p

1

h

(t) (t)

+

H(t)

G(t)

=

(iv)       + − −

= (t)

G ) t ( H ) t ( ii ) t ( i ) t (

i 2p Y

2 p Y p 2 Y 2 p . Y 2 p 1 hˆ (v)       − − − + − − −

= (t)

H ) t ( jj ) t ( j ) t ( ii ) t ( i ) t ( ij ) t ( ij Y 1 p 2 ) Y . Y ( ) Y . Y ( 2 p 1 Y sˆ em que:

YG(t): somatório dos valores médios dos genitores,

para a variável t;

YH(t): somatório dos valores médios das

combina-ções híbridas, para a variável t;

Y..(t): somatório dos valores médios dos genitores e

das combinações híbridas, para a variável t; Yi.(t): somatório dos valores médios de um genitor i

e de suas respectivas combinações híbridas, para a variável t;

Yii(t): valor médio do genitor i, para a variável t.

As expressões das variâncias dos efeitos genéti-cos do modelo e das variâncias entre contrastes dos efeitos são dadas por:

(i) r QMR p 1 ) mˆ (

Vˆ (t) = (t)

(ii) r QMR p 1 p ) vˆ ( Vˆ ) t ( ) t (

i = −

(iii) r QMR 2 ) vˆ vˆ ( Vˆ ) t ( ) t ( j ) t (

i − =

(iv) r QMR ) 1 p ( p 1 p ) h (

Vˆ (t) (t)

− + = (v)

r

QMR

)

2

p

(

p

4

)

2

p

)(

1

p

(

)

(

i(t) (t)

+

=

(vi)

r

QMR

)

2

p

(

2

2

p

)

(

i(t) j(t) (t)

+

=

(vii) r QMR 1 p 3 p ) sˆ (

Vˆ ij(t) = − (t)

(viii) r QMR 2 p ) 3 p ( 2 ) sˆ sˆ (

ij(t) ik(t) (t)

− − = − (ix) r QMR 2 p ) 4 p ( 2 ) sˆ sˆ (

ij(t) km(t) (t)

− − = −

em que:

QMR(t): quadrado médio do resíduo obtido em

análi-se de variância univariada preliminar, para a variável t;

r: número de observações que deram origem aos valores médios da tabela dialélica.

Observa-se que as expressões dos estimadores dos efeitos genéticos do modelo, de suas variâncias e das variâncias entre contrastes dos efeitos foram as mesmas obtidas, considerando o modelo univariado de Gardner e Eberhart (1966).

As matrizes de SQP resultantes do desenvolvi-mento de R(⋅/⋅), para as diferentes reduções considera-das, apresentam dimensão k × k. Na diagonal da ma-triz, têm-se as somas de quadrados e, fora da diagonal, têm-se as somas de produtos. Seja o elemento amn

per-tencente a essa matriz de SQP, em que o m represen-ta a m-ésima linha e o n represenrepresen-ta a n-ésima coluna, para m, n = 1, 2, ..., t, ..., k.

Os elementos da diagonal (att) e os demais

ele-mentos (amn) da matriz de SQP para efeito do genitor

são dados por:

att =

        − +

+

i

) t ( 2 .. 2 ) t ( i ) t (

ii pY

4 ) . Y Y ( 2 p 1 e

amn =

     − + +

+

i

) n ( ) m ( ) n ( i ) n ( ii ) m ( i ) m (

ii Y.. Y..

p 4 ) . Y Y )( . Y Y ( 2 p 1

(6)

att = ) t ( 2 .. i 2 ) t ( i ) t ( ii i j ) t ( 2 ij

Y

)

2

p

)(

1

p

(

2

)

.

Y

Y

(

2

p

1

Y

+

+

+

+

+

∑ ∑

≤ e

amn =

+

+

+

+

∑ ∑

)

.

Y

Y

(

)

.

Y

Y

(

2

p

1

Y

Y

(n)

i ) n ( ii i ) m ( i ) m ( ii i j ) n ( ij ) m ( ij ) n ( 2 .. ) m ( 2 ..

Y

Y

)

2

p

)(

1

p

(

2

+

+

Para a matriz de SQP, para o efeito da heterose média, obtiveram-se:

att =

) t ( 2 .. ) t ( 2 H ) t ( 2 G

Y

)

1

p

(

p

2

Y

)

1

p

(

p

2

Y

p

1

+

+

e

amn = G(m) G(n) H(m) H(n) p(p 1)Y..(m)Y..(n)

2 Y Y ) 1 p ( p 2 Y Y p 1 + − − +

O efeito da heterose do genitor é dado por:

att = −

        − − − + −

i ) t ( 2 H 2 i ) t ( ii ) t ( i ) t ( 2 G ) t ( 2

ii pY

4 ) Y . Y ( 2 p 1 Y p 1 Y

+

+

i

) t ( 2 .. 2 ) t ( i ) t ( ii

Y

p

4

)

.

Y

Y

(

2

p

1

e

amn =

+

(n)

H ) m ( H i ) n ( ii ) n ( i i ) m ( ii ) m ( i ) n ( G ) m ( G ) n ( ii ) m (

ii

Y

Y

p

4

)

Y

.

Y

)(

Y

.

Y

(

2

p

1

Y

Y

p

1

Y

Y

+

+

+

i ) n ( ) m ( ) n ( i ) n ( ii ) m ( i ) m (

ii

Y

..

Y

..

p

4

)

.

Y

Y

)(

.

Y

Y

(

2

p

1

Para o efeito da heterose específica, têm-se:

att =

) t ( 2 H i j 2 ) t ( ii ) t ( i i ) t ( 2 ij

Y

)

2

p

)(

1

p

(

2

)

Y

.

Y

(

2

p

1

Y

+

∑ ∑

< e

amn =

∑ ∑

<

+

i j ) n ( ii ) n ( i ) m ( ii ) m ( i i ) n ( ij ) m (

ij

(

Y

.

Y

)(

Y

.

Y

)

2

p

1

Y

Y

YH(m)YH(n)

) 2 p )( 1 p ( 2 − −

Observa-se que as expressões das somas de qua-drados dos efeitos genéticos do modelo no caso univaria-do são equivalentes aos elementos da diagonal da ma-triz de somas de quadrados e produtos para o caso mul-tivariado, considerando uma determinada variável t. Para os demais elementos fora da diagonal, tem-se a soma de produtos entre duas variáveis consideradas.

(7)

(CRUZ e REGAZZI, 1997). Segundo Camussi et al. (1985), o método de análise multivariada pode ser fa-cilmente aplicado para uma larga variedade de modelos genéticos, ressalvando-se apenas os casos em que os efeitos ambientais não estão suficientemente controla-dos para assegurar a homocedasticidade controla-dos dacontrola-dos.

Uma vantagem da extensão multivariada, quan-do comparada com a metoquan-dologia univariada tradicio-nal, é a possibilidade de se estimar as matrizes de va-riâncias e covava-riâncias dos efeitos genéticos do modelo. Dessa forma, podem-se estimar as correlações fenotípi-cas e genotípifenotípi-cas entre esses efeitos, podendo-se, conse-qüentemente, utilizar tais informações para a orienta-ção de programas de melhoramento.

De maneira geral, as informações fornecidas pe-la modepe-lagem univariada são contemppe-ladas pepe-la exten-são multivariada, sem, no entanto, levar em considera-ção um nível de significância conjunto e o aproveita-mento das correlações existentes entre as variáveis (DEMÉTRIO, 1985). Para utilização da informação da análise de variância multivariada, o melhorista pode utilizar uma ampla gama de metodologias multivaria-das para complementar os resultados obtidos e propi-ciar subsídios para utilização prática das informações resultantes. Dentre as várias possibilidades, destacam-se as variáveis canônicas, os componentes principais, a análise de fatores e os índices de seleção de Smith e Hazel (CRUZ e REGAZZI, 1997).

Essas metodologias multivariadas podem ser aplicadas a cada efeito genético do modelo (genitor, he-terose média, hehe-terose do genitor, hehe-terose específica), tanto nas estimativas fenotípicas como nas matrizes de variâncias e covariâncias genéticas correspondentes. Para essa última situação, são necessárias as obtenções das esperanças das matrizes de variâncias e covariân-cias de cada efeito genético do modelo submetido à aná-lise de variância. Essas expressões, infelizmente, não estão disponíveis na literatura e podem ser alvo de tra-balhos futuros.

Para ilustrar como aplicar essas técnicas e con-siderando que o objetivo do melhorista tenha foco na heterose específica, é considerada a representação da matriz de variância e covariância dessa fonte de varia-ção por SHE. Para se construir um índice com o qual o

melhorista possa selecionar combinações híbridas mais promissoras, pode-se pensar em utilizar a técnica dos componentes principais. Assim, busca-se uma combi-nação linear dos efeitos genéticos

s

(ijt) de um determi-nado híbrido ij com relação as t = 1, 2, ..., k variáveis.

Essa combinação linear deve maximizar a variabilidade total contida em SHE. Para isso, é necessário resolver o

sistema de equações homogêneo dado por:

(SHE−λtI)

e

t

%

=

0

%

em que λt e

e

t

%

são os pares de autovalores e

autoveto-res de SHE, com t = 1, 2, 3, ..., k.

Uma melhor alternativa para esse método seria aplicar a técnica das variáveis canônicas. A vantagem adicional dessa técnica em relação aos componentes principais é incorporar a informação residual para ge-rar a combinação linear almejada. O sistema de equa-ções homogêneo formado é dado por:

(SHE−λtS)

e

t

%

=

0

%

em que S é a estimativa da matriz de variâncias e cova-riâncias do resíduo e os demais termos são definidos como anteriormente. As combinações lineares dos efei-tos genotípicos s(ijt), para i e j fixados, são obtidos pelos

elementos de et, cuja variabilidade captada do sistema é

dada pela magnitude de λt, com t = 1, 2, ..., k.

Uma terceira alternativa a essas metodologias é a técnica de análise de fatores. Essa é uma técnica refinada que poderia trazer informações adicionais da importância de cada variável para os fatores reti-dos na explicação de SHE, por meio das

comunalida-des.

Finalmente, se as estimativas dos componentes genéticos da heterose específica (SGHE) estiverem

dis-poníveis, é possível estipular um índice de seleção ba-seado na teoria do índice clássico de Smith e Hazel (CRUZ e REGAZZI, 1997) por:

b

%

= SHE

-1 S GHE

a

%

em que

a

%

é o vetor de pesos econômicos e

b

%

é o vetor

dos coeficientes do índice de seleção que estipula a combinação linear dos efeitos genéticos de s(ijt).

(8)

hete-rose média ou de hetehete-rose do genitor, as técnicas des-critas anteriormente também se aplicam. Para isso, bas-ta substituir SHE pelas correspondentes matrizes de

vari-âncias e covarivari-âncias de interesse.

CONCLUSÕES

Expressões para somas de quadrados e produtos, estimadores dos efeitos genéticos, variâncias dos efeitos e dos contrastes entre efeitos e testes de hipóteses foram obtidos.

A análise de variância multivariada para os cru-zamentos dialélicos pode ser realizada para estimar a heterose em várias características, simultaneamente.

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Imagem

TABELA 2   −   Estatísticas multivariadas e suas equivalências  aproximadas  com  a  distribuição de F

Referências

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