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Acidentes de trabalho com motoristas de ambulâncias que realizam socorro de urgência.

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Academic year: 2017

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ACI DENTES DE TRABALHO COM MOTORI STAS DE

AMBULÂNCI AS QUE REALI ZAM SOCORRO DE URGÊNCI A

1

Elisabet e Tak eda2 Mar ia Lúcia do Car m o Cr uz Robazzi3

Est udou- se a ocor r ência de acident es de t r abalho ( AT) com m ot or ist as de am bulância que r ealizam Socor r o de Ur gên cia ( SU) , bu scan do ev iden ciar os t ipos desses ev en t os e su as cau sas. A in v est igação f oi qu an t i- qu alit at iv a, en t r ev ist an do- se 2 2 t r abalh ador es qu e at u am em u m a cidade pau list a. Os su j eit os er am m asculinos, com idade ent r e 36 e 40 anos ( 40,9% ) , casados ( 81,82% ) , com Ensino Fundam ent al incom plet o ( 4 0 , 9 % ) , r en d a in d iv id u al ( 9 0 , 9 % ) e f am iliar ( 5 4 , 5 5 % ) en t r e d ois e q u at r o salár ios m ín in os e sem ou t r a ocu pação ( 4 5 , 4 5 % ) . A m aior ia dos AT f or am t ípicos, por ex cesso de ex er cícios e m ov im en t os v igor osos e r ep et i d o s ( 4 2 , 1 1 % ) e a g r essã o p o r m ei o d e f o r ça co r p o r a l e o u t r o s m ei o s ( 2 6 , 3 3 % ) . Os AT o co r r em , pr incipalm ent e, por que os m ot or ist as ex ecut am t ar efas não condizent es com a sua for m ação pr ofissional.

DESCRI TORES: t rabalho; acident es de t rabalho; am bulâncias; socorro de urgência; serviços m édicos de em ergência

OCCUPATI ONAL ACCI DENTS AMONG AMBULANCE DRI VERS I N THE EMERGENCY RELI EF

We analy zed t he occur r ence of occupat ional accident s ( OA) am ong am bulance dr iv er s in Em er gency Relief ( ER) , wit h a view t o disclosing t he t ypes of event s and t heir causes. A quant it at ive- qualit at ive st udy was carried out t hrough t he int erview of 22 workers in a cit y in São Paulo, Brazil. The subj ect s were m ale, bet ween 3 6 an d 4 0 y ear s old ( 4 0 . 9 % ) , m ar r ied ( 8 1 . 8 2 % ) , w it h u n com plet ed pr im ar y edu cat ion ( 4 0 . 9 % ) , in div idu al ( 9 0 . 9 % ) an d fam ily ( 5 4 . 5 5 % ) in com e bet w een t w o an d fou r Br azilian m in im u m w ages, n ot per for m in g an y ot h er p aid occu p at ion ( 4 5 . 4 5 % ) . Th e m aj or it y of t h e OA w er e t y p ical, d u e t o an ex cess of ex er cises an d vigorous and repeat ed m ovem ent s ( 42.11% ) and aggression t hrough body st rengt h and ot her m eans ( 26.33% ) . The OA occur s m ainly because dr iv er s car r y out t asks t hat do not suit t heir pr ofessional for m at ion.

DESCRI PTORS: w or k ; acciden t s, occu pat ion al; am bu lan ces; em er gen cy r elief; em er gen cy m edical ser v ices

ACCI DENTES DEL TRABAJO DE CONDUCTORES DE

AMBULANCI A QUE BRI NDAN ATENCI ÓN DE URGENCI A

Fu e est u diada la f r ecu en cia de acciden t es del t r abaj o ( AT) con ch óf er es de am bu lan cia qu e br in da At en ción de Ur gen cia ( AU) , bu scan do en con t r ar los t ipos de acciden t es y su s cau sas. La in v est igación f u e cuant i- cualit at iva, para lo cual fueron ent revist ados 22 t rabaj adores de una ciudad en el Est ado de São Paulo. Los suj et os eran de sexo m asculino, con edades ent re 36 y 40 años ( 40,9% ) , casados ( 81,82% ) , con educación pr im ar ia incom plet a ( 40,9% ) , sueldo indiv idual ( 90,9% ) , sueldo fam iliar ( 54,55% ) ent r e dos y cuat r o sueldos m ínim os y sin ot r a ocupación ( 45, 45% ) . La gr an m ay or ía de los AT fuer on t ípicos, por ex ceso de ej er cicios, m ov im ient os enér gicos y r epet idos ( 42,11% ) y daño por fuer za cor por al y ot r as for m as ( 26,33% ) . Los AT se dier on pr in cipalm en t e por qu e los ch ófer es r ealizaban act iv idades qu e n o iban de acu er do con su for m ación p r of esion al.

DESCRI PTORES: t rabaj o; accident es de t rabaj o; am bulancias; socorro de urgencia; servicios m édicos de urgencia

(2)

I NTRODUÇÃO E OBJETI VOS

D

u r an t e o en sin o p r át ico d e est u d an t es univer sit ár ios em sit uações de Socor r o de Ur gência ( SU) , obser v ou - se, de m odo em pír ico, o t r abalh o e x e cu t a d o p o r m o t o r i st a s d e u m a Ce n t r a l d e Am bulâncias ( CA) de um a cidade do interior paulista. En q u a d r a d o s so b o có d i g o CBO: 9 - 8 5 . 9 0 d a Classif icação Br asileir a d e Ocu p ações em “ ou t r os con d u t or es d e au t om óv ei s, ôn i b u s, cam i n h ões e

v eículos sim ilar es”( 1), eles dir igem v eículos do t ipo

am bulância a fim de t r anspor t ar pacient es par a os serviços de saúde, realizando, além disso, o SU, em sua m aioria, sozinhos e sem preparo profissional para t al. Por isso, são con h ecidos r egion alm en t e com o m ot orist as socorrist as ( MS) .

Nas observações realizadas, percebeu- se que se encont ram expost os a várias sit uações/ fat ores de r iscos ocupacionais, incluindo- se a possibilidade de sofrerem Acident es de Trabalho ( AT) . Esses event os ocorrem pelo exercício laboral, a serviço da em presa o u p e l a e x e cu çã o d o t r a b a l h o d o s se g u r a d o s e sp e ci a i s, p r o v o ca n d o - l h e s l e sã o co r p o r a l o u per t ur bação funcional que podem ocasionar m or t e, p er d a ou r ed u ção p er m an en t e ou t em p or ár ia d a capacidade para o t rabalho. Sabe- se que devem ser notificados, porém a realidade tem m ostrado que, ao cont rário, são subnot ificados, o que acaba lim it ando

os est udos e conhecim ent o sobre esses acident es( 2).

Qu an t o m en os p r ep ar ad o p r of ission alm en t e p ar a execução de suas t arefas se encont rar o t rabalhador, m aior é a possibilidade de vir a sofrer AT.

Est u d o s so b r e AT, o co r r i d o s co m o s m ot orist as de am bulâncias, são escassos, sendo, no en t an t o, en con t r ad as in v est ig ações r elat iv as aos con d u t or es p r of ission ais, ab or d an d o as con d ições

insegur as com que t r afegam com os v eículos( 3), a

i m p o r t â n ci a , n a g ê n e se a ci d e n t á r i a , d o f a t o d e

dir igir em alcoolizados( 4), o não r econhecim ent o em

relação a seu t rabalho e a necessidade de dirigirem e m v i a s i n a d e q u a d a s e e st a r e m su j e i t o s à

cr im inalidade e à v iolência( 5), o r isco de acident es

devido à sonolência( 6- 7), à fadiga( 8) e à expressiva gam a

de agent es de r iscos físicos, quím icos, biológicos e sit uações ant iergonôm icas aos quais est ão expost os, p od en d o acar r et ar en f er m id ad es r elacion ad as ao

t rabalho( 5), além de out ros problem as.

Dian t e d o ex p ost o e v isan d o au m en t ar o conhecim ento sobre o assunto, elaborou- se o presente est u d o com os seg u in t es ob j et iv os: id en t if icar a

ocorrência de AT com m ot orist as de am bulância que realizam SU, bem com o os t ipos e as causas desses ev ent os acident ár ios.

PERCURSO METODOLÓGI CO

N a t u r e z a d a in v e st ig a çã o : é descr it iv a, com abordagem quant i- qualit at iva, no que concerne a o s AT o co r r i d o s n o co t i d i a n o d a s a t i v i d a d e s profissionais dos MS.

Loca l do e st u do e su a s ca r a ct e r íst ica s:

foi realizado em um a cidade do interior do Estado de São Pau lo, em u m a CA, q u e f az o t r an sp or t e d e pacient es graves e que at ende t am bém pessoas sem recursos para locom oção at é os hospit ais ou out ros serviços de saúde. Cont a com 26 MS, dos quais 23 realizam escala de trabalho do tipo 12 por 36 horas e t r ês t r abalham 8 hor as em plant ão diur no. At uam , ainda, no local, quat r o auxiliar es de enfer m agem e quatro telefonistas num esquem a de 12 por 36 horas. Po r se r e m e m m e n o r n ú m e r o , a s a u x i l i a r e s aco m p an h am ap en as al g u n s d o s m o t o r i st as n as a m b u l â n ci a s, a u x i l i a n d o - o s n o SU, d e i x a n d o o s dem ais sem a sua aj uda. A cidade não cont ava com Ser v iços Médicos de Em er gência ( SME) , na ocasião da colet a de dados.

Cr i t é r i o s d e i n c l u s ã o e e x c l u s ã o e núm ero de suj eit os invest igados: os part icipant es do est udo er am m aior es de 18 anos, t r abalhav am co m o MS d a CA h á , p e l o m e n o s, u m a n o e co n se n t i r a m e m p a r t i ci p a r d a p e sq u i sa . Fo r a m excluídos quat ro recém - adm it idos e sem experiência no em pr ego, com os quais foi t est ado o for m ulár io d e co l et a d e d ad o s. Ob ser v ad o s esses cr i t ér i o s, const it uíram - se suj eit os do est udo 22 MS.

Pr oce dim e n t os é t icos: ant es do início da colet a de dados, en cam in h ar am - se ex em plar es do proj eto de pesquisa para análise, j unto ao Com itê de Ét ica em Pesqu isa en v olv en do Ser es Hu m an os da Faculdade de Medicina e da Secret aria Municipal de Higiene e Saúde da cidade onde se localiza a CA, tendo-se o b t i d o a p r o v a çã o p a r a a su a r e a l i za çã o . Os t rabalhadores foram inform ados sobre a nat ureza do estudo, seus objetivos, m étodos e benefícios previstos, pot enciais riscos e possíveis incôm odos. Elaborou- se o term o de consentim ento livre e esclarecido, em que eles m an if est ar am su a p ar t icip ação v olu n t ár ia n o est u d o, ob t en d o- se o con sen t im en t o d e t od os os

(3)

Pr o ce d im e n t o s m e t o d o ló g ico s: a colet a d e d a d o s f o i r e a l i za d a p o r m e i o d e e n t r e v i st a est r u t u r ad a, com au x ílio d e u m f or m u lár io, cu j o r o t ei r o co n st i t u i u - se d e d u as p ar t es. A p r i m ei r a con t in h a os d ad os r elacion ad os às car act er íst icas sociodem ográficas ( sexo, idade, est ado civil, grau de escolar id ad e, r en d a in d iv id u al e f am iliar e ou t r a ocupação) ; a segunda, às experiências dos suj eit os relat ivas aos AT aos quais est iverem expost os, com

o seguint e quest ionam ent o: você j á sofr e u a lgu m

t i p o d e A T c o m o M S n o d i a - a - d i a d e s e u t r a ba lh o? Se sim , r e la t e su a s e x pe r iê n cia s, n o que se r e fe r e a os AT a os qua is e st e ve e x post o t r a b a l h a n d o c o m o M S . Ex p l i q u e o t i p o d e a cide nt e , onde ocor r e u, com o ocor r e u, por que ocorreu, o que fez ( providência t om a da ) e qua l a p r o v i d ê n c i a t o m a d a p e l a i n s t i t u i ç ã o e m p r e g a d o r a. O f or m u lár io f oi elab or ad o p elos p e sq u i sa d o r e s q u e o a p r e se n t a r a m a q u a t r o professores universit ários, especialist as em saúde do t r a b a l h a d o r, o s q u a i s o p i n a r a m q u a n t o a o se u cont eúdo, clareza e obj et ividade. Post eriorm ent e, foi antecipadam ente testado, por m eio de entrevista com os m otoristas recém - adm itidos citados anteriorm ente, const at ando- se ainda a necessidade de aj ust es da l i n g u a g e m p a r a a f o r m u l a çã o d a s q u e st õ e s, obj et iv ando sua m elhor com pr eensão.

Após a et apa de acer t os do for m ulár io, as en t r ev ist as f or am ag en d ad as p r ev iam en t e com a chefia do serviço e de acordo com a escala m ensal d e t r a b a l h o d o s MS. Fo r a m r e a l i za d a s p e l o s pesquisador es no pr ópr io am bient e labor al da CA, em um a sala dest inada par a t al. Um dos suj eit os, que se encontrava em férias, foi entrevistado em sua ca sa . As f a l a s f o r a m g r a v a d a s e , e m se g u i d a , t r an scr it as e digit adas; as f it as f or am n ov am en t e o u v i d a s e a s t r a n scr i çõ e s co r r i g i d a s. Ca d a trabalhador foi codificado com a letra E ( entrevistado) , seguido de um núm ero de 1 a 22.

A colet a de dados foi efet uada na pr im eir a quinzena de j aneiro de 2002. Para a análise qualitativa das in f or m ações, u t ilizar am as r ecom en dações de

est udiosos no assunt o( 10- 11). Para dar seguim ent o ao

trabalho, realizou- se a leitura exaustiva das respostas de t odos os en t r ev ist ados e após as f alas, f or am categorizadas e agrupadas de acordo com as causas/

códigos da CI D( 11) dos AT.

Par a a an ál i se q u an t i t at i v a u t i l i zo u - se a e st a t íst i ca d e scr i t i v a e t a m b é m a Cl a ssi f i ca çã o

Est at íst ica I n t er n acion al d e Doen ças e Pr ob lem as

Relacionados à Saúde ( CI D)( 11) para a cat egorização

e o agr upam ent o das falas r elacionadas às causas/ códigos da CI D dos AT.

RESULTADOS

Os d a d o s r e f e r e n t e s à s ca r a ct e r íst i ca s so ci o d e m o g r á f i ca s d o s MS e n co n t r a m - se apresent ados a seguir.

Tab ela 1 - Car act er íst icas sociod em og r áf icas d os m otoristas socorristas de um a Central de Am bulância, 2002, ( n= 22)

s a c i t s í r e t c a r a C s e t n e ü q e r f s i a

M f % Complementares f %

a i r á t e a x i a F 0 4 -6

3 9 40,9 30-35 1 4,55

5 4 -1

4 6 27,29

0 5 -6

4 3 13,63

5 5 -1

5 3 13,63

li v i c o d a t s E o d a s a

C 18 81,82 Sotleiro 4 18,18

e d a d i r a l o c s e e d u a r G l a t n e m a d n u f o n i s n E o t e l p m o c n

i 9 40,9 Ensinomédio 13 59,1

) s o m i n í m s o i r á l a s m e ( l a u d i v i d n i a d n e R 4

-2 20 90,9 5-7 1 4,55

7

> 1 4,55

) s o m i n í m s o i r á l a s m e ( r a il i m a f a d n e R 4

-2 12 54,55 5-7 7 31,82

7

> 3 13,63

D o s 2 2 M S d a CA , 1 3 ( 5 9 , 0 9 % ) m encionaram t er sofrido 19 AT, ou sej a, houve um a m édia de 1 , 4 aciden t es por t r abalh ador. Todos os AT foram t ípicos ou t ipo, isso é, ocorreram durant e o ex er cício do t r abalho, a m ando da em pr esa ( CA) em qu est ão.

Em r e l a çã o à s ca u sa s d o s AT, f o r a m cat egor izadas e agr upadas as falas r elacionadas às seguint es causas e códigos da CI D: X50 Excesso de ex er cícios e m ov im en t os v ig or osos e r ep et it iv os, relacionados ao peso; Y04 Agressão por m eio de força corporal e Y08 Agressão por m eios especificados; W01 Quedas no m esm o nível por escorregão, t ropeção ou passos em falso [ traspés] ; W20 I m pacto causado por o b j e t o p r o j e t a d o o u e m q u e d a e W 2 2 I m p a ct o aci d en t al , at i v o o u p assi v o , cau sad o p o r o u t r o s obj etos; W54 Mordedura ou golpe provocado por cão e W44 Penet ração de corpo est ranho no/ ou at ravés

(4)

DI SCUSSÃO

Todos os 22 m otoristas são do sexo m asculino,

fato com um entre essa categoria de trabalhadores(3,6).

Quanto à idade, a m aioria possui entre 36 e 40 anos ( 40,9% ) , seguida de 27,29% entre 41 e 45 anos; os sujeitos não são, portanto, tão jovens e encontram -se em plen a f ase pr odu t iv a. A m aior par t e é casada ( 8 1 , 8 2 % ) e n ão t er m i n o u o en si n o f u n d am en t al ( 40,9% ) ; 59,1% concluíram o ensino m édio.

Em bora haj a recom endação para que t odos os condut or es de v eículo de SME t enham o ensino f u n d am en t al com p let o e cap acit ação em d ir eção

defensiva( 12), isso não acont ece na CA em quest ão.

Som ente 31,82% desses trabalhadores possuem essa escolaridade e dois ( 9,09% ) inform aram possuir t al ca p a ci t a çã o , e n t e n d i d a co m o o co n j u n t o d e p r oced i m en t os p ar a p r ev en i r si t u ações d e r i sco, a n t e v e n d o - se r e a çõ e s d e o u t r o s m o t o r i st a s e pedest r es, per m it in do decisões r ápidas f r en t e aos

perigos repent inos( 13).

O condut or dev e ser m aior de v int e e um

anos e ter disposição geral para a atividade( 12). Pelas

en t r ev ist as r ealizad as, os d ep oen t es in f or m ar am apr esent ar essa disposição e gost ar do ser viço que realizam . Ent ret ant o, apesar de lidarem com pessoas enfer m as e acident adas, falt am - lhes conhecim ent os a r espeit o de cuidados a ser em t om ados diant e da ex posição aos casos de doenças cont agiosas e dos m ei o s q u e p o d em u t i l i za r, r el a t i v o s à a d eq u ad a pr ot eção labor al.

Qu a n t o a o m o n t a n t e m e n sa l , a r e n d a individual da m aioria ( 90,9% ) encont ra- se ent re dois e quatro salários m ínim os, insuficiente ou m uito baixa, segundo a própria opinião deles. Um ( 4,55% ) recebe entre cinco e sete salários e outro ( 4,55% ) m ais que set e sal ár i os m ín i m os v i g en t es. A r en d a m en sal fam iliar é pr ov enient e do salár io m ensal, acr escida de outras rendas que o MS e/ ou outro( s) m em bro( s) de su a fam ília r ecebe. A m aior par t e das fam ílias ganha entre dois e quatro salários m ínim os ( 54,55% ) , 31,82% recebem ent re cinco e set e, t rês ( 13,63% ) , acim a de set e salários m ínim os.

Qu est ion ados sobr e a ex ist ên cia de ou t r a ocupação r em uner ada, 10 ( 45,45% ) dos depoent es r e f e r i r a m q u e n ã o a p o ssu ía m , ci n co ( 2 2 , 7 2 % ) exercem a função de encanador/ elet ricist a/ pedreiro/ p i n t o r, d o i s ( 9 , 0 9 % ) i n f o r m a r a m se r m i cr o -em p r esár ios, d ois ( 9 , 0 9 % ) m ot or ist as -em ou t r os ser v iços, u m ( 4 , 5 5 % ) m on t ador de m óv eis, ou t r o

( 4 , 5 5 % ) m ot or ist a p ar t icu lar / p ed r eir o ou r ealiza m a n u t en çã o em ser v i ço s g er a i s, e u m ( 4 , 5 5 % ) t rabalha na fabricação de peças de m ot ociclet as.

Ob se r v a - se q u e 1 2 ( 5 4 , 5 4 % ) d o s MS e x e r ce m o u t r a f u n çã o r e m u n e r a d a , o u se j a , executam trabalho extra, podendo- se inferir que, com essa rotina, não lhes sobra tem po suficiente para um ad eq u ad o d escan so, o q u e p od e g er ar can saço e a u m e n t a r a p r o b a b i l i d a d e d e AT, a l é m d e adoecim ent os v ar iados.

Em est udo sobr e m ot or ist as de t r anspor t e ur bano, ficou ev ident e que as condições ger ais de v ida e de t r abalho, bem com o o am bient e labor al ( ruído, poluent es variados, vibração) , além de out ros fatores, podem determ inar diversas situações na vida dos t rabalhadores, influenciando sua saúde de m odo negat ivo( 5).

Conform e j á foi descrit o ant eriorm ent e, em relação aos 19 AT sofridos por 13 MS, evidenciou- se que foram , basicam ent e, acident es t ípicos. Nenhum e st e v e r e l a ci o n a d o a co l i sõ e s, a p e sa r d e o s t r a b a l h a d o r e s, n o e x e r cíci o d e se u t r a b a l h o , perm anecerem no trânsito, com carros que relataram ser deficientes em relação à m anutenção. Estudo feito co m t r a b a l h a d o r e s d e u m a Un i d a d e d e Ter a p i a I n t en si v a Mó v el d escr ev e q u e o MS d ev e ser o r esponsáv el dir et o pela m anut enção e bom est ado d e co n ser v a çã o d a v i a t u r a e, q u a n d o co n st a t a r a l g u m a i r r eg u l a r i d a d e, d ev e p r o v i d en ci a r o seu consert o o m ais rapidam ent e possível. É im port ant e haver um a polít ica de m anut enção prevent iva desses veículos, com reparos e t rocas periódicas de peças, p a r a e v i t a r o d e sg a st e e x ce ssi v o e a f a st a r a

am bulância de suas at ividades( 14).

No presente estudo, o único relato de colisão foi em m uretas de proteção entre as pistas da rodovia, porém , sem lesão de pacientes e nem do MS, é o que se segue.

( ...) est ava chovendo m uit o ( ...) , m esm o eu est ando andando em baixa velocidade, o carro derrapou ( ...) deu um a bat idinha na m uret a, m as não t eve vít im a fat al, nada ( ...) . Eu estava com paciente na am bulância (...) encostei, tirei a am bulância da pist a ( ...) prim eiro eu fui socorrer os pacient es ( ...) graças a Deus não acont eceu nada ( E11) .

(5)

de t r abalho. Dos 38, 46% com m ais de um ev ent o acid en t ár io, q u at r o sof r er am d ois cad a u m e u m a p r e se n t o u t r ê s AT, p o d e n d o se r co n si d e r a d o s poliacident ados.

A ocor r ência desses acident es r elaciona- se, p o ssi v e l m e n t e , a o f a t o d e o s MS n ã o so m e n t e dir igir em v eículos, m as ex ecut ar em as funções dos t r a b a l h a d o r e s d o s SME, d e a u x i l i a r / so co r r e r a s pessoas que vão transportar, tanto as que estão m ais g r av em en t e en f er m as com o as m en os ad oecid as, além de as deslocarem ent re os serviços de saúde e suas residências, conform e explicit ado ant eriorm ent e. Tr a b a l h a m , e n t ã o , e x e cu t a n d o t a r e f a s d i v e r sa s daquelas que lhe são devidas, com o agr avant e de não possuírem experiência e form ação para t al.

A CA apr esent a- se, por conseguint e, com o prest adora de um vast o serviço social, pois oferece à população 24 horas diárias de atendim ento e acaba preenchendo os vazios deixados por out ros at ores e

inst it uições que at uam no dom ínio social( 15).

Em r elação aos AT possíveis de acon t ecer ent r e t r abalhador es de UTI m óv eis, incluindo- se os m o t o r i st a s, a p o n t a m - se o s se g u i n t e s: f a l h a s m e câ n i ca s d a a m b u l â n ci a , d e sl o ca m e n t o d e sse veículo no trânsito, espaço interno restrito, gravidade d o a t e n d i m e n t o , u t i l i za çã o d e e q u i p a m e n t o s b iom éd icos, in st alação elét r ica d a am b u lân cia ou

equipam ent os elet rônicos( 14).

No pr esent e est udo, oit o ( 42, 11% ) dos AT ent r e os MS ocor r er am em decor r ência de ex cesso de exercícios e m ovim ent os vigorosos ou repet it ivos. I sso possivelm ent e acont ece devido ao fat o de eles t r a b a l h a r e m so zi n h o s e , co n st a n t e m e n t e , n ecessit ar em solicit ar o au x ílio dos t r an seu n t es e fam iliares dos pacientes a serem atendidos, os quais, às vezes, se recusam e/ ou nem sem pre conseguem aj u d á- los. En con t r am , m u it as v ezes, m u lh er es e crianças nas residências, sem força física suficient e para auxiliá- los a carregar as m acas com os pacientes. Ver balizaram , ent ão, que o esfor ço pr ej udica a sua coluna vert ebral, t endo dores e out ras queixas. Tais causas est ão relacionadas ao carregam ent o de peso, conform e ret rat ado a seguir.

( ...) eu sofri um acident e um a vez ( ...) pegando m aca sozinho ( ...) ( E3) .

( ...) sofri um acident e ( ...) eu fui pegar um a senhora idosa, ela t inha caído no chão e era m uit o obesa ( ...) ( E6) .

( ...) eu fui pegar um pacient e e t inha escadaria ( ...) e a pessoa que t ava aj udando não agüent ou o peso, solt ou o peso em cim a de m im ( ...) ( E17) .

No e st u d o e m q u e st ã o , a s q u e i x a s d e l o m b a l g i a s d o s d e p o e n t e s r e v e l a m q u e sã o ocasionadas, possiv elm ent e, pelo esfor ço físico que o trabalhador faz para sustentar no colo, ou na m aca, os pacient es que t ransport am . I sso se deve, ent ão, ao ex cesso de peso que são obr igados a car r egar sozinhos ( peso da m aca adicionado ao do pacient e) . So m a - se a i sso a p o st u r a d i á r i a q u e é a d e p e r m a n e ce r e m se n t a d o s n o s b a n co s d o s ca r r o s er gon om icam en t e in cor r et os, acr escida, ain da, da v i b r ação d o m o t o r. A esse r esp ei t o, est u d o q u e r ealizou r ev isão de 1 4 an os da lit er at u r a sobr e o a d o eci m en t o d e m o t o r i st a s, ev i d en ci o u 5 7 % d e p r e v a l ê n ci a d e d o r l o m b a r e m 2 0 4 5 m o t o r i st a s d i n a m a r q u e se s, a l é m d e si g n i f i ca t i v a t a x a d e int ervenção hospit alar por hérnia de disco lom bar. O seden t ar ism o e a v ibr ação de cor po in t eir o for am apont ados com o possíveis fat ores cont ribut ivos para

o desenvolvim ent o das lom balgias( 5). De m odo geral,

os efeit os danosos das vibrações provocam no corpo hum ano, ent re out ros sint om as: cansaço, dores nos m em br os, dor es na coluna, ar t r it es, lesões ósseas, ent r e out r os. A com binação da v ibr ação e posição

sent ada é prej udicial à coluna vert ebral( 14), podendo

pr ov ocar - lhe dor es.

Sabe- se que os AT podem ocasionar danos físicos e/ ou funcionais ou óbit os nos t r abalhadores, a l é m d e p r e j u ízo s e co n ô m i co s e m a t e r i a i s à s em presas. Ferim ent os podem acont ecer pelo cont at o do indivíduo com um obj eto, um a substância ou outra pessoa, por que se ex põe aos r iscos que env olv em esses obj et os, subst âncias, pessoas ou condições e,

t am bém , pelo m ovim ent o realizado por out rem( 14).

(6)

I ntensiva Móvel, m ostrou que m uitas são as atividades de t r abalho env olv endo lev ant am ent o, t r anspor t e e d e sca r g a d e o b j e t o s e i n st r u m e n t o s p e sa d o s, acr escent ando- se o t r anspor t e e m ov im ent ação de pacient es obesos e incapacit ados de m ovim ent ação. A at iv idade de t r anspor t ar pacient es ex ige esfor ço m uscular exagerado, por si só, e pode ser agravada pelas m ás condições dos equipam ent os e a falt a de

preparo t écnico dos funcionários( 14).

No pr esent e est udo, caso o pacient e pese cerca de 50 quilos, com a som a do peso da m aca, o total a ser carregado chega a ser de 70 a 87 quilos, o q u e p ar ece ocor r er cost u m eir am en t e n a j or n ad a laboral. Acresce- se o fat o de que, m uit as vezes, os MS encont ram - se sozinhos carregando os pacient es, o q u e d e m o n st r a a r e a l i za çã o d o t r a b a l h o e m condições de excesso de peso. Além disso, necessitam v en cer obst ácu los t ais com o escadar ias, r edes de esgot o e ruas sem pavim ent ação para t ransport ar as p essoas at é à am b u lân cia e, d ep ois, n o h osp it al, auxiliar na sua rem oção da m aca para o leito ou m aca hospit alar.

A l e g i sl a çã o e x i st e n t e so b r e e r g o n o m i a explicit a o carregam ent o de peso, relacionando- o ao t r an sp o r t e m an u al d e car g as e n ão d e p esso as. Tam bém não estipula o lim ite da carga a ser carregada pelo t rabalhador( 16).

Quant o às dem ais causas dos AT, se forem com putados os diversos tipos de agressão, contabilizam cinco casos ( 26,33% ) , incluindo- se t rês por m eio de f o r ça co r p o r a l ( Y0 4 ) e d u a s p o r o u t r o s m e i o s especificados (Y08), correspondendo, cada um a, a 15,8 e 1 0 , 5 3 % . Essa sit u ação r et r at a a v iolên cia q u e acont ece, de m odo global e, inclusive, no m undo do trabalho. Aquilo que é aquela que se origina no m odo de produção e tom a corpo na organização do processo laboral. Provoca desgast e, sofrim ent o, adoecim ent o e m ort e relacionada ao t rabalho; o que é violent o no t r a b a l h o a ca b a r e l a ci o n a n d o - se n ã o a o l a b o r propriam ente entendido com o tal, m as à sua estrutura

organizacional, t écnica e social( 17).

Alguns exem plos de agressões sofridas pelos depoentes podem ser observadas nas seguintes falas.

( ..) t ive um problem a com um pacient e que m e deu um a cot ovelada ( ...) um alcoólat ra e m e deu um a cot ovelada e um a cabeçada que arrancou sangue ( ...) fui socorrer ele no m eio da rua, ele levant ou e m e agrediu ( ...) ( E8) .

( ...) eu fui pegar um pacient e ( ...) conform e eu peguei, o cara torceu ( ...) m achucou um pouco, notei, eu trabalhei bastante ( ...) à noit e int eira ( ...) ( E15) .

( ...) fui buscar um a pacient e alcoolizada, agressiva, gest ant e e port adora de HI V ( ...) ela arranhou ( ...) ( E16) .

( ...) eu j á fui m ordido ( ...) por pacient e psicót ico ( ...) foi quest ão de fechar a port a e andar um quart eirão ( ...) ele agrediu a m ãe dele, com eçou a dar soco ( ...) ele veio avançou em m im , j á, eu t ent ei m e defender e eu caí, t ropecei na guia e caí ( ...) ( E17)

( . . . ) t ev e u m a m or dida qu e lev ei de u m pacien t e psiquiát rico ( ...) ( E 21) .

Essas for m as de com por t am ent o agr essiv o ou abusivo que acontecem durante o trabalho podem causar danos físicos, psicológicos ou desconfort o em su as v ít i m as, sej am esses al v o s i n t en ci o n ai s o u aciden t ais. A esse r espeit o, n os u lt im os an os, os a ci d e n t e s e a v i o l ê n ci a t r a n sf o r m a r a m - se e m im port ant es problem as, ocupando local de dest aque

nas estatísticas de saúde, além de sequelas e m orte( 17).

Os MS foram agredidos então de várias form as pelos usuários aos quais procuravam at ender.

Quant o aos AT ocasionados por quedas, a som at ória e a cont abilização dos im pact os sobre os m esm os resultam em 10,52% , para cada um a dessas causas. As quedas de m esm o nível por escorregão, t r o p e çã o o u p a sso s e m f a l so ( W 0 1 ) ( 1 0 , 5 2 % ) e n co n t r a m - se i l u st r a d a s n o s d e p o i m e n t o s seqüenciais.

( ...) parei no Hospit al Municipal, t em aquela ram pa, ( ...) conform e eu abri a port a, com o é m uit o est reit o ali eu escorreguei ( ...) ( E11) .

( ...) acident e que acont eceu com igo foi ( ...) na port a do pront o- socorro, eu ent rei na am bulância ( ...) e ao descer eu escorreguei ( ...) ( E16) .

O im pact o causado por obj et o proj et ado ou em q u ed a ( W2 0 ) e o im p act o acid en t al at iv o ou p a ssi v o ca u sa d o p o r o u t r o s o b j e t o s ( W 2 2 ) , com preendendo 5,26% cada um , podem ser m elhor com preendidos, pelos relat os que se seguem

( ...) foi quando a m aca caiu em cim a ( ...) eu fui buscar um pacient e caído na rua e o pacient e era obeso e precisava pôr na m aca, aí eu pedi a um rapaz que t ava passando ( ...) ( E9) .

( ...) fui descer um pacient e, um senhor ( ...) e a m aca ( ...) caiu nas m inhas perna ( ...) ( E15) .

Quanto à causa W54, referente à m ordedura provocada por cão ( 5,26% ) , pode ser ilust rada pelo depoim ent o seguint e.

( ...) um pacient e psicót ico ( ...) quando eu ent rei na casa, ( ...) o cachorro veio por t rás ( ...) “ cat ou” , m as “ cat ou” legal m esm o ( ...) ( E15) .

(7)

( ...) um part o que eu fiz ( ...) na hora de cort ar o cordão um bilical eu cort ei e o sangue voou dent ro do m eu olho ( ...) ( E21) .

Observa-se, de acordo com esse depoim ento, que os MS encontram -se constantem ente expostos ao risco de AT com m aterial biológico estando, assim , em contato com diversos agentes causadores de doenças, com o bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários

e vírus entre outros(2,14). No depoim ento em que o AT

ocorreu devido ao contato com sangue, o trabalhador est á expost o ao risco de adquirir doenças veiculadas pelo san gu e, com o a h epat it e B e a sín dr om e da im unodeficiência adquirida ( SI DA/ AI DS) .

Const at a- se, ent ão, pelos relat os das causas desses AT, que os MS da CA realizam SU. Algum as ci d a d e s d o p a ís t ê m o si st e m a d e SU o u SME est rut urado, cuj a equipe cont a com profissionais de saúde. No ent ant o, os m ot orist as da CA do present e est udo, sem a devida form ação, acabam exercendo um desvio de sua função, ou sej a, assum em t arefas dos t rabalhadores da saúde, que deveriam com por a equipe das am bulâncias, fat o pr eocupant e, j á que m uit as v ezes, não possuem sequer qualquer cur so v olt ado à ár ea de saúde. Dessa for m a, as t ar efas r eais que r ealizam suplant am aquelas que lhes são pr escr it as; a falt a de conhecim ent o que possuem , associada a seu desv io de função, pode lev á- los a apresentar alguns adoecim entos sem elhantes aos dos p r o f i ssi o n a i s d e sa ú d e , co m o t a m b é m a q u e l e s t r an sm it idos p ela au sên cia de lav ag em d as m ãos ent re a m anipulação de um pacient e e out ro.

Os ca r g o s d e m o t o r i st a s d e a m b u l â n ci a declar ados na CA não indicam , por t ant o, a função r e a l q u e d e se m p e n h a m , n e m a v e r d a d e i r a r esp o n sa b i l i d a d e q u e p o ssu em , j á q u e r ea l i za m at iv idades m ais com plex as do que isso. As t ar efas que realm ente realizam não são apenas as prescritas p ar a eles, p ois en t r am n as casas d os p acien t es, cu idam deles at é su a ch egada ao pr on t o- socor r o, negociam com os pacientes/ fam iliares a sua rem oção

para o hospit al, acalm am os violent os e o desespero e a angúst ia das pessoas, chegando a fazer part os. Sem esses t rabalhadores, que deveriam denom inar-se “ m ot or ist as- at endent es- par am édicos-

psicólogos-part eiros”, a CA não funcionaria( 15).

Nesse sent ido, a exposição dos MS ao risco d e o co r r ê n ci a d e AT e n co n t r a - se e v i d e n t e . A organização e im plantação de um SME pode m inim izar essa sit u ação, j á q u e, em su a com p osição, h á a pr ev isão de u m a equ ipe m u lt idisciplin ar ocu pan do m uitas das funções realizadas atualm ente, pela equipe de 22 MS do estudo em questão.

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

Os MS da CA at u am r ealizan do at iv idades diversificadas, além das det erm inadas, em relação a con du zir v eícu los au t om ot or es. Ef et iv am en t e, t ais t ar ef as dif er em das pr escr it as, u m a v ez qu e eles acabam se en v olv en do, t am bém , n a assist ên cia à clientela, em contato próxim o à m esm a. Sendo assim , estão expostos aos riscos ocupacionais, além daqueles específicos par a a sua cat egor ia ocupacional. Pelas cau sas d e AT q u e sof r er am , ev id en cia- se q u e se encont ram subm et idos aos riscos biológicos, físicos, quím icos e a situações antiergonôm icas, entre outros, o q u e est á em aco r d o co m a l i t er at u r a so b r e o assunt o( 5,14).

Mu i t o s d o s AT r e l a ci o n a d o s a e sse s t r a b a l h a d o r e s p o d e r i a m se r m i n i m i za d o s, ca so h ou v esse u m a eq u ip e d e t r ab alh ad or es d e saú d e e sp e ci a l i za d a e m a t e n d i m e n t o s d e u r g ê n ci a / e m e r g ê n ci a p r é - h o sp i t a l a r. Assi m , n ã o h a v e r i a n e ce ssi d a d e d e o s m o t o r i st a s d e a m b u l â n ci a assum ir em as funções out r as que não a de dir igir tais veículos, arriscando- se e sofrendo AT, de diversas causas, e subm etendo- se, tam bém , a outros possíveis problem as capazes de alt erar a sua saúde.

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Referências

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1 Enferm eiro, Doutor em Enferm agem , Professor Adjunto; 2 Enferm eira, Doutor em Filosofia da Enferm agem , Professor Titular; e-m ail: alacoque@newsite.com .br; 3

da Universidade de São Paulo, Brasil, e- m ail: m ariacel@usp.br, e- m ail: leilaneag@yahoo.com .br; 3 Enferm eira Executiva do Hospital 9 de Julho, Brasil,.. e-m ail:

1 Enferm eira, Professor Adj unt o da Universidade Federal de São Paulo, Brasil, e- m ail: solandic@denf.epm .br; 2 Enferm eira do Hospit al Sírio Libanês, aluna de m estrado

1 Enferm eira, Universidade Est adual de Cam pinas, aluna de dout orado, e- m ail: rosangelahiga@bol.com .br; 2 Enferm eira, Livre- docent e, Professor Associado, e- m ail:

do Prêm io “ Enferm eira Jane da Fonseca Proença” ; 2 Enferm eira no Hospit al Casa de Saúde Cam pinas, e- m ail: rubi.rc@bol.com .br; 3 Dout or, Professor, Faculdade

Preto, da Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o desenvolvim ento da pesquisa em enferm agem , e-m ail: lbpinho@uol.com .br; 3 Enferm eira, Professor Doutor