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O impacto da pesca do camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis (Perez-Farfante) (Decapoda, Penaeidae) nas assembléias de peixes e siris do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, Rio Grande do Sul, Brasil.

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Academic year: 2017

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Por m ais de u m sécu lo as pescarias artesan ais con stitu em a base sócio-econ ôm ica dos p escadores da região costeira do Rio Gran de do Su l. Esta atividade é ben eficiada pela presen ça de estu ários q u e perm item a m igração de cru stáceos e peixes

en tre o ocean o e as águ as con tin en tais, prom oven do su a abu n -d ân cia e fácil acesso. No en tan to, os p ré-req u isitos p ara u m efetivo m an ejo das atividades pesqu eiras vêm sen do n egligen -ciados em favor de lu cros im ediatos (HAIMOVICI et al. 1998).

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Brasil

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Daniel Loebmann

1

& João Paes Vieira

2

1 Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista “ Julio de M esquita Filho” . Caixa Postal

199, 13506-970 Rio Claro, São Paulo, Brasil. E-mail: contato@danielloebmann.com

2 Departamento de Oceanografia, Fundação Universidade Federal de Rio Grande. Caixa Postal 474, 96201-900 Rio Grande,

Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: docjpv@furg.br

ABSTRACT. TTheTTThehehehe impactimpactimpactimpactimpact ofofofofof thethe Pinkthethethe PinkPinkPinkPink ShrShrShrShrShrimpimp impimpimp FFFFFarfarfarfarfantepenaeusarfantepenaeusantepenaeusantepenaeusantepenaeus paulensispaulensispaulensispaulensispaulensis (((((PerPerez-FPerPerPerez-Fez-Fez-Fez-Farfarfantearfarfarfanteanteanteante))))) (((((DecaDecaDecapodaDecaDecapodapodapodapoda, PenaeidaePenaeidaePenaeidaePenaeidaePenaeidae)))))

fffffisherisherisherisherisheryyyyy ononononon thethethethethe fffffishishishish andishandandandand crcrabcrcrcrababab assembabassembassembassemblagesassemblages oflageslageslagesofofof LagofLagLagLagLagoaoa dooaoaoadododo PeixdoPeixPeixPeixeeeee NationalPeix National ParNationalNationalNationalParParParParkkkkk, RioRioRioRio GrRioGrandeGrGrGrandeandeandeande dododododo SulSul, BrSulSulSulBrBrBrazil.Brazil.azil.azil.azil. This work evaluates the impact of the pink shrimp Farfantepenaeus paulensis (Perez-Farfante, 1967) fishery on fish and crab

assemblages of Lagoa do Peixe National Park, Brazil. We observed that composition of catches is similar to shrimp fisheries using fyke-net at others estuaries of Rio Grande do Sul State: pink shrimp (53%), accessory catches (24%) and bycatch (23%). However, fishery composition showed distinct differences along the saline gradient of the main park’s lagoon. Regarding only fish species, the most impacted species in this fishery were Brevoortiapectinata (Jenyns,

1842), Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823), and Jenynsiamultidentata (Jenyns, 1842). In others estuaries from Rio Grande do Sul, in contrast, the most impacted species were M. furnieri, Genidensbarbus (Lacepède, 1803) and Genidens genidens (Cuvier, 1829). The potential impact of the pink shrimp fishery at Lagoa do Peixe National Park seemed to

be weaker when compared to shrimp fisheries elsewhere. We believe that the decision to prohibit this fishery at the Lagoa do Peixe National Park should not be based on its potential damage to the fish and crab assemblages but based on the simple fact that Brazilian laws do not allow fisheries inside National Parks.

KEY WORDS. Brevoortia pectinata; bycatch; conservation unit management;estuaries; Micropogoniasfurnieri.

RESUMO. Este trabalho avaliou do impacto da pesca do camarão-rosa Farfantepenaeuspaulensis (Perez-Farfante, 1967) sobre a assembléia de peixes e crustáceos do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Constatou-se que, em média, a composição nas capturas da pesca do camarão-rosa, com a arte de pesca aviãozinho, é semelhantes àquelas descrita em para outros estuários do Rio Grande do Sul, quando considerada apenas a proporção das grandes categorias analisadas (espécie alvo – camarão-rosa 53%: captura acessória 24%: rejeito 23%). A composição da fauna acompa-nhante (captura acessória + rejeito) apresente diferenças pronunciadas ao longo do gradiente salino da laguna. No geral, ao nível específico, as espécies de peixes capturadas com maior intensidade – Brevoortiapectinata (Jenyns, 1842),

Micropogoniasfurnieri (Desmarest, 1823) e Jenynsiamultidentata (Jenyns, 1842) – diferem daquelas capturadas em outros estuários do Rio Grande do Sul, onde, além de M.furnieri, os bagres Genidensbarbus (Lacepède, 1803) e Genidensgenidens

(Cuvier, 1829) dominam nas capturas. As estimativas do potencial de impacto das capturas acessório e do rejeito apresentaram valores, do ponto de vista pesqueiro, bastantes satisfatórios, quando comparados com outras artes de pesca do camarão, o que sugere que a decisão de proibir a pesca no Parque Nacional da Lagoa do Peixe não deve ser baseada no impacto da pesca do camarão-rosa sobre a fauna acompanhante, mas sim na atividade pesqueira em si, uma vez que a legislação Brasileira vigente proíbe a pesca dentro de Parques Nacionais.

(2)

Na cap tu ra d o cam arão-rosa, Farfantepenaeus paulensis (Perez-Farfan te, 1967) em estuários do Rio Gran de do Sul são u tilizadas várias artes de pesca. A legislação vigen te (Portaria Sudepe 04, 14/01/86) perm ite som en te artes de pesca passivas com o o aviãozin h o, em bora sejam tam bém utilizadas ilegalm en te redes de arrasto m an ual (coca e berim bau ou gerival) e m otori-zados (pran ch a ou portas). A proibição das artes de pesca ativa baseia-se n a alta proporção em peso de peixes n ão aproveitados, o que poderia con tribuir para um alto im pacto desta atividade do pon to de vista econ ôm ico e biológico (SAILA 1983, HUDSON & FURNESS 1988, WASSENBERG & HILL 1989, MURRAY et al. 1992, ALVERSON et al. 1994, VIEIRA et al. 1996, CLUCAS 1997, BRANCO & VERANI 2006). De fato, os resultados do bycatch da rede aviãozin h o apresen ta-dos para a Lagoa ta-dos Patos, quan do com parata-dos com as redes de arrasto, caracterizam o aviãozin h o com o um a arte de pesca eficien te e razoavelm en te adequada à pesca estuarin a e, n este sen -tido, fun dam en ta a Portaria Sudepe 04, 14/01/86. No en tan to, em term os de n úm ero e tam an h o de in divíduos capturados os resultados apon tam para um a perspectiva m en os am en a e certa-m en te certa-m ais devastadora (VIEIRA et al. 1996).

A criação do Parque Nacion al Lagoa do Peixe em 1986 tem causado freqüen tes con flitos en tre Ibam a e pescadores resi-den tes. Esses con flitos são con seqüên cias da legislação atual que proíbe a pesca em Parques Nacion ais (Lei dos crim es am bien tais 9.605-98 e pelo DecretLei 4340-9.985). No en tan to, até o m o-m en to n ão se en con trou solução para esse probleo-m a e, a pesca artesan al-profission al com redes do tipo “Aviãozin h o”, para cap-tura do cam arão-rosa F. paulensis, está provisoriam en te e excep-cion alm en te autorizada para os pescadores m oradores do en tor-n o dessa utor-n idade de cotor-n servação (UC).

Apesar das ten tativas de orden ar e m in im izar os im pac-tos da pesca do cam arão-rosa den tro do Parq u e sabe-se q u e a seletividade da rede aviãozin h o é baixa, captu ran do ou tras es-pécies de cru stáceos e peixes aciden talm en te (VIEIRA et al. 1996). O objetivo deste estu do foi avaliar o im pacto da pesca do ca-m arão-rosa n as asseca-m bléias de peixes e cru stáceos captu rados aciden talm en te pela rede tipo aviãozin h o n a Lagoa do Peixe.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de Estudo

De todos os sistem as estu arin os do Rio Gran de do Su l, a Lagoa d o Peixe, situ ad a en tre as coord en ad as 31°26’37,3”S; 51°09’44,8”W e 31°14’00,8”S; 50°56’06,3”W (Fig. 1), é o ú n ico q u e apresen ta ligação efêm era com o Ocean o. Norm alm en te, su a barra p erm an ece fech ad a d u ran te os m eses d e estiagem , acu m u lan do águ a de ban h ados e lagoas adjacen tes até rom per-se em direção ao m ar (SCHWARZBOLD & SCHÄFER 1984). Nos ú lti-m os an os, q u an do a barra n ão rolti-m pe n atu rallti-m en te, essa é aber-ta p ela in terven ção d o h om em , p ara a en trad a d e larvas d e cam arão-rosa (LOEBMANN & VIEIRA 2005a, b).

A profun didade m édia da Lagoa do Peixe é in ferior a 50 cm , exceto n os can ais e em sua barra, cujas profun didades são superiores a 2 m . O espelh o de água do sistem a tem aproxim adam en

-te 35 km2. A localização geográfica da barra, n o cen tro da Lagoa, in duz a um a divisão espacial am bien tal atípica, quan do com pa-rados aos outros estuários do estado do Rio Gran de do Sul, pois tan to para o Norte com o para o Sul, h á presen ça de um a zon a pré-lím n ica (LOEBMANN & VIEIRA 2005a). Toda a área da Lagoa do Peixe é parte in tegran te do Parque Nacion al da Lagoa do Peixe. Pescadores locais recon h ecem e dividem a Lagoa do Peixe em 13 setores. Seis setores foram previam en te escolh idos para am ostragem , levan do em con sideração a viabilidade de am ostrar sistem aticam en te cada setor, e sua represen tatividade espacial den tro da Lagoa do Peixe. Os setores Ch ica e Capitão estão loca-lizados ao sul, Paiva e Lagam arzin h o, n a região cen tro-n orte, e Costa e Véia Terra, ao n orte da Lagoa do Peixe (Fig. 1). Cabe ressaltar que a pesca é proibida n os can ais profun dos e n a barra.

Métodos

O aviãozin h o é u m a rede cilín drica com a parte posterior do corpo em form a de fu n il (saco), on de a pan agem é su sten ta-da por aros de ferro. A rede é fixa por estacas em águ as rasas de até 2 m de profu n didade (Fig. 2). A pesca é efetu ada du ran te a n oite (aproxim adam en te 12 h oras), por m eio de atração lu m i-n osa (VIEIRA et al. 1996). O tam an h o da m alh a segu e o reco-m en d ad o p ela Portaria d o Ibareco-m a 09-N/ 93, q u e regu lareco-m en ta 24 m m de distân cia en tre n ós.

Du ran te a tem porada de pesca foram efetu adas coletas diárias, n o período de 01/ II/ 2002 a 06/ III/ 2002. Os setores e os p escad ores foram aleatoriam en te escolh id os, e as d esp escas foram acom pan h adas em tem po in tegral. Em cada saída, con -tou -se o n ú m ero d e red es d esp escad as n o bote d o p escad or volu n tário e con siderou se u m a am ostra com o o total do con -teú do de todas essas redes. No desem barq u e, o pescado era se-lecion ado com base n a su a im portân cia com ercial e dividido em três categorias (esp écie alvo; cap tu ra acessória; rejeito de pesca ou descarte) (ALVERSON et al. 1994).

No próprio local, com a balan ça dos com pradores de ca-m arão, foraca-m ca-m en su rados os pesos totais de caca-m arão-rosa, de siris (Callinectes sapidus Rath bu n , 1896) e peixes com ercializa-dos, assim com o do descarte de siri (Callinectes danae Sm ith , 1869 e dos ju ven is de C. sapidus). A ictiofau n a acom pan h an te descartada pelos pescadores era levada in natura para a base de estu dos da FURG n o Farol de Mostardas, on de as espécies fo-ram iden tificadas, m edidas in dividu alm en te, con tadas e pesa-das. Even tu alm en te exem plares de peixes de gran de porte eram m edidos e pesados n o local.

(3)

da segu in te expressão C

=

exp

{

za

´

dp

[

log

( )

y

]

}

, on de za é o valor de t de stu den t e dp é o desvio padrão do Log10 CPUE+1. Dessa form a, os in tervalos de con fian ça gerados são positivos e

assim étricos, e são con stru ídos com o: y

C y y C

_

_ _

£ ³ ´ , on de y_ é a m édia das CPUEs.

Extrapolações das captu ras acessórias e rejeito de pesca (am ostragen s in situ) sobre o esforço total de pesca (dados do Ibam a) foram calcu ladas para o período estu dado. Esse artifí-cio foi u tilizado porq u e as am ostragen s in situ n ão avaliavam o esforço de pesca total, e os dados do Ibam a n ão con tem in for-m ações sobre as captu ras acessórias e rejeito de pesca. A viabi-lidade desse tip o de extrap olação foi testada com an álise de variân cia (ANOVA, p < 0,05), sen do qu e as m édias de captu ra de cam arão-rosa dos dois con ju n tos de dados, para cada setor, foram com paradas com o teste de con traste de m édias (Teste de Tu key) e con sideradas igu ais q u an do p > 0,05.

Foi calculado o Ín dice de Im portân cia Relativa: IIR% = FO% x (PN% + PW%), para cada espécie de peixe presen te n as am os-tras. Para as três espécies com os m aiores valores de IIR% – Jenynsia m ultidentata (Jen yn s, 1842), Brevoortia pectinata (Jen yn s, 1842) e Micropogonias furnieri (Desm arest, 1823) –, estim ou-se a quan ti-dade em peso e em n úm ero de in divíduos que foram m ortos duran te o período estudado. Para essas estim ativas se fez n eces-sário calcular a CPUE por classe de com prim en to (CPUE-CC) (VIEIRA 2006). Para estas três espécies, baseado n as diferen ças de aproveitam en to n a pesca e n as características populacion ais de-tectadas pela an álise de CPUE-CC, foram defin idos critérios para avaliar o im pacto em cada população. Estim ou-se o n úm ero de juven is de B. pectinata e M. furnieri (CT < 210 m m ) que ch

egari-Figura 1. Litoral centro-sul do Rio Grande do Sul com destaque para o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e a área de estudo com seus respectivos pontos de coleta: (1) Setor Chica, (2) Setor Capitão-Rosa, (3) Setor Paiva, (4) Setor Lagam arzinho, (5) Setor Costa e (6) Setor Véia Terra.

que foi calculada a partir da razão en tre a captura total, em peso ou em n úm ero, e o n úm ero redes am ostradas, on de: CPUE to-tal = ⌺CPUE (espécie alvo + captura acessória + rejeito de pesca). Diferen ças n as CPUEs tran sform ad as (Log10 CPUE+1) foram testadas estatisticam en te por ANOVA param étrica (p < 0,05) e os pressu postos estatísticos (h om ogen eidade e n orm ali-dade) foram testados pelo teste de Kolm ogorov-Sm irn ov e de Coch ran , e por represen tações gráficas (Norm al Probability Plot). Os in tervalos de con fian ça das estim ativas foram con s-truídos baseados n o m étodo proposto por BUCKLAND et al. (1993), in dicado para estu dos de den sidades popu lacion ais. Para cada categoria de pescado foi calcu lado o valor de “C” u tilizan do-se

Figura 2. Desenho esquem ático da rede de pesca Aviãozinho: (1) atrativo lum inoso, (2) tralha superior, (3) tralha inferior, (4) calões de sustentação, (5) saco da rede e (6) aros de sustentação do saco.

4

6

5

3

1

(4)

am a um tam an h o de prim eira captura pela pesca artesan al (Nb), baseado n a curva de sobrevivên cia proposta por GULLAND (1971) (Nb = Na x e -M x t). Foram utilizados os ín dices de m ortalidade n atural de 0,23 para M. furnieri (CERGOLE et al. 2005) e 1,1 para B. pectinata, sen do esse últim o baseado n o valor de M de Brevoortia patronus Goode, 1878 (VETTER 1988). Utilizou-se o peso m édio in dividual (W) da “idade de prim eira captura” de 287 g para M. furn ieri (REIS & CASTELLO 1996) e d e 410 g p ara B. pectin ata (HAIMOVICI & VELASCO 2000). O produto de Nb e W geraram o va-lor da biom assa teórica dispon ível caso os in divíduos n ão tives-sem sido capturados pela pesca do cam arão-rosa. Con siderou-se que a população de J. m ultidentata am ostrada esteve represen ta-da por sua população adulta e esta n ão é um recurso pesqueiro.

RESULTADOS

A composição das capturas

A biom assa total captu rada pode ser dividida em cin co iten s (Fig. 3). Con statou -se q u e a espécie alvo (F. paulensis) re-presen tou 53,9% do total captu rado. A captu ra acessória foi de 23,6%, poden do ser su bdividida em C. sapidus (22%) e peixes (1,6%). Den tre os peixes com ercializados e/ ou n ão descartados d estacam -se: Hoplias m alabaricus (Bloch , 1794), Paralich th ys orbign yan u s Valen cien n es, 1839, Rh am dia qu elen (Q u o y & Gaim ard, 1824), Mugil platanus Gu n th er, 1880. O restan te das captu ras (22,4%) foi con siderado rejeito de pesca, sen do este su bdividido em rejeito de cru stáceos (dom in ado por C. danae) (16,8%) e rejeito de peixes (5,6%), sen do estes com postos por espécies sem in teresse com ercial ou de pequ en o tam an h o.

Rejeito de peixe

6% Callinectes

sapidus 22%

Callinectes danae

17% Peixe

comercializado 2%

Farfantepenaeus paulensis

53%

Figura 3. Contribuição relativa, em biom assa, das capturas na rede Aviãozinho.

Para cad a setor am ostrad o observou -se d iferen ças n as com posições e proporções das captu ras (Fig. 4), bem com o di-feren ças pron un ciadas n o esforço (Tab. I), abun dân cia geral (Fig. 5), e produ ção de cam arão-rosa (Fig. 6). Observa-se n a figu ra 4 q u e a esp écie alvo (F. paulensis) foi o item predom in an te n os setores Paiva, Lagam ar e Veia Terra, e Callinectes sapidus

(cap-0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Chica Capitão Rosa Paiva Lagamarzinho Costa Véia terra

Camarão Peixe comercializado Rejeito de peixe Siri-Azul Siri-Roxo

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

C

P

U

E

m

édio

(g/

re

de/

d

ia)

Chica Capitã

o Rosa Paiva Lagam

arzinh o

Costa Véiaterra

Fonte 1 Fonte 2

Capitão Rosa

Log

(CPUE+1)

10

Paiva Lagamarzinho Costa Véia Terra

0,50 0,52 0,54 0,56 0,58 0,60 0,62 0,64 0,66 0,68

5

6

4

(5)

tu ra acessória) foi o item dom in an te n o setor Ch ica, Capitão Rosa e Costa. O siri Callinectes danae (descarte) teve u m a ex-p ressiva con tribu ição n a região estu arin a (Paiva, Lagam ar e Costa) e peixes de valor com ercial foram im portan tes n os lim i-tes su l (Ch ica) e n orte (Velh a Terra) da lagoa, estan do au sen i-tes n os dem ais setores. O rejeito de peixes variou de 1,9% a 10,6% em todos os setores am ostrados.

Padronização entre dados do Ibama e amostragens

in

situ

A com paração en tre o esforço de pesca du ran te o perío-do am ostraperío-do (Fon te 2) e du ran te toda a tem porada de pesca (dados do Ibam a = Fon te 1) represen tou 55,2% do esforço total para estes respectivos setores (Tab. II).

Na figu ra 5 podem os observar a produ tividade de cada setor (⌺CPUE espécie alvo + captu ra acessória + rejeito de pes-ca (g/ red e/ d ia)). Observa-se q u e os setores estu arin os (Paiva, Costa e Lagam arzin h o) apresen tam as m aiores produ tividades q u e os setores con siderados pré-lím n icos (Ch ica, Capitão-Rosa e Véia Terra) (LOEBMANN & VIEIRA 2005a).

Na figura 6 observa-se, para os diferen tes setores da lagoa, a variação da CPUE do cam arão rosa (g/rede/dia) calculado com base n os dados do Ibam a (Fon te 1) e n os dados am ostrados em cam po (Fon te 2). Não foram observadas diferen ças sign

ificati-vas (p = 0,57) en tre as CPUEs calculados com os dados das am os-tragen s in situ e dos dados do Ibam a, n o en tan to foram observdas diferen ças sign ificativas en tre as m édias observdas CPUEs de cam a-rão-rosa para os diferen tes setores (p ⬇ 0,00). Para os dados de cam po (Fon te 2) o teste de con traste de m édias de Tukey apon -tou valores sign ificativam en te m aiores para o setor Paiva, em relação aos outros setores. Os setores Lagam arzin h o e Costa ti-veram m édias iguais en tre si (p < 0,05), assim com o os setores Ch ica, Véia Terra e Capitão-Rosa.

Através do teste de con traste de m édias de Tu key, obser-vou -se qu e os dados de am bas as fon tes (am ostragen s s in situ e dados do Ibam a), q u an do com parados en tre setores (Tab. III), são estatisticam en te igu ais (p < 0,05), forn ecen do su porte esta-tístico p ara com p arações e extrap olações do rejeito de p esca sobre os dados de esforço de pesca do Ibam a.

O esforço de pesca

As estim ativas do esforço de p esca n a Lagoa do Peixe, calcu ladas com base n os dados forn ecidos pelo Ibam a, m ostra-ram q u e os seis setores estu dados represen tam 86,6% do esfor-ço total d e p esca n a Lagoa d o Peixe (Tab. I). Observa-se n a m esm a tabela u m a estim ativa do esforço total de 201050 redes u tilizadas n a tem porada de pesca, o qu e represen tou u m a m é-Tabela I. Esforço total (núm ero de redes em cada mês por setor ao

longo da temporada de pesca) baseado nas planilhas de dados do Ibam a.

Localidade Fevereiro M arço Abril M aio Total

Chica 1450 660 2110 (1,0%)

Capitão rosa 9990 3230 2250 400 15870 (7,9%)

Paiva 25310 22370 11520 3420 62620 (31,1%)

Lagam arzinho 13740 27630 6080 420 47870 (23,8%)

Costa 7280 9400 200 16880 (8,4%)

Velha terra 23880 4660 240 28780 (14,3%)

Diversos locais 5500 9980 8940 2500 26920 (13,4%)

Total 87150 77930 29230 6740 201050 (100%)

Tabela II. Comparação, para o setores analisados, dos esforços de pesca (núm ero de redes vezes dias de pesca) aplicados durante toda a tem porada de pesca (Esforço 1, fonte 1 = Ibam a) e período am o st r ad o ( Esf o r ço 2 , f o n t e 2 = d ad o s am o st r ad o s) , e a contribuição percentual (%) do total do esforço 2 no esforço 1.

Setor Esforço 1 Esforço 2 %

Capitão-rosa 15870 11170 70,38

Paiva 62940 30630 48,70

Lagam arzinho 47870 19040 39,80

Costa 16880 9240 54,70

Velha terra 28780 25140 87,30

Total 172340 95220 55,20

Tabela III. Comparações Post-Hoc (Teste de Tukey) para os setores am ostrados: (Cap) Capitão-Rosa, (Pai) Paiva, (Lag) Lagamarzinho, (Cos) Costa e (Vei) Véia Terra, nas duas fontes de dados – Ibama (1) e amostragem in situ (2). Diferenças significativas (p < 0,05) em negrito.

Cap 1 Cap 2 Pai 1 Pai 2 Lag 1 Lag 2 Cos 1 Cos 2 Vei 1

Cap 1

Cap 2 0,9964

Pai 1 0,0000 0,0580

Pai 2 0,0000 0,0020 0,2245

Lag 1 0,0000 0,0488 0,9999 0,2637

Lag 2 0,0589 0,2352 1,0000 0,6036 1,0000

Cos 1 0,0000 0,7093 0,0000 0,0024 0,0000 0,7414

Cos 2 0,9943 0,9495 0,7780 0,0642 0,7333 0,9470 1,0000

Vei 1 0,0001 0,8509 0,0000 0,0006 0,0000 0,4819 0,7667 1,0000

(6)

dia de 1678 redes/ dia se con siderarm os q u e a tem p orada de p esca d u rou 120 d ias. O esforço ap licad o n a zon a estu arin a (Paiva e Lagam arzin h o) represen tou 55,0% do esforço total (Tab. I). Os dois p rim eiros m eses da tem p orada corresp on deram a 82,1% do esforço total (82540 redes/ m ês), e n os m eses de abril e m aio observou -se u m a q u ed a abru p ta n o esforço d e p esca com 29230 e 6740 redes/ m ês, respectivam en te.

Avaliação da espécie-alvo

A an álise dos dados do Ibam a m ostrara qu e a biom assa de F. paulensis captu rada n a tem porada de pesca foi de 181,3 t (Tab. IV). Ao lon go dos m eses a captu ra dim in u iu con stan te-m en te, sen do qu e os te-m eses de fevereiro e te-m arço represen tarate-m 45,0% e 36,7% do volu m e total captu rado, respectivam en te.

Os m aiores valores de CPUE para F. paulensis foram ob-servados n a região estuarin a (Fig. 6), sen do que os registros de captura total de cam arão – rosa do Ibam a, com exceção do setor Paiva, foram m aiores que as estim ativas baseadas n a am ostragem (Fig. 7). Os setores em que se observaram as m aiores diferen ças foram Paiva e Véia Terra com 32,8 e 11,2 t de diferen ça en tre as estim ativas, respectivam en te (Fig. 7).

Em bora ten h a sido observada u m a dim in u ição n as cap-tu ras totais com o decorrer da tem porada de pesca (Tab. I), as CPUEs em peso n ão apresen taram m édias estatisticam en te di-feren tes ao serem testadas por ANOVA (p < 0,05), para os três prim eiros m eses de tem porada de pesca, ten do m édia sign ifi-cativam en te m en or apen as para o m ês de m aio (Fig. 8).

Avaliação do impacto na população de

Callinectes

danae

A biom assa total d e C. danae n as am ostras foi d e 427 kg, ou seja, 17% d o volu m e total cap tu rad o (Fig. 3). A CPUE m é-d ia é-d a esp écie foi é-d e em 295,6 g/ reé-d e, varian é-d o é-d e zero, n o setor Cap itão-Rosa, até 869,0 g/ red e n o setor Paiva (Tab. V), o q u e corresp on d eu a 58,8% d e tod a a cap tu ra d este item . Os resu ltad os extrap olad os sobre o esforço total su gerem q u e a biom assa total d e C. danae, cap tu rad a n os setores am ostrad os, foi n a ord em d e 22,6 a 56,6 t, com m éd ia em 35,4 t (Tab. V).

Figuras 7-8. Estim ativas da biom assa total de cam arão-rosa por setor calculada para os dados do Ibama e para os dados amostrados; (8) Captura m édia m ensal de cam arão-rosa expressa em Log10 do CPUE (kg/ rede/ dia) + 1, com seus respectivos intervalos de confi-ança (p > 0,05) para todos os m eses da tem porada de pesca.

Fevereiro Março Abril Maio

MÊS 0,00

0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30

Média

Log

(CPUE+1)

10

Erro Padrão I.C. 95%

Tabela IV. Capturas mensais totais de cam arão-rosa expressas em quilogram as para cada setor da Lagoa do Peixe. Dados obtidos das planilhas de dados do Ibama. (Dias) Dias de pesca em cada setor.

Localidade Dias Fevereiro M arço Abril M aio Total

Chica 34 698,5 360,0 0,0 0,0 1058,5

Capitão rosa 107 7092,5 2365,0 1485,0 158,0 11100,5

Formiga 70 895,0 1142,0 774,0 0,0 2811,0

Natalicio 26 118,5 0,0 0,0 0,0 118,5

Cam bota 120 1460,0 5905,0 5929,0 944,0 14238,0

Barra 62 0,0 3122,0 1876,0 178,0 5176,0

Paiva 120 29730,5 17503,2 11896,0 2101,0 61602,7

Lagam arzinho 97 16306,5 24564,6 3519,0 90,0 44480,1

Costa 63 5537,5 8316,0 57,0 0,0 13910,5

Velha terra 68 18221,2 3070,5 971,0 0,0 22262,7

Outras 90 1756,2 248,5 2738,0 149,0 4891,7

Total 120 81816,4 66596,8 29245,0 3620,0 181650,2

Peso

estimado

em

toneladas

0 10 20 30 40 50 60 70

Capitão Rosa Paiva Lagamarzinho Costa Véia Terra

Dados Ibama Dados das Amostragens

7

(7)

Avaliação da captura acessória

O total de C. sapidus capturado n as am ostras foi 494 kg, represen tan do 22% do total capturado (Fig. 3) e a CPUE m édia n as am ostras foi 351,0 g/rede, varian do de 104,9, n o setor Paiva, até 713,8 g/rede n o setor Costa (Tab. V). As estim ativas de captura de C. sapidus foram de 13,3 a 57,3 t com m édia em 24,3 t (Tab. V). O total de peixe com valor com ercial capturado n ão exce-deu a 2% (Fig. 3). O setor Véia Terra foi o ún ico que apresen tou esse item (capturas estim adas en tre 0,2 a 11,8 t) (Tab. V). Duran -te as saídas de cam po, observou-se que existia um pequen o in - te-resse n a com pra desse su bprodu to pelos atravessadores, visto

que h á dificuldade de com ercialização do m esm o.

Avaliação do impacto na ictiofauna rejeitada

A ictiofau n a rejeitada foi an alisada pela CPUE em n ú m e-ro e em bio m assa. Co n st at o u -se q u e a CPUE em bio m assa (g/ rede) da ictiofau n a rejeitada foi de 109,5 g/ rede, oscilan do en tre 35,0 g/ rede (Costa) até 258,2 g/ rede (Paiva) (Tab. V). O n ú m ero m édio de peixes rejeitados por rede foi de 8,7 in d/ rede, com valores m édios para cada setor oscilan do en tre 2,1 in d/ rede (Véia Terra) até 14,0 in d/ rede (Paiva).

Baseado n os resu ltados da CPUE m édia de biom assa de peixes de cada setor, as estim ativas de peixes aciden talm en te Tabela V. Capturas estim adas totais em quilogram as de cada item analisado para o período am ostrado em cada setor, baseados no produto do intervalo de confiança das am ostras in situ (g/ rede/ dia), gerado pelo m étodo de BUCKLANDet al. (1993), pelo esforço de pesca aplicado em cada setor ao longo da tem porada de pesca.

Item Setor # Intervalo de confiança Esforço Estimativas

M inim o M édio M áxim o M inim a M édia M áxim a

Farfantepenaeus paulensis Capitão-Rosa 6 226,07 396,41 695,08 11170 2525,25 4427,89 7764,04 Paiva 8 1408,03 2036,88 2946,60 30630 43127,83 62389,69 90254,32

Lagamarzinho 11 734,15 971,10 1284,54 19040 13978,16 18489,81 24457,66

Costa 10 451,37 637,03 1235,12 9240 4170,68 5886,14 11412,51

Véia Terra 9 393,06 571,84 831,93 25140 9881,46 14375,94 20914,69

Total 44 642,54 922,65 1398,65 95220 73683,38 105569,47 154803,23

Rejeito de peixes Capitão-Rosa 6 41,25 89,82 195,56 11170 460,81 1003,28 2184,37

Paiva 8 74,98 258,23 889,37 30630 2296,52 7909,54 27241,52

Lagamarzinho 11 61,98 100,82 164,00 19040 1180,15 1919,64 3122,52

Costa 10 17,45 35,01 70,26 9240 161,23 323,54 649,25

Véia Terra 9 26,92 63,67 150,57 25140 676,87 1600,65 3785,21

Total 44 44,52 109,51 293,95 95220 4775,57 12756,65 36982,87

Peixes com ercializados Capitão-Rosa 6 0,00 11170 0,00 0,00 0,00

Paiva 8 0,00 30630 0,00 0,00 0,00

Lagamarzinho 11 0,00 19040 0,00 0,00 0,00

Costa 10 0,00 9240 0,00 0,00 0,00

Véia Terra 9 6,39 54,82 470,05 25140 160,72 1378,15 11817,10

Total 44 6,39 10,96 470,05 95220 160,72 1378,15 11817,10

Callinectes sapidus Capitão-Rosa 6 346,36 557,79 898,30 11170 3868,82 6230,56 10034,04 Paiva 8 15,00 104,88 733,29 30630 459,47 3212,46 22460,71

Lagamarzinho 11 124,30 199,83 321,25 19040 2366,76 3804,81 6116,61

Costa 10 420,37 713,83 1212,15 9240 3884,22 6595,77 11200,24

Véia Terra 9 107,80 178,83 296,65 25140 2710,09 4495,71 7457,84

Total 44 202,77 351,03 692,33 95220 13289,34 24339,30 57269,44

Callinectes danae Capitão-Rosa 6 0,00 11170 0,00 0,00 0,00 Paiva 8 524,33 869,04 1440,37 30630 16060,32 26618,75 44118,56

Lagamarzinho 11 229,06 295,70 381,73 19040 4361,31 5630,17 7268,18

Costa 10 225,35 297,97 394,01 9240 2082,20 2753,27 3640,62

Véia Terra 9 3,80 15,26 61,29 25140 95,54 383,68 1540,88

(8)

captu rados n o período de estu do foi de 12,8 t com valores m í-n im os e m áxim os estim ados em 4,8 e 37,0 t, respectivam eí-n te (Tab. V). As estim ativas m áxim as foram in flu en ciad as p elas gran des flu tu ações en con tradas n o setor Paiva, on de se regis-traram valores de CPUE de 12,4 g/ rede até 1599,4 g/ rede. As estim ativas do n ú m ero de in divídu os captu rados n o período am ostrado ch egaram a u m valor m édio de 965874 in divídu os para todos os setores am ostrados (com exceção ao setor Ch ica), sen do que as três espécies m ais abun dan tes foram J. m ultidentata, M. furnieri e B. pectinata (Tab. VI).

A composição da ictiofauna acompanhante e as espécies

potencialmente afetadas

As 48 am ostras p roven ien tes de 1632 redes resu ltaram n a captu ra de 45 espécies perten cen tes a 23 fam ílias de peixes n u m total d e 13988 in d ivíd u os (Tab. VI). Na m esm a tabela, observa-se q u e B. pectinata foi a esp écie m ais abu n dan te em n ú m ero, com p reen d en d o 42,5% d os in d ivíd u os cap tu rad os, segu idas por M. furnieri (16,7%) e J. m ultidentata (14,6%). Dos valores totais de biom assa de cada espécie, B. pectinata foi, n o-vam en te, a espécie dom in an te, com preen den do 42,8% do peso t o t al cap t u rad o , segu id a p o r G. brasilien sis (13%), Hoplias m alabaricus (Bloch , 1794) (11,8%) e M. furnieri (11,5%) (Tab. VI). As três espécies com os m aiores valores de IIR% foram J. m ultidentata, B. pectinata e M. furnieri.

As estruturas de tamanho e o impacto sobre as três

espé-cies mais abundantes

As an álises das curvas de CPUE por classe de com prim en to (CPUE-CC) (Fig. 9) su gerem q u e as m aiores captu ras ocorreram en tre os com prim en tos totais de 60 a 120 m m , represen tan do 77,8% da captu ra total, sen do q u e as três espécies m ais im por-tan tes (J. m ultidentata, M. furnieri e B. pectinata) represen tam ju n tas 74,8% da abu n dân cia total desta am plitu de de com pri-m en tos.

Jen yn sia m ultiden tata fo i rep resen t ad a p o r u m a ú n ica m oda de com prim en to en tre 50-89 m m CT (Fig. 10). A CPUE m édio total foi de 1,00 in d/ rede/ dia q u e m u ltiplicado pelo es-forço total n o período (f = 95220 redes) gera u m a cap tu ra total estim ada para o período de cerca de 95620 in divídu os captu ra-d os acira-d en talm en te n esta p escaria. Os valores estim ara-d os ra-d e biom assa total captu rada estão n a ordem de 236,5 a 529,5 kg (Tab. VII), o q u e rep resen ta ap roxim ad am en te 0,0002% d as captu ras totais estim adas de todos os iten s.

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8

20 30 40 50 60 70 80 90 100

110120130140 150160170 180190200210220 230240250260270280290300 Classe de CT (10mm)

CPUE

(Indivíduos/rede)

BREPEC MICFUR JENMUL Outras

Figura 9. Com posição da CPUE (núm ero m édio de indivíduos/ rede) por classe de com prim ento (10 m m CT) nas capturas para os setores am ostrados na Lagoa do Peixe, destacando as três es-pécies mais importantes. (BREPEC) B.pectinata, (M ICFUR) M .furnieri

e (JENM UL) J.mult ident at a.

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100110 120130140150160170180190200210220230240250260270280290300

Classe de comprimento (CT=10mm) MICFUR

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300

Classe de comprimento (CT=10mm) BREPEC 0,0

0,1 0,2 0,3 0,4

CPUE

(Indivíduos/rede)

0,5 0,6 0,7 0,8 0,9

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100110120130 140150160170180190200210 220230240250260270280290300

Classe de comprimento (CT=10mm) JENMUL

CPUE

(Indivíduos/rede)

CPUE

(Indivíduos/rede)

Figura 10. Com posição da CPUE (núm ero m édio de indivíduos/ rede) por classe de com prim ento (10 m m CT) das capturas para os set ores am ost rad os na Lag oa d o Peixe d e J. m ult iden t at a

(JENM UL), M .furnieri (M ICFUR) e B.pectinata (BREPEC).

(9)

Tabela VI. Lista das espécies de peixes encontrada nas redes ao longo das amostragens. (Ntot) Núm ero total de indivíduos coletados; (%N UM ) percentual num érico; (FO) freqüência de ocorrência; (FO% aj.) freqüência de ocorrência ajustada a 100%; (W) biom assa capturada; (% Peso) percentual da biomassa; (IRR%) índice de importância relativa (IIR%). Valores m aiores que a média geral em negrito. Espécie Ntot % NUM FO FO% aj. W % Peso IIR %

Brevoort ia pectinata (Jenyns, 1842) 5958 42,594 33 8,049 61372,3 42,78 5869,66

M icropogonias furnieri (Desm arest, 1823) 2332 16,671 29 7,073 16503,2 11,50 1702,30

Jenynsia multidentata (Jenyns, 1842) 2041 14,591 39 9,512 7475,7 5,21 1608,95

Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) 1055 7,542 28 6,829 18717,2 13,05 1201,09

Odontesthes argentinensis (Valenciennes, 1835) 740 5,290 34 8,293 7197,0 5,02 730,10

Eucinostomus argenteus Baird & Girard 1855 513 3,667 29 7,073 3115,6 2,17 352,79

Hoplias malabaricus (Bloch,1794) 129 0,014 12 2,927 16866,9 11,76 294,31

M ugil platanus Günther, 1880 362 2,588 33 8,049 2314,5 1,61 288,85

Oligosarcus jenynsii (Günther, 1864) 137 0,979 12 2,927 2174,7 1,52 62,39

Astyanax eignmanniorum (Cope, 1894) 240 1,716 9 2,195 1144,7 0,80 47,13

Platanichthys platana (Regan, 1917) 107 0,765 23 5,610 183,5 0,13 42,78

Gobionellus oceanicus (Pallas, 1770) 37 0,265 19 4,634 461,9 0,32 23,22

Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) 17 0,122 10 2,439 1114,6 0,78 18,72

Harengula clupeola (Cuvier, 1829) 36 0,257 7 1,707 1018,7 0,71 14,11

At herinella brasiliensis (Quoy & Gaim ard, 1824) 26 0,186 13 3,171 230,3 0,16 9,38

Cyphocarax voga (Hensel, 1870) 23 0,164 8 1,951 498,6 0,35 8,53

M ugil gaimardianus Desm arest, 1831 71 0,508 4 0,976 500,0 0,35 7,13

Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766) 10 0,071 7 1,707 453,2 0,32 5,65

Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) 2 0,922 2 0,488 308,0 0,21 4,74

M ugil curema Valenciennes, 1836 46 0,329 4 0,976 241,9 0,17 4,15

Hyphessobrycon igueus (M iquelarena, M enni,

Lopes & Castiotta, 1980) 27 0,193 4 0,976 29,3 0,02 1,78

Cichlasoma facetum (Jenyns, 1842) 6 0,043 3 0,732 129,5 0,09 0,83

Epinephelus marginat us (Lowe, 1834) 5 0,036 4 0,976 83,7 0,06 0,78

Lycengraulis grossidens (Agassiz, 1829) 4 0,029 3 0,732 120,3 0,08 0,70

Sardinella aurita Valenciennes, 1847 5 0,036 1 0,244 311,0 0,22 0,53

Cichlasoma portalegrense (Hensel, 1870) 4 0,029 3 0,732 76,2 0,05 0,51

Pomatomus saltatrix (Linnaeus, 1766) 4 0,029 3 0,732 74,6 0,05 0,50

Elops saurus Linnaeus, 1766 3 0,021 3 0,732 75,0 0,05 0,46

Paralichthys orbignyanus (Valenciennes, 1842) 1 0,007 3 0,732 93,5 0,07 0,45

Crenicichla lepidota Heckel, 1840 2 0,014 2 0,488 100,4 0,07 0,35

Corydoras paleatus (Jenyns, 1842) 5 0,036 4 0,976 6,8 0,00 0,34

Trachinotus marginatus Cuvier, 1832 4 0,029 3 0,732 12,0 0,01 0,23

Urophycis brasiliensis (Kaup, 1858) 1 0,007 1 0,244 142,7 0,10 0,22

Pimelodella australis Eigenm ann, 1917 5 0,036 2 0,488 12,9 0,01 0,19

Phalloptychus januaris (Hensel) 13 0,093 1 0,244 3,6 0,00 0,20

Selene vomer (Linnaeus, 1758) 3 0,021 3 0,732 10,4 0,01 0,18

Albula nemoptera (Fowler, 1911) 2 0,014 2 0,488 39,9 0,03 0,18

M ycteroperca acutirostris (Valenciennes, 1828) 2 0,014 2 0,488 31,0 0,02 0,15

Genidens genidens (Valenciennes, 1839) 3 0,021 1 0,244 71,2 0,05 0,15

Citharichthys spilopt erus Günther, 1862 2 0,014 2 0,488 12,7 0,01 0,10

Pogonias cromis (Linnaeus, 1766) 1 0,007 1 0,244 54,9 0,04 0,09

Stellifer brasiliensis (Schultz) 1 0,007 1 0,244 52,8 0,04 0,09

Eleotris pisonis (Gm elin, 1789) 1 0,007 1 0,244 9,5 0,01 0,03

Uraspis secunda (Poey, 1860) 1 0,007 1 0,244 2,0 0,00 0,02 Scianidae não identificado 1 0,007 1 0,244 1,0 0,00 0,02

(10)

está en tre 10,7 a 64,0 t (Tab. VII). Estes valores, q u an do com -parados com as estim ativas totais de captu ra da pesca do cam a-rão-rosa passam a represen tar 11% da captu ra total (Fig. 11).

A composição final das capturas

As extrapolações de biom assa resu ltam em u m a n ova di-visão percen tu al da fau n a de peixes e cru stáceos captu rados n a pesca de cam arão-rosa n a Lagoa do Peixe (Figs 3 e 11). Os pei-xes cap tu rad os p erfaziam n ão m ais d o q u e 8% em p eso d as captu ras (peixes com ercializados = 2%; rejeito de peixes = 6%; Fig. 3) e a esp écie alvo (F. paulensis) rep resen tava 53,9%. A extrapolação de biom assa dos juven is de B. pectinata e M. furnieri eleva a con tribu ição percen tu al destas du as espécies para 11% e 13% da captu ra total, redu zin do em cerca de 10% a con tri-bu ição percen tu al da espécie alvo (45%; Fig. 11).

Farfantepenaeus paulensis

45%

Callinectes sapidus 11% Rejeito de peixe

3% Brevoortia pectinata

11%

Peixe Comercializado 1%

Callinectes danae 16% Jenynsia multidentata

<1%

Micropogonias furnieri 12%

Figura 11. Estim ativas finais da abundância relativa em peso dos itens capturados após as extrapolações de biom assa potencial atin-gida para M .furnieri,J.mult ident at a e B.pectinata.

ordem de 166160 in divídu os captu rados n o período estu dado (Tab. VII). Ao aplicarm os a taxa de m ortalidade para M. furnieri (M = 0,23), tem os ao fin al de dois an os, período n o q u al esta espécie passa a ter tam an h o de in teresse com ercial, q u e o n ú -m ero total de in divídu os restan tes estaria en tre 59610 e 172593. Extrapolan do estas estim ativas para o peso m édio de M. furnieri com dois an os de idade (287 g) tem os en tão qu e a biom assa poten cial total seria de 17,1 a 49,3 t (Tab. VII). Esses valores, q u an do com p arados com as estim ativas totais de cap tu ra da pesca do cam arãorosa passam a represen tar aproxim adam en -te 13% da captu ra total (Fig. 11).

A represen tação gráfica da CPUE-CC (Fig. 10) da B. pectinata m ostrou três m odas de com prim en to. As duas prim eiras m odas (60-70 m m e 90-110 m m ) podem ser con sideradas com o in diví-duos de idade 0 (< 119 m m de CT) e represen tam as classes de m aior captu ra. Estim a-se qu e a captu ra total da idade 0 é de 418796 in divíduos o que correspon de à cerca de 88,3% do total capturado para a espécie (474341 in divíduos) (Tab. VII). A ter-ceira m oda (160-199 m m de CT) foi con siderada de idade I e foi m en os abun dan te (51541 in divíduos) correspon den do a cerca de 11% do total capturado. Foram 4004 in divíduos de idade II (> 200 m m ) que represen taram cerca de 0,8% do total capturado.

Aplican do a taxa de m ortalidade n atu ral para B. pectinata (M = 1,1) n os in divídu os de idade 0, estim ou -se q u e o n ú m ero total de in divídu os q u e poderiam ch egar à fase com ercialm en -te viável (período n o q u al a espécie passa -ter u m peso m édio in dividu al de 410 g) é de 19087 até 113977 in divídu os. O m es-m o raciocín io, q u an do aplicado à classe de idade I, resu lta ees-m estim ativas de 7057 a 42140 in divídu os. A som a das estim ati-vas da classe de idade 0 e idade I, projetadas para a classe de idade II estão n a ordem de 26144 a 156116 in divídu os. Proje-tan do estas estim ativas sobre o peso m édio in dividu al de 410 g tem os qu e a biom assa poten cial total de B. pectinata afetada,

DISCUSSÃO

A co n t rib u ição p ercen t u al m éd ia d a esp écie-alvo (F. paulensis) capturada pela pesca de cam arão-rosa com aviãozin h o para a Lagoa do Peixe foi sem elh an te à observada n a Lagoa dos Patos e Tram an daí (VIEIRA et al. 1996), on de as captu ras da espé-cie-alvo geralm en te são m aiores q u e 50,0%. Os altos valores percen tu ais de F. paulensis su gerem q u e a arte de pesca é bas-tan te seletiva p ara o cam arão, se com p arad a aos arrastos d e fu n do u tilizados em todo o m u n do, on de m ais de 80% das cap-tu ras totais são con sideradas descartes (ALVERSON et al. 1994).

É im portan te ressaltar q u e, assim com o n o rejeito da pescaria de arrasto, u m a gran de parcela do rejeito de peixes captu -rado pelo aviãozin h o é con stituída por juven is (VIEIRA et al. 1996) e, a m aioria destes in divídu os, devido ao seu peq u en o tam a-n h o, é ia-n viável para o coa-n su m o ou a com ercialização. Tais cap-tu ras são rem oções reais do estoq u e, sen do n ecessário avaliar os descartes segu n do u m a ótica q u e con sidere a estru tu ra de tam an h o e o n ú m ero de in divídu os rejeitados, e n ão sim ples-m en te o peso capturado (VIEIRA et al. 1996, CHEN & GORDON 1997). Tabela VII. Estimativas m ínimas, médias e máximas baseado em

BUCKLAN Det al. (1993) para as espécies de peixes mais afetadas na pesca do camarão-rosa. (NEIC) Núm ero estimado de indivíduos capturados no período am ostrado, (N T-IPC) núm ero teórico de ind ivíd uos q ue at ingiriam a id ade de p rim eira cap t ura, (BPA) biomassa potencial atingida em toneladas.

Espécie Variáveis Estimativas M ínim a M édia M áxima

J. multidentata NEIC 64419 95620 144280 NT-IPC 64419 95620 144280 BPA 0,24 0,35 0,53

M . furnieri NEIC 97750 166160 283023 NT-IPC 59610 101328 172593 BPA 17,11 29,08 49,53

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Desta form a, a an álise dos dados de CPUE-CC por espécie perm ite um refin am en to das estim ativas, pois com ela é possível estim ar n um ericam en te os in divíduos capturados em cada ida-de. Esta in form ação, associada ao cálculo n a curva de sobrevi-vên cia, perm ite obter um a estim ativa m ais aproxim ada do ver-dadeiro im pacto, um a vez que este cálculo perm ite avaliar a pro-babilidade das espécies com poten cial pesqueiro deixarem de ser con sideradas rejeito de pesca e torn arem -se com ercialm en te exploráveis.

Jenynsia m ultidentata é con siderada um a espécie freqüen te e am plam en te distribuída n as lagoas costeiras do Rio Gran de do Sul (RAMOS & VIEIRA 2001). Ao con trário das outras duas espécies J. m ultidentata teve suas classes de com prim en to represen tadas pela população adulta, e tal característica n os perm itiu con cluir que, para esta espécie, a biom assa capturada é igual a biom assa poten -cia lm en t e im p a ct a d a . Po r n ã o t er in t eresse co m er -cia l J. m ultidentata n ão é espécie-alvo n em captura acessória, além dis-to, seu pequen o tam an h o faz com que exista um a seletividade de captura de in divíduos m aiores, dan do ch an ce de escape aos in di-víduos de com prim en tos in feriores a 30 m m . O prin cipal aspecto n egativo da captura aciden tal desta espécie deve-se ao fato de que os in divíduos m aiores que 30 m m geralm en te são fêm eas e, con sideran do que esta espécie é vivípara, m uitos destes in divídu-os poderiam estar carregan do filh otes. De qualquer form a, divídu-os re-sultados en con trados n ão eviden ciaram im pacto n a população de J. m ultidentata pela pesca do cam arão-rosa n a Lagoa do Peixe. A corvin a M. furnieri é con siderada u m peixe estu arin o-depen den te (VIEIRA et al. 1998), cu jos adu ltos vivem em águ as costeiras, sen do q u e seu s estoq u es são de gran de im portân cia eco n ô m ica n a s p esca ria s d o Bra sil, Uru gu a i e Argen t in a (HAIMOVICI et al. 1997). No estu ário da Lagoa dos Patos é a espé-cie m ais captu rada n a pesca artesan al (CASTELLO 1986), p rin ci-palm en te a partir dos dois an os de idade (REIS et al. 1999).

Ao com pararm os as estim ativas de captura acessória de peixes (11,8 t) com os valores de captura extrapolada para M. furnieri (17,1-49,5 t), eviden cia-se, a prin cípio, que a pesca do cam arão -ro sa ap resen t a u m im p act o co n sid erável so bre M. furnieri. No en tan to, se con siderarm os que as pescarias estuarin as e costeiras de M. furnieri n o Rio Gran de do Sul capturam , em m éd ia, cerca d e 14000 t o n elad as p o r t em p o rad a d e p esca (HAIMOVICI et al. 1997) podem os con cluir que os valores estim a-dos de biom assa de M. furnieri poten cialm en te capturada com o rejeito de pesca n a Lagoa do Peixe são baixos, um a vez que, n a pior das h ipóteses, o volum e de M. furnieri m orto aciden talm en -te correspon deria a m en os de 0,4% da captura da pesca ar-tesan al do Rio Gran de do Sul. Estes valores tam bém são m uito baixos quan do com parados as 2400 t de rejeito de pesca de corvin a estim ado para a Lagoa dos Patos (W.M. MARQUES, dados n ão pu-blicados). Acredita-se, portan to, que a quan tidade de M. furnieri capturada n a Lagoa do Peixe, ao con trário da Lagoa dos Patos, n ão têm efeito local sobre o estoque adulto.

Brevoortia pectinata pode ser con siderada a espécie m ais afe-tada pela pesca do cam arão-rosa da Lagoa do Peixe, tan to em

n úm ero, com o em biom assa. A savelh a tem baixo valor com erci-al n o Rio Gran de do Sul, n o en tan to, devido a sua gran de captu-ra, é freqüen tem en te usada n a fabricação de farin h a de peixe. Esta espécie represen tou cerca de 15,0% de todo o desem barque de peixes estuarin os e dem ersais do Rio Gran de do Sul en tre os an os de 1975-1994, com um a m édia de 965,5 t/an o (HAIMOVICI et al. 1997). Se con siderarm os que a biom assa de B. pectinata, poten -cialm en te afetada pela pesca do cam arão-rosa n a Lagoa do Peixe, está en tre 10,7 a 64,0 t, estim a-se que esses valores correspon dem a m en os que 7% do total capturado para a espécie.

Con clu i-se, portan to, q u e a pesca de cam arão com a rede aviãozin h o n a Lagoa do Peixe tem baixo im pacto sobre a fau n a acom pan h an te de peixes. Isto se deve ao fato q u e o volu m e de captu ra das espécies m ais freq ü en tes, represen tadas prin cipal-m en te por ju ven is de peixes de icipal-m portân cia cocipal-m ercial, cocipal-m o M. furnieri e B. pectinata, é peq u en o q u an do con siderado o ta-m an h o de seu s respectivos estoq u es.

A salin idade da Lagoa do Peixe parece ser o prin cipal fa-tor con trolador da com posição de captu ra n as redes. Aproxi-m adaAproxi-m en te 50% dos 35 KAproxi-m2 de área da Lagoa do Peixe podem ser con siderados zon a estu arin a p rodu zin do 71,3% da CPUE total de cam arão-rosa. Com relação aos siris, por exem plo, ob-serva-se qu e C. danae ocorreu em m aiores p rop orções n os seto-res estu arin os m ais próxim os da barra da Lagoa do Peixe, com dim in u ição gradativa em su a abu n dân cia q u an to m ais próxi-m o dos extrepróxi-m os pré-lipróxi-m n icos da lagoa. Já copróxi-m C. sapidus ocor-reu o con trário, dim in uin do sua abun dân cia n a região estuarin a. Em bora C. danae seja u m im portan te recu rso pesq u eiro em San ta Catarin a (BRANCO & MASUNARI 1992), essa espécie n ão possu i in teresse com ercial n a Lagoa do Peixe, pois su a carn e n ão tem u m bom aproveitam en to segu n do os pescadores lo-cais. Por esse m otivo é con siderado com o u m a “praga” para os pescadores, devido ao fato que esses siris, assim com o C. sapidus, dan ificam as redes de pesca. A estim ativa de captu ra an u al de C. danae para a Lagoa do Peixe foi de 35,4 t, sen do este o pri-m eiro registro específico de abu n dân cia relativa para a espécie. Ao con trário de C. danae as captu ras de C. sapidus dem on stra-ram q u e este recu rso, em bora in desejável pela m aioria dos pes-cad ores, con tribu i d e form a exp ressiva n o orçam en to fin al, poden do, em algu n s setores, atin gir ren dim en tos fin an ceiros su periores ao do cam arão-rosa.

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O u so, em bora em n ú m ero bastan te redu zido qu an do com pa-rados a ou tros estu ários do Rio Gran de do Su l, de redes do Tipo Coca (rede de arrasto m an u al em form a de saco com atrativo lu m in oso proibido pela legislação am bien tal).

Den tre os fatores q u e su perestim aram os cálcu los de es-forço de pesca, destacam -se: 1) ao lon go da tem porada de pes-ca observou -se q u e h á u m a dim in u ição da abu n dân cia de pes- cam arãorosa ecam certos setores, poden do ch egar até u cam a su spen -são da pesca por algu n s pescadores em fu n ção da escassez da espécie-alvo; 2) diariam en te h ou ve casos de pescadores q u e n ão colocam su as redes por vários m otivos (viagem , doen ça, m a-n u tea-n ção, e ou tros).

O balan ço en tre os fatores de au m en to ou dim in u ição do esforço real é difícil de ser atin gido, n o en tan to acredita-se n u m a ten dên cia de su bestim ação do esforço. Sen do assim , to-dos os resu ltato-dos m ostrato-dos aq u i dão u m a idéia m ín im a do im pacto desta pescaria sobre os recu rsos n atu rais en volvidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mu ita discu ssão vem sen do colocada n as reu n iões en tre o Ibam a e p escad ores cred en ciad os sobre a p esca n o Parq u e Nacion al da Lagoa do Peixe. Um dos pon tos prin cipais é o n ú -m ero de redes q u e deve-m ser liberadas para a te-m porada de pesca. Não se sabe ao certo se as 4180 redes/ dia devem ser con -sideradas com o u m n ú m ero adequ ado para a Lagoa do Peixe.

A estim ativa de captu ra total an u al de cam arão-rosa para a Lagoa d o Peixe foi d e 181,6 t p ara 2002. Se com p ararm os estes valores com o en con trado para a Lagoa dos Patos (VIEIRA et al. 1996), on de a produ ção an u al está n a ordem de 2009,0 a 5665,9 t/an o pode-se con cluir que a produção n a Lagoa do Peixe correspon de a m en os de 10% da produ ção n a Lagoa dos Patos. Um a ou tra com paração im portan te com a Lagoa dos Patos é q u e a produ tividade m édia n a Lagoa do Peixe (3221,2 g/ rede/ dia) é sem elh an te aos valores observados para a Lagoa dos Pa-tos (2975,9 g/ rede/ dia), su gerin do q u e a produ tividade m édia das du as lagoas seja sim ilar. No en tan to, a situ ação é diferen te q u an to ao esforço de pesca. Para a Lagoa dos Patos estim a-se u m esforço de 15866 redes/ dia, n u m a área poten cial de pesca de 244,2 km2 (VIEIRAet al. 1996). Estes dados resu ltam n u m a estim ativa de 65 redes/ km2. Qu an do com param os com a Lagoa do Peixe, on de as 4180 redes au torizadas estão sen do u sadas em u m a área de pesca de aproxim adam en te 35 km2, con clu í-m os qu e a den sidade de redes estaria n a ordeí-m de 119,4 a 139,3 redes/ km2. Este valor correspon de m ais de du as vezes a den si-dade de redes en con trada n a Lagoa dos Patos.

O uso da técn ica do CPUE-CC, associada às estim ativas de m ortalidade n atural das espécies m ais capturadas, perm ite esti-m ar a bioesti-m assa poten cial que cada espécie atin giria caso n ão fos-se capturada pela pesca do cam arão-rosa n o Parque. Com estas n ovas estim ativas a captura relativa de peixes pela rede aviãozin h o passa dos 7,2% in icialm en te estim ados (peixes com ercializados 1,6% + 5,6% peixe rejeitado) para um a perspectiva m en os an i-m adora de 27,5% de bioi-m assa poten cial estii-m ada (< 0,1% J.

m ultidentata + 11,4% B. pectinata +12,8% M. furnieri + 2,6% ou-tras espécies de peixe rejeitado + 0,6% Peixe com ercializado). Mesm o assim , a proporção de peixes capturados n o bycatch da rede aviãozin h o, quan do com parados com as redes de arrasto de pesca de cam arão, caracteriza o aviãozin h o com o um a arte de pesca eficien te e razoavelm en te adequada à pesca estuarin a e, n este sen tido, fun dam en ta a Portaria SUDEPE NE 04, 14/01/86. As projeções fin ais su geridas n este trabalh o, em bora n ão ten h am sido aplicadas a todas as espécies, dão u m a idéia m ais aproxim ada do verdadeiro im pacto q u e esta pesca cau sa den -tro desta UC. Mesm o con sideran do q u e o rejeito de peixes pas-se a pas-ser o pas-segu n do item m ais afetado n esta pescaria, o valor de 45% da captu ra total para a espéciealvo é satisfatório do pon -to de vista pesq u eiro. Sen do assim , acreditam os q u e a proibi-ção da pesca do cam arão-rosa den tro do Parq u e Nacion al da Lagoa do Peixe n ão deve ser baseada n o im pacto da pesca do cam arão-rosa sobre a fau n a acom pan h an te, m as sim n a atividade pesq u eira em si, u m a vez q u e a legislação Brasileira vigen -te proíbe a pesca den tro de Parq u es Nacion ais.

A prin cipal q u estão q u e fica em aberto é avaliar se a po-pu lação de F. paulensis, qu e u sa a Lagoa do Peixe com o u m a das su as zon as de criação, se protegida e preservada, poderia ga-ran tir a m an u ten ção do estoq u e adu lto, com pen san do as reti-radas desta espécie em todos os ou tros estu ários do Su deste-Su l do Brasil. Um a h ipótese a se con siderar seria a relação dos re-cru tam en tos an u ais com fatores am bien tais. Diversos trabalh os m ostram q u e a in flu ên cia de even tos m eteorológicos extrem os, com o o excesso de ch u va, associado ao fen ôm en o de El N iño, e a estiagem , associada ao fen ôm en o de La N ina, afetam em gran -de escala a din âm ica dos estu ários da região su l do Brasil (GARCIA & VIEIRA 2001, GARCIA et al. 2001, 2004).

Por exem plo, n o Estuário da Lagoa dos Patos o excesso de ch uva resulta n a “lim n ização” e aum en to da vazão de água para fora do estuário, prejudican do o recrutam en to do cam arão, en quan to que, a estiagem resulta n a forte salin ização, in crem en -tan do as taxas de recrutam en to (CASTELLO & MOLLER 1978, GARCIA et al. 2004). Em con trapartida, n a Lagoa do Peixe, lon gos perío-dos de estiagem resultam n o fech am en to da barra, reduzin do em até 80% seu espelh o de água. As con seqüên cias da seca, n es-te caso, são dram áticas para a faun a de peixes e crustáceos deses-te frágil ecossistem a costeiro, resultan do em altas m ortalidades e reduções drásticas n os estoques, m uito m aiores do que aquelas ocasion adas pelo efeito da pesca. Este fato leva a question ar se esta UC poderia fun cion ar com o um verdadeiro local de criação e m an uten ção de estoques de espécies de in teresse com ercial.

AGRADECIMENTOS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Imagem

Figura 3. Contribuição relativa, em  biom assa, das capturas na rede Aviãozinho.
Tabela II. Comparação, para o setores analisados, dos esforços de pesca (núm ero de redes vezes dias de pesca) aplicados durante toda a tem porada de pesca (Esforço 1, fonte 1 = Ibam a) e período am o st r ad o  ( Esf o r ço  2 ,  f o n t e  2  =  d ad o s
Tabela IV. Capturas mensais totais de cam arão-rosa expressas em  quilogram as para cada setor da Lagoa do Peixe
Figura 9. Com posição da CPUE (núm ero m édio de indivíduos/
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Referências

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