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Consumo e digestibilidade dos nutrientes dietéticos em cordeiros de diferentes grupos genéticos alimentados com farelo de castanha de caju.

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ISSN 1519 9940

Consumo e digestibilidade dos nutrientes dietéticos em cordeiros de diferentes grupos genéticos alimentados com farelo de castanha de caju

Intake and digestibility of dietary nutrients in lambs of different genetic groups fed with cashew nut meal

SILVA, Vandenberg Lira1; ROGÉRIO, Marcos Cláudio Pinheiro2; BOMFIM, Marco

Aurélio Delmondes2; LEITE, Eneas Reis3; LANDIM, Aline Vieira3; ALVES, Arnaud

Azevedo4; COSTA, Hélio Henrique Araújo1; FREIRE, Ana Paula Alves5

1Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Zootecnia, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. 2Embrapa Caprinos e Ovinos, Sobral, Ceará, Brasil.

3Universidade Vale do Acaraú, Departamento de Zootecnia, Sobral, Ceará, Brasil. 4Universidade Federal do Piauí, Departamento de Zootecnia, Teresina, Piauí, Brasil.

5Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Departamento de

Zootecnia, Piracicaba, São Paulo, Brasil.

*Endereço para correspondência: berglira@gmail.com

RESUMO

Objetivou-se avaliar a inclusão do farelo de castanha de caju (FCC) fornecido a cordeiros de três grupos genéticos sobre os consumos e digestibilidades dos nutrientes dietéticos. Foram utilizados dezoito ovinos, machos e inteiros, ½ sangue Dorper, ½ sangue Somalis e ½ sangue Santa Inês, com 22,66kg de peso vivo. A dieta controle composta por feno de Aruana, milho, farelo de soja. A dieta teste, composta pelos mesmos alimentos mais o FCC. O delineamento foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 2, três grupos genéticos versus duas

dietas (contendo ou não FCC) com três repetições por tratamento. Maiores consumos de nutrientes foram obtidos pelos animais ½ sangue Dorper x SRD em relação aos animais ½ sangue Santa Inês x SRD, tendo sido ambos semelhantes aos animais ½ sangue Somalis x SRD. Houve interação significativa somente para os coeficientes de digestibilidade da MS. Menores coeficientes de digestibilidade foram observados para os animais ½ sangue Santa Inês x SRD nas dietas contendo FCC. Menores digestibilidades da FDA e da HCEL foram observadas nas dietas com FCC. Considerando-se os grupos genéticos, maiores digestibilidades da FDN, da FDA e da HCEL foram verificadas para os animais ½ sangue Dorper x SRD em comparação aos animais ½ sangue Santa Inês x

SRD, sendo ambos genótipos, semelhantes aos animais ½ sangue Somalis x SRD. A inclusão de FCC exerce efeito negativo sobre a digestibilidade das frações fibrosas, notadamente sobre a hemicelulose, implicando em redução da digestibilidade da MS dietética nos cordeiros ½ sangue Santa Inês.

Palavras-chave: lipídios, nutrição, ovinos, subprodutos

SUMMARY

This study aimed to evaluate the inclusion of cashew nut meal (CNM) offered to lambs of three genetic groups on intake and digestibility of dietary nutrients. Eighteen male lambs, ½ Dorper x ½ native, ½ Somalis x ½ native and ½ Santa Inês x ½ native, with body weight of 22,66. The control diet, constituted Aruana´s hay, corn, soybean meal. The test diet was constituted of these feed plus CNM, Acompletely randomized design in a factorial project 3 x 2, three genetic groups versus two

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native. There was significant interaction only for the DM digestibility. Lower digestibilities were observed for animals ½ Santa Ines x ½ native in the diet containing the CNM. Lower digestibilities of ADF and HCEL were observed in the diets with the inclusion of CNM. For the genetics groups, NDF, ADF and HCEL digestibilities higher it was verified to the animals ½ Dorper x ½ native comparedto theanimals ½ Santa Inês x ½ native, being both similar to the animals ½ Somalis x ½ native. The inclusion of CNM has a negative effect on the digestibilities of fibrous fractions, especially on the hemicellulose, resulting in reduction on the digestibility of dietary DM in the ½ Santa Inês x ½ native.

Keywords: by-products, lipids, nutrition, sheep

INTRODUÇÃO

A estacionalidade das chuvas na região Nordeste é um dos principais fatores que interferem na disponibilidade alimentar para os rebanhos, limitando a expressão do potencial genético de pequenos ruminantes (MARQUES et al., 2007). Com a baixa disponibilidade de alimentos e o aumento do preço dos alimentos concentrados utilizados para complementar a deficiência energética e proteica das dietas ingeridas pelos animais no pasto, a utilização de alimentos alternativos disponíveis nessa região torna-se interessante fonte alimentar de baixo custo. Dentre os alimentos, podemos destacar o farelo de castanha de caju, um alimento alternativo com boa disponibilidade nos períodos de estiagem, quando há redução da disponibilidade alimentar de modo geral (PIMENTEL et al., 2007; SILVA et al., 2011), um dos desafios para utilização dos alimentos alternativos são as características físicas e químicas do alimento que podem afetar positivamente ou negativamente a ingestão (YAMAMOTO et al., 2007). Uma das preocupações quanto ao uso

do farelo de castanha de caju é sua concentração de lipídios, pois o fornecimento de dietas com mais de 7% de extrato etéreo para ruminantes podem comprometer a ingestão de nutrientes, bem como implicar em alterações no aproveitamento das frações fibrosas dietéticas no rúmen (MAIA et al., 2006). Além do aspecto nutricional, o potencial genético dos animais deve ser considerado. Devido o domínio dos rebanhos por animais sem padrão racial definido (SPRD), o emprego de cruzamentos desses animais com outros com alto potencial tem sido uma importante ferramenta para a maximização dos indicadores produtivos da exploração de ovinos e consequentemente maior economicidade dos sistemas de produção de ovinos no Nordeste Brasileiro.

A associação das interações envolvendo os diferentes genótipos e o manejo nutrição é de grande importância para o seguimento produtivo, sendo importante usar parâmetros de avaliação como o consumo e a digestibilidade dos nutrientes dietéticos como forma de compreensão da dinâmica de ingestão e a absorção dos nutrientes a partir do trato gastrointestinal (PEREIRA et al., 2008).

Objetivou-se nesse trabalho avaliar a inclusão do farelo de castanha de caju em dietas experimentais fornecidas a ovinos de diferentes grupos genéticos (½ sangue Dorper x SRD, ½ sangue Somalis x SRD e ½ sangue Santa Inês x SRD), verificando os aspectos de consumo e digestibilidade dos nutrientes dietéticos.

MATERIAL E MÉTODOS

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em uma área pertencente à Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Ceará, zona fisiográfica do sertão cearense, em novembro de 2006, sob aprovação do comitê de ética e biosseguridade animal da Universidade. Foram utilizados dezoito cordeiros, machos e inteiros, de três diferentes grupos genéticos (½ sangue Dorper x SPRD, ½ sangue Somalis x SPRD e ½ sangue Santa Inês x SPRD) com três meses de idade e peso vivo médio de 22,66kg seguindo um delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial 3 x 2 (três grupos genéticos vs duas dietas experimentais, contendo ou não a inclusão de farelo de castanha de caju. As dietas foram formuladas conforme o NRC (1985) para atenderem as exigências nutricionais de cordeiros em terminação com 30kg de peso vivo e ganho de peso médio diário de 250g/dia. A dieta controle foi composta por feno de capim Aruana (Panicum maximum cv. Aruana), farelo de soja e

milho. A esses mesmos ingredientes foi adicionado o farelo de castanha de caju, constituindo a dieta experimental. O maior nível de inclusão do farelo de castanha na dieta foi determinado pelo conteúdo de extrato etéreo, no máximo de 7% na matéria seca. Os animais foram desmamados aos 89 dias de idade, previamente desverminados e alojados individualmente em gaiolas de metabolismo, alocadas em galpão de alvenaria coberto, com piso concretado, dotadas de comedouros, bebedouros, saleiros plásticos e dispositivos apropriados para coleta de urina e fezes, onde permaneceram durante todo o período experimental. O ensaio teve duração de 17 dias, sendo 10 dias para a adaptação e sete para coletas. Os animais foram pesados no inicio do período de adaptação, sendo os pesos utilizados para o cálculo do consumo e ajustes na quantidade de sobras diárias.

As dietas foram divididas em duas refeições iguais e fornecidas às oito e às 17h, buscando-se deixar de 15 a 20% de matéria seca em relação total fornecido, por dia. Água e mistura mineral estiveram disponíveis à vontade. A

composição bromatológica dos

alimentos utilizados está apresentada na Tabela 1.

Durante os sete dias de coleta, amostras do alimento oferecido e sobras foram recolhidas diariamente, pesadas e armazenadas em sacos plásticos identificados, em temperatura a -10ºC. Posteriormente foi preparada uma amostra composta por animal para as sobras dos sete dias de coleta. Após isso, as amostras foram homogeneizadas e acondicionadas em bandejas de alumínio e levadas à estufa de ventilação forçada (55 a 60ºC) por 72 horas, sendo em seguida moídas em moinho Tomas Myller com peneira com 1mm e armazenadas para as análises laboratoriais.

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Tabela 1. Composição bromatológica (%) dos alimentos

Componentes Feno de Capim Aruana Farelo de Castanha Milho Farelo de soja

Matéria Seca (%) em base de matéria

natural 91,25 95,53 90,7 89,56

Proteína Bruta (% na MS) 7,34 24,54 10,63 45,95

NIDN (%NT) 57,90 54,73 93,51 31,01

NIDA (%NT) 40,87 19,87 3,53 21,35

Extrato Etéreo (% na MS) 1,45 42,49 6,59 1,34

Fibra em Detergente Neutro (% na

MS) 78,59 21,01 18,27 19,41

FDNVD (% na MS) 37,59 0,20 3,72 1,11

Fibra em Detergente Ácido (% na MS) 45,02 11,32 4,42 12,19

Hemicelulose (% na MS) 33,57 18,63 17,46 17,04

Celulose (% na MS) 36,73 7,84 4,03 9,8

Lignina (% na MS) 4,32 3,63 0,68 1,56

Cinzas % na MS) 9,04 7,07 2,03 6,16

Cálcio 1,2 0,1 0,9 0,27

Fósforo 0.42 0,51 0,26 0,59

Carboidratos Totais (% na MS) 82,17 25,9 80,75 46,55

Carboidratos Não Fibrosos (% na MS) 10,52 9,77 62,86 39,95

NIDN = nitrogênio insolúvel em detergente neutro, NIDA = nitrogênio insolúvel em detergente ácido, FDNVD = fibra em detergente neutro verdadeiramente digestível.

Foram realizadas as determinações de matéria seca, matéria mineral, extrato etéreo e proteína bruta do alimento, sobras e fezes seguiram a metodologia proposta pela AOAC (1995). A quantificação da fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, celulose, hemicelulose e lignina (Van SOEST et al., 1991). Para o cálculo de NDT das dietas experimentais utilizou-se a equação proposta por (SNIFFEN et al., 1992). Para o cálculo da porcentagem dos carboidratos totais (CT), adotou-se a equação sugerida por Sniffen et al. (1992) e para o cálculo dos carboidratos não fibrosos (CNF) utilizou-se equação CNF = 100 - (PB + EE + MM + FDN). Os coeficientes de digestibilidade de MS, MO, PB, EE, FDN, FDA, CEL, HCEL foram determinados pela diferença entre o ingerido e excretado nas fezes a partir da

seguinte fórmula: [(Consumo do nutriente em gramas – quantidade em gramas do nutriente nas fezes)/Consumo do nutriente em gramas]*100.

O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 2, três grupos genéticos e duas dietas experimentais, perfazendo seis tratamentos com três repetições por tratamento. As médias foram comparadas pelo teste SNK em nível de 5% de probabilidade. As correlações entre as variáveis foram feitas por meio das análises de correlação lineares de Pearson. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software SAEG

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Tabela 2. Composição centesimal (%) e bromatológica (%) das dietas experimentais, conforme a inclusão ou não de FCC

Composição centesimal

Dietas experimentais Feno de Capim Aruana FCC Milho Farelo de Soja

Com inclusão de FCC 40,66 13,31 31,83 14,20

Sem inclusão de FCC 41,47 - 39,58 18,95

Composição bromatológica das dietas experimentais

Componentes Dieta com FCC Dieta sem FCC

Matéria Seca em base de matéria natural (%) 91,41 90,71

Proteína Bruta (% na MS) 16,16 15,96

NIDN (%NT) 65,00 66,89

NIDA (%NT) 20,58 22,39

Extrato Etéreo (% na MS) 8,53 3,46

Fibra em Detergente Neutro (% na MS) 43,33 43,50

Fibra em Detergente Neutro Verdadeiramente Digestível (% na

MS) 16,66 17,27

Fibra em Detergente Ácido (% na MS) 22,95 22,73

Hemicelulose (% na MS) 24,11 24,06

Celulose (% na MS) 18,65 18,68

Lignina (% na MS) 2,68 2,36

Cinzas 6.13 5.72

Carboidratos Totais (% na MS) 69,19 74,86

Cálcio 0,83 0,91

Fósforo 0,49 0,31

Carboidratos Não Fibrosos (% na MS) 30,83 36,24

NDT* 79,83 75,64

NIDN = nitrogênio insolúvel em detergente neutro, NIDA = nitrogênio insolúvel em detergente ácido, NDT = nutrientes digestíveis totais.

*Conforme Sniffen et al (1992).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observa-se que o FCC na dieta teste substituiu o milho e o farelo de soja como previsto. Não houve comprometimento dos níveis de PB e NDT das dietas quando se reduziram as quantidades de milho e farelo de soja (Tabela 1). De modo geral não houve diferenças marcantes entre as dietas experimentais quanto à composição bromatológica. Observou-se que o teor de extrato etéreo foi maior na dieta com FCC e os teores de carboidratos totais, carboidratos não fibrosos e carboidratos não fibrosos verdadeiramente digestíveis foram

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superior nos animais ½ sangue Dorper x SRD em relação ao verificado nos animais ½ sangue Santa Inês x SRD, tendo sido ambos semelhantes aos animais ½ sangue Somalis x SRD (Tabela 3).

De acordo com o NRC (2007), considerando-se a exigência nutricional de cordeiros com maturidade tardia, o valor referencial de consumo de 62,39g de MS/UTM/dia assemelha-se mais ao verificado para animais ½ sangue Santa

Inês x SRD (68,92g/UTM). Ao considerarmos os dados do referido sistema para cordeiros com maturidade precoce, o valor é 87,76g de MS/UTM. Considerando os grupos genéticos, os animais ½ sangue Dorper x SRD apresentaram valor semelhante a este (83,11g/UTM). Entre os dois, situa-se o consumo pelos animais ½ sangue Somalis x SRD (78,56g/UTM), mais próximo numericamente ao valor para cordeiros de maturidade precoce.

Tabela 3. Valores médios de consumo de nutrientes por ovinos de diferentes genótipos recebendo dietas contendo ou não farelo de castanha de caju (FCC)

CMS Grupo Genético

g/UTM % PV CMS Dig

½ sangue Dorper x SRD 83,11a 3,68a 61,88a

½ sangue Somalis x SRD 78,56a 3,70a 55,94ab

½ sangue Santa Inês x SRD 68,92a 3,42a 48,26b

CMS Dietas

g/UTM % PV CMS Dig

Com FCC 75,12a 3,59a 53,43a

Sem FCC 78,61a 3,60a 57,29a

CV(%) 13,20% 13,11% 14,40%

CMO Grupo Genético

g/UTM % PV CMO Dig

½ sangue Dorper x SRD 71,29a 3,16a 55,44a

½ sangue Somalis x SRD 67,08a 3,15a 50,15a

½ sangue Santa Inês x SRD 58,91a 2,92a 44,33a

CMO Dietas

g/UTM % PV CMO Dig

Com FCC 64,49a 3,09a 48,70a

Sem FCC 67,03a 3,07a 51,25a

CV(%) 13,63% 13,48% 14,61%

*Médias com letras minúsculas iguais na mesma coluna não diferem significativamente pelo teste SNK (P>0,05).

CMS = consumo de matéria seca, CMO = consumo de matéria orgânica, PV = peso vivo, UTM = unidade de tamanho metabólico.

Na atual pesquisa, as diferenças de ingestão de nutrientes entre os genótipos podem ser reflexo das alterações na capacidade do trato digestivo entre os grupos genéticos em questão, o que

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do consumo em ruminantes. Nesse contexto, as demandas necessárias ao potencial de desempenho dos animais ½ sangue Santa Inês podem ter sido alcançadas mais facilmente em relação aos animais ½ sangue Dorper x SRD. Essa condição fisiológica é alcançada quando a absorção de nutrientes proteicos e energéticos atendem os requisitos nutricionais da categoria. No presente estudo, as rações formuladas para os diferentes genótipos estudados tiveram 59,35% (sem o FCC) e 59,57% (com o FCC) da fração concentrada, o que pode ter contribuido para limitar o consumo de matéria orgânica, especialmente em cordeiros mestiços Santa Inês x SPRD. No estudo conduzido por Barros et al. (2003) com animais ½ sangue Somalis e ½ sangue Santa Inês com peso vivo médio de 14,65kg alimentados com níveis crescentes de concentrado composto de milho, farelo de soja e sal mineral, os autores verificaram que quantidades de concentrado maiores do que 35,3% de matéria seca diminuíram o consumo de matéria orgânica nas dietas fornecidas para os cordeiros mestiços Somalis x SPRD e Santa Inês x SPRD. Os resultados para CMS (g/UTM), foram superiores aos obtidos por Rodrigues et al. (2003), que obtiveram consumos médios de MS 70,54g/UTM, quando avaliaram a inclusão de FCC em níveis de inclusão na fração concentrada de 0, 12, 24 e 36% em dietas para ovinos. Ao estudar o consumo de nutrientes e aspectos quantitativos da carcaça de cordeiros em terminação recebendo dietas contendo farelo de castanha de caju, Nascimento et al. (2012) observaram valores médios de consumo de MS de 74,3g/UTM e consumo de MO de 64,36g/UTM, semelhantes aos obtidos nesta pesquisa.

Não houve interação (P>0,05) entre grupos genéticos e dietas experimentais

para os consumos de PB e de EE. Não houve diferença significativa considerando-se as duas dietas experimentais para os consumos de PB e de EE (Tabela 4). Em termos de consumo de PB, houve diferenças para o consumo de proteína digestível para os animais ½ sangue Santa Inês x SRD em comparação aos animais ½ sangue Dorper x SRD, sendo ambos semelhantes aos animais ½ sangue Somalis x SRD. Para o consumo de EE, não houve diferença significativa (P>0,05) para os grupos genéticos, porém, constataram-se maiores consumos nas dietas com FCC (P<0,05), reflexo do conteúdo mais alto de EE nessas dietas (Tabela 2). Pela correlação de Pearson, percebe-se maior influência do consumo de PB sobre o consumo de MS (r=0,9817; P<0,001) do que do consumo de EE sobre o consumo de MS (r=0,2396; P>0,05). Portanto, embora Maia et al. (2006) tenha recomendado que o limite de EE não deve ultrapassar 7% do total dietético, não houve efeito do consumo de EE sobre o consumo de MS.

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Tabela 4. Valores médios de consumo de nutrientes por ovinos de diferentes genótipos recebendo dietas contendo ou não farelo de castanha de caju (FCC)

CPB Grupo Genético

g/UTM % PV CPB Dig

½ sangue Dorper x SRD 16,14a 0,72a 12,61a

½ sangue Somalis x SRD 15,50a 0,73a 11,83ab

½ sangue Santa Inês x SRD 13,72a 0,68a 10,49b

CPB Dietas

g/UTM % PV CPB Dig

Com FCC 14,84a 0,70a 11,74a

Sem FCC 15,39a 0,71a 11,75a

CV(%) 12,86% 12,99% 10,34%

CEE Grupo Genético

g/UTM % PV CEE Dig

½ sangue Dorper x SRD 6,02a 0,27a 5,53a

½ sangue Somalis x SRD 5,69a 0,27a 5,14a

½ sangue Santa Inês x SRD 4,82a 0,25a 4,44a

CEE Dietas

g/UTM % PV CEE Dig

Com FCC 7,71a 0,37a 7,20a

Sem FCC 3,32b 0,15b 2,87b

CV(%) 14,67% 15,23% 16,31%

*Médias com letras minúsculas iguais na mesma coluna não diferem significativamente pelo teste SNK (P>0,05).

CPB = consumo de proteína bruta, CEE = consumo de extrato etéreo, PV = peso vivo, UTM = unidade de tamanho metabólico.

Não houve interação (P>0,05) entre grupos genéticos e dietas para o consumo das frações fibrosas e seus constituintes digestíveis (Tabela 5). Não houve efeito das dietas sobre os parâmetros citados, assim como não houve efeito dos grupos genéticos estudados sobre o consumo de celulose. Houve diferenças efeito do grupo genético sobre os consumos de FDN, FDA e HCEL (g/UTM), bem como para os consumos de FDN, FDA e HCEL digestíveis. Verificaram-se que os animais ½ sangue Dorper x SRD em relação aos animais ½ sangue Santa Inês x SRD, tendo sido o consumo dos animais ½ sangue Somalis x SRD semelhante a ambos. Um estudo realizado por Macedo Júnior et al. (2006) determinou que para ovelhas no

final de gestação, há a necessidade de no mínimo 28,05% de FDN na composição dietética para manutenção

da função ruminal normal,

correspondendo assim a um consumo de 78,18g/kg0,75. Considerando-se esse valor em relação aos consumos de MS recomendados pelo NRC (2007) para cordeiros de maturidade tardia (62,39g/UTM) e para cordeiros de maturidade precoce (87,76g/UTM) obtêm-se os valores mínimos de 17,52g de FDN/UTM para cordeiros de maturidade tardia e 24,64g de

FDN/UTM para cordeiros de

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Tabela 5. Valores médios de consumo de frações fibrosas por

ovinos de diferentes

genótipos recebendo dietas contendo ou não farelo de castanha de caju (FCC)

CFDN Grupo

Genético g/UTM % PV

CFDN Dig ½ sangue

Dorper x

SRD 33,14

a 1,49a 18,46a

½ sangue Somalis x

SRD 30,35

ab 1,43a 16,00ab

½ sangue Santa Inês

x SRD 25,44

b 1,24a 12,66b

CFDN Dietas

g/UTM % PV

CFDN Dig

Com FCC 28,70a 1,37a 14,58a

Sem FCC 30,58a 1,40a 16,84a

CV(%) 14,47% 14,50% 20,61%

CFDA Grupo

Genético g/UTM % PV

CFDA Dig ½ sangue

Dorper x

SRD 16,67

a 0,75a 7,79a

½ sangue Somalis x

SRD 15,69

ab 0,74a 7,00ab

½ sangue Santa Inês

x SRD 12,98

b 0,63a 5,68b

CFDA Dietas

g/UTM % PV

CFDA Dig

Com FCC 14,76a 0,71a 6,49a

Sem FCC 15,48a 0,71a 7,15a

CV(%) 14,58% 15,54% 19,02%

CHCEL Grupo

Genético g/UTM % PV

CHCEL Dig ½ sangue

Dorper x SRD

18,58a 0,84a 12,60a

½ sangue Somalis x

SRD 17,01

ab 0,80a 11,17ab

½ sangue Santa Inês

x SRD 14,15

b 0,69a 9,13b

CHCEL Dietas

g/UTM % PV

CHCEL Dig

Com FCC 16,04a 0,77a 10,33a

Sem FCC 17,13a 0,78a 11,60a

CV(%) 13,83% 14,11% 18,16%

CCEL Grupo

Genético g/UTM % PV

CCEL Dig ½ sangue

Dorper x

SRD 13,81

a 0,62a 6,03a

½ sangue Somalis x SRD

12,89a 0,61a 5,49a

½ sangue Santa Inês

x SRD 10,85

a 0,53a 4,44a

CCEL Dietas

g/UTM % PV

CCEL Dig

Com FCC 12,39a 0,59a 4,98a

Sem FCC 12,65a 0,58a 5,66a

CV(%) 18,67% 15,19% 30,37%

Médias com letras minúsculas iguais na mesma coluna não diferem significativamente pelo teste SNK (P>0,05)

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O consumo de MS (g/UTM) foi influenciado pelo consumo de FDN (g/UTM) (r=0,9162; P<0,0001), tornando-se importante destacar que a proporção de consumo de FDN (43,33 e 43,50%) e de FDA (22,95 e 22,73%) em relação ao consumo de MS nas dietas experimentais foram baixos. Esse dado corrobora com os comentários de que o efeito da dieta sobre os grupos genéticos teve um efeito mais marcante sobre o consumo de MS por causa dos níveis energéticos dietéticos do que propriamente do efeito da fibra sobre a capacidade de enchimento do rúmen. Pode-se constatar, pela análise das dietas experimentais (Tabela 2), que a maior fração da FDN é composta por celulose e hemicelulose, não sendo verificados efeitos marcantes da lignificação da parede celular sobre o consumo. O valor de lignina das dietas experimentais foram baixos (Tabela 2). Quando a fibra é incluída em excesso na dieta, sua densidade energética torna-se baixa, seu consumo é reduzido, e a produtividade animal tende a diminuir.

No entanto, quando níveis mínimos de fibra não são atendidos, ou ainda, quando o tamanho de partículas da forragem é inadequado, há o comprometimento da produção de saliva, redução do pH ruminal e redução da ruminação (LOPES et al., 2008). Houve interação significativa entre grupos genéticos e dietas experimentais (P<0,05) para os coeficientes de digestibilidade da MS (Tabela 6). A digestibilidade da MS pelos animais ½ sangue Santa Inês x SRD foi a menor dentre os grupos genéticos avaliados, nas dietas que incluíram FCC, enquanto não houve diferença entre os grupos genéticos para dieta controle. Apenas dentro do grupo ½ sangue Santa Inês x SRD houve diferenças para a digestibilidade da MS, considerando-se as dietas controle e teste, onde observou-se para os animais ½ sangue Santa Inês x SRD que receberam a dieta com FCC, menor digestibilidade da MS (66,23%) em relação aos animais do mesmo grupo que receberam a dieta sem a inclusão de FCC (73,20%).

Tabela 6. Média dos coeficientes de digestibilidade da matéria seca de dietas contendo ou não farelo de castanha por ovinos de diferentes grupos genéticos

Digestibilidade da Matéria Seca (%) (CV=3,02%) Grupos Genéticos

Inclusão de FCC

Dorper x SRD Somalis x SRD Santa Inês x SRD Médias

Com Inclusão 74,05Aa 71,51Aa 66,23Bb 70,60A

Sem Inclusão 74,66Aa 70,66Aa 73,20Aa 72,84A

Médias 74,36a 71,08b 69,71b

aMédias com letras minúsculas iguais na mesma linha indicam semelhança estatística (P>0,05). AMédias com letras maiúsculas iguais na mesma coluna indicam semelhança estatística (P>0,05).

Não houve interação significativa (P>0,05) para as digestibilidades da MO, PB e EE (Tabela 7). Também não foram observadas diferenças significativas para as digestibilidades da MO e PB, considerando-se as dietas experimentais e

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termos de consumo de MS e PB digestível (Tabelas 3 e 4), não houve diferenças entre as digestibilidades de MS e PB (Tabelas 6 e 7). Os herbívoros, de modo geral, aumentam o consumo na tentativa de vencer a baixa digestibilidade do alimento reduzindo o tempo de retenção (Van SOEST, 1994). As diferenças de digestibilidade do EE ocorreram basicamente pelo efeito dietético (Tabela 7). A maior inclusão do FCC pode ter favorecido o incremento da digestibilidade desse nutriente nas dietas que incluíram o FCC. Essa informação corrobora com os resultados verificados por Pimentel et al. (2011) em que observaram aumento linear da digestibilidade de EE com o aumento da inclusão de farelo de castanha, rico em lipídios, em dietas

fornecidas para ovinos. Não houve efeito marcante das digestibilidades da PB (r=0,4997; P>0,05) e do EE (r=-0,1595; P>0,05) sobre a digestibilidade da MS. O consumo e a digestibilidade das frações fibrosas devem ter exercido efeito mais representativo sobre a digestibilidade da MS e discutidos anteriormente. A digestibilidade da MS, 71,72%, superior à obtida por Cunha et al. (2008) para dietas contendo até 40% de caroço de algodão integral para ovinos Santa Inês. Digestibilidade da MS inferior foram citados Santos et al. (2009), ao avaliar ovinos Santa Inês alimentados com canola em grão integral, farelo de canola e torta de canola, de 67,33, 66,48 e 66,43%, respectivamente.

Tabela 7. Média dos coeficientes de digestibilidade da matéria orgânica (DMO), proteína bruta (DPB) e extrato etéreo (DEE) por ovinos de diferentes grupos genéticos recebendo dietas contendo ou não farelo de castanha

Grupo Genético Digestibilidade

(MO)

Digestibilidade (PB)

Digestibilidade do (EE)

½ sangue Dorper x SRD 77,70a 78,44a 89,83a

½ sangue Somalis x SRD 74,65a 76,33a 89,20a

½ sangue Santa Inês x SRD 75,06a 76,51a 90,98a

Dietas Digestibilidade (MO) Digestibilidade (PB) Digestibilidade do (EE)

Com FCC 75,18a 77,89a 93,44a

Sem FCC 76,42a 76,59a 86,57b

CV(%) 2,94% 3,69% 3,19%

*Médias com letras minúsculas iguais na mesma coluna não diferem pelo teste SNK (P>0,05).

Não houve interação (P>0,05) para a digestibilidade das frações fibrosas (Tabela 8). Considerando-se a digestibilidade da FDN e HCEL, houve diferenças entre as dietas experimentais, onde maiores digestibilidades foram observadas para as dietas em que não houve a inclusão de FCC, não sendo constatadas diferenças para as digestibilidades da FDA e da celulose

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Observa-se, portanto, um efeito marcante da inclusão do FCC sobre a digestibilidade da FDN, notadamente sobre a hemicelulose. De acordo com Van Soest (1994), ocorre uma variação no grau de associação da fibra (predominantemente celulose) com a digestibilidade. A partir dos dados experimentais, percebe-se que a fração lignocelulose que compõe a FDA parece não ter exercido efeito marcante sobre a digestibilidade da FDN, já que não houve variação da digestibilidade

da FDA entre as dietas. Esse fato se comprova na medida em que a correlação entre digestibilidade da hemicelulose e da FDN (r=0,8043; P<0,0001) foi maior que a correlação existente entre a digestibilidade da FDN e da celulose (r=0,6833; P<0,001). O efeito da lignina das dietas experimentais (2,68% na MS para dieta com FCC e 2,36% na MS para dieta sem FCC, Tabela 2), provavelmente não exerceu efeitos deletérios sobre a dieta com FCC.

Tabela 8. Média do coeficiente de digestibilidade das frações fibrosas de dietas contendo ou não farelo de castanha por ovinos de grupos genéticos distintos

Grupo Genético DFDN DFDA DHCEL CEL

½ sangue Dorper x SRD 55,21a 47,61a 68,67a 44,69a

½ sangue Somalis x SRD 52,53ab 44,47ab 65,50ab 42,09a

½ sangue Santa Inês x SRD 49,34b 42,54b 62,81b 38,73a

Dietas DFDN DFDA DHCEL DCEL

Com FCC 50,04b 43,59a 63,64b 39,30a

Sem FCC 54,68a 46,16a 67,68a 44,37a

CV(%) 6,99% 6,48% 5,42% 18,67%

Médias com letras minúsculas iguais na mesma coluna não diferem significativamente pelo teste SNK (P>0,05).

DFDN = digestibilidade da fibra em detergente neutro, DFDA = digestibilidade da fibra em detergente ácido, DHCEL = digestibilidade da hemicelulose, DCEL = digestibilidade da celulose.

Segundo Teixeira & Borges (2005) as oleaginosas são as fontes de lipídios mais usadas na dieta de ruminantes por proporcionarem alta densidade energética em substituição aos carboidratos rapidamente fermentáveis, favorecendo a fermentação ruminal e a digestão da fibra, entretanto, não deve ser usado em excesso, devido ao seu conteúdo em óleo (SILVA et al., 2007). O elevado teor de extrato etéreo, superior a 7%, pode comprometer a ação dos microrganismos sobre a degradação da fibra dietética. Nesse estudo, a dieta contendo a inclusão de FCC, por sua constituição lipídica mais elevada que a dieta controle (Tabela 2),

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porque o FCC foi incluído em 36% da fração concentrada da dieta e, nessa condição, o valor de extrato etéreo dietético foi superior a 6% do total de matéria seca. O farelo de castanha de caju, incluído em até 13,31% da dieta, apresenta potencial de utilização na dieta de cordeiros em terminação, caracterizando-se como importante alternativa no incremento da densidade calórica dietética. A inclusão do FCC em dietas para cordeiros de diferentes genótipos não promove alterações no consumo de nutrientes. Diferenças existentes entre genótipos influenciam o consumo de nutrientes. A inclusão de FCC promove redução sobre a digestibilidade das frações fibrosas, notadamente sobre a hemicelulose,

implicando em redução da

digestibilidade da MS nos cordeiros ½ sangue Santa Inês.

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