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Nifedipina como droga coadjuvante no tratamento de epilepsias de difícil controle: nota preliminar.

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Academic year: 2017

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NIFEDIPINA COMO DROGA COADJUVANTE NO TRATAMENTO

D E EPILEPSIAS DE DIFÍCIL CONTROLE

NOTA P R E L I M I N A R

NEWRA TELLECHEA ROTTA * - LYGIA OHLWEILER ** — ISA STONE LAGO **

R E S U M O — Os a u t o r e s r e l a t a m o u s o d a n i f e d i p i n a como d r o g a c o a d j u v a n t e ao e s q u e m a a n t i c o n v u l s i v o em t r ê s p a c i e n t e s com e p i l e p s i a d e difícil Controle.

Nifedipine as coadjuvant therapy in uncontrolled e p i l e p s y : prelimiinary note.

SUMMARY — T h e a u t h o r s r e p o r t t h e u s e of n i f e d i p i n e a s a c o a d j u v a n t d r u g in t h e t r e a t m e n t of t h r e e p a t i e n t s w i t h u n c o n t r o l l e d e p i l e p s y .

N o Hospital de Clínicas de P o r t o Alegre um g r u p o de n e u r o p e d i a t r a s

interes-s a d o no einteres-studo d a interes-s epilepinteres-siainteres-s de difícil controle iniciou o uinteres-so da nifedipina como

d r o g a coadjuvante ao esquema anticonvulsivo.

N a d é c a d a de 70 v a r i o s a u t o r e s , a p a r t i r de experiências em animais,

obser-v a r a m que os b l o q u e a d o r e s do cálcio eram c a p a z e s de a n t a g o n i z a r crises

tônicoclônicas p r o v o c a d a s por pentilenotetrazol e eletrochoque. Em 1978, Declerck e W a u

-quier iniciaram o uso clínico de flunarizina em m e n i n a s deficientes mentais com

epilepsia g e n e r a l i z a d a de difícil controle e o b s e r v a r a m que em 6, do g r u p o inicial

de 10, a freqüência d a s crises diminuiu 1. Na d é c a d a de 80, s u r g i r a m t r a b a l h o s

r e l a t a n d o a utilização d a nimodipina. O p t a m o s pelo uso d a nifedipina por n ã o dispor

comercialmente de nimodipina e por c o n s i d e r a r m o s seu uso s e g u r o n a infância. A

dimi-nuição de C a + p a r a o espaço intracelular p a r e c e ter papel i m p o r t a n t e n a gênese

d a atividade epiléptica. O efeito estabilizador d a m e m b r a n a d o s inibidores dos c a n a i s

de cálcio bloqueia a p r o p a g a ç ã o d a atividade crítica. A eficácia clínica n ã o p a r e c e

e s t a r r e l a c i o n a d a a fatores como: sexo, idade, d u r a ç ã o d a epilepsia, déficit

imuno-lógico, n ú m e r o de diferentes tipos de crise, a c h a d o s eletrencefalográficos ou

co-medi-cação. S a b e - s e que a a s s o c i a ç ã o de lesão cerebral difusa, epilepsia s e c u n d a r i a m e n t e

generalizada e diferentes tipos de crises s ã o indicadores de r e s p o s t a favorável 1-6.

Serviços de P e d i a t r i a e de N e u r o l o g i a do H o s p i t a l d e Clinicas d e P o r t o A l e g r e ( H C P A ) : * P r o f e s s o r a A d j u n t a de N e u r o l o g i a , F a c u l d a d e de Medicina, U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o G r a n d e d o S u l ; ** N e u r o p e d i a t r a do H C P A .

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U s a m o s nifedipina como m e d i c a ç ã o c o a d j u v a n t e a o t r a t a m e n t o epiléptico de

t r ê s p a c i e n t e s com c r i s e s convulsivas n ã o c o n t r o l a d a s p e l o s a n t i c o n v u l s i v a n t e s d i s p o

-níveis, n a s r e s p e c t i v a s d o s e s m á x i m a s . O s r e s u l t a d o s o b t i d o s foram a n i m a d o r e s , com

significativa r e d u ç ã o do n ú m e r o de crises n o s t r ê s c a s o s e com m e l h o r a do E E G

interictal. N ã o o b s e r v a m o s efeitos c o l a t e r a i s a p ó s a i n t r o d u ç ã o d a d r o g a .

R E F E R Ê N C I A S

1 B i n n i e CD, B e n k e l a a r F , d e Meijer J W A , M e i n a r d i H , O v e r w e z J , W a u q u i e r A, van W i e r i n g e n A — D o s e t r i a l of f l u n a r a z i n e a s a d d - o n t h e r a p y in epilepsy. E p i l e p s i a 26:424, 1985.

2. G r e e n b e r g A D — Calcium c h a n n e l s a n d c a l c i u m c h a n n e l a n t a g o n i s t s . A n n N e u r o l 21:317, 1987.

3. H o l m e s B , B r o g d e n R N , H e d T M — F l u n a r a z i n e : a r e v i e w of i t s p h a r m a c o d y n a m i c a n d p h a r m a c o c y n e t i c p r o p e r t i e s a n d t h e r a p e u t i c u s e . D r u g 27:6, 1984.

4. M o r o c u t t i C, P i e r e l l i F , S n a r e l l i L, Stefano E , F e p p e A, M a t t i o l i G L — A n t i e p i l e p t i c s of a calcium a n t a g o n i s t ( n i m o d i p i n e ) on cefalozin-induced e p i l e p t o g e n i c foci in r a b b i t s . E p i l e p s i a 27:498, 1986.

5. O v e r e g G, B i n n i e CD, Meijer J W A , M e i n a r d H , N u i j t e n S T M , S c h m a l t z S, W a u q u i e r A — D o u b l e - b l i n d p l a c e b o - c o n t r o l l e d t r i a l of f l u n a r a z i n e a s a d d - o n t h e r a p y in epilepsy. E p i l e p s i a 25:217, 1984.

Referências

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