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As Origens Históricas do Eletroscópio.

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As Origens Historias do Eletrosopio

(TheHistorialOriginsoftheEletrosope)

Alexandre Medeiros

Departamento deFsiaeMatematia,

Universidade FederalRuraldePernambuo, Reife,PE

Reebidoem2deabril,2002. Aeitoem19dejulho,2002.

EstetrabalhopartedofatodequeoensinodaEletrostatiatemseafastadodafenomenologiaque

lhedeuorigem. Investigando-seahistoriadoseletrosopios, tenta-semostraromoalgumasideias

t~aoimportantesquantoasdearga,potenialeapaidadeeletriativeramsuasorigensligadasao

usodeumtalinstrumento.Paraalemdosimportantesdetalheshistoriosassinalados,ahistoriado

eletrosopiorevelatambemalgodeinquestionavelvalorlosoonoensinodaFsia: aextens~aona

qualasobserva~oes dosfen^omenoseletriossempreestiveramarregadasdepressupostosteorios.

Thispaperstartsfrom thefat thatthe teahing ofeletrostatis is beominginreasingly apart

fromthephenomenologyinwhihitroots. Investigatingthehistoryofeletrosopewetrytoshow

how some ideas as important as harge, potential and eletri apaity had their origins linked

to the use of suh an instrument. Beyond the assigned important historial details, the history

ofeletrosope analsorevealussomethingofunquestionable philosophialvalueintheteahing

ofphysis: theextenttowhihtheobservationofeletrial phenomenawerealwaystheoretially

laden.

I Introdu~ao

O ensino da eletrostatia tem sido araterizado por

um resente afastamento da fenomenologia que

en-volveesteramodaFsia. Defato,analisando-seos

li-vrostextosmaisantigos,pode-seenontrarumnumero

bemmaiorderefer^eniasaexperimentosfundamentais

e aos detalhes de funionamento de ertos

instrumen-tos basios, dentre eles o eletrosopio e o eletroforo.

Em lugar de iniiar om o estudo de uma

fenomeno-logiamarosopiaobservaveleapartirdelaonstruir

um onheimento que hegue anaturezamirosopia

damateria,ostextosmaisreentespartemja,demodo

postulativo,danaturezaat^omiada materia

(Saria-barozzi, 1983; Medeiros&Lima Jr,2000). Issoealgo

paradoxal,poisosexperimentoseletrostatiosest~ao

en-tre osmaisutilizadosemmuseus dei^enia,

prinipal-mente por alguns dos seus muitos efeitos

espetaula-res. Estetaldesuido,noensinoesolar,emrela~aoas

bases observaionaiseoneituaisdaeletrostatiatraz

onsequ^eniasdanosaspara oensinoeaaprendizagem

da eletrostatia, fazendoomqueos estudantes sejam

simplesmentetreinadossegundooredodeumateoria

II O Eletrosopio no Ensino da

Eletrostatia

Relegadosa umsegundoplanonas abordagensde

en-sino mais reentes, estes instrumentos eletrostatios

t^em sido vistos, geralmente, omo artefatos t~ao

sim-ples que pouo teriam a ofereer numa sala de aula.

A trivializa~ao desses instrumentos arrega, ontudo,

umenormeequvoo. Instrumentos de apar^enias

sin-gelas, omo um eletrosopio, por exemplo, enerram

em suasproprias onstru~oesum arsenal de oneitos

fsiosfundamentais,ujadisuss~aomuitopoderia

on-tribuir para uma melhorompreens~aoda eletriidade.

Tome-se, por exemplo, o fen^omeno da eletriza~ao por

atrito, disutido omumente de forma extremamente

superialnoslivros-textoenasaulasdeFsia.

Deixa-se de lado, por exemplo, uma analise das ondi~oes

neessarias para que um proesso de atritopossa

efe-tivamente oasionar uma eletriza~ao (Ainslie, 1967).

N~ao sedisutem tambem, numa etapamais avanada

dourso,quaisquerevid^eniasobservaionaisque

pos-samevideniarqueaeletriza~aoporatritodependedo

potenial de ontato(Anderson, 1936). Assim sendo,

a a impress~ao err^onea de que um qualquer atrito

faz que uma determinada subst^ania adquira sempre

(2)

ma-Nessasondi~oes,oimportanteestudoda

triboeletrii-dadeeompletamentedeixado delado,emdetrimento

dasonsequ^eniasnefastas que dapossam advirpara

aaprendizagemdaeletriidade.

Alemdasquest~oesatinentesaeletriza~aoporatrito,

igualmente ofen^omeno da indu~ao eletrostatia pode

ter suas araterstias evideniadas por uma analise

uidadosa do funionamento do eletrosopio. Os

efei-tosinusitados,relaionadosaindu~aoeletrostatia,que

podemserdemonstrados omoauxliodeum

opio, s~ao uma fonte inesgotavel de questionamentos

aserem debatidos omos estudantes em sala de aula

(Spener, 1958; Jemenko, 1979). Trabalhos reentes

t^emevideniadoqueatividadesexperimentaisom

ele-trosopioseeletroforospodemontribuirdeisivamente

paraqueosestudantesexplorem,deformaonstrutiva,

osoneitosdeindu~ao eletrostatiaeosigniadodo

aterramento(Stewart&Gallai,1998).

Apesardeumtantorelegadopeloslivros-textomais

reentes, muito tem sido esrito sobre as

possibilida-desexperimentais dos eletrosopios,sobre suas

poten-ialidadeseduaionais,suaslimita~oesesobre

modi-a~oes interessantes aserem introduzidas na sua

on-fe~ao(Myers,1990;Edge,1984;Davies,1974;Siddons,

1979;Ohriner&Mahtinger,1969;Steenson,1975).

Por outro lado, o estudo do desenvolvimento

historiodoeletrosopiopoderevelartodaumahistoria

de onstru~ao de oneitos da eletriidade, omo

tambempossibilitara apreia~ao dopapelporele

de-sempenhado na ria~ao da Fsia at^omia (Roller &

Roller, 1953; Siddons, 1983). O desenvolvimento de

estrategiasdeensino,onvenientementerelaionadasas

demonstra~oesomeletrosopiosemsaladeaula,pode,

poroutrolado,propiiar adisuss~aode ideias sobre a

propria natureza da observa~ao, oloando as

deso-bertas nos seus ontextos respetivos historios e

au-xiliando arelaionar oonheimento ientoom as

suasaplia~oespratias(Engelmann,1983).

O proposito deste trabalho onsiste em busar as

razes historias do eletrosopio de forma a

explii-tar om maior lareza o quanto as rela~oes

teoria-experimentoestiveramintrinseamenteligadasna

ons-tru~aodosoneitosembutidosnaonep~aodeumtal

instrumento.

III Metodologia

Seguindo os ontornos de uma pesquisa historia,

fundada numa preoupa~ao nitidamente eduaional,

prourou-se onstruirum quadrogeraldeinforma~oes

a respeito da ria~ao e do desenvolvimento do

ele-trosopio baseado parialmente em algumas fontes

primarias omoo De Magnete, de Gilbert,a historia

obradeSigauddelaFondeoutrosvariostextos

origi-naisreproduzidosporMaggieemseuinuenteASoure

fontesseundariasdereonheidovaloraad^emio,

de-vidamente apontadas na bibliograa deste trabalho.

Oeixo interpretativodasinforma~oesoletadasesteve

semprevoltadoparaaexpliita~aodasargasteorias

presentesnosexperimentosrealizadosenaexpliita~ao

dos pressupostos presentes na onstru~ao dos novos

oneitosomoaondu~aoeletria,atens~aoeaindu~ao

eletrostatia. Destaforma,foipossvelidentiar, om

ertanitidez,asonstru~oesdossigniadosatribudos

pelos diversos personagens envolvidos na historia

tra-tada numa vertente metodologia semelhante aquela

adotadaporNeressian(1984).

Noseiodestainvestiga~aoresidiaarmeonvi~ao

dequepouasoisass~aomaisimportantesnoensinoe

naaprendizagemdaFsiadoqueumaompreens~aoda

omplexarela~aoentreteoriaeexperimento(Franklin,

1990).

Assim sendo, o aminho interpretativo das

in-forma~oes oletadas seguiu a linha de um estudo de

asohistorio,noqualomergulhoemprofundidadena

analisedasquest~oesoloadassobrepujaquaisquer

pre-oupa~oes omaabrang^eniadasonlus~oesdali

reti-radas(Conant,1957).

IV A Evolu~ao Historia do

Ele-trosopio de Gilbert a

Cou-lomb

A maior parte dos instrumentos de medidas da

ele-triidade foi desenvolvida apos 1770. Ao nal do

seulo XVIII, existiam varios modelos desses

instru-mentos,obedeendo adiferentesonep~oes,dentre os

quais destaavam-seasbalanas, oseletrosopios e os

eletr^ometros. Os eletrosopios e os eletr^ometros

ree-biam, respetivamente, essas denomina~oes, onforme

estivessem destinados a uma simples avalia~ao do

es-tado de eletriza~aodos orposouauma medida mais

efetivadesse mesmo estado. Paraefeitos pratios, um

eletr^ometro nada mais e que um eletrosopioprovido

deumaesala,peloqueadenomina~ao\eletrosopio",

serautilizada, nesteartigo,deuma formaabrangente.

Deinio,n~aoestavalaroseaquiloquepodiaser

ava-liadoomoseletrosopiosera,defato,aarga

aumu-lada oualgo mais omplexo relaionado ao tal estado

deeletriza~aodoinstrumento. Aevolu~aohistoriados

oneitosveioaeslareerestaquest~aoao

ompreender-sequeoeletrosopio,efetivamente,avaliavaoqueviria

aserdenominado,posteriormente,depotenialeletrio.

Esta,noentanto, n~aoeumaquest~aosimples,emuitos

livros-texto, ainda nos dias atuais, permaneem

ar-mando, equivoadamente, que o afastamento entre as

folhasdeumeletrosopioeumamedidadaquantidade

deargaaumuladanasmesmas.

(3)

desenvolvi-triidade atmosferiaeastentativasde mediro

rendi-mento das maquinaseletrostatias. Pormuitotempo,

aposaepoadeGilbert(1544-1603),aeletriidade

ha-via sido produzida apenas pelo atrito de pedaos de

^

ambar, vidro ou enxofre om materiais omo as

rou-pas do pesquisador ou mesmo om as suas proprias

m~aos. AindanoseuloXVII,noentanto,foiriadoum

novomodode eletrizar mais vigorosamenteosorpos:

a maquina eletrostatia. Idealizada originalmente por

OttovonGuerike,elaonsistia,iniialmente,emuma

simplesboladeenxofre,omumeixoentral,montada

numaarma~aodemadeira,demodoquepodiaser

fail-mente postaagiraremtornodesteeixo. A eletriza~ao

eraobtidaoriginalmentepeloatritoontnuodasm~aos

ontraaesfera,proessoessequeseria,posteriormente,

aperfeioadoomousodepedaosdel~a. Essaprimitiva

maquinadeatritofoisuessivamente aperfeioada,

du-rantetodooseuloXVIII,porindivduosomo

Hauks-bee, Musshenbroek, Nollet, Tiberius Cavallo,

Bea-ria, Canton, Priestley, Franklin, Nairne, Marinus van

Marum, e muitos outros. A import^ania e efeitos no

desenvolvimentodaeletrostatiafoienormeen~aodeve

jamaissersubestimada. Umaanalise,porem,dos

deta-lhes eprinpiosdeseufunionamento estaforado

es-opodestepresentetrabalho,podendo,entretanto,ser

enontradaemalgumasobrasaquirefereniadas

(Hak-mann,1978;Dibner,1957;Thompson,1895).

VersoriumdeGilbert.

Apesar do suesso alanado pelas maquinas

ele-trostatiasnoseuloXVIII,astentativasfeitasaepoa

para produzirpadr~oesdemedidas daseletriza~oes,

as-simomoabusadeteniaspadronizadasparaefetuar

taismedidas,n~aoobtiveram,deinio,o^exitoesperado.

O prinipal motivodeste insuesso foi a faltade uma

lareza, a epoa, aera da totalidadedos fatores

en-volvidos que inueniavam o funionamento daqueles

instrumentos. Os oneitos fsios envolvidosn~ao

ha-viamsidoaindadevidamenteidentiados(Hakmann,

1978). "A quantia~ao da teoria fsia pressup~oe a

exist^eniade oneitosapropriados,expressaveis

mate-matiamente,esimplesdeseremtestadosemedidos. O

ora~ao do proesso esta na onstru~ao dos oneitos.

Comomostraosofridoapareimento dano~aodearga

loalizada, mesmoosoneitos maissimples podemser

muito difeis de serem enontrados. A quantia~ao

umaargaisolada(Q),osoneitosdeapaidade(C)e

depotenial(V),assimomoaredu~aodas foras

ma-rosopiamente mensuraveis, a foras mirosopias,

assumidas omo atuando entre os elementos de arga

eletria. Essesingredientesjaestavamam~aoporvolta

donal dos 1780"(Heilbron,1982,p. 218).

MaquinaeletrostatiadeHauksbee.

Por longo tempo, havia oorrido um desompasso

entre asneessidadesdeavanos naquest~aodas

medi-daseletriaseuma melhorompreens~aodas

quantida-desaseremmedidas. Umaretrospetivahistoriados

melhoramentos introduzidos nos instrumentos de

me-didas eletriaspode dar uma ideia do quanto o

aper-feioamentodetaisartefatosestavaligadoao

desenvol-vimentooneitualnaeletriidade.

O mais antigo eletrosopio foi o "versorium", de

Gilbert, ilustrado em seu livro"De Magnete" (1600),

queonsistia deuma agulha montada num piv^o,

lem-brandoumabussola. Gilbertfoi umdospioneirosnas

investiga~oesdosfen^omenoseletriosenaidentia~ao

de uma natureza propria para a eletriidade, distinta

domagnetismo. A agulha do versorium era feita

ini-ialmente deummetallaro,n~ao magnetizado,

equili-bradaemumpinooloadonopontoentraldamesma.

Emoutras vers~oes do versorium, Gilbert substituiu a

agulhametaliaporumpedainhode palha. O

verso-riumpermitiu aGilbert arealiza~aodeestudos muito

maissensveisqueaquelesfeitosateent~aopelosseus

an-teessores,omo Petrus Peregrinus eRobert Norman.

Gilbertinvestigouvariassubst^aniasqueatraama

(4)

po-"eletrios". Elenotou,ainda,queaatra~aoeletria

di-feriadamagnetiapelofato dequen~aohavianenhum

polo nos objetos eletriados (Gilbert, 1958). Com a

onstru~aodonovooneitodemateriais"eletrios",a

eletriidadedeixoudeservistaomosendouma

propri-edadedeumunioorpo,oudeumertopardeorpos,

para passar a serenaradaomo uma propriedadede

variosorposnanatureza.

OttovonGuerike,aindanoseuloXVII,eStephen

Gray,janoseuloXVIII,utilizarampenasdeavespara

indiar as eletria~oes. Um outro preursor do

ele-trosopiofoiometodorudimentar,inventadoporF

ran-isHauksbee, aindaem1705. Talmetodoonsistiana

utiliza~aodevariospedaosde linhasuspensos,ladoa

lado,naextremidade deuma barrailndriadevidro

ounasuperfieinteriordeumaesferaoa,igualmente

devidro,detalmodoqueaslinhasavampenduradas

parabaixoomsuasextremidadesafastadas,

aproxima-damente,umapolegada dovidro. Quandoovidroera

eletriado por atrito, as linhas reordenavam-se

pas-sando todas a apontarem radialmente em dire~ao ao

mesmo. Osvariosexperimentos realizadospor

Hauks-beeomaslinhasorientadaseletriamenteestimularam

asdisuss~oessobre os\euvios"ouemana~oesda

vir-tudeeletria. (Gamow,1988;Home,1992).

StephenGray&Desaguliers experimentodeondu~ao.

Elaborandoaideia deHauksbee, deutilizarvarias

linhas dependuradas, Stephen Gray utilizou, ja na

deadados1740,umunio pardelinhasdesedaouum

parde penas,para avaliar, atravesda diverg^enia

an-gularentreelas,asintensidadesdaseletriza~oes

produ-zidas. Oonheidoeletrosopiopendulardebolinhade

sabugueirotem,portanto,suaorigemnaslinhas

dispos-tasporHauksbeeemseustuboseglobosdevidro,assim

omonaspenasenaslinhasdependuradasporStephen

Gray nos seus ondutores metalios. Mantendo uma

pena pendurada proximo a extremidade de um tubo

metalio,ujaoutraextremidadetoavanumglobode

vidroeletrizado,Grayonstatouqueapenaeraatrada

mesmo(Leon,1988). Oproessodedete~aoda

eletri-idade, oma utiliza~ao delinhas, utilizadoporGray

foidesritopelaprimeiravezporWheeler,umamigoe

olaboradornosseusexperimentos. Osexperimentosde

Grayonsistiamemtomarumorpoeletrizadoeto

a-loomoutrosorposbastante extensos,omobarrase

os, observando, omseueletrosopiorudimentar, em

queondi~oesosefeitoseletriosapareiamaolongode

tais orposextensos. Essesexperimentosontriburam

para a desoberta da ondu~ao da eletriidade.

Pen-sando na eletriidade omo um uido, Gray observou

que ela viajavaatravesde algunsorpose n~ao de

ou-tros. Rejeitou,assim,osvelhosoneitosde"eletrios"

e\n~aoeletrios",introduzidosporGilbert,istoe,

aque-lesorpos,respetivamente,quegeravameaquelesque

n~aogeravameletriidade. Graypassouaadotar,ent~ao,

umadistin~aoentreosorposqueonduziama

eletrii-dade(osantigosn~ao eletrios)eosqueaisolavam(os

antigoseletrios),denominando-osrespetivamente,de

ondutoreseisolantes.

Essa n~ao e uma quest~ao meramente sem^antia,

omo pode pareer aprimeira vista, mas arrega, em

verdade,uma novaoneitua~ao sobreapropria

natu-rezadaeletriidade. ComGray,aeletriidadedeixade

servista,simplesmente,omouma"virtude"quepodia

sertransmitida,parasertidaomoalgosubstanialque

podiaviajar atravesda materia. A propria exist^enia

independentedaeletriidadeequeestavasendo

onei-tualmenteonstrudanessanovadenomina~ao. (Canby,

1966;Anderson,1968;Bernal,1973).

A moderna losoa dai^enia assinala que as

ob-serva~oes s~ao arregadas de pressupostos teorios. A

historia da eletriidade fornee otimas ilustra~oes de

uma talassertiva. Confrontem-se,porexemplo,as

ob-serva~oes de Guerike om as de Gray a respeito da

naturezadaeletriidade edaexist^eniaoun~aode um

uxo eletrio.

E essenial pereber que a imagem de

algouindoorrespondeaonstru~aodeumnovo

mo-delomentalquedeunovosrumosaoestudoda

eletrii-dade. Paraquesetenhauma ideiadaimport^aniade

umatalonstru~aooneitualedasuainterfer^enia

na-quiloquepoderiaserobservado,bastariamenionarque

Guerike,aindanoseuloXVII,haviafeitoalguns

expe-rimentosomasuamaquinaeletrostatia,semelhantes

aosque viriamaserrealizados porGraynoseulo

se-guinte, sem, ontudo, realizarasmesmas observa~oes.

Guerike, efetivamente, observara que objetos

eletri-adospodiamtransferirpartedasua\virtudeeletria",

ousejada sua\apaidade de atrair",denominadade

\arga", para outros objetos n~ao eletriados. Com

uma bola deenxofreGuerikeonseguiu arregaruma

outra,masn~aodeduziuda,ouseja,\n~aoobservou"a

\ondu~aoeletria",ouxodeeletriidade,poisa

ele-triidade n~ao erareonheidaomoalgoonreto, que

tivesseumaexist^eniaindependente. Omodelomental

(5)

adaporoutrajaeletrizadaganhavaareferidavirtude

eletria,maselen~aoonseguiaimaginarnadapassando

entre elas, n~ao observando, assim, nenhuma ondu~ao

eletria.

Franklin-p^enduloeletrostatioesuamaquinaeletria.

Certamente, mesmo para Gray, ainda n~ao pareia

laro aquilo que estava sendo medido om a deex~ao

angularentreaslinhasdeseda(Heilbron,1982). Gray,

noentanto,teveum\insight"queviriaafrutiarem

trabalhos posteriores aos seus: a eletriidade n~ao

pa-reiapreenhertodooorpodos"n~ao eletrios"

(on-dutores,emnossaterminologiamoderna). Tomando-se

doisubosdearvalho,demesmasdimens~oes,umheio

eumoutrooo,arregadosdamesmamaneira,

podia-se observarque ausavam deex~oes id^entias entre as

linhas de seda. Olhando de um ponto de vista mais

reente, pode-se pereber que Gray estava diante do

que poderia ser interpretado, atualmente, omo uma

evid^enia de que os poteniais eletrostatios dos dois

uboseramid^entios edeque, em ultima inst^ania, a

informa~aoforneidapeladeex~aodaslinhaspode,

efe-tivamente,serassoiadaa estepotenial. Nadadisso,

no entanto, foi observado por Gray. Faltou-lhe a

fer-ramentateoriadooneitodepotenialparaquealgo

dessetipopudesseviraserobservado.Assimomo

fal-tara aGuerikeaideia daeletriidadeomo algoom

uma exist^eniaindependente,en~ao apenas omouma

virtude, para poderobservarofen^omeno daondu~ao

eletria,faltouaGrayooneitodepotenialparaque

pudesse observar o que mediam as deex~oes entre as

linhas de seda nos fen^omenos porele estudados. Esta

omplexa imbria~ao teoria-observa~ao, na analise de

umfen^omeno,euma dasoisasmaisimportantes para

aqueles que ensinam Fsia. Anal, de aordoom o

sentidogregodapalavra,"fen^omenoeaquilo quepode

ser visto".

A mesma epoa, Franois Du Fay utilizou, na

Gray nosseusexperimentos, eissoolevouaformular

aideiadaexist^eniadedoistiposdiferentesdeuidos

eletrios. Benjamin Franklin, por seu lado, em seus

inuentesestudossobreaeletriidade,adotariaum

sis-tema semelhante ao de Graypara avaliar eletriza~oes.

Tais estudos onduziriam Franklin, porem, ao modelo

deumuniouidoeletrio,emoposi~aoao modelode

dois uidos eletrios proposto por Du Fay. Franklin

usaria,tambem,omoindiadordeeletriza~ao,o

om-primentodaentelhaproduzida,porexemplo,poruma

garrafadeLeiden,aoserdesarregada.

As primeiras tentativas onretas de onstru~ao

de instrumentos para medirem as eletriza~oes, os

ele-trosopios, s~ao efetivamente dessa epoa. Dentre

tais tentativas destaam-se os trabalhos dos franeses

d'AryeLe Roy. Em 1752,oabade Nollet, assistente

deDuFayeresponsavelpela edua~aodafamliareal

franesa, adotou umsistema, muito semelhante ao de

Gray, que onsistia em dois ossuspensos apartir de

umamesmopontoequeformavamentresium

determi-nado^anguloaoseremarregados.Nolletaresentaria,

logodepois, ao metodo das linhas de seda riado por

Gray,umaesalairular(umaespeiedetransferidor)

eum sistema otio de proje~ao, produzindo, assim, o

primeiroeletr^ometrodoqualsetemonheimento. Seu

aparelho,noentanto,apresentavaainda,assimomoo

sistema de Gray, seriosproblemas de fuga da

eletrii-dadeen~aoera,destemodo,umaparatosensvel.

Giovanni Bearia, um importante fsio de Turin,

interpretouasdeex~oesentreaslinhas de sedade um

modo diferente. Em vez de tomar o ^angulo de

de-ex~ao,omodeostume,paraindiaraforaeletria,

tomou o sen omo uma medida desta mesma fora.

Considerando-se que o ^angulo formado entre a fora

eletriaeodesloamentohorizontaldal^aminaeo

om-plemento dosemi-^angulo dedeex~ao/2,pode-se

no-tar o qu~ao proximo esteve Bearia de enfoar a

de-omposi~ao de tal fora eletria naquela dire~ao

hori-zontal: F os /2. Embora o oneito de trabalho

me^anion~aoestivesseaindaestabeleido,oqueviriaa

sedarapenasapartirdoiniodoseuloXIX(Harman,

1985),aspeas neessariaspara odesenvolvimento da

ideiadetrabalhorealizadopelafora eletriaea

ener-giapotenialaeleassoiadajaomeavamasurgirem

taisexperimentos. Avizinhava-se,portanto,o

eslarei-mentodoqueestaria,efetivamente,sendomedidopelo

eletrosopio.

Bearia, alem disso, preoupado omas quest~oes

ligadasaeletriidadeatmosferia,repetiuoelebre

ex-perimento da pipa, realizado anteriormente por F

ran-klin,inventando,emonex~ao,umnovoinstrumentode

medida. Seu aparelho onsistia em dois os

pontia-gudos, um deles ligado a extremidade inferior de um

altoondutor metalio,mantido navertial, enquanto

ooutroeraaterradoaoh~ao. Noespaamentoentreas

(6)

produzi-por um meanismode relojoaria, entre essas

extremi-dades,obtinha-seuma mara~aodosfuros provoados

pelas entelhas. O tamanho ea frequ^enia desses

fu-rosforneiamumregistrograodaatmosferaeletria

aimadoinstrumento(Dibner,1957).

Rihmann introduziu noeletrosopiode linhas um

ondutor xo em lugar de uma das linhas, e passou

a ler /2 numa esala em formato de quadrante. As

perdaseaimpreis~aodometododelinhasforam

mini-mizadas omo aperfeioamento introduzido porJohn

Canton, em 1754 (Wightman, 1951). Atento ao

"po-der das pontas",evideniado pelo para-raiosde F

ran-klin,Cantonolooupequenas bolinhas desabugueiro

envelheido, ou ortia, nas extremidades das linhas,

reduzindo,assim,onsideravelmenteasfugase

aumen-tando, a sensibilidade do aparelho, tornando-o assim

mais util e mais onavel (Bauer, 1960). Uma

mu-dana, aparentemente t~ao simples, arregava,em

ver-dade,amotiva~aodeumanovaabordagemoneitual,

javislumbradaporGraynosexperimentosomos

blo-os de arvalho,aima desrita. Osaperfeioamentos

introduzidosporCantonnoeletrosopiopermitiram-lhe

investigaranaturezada indu~ao eletrostatia,

onsta-tandoqueaaproxima~aodeumorpoarregadodeum

ondutorneutroinduziaoapareimentodotipooposto

dearganoladodoorponeutromaisproximodoorpo

originalmentearregado,ouindutor. Aomesmotempo,

noladooposto doorpoiniialmente neutro,ou

indu-zido,apareia umaargaigualede mesmotipodado

indutor. Pareiaagoralaro,paraCanton,ofen^omeno

jaanteriormenteobservado,masn~aoompreendido,de

que, ao afastar-se o indutor, o induzido voltava a

-ar neutro. Os sinais opostos e as quantidades

apa-rentementeid^entiasdasargassurgidas,assimomoa

posteriorneutraliza~ao doinduzido, evideniadas om

o seu eletrosopio, levaram-no a onjeturar, baseado

nomodelodedois uidos deDuFay,sobre uma mera

separa~aodeargaspreexistentesnoorpoquereebia

ainu^eniaeletria.

TiberiusCavallo,emLondres(1770),onstruiuum

eletrosopioomosdepratapenduradosdeumahaste

metalia,adiionando bolinhasdesabugueironosseus

terminais e enerrandoo onjunto numvaso de vidro

omfolhasmetaliasnasenvolvendoassuasparedes.

Ahastemetaliaprojetava-separaimadovasode

vi-dro om uma pequena esfera em sua extremidade

su-perior. Oeletrosopioomeavaatomarforma. Pouo

tempodepois,Voltaonstruiriaumeletr^ometroque

uti-lizavadoispequenos pedaosretos depalhasuspensos

a partir de um mesmo ponto por meio de uma junta

bastantemovel(SigauddelaFond, 1775).

Em 1772, William Henley riou uma vers~ao mais

operaionaldomodelodeRihmann,queviriaa

subs-tituir,apartirdeent~ao,naInglaterra,oseletrosopios

tradiionais de bolinhas de sabugueiro. Seu

instru-mento, o \eletr^ometro de quadrante", onsistia em

gueiro,emlugar,simplesmente,daslinhas. Nonaldo

seulo XVIII, eram ja utilizados, nas experi^enias de

indu~ao,porexemplo,diversostiposdeeletrosopiose

eletr^ometros, dentre os quais o riado pelo reverendo

Abraham Bennet, umaperfeioamentodoaparelhode

TiberiusCavallo,equeviriaasetornaromais

onhei-dodeles. (Forbes&Dijksterhuis,1963;Turner,1927).

Eletr^ometrodequadrante.

AbrahamBennet publiarana Philosophial T

ran-sations, da Royal Soiety de Londres, de 1787, duas

inven~oes de grande import^ania. Uma delas era

o \eletrosopio de folhas de ouro", que seria

aper-feioado, logo em seguida, por William Hasledine

Pepys,tornando-se,desdeent~ao, omaispreiso

dete-tordeeletriidadedisponvelaepoa. Esse

instrumen-to, bem mais sensvel que o seu anteessor de linhas,

daria umenormeimpulso naspesquisas sobrea

eletri-idade.

O outro instrumento, proposto por Bennet, era o

"dupliadoreletrio",umartefatoquepermitia,

atuan-do porindu~ao eletrostatia,passar de umaarga

pe-quenaparaumaargabemmaior(Meyer,1977). Esse

dupliadorestavabaseadonumoutroaparelhosimples

erevoluionario,riado porAlessandro Voltaem1775

eporele mesmoaperfeioadoem 1782: o\eletroforo"

(Canby,1966;Thompson,1895).

O eletroforo foi, para Volta e para os seus

on-tempor^aneos, um instrumento de usos multiplos. Seu

funionamento esta baseado no prinpio da indu~ao

eletrostatia. Era utilizado basiamente om a

(7)

para aavalia~ao das eletriza~oes obtidas evideniadas

pelos omprimentos das entelhas por ele produzidas.

Oseudesenvolvimentoestaintimamenteligadoa

ons-tru~aodooneitodetens~aoeletria,quenoseuloXIX

seria identiado om a fun~ao potenial. A

omple-xidade do funionamento, entretanto, foge ao esopo

deste trabalho.

EletrosopiosdefolhasdeourodeBennet.

Oeletroforoseriaopontodepartidaparaumanova

gera~aodemaquinaseletrostatias,quesubstituiriaas

maquinasde atrito,ateent~ao utilizadas: as maquinas

deindu~ao,onheidasaepoaomo\maquinasde

in-u^enia". O"dupliadordeBennet"foiaprimeira

ten-tativadeautomatizarasfun~oesdoeletroforodeVolta,

ouseja,aprimeiramaquinaeletrostatiadeindu~ao.

O\eletrosopio de folhas de ouro",de Bennet, por

outrolado,podesertidoomoumexemplodo

desenvol-vimentodaompreens~aodopapeldesempenhadopelos

ondutores nos instrumentos de medidas eletrias. A

inorpora~aodefolhasdeouroaoinstrumenton~aodeve

ser vista omo o resultado de uma tentativa qualquer

desubstitui~aodotipodefolhasutilizado. Oouro,

as-simomoaprataantes utilizadaporTiberiusCavallo,

eumelementomuitovaliosoparaserinorporado,sem

maiorompromisso,emmerosproedimentosde

tenta-tivaseerros. Autiliza~aodoouroe,antesdetudo,um

reonheimento do seupapeldesempenhadoomo um

exelenteondutor.

Em onex~ao om o eletrosopio de folhas de ouro

de Bennet, deveria ser menionado que, ao nal do

seuloXVIII,variosoutroseletrosopioseeletr^ometros

estavam igualmente em uso ou em desenvolvimento.

Certoequetodosessesinstrumentosestavamjasendo

utilizados na segunda metade do seulo XVIII.

Da-niel Gralath,deDantzig,porexemplo,porvoltadesta

eletria",preursorade umaseriede instrumentos

se-melhantesque ulminariamnoelebreinstrumento de

Coulomb.

Jaem1749,LeRoyed'Aryhaviaminventadoum

primeiro instrumento apaz de medir foras eletrias,

o \eletr^ometro-aer^ometro". O referido aparelho

dis-punha de um utuador e uma haste imersos na agua

e enimados por um prato. Ao aproximar-se deste

prato um segundo prato, ligado a uma maquina

ele-trostatia, produzia-seuma indu~ao eletriaque fazia

oaer^ometroemergir. Coloando-sepesossobreoprato

doaer^ometro,onseguia-serestituiroinstrumentoasua

posi~aooriginal. Issodavaumaideiadovalordafora

eletria, agora equilibrada pelo peso disposto sobre o

prato do instrumento. Ja em 1760, Daniel Bernoulli

utilizou tal artefato para determinar omodoomo as

foras eletrias variavam em fun~ao da dist^ania

en-tre ospratos. Suas medidas apontaramna dire~ao da

exist^eniadeuma rela~aodotipoinversodoquadrado

dadist^ania. Aomplexidadedofen^omenoemestudo,

noentanto, aliado aaus^enia de ertos oneitos

fun-damentais quepermitissemumamelhor interpreta~ao,

ontribuiu deisivamente para que os seus resultados

n~aofossemtidosomo evid^eniassuientemente

on-vinentesdeumatalrela~aomatematia(Bauer,1960).

Omaisimportantedetodososinstrumentosde

me-didadaeletriidade,surgidosaonaldoseuloXVIII,

foi a "balana de tor~ao", apresentada em 1784 por

Charles Augustin Coulomb (1736-1807). Para

dispu-tar, entretanto, a primazia desta inven~ao, abe

sali-entar que o reverendo John Mihell, ujo nomee

fre-quentemente menionado em onex~ao om a historia

domagnetismo,haviadesrito,anteriormente,uma

ba-lanade tor~ao semelhante queviria, logo apos, aser

utilizadaporHenryCavendishnadetermina~aoda

den-sidade media da Terra. Coulomb, no entanto, paree

ter sido, efetivamente, o primeiro a utilizar uma tal

balana para determinar as leis dos inversosdos

qua-dradosqueregemasforaseletriasemagnetias.Essa

leihaviasidoanuniada,paraasforasmagnetias,por

JohannTobiasMayeremGoettingenem1760eparaas

foras eletriaspor Cavendishem 1762, mas em ada

umdosasosapenasomevid^eniaspariais. Ousoda

balanadetor~aoporCoulombmaraoiniiodos

tra-balhosquantitativosnaeletriidadeenomagnetismoe

onaldeumaeleradoperodoevolutivonostrabalhos

exploratoriosomoeletrosopio.

V Conlus~oes

Embora osaparelhos demedidas eletriastenham

ex-perimentadoumenormeavanoduranteoseuloXIX,

avanoesteimpulsionadopelodesenvolvimento

onei-tualdaeletriidade,asequ^eniahistoriadeste

(8)

instrumen-quen~ao maisoupandoaenaprinipal,masatuando

omooadjuvantes,autiliza~aodoseletrosopios

pros-seguenahistoriadaFsiaomalgunsaperfeioamentos

menores, mas om marantes ontribui~oes nos

estu-dosda estruturaat^omia realizadosno nal doseulo

XIXenoiniodoseuloXX.A utiliza~aopratiados

eletrosopios,simplesmente reajustadaaosnovos

tem-pos, so seria seundada pelo papel originalmente

de-sempenhadoporeles naonstru~aodeideiasmais

la-rassobreosoneitosdearga,potenialeapaidade

eletria. Tal import^ania paree justiar a

neessi-dadede repensar-se asmuitasformas deutiliza~aode

um tal instrumento, ainda hoje, nas aulas de Fsia.

Paraalemdosaspetosmeramentedemonstrativos

pos-sibilitados por este aparelho, est~ao sobretudo os

pres-supostos teorios neleontidos, apontados do deurso

evolutivohistoriodesseinstrumento,que,sebem

tra-balhados, podem vir aseonstituir em poderosas

fer-ramentasheurstiasnareonstru~aodosoneitosem

saladeaula.

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Referências

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