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Efeitos metabólicos do exercício físico na obesidade infantil: uma visão atual.

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(1)

RevPaulPediatr.2015;33(1):122---129

www.rpped.com.br

REVISTA

PAULISTA

DE

PEDIATRIA

ARTIGO

DE

REVISÃO

Efeitos

metabólicos

do

exercício

físico

na

obesidade

infantil:

uma

visão

atual

Santiago

Tavares

Paes

a,∗

,

João

Carlos

Bouzas

Marins

b

e

Ana

Eliza

Andreazzi

a

aUniversidadeFederaldeJuizdeFora(UFJF),JuizdeFora,MG,Brasil

bUniversidadeFederaldeVic¸osa(UFV),Vic¸osa,MG,Brasil

Recebidoem12demarçode2014;aceitoem4dejulhode2014 DisponívelnaInternetem4defevereirode2015

PALAVRAS-CHAVE

Exercíciofísico; Obesidade pediátrica;

Nutric¸ãodacrianc¸a; Metabolismo

Resumo

Objetivo: Revisaraliteraturaatualarespeitodosefeitosdoexercíciofísicosobrediferentes

variáveismetabólicasdaobesidadeinfantil.

Fontesdedados: ApesquisafoifeitanasbasesdedadosPubmedeWebofScience.Os

descri-toresusadosforam:obesity,childrenobesity,childhoodobesity,exerciseephysicalactivity.A

pesquisaeletrônicafoifeitacombasenosestudospublicadosdeabrilde2010adezembrode

2013,emidiomainglês.

Síntesedosdados: Orastreamentodosestudoscomosdescritoresencontrou88.393.Após

cru-zamentoentreosdescritores,obtiveram-se4.561.Desses,depoisdaanálisedostítulos,foram

cogitados182relevantesreferências,submetidosentãoaoscritériosdeinclusão/exclusão,e

totalizaram,nofim,39.Amaioriadosestudosrelacionouapráticadeexercíciosfísicos

aeróbi-coseresistidosàmelhoriadacomposic¸ãocorporal,àregulac¸ãodoperfillipídicoemetabólicoe

aoestadoinflamatóriodecrianc¸aseadolescentesobesos.Entretanto,amagnitudedosefeitos

estáassociadaaotipo,àintensidadeeàdurac¸ãodaprática.

Conclusões: O exercício físico, independentemente do tipo, mostra-se capaz de promover

adaptac¸õespositivassobreaobesidadeinfantil,principalmenteporatuarnarestaurac¸ãoda

homeostasecelularesistemacardiovascular,namelhoriadacomposic¸ãocorporal etambém

aumentodaativac¸ãometabólica.

©2014Associac¸ão dePediatriade SãoPaulo.Publicado porElsevier EditoraLtda.Todosos

direitosreservados.

Autorparacorrespondência.

E-mail:santtpaes@hotmail.com(S.T.Paes). http://dx.doi.org/10.1016/j.rpped.2014.11.002

(2)

KEYWORDS

Exercise;

Pediatricobesity; Childnutrition; Metabolism

Metaboliceffectsofexerciseonchildhoodobesity:acurrentvision

Abstract

Objective: To review the current literature concerning the effects of physicalexercise on

severalmetabolicvariablesrelatedtochildhoodobesity.

Datasources:AsearchwasperformedinPubmed/MedlineandWebofSciencedatabases.The

keywords used were as follows: Obesity,Children Obesity, ChildhoodObesity, Exercise and

PhysicalActivity.TheonlinesearchwasbasedonstudiespublishedinEnglish,fromApril2010

toDecember2013.

Datasynthesis: Searchqueriesreturned88,393studiesbasedontheaforementionedkeywords;

4,561 studies were selectedby crossing chosen keywords.After applyinginclusion criteria,

fourstudieswereselectedfrom182eligibletitles.Moststudieshavefoundthataerobicand

resistancetrainingimprovesbodycomposition,lipidprofileandmetabolicandinflammatory

statusofobesechildrenandadolescents;however,themagnitudeoftheeffectsisassociated

withthetype,intensityanddurationofpractice.

Conclusions: Regardlessoftype,physicalexercisepromotespositiveadaptationstochildhood

obesity, mainly acting torestore cellular andcardiovascular homeostasis, to improve body

composition, andtoactivatemetabolism;therefore,physicalexerciseactsasaco-factorin

combatingobesity.

© 2014Associac¸ão dePediatria deSãoPaulo. Publishedby Elsevier EditoraLtda. Allrights

reserved.

Introduc

¸ão

Aobesidadeéumdistúrbiometabólicocaracterizadoporum estadoinflamatóriocrônicoeacúmuloexcessivodegordura corporal,queapresentaumrisco paraasaúdeecontribui paraodesenvolvimentodeoutraspatologias,comodiabetes melittustipo2,hipercolesterolemia, hipertensãoarterial, doenc¸as cardiovasculares, síndrome de apneia obstrutiva dosono,comprometimentososteomioarticularesediversos tiposdecânceres.1,2

Aetiologiadaobesidadepareceestarvinculadaa inúme-rosfatores,taiscomopolimorfismos gênicos,3,4 disfunc¸ões da sinalizac¸ão de hormônios hipotalâmicos vinculados à saciedade, apetite e fome,5,6 aumento da liberac¸ão de adipocinas pró-inflamatóriaspelo tecidoadiposo brancoe balanc¸oenergéticopositivo,noqualaaltaingestãocalórica total,emespecialoconsumoelevadodealimentos energéti-cos,ricosemgordurassaturadas,7ac¸úcaresesal,ultrapassa anecessidadecalóricadiária.8

Odesenvolvimentodaobesidadeemestágiosiniciaisda vida está associado à manutenc¸ão do estado fisiopatoló-gico durante a vida adulta. Aobesidade infantilpode ser definida como um quadro de acúmulo excessivo de gor-dura corporal no tecido adiposo durante a infância, com implicac¸ões negativas para a saúde.9 A prevalência mun-dial da obesidade infantil vem apresentando um rápido aumentonasúltimasdécadaseécaracterizadacomo epide-miamundial.9Nasúltimasdécadas,ascrianc¸astornaram-se menos ativas, provavelmente incentivadas pelos avanc¸os tecnológicos e fatoressocioeconômicos.10 A obesidadena infânciaéomaisimportantefatorderiscoconhecidopara as doenc¸as cardiovasculares na vida adulta e esses fato-res,apresentadosnainfância,seampliamposteriormente. Por isso, é necessário combatê-losdesde fases iniciais da vida,especialmenteem relac¸ãoahábitosassumidos nesse período.11

Estão comprovadososbenefícios que o exercíciofísico promoveparaa saúdedaspessoas, poratuarna melhoria da aptidão cardiorrespiratória, da composic¸ão corporal e dobem-estar psicossocial,entreoutros.Oexercíciofísico temsidousadocomoimportanteferramentanaprevenc¸ão enotratamentodaobesidade12pordesenvolverqualidades físicas que modificam positivamente a composic¸ão corpo-raleaatividademetabólicaeporatenuarascomorbidades associadasaoexcessodepeso.4,13-15

Demonstra-se associac¸ão inversa entre nível de ativi-dadefísicaedesenvolvimentodaobesidade,principalmente em estágios iniciaisdavida,9,11,16,17 o que justifica a ade-sãoaessaspráticasespecialmenteemcrianc¸as.Enquanto, para a populac¸ão adulta, estão bem estabelecidas as recomendac¸õesda práticadeatividade físicanocombate àobesidadeeaosseusefeitos,paraapopulac¸ãopediátrica, amagnitudedovolume,daintensidadeedafrequênciade atividadeaindaécontroversa.12

Vistoque amaioriadasrecomendac¸õesclínicasde tra-tamento da obesidade se baseia na união de diversas intervenc¸õescomomudanc¸adehábitosalimentares,usode medicamentos,práticaderegularatividadefísicaeoutras, énecessárioidentificar,avaliarouquantificaramagnitude dacontribuic¸ão das possíveisformas detratamento. Por-tanto,dadoocarátermultifatorialdaobesidade,épreciso explicitar,defato,ograudecontribuic¸ãodoexercíciofísico naatenuac¸ãoe notratamento daobesidadeinfantiledas comorbidadesaelaassociada.

Assim,oobjetivo dopresenteestudofoirevisara lite-raturaatualemrelac¸ão aosefeitos doexercíciofísiconas diferentesvariáveismetabólicasdaobesidadeinfantil.

Método

(3)

124 PaesSTetal.

Seleção dos estudos adequados aos critérios de inclusão

(n = 39)

Seleção dos estudos entre 2010 e 2013 (n = 182)

Seleção dos estudos envolvendo exercício físico e obesidade infantil

(n = 4561) Levantamento dos estudos envolvendo obesidade e exercício físico (n = 88393)

Figura1 Selec¸ãodosartigosdoestudo.

variáveismetabólicasenvolvidas na obesidadeinfantil.As bases de dados usadas foram Pubmed/MedLine e Web of Science.Osdescritoresaplicados foram: obesity,children obesity, childhood obesity, exercise e physical activity. A pesquisaeletrônica foibaseadanosestudospublicadosde abrilde2010atédezembrode2013.Dessamaneira, buscou--sefocalizar os achados maisatuais daliteratura sobreo tema. Foram considerados critérios de inclusão estudos randomizados e controlados que envolveram populac¸ão pediátricaem tornode12anos,publicadoseminglês,que relacionaramosefeitos doexercício físicosobrevariáveis metabólicasassociadasàobesidadeinfantil.Inicialmente, apósumaamplaselec¸ão,osartigosforamsistematicamente lidos,analisadose relacionadoscomintuito deconfrontar asvariáveisdeinteressedoestudocomosachadosda lite-ratura.Afigura1demonstraodelineamentodaselec¸ãodos estudos.

Resultados

e

discussão

Os principais efeitos metabólicos identificados do exer-cício físico sobre a obesidade infantil são descritos na

tabela1.

Exercíciofísico,taxametabólicaeperfillipídico

Os resultados desta revisão evidenciam o poder que a práticasistematizadaeorientadadoexercíciofísico desem-penhasobrevariáveis metabólicasassociadasà obesidade infantil.9,10,16-18 As evidênciasassociam a práticade exer-cícios à melhoria da composic¸ão corporal e à promoc¸ão

depotencialidadesfisiológicas queenvolvemmodificac¸ões positivas no que diz respeito à promoc¸ão de saúde e ao condicionamentofísico.

Osprincipaisefeitosfisiológicosemetabólicos proporci-onados peloexercício físico, tanto agudoquanto crônico, de uma maneira geral são: aumento da massa muscular esquelética,ganhodeforc¸a,propriocepc¸ão,diminuic¸ãodos estoquesdegordura,aumentodogastocalórico,aumento dataxametabólicaderepouso, aumentodatolerância ao usodaglicosecomosubstratoenergético,melhoriada sensi-bilidadeinsulínica,diminuic¸ãodoestadoinflamatório,entre outros.12,17,18

O aumento do gasto energético secundário ao exercí-ciofísicoacontecepeloestímulodasreac¸õesmetabólicase pelapotencializac¸ãodousodesubstratosenergéticospela musculaturaativa.Issoocorretantodeformaagudaquanto poradaptac¸õesfisiológicasqueestimulamometabolismoao longododia.14Atividadesdelazerdemoderadaintensidade epraticadascomcaráterlúdicopor12semanasse mostra-ram eficientes na atenuac¸ão dadislipidemia e de fatores hemodinâmicos associadosàpioriadoestadodesaúdede crianc¸as obesas, com média de índice de massa corporal (IMC)de40kg/m2.18

LevantamentofeitoporEscalanteetal.19 relatouqueo exercíciofísicoécapazdereduziraslipoproteínasdebaixa densidade (LDL) em até 35% e os triacilgliceróis em 40%, alémdeaumentaraslipoproteínasdealtadensidade(HDL) ematé25%.Dessamaneira,oexercíciofísicoéconsiderado pordiversosautorescomoaprincipalferramentapara ate-nuar osdanosassociados à obesidadeinfantil.9,12,16 Makni etal.20 avaliaramacorrelac¸ãoentreotestedecaminhada de seis minutose o uso de gordura como substrato ener-gético (FatMax)em 131crianc¸as obesas(12,4±0,4 anos). O estudo demonstrou que a distância percorrida durante o testeestá significativamente correlacionada à frequên-cia cardíaca máxima alcanc¸ada no fim da caminhada e talcorrelac¸ãoépositivaparameninos(r=0,88)emeninas (r=0,81). Dessamaneira, os pesquisadores demonstraram queotestedecampoécapazdequantificarataxalipolítica dacrianc¸aobesa,ouseja,oquantoela écapazde meta-bolizaragorduracomo substratoenergético, oquefazdo testedecaminhadaumaboaferramentaclínicaparaa esti-mativadegastocalórico.Naausênciadeergoespirômetro, essesimples testede campopoderiaser usadopara esti-maroVO2máx eestratificar ascargasdetreinamentofísico aeróbicoemjovensobesos.20

Destaca-se, portanto, o papel benéfico do exercício físico na regulac¸ão do perfil lipídico de crianc¸as obesas e como atenuador dos fatores de risco associados à sín-drome metabólica, estado patológico que envolve, além dascaracterísticasdislipidêmicaeobesogênica,hipertensão arterialsistêmica,resistênciainsulínicaeglicemiaalterada dejejum.11,16-18,21,22

Exercíciofísicoeestadoinflamatório

(4)

metabólicos

do

exercício

físico

na

obesidade

infantil

125

Tabela1 Principaisefeitosmetabólicosdoexercíciofísicosobreaobesidadeinfantil

Referência Origem (n)F-M Idade

(anos)

Estadonutricional Parâmetrosavaliados Tipodeexercício Resultados

Militãoetal.,201337 Brasileiros 34(17-17) 9-11 Sobrepesoseobesos Dispêndioenergéticoe

Hábitosdesaúde

Atividades recreacionais

↓%G↓PAS↓CT↓TG

↓LDL↑VO2max

Lagunaetal.,201329 Espanhóis 437(227-210) 8-11 Sobrepesoseeutróficos VFCerisco

cardiometabólico

cicloergômetro Inversaassociac¸ãoentre VFCeIMC

Schranzetal.,201338 Australianos 56(0-56) 13-17 Sobrepesoseobesos Treinamentoderesistência

ecomposic¸ãocorporal

Resistido ↑MM;↓%Ge↓IMC

Laietal.,20133 Chineses 88(48-40) 10-16 Obesos PolimorfismoGenéticoe

exercício

Aeróbico ↓FCRepouso;↓%G↓IG

↓Dislipdemia Leeetal.,201235 Americanos 45(0-45) 12-16 Obesos Efeitosmetabólicosdo

exercíciofísicodotipo aeróbicoeresistido

Aeróbicoe resistido

↑MM;↓%G;↓IMC

↑VO2max;↓PC

Davisetal.,201236 Americanos 222(128-94) 9-10 Sobrepesoseobesos Dosedeexercíciofísicoe

riscodeDMT2

Aeróbico ↓IG;↓RI;↓%G;↓IMC

Araujoetal.,201232 Brasileiros 30(21-9) 8-12 Obesos Treinamentoderesistência

eresistido

Aeróbicoe resistência

↑VO2max;↓IG; ↓Insulinemia;↓IMC Parketal.,201228 Coreanos 29(15-14) 11-12 Sobrepesoseobesos Atividadefísicaedisfunc¸ão

endotelial

Aeróbicoe resistência

↑VO2max;↓CA;↓IMC; ↑NO;↑Vasodilatac¸ão Maknietal.,201220 Tunisianos 131(63-68) 12-14 Obesos Testedecampoetaxa

lipolítica

Caminhada Correlac¸ãoVO2maxe%G

Legantisetal.,201230 Gregos 48(23-25) 10-11 ObesoseEutróficos Aptidãocardiorrespira-tória

erespostahemodinâmica

Preensão

isométricaManual

↑ANS;↑DC;↑PAS

Wooetal.,201226 Coreanos 39(19-20) 10-12 Obesoseeutróficos Destreino,adipocinase

perfillipídico

Aeróbico Efeitonegativoda↓NAF sobreperfillipídico Plonkaetal.,201125 Polonesas 59(59-0) 9-15 Eutróficas Níveldeatividadefísicae

leptina

Gastoenergético diário

Correlac¸ãonegativa entreNAF,leptinae acúmulodegordura Zorbaetal.,201118 Turcos 40(0-40) 11-12 Obesos Efeitosdoexercíciofísico

sobrerisco cardiometabó-lico

Aeróbicoe atividades recreacionais

↓%G;↓CT;↓TG;↓LDL;

↓Insulina;↑HDL

Rosaetal.,201123 Americanos 66(32-34) 11-14 Obesoseeutróficos Exercíciofísicoecitocinas

inflamatórias

Aeróbico intervalado

↑Inflamac¸ãoaguda nosobesos

Velezetal,201039 Hispânicos 28(13-15) 15-16 Sobrepesoseobesos Treinamentoderesistência

ecomposic¸ãocorporal

Resistido ↑MM;%G;↓IMC

(5)

126 PaesSTetal.

Todavia, osestudosdemonstram que aprática regularde exercíciosfísicosestárelacionadaàreduc¸ãodoestado infla-matóriosistêmicopresentenaobesidadeinfantil.24

Laietal.3avaliaram,em88crianc¸aschinesas,arelac¸ão dopolimorfismodaadipocinavistatina,recentemente des-coberta, sobre variáveis metabólicas. Os pesquisadores investigaram a relac¸ão da vistatina e o efeito de um programa de treinamento aeróbico (20-40%da frequên-cia cardíaca de reserva), feito quatro vezes por semana durantequatro semanas.Os resultadosdemostraram uma diminuic¸ão maisacentuada dosníveis detriacilgliceróis e sensibilidade insulínica das crianc¸as que apresentavam o polimorfismodessaadipocinapró-inflamatória.Rosaetal.24 relataram reduc¸ão de 92% da concentrac¸ão de adipocina pró-inflamatóriainterleucina-6emetabólitosoxidativosda mieloperoxidaseem 47crianc¸as obesassubmetidasa trei-namentointermitentecomsprintsdeciclismoà80%VO2max. EstudodePlonkaetal.25avaliouarelac¸ãoentreleptina séricae nívelde atividade físicaem 59 escolaresobesas. Consideraram-secomoativas asmeninasquegastavam no mínimoduashorasdodiaematividadesfísicas.Concluiu-se que, entre as estudantes ativas, a concentrac¸ão de lep-tinaséricaeratrêsvezesmenordoqueentreasinativas,o quesugereumamelhoriadasensibilidadeàac¸ãodaleptina dasmeninasativas.Corroborandoosachados,Wooetal.26 relataramreduc¸ãosignificativadaconcentrac¸ãodeleptina séricaeaumentodeadiponectinaemcrianc¸ascoreanas obe-sasentre10e12anossubmetidasatreinamentoaeróbico demoderadaintensidadepor12semanas.Ademais,mesmo apósainterrupc¸ão dotreinamento, aconcentrac¸ão sérica dessasadipocinaspermaneceuinalteradapelostrês meses subsequentes,períodoemqueascrianc¸asnãofizeram exer-cíciosfísicos.

Oexercíciofísicomostra-secapazdediminuiroestado inflamatório sistêmico, um dos fatoresfisiopatológicos da obesidade. A diminuic¸ão desse quadro acarreta a melho-ria da func¸ão de diversos sistemas. Paralelamente, a restaurac¸ão da sinalizac¸ão celular em nível molecular é capazdeagirpositivamentesobreacomunicac¸ãocelulare todasascascatasdereac¸õesbioquímicasvinculadasaos sis-temasmetabólicoseaousodeglicose,aminoácidoseácidos graxoscomofonteenergética.

Exercíciofísicoefatoresderiscocardiovascular eneural

A disfunc¸ão metabólica e hormonal desencadeada pela obesidadeinfantilestáassociadaafatoresderisco cardio-vascularporinduziralterac¸õessistêmicasque,nodecorrer davida, podem gerarlesões a nível cardiovascular, cujos desfechos podem culminar em óbito. Portanto, é preciso incentivarmedidas preventivas ou paliativasque visem a atenuartaisfatoresderisco.27

Demonstra-sequeapráticaregulardeexercíciosfísicos é capaz de promover, já na infância, adaptac¸ões cardio-vasculares positivas. Park et al.28 avaliaram o efeito de umprogramadetreinamentoaeróbico eresistido sobrea func¸ãodecélulasendoteliaisem29crianc¸asobesasdurante 12 semanas. O treinamento aeróbico era constituído de 30 minutos de caminhada rápida (aproximadamente 60% dafrequência cardíaca de reserva). O exercício resistido

consistia narealizac¸ãodeumcircuito comtrês exercícios de contra-resistência para membros superiores e quatro paramembrosinferiores,constituídosde8-12repetic¸õese intensidade de60% damáxima repetic¸ão voluntária (RM). Os pesquisadores evidenciaram um aumento duas vezes maior em três tipos de células progenitoras endoteliais, ou seja, o treinamento físico foi capaz de estimular um aumento da capacidade vasodilatadora endotelial, o que geraimpactopositivosobreofluxosanguíneoparaocorpo, diminuiaforc¸adeejec¸ãoventricularediminuiasobrecarga cardíaca.

O tempo de recuperac¸ão da frequência cardíaca pós-exercício físico pode ser usado como importante fer-ramentapara mensurar o controle, em nívelautonômico, docorac¸ão.Dessamaneira,amagnitudedodecréscimodo númerodebatimentoscardíacosapósumaatividade, den-trodeumcurtotempo, parecerefletir oníveldeaptidão cardiovascular de um indivíduo. Todavia, pessoas obesas apresentam já na infância um desbalanc¸o desse controle involuntáriosobreocorac¸ão,ouseja,necessitamdemaior tempodedescansopararestaurarafrequênciacardíacade repouso apósoesforc¸o físico.Lagunaetal.29 fizeram tes-tesdeesforc¸omáximoemcicloergômetroem437crianc¸as espanholasobesas,comidademédiadenoveanos,e verifi-caramumarelac¸ãopositivaentreotempoderecuperac¸ão dafrequênciacardíacadeesforc¸ocomfatoresderisco car-diometabólico nessa populac¸ão, ou seja, quanto maior o tempo de restaurac¸ão dos batimentoscardíacos máximos atéorepouso,menoraeficiênciadotrabalhocardíaco.

Corroborandoessesachados,Legantisetal.30 avaliaram o efeito daaptidão cardiorrespiratória e daobesidadena respostahemodinâmicade24crianc¸asobesas,fisicamente ativaseinativas,submetidasaexercícioisométricode pre-ensãomanuala30%daRMdurantetrêsminutos.Ascrianc¸as obesas inativas apresentaram maiores valores de pressão arterialsistólicanorepousoeduranteacontrac¸ãomuscular isométrica,emcomparac¸ãocomascrianc¸asobesasativas. Adicionalmente, foram observados valores mais elevados de atividade nervosa simpáticamuscular, débito cardíaco econsumodeoxigênioentreasinativas.Ainatividadefísica promove noindivíduoumadiminuic¸ãodaeficiência mecâ-nicafrenteaumdeterminadoesforc¸o,ouseja,aobesidade diminuiacapacidademetabólicadegerartrabalhomuscular esuportarademandaenergéticadaatividadefísica.Assim, quantomenorforaeficiênciaaeróbicadoindivíduofrente a um estímulo, menor será a capacidade de suportar, ao longodotempo,aintensidadedeumatarefa.Essesachados demonstramqueocondicionamentofísicoadequado éum bompreditordesaúdecardiovascular,independentemente daobesidade,ou seja,a aptidão cardiorrespiratóriapode desempenharumpapeldeprotec¸ãoaocorac¸ãodoindivíduo obeso,mesmoduranteainfância.

(6)

Efeitodostiposdeexercíciofísico

O aumento da capacidade aeróbica está associado inver-samente ao acúmulo de gordura e a fatores de risco cardiovascular.DeacordocommetanálisefeitaporSaavedra etal,31 amelhoria docondicionamentoaeróbico desenca-deiaumasériedeestímulosfisiológicosquepotencializama captac¸ãodeoxigênioeousodosácidosgraxoscomofonte deenergia,oquereduzosdepósitosdegorduracorporale diminuiosíndicesdeobesidade.

EstudodeAraujoetal.32demonstrouaumentodoVO 2máx em39crianc¸asobesassubmetidasaumprotocolode treina-mentode12semanas,comtreinoderesistênciaaeróbicaa 80%dafrequênciacardíacapicoetreinamentointervalado comsprints.Houve aumentosignificativonoVO2 absoluto (26% vs. 19%) e VO2 pico relativo (13,1% vs. 14,6%), bem comonasensibilidadeinsulínica.Entretanto,essaproposta de treinamento não demonstrou reduc¸ão significativa de gorduracorporal,tampoucodosvaloresséricosdeglicemia, colesterol,triacilgliceróiselipoproteínas.Todavia,apenas foimensuradaagordurasubcutânea,nãoforamverificados osdepósitos viscerais. Sabe-seque a gordura visceral é a metabolicamente maisativa e relacionada às morbidades cardiometabólicas. Nessesentido, essesresultados devem serconsideradoscomcautela,poisgrandepartedosestudos demonstrarespostaspositivasrelacionadasaosparâmetros metabólicos vinculados à obesidade e a prática exercício físicotantodotiporesistidoquantoaeróbico.31,33

Estudo desenvolvido por Ando et al.34 evidenciou um aumento do uso de gordura como substrato energético 24horas apósapráticadeexercícioaeróbico contínuoou intermitente.Entretanto, a magnitudedo uso degordura nas24horassubsequentesàpráticafoimaiornosindivíduos submetidosaotreinamentointermitente,oquesugereque aintensidade,apesardarelevância dascargasdevolume, podeser um importante fator que modula o grau de dis-pêndioenergético.Dessamaneira,sugere-sequeatividades fracionadasaolongododia,commaiorintensidadeemenor volume,possamcausarmaiorimpactosobreo gasto ener-géticodiário.

Leeetal.35 acompanharamportrêsmesesosefeitosde exercíciosfísicos dotipoaeróbicoeresistido em32 meni-nos pré-adolescentes obesos sobre o acúmulo de gordura abdominal,hepática,intramiocelular esensibilidade insu-línica.Ambososexercíciospromoveramreduc¸ãodosníveis degorduravisceraleintramiocelular,entretantosomenteo exercíciodecontra-resistênciapromoveuaumento significa-tivodasensibilidadeinsulínica.Ospesquisadoresatribuíram o aumento da melhoria dessa sensibilidade ao fato de o exercícioresistidopotencializaroníveldecontrac¸ão mus-cularlocalizadoepromoverummaiorestímulodeproteínas translocadorasdeglicoseparadentrodacélula.

Em relac¸ão ao volume de treinamento, Davis et al.36 avaliaram a ac¸ão de diferentes volumes de treinamento aeróbicoem 222 crianc¸as portadorasdesobrepeso e obe-sidadeaolongode13semanas,comcincosessõesdetreino porsemana.Aintensidadedotreinamentoaeróbicofoide 65%doVO2max,osvolumesforamde20e40minutospor ses-sãoeosparâmetrosanalisadosforamresistênciainsulínica eacúmulodegorduravisceral.Tanto20quanto40minutos dedurac¸ãodasessãodetreinoproporcionarammelhoriana

sensibilidadeinsulínicaereduc¸ãodegorduravisceral. Toda-via,ogrupode40minutosapresentouumamelhoriade83% dasensibilidadeinsulínica.Omesmoocorreuparaareduc¸ão degorduravisceral,cujareduc¸ãofoi72%superioraogrupo controle.

Atividades recreativas são também eficientes para promover a atenuac¸ão dos fatores de risco daobesidade infantil.Militãoetal.37acompanharam34escolaresobesos entre9 e 11 anos, durante o período de intervalo entre aulas. O estudo demonstrou que um programa de 10 semanas de exercício recreativos aliado a um programa de orientac¸ão de hábitos de vida saudáveis foi capaz de aumentar os valores de o VO2max e reduzir os valores deLDL,triglicérides,colesteroltotalepressãoarterial.

Quantoaotreinamentoresistido,osestudoscomcrianc¸as obesassãolimitados,devidoàdificuldadedequantificar car-gasdetreinamento.Entretanto,pesquisasquerelacionaram osefeitos do treinamentoresistido sobre variáveis meta-bólicasemcrianc¸asobesasrelatamresultadospositivos no quetange aospossíveisdanosque a doenc¸aexercesobre o indivíduo.13 Esses fatoresestão associadosao ganhode massaisentadegorduraeàdiminuic¸ãodotecidoadiposo, bemcomo àdiminuic¸ãodosníveistensionais hemodinâmi-cosedosfatoresderiscoassociadosaodesenvolvimentode doenc¸ascardiovasculares.33

Schranz et al.38 avaliaram os efeitos de um programa deseis meses de treinamentoresistido em 56 adolescen-tesobesos,entre13-17anos.Adicionalmenteaosbenefícios metabólicosproporcionadospeloperíododeprática,como oaumentodamassamusculareareduc¸ãodopercentualde gordura,foiobservadoqueessetipodeintervenc¸ãotambém promove benefícios relacionados à autoestima de jovens obesos,fatorqueindiretamenteestáassociadoaoaspecto psicossocialligadoàobesidade.38,39

Demaneirasemelhante,foidemonstradoque o treina-mento resistido promove diversosbenefícios metabólicos, como a melhoria da sensibilidade insulínica, o aumento do uso da glicose como substrato energético e a melho-ria do perfil lipídico, fatores intimamente associados ao comprometimentodaobesidadeinfantil.13

Exercícios resistidos feitos de forma tradicional, como academiasdeginástica,normalmentenãosãobemaceitos pelapopulac¸ão pediátrica.Assim, éimportante que ativi-dadeslúdicas,comojogose/oubrincadeiras,queenvolvam aresistênciadoprópriocorpooudecompanheiros,sejam estimuladas.Ainiciac¸ãoesportivanaginásticaouemlutas emgeral,comespecialdestaqueparaojudô,éumaforma interessante de trabalhar o componente da forc¸a nessa populac¸ão, principalmentepor dinamizar a prática praze-rosa de atividades que requeiram potência anaeróbica e neuromuscular.

(7)

128 PaesSTetal.

paraaumentarogastoenergéticoeaprimoraracapacidade aeróbica.

Dessa forma, uma alternância de atividades físicas ao longodasemana,entrequatroeseisdias,exerceriapapel fundamentalnodispêndio energéticodiárioese constitui-riacomoestratégiaparacombater, prevenirouatenuaros efeitosdeletériosdaobesidadeinfantil.

Conclusão

Apráticadeexercíciosfísicossemostracapazdepromover adaptac¸õespositivassobreaobesidadeinfantileatuarcomo coadjuvantena suaprevenc¸ãoetratamento. Amagnitude dosbenefícios podevariar conformeo exercíciofísico.Os principaisefeitos oriundosdos exercícios estãovinculados principalmenteàrestaurac¸ãodoperfillipídico,restaurac¸ão hemodinâmicaeautonômica,melhoriadacomposic¸ão cor-poral,mobilizac¸ãodossubstratos energéticoseàativac¸ão metabólica.

Financiamento

Fundac¸ãodeAmparoàPesquisadeMinasdeGerais (Fape-mig),Brasil;EditaldePrimeirosProjetos;ProcessoCBB-APQ 04173-10

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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