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Armazenamento de pitanga sob atmosfera modificada e refrigeração: I-transformações químicas em pós-colheita.

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Academic year: 2017

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ARMAZENAMENTO DE PITANGA SOB ATMOSFERA MODIFICADA E

REFRIGERAÇÃO: I-TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS EM PÓS-COLHEITA

1

ADRIANA FERREIRA DOS SANTOS2,SILVANDA DE MELO SILVA3, RICARDO ELESBÃO ALVES4

RESUMO - Este experimento teve como objetivo avaliar as transformações pós-colheita em pitangas colhidas nos estádios de maturação vermelho-alaranjado (VA) e vermelho predominante (VP) e mantidas sob atmosfera modificada (AM) por filme de cloreto de polivinila (PVC), a 10 ± 0,5 oC, 14 ± 0,5oC e (90 ± 1%UR) e a temperatura ambiente (23 ± 2°C e 85 ± 2%UR). O uso de AM associada à refrigeração permitiu manutenção dos sólidos solúveis, acidez titulável, dos açúcares solúveis totais e vitamina C, e também resultou em menor taxa de aumento nos carotenóides totais para frutos do estádio de maturação VA mantido a 10 e 14oC. Em conjunto, pitangas colhidas no estádio vermelho-alaranjado foram as que apresentaram melhor manutenção das características intrínsecas durante oito dias de armazenamento sob atmosfera modificada a 10oC.

Termos para Indexação: Eugenia uniflora, vitamina C, clorofila e carotenóides totais.

STORAGE OF SURINAME CHERRY UNDER MODIFIED ATMOSPHERE AND REFRIGERATION: I – POSTHARVEST CHEMICAL CHANGES

ABSTRACT - The aim of this experiment was to evaluate postharvest changes in Suriname Cherry harvested in the maturity stages red-orangish (RO) and predominant red (PR), kept under modified atmosphere (MA) by polyvinyl chloride film (PVC), at 10± 0.5 oC, 14± 0.5 oC, 90 ± 1% RH and room temperature (23 ± 2°C). The use of MA associated with refrigeration allowed the maintenance of total soluble solids, titratable acidity, soluble sugars, and vitamin C, and also resulted in lower increase rate in total carotenoids for fruits in the RO maturity stages kept at 10 e 14oC. All together, Suriname Cherries harvested in red-orangish skin color were those that presented better maintenance of the intrinsic characteristics during 8 days storage under modified atmosphere at 10oC.

Index terms: Eugenia uniflora, vitamin C, total chlorophyll and carotenoids.

MATERIAL E MÉTODOS

Os frutos utilizados foram provenientes de um grupo de plantas localizadas no pomar da Embrapa Algodão-CNPA (Centro Nacional de Pesquisa e Algodão), município de Campina Grande-PB. Após a colheita manual, os frutos foram acondicionados em caixas isotérmicas e transportados para o laboratório, onde foram selecionados quanto ao tamanho, peso, estádio de maturação e ausência de desordens fisiológicas ou doenças. Como tratamento antifúngico, os frutos foram imersos, por 10 minutos, em uma solução de hipoclorito de sódio comercial a 0,5% e, em seguida, enxaguados com água destilada e secos ao ar. Os frutos, selecionados em dois estádios de maturação (vermelho-alaranjado (VA) e predominantemente vermelho (VP)), foram armazenados sob AM após, aproximadamente, 12 h da colheita.

Na instalação do experimento, 24 frutos (aproximadamente 300g) foram acondicionados em bandejas de poliestireno expandido (250 x 150 x 25 mm). Em seguida, metade do total das bandejas foi envolvida com filme de cloreto de polivinila (PVC) flexível de 13µm de espessura, para a modificação da atmosfera. As condições de armazenamento utilizadas foram câmara fria a 10± 0,5 oC e 90 ± 1% UR, câmara incubadora BOD, a 14± 0,5 oC e 90 ± 1% UR. Paralelamente, foi instalado um experimento similar sob condições ambientes (23 ± 2oC e 85 ± 2% UR). Para a temperatura ambiente, foram feitas avaliações diárias até o 5o dia e, para frutos mantidos a 10 e 14oC, as avaliações foram realizadas a cada 2 dias, durante 10 dias. As avaliações realizadas foram: sólidos solúveis (%), pH, acidez titulável (% de ácido cítrico), açúcares solúveis totais(g/100g), vitamina C total (mg/100g), clorofila total (mg/ 100g) e carotenóides totais (mg/100g) (Association, 1989).

O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial (2 x 2 x 5), com três repetições. Cada temperatura de armazenamento foi avaliada individualmente. Os fatores estudados foram dois estádios de maturação (VA e VP), modificação da atmosfera em dois níveis (AA (atmosfera ambiente) e AM (atmosfera modificada), e cinco períodos de avaliação. A partir dos resultados das análises de variância preliminares, e verificando-se a interação entre os INTRODUÇÃO

A pitangueira (Eugenia uniflora L.) é uma mirtácea tipicamente brasileira, cujo fruto vem crescendo em importância econômica no Nordeste. O consumo de pitanga vem aumentando no Nordeste e no Brasil (Kavati, 1996), estabelecendo-se o interesse para exportação desse fruto (Santos et al., 2003).

O armazenamento visa, sobretudo, minimizar a intensidade dos processos vitais dos frutos, através da utilização de condições adequadas que permitam redução da taxa do metabolismo normal, sem alterações na fisiologia dos frutos (Kader, 1986), principalmente daqueles frutos altamente perecíveis, como a pitanga (Santos et al., 2002). A redução da temperatura de armazenamento é o meio mais eficiente em prolongar a vida útil de produtos colhidos (Kays, 1997); no entanto, a sensibilidade a baixas temperaturas pode resultar em danos pelo frio, restringindo o tempo de armazenamento e a vida útil pós-colheita de frutos (Morris, 1982). A modificação da atmosfera tem sido bastante utilizada com o objetivo de minimizar as perdas e prolongar a vida útil pós-colheita de frutos e hortaliças (Jaime et al., 2001). O estabelecimento de uma composição gasosa diferente da do ar, pela redução do nível de O2 e elevação de CO2 no interior da embalagem, pode resultar na redução da atividade metabólica do produto (Beaudry, 2004), sendo mais evidenciada quando associada à refrigeração (Kays, 1997). Na maioria dos vegetais, o uso apropriado de atmosfera modificada (AM) reduz a taxa respiratória e a produção de etileno, retarda o amaciamento da polpa e as mudanças fisiológicas (Kader, 1986). A atmosfera modificada requer baixo custo operacional, entretanto o seu emprego exige conhecimento da fisiologia do fruto (estádio de maturação, dependência a CO2 e O2), das características do filme flexível e fatores ambientais de armazenamento, tais como temperatura e umidade relativa (Beaudry, 2004).

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do estádio de maturação e do emprego de atmosfera modificada sobre as transformações químicas pós-colheita de pitanga armazenada a 10 e a 14°C e sob condições ambientes (23 ± 2oC e 85 ± 2%UR).

1 (Trabalho 174/2004). Recebido: 08/11/2004. Aceito para publicação: 19/01/2006. Parte do trabalho de Dissertação do Mestrado em Agronomia do primeiro autor. 2Eng. Agr. M.Sc em Agronomia, Aluno de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, CCA/UFPB, Caixa Postal 04, adre.santos@bol.com.br. 3Prof. Ph.D., DCFS/CCA/UFPB, Caixa Postal 04, CEP.: 58397-970, Areia, PB, silvasil@cca.ufpb.br.

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0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

0 1 2 3 4 5

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

0 2 4 6 8 10

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

0 2 4 6 8 10

(AMVP)Y1= 13,02 – 0,23x R2= 1,00

(AAVP)Y2= não ajustado

(AMVA)Y1= não ajustado

(AAVA)Y2= 7,836 + 1,5129x - 0,113x2R2=1,00

Período pós-colheita (dias) 23°C

(AMVP)Y1= 11,13 +1,33x R2= 0,81

(AAVP)Y2= não ajustado

(AMVA)Y1= não ajustado

(AAVA)Y2= 7,836 + 1,5129x– 0,113x2R2= 1,00

AAVA AMVP AAVP

14°C

(AM)Y1

(AA)Y2= 10,604 – 0,584x - 0,1214x2R2=0,97

(AMVP)Y1= não ajustado

(AAVP)Y2= 22,056 – 3,306x - 6,619x2R2=1,00

= não ajustado

10°C

AMVA

S

ó

id

o

s

S

o

v

e

is

(S

S

,

%

)

l

fatores, o tempo foi desdobrado dentro de cada tratamento, e os resultados submetidos à análise de regressão polinomial. Foram consideradas equações de até 2º grau. O coeficiente de determinação mínimo para utilização das curvas foi de 0,60. Para os casos em que a interação entre os fatores estudados não foi significativa, os valores foram representados pelas médias dos tratamentos sem o ajuste de curvas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O conteúdo de sólidos solúveis (SS) foi mais baixo para frutos do estádio AV mantidos a 10 e 14oC e para os do estádio VP a 10oC, sob AM, quando comparado aos mantidos em AA (Fig. 1). Estes resultados devem-se, provavelmente, ao fato de que, sob condições de AM, os processos de amadurecimento e metabolização dos açúcares ocorrem mais lentamente (Wills et al., 1989). Em geral, o aumento do conteúdo dos SS está acompanhado do declínio do conteúdo de ácidos e da conversão dos mesmos para açúcares na via glicolítica (Kays, 1997). Valores elevados de SS observados nos frutos sob AA podem ser atribuídos ao avanço dos processos de amadurecimento (Santos et al., 2003), bem como à perda completa da turgescência, com conseqüente concentração da polpa. Pitangas no estádio de maturação VA, quando mantidas sob AM, apresentaram menor variação no conteúdo de SS ao final do período de armazenamento, sobretudo a 10°C.

Com relação aos valores de pH, houve diferença significativa (P ≤ 0,01) para as interações estádio x atmosfera x períodos de armazenamento, apenas para as pitangas mantidas sob refrigeração. Observou-se que os valores de pH (Fig. 2A), durante o período de armazenamento, não apresentaram diferença entre os tratamentos avaliados, independentemente da temperatura. A pequena variação observada para pH, independentemente dos estádios de maturação, não correspondeu aos resultados observados para AT, indicando a ocorrência de um sistema tampão eficiente em manter o pH, mesmo com alteração na acidez.

Verificou-se que os frutos mantidos sob atmosfera modificada apresentaram menor acidez titulável (AT), exceto para frutos do estádio VP mantidos sob AM a 23oC, do 2º ao 4º dia de armazenamento. A AT de pitangas mantidas sob AA, em geral, tendeu a aumentar ao final do armazenamento, como conseqüência do avanço da maturação dos frutos. Pitangas no estádio de maturação VA, mantidas sob AM a 10°C, mantiveram o teor de AT constante (Fig. 2B). Os valores mais baixos de AT observados nos frutos mantidos sob AM, durante o armazenamento, podem ser explicados pela diminuição nos níveis de O2 e respectivo aumento nos de CO2, provocados pela AM, o que pode ter resultado na diminuição da taxa de atividade de enzimas relacionadas ao metabolismo respiratório (Zagory e Kader, 1988). Com a evolução da concentração de CO2 e da redução de O2, no armazenamento sob AM, os sistemas enzimáticos de degradação da glicose no processo respiratório podem ser afetados, provocando alterações no ciclo de Krebs. Dessa forma, devido à redução da taxa respiratória, em decorrência da AM, pode ter ocorrido uma redução da atividade da succínico desidrogenase, enzima diretamente afetada pela redução do nível de O2 (Salunkhe e Wu, 1974), resultando em menores níveis de AT, como observado por Wallace (1966) em limões.

Observaram-se teores mais elevados de açúcares solúveis totais (AST) em pitangas do estádio PV (Fig. 3A). Verificou-se também uma tendência de pequeno aumento nos conteúdos de AST nos frutos sob AA mantidos a 10°C, o que pode estar relacionado com a maior perda de água sofrida por esses frutos. Pitangas no estádio VA, mantidas sob AM a 10°C e do estádio VP a 14°C apresentaram pouca variação no teor de AST durante o armazenamento, indicando que esses estádios de maturação podem ter se ajustado satisfatoriamente à temperatura de armazenamento e à modificação da atmosfera. O efeito positivo da AM, nos estádios de maturação e nas temperaturas avaliadas, deve-se provavelmente ao aumento da concentração de CO2 e redução da concentração de O2 no interior da embalagem como um fator que possivelmente altera o fluxo de carbono na glicólise (Kader, 1986), reduzindo e modificando o metabolismo dos açúcares (Hansen e

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Weichmann, 1987; Saez et al., 1999).

O uso de AM notadamente manteve os conteúdos de vitamina C mais elevados quando comparados a AA (Fig 3B). Pitangas armazenadas sob condições ambientes apresentaram maiores teores de vitamina C do que as mantidas sob refrigeração. Isso ocorreu, provavelmente, em decorrência da concentração do suco celular resultante da maior perda de água nessa temperatura (Kays, 1997). Os conteúdos de vitamina C, independentemente da temperatura de armazenamento e do estádio de maturação, diminuíram durante o armazenamento, sobretudo sob AA. Para os frutos sob refrigeração, as reduções mais acentuadas ocorreram a 14°C, principalmente no estádio VA.

O uso de AM proporcionou maior retenção de clorofila (P ≤

0,05) quando comparado a AA (Fig.4A), independentemente dos estádios (AM VP)Y1= 3,214 - 0,1486x + 0,0107x2R2= 0,99 (AA VP)Y2= 2,68 + 0,0975x–0,0088x2R2=0,99

pH

(AM VA)Y1= 2,898 - 0,0755x – 0.0062x2R2=0,99 (AA VA)Y2= 2,586 – 0,0992x- 0,0084x2R2= 0,99

10°C

23°C

AMVA AAVA AAVP

2 2,25 2,5 2,75 3 3,25 3,5

0 2 4 6 8 10 2

2,25 2,5 2,75 3 3,25 3,5

0 2 4 6 8 10

2 2,25 2,5 2,75 3 3,25 3,5

0 1 2 3 4 5

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

0 2 4 6 8 10

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

0 1 2 3 4 5

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

0 2 4 6 8 10

AMVP

(AM VA)Y1= 2,69 – 0, 01x R2= 1,00 (AA VA)Y2= 2,92 – 0,0185x R2= 0,997

(AMVP)Y1= não ajustado

(AA VP)Y2= 3,00 – 0,0719x + 0,0061x2R2= 0,99

14°C

(AMVA)Y1= não ajustado

(AAVA)Y2= 1,748 – 0,157x + 0,0289x2R2=0,98

(AMVP)Y1= não ajustado

(AAVP)Y2= 3,528 – 0,4603x + 0,0329x2R2= 1,00

(AMVA)Y1= 1,107 + 0,0525x R2=0,99 (AAVA)Y2= 3,122 – 0,3041x + 0,022x2R2=0,99

(AMVP)Y1= não ajustado

(AAVP)Y2= 3,25 – 0,495xx + 0,0475x2R2= 1,00 14°C

(AMVA)Y1= 2,18 - 0,43x + 0,08x2R2=0,91

(AAVA)Y2= 2,47 – 0,39x + 0,06x2R2=0,99

(AMVP)Y1=1,71 - 0,06x R2= 0,93

(AAVP)Y2=3,29 - 1,38x + 0,27x2 R2= 0,97

23°C

Período pós-colheita (dias)

Ac

id

e

z

T

it

u

v

e

l

(AT

,

%

)

10°C

de maturação. O efeito da AM, na maior retenção da clorofila, pode ser resultante da mais elevada concentração de CO2 e mais baixa de O2em reduzir as taxas metabólicas (Kays, 1997) e, conseqüentemente, reduzir a atividade das enzimas clorofilase, peroxidase e polifenoloxidase (Kader, 1986).

O desenvolvimento dos carotenóides totais (Fig. 4B) durante o armazenamento de pitangas mantidas sob AM foi inferior ao dos frutos sob AA, independentemente dos estádios de maturação. Esse comportamento, provavelmente, deve-se ao efeito da alta concentração de CO2 e redução de O2 proporcionada pela AM, na redução da biossíntese dos carotenóides (Kader, 1986). Conteúdos mais elevados de carotenóides totais foram observados para frutos predominantemente vermelhos, independentemente da atmosfera e temperatura de armazenamento.

(4)

5

0 5 10 15 20 25 30 35 40

0 1 2 3 4 5

(AMVA)Y1= 23,098 – 0,78x R2= 0,99 (AAVA)Y2= 21,779 - 0,8675x R2= 0,92

(AMVA)Y1= não ajustado

(AAVA)Y2= 25,597 - 1,4225x R2= 0,87

V

itami

n

a

C

(mg/

100g)

14°C

(AMVA)Y1=31,56+6,52x -1,44x2R2= 0,99 (AAVA)Y2=23,81 -2,74x R2= 0,89

(AMVP)Y1= não ajustado

(AAVP)Y2= 9,712 – 1,8964x + 0,1398x2R2= 1,00 (AMVA)Y1= 3,218 + 0,157x R2= 1,00

(AAVA)Y2= 6,307 – 0,2085x R2= 1,00 10°C

A

ç

ú

c

ar

e

s

S

o

ve

is

Totai

s

(A

S

T

,

g

/100g)

14°C

23°C

AMVA AAVA AMVP AAVP

0 1 2 3 4 6 7 8 9

0 2 4 6 8 10

0 1 2 3 4 5 6 7

0 2 4 6 8 10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

0 1 2 3 4 5

0 5 10 15 20 25 30 35 40

0 2 4 6 8 10

0 5 10 15 20 25 30 35 40

0 2 4 6 8 10

(AMVP)Y1= 8,538 – 0,341x R2= 0,81

(AAVP)Y2= 5,442 + 0,9136x– 0,0952 R2= 1,00 1,00

(AMVA)Y1= não ajustado

(AAVA)Y2= 2,39 + 1,125x– 0,085x2R2= 1,00

10°C

(AMVP)Y1= 21,107 – 0,3575x R2= 0,99

(AAVP)Y2= não ajustado

23°C

(AMVP)Y1=37,29+3,91x -1,75x2R2= 0,95 (AAVP)Y2=não ajustado

Período pós-colheita (dias)

(5)

CONCLUSÕES

1. A temperatura de 10ºC mostrou-se a mais eficiente para a manutenção das características químicas de pitangas, e o estádio de maturação vermelho-alaranjado (VA) o mais adequado ao armazenamento, mantendo as características avaliadas durante oito dias. 2. O uso de atmosfera modificada resultou na manutenção, durante um período mais prolongado, da acidez titulável, vitamina C, clorofila e carotenóides totais, para frutos mantidos a 10°C e a 14°C, independentemente do estádio de maturação.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq pelo suporte financeiro deste experimento.

FIGURA 4 - Clorofila total (A) e Carotenóides totais (B) em pitanga, nos estádios de maturação vermelho-alaranjado (AV) e vermelho predominante (PV), durante o armazenamento sob atmosfera modificada (AMY1 ) e ambiente (AAY2 ) a 10 e a 14°C e sob condições ambientes (23 ± 2°C).

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

0 2 4 6 8 10

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

0 2 4 6 8 10

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

0 1 2 3 4 5

0 3 6 9 12 15

0 2 4 6 8 10

0 3 6 9 12 15

0 2 4 6 8 10

0 3 6 9 12 15

0 1 2 3 4 5

10°C

14°C

23°C

(AMVP)Y1= 1,26 – 0,0435x R2= 0,99 (AAVP)Y2= 0,8 – 0,02x R2= 1,00

14°C

23°C

(AMVP)Y1= 0,88 – 0,113x + 0,0122x2R2= 0,99

(AAVP)Y2= 0,83 – 0,025x R2= 0,89

(AMVA)Y1= não ajustado

(AAVA)Y2= 0,808 – 0,021x R2= 0,9977

10°C

(AMVA)Y1= 2,15 – 0,2275x + 0,0113x2R2= 1,00 (AAVA)Y2= 0,923 – 0,0315x R2= 0,9992

(AMVA)Y1= 1,64 + 1,347x– 0,07x2R2= 0,73 (AAVA)Y2= não ajustado

(AMVP)Y1= 1,64 + 1,35x– 0,07x2R2= 0,74 (AAVP)Y2= 8,84 + 0,2115x R2= 1,00

(AMVA)Y1= 5,06 + 0,43x R2= 0,91

(AAVA)Y2= 8,73 + 0,3095x R2= 1,00

(AMVP)Y1= 5,75 + 0,66x– 0,0002x2R2= 0,99

(AAVP)Y2= 16,59 – 1,9022x + 0,1734x2 R2= 0,87

(AMVA)Y1= não ajustado

(AAVA)Y2= 3,16 + 1,18x– 0,01x2R2= 1,00

(AMVP)Y1= 4,02 + 058xR 2

= 1,00 (AAVP)Y2= 9,22 - 1,69x + 0,45x 2

R2= 1,00

Período pós-colheita (dias)

C

a

r

o

te

n

ó

id

e

s

totai

s

(mg/

100g)

C

lor

ofi

la

total

(mg/

100g)

AMVA AAVA AMVP AAVP

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Referências

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