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Localização do adubo em relação à semente (I).

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LOCALIZAÇÃO DO ADUBO EM RELAÇÃO

À SEMENTE (I)

T U F I C O U R Y E E U R Í P E D E S M A L A V O L T A Engenheiros Agrônomos

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" Universidade de São Paulo — Piracicaba

Trabalho apresentado à IV Reunião A n u a l da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. — Realizada e m N o v e m b r o d e 1952 e m Porto Alegre.

Química do solo e adubos (Simpósio)

ÍNDICE

Introdução 64

Material e Métodos 75

Resultados 77

Discussão 78

Resumo e Conclusões 79

Abstract 79

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I N T R O D U Ç Ã O

P r o b l e m a de real importância na moderna agricultura é a localização adequada do adubo e m relação à semente, tanto no sentido horizontal, como vertical e ainda misturado ou não com a terra e m a i s nas formas usuais a lanço, e m cova ou no sulco. A l é m da falta de conhecimentos mais ou m e n o s generaliza-da entre os nossos agricultores, a restrição na prática generaliza-da adu-bação é devida principalmente ao preço dos fertilizantes co-merciais. D a í a necessidade d e saber como aplicá-los para se obter o maior rendimento possível.

O proveito que se pode tirar da adubação só será m á x i m o nos solos que estiverem e m melhores condições físicas para o d e s e n v o l v i m e n t o das plantas. E' inútil pretender resultados quando os adubos são aplicados e m solos muito compactos ou e x c e s s i v a m e n t e soltos, m u i t o secos ou muito úmidos (MILLAR e TURK, 1943, pág. 348).

S o m e n t e nos últimos 25 anos os especialistas e m Agrono-mia começaram a apreciar o valor da localização certa do adu-bo e m relação à s e m e n t e ou à planta; porém, m e s m o hoje esse fato ainda não é reconhecido pela maioria dos fazendeiros. Mui-tos u s a m misturas completas com a relação entre os elemenMui-tos nutritivos aproximadamente correta, porém não conseguem os resultados esperados porque o método de aplicação que usam não põe o fertilizante n o solo no lugar e m que as plantas po-d e m absorvê-lo com m a i s facilipo-dapo-de (COLLINGS, 1947, pág. 448). Aplicar o fertilizante no lugar certo é quase tão importan-t e como usar a fórmula e a quanimportan-tidade adequada.

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Distribuição em linha.

Distribuição em linha contínua. A) Considerações gerais.

A superioridade das aplicações de fertilizantes para as cul-turas plantadas e m linhas é hoje geralmente reconhecida. Apli-cando o método com as máquinas distribuidoras a sua disposi-ção os fazendeiros obtiveram resultados variáveis e às v e z e s de-cepcionantes : germinação falha e dano aos "seedlings'*. O pro-blema está e m colocar o fertilizante tão perto, de modo a garan-tir utilização eficiente, porém não tão perto que a concentração salina próxima a s e m e n t e e m germinação ou da plantinha s e tor-ne prejudicial. Muitos estudos foram feitos nos Estados Unidos da América do Norte comparando vários tipos de localização pa-ra várias cultupa-ras e m gpa-rande n ú m e r o de solos e condições de cli-ma. Desses estudos se tiraram algumas conclusões gerais que permitiram recomendações úteis (SALTER, 1938, pág. 550).

Ò conhecimento da maneira pela qual os adubos se m o v e m no solo ajuda a entender os resultados obtidos com as diferen-tes localizações. Exceto os produtos orgânicos, como a farinha de ossos e a torta de algodão, a maioria dos elementos nutriti-vos das misturas estão e m formas solúveis nágua; t e n d e m então a entrar e m solução na água do solo pondose e m m o v i m e n -to para baixo — depois das chuvas — e para cima — quando a umidade se evapora da superfície; o m o v i m e n t o lateral é pe-queno, relativamente. Os nitratos se m o v e m quase livremente, os sais potássicos e amoniacais u m pouco m e n o s e os fosfatos — como v i m o s — quase nada; o m o v i m e n t o é e m grande parte controlado pela intensidade de fixação dos diversos materiais aos colóides do solo. Os dados de S A Y R E e C L A R K (1935) con-firmam a idéia de que são principalmente os sais solúveis de nitrogênio que se m o v e n d o causam dano às s e m e n t e s e m ger-minação e aos "seedlings" nos casos e m que os adubos foram mal colocados.

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quen-te do que e m frio e úmido. A sensibilidade das culturas é va-riável : as leguminosas, o algodão e cucurbitáceas são m a i s sensíveis.

Localização (ver G U S T A F S O N , 1948, págs. 292297 e S A L

-TER, 1938, págs. 551-553).

N ã o existe, ou antes, não foi encontrado u m modo único d e localização que seja o melhor para todas as culturas, e m todas as condições. Entretanto, na maioria das comparações que fo-r a m feitas, a localização do adubo nos lados da s e m e n t e ou da planta se mostrou a m a i s eficiente. A localização diretamente e m contacto c o m a s e m e n t e não é tão bôa ainda que essa dis-tribuição seja vantajosa quando a quantidade que se aplica é pequena e haja chuva abundante logo depois da semeadura. A localização e m faixas acima da s e m e n t e é geralmente inferior porque o fertilizante pode ser lavado para baixo, sobre a se-m e n t e , que então é prejudicada. Quando a distribuição é pou-co profunda as faixas diretamente abaixo da s e m e n t e não são aconselháveis porque o fertilizante pode subir c o m a água ca-pilar e causar dificuldades. A superioridade geral da localiza-ção e m faixas laterais é facilmente explicada pela tendência — já mencionada — que os sais possuem para se m o v e r bastante para cima e para b a i x o e pouco na horizontal. A s e m e n t e fica e m solo livre de adubo e tanto as raízes jovens como os brotos p o d e m se desenvolver s e m entrar e m contacto com u m excesso d e sais fertilizantes. U m a faixa estreita de solo s e m adubo en-tre a s e m e n t e e a faixa de fertilizante impede qualquer dano

(Figs. 1 e 2 ) .

A melhor localização dos adubos e m relação à s e m e n t e ou à planta depende do tipo de cultura, da natureza do solo, do próprio adubo e das condições climáticas. Teoricamente, não seria aconselhável colocar o fertilizante n e m abaixo, n e m aci-m a da s e aci-m e n t e , aci-m e s aci-m o quando separado por u aci-m a caaci-mada de terra. Ensaios feitos nos Estados Unidos mostraram que a dis-tribuição dos adubos ao lado da s e m e n t e para culturas e m li-nha como o algodão e o m i l h o é preferível à colocação abaixo ou acima ( H A L L e H A R R E L , 1936 e COLLINS, 1939).

A eficiência da localização e m faixas laterais na proteção da s e m e n t e contra concentração salina excessiva é ilustrada pe-la tabepe-la seguinte ( C U M I N G S et al., 1933) que mostra os resul-tados d e u m ensaio e m que foram aplicadas 800 lbs de 4-8-4 e m algodão.

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u m a distância horizontal d e 2 a 7 cm. N ã o há, entretanto, re-gras gerais indicando a m e l h o r largura ou o m e l h o r espaçamen-to para as faixas. P o r é m , os resultados experimentais indicam que quando m a i s pesada a aplicação, m a i s grosseira a textura do solo e m a i s sensível a cultura, m a i s largas d e v e m ser as fai-x a s de adubo ou maior a separação entre a s e m e n t e e o fertili-zante (Fig. 3 ) .

Efeitos da localização do adubo na concentração salina n a

zona radiculary na germinação e na colheita da algodão

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aplicações m u i t o acima d o nível d a s e m e n t e podem ser pertur-badas pela cultivação e dão resultados menores quando h á tem-po seco detem-pois d o plantio (SALTER, 1932).

Comparou-se faixas únicas com faixas nos dois l a d o s : e m mais d a m e t a d e dos ensaios o s resultados foram favoráveis ao segundo sistema.

Efeitos da distribuição e m linha,

Como o s adubos s e m o v e m muito pouco na horizontal, qual-quer e l e m e n t o colocado fora d a região d e desenvolvimento d o sistema radicular permanece s e m efeito. Evidentemente, c o m a localização e m linha, a reserva d e nutrientes à disposição da planta j o v e m é maior que n a distribuição a lanço. Garantindo uma abundância d e nutrientes, logo depois d a germinação, a distribuição n u m a área definida favorece o crescimento e g e -ralmente determina maturação precoce, coisas que representam quase sempre vantagens econômicas (ZIMMERLEY e t al., 1935). A maturação sendo apressada, reduz-se o perigo d e perdas por causa das intempéries e é possível cultivar variedades tardias mais produtivas. N a s regiões caracterizadas por períodos d e seca n o m e i o d o verão, a colheita d e culturas que amadurecem antes daqueles pode ser aumentada (DULEY, 1930, MC CLURE, 1931). A maturidade precoce ajuda a reduzir o dano provocado pelos insetos q u e atacam a maçã d o algodão. N o caso d o s c e -reais d e inverno h á resistência a o prejuízo pelo frio graças ao maior d e s e n v o l v i m e n t o radicular prévio. A s vantagens da a-plicação e m linhas sobre a distribuição a lanço são m e n o s mar-cadas nos solos d e alta fertilidade natural e quando são usadas grandes quantidades, condições essas tendentes a aumentar o fornecimento d e nutrientes à planta jovem.

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ace-lerado que resulta n u m a remoção m a i s completa da água do solo precedendo a seca e portanto n u m a necessidade maior de água.

A distribuição e m linha resulta n u m a utilização m a i s com-pleta dos nutrientes pela cultura imediata e efeitos residuais menores q u e na distribuição a lanço.

Os fosfatos solúveis e os sais potássicos t e n d e m a s e tornar fixados e m e n o s aproveitáveis quando e m contacto c o m o solo. Esse efeito aumenta c o m a extensão e a duração d e contacto. Concentrando o fertilizante e m faixas ou misturando-o c o m pequeno v o l u m e de solo, a oportunidade para fixação fica re-duzida. Acredita-se que esse fato seja e m parte responsável pela maior eficiência mostrada pepelas aplicações e m linha e m m u i -tos solos, especialmente nos terrenos pesados, ricos d e material coloidal.

Distribuição em linha interrompida.

D e u m modo geral as considerações q u e fizemos e m "dis-tribuição e m l i n h a contínua*' v a l e m para o caso presente.

Esta maneira de distribuir o adubo é usada principalmen-te para milho. A plantadeira possui u m equipamento para co-locar o adubo na linha ao lado de cada cova e m faixas interrom-pidas nos intervalos ( C U M I N G S , 1947, pág. 828).

Foram feitos ensaios comparativos para m i l h o distribuindo o adubo e m faixas contínuas e interrompidas. Obviamente, na última, a concentração d e fertilizante perto da s e m e n t e é a u -mentada proporcionalmente c o m a redução n o comprimento da faixa. Os resultados experimentais m o s t r a m q u e as faixas in-terrompidas são' preferíveis quando a quantidade d e adubo é relativamente pequena, dando a distribuição contínua resulta-dos melhores, nas adubações pesadas ( W I A N C K O and MILES, 1936, B R O W N , 1936, SALTER, 1938).

Distribuição no fundo do sulco (Furrow-Botton ou "Plow-sole)

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Vários métodos de localização profunda dos adubos foram estudados. E m u m o fertilizante é depositado n u m a única fei-x a estreita no fundo de cada sulco do arado geralmente 15 a 20 c m abaixo da superfície. O equipamento é adaptado a u m ara-d o ara-d e ara-dois ara-discos. O m e c a n i s m o ara-de ara-distribuição é governaara-do por u m a roda separada. Depois que os sulcos foram feitos, a roda é levantada do solo e cessa a descarga de adubo. Modificação à esse m é t o d o consiste e m distribuir o fertilizante na superfície e então arar o solo. E m outro método, m a i s recente, o adubo é distribuído depois que o solo foi arado. O material é posto e m faixas estreitas na profundidade do sulco do arado ou maior. A s m á q u i n a s usadas são s e m e l h a n t e s a subsoladores, possuindo distribuidores de adubos ( C U M I N G S , 1947, pág. 829).

Distribuição a lanço

A distribuição a lanço é empregada e m geral nos seguintes casos : para aplicação do material usado e m calagem; nas adu-bações m u i t o pesadas, por precaução aplica-se parte do fertili-zante dessa maneira; na aplicação do estéreo de curral; quan-do a adubação é feita consideranquan-do-se não apenas a cultura imediata, p o r é m várias culturas da rotação. Quando a distribui-ção é feita por m e i o do i m p l e m e n t o ligado à distribuidora de pequenos grãos, as linhas de adubo estão tão próximas umas das outras que o efeito é o m e s m o da distribuição a lanço.

A distribuição a lanço pode ser feita m a n u a l ou mecanica-m e n t e o que, aliás, t a mecanica-m b é mecanica-m acontece c o mecanica-m a distribuição e mecanica-m linha.

Distribuições mistas

Estes sistemas incluem métodos e m que parte do adubo é aplicada e m linha no plantio e parte é distribuída a lanço ge-r a l m e n t e antes do plantio; a aplicação duma page-rte e m contacto direto ou m u i t o próximo da s e m e n t e e parte e m faixas laterais, ambas no plantio; a aplicação de u m a parte na linha no plan-tio e outra parte posteriormente e m aplicações laterais e m co-bertura.

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quan-tidade na linha. A t u a l m e n t e os dados de q u e dispomos não pro-v a m isso; regra geral, a porção distribuída a lanço não dá u m resultado tão b o m como si a quantidade correspondente fosse também distribuída na linha. E' provável que o a u m e n t o n a pos-sibilidade para fixação do fósforo e do potássio e arrastamento do N contribua para a ineficiência da aplicação a lanço. Esses efeitos, entretanto, talvez pudessem ser diminuídos retardando a distribuição a lanço até q u e o sistema radicular estivesse su-ficientemente desenvolvido.

Prática muito c o m u m nos U.S.A. c o m plantas hortícolas recebendo adubaçções pesadas, especialmente e m solos areno-sos, é distribuir parte do adubo n a linha no plantio e o restan-te ao lado da linha quando as plantas já adquiriram u m bom desenvolvimento. Para algodão, milho, tabaco, beterraba açu-careira, e t c , são feitas distribuições posteriores de adubos ni-trogeiiados solúveis para completar a mistura d e adubos apli-cada anteriormente no sulco na ocasião do plantio. Os resulta-dos experimentais ( S A Y R E , 1934, 1935, 1936, SIMMERLEY, 1935) mostram e m geral que si o adubo foi colocado e m linha da maneira correta, a v a n t a g e m que v e m dividindo o tratamen-to, ou seja, aplicando u m a porção posteriormente e m cobertura lateral, não é grande.

Quando se faz aplicações d e grandes quantidades de N, a situação é diferente por causa da sua perda nas águas de per-colação. Aplicações posteriores e m cobertura lateral se mostra-ram vantajosas e m alguns casos. N a S o u t h Carolina Exp. Sta.

(ROGERS, 1932) aplicando m e t a d e d u m a adubação de 200 lbs de nitrato d e sódio e m algodão no plantio e m e t a d e no "chopping" verificou-se superioridade sobre a aplicação daquela quantida-de toda n o plantio; n o milho, aplicando-se todo o salitre quan-do as plantas tinham aproximadamente 50 c m de altura se ob-teve resultado melhor do que aplicando todo o adubo ou fra-ções e m períodos anteriores ou posteriores. Por outro lado, SCHREINER e S K I N N E R (1934) verificaram para ò algodão q u e a aplicação de todo o N como nitrato de sódio, sulfato de amônio ou uréia n o tempo d e plantio d e u resultados tão bons ou melhores do que quando se fazia distribuições parceladas. Resultados semelhantes foram relatados por W I L L I A M S O N e F U N C H E S S (1923) e B L E D S O E (1929).

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não estão b e m definidas pelos dados que possuímos; entretan-to, e m regiões úmidas, é d e s e esperar resultados satisfatórios.

Distribuição dos adubos nas culturas perenes

N a s culturas perenes — cafezal, pomares — os adubos são e m geral distribuídos de duas m a n e i r a s : manual ou mecânica-camente. N o primeiro caso faz-se u m a coroa acompanhando a projeção da saia ou da copa; a profundidade é de 10 c m aproxi-m a d a aproxi-m e n t e e a largura, a da enxada; os adubos são distribuí-dos aí e depois misturadistribuí-dos com a terra; como essa operação é relativamente cara, pode-se fazer apenas m e i a coroa n u m ano e a outra m e t a d e no ano seguinte. A distribuição mecânica é feita assim : passa-se u m riscador tangenciandq a saia do cafe-eiro o u pela projeção da capa da árvore frutífera e a seguir o adubo é lançado n o sulco com u m a adubadeira. Quando se faz u m sulco apenas (podem ser 2, 3 ou 4) deve-se fazê-lo cortando o declive para evitar o arrastamento do adubo pelas enxurradas

Distribuição manual dos adubos

E m geral é praticada nos s e g u i n t e s : quando o terreno é muito acidentado não permitindo a passagem de máquinas; nos casos e m q u e o agricultor não possui máquinas para adubar a sua pequena propriedade; na adubação de canteiros experimen-tais; n a adubação de horta e pequenos pomares.

A aplicação m a n u a l pode ser feita a lanço ou e m linha. O fertilizante é transportado e m sacolas, baldes, carroças ou ou-tros veículos. N o s primeiros casos o operário caminhando ao longo dos sulcos deixados pelo arado ou através de toda a área do campo distribui o adubo aos punhados. Quando o fertilizan-te é transportado e m veículos a distribuição é feita por meio de pás, estando e m geral o veículo e m movimento. N a planta-ção e m cova, entre nós, a adubaplanta-ção é feita manualmente.

Cálculos

Tendo-se u m determinado peso d e adubo q u e vai ser apli-cado n u m a área determinada é necessário regular a máquina para q u e a distribuição seja feita uniformemente. Para isso, co-loca-se o adubo no reservatório, regula-se o orifício de saida e põe-se a m á q u i n a e m funcionamento n u m lugar limpo e não aci-dentado. Vazio o reservatório, m e d e - s e o comprimento ou área tomada pelo adubo distribuído. S u p o n h a m o s que o peso P de

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no reservatório ocupou a área s l . Para q u e a distribuição seja uniforme d e v e m o s ter, e v i d e n t e m e n t e :

onde s é a superfície e m que o adubo carregado d e v e ser distri-buído, para garantir u m a aplicação uniforme. Dessa relação ti-ramos

Podemos ter

N o caso (2) deve-se dar u m a abertura maior aos orifícios de saida e e m (3) a abertura deverá ser reduzida. A s m e s m a s con-siderações se aplicam para a distribuição e m linha.

Localização de adubos para certas sementes

Trabalhos recentíssimos foram feitos na A m é r i c a do Norte sobre a localização adequada de adubos e m culturas como al-godão, milho, fumo, e algumas hortaliças; excessão feita aos ce-reais, o adubo nunca d e v e tocar a s e m e n t e ( G U S T A F S O N , 1948). Vejamos a localização aconselhada para as seguintes plantas :

Batatinha. A melhor localização do adubo e m relação a

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Algodão. Para esta cultura é conveniente colocar o adubo 1,5 a 2,5 polegadas e m duas faixas ou m e s m o u m a só no sulco, porém 2 polegadas abaixo do nivel da s e m e n t e (figs. 2 e 6 ) . Para adubações pesadas é preferível manter maiores distâncias.

Espinafre. O fertilizante d e v e ser colocado e m 2 faixas

lterais de 2 a 3 polegadas da s e m e n t e e cerca de 2 polegadas a-baixo da mesma.

Fumo. A localização ideal do adubo para as mudas de

fu-mo é de 2,5 a 3 polegadas distantes das m e s m a s de u m só lado e 1 polegada abaixo.

Beterraba açucareira : O fertilizante para esta cultura é

re-comendado colocar d e 0,5 a 1 polegada nos lados e de 1 a 2 po-legadas abaixo; esta recomendação não é definitiva e sim ten-tativa baseada nas primeiras observações.

Milho. Para plantio n o sulco recomenda-se distribuição

con-tínua, 1 polegada distante do sulco (dos 2 lados) e 1 polegada abaixo da s e m e n t e (fig. 3 ) ; para plantio e m cova é aconselhá-vel o adubo e m faixas laterais de 6 a 8 polegadas distantes da s e m e n t e e 1 polegada fora da cova e ainda 1 polegada abaixo da n í v e l do grão d e milho.

feijão. Localização adequada é d e 2 faixas laterais

distan-tes d e 1,5 a 2 polegadas da s e m e n t e e cerca de 1 a 2 polegadas abaixo do nível da m e s m a .

Batata doce. R e c o m e n d a m os americanos do Norte, para

adubações de 1.000 libras por acre a seguinte localização: 4,5 polegadas a partir do lado dos sulcos das plantas e 3 polegadas abaixo.

Repolho. Para esta verdura aconselha-se colocar o

fertili-zante distante, e m ambos os lados do sulco (não dentro) cerca de 2,5 polegadas e 3 a 4 polegadas abaixo do nível da superfície do terreno; recomendam, ademais, aplicar com a máquina trans-plantadeira-adubadeira na proporção d e 600 libras por acre na relação N P K de 4-16-4.

Ervilhas para enlatamento. Colocar o adubo longe e ao

la-do da s e m e n t e distante d e 2 a 2,5 polegadas e 1 polegada abai-x o do nível da m e s m a ; este processo deu bom resultado no Este americano. N o s solos pesados do Estado de Wisconsin, 200 libras de adubos foram colocados nesta condições, no sulco, com a se-mente, s e m efeitos prejudiciais à germinação e produção.

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M A T E R I A L E M É T O D O S

Inicialmente a Secção Técnica de "Química Agrícola" ins-talou u m ensaio no ano agrícola 51-52 sobre localização do adu-bo e m relação à s e m e n t e do milho, variedade catêto, a lanço, e m sulco e na cova, abaixo e acima da s e m e n t e na m e s m a ver-tical.

O ensaio foi conduzido no campo da Secção, e m terra bran-ca arenosa, d e qualidade inferior, cuja análise é a s e g u i n t e :

Análise química

P 2 0 5 0,012% K 2 0 0,038% CaO 0,123% M g O 0,065% Matéria orgânica 1,084%

í n d i c e pH 5,0 Análise física :

Areia total (fina e grossa) 75,7%

Argila 13,5%

Lodo 10,8%

O delineamento escolhido foi de Blocos ao Acaso, 7 trata-mentos com 4 repetições (4 Blocos A, B, C e D ) , e m canteiros de 11,2 x 10 m e espaçamento entre as linhas de 1,40 m O espa-ço entre os canteiros era de 3 m . Os tratamentos foram os se-guintes :

1. sulco (de acordo com o desenho n. 1 da fig. 8) 2. sulco (de acordo com o desenho n. 2 da fig. 8) 3. sulco (de acordo com o d e s e n h o n. 3 da fig. 8) 4. cova (de acordo com o desenho n. 1 da fig. 8) 5. cova (de acordo com o desenho n. 2 da fig. 8) 6. cova (de acordo com o desenho n. 3 da fig. 8) 7. a lanço — Distribuição do adubo por toda a superfície,

b e m misturado c o m a terra a e n x a d a e pos-terior semeadura e m sulcos abertos nos can-teiros.

Adubação feita

N — P — K 100 — 200 — 100

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A s quantidades colocadas foram as seguintes

(15)

R E S U L T A D O S

N o Quadro I estão as produções obtidas por canteiro, e m quilogramas, a média e o total de cada tratamento.

O pci P

<

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D I S C U S S Ã O

A finalidade precípua do presente trabalho foi verificar o efeito da localização do adubo e m relação a s e m e n t e na produ-ção de m i l h o catêto. P e l a s médias e totais dos tratamentos a pro-dução e m k g e m ordem decrescente foi a seguinte (ver qua-dro I) :

T r a t a m e n t o

A análise estatística (ver quadro II) mostra que h o u v e significância no n í v e l d e 1% nos tratamentos e q u e o terreno é relativamente h o m o g ê n e o , u m a v e z q u e h o u v e significância nos níveis de 1 e 5%. H á diferença altamente significativa entre os tratamentos 5 e 6; t a m b é m existe diferença significativa entre os d e ns. 7, 2, 4, 3 e 1 e m relação ao n. 6.

Foi nocivo o efeito da aplicação do adubo diretamente so-bre a s e m e n t e n o sulco (tratamento n. 6) com reflexo na germi-nação e produção; o melhor tratamento foi o adubo abaixo da semente, e m cova e b e m misturado com a terra (tratamento n. 5 ) . N o t á v e l t a m b é m foi a produção do tratamento n. 7, a lan-ço (broadcast), o q u e se explica por duas razões : la.) a terra foi b e m misturada c o m adubo p o r m e i o de e n x a d a e a seguir riscado e m sulcos para plantio. 2a.) o sistema radicular do mi-lho, q u e é fasciculado, vai buscar os elementos nutritivos nu-ma e x t e n s a faixa e m redor da s e m e n t e e nu-mais ou m e n o s super-ficialmente; n ã o obstante, a produção não superou o tratamen-to n. 5, e m cova. Aliás, nos Estados Unidos da América do Nor-te o m i l h o é plantado e m faixas laNor-terais distanNor-tes da semenNor-te.

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R E S U M O E C O N C L U S Õ E S

Os autores apresentam n e s t e trabalho u m estudo dos en-saios feitos nos Estados Unidos da A m é r i c a do Norte sobre a localização do adubo e m relação a semente, com culturas tais como, algodão, milho, batata, feijão e algumas hortaliças.

Procederam a u m e x p e r i m e n t o com milho com 7 tratamen-tos, e m blocos ao acaso (4 repetições), sendo 3 e m sulco, 3 e m cova e l a lanço. N o s dois primeiros tipos o adubo abaixo da se-mente sem misturar c o m a terra, o adubo abaixo da s e m e n t e misturado com a terra e o adubo acima da semente. Significa-tivamente o melhor tratamento foi o n. 5, e m cova com o adu-bo abaixo da s e m e n t e misturado com a terra e o pior foi o n. 6, e m sulco com o adubo sobre a semente. O tratamento n. 7, a lanço, se comportou relativamente bem, u m a vez que o fertili-zante foi incorporado e misturado com a terra a enxada.

Pretendem, proceder a n o v o e x p e r i m e n t o com localização e m 2 faixas laterais distantes da semente, só e m sulco, e m 3 ní-veis, ou sejam, acima, abaixo e no n í v e l da semente.

P õ e m ademais e m relêvo a necessidade do incremento de experiências dêsse tipo nas culturas econômicas e e m vários ti-pos de solo do país.

A B S T R A C T

The authors discuss in the introduction the literature about the distribution and p l a c e m e m e n t of fertilizers in agricultural experiments in U.S.A. in such crops as cotton, corn, potato, beans and some vegetables.

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N e w e x p e r i m e n t s w i l l b e carried out, applying the fertili-zer in t w o rows, parallel on each side to t h e seed row, at three depths : above, b e l o w and l e v e l w i t h seeds planted.

In their discussion the authors stress the need for more e x -perimentation on the methods of applying fertilizers not only to corn plants, but w i t h respect to all m a i n crops and diferent t y p e s of soils.

L I T E R A T U R A C I T A D A

B L E D S O E , R. P. 1929 — Cotton fertilizers and cultural m e -thods. Ga. Expt. Sta. Bull. 152.

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