Contribuição metodológica para a pré-identificação de áreas adequadas à implantação de parques aquícolas no Reservatório de Nova Ponte - Minas Gerais

(1)

ELIANE MARIA VIEIRA

CO NTRIBUIÇÃO METO DO LÓ G ICA PARA A PRÉ- IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS ADEQ UADAS À IMPLANTAÇÃO DE PARQ UES AQ UÍCO LAS NO

RESERVATÓ RIO DE NO VA PO NTE – MINAS G ERAIS

Tese apresentada à Universidade Federal de Viç osa, c o mo parte das exigênc ias do Pro grama de Pós-Graduaç ão em Engenharia Civil, para o btenç ão do título de Doc tor Sc ie ntiae

VIÇO SA

(2)

ELIANE MARIA VIEIRA

CO NTRIBUIÇÃO METO DO LÓ G ICA PARA A PRÉ- IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS ADEQ UADAS À IMPLANTAÇÃO DE PARQ UES AQ UÍCO LAS NO

RESERVATÓ RIO DE NO VA PO NTE – MINAS G ERAIS

Tese apresentada à Universidade Federal de Viç osa, c o mo parte das exigênc ias do Pro grama de Pós-Graduaç ão em Engenharia Civil, para o btenç ão do título de Doc tor Sc ie ntiae

APRO VADA: 21 d e d e ze mb ro d e 2009.

Pro fa_{. Ma ria Luc ia C a lijuri}

(C o o rie nta d o ra )

Pro f. Ne rilso n Te rra Sa nto s (C o o rie nta d o r)

Pro f. Ro b e rto Fra nc isc o d e Aze ve d o Pro f. Ric a rd o Mo tta Pinto C o e lho

Pro fa . Iza b e l C hristina d ’ A. Dua rte Aze ve d o

(O rie nta d o ra )

(3)

“... a que le que a te nde a s ne c e ssida de s pre se nte s se m c o mpro me te r a po ssibilida de da s g e ra ç õ e s futura s a te nde re m a s sua s pró pria s ne c e ssida de s.”

(4)

Ag ra de c ime nto s

A De us, q ue se mp re p ro ve u e p ro ve rá .

A Pro fe sso ra Iza b e l C hristina d ’ Alme id a Dua rte d e Aze ve d o , p e la o rie nta ç ã o , p a c iê nc ia , c o nfia nç a , a miza d e e p e lo e xe mp lo p ro fissio na l.

À e q uip e d o p ro je to “ De limita ç ã o d e p a rq ue s a q uíc o la s e d ime nsio na me nto d a c a p a c id a d e d e sup o rte na re p re sa d e No va Po nte – MG ” , d a Emp re sa d e Pe sq uisa Ag ro p e c uá ria d e Mina s G e ra is (EPAMIG ), p e lo a p o io , e sp e c ia lme nte à Ma ria Lé lia Simã o , Ma rle y La mo unie r Ma c ha d o , Iva ir G o me s, Eliza b e th Lo me lino C a rd o so e a o Ric a rd o Mo ta Pinto C o e lho , q ue c o nc o rd a ra m e m a lte ra r to d a a siste má tic a d e c o le ta d e info rma ç õ e s d o p ro je to p a ra a te nd e r à s p ro p o siç õ e s d e sta te se , me smo imp lic a nd o e m um a ume nto sig nific a tivo e m g a sto s fina nc e iro s e , p rinc ip a lme nte , e m te mp o d e c o le ta e a ná lise s la b o ra to ria is.

À FAPEMIG , p e lo fina nc ia me nto a o re fe rid o p ro je to , d o q ua l e ste tra b a lho se inte g ra .

Ao s Pro fe sso re s Ne rilso n Te rra Sa nto s, Ma ria Luc ia C a lijuri e Ed ua rd o Anto nio G o me s Ma rq ue s, p e la a miza d e e c o o rie nta ç ã o .

Ao Pro fe sso r Ric a rd o Mo tta Pinto C o e lho , p e la s va lio sa s c o ntrib uiç õ e s.

À Pro fe sso ra Ma ria d o C a rmo C a lijuri, q ue muito c o ntrib uiu p a ra o d e se nvo lvime nto d e ste tra b a lho .

A to d o s o s a mig o s d o NEPUT, ve rd a d e ira e sc o la p ro fissio na l, p e lo a p o io no iníc io d e sta c a minha d a , e sp e c ia lme nte a o Pro fe sso r Jo ã o Luiz La ni, a o Pe sq uisa d o r Eufra n Ama ra l e à Rita Ma ria d e So uza .

(5)

Ao s a mig o s d o SIG EO , p e la a miza d e , d isp o nib ilid a d e c o m q ue me a te nd e ra m.

Ao b o lsista d e Inic ia ç ã o c ie ntífic a , Ro b e rto Fe rre ira Junio r, p e la va lio sa a jud a na d ig ita liza ç ã o d o s ma p a s.

Às minha s a mig a s And ré ia , Ro sa ne , Ro se a ne , Elid ia e Silva na , q ue , me smo c o m o p o uc o te mp o vo lta d o p a ra a no ssa a miza d e , e stive ra m p re se nte s no s mo me nto s d ifíc e is e a le g re s. E à Milta , q ue , me smo nã o e sta nd o e ntre nó s, e sta rá se mp re p re se nte .

Ao Ad e nilso n Eva ng e lista Bo te lho , p e lo a p o io , p a c iê nc ia e a mo r d ura nte ma is e sta e ta p a d e no ssa s vid a s.

Ao s me us irmã o s Re g ia ne , C ristia no e De nílso n, q ue fo ra m ve rd a d e iro s a mig o s e m to d o s o s mo me nto s.

(6)

Sumá rio

Índ ic e d e fig ura s...vi

Índ ic e d e ta b e la s...ix

Índ ic e d e ma p a s...x

Índ ic e d e e q ua ç õ e s...xii

Re sumo ...xiii

Ab stra c t...xv

1. INTRO DUÇ ÃO... 1

2. JUSTIFIC ATIVA... 2

3. O BJETIVO S... 5

4. REVISÃO BIBLIO G RÁFIC A... 6

4.1 C ultivo d e p e ixe s e m ta nq ue s-re d e... 6

4.1.1Imp a c to s d o c ultivo ... 6

4.1.2C a ra c te riza ç ã o d o e nto rno e d a á g ua p a ra o c ultivo e m ta nq ue s-re d e .. 7

4.2 Estrutura ç ã o d a s c a ma d a s d e info rma ç ã o ... 22

4.3 Inte rp o la ç ã o d e d a d o s p o ntua is... 22

4.4 Pro c e ssa me nto e a ná lise d a info rma ç ã o... 37

4.4.1Álg e b ra d e ma p a s... 37

4.4.2Multi C rite ria Eva lua tio n _ MC E... 38

5. METO DO LO G IA... 44

5.1 Áre a d e e stud o ... 44

6. RESULTADO S e DISC USSÕ ES... 62

6.1 Esp a c ia liza ç ã o d o s fa to re s re stritivo s... 62

6. 2 Inte g ra ç ã o d o s fa to re s re stritivo s... 81

6. 3 Esp a c ia liza ç ã o d o s fa to re s q ua lita tivo s... 83

6.4 Inte g ra ç ã o d o s fa to re s q ua lita tivo s... 93

(7)

(8)

Índic e de Fig ura s

Pá g ina s

Fig ura 1 Fa ixa s d e va ria ç ã o d a te mp e ra tura p a ra p e ixe s 12

Fig ura 2 Fa ixa s d e va ria ç ã o d o p H p a ra p e ixe s 14

Fig ura 3 Fa ixa s d e va ria ç ã o d o o xig ê nio d isso lvid o p a ra

p e ixe s 16

Fig ura 4 Fa ixa s d e va ria ç ã o d a c o nc e ntra ç ã o d e a mô nia e

nitra to p a ra p e ixe s 19

Fig ura 5 Exe mp lo d e um se miva rio g ra ma 29

Fig ura 6 Mo d e lo s c o m so le ira 31

Fig ura 7 Mo d e lo s se m so le ira 32

Fig ura 8 a Exe mp lo d e funç õ e s sig mo id a is ₄₀

Fig ura 8 b Exe mp lo d e funç õ e s J-sha p e d ₄₀

Fig ura 8 c Exe mp lo d e funç õ e s line a re s ₄₀

Fig ura 8 d Exe mp lo d e funç õ e s a justa d a s p o r me io d e p o nto s

d e c o ntro le 41

Fig ura 9 Lo c a liza ç ã o d a á re a d e e stud o ₄₅

Fig ura 10 Vista s p a rc ia is d o la g o d a re p re sa d e No va Po nte 46

Fig ura 11 Lo c a liza ç ã o d o s p o nto s d e mo nito ra me nto d o IG AM

na b a c ia PN2 47

Fig ura 12 IQ A no s p o nto s d e a mo stra g e m na mic ro b a c ia PN

no s a no s d e 2002 e 2003 48

Fig ura 13 Q A no s p o nto s d e a mo stra g e m na mic ro b a c ia PN

no s a no s d e 2003 e 2004 48

Fig ura 14 IQ A no s p o nto s d e a mo stra g e m na mic ro b a c ia PN

(9)

Fig ura 15 Me to d o lo g ia p ro p o sta 52

Fig ura 16 Só lid o d e finid o p e la fe rra me nta Vie wshe d d o Arc G IS 56

Fig ura 17a G rá fic o d e d isp e rsã o d o s d a d o s d e vo lume d a

re p re sa e d a s p re c ip ita ç õ e s d a e sta ç ã o 1 64

Fig ura 17b G rá fic o d e d isp e rsã o d o s d a d o s d e vo lume d a

Fig ura 17c G rá fic o d e d isp e rsã o d o s d a d o s d e vo lume d a

Fig ura 17d G rá fic o d e d isp e rsã o d o s d a d o s d e vo lume d a

Fig ura 17e G rá fic o d e d isp e rsã o d o s d a d o s d e vo lume d a

Fig ura 17f G rá fic o d e d isp e rsã o d o s d a d o s d e vo lume d a

Fig ura 17g G rá fic o d e d isp e rsã o d o s d a d o s d e vo lume d a

Fig ura 17h G rá fic o d e d isp e rsã o d o s d a d o s d e vo lume d a

re p re sa e d a s p re c ip ita ç õ e s d a s e sta ç õ e s 64

Fig ura 18a Áre a s c o nsid e ra d a s d e e le va d a b e le za c ê nic a ₇₁

Fig ura 18b Áre a s c o nsid e ra d a s d e e le va d a b e le za c ê nic a 72

Fig ura 19 Áre a s c o m inc id ê nc ia d e e ro sã o 76

Fig ura 20 Fa to re s re stritivo s a d o ta d o s 82

Fig ura 21a Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r te mp e ra tura , le itura a 0,5 m ₈₉

Fig ura 21b Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r te mp e ra tura , le itura a 1 m ₈₉

Fig ura 21c Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r te mp e ra tura , le itura a 1,5 m ₈₉

Fig ura 21d Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r te mp e ra tura , le itura a 2,5 m 89

Fig ura 21e Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r O D, le itura a 0,5 m ₉₀

Fig ura 21f Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r O D, le itura a 1 m ₉₀

Fig ura 21g Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r O D, le itura a 1,5 m ₉₀

(10)

Fig ura 21i Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r p H, le itura a 0,5 m ₉₁

Fig ura 21j Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r p H, le itura a 1,0 m ₉₁

Fig ura 21k Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r p H, le itura a 1,5 m ₉₁

Fig ura 21l Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r p H, le itura a 2,5 m ₉₁

Fig ura 21m Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r St, le itura a 0,5 m ₉₂

Fig ura 21n Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r St, le itura a 0,5 m ₉₂

Fig ura 21o Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r N, le itura a 0,5 m ₉₂

Fig ura 21p Esp a c ia liza ç ã o d o fa to r St, le itura a 0,5 m ₉₂

Fig ura 22 Fa to re s q ua lita tivo s a d o ta d o s 94

Fig ura 23 Ta xa d e a tivid a d e d o p e ixe e m funç ã o d a

te mp e ra tura 97

Fig ura 24 a Funç ã o sig mo id a l d e c re sc e nte 97

Fig ura 24 b Funç ã o sig mo id a l simé tric a 97

Fig ura 25a Pré -id e ntific a ç ã o p a ra tilá p ia s a 0,5 m d e

p ro fund id a d e 101

Fig ura 25b Pré -id e ntific a ç ã o p a ra tilá p ia s a 1,0 m d e

Fig ura 25c Pré -id e ntific a ç ã o p a ra tilá p ia s a 1,5 m d e

Fig ura 25d Pré -id e ntific a ç ã o p a ra tilá p ia s a 2,5 m d e

Fig ura 26 Pré -id e ntific a ç ã o d a s á re a s a d e q ua d a s p a ra a

e sp é c ie tilá p ia 102

Fig ura 27 Pré -id e ntific a ç ã o d a s á re a s a d e q ua d a s p a ra a

e sp é c ie p ira c a njub a 103

Fig ura 28 Pré -id e ntific a ç ã o d a s á re a s a d e q ua d a s p a ra a e sp é c ie la mb a ri

103

(11)

Índic e de Ta be la s

_{Pá g ina s}

Ta b e la 1 Pro fund id a d e s p a ra insta la ç ã o d e ta nq ue s 08

Ta b e la 2 Te mp e ra tura p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s ₁₃

Ta b e la 3 p H p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s 14

Ta b e la 4 O D p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s 16

Ta b e la 5 C E p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s ₁₇

Ta b e la 6 C o nc e ntra ç õ e s ind ic a d a s p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m

ta nq ue s 20

Ta b e la 7 Te o re s ind ic a d o s d e tra nsp a rê nc ia e só lid o s to ta is p a ra

c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s 21

Ta b e la 8 C o rre la ç õ e s e p -va lo re s c o rre sp o nd e nte s e ntre o s d a d o s d a s e sta ç õ e s e o vo lume d a re p re sa se m d e fa sa g e m

62

Ta b e la 9 C o rre la ç õ e s e o s re sp e c tivo s p -va lo re s e ntre o s d a d o s d e vo lume d a re p re sa e a so ma d a s p re c ip ita ç õ e s c o m a s d e fa sa g e ns e m me se s

63

Ta b e la 10 C o rre la ç õ e s e p -va lo re s c o rre sp o nd e nte s e ntre o s d a d o s d a s e sta ç õ e s e o vo lume d a re p re sa c o m d e fa sa g e m d e 8 me se s

63

Ta b e la 11 C o ta , vo lume e á re a d o e sp e lho d ’ á g ua d o re se rva tó rio d e No va Po nte na s d a ta s d e e stud o . 66

Ta b e la 12 Ra zã o d e d e p e nd ê nc ia d o s fa to re s q ua lita tivo s d e

se te mb ro d e 2009 86

Ta b e la 13 Pa râ me tro s d e a va lia ç ã o d a s krig a g e ns 87

Ta b e la 14 Pa râ me tro s d e a va lia ç ã o d o IDW e d a funç ã o d e

b a se ra d ia l (sp line ) 88

Ta b e la 15 C o mp a ra ç ã o d o s fa to re s q ua lita tivo s 95 Ta b e la 16 Pe so s a trib uíd o s a o s fa to re s q ua lita tivo s 96

(12)

Índic e de Ma pa s

Pá g ina s

Ma p a 01 Lo c a liza ç ã o d o s p o nto s c o le ta d o s na á re a d e e stud o

e m se te mb ro d e 2009 59

Ma p a 02 Áre a d e d e p le ç ã o d a re p re sa d e No va Po nte 66

Ma p a 03 Lo c a liza ç ã o d a o c up a ç ã o huma na na re p re sa d e

No va Po nte 67

Ma p a 04 Lo c a liza ç ã o d a s á re a s d e c a p ta ç ã o d e á g ua a o

lo ng o d a re p re sa d e No va Po nte 68

Ma p a 05 Uso e o c up a ç ã o d o e nto rno d a re p re sa d e No va

Po nte 69

Ma p a 06 Lo c a liza ç ã o d a RPPN G a lhe iro no e nto rno d a re p re sa

d e No va Po nte 70

Ma p a 07 Lo c a liza ç ã o d o s p o nto s d e b e le za c ê nic a e d e la ze r

a o lo ng o d a re p re sa d e No va Po nte 71

Ma p a 08 C a mp o d e visã o d a s á re a s d e b e le za c ê nic a 72

Ma p a 09 Lo c a liza ç ã o d o p o nto d e tra ve ssia d e b a lsa na

re p re sa d e No va Po nte 73

Ma p a 10 Lo c a liza ç ã o d a s c o nc e ssõ e s d e d ire ito s mine rá rio s na

Ma p a 11 Lo c a liza ç ã o d a zo na d e se g ura nç a d a b a rra g e m 75

Ma p a 12 Lo c a is c o m inc id ê nc ia d e e ro sã o na s ma rg e ns d a

Ma p a 13 Re striç õ e s d e vid o a o d e p le c io na me nto d a re p re sa d e

No va Po nte 78

Ma p a 14 Re striç õ e s d e vid o à c a p ita ç ã o d e á g ua na re p re sa d e

No va Po nte 79

Ma p a 15 Re striç õ e s d e vid o à p re se nç a d e b a lne á rio s d e la ze r e

turismo na re p re sa d e No va Po nte 79

Ma p a 16 Re striç õ e s d e vid o à p re se nç a d e re se rva s na re p re sa

(13)

Ma p a 17 Re striç õ e s d e vid o à p re se nç a d e ro ta s d e na ve g a ç ã o

na re p re sa d e No va Po nte 80

Ma p a 18 Re striç õ e s d e vid o a o p la no -d ire to r d a re p re sa d e No va

Po nte 81

Ma p a 19 Re sulta d o d a a p lic a ç ã o d o mo d e lo d e fa to re s

re stritivo s 83

(14)

Índic e de Equa ç õ e s

Pá g ina s

Eq ua ç ã o 1 _{Inve rse Dista nc e We ig hting}_(IDW) 25

Eq ua ç ã o 2 Fa to r λi d a IDW 25

Eq ua ç ã o 3 Va lo r e spe ra do E{Z(xi)} 26

Eq ua ç ã o 4 Funç ã o c o va riâ nc ia 27

Eq ua ç ã o 5 Va riâ nc ia finita d o s va lo re s me d id o s 27

Eq ua ç ã o 6 Va riâ nc ia 27

Eq ua ç ã o 7 Co va riâ nc ia 28

Eq ua ç ã o 8 Se miva riâ nc ia 28

Eq ua ç ã o 9 _{Mo de lo e sfé ric o}_{p a ra 0}_<_h_<_a 30

Eq ua ç ã o 10 _{Mo de lo e sfé ric o}_{p a ra h}_>_{= a} 30

Eq ua ç ã o 11 _{Mo de lo e xp o ne nc ia l} 30

Eq ua ç ã o 12 _{Mo de lo g a ussia no} 31

Eq ua ç ã o 13 Mo de lo po te nc ia l 31

Eq ua ç ã o 14 Ra zã o de de pe ndê nc ia 33

Eq ua ç ã o 15 Krig a g e m simple s 34

Eq ua ç ã o 16 Krig a g e m o rdiná ria 34

Eq ua ç ã o 17 Krig a g e m unive rsa l 35

Eq ua ç ã o 18 Ava lia ç ã o da pre diç ã o pe la krig a g e m 35

Eq ua ç ã o 19 Pre ssã o a tmo sfé ric a lo c a l 98

(15)

Re sumo

VIEIRA, Elia ne Ma ria , D.Sc ., Unive rsid a d e Fe d e ra l d e Viç o sa , d e ze mb ro d e 2009. Co ntribuiç ã o me to do ló g ic a pa ra a pré - ide ntific a ç ã o de á re a s a de qua da s à impla nta ç ã o de pa rque s a quíc o la s no re se rva tó rio de No va Po nte – Mina s G e ra is. O rie nta d o ra : Iza b e l C hristina d ’ Alme id a Dua rte Aze ve d o . C o -O rie nta d o re s: Ma ria Luc ia C a lijuri e Ne rilso n Te rra Sa nto s.

(16)

(17)

Abstra c t

VIEIRA, Elia ne Ma ria , D.Sc ., Unive rsid a d e Fe d e ra l d e Viç o sa , d e c e mb e r, 2009. Me tho do lo g ic a l c o ntributio n fo r the de limita tio n o f fish fa rms in ta nks in the re se rvo ir o f No va Po nte – Mina s G e ra is. Ad vise r: Iza b e l C hristina d ’ Alme id a Dua rte Aze ve d o . C o -a d vise rs: Ma ria Luc ia C a lijuri a nd Ne rilso n Te rra Sa nto s.

(18)

(19)

1. INTRO DUÇÃO

A utiliza ç ã o d e re se rva tó rio s p a ra a c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s-re d e te m sid o uma a lte rna tiva p ro misso ra , p rinc ip a lme nte e m Mina s G e ra is, d e vid o a o e le va d o núme ro d e re p re sa s d istrib uíd a s no Esta d o , a lé m d a a lta re nta b ilid a d e e d o b a ixo te mp o d e re to rno d o e mp re e nd ime nto .

No s último s a no s, o g o ve rno b ra sile iro , ta nto e m níve l fe d e ra l p o r me io d a Se c re ta ria Esp e c ia l d e Aq uic ultura e Pe sc a d a Pre sid ê nc ia d a Re p úb lic a – SEAP/ PR, c o mo e sta d ua l, p o r me io d a Se c re ta ria d e Esta d o d e C iê nc ia , Te c no lo g ia e Ensino Sup e rio r _ SEC TES, d a Fund a ç ã o d e Amp a ro à Pe sq uisa d o Esta d o d e Mina s G e ra is _ FAPEMIG , e d a Se c re ta ria d e Esta d o d e Ag ric ultura , Pe c uá ria e Ab a ste c ime nto _ SEAPA, te m fo me nta d o p e sq uisa s a c e rc a d a d e limita ç ã o d e p a rq ue s a q uíc o la s.

O d o uso d a s á g ua s p úb lic a s p a ra fins d e a q uic ultura fo i e sta b e le c id o e a uto riza d o p e lo De c re to 4.895, d o p re sid e nte Luiz Iná c io Lula d a Silva , p ub lic a d o e m no ve mb ro d e 2003. Esse a to ina ug uro u uma no va fa se no se to r e re p re se nta um g ra nd e sa lto na p ro d uç ã o b ra sile ira d e p e sc a d o . Esp e c ia lista s a c re d ita m q ue a p e na s c o m o a p ro ve ita me nto d o s re se rva tó rio s d a s se is ma io re s hid re lé tric a s d o p a ís, a p ro d uç ã o a nua l d e p e sc a d o , q ue ho je e stá p ró xima d e 1 milhã o d e to ne la d a s se nd o a ma io r p a rte (74%) vind a d a p e sc a e xtra tiva , p o d e rá c he g a r a 10 milhõ e s d e to ne la d a s.

(20)

Ag ro p e c uá ria d e Mina s G e ra is (EPAMIG ) e p o r p ro fe sso re s e e stud a nte s d o Instituto d e C iê nc ia s Bio ló g ic a s d a Unive rsid a d e Fe d e ra l d e Mina s G e ra is (UFMG ).

A p isc ic ultura e m ta nq ue s-re d e , q ua nd o imp la nta d a e m re se rva tó rio s, é uma té c nic a re la tiva me nte p o uc o o ne ro sa e simp le s, se c o mp a ra d a à fo rma tra d ic io na l, e m vive iro s d e te rra , p o is d isp e nsa o a la g a me nto d e no va s á re a s, o q ue re d uz o s g a sto s c o m a c o nstruç ã o d e vive iro s. Alé m d a re d uç ã o d e c usto s, a p isc ic ultura e m ta nq ue s-re d e p o d e , a ind a , d iminuir a p re ssã o d a p e sc a so b re o s e sto q ue s p e sq ue iro s na tura is e re d uzir o s imp a c to s ne g a tivo s q ue a e xp lo ra ç ã o p e sq ue ira ind isc rimina d a p o d e c a usa r a o s e c o ssiste ma s a q uá tic o s.

C o ntud o , p a ra q ue a imp la nta ç ã o se ja b e m suc e d id a , é ind isp e nsá ve l e sc o lhe r c rite rio sa me nte o s lo c a is p a ra a insta la ç ã o d o s p a rq ue s a q uíc o la s c o m b a se e m le va nta me nto s siste má tic o s d e uma a mp la d ive rsid a d e d e a sp e c to s té c nic o -c ie ntífic o s e instituc io na is.

2. JUSTIFICATIVA

No Bra sil, o G o ve rno Fe d e ra l, p o r me io d e p o lític a s p úb lic a s, a lé m d e e stimula r a imp la nta ç ã o d e p ro je to s a q uíc o la s e m 1% d a á re a d o s c o rp o s d ’ á g ua d e d o mínio d a uniã o , fina nc ia e stud o s té c nic o s e p e sq uisa s re la c io na d a s a o se to r e à c o nse rva ç ã o d o s e c o ssiste ma s.

A no rma Pro c e dime nto s p a ra So lic ita ç ã o de Pa re c e r p a ra Re a liza ç ã o de O b ra s so b re e à s Ma rg e ns da s Ág ua s Jurisdic io na is

Bra sile ira s (NO RMAM 11, 2007) d e fine p a rq ue s a q uíc o la s c o mo se nd o “ o e sp a ç o físic o c o ntínuo e m me io a q uá tic o , de limita do , q ue c o mp re e nde

um c o njunto de á re a s a q uíc o la s a fins, e m c ujo s e sp a ç o s físic o s

inte rme diá rio s p o de m se r de se nvo lvida s o utra s a tivida de s c o mp a tíve is

c o m a p rá tic a da a q uic ultura ”.

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sua imp la nta ç ã o té c nic a s q ue e vite m a d e g ra d a ç ã o d a q ua lid a d e d a á g ua e d o s a mb ie nte s p e lá g ic o e b e ntô nic o .

O d e se nvo lvime nto d a a tivid a d e a q uíc o la , junta me nte c o m a to ma d a d e c o nsc iê nc ia d o s p ro b le ma s a mb ie nta is, justific a p le na me nte a a te nç ã o q ue se d e ve vo lta r à q ua lid a d e d a á g ua , p o is e ssa influe nc ia d ire ta me nte o c re sc ime nto d o s p e ixe s.

De a c o rd o c o m Silva (1994), fa to re s c o mo o xig ê nio d isso lvid o e te mp e ra tura , e ntre o utro s, e stã o d ire ta me nte re la c io na d o s c o m o d e se nvo lvime nto d o s p e ixe s, e nq ua nto p H, a lc a linid a d e , d ure za e tra nsp a rê nc ia a fe ta m o s p e ixe s, e mb o ra nã o se ja m tó xic o s iso la d a me nte . C o ntud o , se g und o o s a uto re s, sua s inte ra ç õ e s p o d e m se r c o mp le xa s, d e fo rma q ue o q ue p o d e se r tó xic o e c a usa r mo rta lid a d e e m uma situa ç ã o p o d e se r ino fe nsivo e m o utra . O p ró p rio siste ma d e c ultivo p o d e a lte ra r e sse s fa to re s a o lo ng o d o c ic lo p ro d utivo .

Em re se rva tó rio s, a s a lte ra ç õ e s d o s p a râ me tro s físic o s e q uímic o s d e q ua lid a d e d a á g ua sã o , na ma io ria d o s c a so s, d e c o rre nte s d a s a tivid a d e s d e se nvo lvid a s na s á re a s a d ja c e nte s, p o r e xe mp lo , a a g ro p e c uá ria , q ue p o d e c o ntrib uir c o m re síd uo s a g ro q uímic o s, e a s c id a d e s, q ue p o d e m g e ra r a p o rte d e ma té ria o rg â nic a e d e re síd uo s e d a d inâ mic a inte rna d o re se rva tó rio . Na imp la nta ç ã o d e p a rq ue s a q uíc o la s, p o rta nto , é fund a me nta l a va lia r a q ua lid a d e d o c o rp o híd ric o b e m c o mo sua s p o ssíve is fo nte s d e c o nta mina ç ã o .

(22)

inte rp o la ç ã o d e d a d o s p o ntua is p a ra p re d ize r o c o mp o rta me nto d o s p a râ me tro s e m to d a a á re a d e e stud o .

Vá ria s té c nic a s q ue fa c ilita m o p ro c e sso d e inte rp o la ç ã o tê m sid o imp le me nta d a s no s siste ma s c o mp uta c io na is a tua is. No e nta nto , o s a lg o ritmo s p ro d uze m re sulta d o s d istinto s p a ra c a d a p a râ me tro , p o d e nd o se r a p ro p ria d o p a ra um e nã o p a ra o s d e ma is. Me smo c o nsid e ra nd o -se um únic o p a râ me tro , um a lg o ritmo q ue p ro d uz um re sulta d o ma is p ró ximo d o e sp e ra d o p a ra um me io p o d e nã o se r a p ro p ria d o p a ra o utro s me io s.

Pa ra a inte g ra ç ã o d e sta s info rma ç õ e s, a s me to d o lo g ia s e mp re g a d a s a té e ntã o utiliza m-se d a e xp e riê nc ia d e p ro fissio na is c o m o p a re c e r p a ra c a d a p a râ me tro ind ivid ua lme nte , to rna nd o o p ro c e sso mo ro so e sub je tivo . Ta mb é m é d ifíc il id e ntific a r q ua is p a râ me tro s re string ira m o e mp re g o d e d e te rmina d a á re a p a ra a p isc ic ultura e m ta nq ue s-re d e .

(23)

3. O BJETIVO S

Essa te se te m p o r o b je tivo g e ra l a p ro p o siç ã o d e uma me to d o lo g ia p a ra a d e limita ç ã o d e p a rq ue s a q uíc o la s, c o m c ultivo e m ta nq ue s-re d e , p a ra trê s e sp é c ie s: la mb a ri-ra b o -ve rme lho (Astya na x fa sc ia tus), p ira c a njub a (Bryc o n o rb yg nia nus) e tilá p ia (Tila p ia sp .), utiliza nd o -se d e fe rra me nta s d e siste ma s d e info rma ç õ e s g e o g rá fic a s (SIG s). O s o b je tivo s se c und á rio s sã o :

• Pro p o r uma me to d o lo g ia p a ra a e sp a c ia liza ç ã o d a s

va riá ve is d e q ua lid a d e d o me io b io físic o re la c io na d a s a o c ultivo d e p e ixe s e m ta nq ue s-re d e .

• Pro p o r uma me to d o lo g ia p a ra a a ná lise e inte g ra ç ã o d a s

(24)

4. REVISÃO BIBLIO G RÁFICA

4.1 Cultivo de pe ixe s e m ta nque s- re de

De a c o rd o c o m Za nib o ni Filho (2005), o c ultivo d e p e ixe s e m ta nq ue s-re d e e g a io la s ve m se nd o a mp la me nte utiliza d o no Bra sil, p rinc ip a lme nte e m re se rva tó rio s d e usina s hid re lé tric a s. Ne sse s siste ma s, o c ultivo é re a liza d o c o m e le va d a d e nsid a d e d e e sto c a g e m p o r me io d a intro d uç ã o d e a lime nto a rtific ia l. O s p e ixe s sã o ma ntid o s e m c a ixa s c o nstruíd a s c o m te la s o u re d e s, insta la d a s e m g ra nd e s c o rp o s d ’ á g ua . A á g ua no s ta nq ue s-re d e é re no va d a d e a c o rd o c o m a hid ro d inâ mic a lo c a l e c o m o ta ma nho d a ma lha d a s e strutura s q ue a p risio na m o s p e ixe s.

Se g und o Ba rb o sa (2008), o siste ma d e c ultivo e m g a io la s, c o mo a ma io ria d o s tip o s d e a q uic ultura , te ve sua o rig e m no sul d a Ásia , se nd o ho je p ra tic a d o e m ma is d e 35 p a íse s e m to d o o mund o . No Bra sil, a ind a p o d e se r c o nsid e ra d a uma a tivid a d e re c e nte , ma s e m g ra nd e e xp a nsã o .

4.1.1 Impa c to s do c ultivo

G ra nd e p a rte d o imp a c to p ro d uzid o p e lo c ultivo inte nsivo e m ta nq ue s-re d e d e ve -se à ma té ria o rg â nic a d e p o sita d a no a mb ie nte , ta nto c o mo re sulta d o d o me ta b o lismo d o s p e ixe s c o mo p e lo e xc e d e nte d e ra ç ã o nã o ing e rid a (c e rc a d e 20%, d e a c o rd o c o m Pe a rso n e G o we n, 1990), p o d e nd o c a usa r mud a nç a s na s c a ra c te rístic a s físic a s, q uímic a s e b io ló g ic a s d o lo c a l o nd e o s ta nq ue s e stã o insta la d o s (ZANIBO NI FILHO , 2005).

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fa to r imp o rta nte p a ra a re d uç ã o d o s e fe ito s e c o ló g ic o s e d o s risc o s q ue p o d e m e me rg ir c o m o uso d e sse siste ma .

4.1.2 Ca ra c te riza ç ã o do e nto rno e da á g ua pa ra o c ultivo e m ta nque s- re de

De a c o rd o c o m C a rd o so (2005), na c ria ç ã o d e p e ixe s c o nfina d o s d e ve m-se a va lia r o s p a râ me tro s d e q ua lid a d e d a á g ua : te mp e ra tura , ta xa d e o xig ê nio d isso lvid o , p H, c o nc e ntra ç ã o d e a mô nia ; p ro fund id a d e : um me tro e ntre o p iso d a g a io la e fund o d o c o rp o híd ric o , no mínimo e a ve lo c id a d e d o ve nto . O utro fa to r imp o rta nte , se g und o a a uto ra , é a ve lo c id a d e d a c o rre nte d ’ á g ua , q ue inte rfe re no p e so d o s p e ixe s. O a ume nto d a ve lo c id a d e influi ne g a tiva me nte no g a nho d e p e so , d e vid o a p e rd a s d e a lime nto e a o g a sto d e e ne rg ia p ro vo c a d o p e la ne c e ssid a d e d e na d a r e m b usc a d o a lime nto .

Princ ipais fato re s re stritivo s e qualitativo s re lac io nado s ao c ultivo

O c ó d ig o d e c o nd uta e la b o ra d o p e la SEAP, e m 2004, e sta b e le c e c o mo um d o s c o mp ro misso s na e ta p a d e “ se le ç ã o de á re a s p a ra a imp la nta ç ã o do c ultivo ”, q ue e m ta nq ue s-re d e o u g a io la s d e va m se r c o nsid e ra d o s a c a p a c id a d e d e sup o rte d o c o rp o d ’ á g ua , a re no va ç ã o d a á g ua , a p ro fund id a d e d o lo c a l p a ra a d iluiç ã o d o s me ta b ó lito s, o e sp a ç a me nto e ntre a s e strutura s e o imp a c to visua l d o e mp re e nd ime nto .

A c a p a c id a d e d e sup o rte d o c o rp o d ’ á g ua , a re no va ç ã o d a á g ua e o e sp a ç a me nto e ntre a s e strutura s d e ve m se r c a lc ula d o s p o r me io d o e stud o d a hid ro d inâ mic a d o re se rva tó rio , a ssunto nã o a b o rd a d o ne sse tra b a lho , ma s q ue p o d e rá se r o timiza d o q ua nd o re a liza d a a p ré -se le ç ã o a q ue e ste se p ro p õ e .

(26)

c o mo um imp e d itivo . Este s fa to re s ind e p e nd e m d a e sp é c ie a se r a d o ta d a p a ra o c ultivo e m ta nq ue s-re d e .

1. Pro fundida de

O s ta nq ue s-re d e d e ve m se r insta la d o s e m lo c a is q ue a p re se nte m p ro fund id a d e sufic ie nte p a ra q ue o s re síd uo s a lime nta re s d e p o sita d o s no se d ime nto nã o inte rfira m na q ua lid a d e d a á g ua d o c ultivo (ZANIBO NI FILHO , 2005). Po rta nto , á re a s q ue a p re se nte m p ro fund id a d e re stritiva e , o u, e m p ro c e sso d e a sso re a me nto d e ve rã o se r e xc luíd a s.

A p ro fund id a d e mínima p a ra a insta la ç ã o d e ta nq ue s d e p e nd e d ire ta me nte d a p ro fund id a d e d o ta nq ue a se r a d o ta d o p a ra o c ultivo MENESES (2008).

Na Ta b e la 1 sã o a p re se nta d a s a lg uma s re c o me nd a ç õ e s d e p ro fund id a d e mínima ne c e ssá ria a o s lo c a is p a ra a insta la ç ã o d e ta nq ue s-re d e .

Ta b e la 1 – Pro fund id a d e s p a ra insta la ç ã o d e ta nq ue s-re d e .

Pro fund id a d e

(m) O BS. Auto r

3,0 Pro fund id a d e mínima p a ra a insta la ç ã o d e ta nq ue s e m re p re sa s

MENESES (2008) 2,0 Pa ra g a io la s d e p e q ue no vo lume ,

c o nsid e ra nd o o p e río d o e m q ue o re se rva tó rio e ste ja c o m o se u níve l mínimo

BARBO SA (2008)

0,75 Distâ nc ia mínima e ntre o fund o d o ta nq ue -re d e e o fund o d a -re p -re sa

(27)

2. C a p ta ç ã o de á g ua

O s lo c a is d e c a p ta ç ã o d e á g ua p a ra c o nsumo huma no e irrig a ç ã o ta mb é m d e ve m se r p ro te g id o s p o r uma fa ixa d e se g ura nç a , a fim d e nã o se ind uzir o uso c o nflita nte d a s á g ua s d o re se rva tó rio .

3. Po luiç ã o do mé stic a e industria l

Em Virtud e d o p o te nc ia l p e rig o d e c o nta mina ç ã o d o s p e ixe s, lo c a is o nd e e xiste m fo nte s sig nific a tiva s d e p o luiç ã o d o mé stic a e ind ustria l d e ve m se r e vita d o s na e sc o lha d a s á re a s p a ra a imp la nta ç ã o d o s p a rq ue s a q uíc o la s, já q ue se tra ta d e p ro d uç ã o d e stina d a à a lime nta ç ã o huma na , muita s ve ze s c o nsumid a se m c o zime nto .

4. Ba lne á rio s de la ze r e turismo

Lo c a is o nd e e xiste m b a lne á rio s d e la ze r e turismo ta mb é m d e ve rã o se r e xc luíd o s, p o r se tra ta r d e uso c o nflita nte .

5. Áre a s a g ro ssilvo p a sto ris

O s ta nq ue s-re d e nã o d e ve rã o se r insta la d o s e m lo c a is p ró ximo s a á re a s a g ro ssilvo p a sto ris, q ue a p re se nta m p o te nc ia l p o luid o r d ifuso g e ra d o p e lo c a rre a me nto d e a g ro tó xic o s, me ta is tra ç o s e o utro s a g e nte s c o nta mina nte s.

6. Áre a s de re se rva s

(28)

7. Lo c a is de p e sc a

Lo c a is d e p e sc a a ma d o ra , p ro fissio na l e e sp o rtiva ta mb é m d e ve rã o se r e xc luíd o s.

8. Ro ta s de na ve g a ç ã o

As ro ta s d e na ve g a ç ã o sã o d e stina d a s e m c a rta s ná utic a s, p e lo Dire to ria d e Hid ro g ra fia e Na ve g a ç ã o _DHN. Na q ua lid a d e d e Se rviç o Hid ro g rá fic o Bra sile iro , c a b e ma nte r, p o r me io d o C e ntro d e Hid ro g ra fia d a Ma rinha , to d a s a s C a rta s Ná utic a s e m Ág ua s Jurisd ic io na is Bra sile ira s a tua liza d a s (DHN, 2008). Ta is c a rta s sã o d o c ume nto s c a rto g rá fic o s re sulta nte s d e le va nta me nto s d e á re a s o c e â nic a s, ma re s, b a ía s, rio s, c a na is, la g o s, la g o a s, o u q ua lq ue r o utra ma ssa d ’ á g ua na ve g á ve l e q ue se d e stina a se rvir d e b a se à na ve g a ç ã o ; re p re se nta m o s a c id e nte s te rre stre s e sub ma rino s, fo rne c e nd o info rma ç õ e s so b re p ro fund id a d e s, p e rig o s à na ve g a ç ã o , na ture za d o fund o , fund e a d o uro s e á re a s d e fund e io , a uxílio s à na ve g a ç ã o (c o mo fa ró is, fa ro le te s, b ó ia s, b a liza s e tc .), a ltitud e s e p o nto s no tá ve is a o s na ve g a nte s, linha d e c o sta e d e c o nto rno d a s ilha s, e le me nto s d e ma ré s e o utra s ind ic a ç õ e s ne c e ssá ria s à se g ura nç a d a na ve g a ç ã o (DHN, 2008).

9. Pa trimô nio histó ric o e c ultura l

De ve rã o se r e xc luíd o s o s lo c a is o nd e há b e ns re la c io na d o s a o p a trimô nio histó ric o e c ultura l.

10.Dire ito s mine rá rio s

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11.Re striç õ e s no s p la no s dire to re s

Ta mb é m se d e ve m e xc luir o s lo c a is o nd e há re striç õ e s no s p la no s d ire to re s (zo ne a me nto s) d o s re se rva tó rio s, c a so e xista m.

12.Pro c e sso s e ro sivo s

Lo c a is c o m inc id ê nc ia d e p ro c e sso s e ro sivo s a tivo s d e ve m se r e xc luíd o s, e m virtud e d o a p o rte d e se d ime nto s q ue inte rfe re na q ua lid a d e d a á g ua e d ific ulta a p a rte o p e ra c io na l, c o mo a c e sso a o lo c a l, d iminuiç ã o d a c a lha .

Alé m d o s fa to re s re stritivo s, o utro s fa to re s fo ra m c o nsid e ra d o s q ua lita tivo s na imp la nta ç ã o d e p a rq ue s a q uíc o la s. A p re se nç a d e sse s fa to re s, e ntre ta nto , nã o é um e mp e c ilho , ma s se us te o re s p o d e m ind ic a r a re g iã o ma is a p ro p ria d a d o re se rva tó rio à imp la nta ç ã o d o s p a rq ue s a q uíc o la s. O g ra u d e a d e q ua b ilid a d e d e ste s fa to re s p o d e va ria r e m funç ã o d a e sp é c ie a d o ta d a p a ra o c ultivo .

a . Te mp e ra tura

Em la g o s e re se rva tó rio s p o d e o c o rre r uma e stra tific a ç ã o té rmic a e m c o nse q uê nc ia d o a q ue c ime nto d ife re nc ia d o d o c o rp o d o la g o e m funç ã o d e sua p ro fund id a d e , p ro vo c a nd o d ife re nç a d e d e nsid a d e e e sta b e le c e nd o trê s re g iõ e s d istinta s: uma sup e rfic ia l, d e ma io r te mp e ra tura e me no r d e nsid a d e , d e no mina d a e p ilímnio ; uma p ro fund a , d e me no r te mp e ra tura e ma io r d e nsid a d e , o hip o límnio ; e uma inte rme d iá ria , o me ta líminio (PO RTO , 1991).

(30)

O s p e ixe s a p re se nta m b a ixa to le râ nc ia à s va ria ç õ e s b rusc a s d e te mp e ra tura (c ho q ue té rmic o ), p o rta nto , va ria ç õ e s d e ma is o u me no s 5 ºC sã o e xtre ma me nte p e rig o sa s p a ra o s o vo s, la rva s e a le vino s (SILVA, 1994).

Alé m d e se e vita re m va ria ç õ e s b rusc a s, ta mb é m é ne c e ssá rio c o nsid e ra r a fa ixa id e a l d e te mp e ra tura p a ra a s e sp é c ie s a se re m c ultiva d a s. Na Ta b e la 2 sã o a p re se nta d a s a lg uma s d e sta s fa ixa s.

De mo d o g e ra l, o utro p o nto imp o rta nte na p isc ic ultura é a ne c e ssid a d e d o mo nito ra me nto d a te mp e ra tura no lo c a l d e c ultivo . Se g und o Furta d o (1995) d e ve -se me d ir a te mp e ra tura na sup e rfíc ie , no me io e no fund o d e vive iro s d e c ria ç ã o d e p e ixe s.

A fa ixa d e te mp e ra tura p a ra p e ixe s tro p ic a is va ria d e e sp é c ie p a ra e sp é c ie e e m funç ã o d a fa se d e c re sc ime nto d e sta s, c o mo p o d e se r o b se rva d o na Fig ura 1 e Ta b e la 2.

(31)

Ta b e la 2 – Te mp e ra tura p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s

Te mp e ra tura C o nsid e ra ç õ e s Auto r

a So b re vivê nc ia p a ra a ma io ria d e

p e ixe s tro p ic a is MAC EDO (2007)

b So b re vivê nc ia p a ra tilá p ia s KUBITZA (2000)

c Te mp e ra tura id e a l p a ra a s e sp é c ie s

d e la mb a ri G ARUTTI (2003)

d

Fa ixa e m q ue a s p rinc ip a is e sp é c ie s d e p e ixe s tro p ic a is, c ultiva d o s c o me rc ia lme nte , a p re se nta m c re sc ime nto ó timo

C O DEVASF (2008)

e

C o nfo rto té rmic o p a ra tilá p ia s, a p re se nta nd o ne sta fa ixa me lho r d e se mp e nho e mo rfo me tria

MAC IEL JUNIO R (2006)

f Fa ixa d e te mp e ra tura q ue fa vo re c e

a a lime nta ç ã o p a ra tilá p ia s FERNANDES (1993)

g

Fa ixa d e te mp e ra tura q ue fa vo re c e o me lho r g a nho d e p e so p a ra a s tilá p ia s

BARBO SA (2008) e BO NZANO (1998)

h Fa ixa c o nfo rtá ve l p a ra e sp é c ie s d e

p e ixe s tro p ic a is ANDRADE (1998)

i Fa ixa d e a p e tite má ximo p a ra p e ixe s d e á g ua s tro p ic a is

SILVA (1994); FURTADO (1995); WO YNARO VIC H

(1985)

j Pa ta ma r ó timo p a ra a ma io ria d a s

e sp é c ie s tro p ic a is VIEIRA (2003)

b . p H

O te rmo p H (p o te nc ia l hid ro g e niô nic o ) e xp re ssa o g ra u d e a c id e z o u a a lc a linid a d e d e uma so luç ã o .

(32)

Na Fig ura 2 e na Ta b e la 3 e nc o ntra m-se o s va lo re s d e p H sug e rid o s p o r a lg uns a uto re s p a ra a c ria ç ã o d e p e ixe s.

Fig ura 2 – Fa ixa s d e va ria ç ã o d o p H p a ra p e ixe s.

Ta b e la 3 – p H p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s

p H C o nsid e ra ç õ e s Auto r

a Fa ixa d e p H e m q ue a s tilá p ia s

sup o rta m b e m BARBO SA (2008)

b

Fa ixa d e p H id e a l p a ra a so b re vivê nc ia e c re sc ime nto d e p e ixe s e m siste ma s inte nsivo s

SILVA (1994) e PRO ENÇ A e BITTENC O URT (1994) (in SILVA, 2007a ); C O NAMA

357/ 2005

c C re sc ime nto a d e q ua d o SIPAÚBA-TAVARES (1994) e FURTADO (1995)

d

Fa ixa id e a l p a ra a ma io ria d a s e sp é c ie s tro p ic a is, p a ra q ue c re sç a m no rma lme nte

ANDRADE (1998) SHIMO DA (1998) e MATO S

(2006)

e

Fa ixa c o nsid e ra d a b o a na p ro d uç ã o inte nsiva d e p e ixe s, p a ra a ma io ria d a s e sp é c ie s tro p ic a is

YANC EY e MENEZES (1982)

f p H id e a l p a ra a s e sp é c ie s d e la mb a ri G ARUTTI (2003)

g So b re vivê nc ia p a ra p e ixe s tro p ic a is MAC EDO (2007)

(33)

c . O xig ê nio disso lvido

A c o nc e ntra ç ã o d e O D na á g ua d e p e nd e d a s c o nd iç õ e s físic a s, q uímic a s e b io q uímic a s d o me io , d iminuind o c o m o a ume nto d a te mp e ra tura e a o xid a ç ã o d e c o mp o ne nte s q uímic o s e ma te ria is o rg â nic o s. Ta mb é m e stá d ire ta me nte re la c io na d a à a ltitud e o nd e se lo c a liza o c o rp o híd ric o . O te o r d e O D p o d e d e c re sc e r d o e p ilímnio p a ra o hip o límnio , e m virtud e d e sua lib e ra ç ã o p o r a lg a s p la nc tô nic a s (fito p lâ nc to n) e e rva s a q uá tic a s (ma c ró fita s), q ue se d e se nvo lve m e m re g iõ e s c o m ma io r inc id ê nc ia lumino sa , e p e la d e ma nd a b e ntô nic a , q ue d iminui c o nsid e ra ve lme nte a c o nc e ntra ç ã o d e o xig ê nio no hip o límnio (MATO S, 2006).

Este ve s (1988) a firma q ue a c o nc e ntra ç ã o d e o xig ê nio é no rma lme nte ma io r na zo na e ufó tic a , o nd e há inte nso c o nsumo d e g á s c a rb ô nic o e c o nsid e rá ve l lib e ra ç ã o d e o xig ê nio , d e vid o à fo to ssínte se . Po r o utro la d o , há p ro d uç ã o d e g á s c a rb ô nic o e c o nsumo d e o xig ê nio na zo na a fó tic a , a p o r c a usa d a a tivid a d e mic ro b ia na .

Em la g o s tro p ic a is é c o nsta nte a e stra tific a ç ã o q uímic a , e sp e c ia lme nte d e o xig ê nio , ind e p e nd e nte me nte d a e stra tific a ç ã o té rmic a , se nd o a ind a ma is nítid a e m re p re sa s q ue fo ra m fo rma d a s e m á re a s c o m d e nsa s c o b e rtura s flo re sta is.

O p e rfil ve rtic a l d a d istrib uiç ã o d e o xig ê nio p o d e se r influe nc ia d o , p rinc ip a lme nte , p e la te mp e ra tura e , o u, p e la s c a ra c te rístic a s mo rfo mé tric a s d o la g o , q ue tê m influê nc ia d ire ta na a ç ã o d o ve nto , e p o d e m ta nto a ume nta r a c o nc e ntra ç ã o c o mo p ro mo ve r sua d istrib uiç ã o no inte rio r d o e c o ssiste ma (ESTEVES, 1988).

(34)

Na Ta b e la 4 e Fig ura 3 e nc o ntra m-se o s va lo re s d e O D sug e rid o s p o r a lg uns a uto re s p a ra a c ria ç ã o d e p e ixe s.

Fig ura 3 – Fa ixa s d e va ria ç ã o d o o xig ê nio d isso lvid o p a ra p e ixe s

Ta b e la 4 – O D p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s

O D C o nsid e ra ç õ e s Auto r

a As e sp é c ie s tro p ic a is, e m sua ma io ria , c re sc e m e se re p ro d uze m no rma lme nte

ANDRADE (1998), SHIMO DA (1998); FURTADO (1995)

b Va lo r id e a l p a ra tilá p ia s BARBO SA (2008)

c Pa ra a s e sp é c ie s d e la mb a ri G ARUTTI (2003)

d Pa ra c ultivo e m ta nq ue s-re d e d e e sp é c ie s tro p ic a is

C O DEVASF (2008)

e Va lo r id e a l p a ra tilá p ia s VIEIRA (2003)

f Ág ua s d a c la sse 2 C O NAMA 357/ 2005

g O s p e ixe s tro p ic a is a p re se nta m c urto p e río d o d e so b re vivê nc ia

MAC EDO (2007)

h Mínimo d e O D p a ra tilá p ia s MAC EDO (2007)

(35)

d. C o ndutivida de e lé tric a

A c o nd utivid a d e e lé tric a (C E) mo stra a c a p a c id a d e d o me io e m c o nd uzir c o rre nte e lé tric a , ind ic a nd o ind ire ta me nte a c o nc e ntra ç ã o d e ío ns.

Va lo re s d e C E p a ra a á g ua p ura va ria m d e 0,5 a 2,0 μmo hs c m-1 (MATO S, 1994), e sã o c e rc a d e 10 μmo hs c m-1_{p a ra a á g ua d e c huva .}

Na Ta b e la 5 e nc o ntra m-se o s va lo re s d e C E sug e rid o s p o r a lg uns a uto re s p a ra a c ria ç ã o d e p e ixe s.

Ta b e la 5 – C E p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s

C E C o nsid e ra ç õ e s Auto r

0,02 a 0,1 μ.S c m-1_{De se já ve l p a ra a p isc ic ultura} _{SILVA (1994)}

40 μ.S c m-1 _{C o nd utivid a d e mé d ia id e a l p a ra}

a s e sp é c ie s d e la mb a ri

G ARUTTI (2003)

e . C lo ro fila a

Se g und o Este ve s (1988), p o r se r a c lo ro fila um d o s p ig me nto s re sp o nsá ve is p e la fo to ssínte se , o c o nhe c ime nto d e sua c o nc e ntra ç ã o p o d e ind ic a r a b io ma ssa d o fito p lâ nc to n.

MAINARDES-PINTO e MERC ANTE (2003) a firma m q ue va lo re s d e c lo ro fila sup e rio re s a 1,5 mg L-1 p o d e m e sta r re la c io na d o s à mo rta nd a d e d e p e ixe s.

De a c o rd o c o m a Re so luç ã o C O NAMA 357/ 2005, a s á g ua s sã o c o nsid e ra d a s d e c la sse 2 (ind ic a d a s à a q uic ultura ), q ua nd o a p re se nta m te o re s d e c lo ro fila infe rio re s a 30 µg L-1_.

(36)

f. Fó sfo ro

De a c o rd o c o m Este ve s (1988), p a ra a ma io ria d a s á g ua s c o ntine nta is, o fó sfo ro é o p rinc ip a l fa to r limita nte d e sua p ro d utivid a d e , se nd o a p o nta d o c o mo o re sp o nsá ve l p e la e utro fiza ç ã o a rtific ia l d e sse s a mb ie nte s. O fó sfo ro p re se nte na s á g ua s (iô nic o o u c o mp le xa d o ) e nc o ntra -se na fo rma d e fo sfa to s. Aind a , se g und o o me smo a uto r, o fo sfa to p re se nte e m e c o ssiste ma s a q uá tic o s te m o rig e m e m fo nte s na tura is, c o mo ro c ha s d a b a c ia d e c o ntrib uiç ã o (a p a tita , p rinc ip a lme nte ), ma te ria l p a rtic ula d o p re se nte na a tmo sfe ra e o re sulta nte d a d e c o mp o siç ã o d e o rg a nismo s d e o rig e m a ló c to ne . O fo sfa to ta mb é m p o d e te r o rig e m a rtific ia l, c o mo e sg o to s d o mé stic o s e ind ustria is, fe rtiliza nte s a g ríc o la s e ma te ria l p a rtic ula d o d e o rig e m ind ustria l na a tmo sfe ra .

Se g und o Ma c e d o (2007), a c o nc e ntra ç ã o d e fó sfo ro to ta l e m a mb ie nte s na tura is nã o p o luíd o s e stá e ntre 0,01 e 0,05 mg L-1_.

A C ETESB (2006) a d o ta o limite sup e rio r d e 120 µg L-1_{p a ra fó sfo ro} to ta l, c o rre sp o nd e nte a o limite sup e rio r d e c la ssific a ç ã o c o mo e utró fic o .

Ág ua s d e c la sse 2 d e ve m a p re se nta r te o re s d e fó sfo ro to ta l d e a té 0,050 mg L-1_{e m a mb ie nte s inte rme d iá rio s, c o m te mp o d e re sid ê nc ia} e ntre 20 e 40 d ia s e trib utá rio s d ire to s d e a mb ie nte lê ntic o , c o nfo rme a Re so luç ã o C O NAMA 357/ 2005.

g . Sé rie nitro g e na da

O nitro g ê nio p a rtic ip a d a fo rma ç ã o d e p ro te ína s, um d o s c o mp o ne nte s b á sic o s d a b io ma ssa . Po r e sse mo tivo , e um d o s e le me nto s ma is imp o rta nte s no me ta b o lismo d e e c o ssiste ma s a q uá tic o s.

(37)

(p e p tíd e o s, p urina s, a mina s, a mino á c id o s, e ntre o utro s), nitro g ê nio o rg â nic o p a rtic ula d o (b a c té ria s, fito p lâ nc to n, zo o p lâ nc to n e d e trito s) e tc . De ntre a s fo rma s p re se nte s no e c o ssiste ma , o nitra to e o ío n a mô nio a ssume m g ra nd e imp o rtâ nc ia , p o is sã o a s p rinc ip a is fo nte s d e nitro g ê nio p a ra o s p ro d uto re s p rimá rio s. Em p H b á sic o , o ío n a mô nio tra nsfo rma -se e m a mô nia (NH3 livre , na fo rma g a so sa ), q ue p o d e se r tó xic a p a ra a c o munid a d e d e p e ixe s (ESTEVES, 1988).

A to le râ nc ia a o s c o mp o sto s nitro g e na d o s va ria d e a c o rd o c o m a e sp é c ie e c o nd iç õ e s a mb ie nta is (ANDRADE, 1998).

Se g und o Sa nto s (2000), o s te o re s d e nitra to no rma lme nte e nc o ntra d o s e m á g ua s sup e rfic ia is e stã o e ntre 0,1 e 10 mg L-1_.

A e xp o siç ã o c rô nic a d e p e ixe s a níve is d e a mô nia d e 0,06 mg L-1_, p o d e c a usa r p ro b le ma s no s rins e b râ nq uia s, a fe ta r o func io na me nto c e re b ra l e re d uzir a c a p a c id a d e d e c a rg a d e o xig ê nio d o p e ixe .

Na Ta b e la 6 e Fig ura 4 e nc o ntra m-se o s va lo re s sug e rid o s d e a mô nia e nitra to p o r a lg uns a uto re s p a ra a c ria ç ã o d e p e ixe s.

Fig ura 4 – Fa ixa s d e va ria ç ã o d a c o nc e ntra ç ã o d e a mô nia e nitra to p a ra

(38)

Ta b e la 6 – C o nc e ntra ç õ e s ind ic a d a s p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s

C o nc e ntra ç õ e s C o nsid e ra ç õ e s Auto r

a Amô nia (NH3 livre , na fo rma g a so sa ). ESTEVES (1988)

b

De a mô nia nã o io niza d a p a ra juve nis d o p e ixe p a c a mã (Lo p hio silurus a le xa ndri)

BALDISSERO TTO (2004)

c De a mô nia nã o io niza d a p a ra juve nis d o g ua da lup e b a ss (Mic ro p te rus tre c uli)

d

Níve l má ximo d e a mô nia na á g ua p a ra o b a g re a me ric a no (Ic ta lurus p unc ta tus)

e Te o re s d e nitra to (á g ua s d a c la sse 2) C O NAMA 357/ 2005

f C o nc e ntra ç ã o d e nitra to mo rta l p a ra o s p e ixe s

(ANDRADE, 1998)

h. Turb ide z e tra nsp a rê nc ia

A turb id e z d a á g ua , me d id a d e sua c a p a c id a d e e m d isp e rsa r a ra d ia ç ã o , no rma lme nte e xp re ssa e m te rmo s d e c o e fic ie nte s d e d isp e rsã o o u unid a d e s e mp íric a s (ESTEVES, 1988), é c o nsid e ra d a uma c a ra c te rístic a re la c io na d a à p re se nç a d e p a rtíc ula s susp e nsa s c o m ta ma nho s q ue va ria m e ntre susp e nsõ e s g ro sse ira s a c o lo id e s, d e p e nd e nd o d o g ra u d e turb ulê nc ia (RIC HTER e NETTO , 1998).

A turb id e z d e c o rp o s d ’ á g ua é g e ra lme nte a lta e m re g iõ e s c o m so lo s e ro d íve is, o nd e o e sc o a me nto sup e rfic ia l p o d e c a rre a r p a rtíc ula s d e a rg ila , silte , a re ia , fra g me nto s d e ro c ha e ó xid o s me tá lic o s d o so lo . Alto s índ ic e s d e turb id e z p o d e m o c o rre r e m d e c o rrê nc ia d a s c a ra c te rístic a s g e o ló g ic a s d a s b a c ia s d e d re na g e m, a lto s índ ic e s p luvio mé tric o s, p rá tic a s a g ríc o la s, muita s ve ze s ina d e q ua d a s, o u la nç a me nto s d e e sg o to s d o mé stic o s o u ind ustria is.

(39)

A q ua ntid a d e e a q ua lid a d e d o s só lid o s na s á g ua s sup e rfic ia is sã o muito va riá ve is, p o d e nd o sua c o nc e ntra ç ã o o sc ila r e ntre 20 e 1000 mg L-1_{(C ERETTA, 2004; G ARC IA}_{a p ud}_{SILVEIRA, 2003).}

Se g und o Silva (1994), e m siste ma s d e g a io la o u ta nq ue s, a tra nsp a rê nc ia d a á g ua p o d e a fe ta r a ta xa d e c re sc ime nto d o s p e ixe s.

Na Ta b e la 7 e nc o ntra m-se o s limite s d e tra nsp a rê nc ia e só lid o s to ta is sug e rid o s p o r a lg uns a uto re s p a ra a c ria ç ã o d e p e ixe s.

Ta b e la 7 – Te o re s ind ic a d o s d e tra nsp a rê nc ia e só lid o s to ta is p a ra c ria ç ã o d e p e ixe s e m ta nq ue s

Te o re s C o nsid e ra ç õ e s Auto r

20 a 40 c m Fa ixa id e a l p a ra a p ro fund id a d e d e Se c c hi, d e p e nd e nd o d a p ro fund id a d e d o ta nq ue -re d e

SILVA (1994)

20 a 60 c m Tra nsp a rê nc ia id e a l p a ra a s e sp é c ie s d e la mb a ri

G ARUTTI (2003)

30 a 60 c m Tra nsp a rê nc ia id e a l p a ra o c ultivo d e p e ixe s e m ta nq ue s-re d e

C EC C ARELLI (2000); C O DEVASF (2008)

Até 100 UNT Tra nsp a rê nc ia ind ic a d a p a ra á g ua s d a c la sse 2

C O NAMA 357/ 2005

< 2 g / L C o nc e ntra ç ã o id e a l d e só lid o s d isso lvid o s e m vive iro s d e c ria ç ã o d e p e ixe s

MAC EDO (2007)

< 500 mg / L Te o re s d e só lid o s d isso lvid o s to ta is ind ic a d o s p a ra á g ua s d a c la sse 2

C O NAMA 357/ 2005

i. Ra dia ç ã o

O s c o mp rime nto s d e o nd a d e ma io r inte re sse e c o ló g ic o a b ra ng e m a s fa ixa s d o ultra vio le ta , d o visíve l e d o infra ve rme lho , se nd o q ue o visíve l se d e sta c a p o r sua p a rtic ip a ç ã o no s p ro c e sso s fo to ssinté tic o s.

(40)

d e p e nd e r d e fa to re s c o mo c o nc e ntra ç ã o d e ma te ria l d isso lvid o e c o nc e ntra ç ã o d e ma te ria l e m susp e nsã o .

A a b so rç ã o d a ra d ia ç ã o na á g ua o c o rre d e ma ne ira e xp o ne nc ia l c o m a p ro fund id a d e e e stá re la c io na d a à a b so rç ã o p e la p ró p ria mo lé c ula d e á g ua , à s sub stâ nc ia s d isso lvid a s, a o s o rg a nismo s c lo ro fila d o s e a o s d e trito s o rg â nic o s e ino rg â nic o s (ESTEVES, 1988).

A p o rç ã o ilumina d a d a c o luna d ’ á g ua é d e no mina d a zo na e ufó tic a , q ue p o d e va ria r d e a lg uns c e ntíme tro s a d e ze na s d e me tro s (ESTEVES, 1988).

4.2 Estrutura ç ã o da s c a ma da s de info rma ç ã o

Pa ra q ua lq ue r a ná lise q ue e nvo lve d a d o s e sp a c ia lme nte re fe re nc ia d o s, a e strutura ç ã o d a s c a ma d a s d e info rma ç ã o é d e suma imp o rtâ nc ia , p o is sã o e sta s q ue d e finirã o a q ua lid a d e d o re sulta d o .

Se g und o Me ire lle s (2007), q ua nd o um d a d o é ma nip ula d o p o r um mo d e lo ló g ic o , a d mite -se q ue o s re sulta d o s e nc o ntra d o s se ja m c o rre to s. C o ntud o , na re a lid a d e , o s re sulta d o s p o d e rã o c o nte r e rro s, d e vid o a o fa to d e o s va lo re s d o s a trib uto s d e e ntra d a nã o se re m d e te rmina d o s d e fo rma e xa ta . Assim, a va lid a d e d o s re sulta d o s d e p e nd e rá d ire ta me nte d a p re c isã o c o m q ue a b a se d e d a d o s fo i mo nta d a . Alé m d e sse s e rro s, so ma m-se o s e rro s o riund o s d o g e re nc ia me nto e d a a ná lise d a info rma ç ã o .

4.3Inte rpo la ç ã o de da do s po ntua is

Pa ra a inte rp o la ç ã o d e d a d o s p o ntua is e stã o d isp o níve is vá ria s e strutura s c o mo : a tria ng ula r irre g ula r ne two rk (TIN) e G RID, e ntre o utra s. C a d a uma p o ssui p e c ulia rid a d e s q ue p o d e m se r o u nã o fa vo rá ve is a um d e te rmina d o a trib uto .

(41)

fa c e s tria ng ula re s inte rlig a d a s e m q ue sã o a rma ze na d o s, p a ra c a d a vé rtic e , a s c o o rd e na d a s d e lo c a liza ç ã o (x, y) e o a trib uto z. O a uto r a firma a ind a q ue q ua nto ma is e q uilá te ra s fo re m a s fa c e s d o s triâ ng ulo s, ma io r se rá a e xa tid ã o d a sup e rfíc ie d e sc rita .

O s mo d e lo s d e g ra d e re p re se nta m a sup e rfíc ie a p a rtir d e uma ma triz (g ra de ra ste r), e m q ue c a d a c é lula e stá a sso c ia d a a um va lo r numé ric o d a p ro p rie d a d e re p re se nta d a , o b tid o p o r a trib uiç ã o d ire ta (q ua nd o se d isp õ e d o va lo r p a ra a q ue la c o o rd e na d a g e o g rá fic a ) o u p o r me io d e inte rp o la ç ã o .

A inte rp o la ç ã o e sp a c ia l p o d e se r d e finid a c o mo um c o njunto d e té c nic a s d ire c io na d a s à c ria ç ã o d e sup e rfíc ie s c o ntínua s a p a rtir d e d a d o s p o ntua is.

Pa ra a inte rp o la ç ã o d e d a d o s p o ntua is e xiste m d ive rso s a lg o ritmo s imp la nta d o s e m siste ma s c o mp uta c io na is, q ue p e rmite m a g e ra ç ã o d a sup e rfíc ie d e fo rma rá p id a e a a d o ç ã o d e um va sto núme ro d e p o nto s a mo stra is.

O s p ro c e d ime nto s d e inte rp o la ç ã o , a p a rtir d e a mo stra s, va ria m d e a c o rd o c o m a g ra nd e za d a me d id a . Pa ra a a ltime tria , p o r e xe mp lo , é c o mum o uso d e funç õ e s d e p o nd e ra ç ã o p e lo inve rso d a d istâ nc ia , e nq ua nto p a ra a s va riá ve is g e o físic a s p o d e m-se e mp re g a r p ro c e d ime nto s d e filtra g e m b id ime nsio na l o u d e g e o e sta tístic a (SILVA, 2007b ).

O re sulta d o d a s inte rp o la ç õ e s d e p e nd e d e fa to re s c o mo núme ro d e p o nto s a mo stra is, ma g nitud e d a s le itura s d o s p a râ me tro s a va lia d o s, e sp a ç a me nto d e d isp o siç ã o d o s p o nto s no e sp a ç o , a lé m d a p re c isã o d o s re sulta d o s o b tid o s na s a ná lise s la b o ra to ria is p a ra c a d a a mo stra c o le ta d a o u d a le itura in situ.

(42)

q ua nd o p e rmite m a a va lia ç ã o d o s e rro s c o m b a se na e stima tiva d e va riâ nc ia s.

Q ua nd o a s té c nic a s d e inte rp o la ç ã o p re vê e m va lo re s id ê ntic o s a o s me d id o s, o s inte rp o la d o re s sã o d e no mina d o s e xa to s, a o c o ntrá rio sã o c ha ma d o s d e inte rp o la d o re s ine xa to s.

De a c o rd o c o m Ho wa rt (1983) e Ka nsa (1990), c ita d o s p o r La nd im (2003) o s mé to d o s d e inte rp o la ç ã o p o d e m se r a ind a d ivid id o s e m g lo b a is e lo c a is. O s g lo b a is c o nsid e ra m to d a a p o p ula ç ã o d e p o nto s, p o d e nd o -se inte rp o la r q ua lq ue r p o nto d e ntro d o d o mínio d e d a d o s o rig ina l. Ne sse c a so , a a d iç ã o o u e xc lusã o d e um p o nto a mo stra l te m influê nc ia e m to d o o d o mínio . Enq ua d ra m-se ne sta c a te g o ria o s Mo de lo s de Re g re ssã o Po lino mia l, a Aná lise de Sup e rfíc ie de Te ndê nc ia e a Aná lise Esp e c tra l (Sé rie s d e Fo urie r).

O s mé to d o s lo c a is c o nsid e ra m uma zo na p ró xima a o p o nto q ue e stá se nd o inte rp o la d o . Pa ra e sse s inte rp o la d o re s, a e xc lusã o o u a d iç ã o d e um p o nto a mo stra l a fe ta a p e na s o s p o nto s a d ja c e nte s, a té d e te rmina d a d istâ nc ia . Ne sse g rup o , e nq ua d ra m-se o s mé to d o s d o p o líg o no de thie sse m, d o vizinho ma is p ró ximo, d o inve rso da distâ nc ia, d a s funç õ e s de b a se ra dia l e d a krig a g e m. Uma e xp lic a ç ã o suc inta é a p re se nta d a , e m se g uid a , p a ra o s mé to d o s d o inve rso d a d istâ nc ia , d a s funç õ e s d e b a se ra d ia l e d a krig a g e m.

• Inve rso d a d istâ nc ia

Ne sse a lg o ritmo , q ue p re ssup õ e a uto c o rre la ç ã o e sp a c ia l p o sitiva , o s va lo re s e stima d o s d e p e nd e m d a d istâ nc ia e d a ma g nitud e d o s p o nto s a d ja c e nte s e utiliza m o inve rso d a d istâ nc ia p a ra a te nua r a influê nc ia d e p o nto s ma is d ista nte s.

(43)

A e stima tiva p a ra c a d a p o nto é o b tid a p e la se g uinte e q ua ç ã o :

( )

_∑

( )

= = n i i iZ x x

Z

1

0

λ

Eq ua ç ã o 1

e m q ue

Z(x0) – é o va lo r a se r e stima d o p a ra o lo c a l x0;

λi – é o p e so a trib uíd o a c a d a p o nto o b se rva d o e mp re g a d o na e stima tiva d o va lo r Z(x0);

n – é o núme ro d e a mo stra s; e

Z(xi) – é o va lo r d e c a d a p o nto a mo stra l na p o siç ã o xi.

O fa to r λi é c a lc ula d o e m funç ã o d a d istâ nc ia (d ) e ntre o lo c a l p re d ito (x0) e c a d a p o nto a mo stra l (xi) c o nfo rme a e q ua ç ã o :

∑

− − = _n i p i p i i d d

λ

Eq ua ç ã o 2

e m q ue a so ma d e to d o s λi é ig ua l a um.

De vid o a o fa to r d e p o nd e ra ç ã o , e sse inte rp o la d o r nunc a fo rne c e va lo re s sup e rio re s à q ue le s o b se rva d o s.

• Funç õ e s d e b a se ra d ia l

Esse s inte rp o la d o re s, d e te rminístic o s, mo d e ra d a me nte rá p id o s, e xa to s e ma is fle xíve is d o q ue o d a p o nd e ra ç ã o d o inve rso d a s d istâ nc ia s, tê m p o r b a se funç õ e s p o lino mia is, q ue sã o a justa d a s a p e q ue no s c o njunto s d e p o nto s. Ne le s, a junç ã o d a s funç õ e s é c o ntínua , o q ue a sse g ura uma c urva tura mínima p a ra a sup e rfíc ie , se nd o , p o rta nto , a p ro p ria d o a p e na s a va ria ç õ e s sua ve s d e d e te rmina d o p a râ me tro q ue nã o c o mp re e nd a d e sc o ntinuid a d e s.

(44)

c o m te nsã o (sp line with te nsio n), sp line c o mp le ta me nte re g ula r (c o mp le te ly re g ula rize d sp line), funç ã o multiq ua d rá tic a (multiq ua dra tic func tio n) e sp line multiq ua d rá tic a inve rsa (inve rse multiq ua dra tic sp line). C a d a uma d e ssa s funç õ e s re sulta e m uma sup e rfíc ie d e inte rp o la ç ã o d istinta .

A utiliza ç ã o d e sse s inte rp o la d o re s na simula ç ã o p e rmite , e ntre ta nto , a o b te nç ã o d e va lo re s ma io re s q ue o s o b se rva d o s.

• G e o e sta tístic a

A g e o e sta tístic a d e fine um c o njunto d e p ro c e d ime nto s ma te má tic o s q ue p e rmite q ue se re c o nhe ç a e d e sc re va re la c io na me nto s e sp a c ia is. Esta té c nic a p re ssup õ e q ue a mo stra s ma is p ró xima s e ntre si te nd e m a se r ma is se me lha nte s q ue a q ue la s ma is d ista nte s.

A g e o e sta tístic a b a se ia -se e m p re ssup o sto s d a e sta tístic a c lá ssic a e m q ue a s a mo stra s p o d e m se r to ma d a s a le a to ria me nte d e uma p o p ula ç ã o d e sc rita p o r uma d istrib uiç ã o no rma l. No e nta nto , d ife re nte me nte d a s a ná lise s d a e sta tístic a c lá ssic a , a g e o e sta tístic a b a se ia -se na te o ria d a s va riá ve is re g io na liza d a s, e p re ssup õ e q ue a va ria ç ã o e sp a c ia l d e uma va riá ve l p o d e se r e xp re ssa p e la so ma d e trê s c o mp o ne nte s: c o mp o ne nte e strutura l, a sso c ia d a a um va lo r mé d io c o nsta nte o u a uma te nd ê nc ia c o nsta nte ; c o mp o ne nte a le a tó ria , e sp a c ia lme nte c o rre la c io na d a ; e o ruíd o a le a tó rio o u e rro re sid ua l.

Na s fo rmula ç õ e s g e o e sta tístic a s a d mite -se a e sta c io na rid a d e d e se g und a o rd e m. Isto imp lic a q ue o va lo r e sp e ra d o E{Z(xi)} e xiste p a ra q ua lq ue r xi e ind e p e nd e d a p o siç ã o (h).

( )

{

Zx

}

m

E _i = Eq ua ç ã o 3

(45)

( )

{

( ) ( )

}

2 h

i

i ZX m

x Z E h

C o v = ₊ − Eq ua ç ã o 4

Assim, a hip ó te se d e e sta c io na rid a d e d e se g und a o rd e m imp lic a uma va riâ nc ia finita d o s va lo re s me d id o s.

( )

{ }

Zx C o v

( )

0

Va r = Eq ua ç ã o 5

C o ntud o , a lg uns fe nô me no s nã o sa tisfa ze m e sta hip ó te se , a p re se nta nd o c a p a c id a d e infinita d e d isp e rsã o . Uma hip ó te se me no s re stritiva é e ntã o a ssumid a , c ha ma d a hip ó te se intrínse c a .

A hip ó te se intrínse c a re q ue r a p e na s a e sta c io na rid a d e d o va rio g ra ma , se m e xig ir a va riâ nc ia finita (G O O VAERTS, 1997). A funç ã o a le a tó ria é c o nsid e ra d a intrínse c a q ua nd o o va lo r e sp e ra d o E{Z(xi)} e xiste p a ra q ua lq ue r xi e ind e p e nd e d a p o siç ã o (h) e ta mb é m o inc re me nto {Z(xi + h) - Z(xi )} te m va riâ nc ia finita e nã o d e p e nd e d e xi p a ra q ua lq ue r h.

( )

[

( ) ( )

]

2

i h

i Zx

x Z E 2 1

h ⎟ −

⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ =

γ ₊ Eq ua ç ã o 6

Se g und o La nd im (2003), a a ná lise g e o e sta tístic a b usc a a sse g ura r q ue um e rro má ximo d e e stima tiva nã o se ja e xc e d id o , p o r me io d e a ná lise s ma te má tic a s, d a g ê ne se e d a s le is na tura is q ue g o ve rna m fe nô me no s inte rp re ta d o s c o mo re g io na is, usa nd o info rma ç õ e s e re la ç õ e s d e um c o njunto d isc re to d e a mo stra s e a va lia ç ã o d o s e rro s e stima d o s e sta b e le c e nd o o g ra u d e se g ura nç a e m p re visõ e s e p a d rõ e s ó timo s d e a mo stra g e m.

Pa ra q ue se d e sc re va a te nd ê nc ia e sp a c ia l d o p a râ me tro a se r inte rp o la d o d e ve m-se to ma r múltip la s a mo stra s, c o nsid e ra nd o -se a re p re se nta tivid a d e e sp a c ia l d o fe nô me no .

A g e o e sta tístic a c o nsid e ra a te nd ê nc ia d e va ria ç ã o d a a mo stra e m funç ã o d a d istâ nc ia d e um p o nto a mo stra d o (iso tro p ia ) o u e m funç ã o ta nto d a d istâ nc ia q ua nto d a d ire ç ã o (a niso tro p ia ).

(46)

d istrib uíd a s e m d ife re nte s inte rva lo s d e se p a ra ç ã o e ntre e la s (d e no mina d o s la g o u Δh).

O g ra u d e re la ç ã o , e m c e rta d ire ç ã o , e ntre o s p o nto s, p o d e se r e xp re sso p e la c o va riâ nc ia , e stip ula nd o q ue se ja m c o nsid e ra d o s a p e na s p o nto s re g ula rme nte e sp a ç a d o s p o r múltip lo s inte iro s d e Δh (LANDIM, 2003).

A c o va riâ nc ia (C (h)) e ntre o s va lo re s e nc o ntra d o s, se p a ra d a p o r

Δh a o lo ng o d e h, é :

( )

_∑

= + − = Δ = n i n i

ix m

x h N h C h C 1 ) ( 1

Eq ua ç ã o 7

e m q ue m é a mé d ia d a va riá ve l re g io na liza d a xi.

A se miva riâ nc ia (γ) d e sc re ve o d e svio e sp e ra d o no s va lo re s d a s a mo stra s (z) e m funç ã o d a d istâ nc ia (h) e ntre p a re s d e a mo stra .

( )

_{( )}

[

( ) ( )

]

2

1 2 1

∑

= + − = n i h i

i z x

x z h N h

λ

Eq ua ç ã o 8

e m q ue :

γ(h) - se miva riâ nc ia e stima d a a uma d istâ nc ia h;

N(h) - núme ro d e p a re s d e va lo re s me d id o s [Z(xi), Z(xi+h)] se p a ra d o s p o r um ve to r h;

x i - p o siç ã o e sp a c ia l d a va riá ve l Z; e z - va lo re s d a va riá ve l e stud a d a .

A d istâ nc ia é re p re se nta d a p o r um ve to r h, d e finid o p o r uma d istâ nc ia e uma d ire ç ã o (VIEIRA, 2000; SO ARES, 2000).

O va rio g ra ma d e sc re ve q ua ntita tiva me nte a va ria ç ã o no e sp a ç o d e um fe nô me no re g io na liza d o .

(47)

O a juste d e um mo d e lo te ó ric o p e rmite d e finir se us p a râ me tro s, q ua is se ja m, o a lc a nc e , o p a ta ma r e o e fe ito p e p ita , e xe mp lific a d o s na Fig ura 5.

Fig ura 5 – Exe mp lo d e um se miva rio g ra ma .

O a lc a nc e (o u a mp litud e (ra ng e)) re p re se nta a d istâ nc ia a p a rtir d a q ua l o s va lo re s d a va riá ve l e m a ná lise p o d e m se r c o nsid e ra d o s ind e p e nd e nte s.

O p a ta ma r (o u so le ira (sill)) é o va lo r no q ua l o va rio g ra ma e sta b iliza -se . A d istâ nc ia p a ra o p a ta ma r c o rre sp o nd e a o va lo r d o a lc a nc e .

O e fe ito p e p ita (nug g e t e ffe c t) é o va lo r d a funç ã o va rio g ra ma na o rig e m (h=0). Este p a râ me tro re fle te o s e rro s e mb utid o s no p ro c e sso , c o mo e rro s d e a mo stra g e m, a ná lise e tc .

Existe m d ive rsa s funç õ e s ma te má tic a s p a ra mo d e la r o se miva rio g ra ma d e finind o d ive rso s mo d e lo s c o mo o line a r, o e sfé ric o e o e xp o ne nc ia l, e ntre o utro s. A d e finiç ã o d o mo d e lo nã o é d ire ta e a uto má tic a , se nd o re a liza d a p o r tre ina me nto , c o mo te nta tiva e e rro , e d e p e nd e d ire ta me nte d o c o nhe c ime nto q ue se te m d o fe nô me no e stud a d o (SO ARES, 2000).