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O planejamento das práticas esportivas escolares no ensino fundamental na cidade de Santos.

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www.rbceonline.org.br

Revista

Brasileira

de

CIÊNCIAS

DO

ESPORTE

ARTIGO

ORIGINAL

O

planejamento

das

práticas

esportivas

escolares

no

ensino

fundamental

na

cidade

de

Santos

Carla

Nascimento

Luguetti

a,∗

,

Osvaldo

Luiz

Ferraz

a

,

Myrian

Nunomura

b

e

Maria

Tereza

Silveira

Böhme

c

aDepartamentodePedagogiadoMovimentoHumano,EscoladeEducac¸ãoFísicaeEsporte,UniversidadedeSãoPaulo,SãoPaulo,

SP,Brasil

bEscoladeEducac¸ãoFísicaeEsportedeRibeirãoPreto,UniversidadedeSãoPaulo,RibeirãoPreto,SP,Brasil

cDepartamentodeEsporte,EscoladeEducac¸ãoFísicaeEsporte,UniversidadedeSãoPaulo,SãoPaulo,SP,Brasil

Recebidoem22dedezembrode2010;aceitoem2deabrilde2015 DisponívelnaInternetem5deoutubrode2015

PALAVRAS-CHAVE

Esportes; Ensino; Escola; Formac¸ão

Resumo Oobjetivodapresentepesquisafoianalisarecaracterizaroplanejamentodas prá-ticas esportivasescolares (PEEs) no ensino fundamental no município de Santos (SP). Para isso,foramaplicadosquestionáriosaosprofessores/treinadores(n=85)deescolasestaduais, municipais e particulares,com relac¸ão:a) ao conhecimento e ao vínculodas PEEsao pro-jetopedagógicodaescola;b)aoplanejamentoeàfundamentac¸ãoteóricaparaesseprojeto; c)aosobjetivoseconteúdosaserematingidosnasPEEs;d)àfeituradeavaliac¸ão. Concluiu--sequeosprofessores/treinadoresapresentaramdificuldadesdeplanejarasPEEs.Sugere-sea elaborac¸ãodepolíticasdeformac¸ãocontinuada,bemcomoareflexãosobreaformac¸ãoinicial paraaatuac¸ãonasPEEsqueincorporemessestemas.

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.

KEYWORDS

Sport; Teaching; School; Formation

Schoolsport’splanninginelementaryschoolintheSantos’city

Abstract ThestudyaimedtoanalyzeandcharacterizeSchoolSport’splanninginthe elemen-taryschoolsintheSantos’City.Questionnaireswithopenandclosedquestionswereappliedto teachers/coaches(n=85)inpublicandpublicschools,regarding:a)SchoolSport’sknowledge andthelinkbetweenSchoolSportandtheschool’scurriculum;b)planningoftheactivities; c)learningoutcomesandactivities;d)evaluation.Itwasconcludedthatteachers/coacheshad difficultiesinSchoolSport’splanning.Thisresearchsuggeststhedevelopmentofpublicpolicies forcontinuingprofessionaldevelopmentinSchoolSport.

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrights reserved.

Autorparacorrespondência.

E-mail:luguetti@usp.br(C.N.Luguetti). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2015.08.011

(2)

PALABRASCLAVE

Deportes; Ense˜nanza; Escuela; Formación

PlanificacióndeldeporteescolarenlaescuelaprimariadelaciudaddeSantos

Resumen Elobjetivo deesta investigaciónfue analizary caracterizar la planificación del deporteescolarenlaescuelaprimariadelaciudaddeSantos(SP).Conestefin,cuestionarios fueronentregadosalosprofesores/entrenadores(n=85)delasescuelaspúblicasyprivadas,en relacióncon:a)elconocimientodelosdeportesescolaresylarelaciónentreestasprácticasyel programaescolar,b)laplanificación,c)losobjetivosycontenidos,d)laevaluación.Seconcluyó que losprofesores/entrenadores tuvieron dificultades para planificar eldeporteescolar.Se sugiere eldesarrollo delas políticasde formación continua,así como la reflexiónsobre la formacióninicialdeprofesores/entrenadoresparatrabajareneldeporteescolar.

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todoslos derechosreservados.

Introduc

¸ão

O esporte deve ser desenvolvido como umdos conteúdos daeducac¸ãofísicaescolarnoensinofundamental. Porém, tem sido observado um aumento do número de escolas brasileiras que tambémoferecem modalidades esportivas comoatividadesextracurricularesnocontraturno,asquais são denominadas ‘‘práticas esportivas escolares’’ (PEEs), ‘‘esporte escolar’’ ou ‘‘turmas de treinamento’’ (Bassani et al., 2003; Sartori, 2003; Soares, 2003; Lettnin, 2005; Sigoli,2005;SantoseSimões,2007;Luguetti,2010).

As PEEs e a educac¸ão física escolar têm especificida-despróprias,comcaracterísticaseobjetivosdistintos;mas, se mediadas pelo projeto político pedagógico da escola, podemseconstituirempráticaspedagógicas complementa-res.Existeumconsensodequeénaeducac¸ãofísicaescolar queascrianc¸as devemconhecer adiversidadede conteú-dosdacultura corporaloudomovimento,considerandoo esporteentreessesconteúdos(BRASIL,1997;BRASIL,1998; NeiraeNunes,2006).Nessesentido,asPEEspodem possibi-litarumaprofundamentodeconhecimentoevivênciasdas manifestac¸õesculturaisdenaturezaesportivaensinadasnas aulasdeeducac¸ãofísica(Luguetti,2010).

Noâmbitofederal,existemdoisprogramasvoltadospara a prática esportiva escolar: o ‘‘Segundo Tempo’’, que é decompetênciadaSecretariadeEsporteEducacional,eos ‘‘JogosEscolaresBrasileiros’’,eventoesportivode respon-sabilidadedaSecretariadeEsportedeAltoRendimento.Os programasqueoferecemasPEEsnoâmbitofederalsão geri-dos pordiferentes secretariasdo Ministériodo Esporte,o quedificulta aelaborac¸ãodeumapolítica articuladapara ofomentodaspráticas.

OGovernodoEstadodeSãoPauloorganizaa‘‘Olimpíada ColegialdoEstadodeSãoPaulo’’,parceriadaSecretariade Educac¸ãoecomaSecretariadeEsporte,LazereTurismo. Com o objetivo depreparar osalunos para asOlimpíadas Colegiais,asescolasdaredeestadualdeSãoPaulopodem ofereceraeles umprogramadetreinamentoqueconsiste em‘‘atividadescurricularesdesportivas’’(ACDs)outurmas detreinamento.

NomunicípiodeSantos(SP),asescolasmunicipais desen-volvem um programa denominado ‘‘Escola Total’’, cujo objetivoéampliarotempodepermanênciadosalunosdas unidadesmunicipaisdeensinoematividadeseducativasnas

áreasdecultura,arteseesportes.Paraofereceressas ati-vidades, a prefeitura de Santos usa espac¸os cedidos por clubes,espac¸osprivadossemfinslucrativos,escolas estadu-ais,entidadesdebairros,sindicatoseescolasrecentemente construídascomespac¸oparaoferecerasatividades.

ApesardopotencialdasPEEsparaaeducac¸ãodecrianc¸as edejovens,algumasinvestigac¸õesapontamproblemasnos programas oferecidos. Pesquisas feitas em escolas esta-duais revelam a existência de uma prática seletiva que visaaosresultados nasOlimpíadas Colegiais doEstadode SãoPaulo(Soares,2003; Santose Simões, 2007;Luguetti, 2010). Nas escolas municipais, Sartori (2003) e Luguetti (2010) avaliaram o objetivo das PEEs em escolas que aplicavam o programa ‘‘Segundo Tempo’’ e constataram uma preocupac¸ão com a formac¸ão integral dos alunos. No entanto, Bassani et al. (2003) verificaram resultados diferenciadosnasescolasmunicipaisemqueosalunos par-ticipavam de competic¸ões e nas quais as PEEs seguiam o modelo do alto rendimento. Já os programas de PEEs desenvolvidos nas escolas privadas podem fazer parte de umaestratégiademarketing.Muitasvezespodenãohaver relac¸ãocomoprojetopolíticopedagógicodaescolae, con-sequentemente, com aformac¸ão decrianc¸as e dejovens (Lettnin,2005;Sigoli,2005;Luguetti,2010).

Assim, para que as PEEs possam auxiliar na formac¸ão integral de crianc¸as e jovens torna-se necessária a atuac¸ão de um professor/treinador que esteja compro-metido com o projeto político pedagógico da escola (BRASIL,1996;Gadotti,2000;Libâneo,2004;Unesco,2004). Oprofessor/treinador necessitaresponsabilizar-se por um planejamentocoerente,significativoereal,quepossibilite escolheros melhores caminhos para a boa aprendizagem dosalunos; paratal,o professordeveestarem constante atualizac¸ão,pormeiodeumaformac¸ãocontinuada(Molina e Molina Neto, 2001; Trudel e Gilbert, 2006; Tokuyochi etal.,2008;Marconetal.,2010).Umaboapedagogiapassa, necessariamente,pelaqualidadedeseuplanejamento,com professores/treinadoresquetenhamumaposturareflexiva eautônomaepossibilitemareflexãodaatuac¸ãodocentee dopapeldainstituic¸ão(RossetoJúnioretal.,2008).

(3)

2007),consideravelmentemenosestudosforamfeitossobre oplanejamentodasatividadespeloprofessor/treinadorque atuaespecificamentenessesprogramas.Diantedessefato, nossoobjetivofoianalisarecaracterizaroplanejamentodas práticasesportivasescolares(PEEs)emescolasmunicipais, estaduaiseprivadasnoensinofundamentalnomunicípiode Santos(SP).

Nossa hipótese é que o planejamento feito pelos pro-fessores/treinadoressejadiferentenasescolasmunicipais, estaduaiseprivadas,considerandoqueosprogramas desen-volvidostêmobjetivosdiferentes:a)nomunicípio,quetem umprogramavoltadoparaosprincípioseducacionais (pro-gramaSegundoTempo),apráticadevepriorizaraformac¸ão integraldos alunos;b) noestado (Turmasde Treinamento [ACDs]), que objetiva as Olimpíadas Colegiais, a prática deveserseletivaecompetitiva;c)nasescolasprivadas,que possivelmenteusam oesporte como estratégiade marke-ting,apráticadeveserseletivaecomfinscompetitivose econômicos. Além disso, independentemente danatureza dainstituic¸ão,acredita-sequeoprofessor/treinadoresteja ‘‘distante’’daescolaenãoexerc¸aumaparticipac¸ãoativa na elaborac¸ão do planejamento, o que pode explicar os problemas quanto à possibilidade educacional do esporte evidenciadaemestudosanteriores.

Nostópicosaseguirdescreveremoscomooestudocom osprofessores/treinadoresdeescolasestaduais,municipais eparticularesfoifeito,bemcomoosresultadosrelativosao conhecimentoeovínculodasPEEscomoprojetopedagógico daescola;aoplanejamentoeafundamentac¸ãoteóricaeos objetivos,conteúdoseafeituradeavaliac¸ãonaopiniãodos professores/treinadores.

Material

e

métodos

Amostra

O levantamento da populac¸ão estudada foi feito medi-ante contato com a Diretoria de Ensino de Santos (SP), a qual forneceu o nome das escolas e dos respectivos diretores responsáveis. O município de Santos tem 147 escolas de ensino fundamental e, por meio de contato telefônico,verificou-seque123ofereciamPEEs,oque cor-respondea85%dototal(74escolasprivadas,37municipaise 12estaduais). A amostrafoi compostapor 49 professores darede privada, 26da municipal e 10da estadual. Todos osprofessores/treinadoresavaliadosassinaramotermode consentimento livre e esclarecido. O presente estudo foi apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética da Escolade Educac¸ão Física e Esporte da Universidade de São Paulo (CEP:2010/08).

Instrumento

Como instrumento de medida, foi usado um questionário elaboradosegundoatécnicasugeridaporThomaseNelson (2002), com base nos estudos de Arena (2000), Lettnin (2005),Tsukamoto (2004) e Unesco (2004). A validadede conteúdodoinstrumentousadofoiobtidapormeiodo jul-gamento de especialistas e, para tanto, contou-se com a colaborac¸ãodetrêsprofessoresdaEscoladeEducac¸ãoFísica eEsportedaUniversidadedeSãoPaulo.Oinstrumentofoi

testadonumestudo-pilotoealgumasquestõesforam reade-quadas.Oquestionáriosepropõeaavaliaroplanejamentoe perguntaraosprofessores/treinadoresquanto:a)ao conhe-cimento e ao vínculo das PEEs ao projeto pedagógico da escola(questões fechadas); b) ao planejamentoe à pers-pectivatemporal(questõesfechadas);c)àfundamentac¸ão teóricaparafazeroplanejamento(questãofechada);d)aos objetivosaserematingidosnasPEEs(questãoaberta);e)aos conteúdosdesenvolvidosnasPEEs(questãoaberta);f)à fei-turadeavaliac¸ão(questãofechada)e,nocasoderesposta positiva,comoéfeita(questãoaberta).

Procedimentoseanálise

Osquestionáriosforamentreguesnasescolas, acompanha-dos de uma carta de esclarecimento com a explicac¸ão e o propósito do estudo, em papel timbrado da Escola de Educac¸ãoFísicaeEsporte/USP,edotermodeconsentimento livreeesclarecido.

Foram considerados três grupos na análise dos dados: as redes de ensino estadual, municipal e privada. Foram elaboradas tabelascruzadasdafrequênciadedistribuic¸ão das variáveis qualitativas, considerando-se as três redes de ensino, e foi aplicadoo teste qui-quadrado para veri-ficar a existência de diferenc¸as significativas entre os grupos estudados. Adotou-se o nível de significância de 5% na interpretac¸ão das análises estatísticas feitas. Foi usado o programa SPSS 13.0 for Windows na análise dos dados.

Nasquestõesabertas,foiusadoométodododiscursodo sujeitocoletivo(DSC),deLefèvreeLefèvre(2003).ODSC éusadocomoumapropostadeorganizac¸ãoetabulac¸ãode dadosqualitativosdenaturezaverbal.Paraconfeccionaros DSCs,LefèvreeLefèvre(2003)criaramasseguintesfiguras metodológicas:a)Expressões-chave(ECH):pedac¸os,trechos outranscric¸õesliteraisdodiscurso;b)Ideiascentrais(IC): éumnomeouexpressãolinguísticaquerevelaedescreve, deformasintética,precisae fidedigna,osentido decada um dos discursos analisados e de cada conjunto homogê-neodeECH, quevai darorigem, posteriormente,aoDSC; c)Discursodosujeitocoletivo(DSC):éumdiscursosíntese redigido na primeira pessoa dosingular e composto pelas ECH que têma mesma IC.Foramelaboradas tabelas com asfrequênciasabsolutaserelativasparaasideiascentrais encontradasnos discursos. As tabelas apresentama soma defrequênciasacimade100%,poisalgunsavaliadospodem apresentarduasoumaisideiascentrais.Nosresultadosserão apresentadososdiscursos demaiorfrequência(superior a 20%).

Resultados

(4)

Tabela1 Frequênciaabsoluta(FA),frequênciarelativa(FR)eresultadodotestedequi-quadradoparaavariável‘‘os profes-sores/treinadoressabemoqueéumprojetopolíticopedagógico’’

Origemdasescolasa

Privadas Municipais Estaduais Total

Sim FA 24 24 7 55

FR 68,6% 92,3% 77,8% 78,6%

Não FA 11 2 2 15

FR 31,4% 7,7% 22,2% 21,4%

Total FA 35 26 9 70

FR 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

p=0,082.

a Qui-quadrado=4,9.

Tabela2 Frequênciaabsoluta(FA),frequênciarelativa(FR)eresultadodotestedequi-quadradoparaavariável‘‘os profes-sores/treinadoresconhecemoprojetopolíticopedagógicodaescolaemqueatuam’’

Origemdasescolasa

Privadas Municipais Estaduais Total

Sim FA 16 24 6 46

FR 47,1% 92,3% 66,7% 66,7%

Não FA 18 2 3 15

FR 52,9% 7,7% 33,3% 33,3%

Total FA 34 26 9 70

FR 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

p=0,001.

a Qui-quadrado=13,5.

Tabela3 Frequênciaabsoluta(FA),frequênciarelativa(FR)eresultadodotestedequi-quadradoparavariável‘‘existênciade planejamentodasatividades’’

Origemdasescolasa

Privadas Municipais Estaduais Total

Sim FA 41 26 9 76

FR 87,2% 100,0% 100,0% 92,7%

Não FA 6 0 0 6

FR 12,8% 0% 0% 7,3%

Total FA 47 26 9 82

FR 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

p=0,90.

a Qui-quadrado=4,8.

Nasquestõesabertas,oprodutodecadaperguntapermitiu a captac¸ão de ideias centrais (ICs) que possibilitaram a construc¸ãodosdiscursosdosujeitocoletivo(DSCs).

Discursodosujeitocoletivo1:IdeiascentraisA ---Aspectosafetivo-sociais---referenteaosobjetivos daspráticasesportivasescolares

Integrac¸ãosocial,respeitomútuoelimites,disciplina,viver em sociedade, melhorar sua autoestima (medo, vergo-nha),terresponsabilidade, entreoutros.Devemaprender com o esporte a se tornar seres humanos inteligentes e

conscientes,poiso esporte éuminstrumento deinserc¸ão socialeformac¸ãocidadã.Ascrianc¸asdevemaprender valo-resquepossamlevarparaavida,comocooperac¸ão,respeito a si e aos outros, a respeitar regras, direitos e deveres, conhecerseucorpoemovimentoselimites.

Discursodosujeitocoletivo2:IdeiascentraisB ---Aspectosmotores---referenteaosobjetivosdas práticasesportivasescolares

(5)

Tabela4 Frequênciaabsoluta(FA),frequênciarelativa(FR)eresultadodotestedequi-quadradoparaavariável‘‘perspectiva temporaldoplanejamentodosprofessores/treinadores’’

Origemdasescolasa

Privadas Municipais Estaduais Total

Anualmente,mensalmente, semanalmenteediariamente

FA 18 12 3 33

FR 45,0% 46,2% 33,3% 44,0%

Mensalmente,semanalmentee diariamente

FA 9 4 1 14

FR 22,5% 15,4% 11,1% %

Semanalmenteediariamente FA 10 8 2 20

FR 25,0% 30,8% 22,2% %

Diariamente FA 3 2 3 8

FR 7,5% 7,7% 33,3% 10,7%

Total FA 40 26 9 75

FR 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

p=0,400.

aQui-quadrado=6,2.

Tabela5 Frequênciaabsoluta(FA),frequênciarelativa(FR)eresultadodotestedequi-quadradoparaavariável‘‘os profes-sores/treinadoresseguemfundamentac¸ãoteóricaparaplanejarseutreinamento’’

Origemdasescolasa

Privadas Municipais Estaduais Total

Sim FA 28 25 4 57

FR 59,6% 96,2% 40,0% 68,7%

Não FA 19 1 6 26

FR 40,4% 3,8% 60,0% 31,3%

Total FA 47 26 10 83

FR 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

p=0,001.

aQui-quadrado=14,7.

Tabela 6 Caracterizac¸ão das ideias centrais (IC), frequência epercentual para a variável ‘‘objetivosna perspectiva dos professores/treinadoresdastrêsredesdeensino’’

Privadas Municipais Estaduais Total

IC FA FR FA FR FA FR FA FR

A Aspectosafetivo-sociais 37 75,5% 15 57,7% 8 80% 60 70,6%

C Aspectosmotores 18 36,7% 18 69,2% 4 40% 40 47,1%

B Aspectoscognitivos 4 8,2% 8 30,8% 0 0% 12 14,1%

D Capacidadedecompetic¸ão 2 4,1% 1 3,8% 0 0% 3 3,5%

E Prazer 2 4,1% 0 0,0% 0 0% 2 2,4%

Total 49 100% 26 100% 10 100% 85 100%

oseuvocabuláriomotorcomapráticaesportivaescolare vivenciardiversosesportes,aprenderasdiversas modalida-des coletivas. Trabalhodas capacidadesfísicas, alémdas técnicas e táticas, que são fundamentais. Devem desen-volver todas as modalidades para quando chegar à fase adulta escolher o que mais gosta. Vivenciar um maior número de atividades esportivas na categoria de esporte de base e enfatizar o aprimoramento das habilidades fundamentais.

Discursodosujeitocoletivo1:IdeiascentraisA ---Fundamentosdoesporte(técnica)---referenteaos conteúdosdaspráticasesportivasescolares

(6)

Tabela7 Caracterizac¸ãodasideiascentrais(IC),frequênciaepercentual derespostasdapergunta:‘‘Nasuaopinião,que atividadesdevemserdesenvolvidasnapráticaesportivaescolar?’’

Privadas Municipais Estaduais Total

IC FA FR FA FR FA FR FA FR

A Fundamentosdoesporte 13 26,5% 9 34,6% 6 60% 28 32,9%

B Conteúdosgerais 13 26,5% 7 26,9% 3 30% 23 27,1%

C Atividadeslúdicas 8 16,3% 11 42,3% 0 0% 19 22,4%

D Jogos 5 10,2% 5 19,2% 2 20% 12 14,1%

E Exercíciosfísicos 2 4,1% 0 0,0% 3 30% 5 5,9%

F Conceitos 2 4,1% 1 3,8% 1 10% 4 4,7%

Total 49 100,0% 26 100,0% 10 100,0% 85 100,0%

Tabela8 Frequênciaabsoluta(FA),frequênciarelativa(FR)eresultadodotestedequi-quadradoparaavariável‘‘os profes-sores/treinadoresfazemavaliac¸ão?’’

Origemdasescolasa

Privadas Municipais Estaduais Total

Sim FA 27 21 9 57

FR 57,4% 80,8% 90,0% 68,7%

Não FA 20 5 1 26

FR 42,6% 19,2% 60,0% 31,3%

Total FA 47 26 10 83

FR 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

p=0,036.

a Qui-quadrado=6,6.

Tabela9 Caracterizac¸ãodasideiascentrais(IC),frequênciaepercentualderespostasdapergunta:‘‘Comoéfeitaaavaliac¸ão?’’ Privadas Municipais Estaduais Total

IC FA FR FA FR FA FR FA FR

A Observacional 11 40,7% 16 76,2% 4 44,4% 31 54,4%

B Avaliac¸ãoconceitual 3 11,1% 4 19,0% 0 0% 7 12,3%

C Frequência 6 22,2% 0 0% 0 0% 6 10,5%

D Observacionalcomregistro 3 11,1% 2 9,5% 1 11,1% 5 8,8%

E Competic¸ão 3 11,1% 0 0% 1 11,1% 4 7,0%

F Conversacomosalunos 2 7,4% 1 4,8% 1 11,1% 4 7,0%

G Testesfísicos 3 11,1% 0 0% 0 0% 3 5,3%

H Participac¸ão 0 0% 0 0% 3 33,3% 3 5,3%

I Avaliac¸ãopsicológica 1 3,7% 0 0% 0 0,0 1 1,8%

Total 27 100% 21 100% 9 100% 57 100%

Discursodosujeitocoletivo2:IdeiascentraisB ---Conteúdosgerais---referenteaosconteúdosdas práticasesportivasescolares

Omaiornúmeropossível,todasqueexecutemogestomotor, psicológicoesocialdopraticante.Todaaquelaque desen-volvae acrescentealgona crianc¸aem suapartemotorae social,todasúteisparadesenvolvimentoesportivodoaluno. Todasqueconduzirãooalunoaevoluirpsicológica,sociale fisicamente.Todasqueestiveremaoalcancedoprofessor.

Discursodosujeitocoletivo1:IdeiascentraisA ---Observacional---referenteàavaliac¸aodaspráticas esportivasescolares

(7)

em considerac¸ão se a crianc¸a consegue se desenvolver e interagircomoutras.Estabelecerdificuldadespara promo-verdesafios,observarocomportamentodecadaumedara soluc¸ão.

Discussão

Seráapresentadadeacordo comasvariáveisavaliadasno instrumento:a)oconhecimentodoresponsáveleovínculo dasPEEsaoprojetopedagógicodaescola;b)oplanejamento esuaperspectivatemporal;c)fundamentac¸ãoteóricapara fazeroplanejamento;d)osobjetivosdasPEEs;e)os conteú-dosdesenvolvidosnasPEEs;f)emcasoderespostapositiva, comoaavaliac¸ãoéfeita.

Com basenosquestionários aplicados,observou-seque poucos professores/treinadores não sabem o que é um projetopolíticopedagógico(PPP)ounãoconhecemtal docu-mentodaescolaemqueatuam(tabelas1e2).Assim,não estãodevidamentesintonizadoscomafilosofiapedagógica dasinstituic¸õesemquetrabalham.Azanha(2000)eBenites et al. (2008) citam que os cursos de licenciatura qualifi-camosprofessoresparaensinaralgoaalguémnumarelac¸ão individualizada,semdiscutir a integrac¸ão daac¸ão educa-tivanumaescola.Contudo,deacordocomaLDB,étarefa dos docentes participar daelaborac¸ão daproposta peda-gógicadoestabelecimentodeensino,assimcomoelaborar ecumprirplanosdetrabalho,segundoaproposta pedagó-gicadoestabelecimentodeensino(BRASIL,1996).Libâneo (2004)apontaqueumadasfunc¸õesdoprofessoré partici-parativamentedagestãodaescolae,paraisso,eleprecisa conhecer os objetivos e o funcionamento dessa, ou seja, seu PPP. O PPP é um documento que detalha os objeti-vos, asdiretrizes e as ac¸õesdo processo educativo a ser desenvolvidonaescola.AlémdeconheceroPPP,o profes-sordeveparticipardesuaelaborac¸ão.Cabesalientarque, paraoautor,aconstruc¸ãodaidentidadedoprofessorativo dependedeumaboaestruturadecoordenac¸ãopedagógica, deproporegeriroPPP,liderarainovac¸ãoefavorecer cons-tantementeareflexãonapráticaesobreaprática(Libâneo, 2004).

Amaioria dos professores/treinadores relatou que ela-boram o planejamento na perspectiva anual (tabelas 3 e 4).Destaca-seque10%dosprofessores/treinadores avalia-dosplanejamdiariamenteasatividades.ConformeLibâneo (2004),planejarconsistenumaatividadedepreveraac¸ão, ouseja,anteciparaprática.Comofoidito,oplanodeensino deveriaserelaboradoemconsonânciacomoPPPdaescola, oquenemsempreacontece.RossetoJúnioretal.(2008)são enfáticosaolembrarqueoplanejamentodeveser significa-tivoereal,possibilitaraescolhadosmelhorescaminhospara aaprendizagemefetivadosalunos.Deacordocomos mes-mosautores,apedagogiaapropriadapassanecessariamente pelaqualidadedoseuplanejamentoeexigeprofessorescom posturareflexivaeautônoma,tantonoplanejamentocomo napráticapedagógica.Portanto,verifica-seanecessidade dearticulac¸ãodestastrêsinstâncias---PPP,planejamentoe prática/atuac¸ão---paraqueo processonãosetorne buro-crático.

Nopresenteestudo,verificou-sequeboapartedos pro-fessores/treinadoresdeescolasprivadaseestaduaisrelatou nãoseguirumafundamentac¸ãoteórica(tabela 5).Osque

afirmambasear-seem fundamentac¸ãoteóricaofazempor meio de livros e artigos. Assim, a maioria dos professo-res/treinadoresdasescolasprivadaseestaduaisnãocitouas diretrizes dainstituic¸ãocomoparâmetro considerado.Nas escolas privadas,osresultados podemserexplicados pelo fato denão terem diretrizes estabelecidas(um programa escritoparacadamodalidade,porexemplo).Comrelac¸ãoàs escolasestaduais,nãoexisteumadiretrizúnica,ficaacargo dosprofessores/treinadoresasuaelaborac¸ão.Ressaltamos que o projeto exigido pelo Estado nãoincita um posicio-namentoaprofundadodopapeleducacionaldoesportenas turmasdetreinamento(ACDs),poistemmaiorênfase nos itens burocráticoscomo: listados alunos que comporão a turma,RGedatadenascimentodessesalunos(Cenp,2008), nãodemandamreflexãopedagógicaaprofundadadas moda-lidades desenvolvidas. Para Rosseto Júnior et al. (2008), a participac¸ão do professor/treinador na elaborac¸ão das diretrizes oudo currículo contribui para a reflexão sobre suapráticae suaeducac¸ão continuada.Osautores defen-dem a ideia de que o professor/treinador deve ser um protagonista docurrículo e refletirse ele:a)dialoga com a realidade; b) atende ao projeto educativo; c) inclui o aluno como sujeito daaprendizagem; d) concretiza-sena prática.

Ofatodeamaioriadosprofessores/treinadoresdas esco-lasestaduaiseprivadasrelatarquenãoseguediretrizesou umcurrículoépreocupante,poissãoessesmecanismosque definemasac¸õespedagógicas.Afunc¸ãodasdiretrizesé,a partirdoprojetopolíticopedagógicodaescola,definir obje-tivos,conteúdoseindicadoresdeavaliac¸ãoparaaspráticas esportivas.Aformac¸ãopedagógicadosprofessores(os cur-sos de graduac¸ão)pode explicar taisresultados, uma vez quepesquisasapontamparaumcurrículodeformac¸ão ini-cialemformatode‘‘mosaico’’, noqualasdisciplinasnão apresentaminter-relac¸ões(Gonzalez,2004;Benitesetal., 2008; Neira, 2009), o que contribui para o antagonismo existenteentreteoriaeprática:asdisciplinasteóricasnão dialogamcomaspedagógicas(Daólio,1998;Benitesetal., 2008).

Verificou-seque,naopiniãodeprofessores/treinadores, osaspectosafetivo-sociaisemotoressãoosprincipais obje-tivosdasPEEs(tabela6).Quantoaosconteúdos,observou-se que os mais citados pelos professores/treinadores foram osfundamentos doesporte econteúdos gerais(tabela 7). Otreinamentomultilateraleoensinodehabilidades bási-casnãoforamcitadoscomoasprincipaisformasmotorasde sedesenvolverosconteúdos.ParaGrecoeBenda(1998)e Böhme(2000,2002,2004)ainiciac¸ãoesportivadeve propor-cionarumavivênciadiversificadademovimentos,pormeio daaplicac¸ãoedacombinac¸ãodehabilidadesmotoras fun-damentais(estabilizadoras,locomotorasemanipulativas)e específicas(fundamentosdoesporte).

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ou seja, a competic¸ão de alto nível. Tal fato pode ser atribuídoa problemas existentes na formac¸ão inicial, tais como:a)reproduc¸ãodoesporteinstitucionalizado,pormeio deumensinotecnicistae acrítico(Castellani Filho,1998; Daólio,1998);b)desconsiderac¸ãodasdimensõeshistóricas, culturais,sociológicas,econômicas,como,porexemplo,o fenômenodemarketingetc.(CastellaniFilho,1998;Daólio, 1998);c)entendimentodaaula comoumespac¸ofechado, semaparticipac¸ãodograduandonasdecisõessobreo pla-nejamentoeaimplantac¸ãodasdisciplinas,oquecolocao alunoemumaperspectivapassiva(Benitesetal.,2008).

Os professores/treinadores citaram conteúdos proce-dimentais que envolvem principalmente ac¸ões motoras. Contudo,alémdos conteúdosprocedimentais,os parâme-troscurricularesnacionaispreconizamconteúdosatitudinais (valores,atitudesenormas)econceituais(conceitose prin-cípios)(BRASIL,1997;BRASIL,1998;FerrazeMacedo,2001; Ferraz,2002).Osconteúdosconceituaiseatitudinaisforam citadosporpoucosprofessores/treinadores.RossetoJúnior etal.(2008)citamque,emboraasdimensõesdeconteúdo possamseranalisadasseparadamente,elasacontecemese concretizamsimultaneamentenapráticapedagógica.Para osautores,seoprofessor/treinadornãoplaneja,acabapor mediareavaliaraaprendizagemsomenteemumadimensão doconteúdo.

A ideia central dos conteúdos gerais, descrita por algunsprofessores/treinadores,podeindicarque têm difi-culdadedeselecionarconteúdosqueatendamaosobjetivos das PEEs. No itemanterior, observou-se que os professo-res/treinadoresoptamporobjetivosafetivo-sociais,pouco contempladosnosconteúdos.Essadificuldadedeselecionar conteúdosemétodosdeensinoquesejamcoerentescomos objetivospodeserexplicadapelaslacunasdessestemasnas publicac¸õesprofissionais e científicas da área,bem como noscursosdegraduac¸ão.

Com relac¸ão à avaliac¸ão, nas escolas municipais, conformeoprogramaSegundoTempo,oacompanhamentoe aavaliac¸ãosãopermanentes.OSegundoTempodesenvolve um processo de acompanhamento pedagógico e adminis-trativo do programa a partir de uma rede de equipes colaboradoras,constituídacomoapoiotécnicodas universi-dadesfederaisresponsáveis,sobcoordenac¸ãodaSecretaria NacionaldeEsporteEducacional,peloassessoramento téc-nico/pedagógico, pela capacitac¸ão de coordenadores de núcleos e pelo acompanhamentoin loco daexecuc¸ãodos convênios. Contudo, nas func¸ões estabelecidas por tal grupo,nãosedescreveaperspectivadeavaliac¸ãoproposta. Éimportantedestacarque,namaiorpartedosprogramas, nãoexistemestratégiasdecontrole,comrelac¸ãoaos seguin-tes itens (principalmente no que concerne aos impactos sociais):a)osalunosparticipantesdoprogramaque aumen-taram o nível de envolvimento em atividades esportivas; b) se os alunos reivindicam espac¸os adequados ao poder público,paraapráticaesportiva;c)seosalunosseenvolvem progressivamente na apreciac¸ão deespetáculose eventos esportivos; d) se houve melhoria no rendimento escolar, entre outros. Para essas avaliac¸ões, em nossa opinião, uma possibilidade interessante seria o estabelecimento de parcerias com universidades, inclusive as particula-res, paradescentralizac¸ão dos procedimentos e obtenc¸ão de indicadores que vão além da frequência de alunos no projeto.

Conclusões

Independentementedaorigemdaescola(privada,estadual oumunicipal),poucosprofessores/treinadoresnãosabemo que é umprojeto políticopedagógico (PPP) e alguns não conhecemoPPPdaescolaemqueatuam.Metadedos pro-fessores/treinadores de escolas privadas e estaduais não seguefundamentac¸ãoteóricaeasescolasestaduaise pri-vadasnãotêmumprogramaespecíficodeesporteparasua unidade(currículo).Osprofessores/treinadoresdeescolas municipais,porsuavez,seguemoprogramaSegundoTempo. Aausênciadeumprogramaespecíficoqueorganizeas prá-ticas esportivas escolares (PEEs) dificulta a inter-relac¸ão com outras disciplinas curriculares (como, por exemplo, aeducac¸ão físicaescolar)ouatividadesextracurriculares, bemcomoainterac¸ãocomoPPPdaescola.

Verificou-se que os aspectos afetivo-sociais foram os principaisobjetivosdasPEEsequeosconteúdosmais cita-dosforamosfundamentosdoesporte e conteúdos gerais. Todavia, os professores/treinadores têm dificuldade em selecionarconteúdosqueatendamaosobjetivospropostos nasPEEs.Otipodeavaliac¸ãomaisfeitoéoobservacional, masa maioria dos professores/treinadores não usa regis-tros(relatórios,questionários etc.)que permitamauxiliar a sistematizac¸ão desse tipo de avaliac¸ão. Sugere-se uma atenc¸ãoàspolíticasdeformac¸ãocontinuadaeàorganizac¸ão curriculardoscursosdeformac¸ãoinicial,demaneiraa pos-sibilitarumamelhorarticulac¸ãoentreteoriaeprática,além deumaaproximac¸ãomaisadequadaàrealidadeprofissional presentenosprogramasesportivosextracurriculares.

ApesardopotencialdasPEEsparacontribuirnaformac¸ão para a cidadania, de acordo com o perfil dos professo-res/treinadoresna cidade de Santos(SP) observamos que tal fato possivelmente nãoocorre, pois, em sua maioria, osprofessoresnãousufruemdeumprogramadeformac¸ão profissionaladequadoaessafinalidade.Alémdisso,os pro-fessoresdescrevemqueoesporteministradoestádistante doprojetopolíticopedagógicodasescolas.

Acreditamos que a presente pesquisa possa subsidiar futuras discussões sobre programas de formac¸ão espor-tiva extracurriculares no contexto escolar, uma vez que os professores responsáveis por essa formac¸ão são figu-ras determinantes e constituem o elo fundamental de umprocessoeducativodemocrático.Além disso,paraque possamos, a partir do diagnóstico apresentado, elaborar políticaspúblicas que se preocupem em avaliar/controlar programas de formac¸ão esportiva extracurriculares numa perspectivaqualitativa,sobretudodoplanejamentodos pro-fessores/treinadores.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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