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Implantação de residência em anestesiologia no interior do Nordeste do Brasil: impacto nos processos de trabalho e na motivação profissional.

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REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

PublicaçãoOficialdaSociedadeBrasileiradeAnestesiologia

www.sba.com.br

ARTIGO

ESPECIAL

Implantac

¸ão

de

residência

em

anestesiologia

no

interior

do

Nordeste

do

Brasil:

impacto

nos

processos

de

trabalho

e

na

motivac

¸ão

profissional

Cláudia

Regina

Fernandes

a,b,∗

,

Rafael

Queiroz

de

Sousa

c

,

Francisco

Sávio

Alves

Arcanjo

c

,

Gerardo

Cristino

de

Menezes

Neto

a,c

,

Josenília

Maria

Alves

Gomes

a,c

e

Renata

Rocha

Barreto

Giaxa

d

aFaculdadedeMedicinadaUniversidadeFederaldoCeará(UFC),Fortaleza,CE,Brasil

bCentrodeEnsinoeTreinamento/MinistériodaEducac¸ão/SociedadeBrasileiradeAnestesiologia(CET/MEC/SBA),Hospital

UniversitárioWalterCantídio,UniversidadeFederaldoCeará(UFC),Fortaleza,CE,Brasil

cCET/MEC/SBA,SantaCasadeMisericórdiadeSobral,UniversidadeFederaldoCeará(UFC),Sobral,CE,Brasil dUnivesidadedeFortaleza(UNIFOR),Fortaleza,CE,Brasil

Recebidoem12dejulhode2013;aceitoem20deagostode2013 DisponívelnaInternetem26desetembrode2014

PALAVRAS-CHAVE Residênciamédica; Tutoria;

Anestesiologia; Assistência perioperatória

Resumo

Justificativaeobjetivos: Compreender, pela teoria das representac¸ões sociais, a influência exercidapelaimplantac¸ãodeumprogramaderesidênciaemanestesiologianoscuidados anes-tésicosenamotivac¸ãoprofissionalemumhospitaldeensinoterciáriodointeriordoNordeste doBrasil.

Método: Metodologiaqualitativa.Afenomenologiaeateoriadarepresentac¸ãosocialforamo referencialteórico.Formaram-secincogruposfocaismultidisciplinares,com17profissionais desaúde(cincocirurgiões,cincoanestesiologistas,duasenfermeirasecincotécnicosde enfer-magem)queatuamnoCentroCirúrgicoenaSaladeRecuperac¸ãoPós-Anestésica,todoscom experiênciaanterioreposterioràimplantac¸ãodareferidaresidência.

Resultados: Daanálisedeconteúdodasfalas,emergiramasseguintescategorias empíricas: motivac¸ão para atualizac¸ão, reciclagem dos profissionais anestesiologistas e melhoria das práticas anestésicas;oresidentecomoum elointerdisciplinar noscuidadosperioperatórios; melhoriasnaqualidadedaassistênciaperioperatória;reconhecimentodefragilidadesno pro-cesso perioperatório.Evidenciou-sequeacriac¸ão deumaresidênciaem anestesiologia traz avanc¸os,queserefletemnamotivac¸ãodosanestesiologistas;oresidentefuncionoucomoum elointerdisciplinarentreaequipemultiprofissional;houvereconhecimentodefragilidadesdo sistema,identificaram-seasdeficiênciaseapontaram-seac¸õesparasuperac¸ão.

Conclusão:Aimplantac¸ãodeumprogramaderesidênciaemanestesiologiaemumhospitalde ensinoterciáriodointeriordoNordestedoBrasilpromoveuatualizac¸õescientíficas,melhorou

Autorparacorrespondência.

E-mail:clauregifer@gmail.com(C.R.Fernandes). http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2013.08.006

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aqualidadedaassistênciaeosprocessosdecuidadosinterdisciplinares,reconheceuas fragili-dadesdoservic¸o,desenvolveuplanosdeac¸ãoesugeriuqueessetipodeiniciativapodeserútil emáreasremotasdepaísesemdesenvolvimento.

©2014SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.

KEYWORDS Medicalresidency; Mentoring; Anesthesiology; Perioperativecare

ImplementationofaresidencyprograminanesthesiologyintheNortheastofBrazil: impactonworkprocessesandprofessionalmotivation

Abstract

Backgroundandobjectives: Understand,throughthetheoryofsocialrepresentations,the influ-enceexertedbytheestablishmentaresidencyprograminanesthesiologyonanestheticcare andprofessionalmotivationinatertiaryteachinghospitalintheNortheastofBrazil.

Method: Qualitativemethodology.Thetheoreticalframeworkcomprisedthephenomenology andtheSocialRepresentationTheory. Five multidisciplinaryfocusgroupswere formedwith 17healthprofessionals(fivesurgeons,fiveanesthesiologists,twonurses,andfivenursing tech-nicians),whoworkinoperatingroomsandpost-anesthesiacareunits,allwithpriorandposterior experiencetotheestablishmentofresidency.

Results:Fromtheresponsecontentanalysis,thefollowingempiricalcategoriesemerged: moti-vationtoupgrade,recyclingofanesthesiologistsandimprovinganestheticpractice,resident asaninterdisciplinarylinkinperioperativecare,improvementsinthequalityofperioperative care,recognitionofweaknessesintheperioperativeprocess.Itwasevidentupper gastrointesti-nalbleedingsecondarytoprolongedintubationthatthecreationofaresidencyinanesthesiology bringsadvancementsthatarereflectedinthemotivationofanesthesiologists;theresident wor-kedasaninterdisciplinarylinkbetweenthemultidisciplinaryteam;therewasrecognitionof weaknessesinthesystem,whichwereidentifiedandactionstoovercomeitwereproposed.

Conclusion:Theimplementationofaresidencyprograminanesthesiologyatatertiary educa-tionhospitalintheNortheastofBrazilpromotedscientificupdates,improvedthequalityof careandprocessesofinterdisciplinarycare,recognizedtheweaknessesoftheservice, deve-lopedactionplansandsuggestedthatthistypeofinitiativemaybeusefulinremoteareasof developingcountries.

©2014SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublishedbyElsevier EditoraLtda.Allrights reserved.

Introduc

¸ão

Aresidência médica(RM) é umprograma de treinamento em servic¸o de longa durac¸ão reconhecido como o melhor mecanismo de capacitac¸ão de médicos para o exercí-cioprofissionalespecializado, responsáveledequalidade. Tendo em vista a necessidade diagnosticada de expan-são de residência médica para atender às demandas de especialistas em áreas e regiões estratégicas para o Sis-temaÚnicode Saúde(SUS), os ministériosdaSaúde e da Educac¸ãovêmdesenvolvendoumesforc¸oconjuntode finan-ciamentodenovosprogramasparapromoveressaexpansão deformaordenada,em consonânciacomasresoluc¸õesda Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).1

Estu-dos de 2005, repetidos em 2006 e 2008, revelaram alta concentrac¸ão de programas e instituic¸ões que oferecem residência médica nas regiões Sudeste e Sul, respectiva-mente.Aconcentrac¸ãodevagasebolsasdeRMna região Sudestecoincidecomaconcentrac¸ãodeoutrosindicadores desaúde.Osestudosnacionais mostrarama sobreposic¸ão percentualdemédicosematividadesobreaofertade vagas--bolsasderesidênciamédicaporregiãodoBrasil.2Aoferta

denovoslocaisderesidênciacomprogramasdequalidade contribuiparaafixac¸ãodemédicosnasregiõesemque cur-saramtaisprogramas.Umestudopublicadoem2010noNew EnglandJournalofMedicine3confirmaalgunsdados

coleta-dosentre2004e2008noBrasil.2Damesmaforma,estudos

feitosnoCanadáconfirmamaRMcomofatordefixac¸ãode médicos,mesmoemregiõesmaisdistantesdaquelepaís.4

Aformac¸ão médicaespecializada, presenteno paíshá maisde30anos,nuncahaviasidoobjetodepolíticas públi-casespecíficas.OProgramaNacionaldeApoioàFormac¸ão deMédicosEspecialistas(Pró-Residência),lanc¸adoem outu-brode2009, constitui-seummarcona instituic¸ãodeuma política pública destinada a fomentar a formac¸ão médica especializada,apartirdasnecessidadesdesaúdenopaís,e proporcionacredenciamentodenovosprogramassobapoio matricial.2

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Mediante estudo de distribuic¸ão de especialistas no cenário nacional, a anestesiologia foi uma especialidade consideradaprioritárianoNordeste.Em2010teveinícioo primeiroProgramadeResidênciaMédica(PRM)em Anestesi-ologiadointeriordoNordestedoBrasilsobmatriciamento, credenciadopeloMinistériodaEducac¸ãoepelaSociedade BrasileiradeAnestesiologia.

Oobjetivodesteestudofoiavaliarainfluênciaexercida pela implantac¸ão do Programa de Residência em Aneste-siologia em umhospitaldeensinoterciáriodointerior do Nordeste doBrasil, nos processos e cuidadosanestésicos, mediantepercepc¸ãodeprofissionaisdesaúdequeatuamno setorevivenciaramesseperíododetransic¸ão.

Método

Este estudo usou o recorte teórico-metodológico confe-rido pela pesquisa qualitativo-fenomenológica5---7 sobre a

percepc¸ão dos profissionais de saúde que atuam no Cen-troCirúrgico e na Sala deRecuperac¸ão Pós-Anestésicada Santa Casade Misericórdia de Sobral (Hospital de Ensino daUniversidadeFederaldoCeará---CampusSobral),sejam elesanestesiologistas, cirurgiões,enfermeiros e auxiliares deenfermagem,acercadas transformac¸õese daevoluc¸ão dos processosocorridosnos setores Centro Cirúrgico,Sala deRecuperac¸ãoPós-AnestésicaeServic¸odeAnestesiologia, a partir daimplantac¸ão da Residênciaem Anestesiologia. Ateoriadarepresentac¸ãosocial8,9permitiuacompreensão

dofenômenodetransformac¸ãoqueaimplantac¸ãodeuma residênciamédicapodeexerceremumservic¸oousetor.

Amostraeprocessodeselec¸ão

Foramentrevistados17profissionaisdesaúde(cinco cirur-giões, cinco anestesiologistas, duas enfermeiras e cinco técnicosdeenfermagem)duranteseuhoráriodetrabalho. As entrevistasocorreram emumasalareservada,próximo aoambientedoCentroCirúrgico.Aamostrafoiselecionada porconveniênciaeconsiderouo‘‘pontodesaturac¸ão’’,que ficaconfiguradoquandooentrevistadorpercebequenãohá maisinformac¸ões novasa seremouvidas. Participaram os profissionaisdesaúdequeatuavamnoCentroCirúrgicoena Salade Recuperac¸ão Pós-Anestésica,todoscom experiên-ciaanterioreposterioràcriac¸ãodaresidênciamédicaem anestesiologia eque aceitaramvoluntariamente oconvite paraparticipardoestudo.Foramexcluídososprofissionais quenãotinhamexperiênciaanterioràcriac¸ão dareferida residência.

Os profissionais selecionados foram divididos em gru-pos focais multidisciplinares. As categorias profissionais incluíram anestesiologista, cirurgiões (traumatologistas, obstetras, cirurgiões gerais e neurocirurgião) e corpo de enfermagem(enfermeirasetécnicasdeenfermagem).Cada grupo focal foi composto por quatroa seis participantes, compelomenosummembrodecadacategoria.Todoo dis-cursofoilivre,seminterrupc¸õesfeitaspeloobservador,com as falas surgindo de maneira aleatória pelos voluntários, o diálogo ocorreu entre eles, mas com a participac¸ão de todos.Asrespostasforamgravadasetranscritasnaíntegra para análise e posteriormente classificadasem categorias nãoapriorísticasporfrequenciamento.9

Apesquisaadotoumedidasparapreservarosigilo,o ano-nimatoeaprivacidadedosentrevistados.Onomecompleto dosentrevistadosficourestritoaoTermodeConsentimento Livree Esclarecido(TCLE)assinado pelos respectivos pro-fissionais.Osprocedimentosmetodológicosaplicadosforam esclarecidosaosentrevistadosindividualmente,atéacerca dapossibilidadedeo entrevistadointerromper,responder ounãoàsperguntaseterodireitodeserecusaraparticipar dapesquisa.

OprojetofoianalisadoeaprovadopeloComitêdeÉtica emPesquisadoHospital.

Instrumentodepesquisa

O instrumento de coleta de dados usado foi um roteiro semiestruturado de entrevistas com exposic¸ão aos volun-tários de cinco perguntas norteadoras: Após o início da ResidênciaemAnestesiologia:1)‘‘Houvemudanc¸anarotina docentrocirúrgico?’’;2)‘‘Houvemelhorianaqualidadedos cuidadosanestésicos?’’; 3)‘‘Houve incorporac¸ãode novas técnicasanestésicas?’’;4)Houvealterac¸ãonasrelac¸ões pes-soaisinterdisciplinares?’’;5)‘‘Oquepoderiasermelhorado nareferidaresidênciaimplantada?’’

Análisedosdados

Apósadevidatranscric¸ão,osdadoseasinformac¸ões cole-tadosna falados profissionais de saúdedos grupos focais foramanalisadosquantoaoseuconteúdocombasenateoria dasrepresentac¸õessociais. Buscou-seexplorar as estrutu-ras que os entrevistados manifestaram como relevantes. Foramlevadosemconta,nomomentodacoletae da aná-lisedosdados,oselementosnãoverbaismanifestadospelos entrevistados.5

Resultados

Apartirdaanálisedosgruposfocais,surgiramascategorias enumeradasaseguir:

Motivac¸ãoparaatualizac¸ão,reciclagemdos

profissionaisanestesiologistasemelhorias

daspráticasanestésicas

Foi enfatizado que a presenc¸a doresidente motivou os profissionais anestesiologistas da referida instituic¸ão na busca de atualizac¸ão e despertou a necessidade de se envolver com processos de educac¸ão continuada. Houve satisfac¸ão com acriac¸ão detempoprotegido para desen-volvimentodidático-científico,comosemináriosepalestras comdiferentes convidados. Foi evidenciado por meiodas seguintesfalas:

Em termos de aprendizado foi excelente o estímulo para estudo, alc¸ar voos maiores com pacientes mais graves, com troca de experiências com os residen-tes.(Anestesiologista)

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jornadascientíficas,incentivados pelapresenc¸aconstante dosresidentesnesseseventos.

Houvebastantemudanc¸aemtermosdeensino.Os pró-priospreceptoresanestesistaspassaramaestudarmais, ter maior cuidado com as rotinas anestésicas. Com a maiorparticipac¸ãoemcongressos,trouxeraminovac¸ões, modernizaramo servic¸o.Houve umamudanc¸a substan-cial,commelhoriasecrescimentoporpartedoservic¸o deanestesiadaordemde60%a80%apósaimplantac¸ão daResidênciadeAnestesiologia.(Cirurgião)

Aaquisic¸ãoeamelhoriadeequipamentos,tantoquanto aestruturadocentrocirúrgico,foramtópicodemuita dis-cussãonosgruposfocaiseopiniãorecorrentenasfalas:

Houvecompradeaparelhosnovos,reciclagemtotaldos profissionaisanestesistas,substituic¸ãodomaterial suca-teado.(Cirurgião)

Comachegadadosresidentesàinstituic¸ãoressaltou-seo usodemaiorvariabilidadedetécnicasanestésicas,técnicas essasjáconhecidaspelosprofissionais,porémsubusadaspor causadaimensademandacirúrgicaquesobrecarregavaos profissionaisqueláatuavam,oqueresultaem algumgrau defragilidadenaqualidadedoscuidadosoferecidos.

Agentejáconheciaosprocedimentosanestésicos,como a colocac¸ão de cateteres peridurais em cirurgias de grandeporte,masosresidentespassaramamotivar-nos afazeresseprocedimento,pois,paraabreviarotempo deprocedimentoanestésico,nossainiciativaerasempre procederàanestesiageral,nãotínhamosumolharmais acuradoacercadadorpós-operatória.Comaintroduc¸ão doscateteresperiduraishouveumasomaimportantena qualidadedoscuidados.[...]Outrotipodemonitorac¸ão quefoideimportância paraoServic¸o foioBIS.Coma implantac¸ão do Programa de Residência comec¸ou-se ausaresseequipamento.Antessabíamosdaexistência pormeiodaliteratura,porémcomachegadados resi-dentesfoipostoemfuncionamento.(Anestesiologista)

Emconsonânciacomoscirurgiõeseosanestesiologistas, aequipedeenfermagemtambémreconheceuaevoluc¸ãoe asmelhoriasqueenvolveramastécnicasanestésicase res-saltoumaisumavezosbenefíciosparaospacientesacerca dousodoscateteresperiduraisemcirurgiasdealta comple-xidade,comrepercussõespositivasnocontroledadoraguda nopós-operatório.

Um ganho como o cateter peridural, em cirurgias grandes,umagrandemelhoriaparaospacientesno pós--operatório,issoémuitobom.(Enfermagem)

Oresidentecomoumelointerdisciplinar

noscuidadosperioperatórios

Nessacategoriafoievidenciadarecorrentementeamelhoria dainterlocuc¸ãoanestesiologista-cirurgiãoacercado plane-jamento e da escolha da técnica anestésica baseados no procedimentocirúrgicoproposto.

Passou a haver mais diálogo entre preceptor aneste-siologista e cirurgião sobre o procedimento cirúrgico. Aventou-seapossibilidadedeumadeterminadatécnica

anestésicaparadeterminadoprocedimento.Eujásenti isso, comosresidentesháumquestionamento. (Cirur-gião)

Essaafirmac¸ãosugerequeapresenc¸adoresidente,por trazer questionamentos, estimula o diálogo e contribuiu paraumatomadadedecisãocompartilhadaentre precep-tor anestesista e cirurgião, com participac¸ão efetiva do residente.Amelhoria nas relac¸ões interdisciplinares e nos processos decomunicac¸ãoseestendeuàequipede enfer-magem.

Os residentes, junto com a gente, se tornaram um elo entre enfermagem, cirurgiões e anestesis-tas.(Enfermagem)

Citou-seainda aminimizac¸ãodeconflitos noambiente cirúrgicodemonstradapelodiscurso:

Existiamatémaisconflitosnassalasdecirurgia.Comos residentes,isso desapareceu, até pela parte educa-tiva.(Anestesiologista)

Melhoriasnaqualidadedaassistência

perioperatória

Observou-se persistentemente nos discursos a melho-ria da qualidade na assistência aos pacientes após a implantac¸ão do Programa de Residência em Anestesiolo-gia, com induc¸ão da prática reflexiva pelos preceptores, motivada pelas constantes indagac¸ões e pelos constantes questionamentos dos residentes, como também medi-anteuma abordagem mais completa e integrada dos pacientes, em detrimentode uma abordagem puramente tecnicistaeintraoperatória.Essasquestõespodemser per-cebidasnosseguintesdepoimentos:

Osresidentesfazemavisitanopré-anestésico[...]issoé umganhonaqualificac¸ãodoservic¸odeanestesia. (Cirur-gião)

Essedepoimentotocaemumpontoimportanteda qua-lidadedaassistência,poisaavaliac¸ãopré-anestésica,com oconhecimentodascondic¸õesclínicasdopaciente previa-menteaoprocedimento,éobrigatóriasegundoaresoluc¸ão CFM n◦ 1.802/2006,especialmente para avaliaros riscos,

trac¸ar umadequado plano anestésico e tornar o procedi-mentomaisseguro.

Apresenc¸adoresidentedeanestesiologianoServic¸o faci-litouaexecuc¸ãodoscuidadosperioperatórioseaavaliac¸ão pré-anestésicafoiumpontodedestaque,comsubsequente discussãodoscasoscom ospreceptores,já queesses,por seremem númeroreduzidoparaa grandedemanda cirúr-gica,nãotinhamtemporeservadoparaprestarassistência pré-operatóriaadequadaaospacientescandidatosa cirur-giaseletivas.

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Osresidentesfazemavisitanopré-anestésicoeissoéum ganhonaqualificac¸ãodoservic¸odeanestesia.(Cirurgião)

A avaliac¸ão prévia dos casos, com discussão com os preceptores, e a criac¸ão de um plano anestésico, que aperfeic¸oaamonitorac¸ãointraoperatória,proporcionaram um ambiente favorável à sistematizac¸ão dos cuidados, aumentarama seguranc¸a doatoanestésicoe melhoraram aqualidadedaassistência.Essasconsiderac¸õesficambem evidentesnasfalas:

Aquestãodamonitorac¸ão, aquestãodaassistência,o conjuntocomoumtodo,opacientefoimuitomaisbem assistido.(Anestesiologista)

Noto que eles conversam com a gente, eles pedem o que está faltando antes, preparam o material antes. Oque estiverfaltando: medicac¸ão,cateter,tubo;eles chegamparaaenfermagemepedem.(Enfermagem)

Reconhecimentodefragilidadesnoprocesso

perioperatório

O ponto mais frágil dos cuidados no processo periopera-tório demonstrado nesse estudo referiu-se ao setor Sala de Recuperac¸ão Pós-Anestésica (SRPA). Várias são as jus-tificativas, como a sobrecarga de cirurgias, pois, por ser umhospitalterciário dereferência paraemergência e de alta complexidade,queatende55 municípiosdonorte do Ceará,nãohá comoregularo númerodepacientesque a elesãoencaminhados,oquegerasuperlotac¸ão,deficiência derecursoshumanosparasuprirademanda,oquerepercute na qualidade do atendimento no período pós-operatório, assim como nãohá umanestesiologista plantonista desti-nadoexclusivamenteàSRPA.Ficaaoscuidadosdaequipede enfermagem,sobasupervisãodosprofissionais anestesiolo-gistas,queatuamnoCentroCirúrgico,comorepresentado nosrecortesdasfalas:

O ponto número um, que necessita de reestruturac¸ão urgente,éarecuperac¸ãopós-anestésica.(Cirurgião)

Gostaríamos que houvesse participac¸ão maior dos médicos na recuperac¸ão, acompanhando, fazendo o pós-operatório, como o médico exclusivo da sala de recuperac¸ãopós-anestésica.(Enfermagem)

Por causa da demanda acentuada precisa-se

de uma estrutura melhor dessa sala de recuperac¸ão, ela é uma das grandes mazelas da Santa Casa, um dos grandes desafios que tanto os cirurgiões como os anestesistaseosresidentesenfrentam[...]éagrande batalha.(Cirurgião)

Acho que na sala de recuperac¸ão falta um médico anestesistaexclusivoparaosetor,eissoéumafalta gra-víssima[...]quanto àSaladeRecuperac¸ão,precisamos demaisequipamentos,alémdeummédicoanestesista exclusivo para o setor, precisamos aumentara equipe deenfermagemparadarconta dademandaacentuada. (Anestesiologista)

Nocontextoperioperatório,aurgênciadese estabe-lecerumarotinapré-anestésicamaisregular,comuma possívelcriac¸ãodeambulatórioespecífico,étambémum discursorecorrente.

Ambulatóriodepré-anestésico.Ajudaatéadiminuir onúmerodecirurgiassuspensas.(Enfermagem)

Seiquenãodáparafazeravisitapré-anestésicaem todos;masalguns pacientesjáidosos,paracirurgiade fratura de colo de fêmur e o pós-anestésico, a gente sentemuitafaltadeverisso.(Cirurgião)

Primeiracoisa,melhoraravisitapré-anestésica.Tem quehaveramelhoriadavisita.(Anestesista)

Aresoluc¸ãodoConselhoFederaldeMedicinan◦ 1.802/

2006determinaemseuartigoIaosmédicos

anestesiologis-tasque:‘‘Antesdarealizac¸ãodequalqueranestesia,exceto nassituac¸ões deurgência, é indispensávelconhecer, com adevidaantecedência,ascondic¸ões clínicasdopaciente, cabendoao médicoanestesiologistadecidirda conveniên-ciaounãodapráticadoatoanestésico,demodosoberanoe intransferível:paraosprocedimentoseletivos, recomenda--se que a avaliac¸ão pré-anestésica seja realizada em consultamédicaantesdaadmissãonaunidadehospitalar’’.

Discussão

Aresidênciamédica(RM)écompreendidacomoumespac¸o de ensino e educac¸ão permanente, que não pode ser limitado a uma concepc¸ão de projeto educacional de especializac¸ão isolado. A RM também não pode ser vista como umprocesso detrabalho somente. A complexidade desuanaturezaeaindissociabilidadedessesdoisaspectos apontadosmarcam umacaracterísticasingular e extrema-menteinteressantedaRM:oreconhecimentoeavalorizac¸ão do papel do trabalho como instrumento fundamental da aprendizagem deumprofissional.10 Participamdesse

con-textopreceptor anestesista e aprendizresidente, há uma troca de saberes indissociáveis e umprocesso de ensino--aprendizagembilateral,queindubitavelmentecontribuem paramelhoriadaqualidadedaassistênciaemservic¸o.

A Resoluc¸ão CNRM n◦ 02/2006, de 17 de maio de

2006, dispõe sobre requisitos mínimos dos programas deresidênciamédica,assimcomoaSociedadeBrasileirade Anestesiologia dispõe sobre o regulamento dos Centros deEnsino e Treinamento11 que induz inevitavelmenteaos

avanc¸ose àsmelhoriasnosservic¸osque sepropõemaser formadoresdeespecialistas.Dessafeita,ahistórianatural esperada deumservic¸o queabriga umprograma de resi-dênciamédicaéqueseproduzamemancipac¸ãoemelhorias em todososaspectos, inclusive nocontrole dadoraguda pós-operatória.12

Apercepc¸ãodequeapresenc¸adoresidente,quando ade-quadamentesupervisionado,traz avanc¸osnaqualidade da assistêncianão é somente dos profissionais de saúde que atuameconvivemnosetor,ospacientestambémpercebem aqualidadedosservic¸osprestadospeloresidentesob super-visãoesemostrammuitosatisfeitos,conformeevidências publicadas.13

Estudos demonstram que osprocessos de comunicac¸ão eintegrac¸ão entreasequipes detrabalho, especialmente entreanestesiologistaecirurgião,melhoramaefetividade dos resultados e a qualidade dos servic¸os prestados aos pacientese causamimpactona culturaorganizacionaldos servic¸os.14

(6)

efetivo trabalho em equipe deve haver interdisciplinari-dade.Essapodeserentendidacomoac¸õesintegradascom objetivocomumentreprofissionaiscomformac¸õesde dife-rentesáreas.Issoépossívelmediantereconhecimentodas especificidades de cada área profissional, atingido com diálogo contínuo, na busca de superar a fragmentac¸ão do conhecimento e, consequentemente, dos servic¸os.15

Apresenc¸a doresidentedeanestesia funcionou como um elo para a equipe de enfermagem e facilitou o acesso a informac¸ões sobre técnicasanestésicas planejadas para determinadoprocedimentocirúrgico,comotambémmaior esclarecimento sobre as condic¸ões clínicas do paciente. Percebeu-seentãomelhorianoscuidados, comabordagem maisdetalhadaepróximadopaciente,comadoc¸ãodeuma visãomultidisciplinar.

Asnovasdirec¸õesdaanestesiologiacomoespecialidade estimulam a adoc¸ão da prática da medicina perioperató-ria,cujo pressupostonorteador doscuidadossebaseia na seguranc¸adopaciente.Nesse contexto,aeducac¸ão inter-profissionalpermiteaaprendizagemconjuntadosmembros dasequipesefavoreceaculturadeseguranc¸a.16 Paraisso,

aadoc¸ãodeumcurrículobaseadoemcompetênciasé fun-damental nesse novo processo educacional. A Residência emAnestesiologiadaSantaCasadeMisericórdiadeSobral iniciou-se planejada à luz de um currículo baseado em competências.17

Asespecialidadescirurgiaeanestesiologiasempre esti-veram intimamente interligadas.Dentro dacomplexidade crescentede terapiase capacidadestécnicas,as discipli-nassesobrepõememdeterminadasáreas.Oimportanteé compreenderque asespecialidadesnãoatuamcomo con-correntes, e sim como parceiros. Evidências demonstram queosdesfechoscirúrgicospodemsermelhoradosmediante comunicac¸ão e interac¸ão efetiva entre anestesiologistas e cirurgiões que compõem equipes multidisciplinares, o queéaltamentebenéficoparaospacientes.18

A presenc¸a do residente pode ser um fator propul-sordaprática reflexiva dos profissionais, entendidacomo a habilidade de refletir criticamente sobre seu próprio raciocínio e suas decisões. Isso porque motiva o profissi-onal a ‘‘executar’’ bem suas atividades e faz com que ele reveja seus conhecimentos, estude e ‘‘pense alto’’. Essasac¸õesdiminuem o automatismo dapráticae impul-sionamo raciocínioanalíticoe acapacitac¸ãopermanente. Consequentemente, há diminuic¸ão dos erros de origem cognitiva.19

Atitudes positivas de interrelacionamento e compor-tamento transformam o ambiente de trabalho e criam uma atmosfera favorável para adoc¸ão do checklist de seguranc¸a propostopelaOrganizac¸ão MundialdaSaúde,20

jáquea altaprevalência deefeitosadversos encontrados edocumentados em instituic¸õeshospitalaresde paísesda América Latina infere que a seguranc¸a do paciente pode representarumimportanteproblemadesaúdepública,tal comojáfoidocumentadonaAméricadoNorte.21

A existência obrigatória de SRPA no Brasil foi deter-minada pela portaria 400 do Ministério da Saúde, em 1977. A Resoluc¸ão do Conselho Federal de Medicina n◦.

1.802/2006,quedispõesobreapráticadoatoanestésico, estabelece,noartigoIV,que‘‘apósaanestesia,opaciente

deveserremovidoparaasaladerecuperac¸ãopós-anestésica (SRPA) ou para o/a centro/unidade de terapia intensiva

(CTI/UTI),conformeocaso’’.Determinaaindaque‘‘aalta da SRPA é de responsabilidade exclusivado médico anes-tesiologista’’; e que ‘‘na SRPA, desde a admissão até o momentodaalta,ospacientespermanecerãomonitorados quanto:àcirculac¸ão,incluindoaferic¸ãodapressãoarteriale dosbatimentoscardíacosedeterminac¸ãocontínuadoritmo cardíaco,pormeiodacardioscopia;àrespirac¸ão,incluindo determinac¸ãocontínuadaoxigenac¸ãodosanguearteriale oximetriadepulso;aoestadodeconsciência;àintensidade dador’’.

EmestudofeitonoBrasil,em2003,sobrerotinasde cui-dados pós-anestésicos de anestesiologistas brasileiros, foi demonstradoqueadisponibilidadedeequipamentosnaSRPA cresceuprogressivamenteparaosanestesiologistasatuantes nas regiões Norte/Nordeste,Centro-Oeste, Sule Sudeste. A existência de programa de residência médica na instituic¸ãoassociou-secomaexistênciadeanestesiologista deplantãonas24horasnaSRPAeadisponibilidadede equi-pamentos de reanimac¸ão e outros, como estimulador de nervoperiféricoesistemadeaquecimentoativo.22

Infere--sequeaexistênciadeumprogramaderesidênciamédica éindutorademelhoriasnaqualidadedoservic¸oprestado.

Quanto aos cuidados pré-anestésicos, a consulta em ambulatório de avaliac¸ão pré-anestésica é de extrema importância, a fim de estratificar os riscos e planejar melhor os cuidados intraoperatórios e a monitorac¸ão, o quecontribuiparaoaumentodaseguranc¸adaanestesia,a manutenc¸ãodevínculoseoesclarecimentodedúvidasdos pacientes,reduza taxadesuspensão decirurgiase ainda aumentaasatisfac¸ãodosclientes.23Noestudoemquestão

essaéumafragilidadedoServic¸oqueaindaprecisasermais bemestruturada.

Conclusões

Ainfluênciaexercidapelaimplantac¸ãodoProgramade Resi-dênciaemAnestesiologiaemumhospitaldeensinoterciário dointerior doNordestedoBrasil refletiu-senosprocessos e cuidadosanestésicos ena motivac¸ão dos anestesiologis-tasqueatuamnainstituic¸ãoparaatualizac¸ãoprofissional, reciclagemeimplementac¸ãodemelhoriasnaspráticas anes-tésicas.Apresenc¸adoresidentedeanestesiologiafuncionou como um elointerdisciplinar entre os médicos anestesis-tas,cirurgiõeseosprofissionaisdeenfermagememelhorou sobremaneira os cuidados perioperatórios e a seguranc¸a do paciente; porém, refletindo-se sobre o fluxo dos pro-cessose aqualidadenos cuidados,houvereconhecimento defragilidadesrelacionadasaoscuidadospré-anestésicose pós-anestésicos,identificaram-sedeficiênciase apontaram--seac¸õesparasuperac¸ão.Umprogramaderesidênciacuja implantac¸ãofoiplanejadacomoumprocessoparticipativo dosanestesiologistas quecompõemocorpoclínicoproduz motivac¸ãodogrupoeresultaemavanc¸os,atualizac¸ões cien-tíficas,reflexõessobreosprocessosdecuidados,melhorias na qualidade daassistência,reconhecimento de fragilida-desedesenvolvimentosdeplanosdeac¸õesparapromoc¸ão deavanc¸oscontínuosnaeducac¸ão,atenc¸ãoeassistência.

Conflitos

de

interesse

(7)

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