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A influência da indexação sobre a demanda e oferta de moeda no Brasil

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(1)
(2)
(3)

DECLARAÇÃO

A quem de direito e para os devidos fins e efeitos, declaro

que o economista FRANCISCO DE PAULA QUEIROZ, depois de concluir

os Cursos de Mestrado em Economia nesta Escola (EPGE),realizados

nos anos de 1975/1976, elaborou e apresentou sua Dissertação de

Mestrado, examinada pela banca constituída pelos Doutores em Eco

nomia Antônio Carlos Braga Lemgruber, Roberto Fendt Jr. e Carlos

Geraldo Langoni que, em laudos distintos e separados, a aprova

ram unanimemente, resultando como média ou grau final 8 (oito).

Com este fato, o economista Francisco de Paula Queiroz com

pleta os requisitos para obter oficialmente o título de "Mestre

em Economia", que confere esta Escola.

EPGE/1BRE

rn

Rio de Janeiro, 08 de agosto de 1978

v Coe de Oliveira

Subdiretor.Adm/EPGE

(4)
(5)

LAUDO

SOBRE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Para os devidos fins e efeitos, informo ã Direção da EPGE/FGV que

examinei a Dissertação de Mestrado em Economia, intitulada "A

Influên-cia da Indexação sobre a Demanda e a Oferta de Moeda no Brasil", de au

toria do economista FRANCISCO DE PAULA QUEIROZ, a qual aprovo com grau

8 (oito) . 0 candidato ao titulo de "Mestre em Economia" realizou de

fato um trabalho sério e seguro, aplicando adequadamente técnicas

eco-nometricas para o estudo dos efeitos da correção monetária no mercado

monetário de nosso Pais e, ao mesmo tempo, fazendo uma revisão cuidado

sa dos estudos teóricos e empíricos já realizados no Brasil sobre eco

nomia monetária.

Rio de Janeiro, 7 de julho de 1978

Antônio Carlos Br

4

;a Lemgruber, Ph.D

(6)
(7)

LAUDO DO EXAME DE MESTRADO

Tendo examinado oralmente, em conjunto com os

demais membros do corpo docente desta EPGE, o mestrando FRAN

CISCO DE PAULA QUEIROZ, conclui que em sua proposta de tese

"Sobre os Efeitos da Correção Monetária Sobre a Demanda e Ofej:

ta de Moeda no Brasil"^ Queiroz utiliza adequadamente o ins

trumental de teoria econômica, enriquecendo nosso conhecimen

to sobre os efeitos da introdução da correção no mercado mo

netário brasileiro. Confiro grau 8 (oito), neste exame de

tese.

Rio de Janeiro, 2$ de Julho de

S v>

(8)
(9)

Para os devidos fins e efeitos,declaro ter

examinado a Tese de Mestrado de autoria do economista FRAN

CISCO

DE

PAULA

QUEIROZ

intitulada

" A

Influência

da

Indexação

sobre a Demanda e a Oferta de Moeda no Brasil", considerando-a

aprovada com grau oito pela relevância do tema escolhido e a

forma

apropriada

como

o mestrando

aplicou

os

princípios

de

tec)

ria Econômica assim como o instrumental econometrico.

d

EPGE/IBRE

Rio de Janeiro, 7 de agosto de 1978

(10)
(11)

Comissão Julgadora

Professor ANTÔNIO CARLOS LEMGRUBER <Phd>

Professor CARLOS GERALDO LANGONI <phd,

(12)
(13)

"A INFLUÊNCIA DA INDEXAÇÃO SOBRE A DEMANDA E OFERTA DE MOEDA NO BRASIL"

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA À CONGREGAÇÃO DA

ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA

PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE

MESTRE EM ECONOMIA

POR /

FRANCISCO DE PAULA QUEIROZ

RIO DE JANEIRO, RJ

(14)

ÇÁO GETULIO VARGAS

(15)

Índice

das

Tabelas

iv

Agradecimentos

v

ípresentaçâb

vii

Capítulo

I:

INFLAÇÃO

E INDEXAÇÃO

1

1.1-

Introdução

..,

1

1.2-

Teoria

da

Inflação

3

1.2.1

- Definição

4

1.2.2 - Causas da Inflação e Medidas de Con

trole

b.

1.2.3

- Evolução

da

Teoria

H

1.2.4

- Distorções

Provocadas

pela

Inflação

16

1.3-0

Mecanismo

da

Indexação

19

Capítulo

II:

DEMANDA

POR

MOEDA

26

2.1-

Discussão

de

Modelos

41

2.2 - Definição de Moeda: Agregações e Desagrega

ções

-^

2.3-

Especificação

do

Modelo

Formal

54

2.4

- A Velocidade-Renda

da

Moeda

58

Capítulo

III:

OFERTA

DE

MOEDA

63

3.1

- A Base

Monetária

68

3.2-0

Multiplicador

Monetário

72

ÍÂHniü iUniüilÜt Ò

(16)
(17)

3.2.1 - Elasticidade dos Parâmetros 79

3.2.2 - Descrição e Especificação dos Mode

los Formais 83

Capítulo

IV:

RESULTADOS

EMPÍRICOS

94

4.1-

Demanda

por

Moeda

96

4.1.1 - Lições da Teoria Quantitativa 96

4.1.2 - Resultados Econometricos 101

4.1.2.1

- Curto Prazo

108

4.1.2.2 - Longo Prazo HO

4.1.2.3 - Velocidade-Renda da Moeda 112

4.1.2.4 - Impacto da Indexação 115

4.2-

Oferta

de

Moeda

121

4.2.1 - Dominância da Base Monetária 122

4.2.2 - Análise dos Parâmetros do Multipli

cador

127

4.2.3 - Resultados Econometricos 134

4.2.3.1 - A Influência da Indexação 139

Capítulo

V:

SUMARIO

E CONCLUSÕES

143

APÊNDICE

A:

DEMANDA

DE

MOEDA

(1946-76)

E

INFLUÊNCIA

DA

INDEXAÇÃO

APÊNDICE

B:

TESTE

DE

SNEDECOR

I52

(18)
(19)

Índice dos gráficos

Gráfico

Página

1 Taxas Anuais de Variação: Nível de Preços, Meios de

Pagamentos e Renda Real 99

2 Decorrçosição da Taxa Anual de Variação da Oferta de

Moeda (Definição M^ 125

3 Decomposição da Taxa Anual de Variação da Oferta de

Moeda (Definição M^ 126

4 Parâmetro h do Multiplicador 130

5 Parâmetro a do Multiplicador 131

6 Parâmetros r e r do Multiplicador 132

(20)
(21)

ÍNDICE DAS TABELAS

Tabela

1

A Aiplitude

da

Indexação

20

2

Base

Monetária

no

Brasil

73

3 Utpacto da Indexação - Sinais Esperados 92

4

Taxas

Médias

Anuais

de

Variação

( % )

98

5

Demanda

de

Moeda

- Impacto

da

Indexação

102

6

Demanda

por

Moeda

104

7

Velocidade-Renda

da

Moeda

- Coeficientes

113

8

Oferta

de

Moeda

135

9

Elasticidades

138

10

Demanda

de

Moeda

(1946-76)

- Impacto

da

Indexação

...

150

(22)
(23)

nos auxiliaram na evolução desta pesquisa, entre as quais des

tacamos alguns nomes, em decorrência do substancial apoio rece

bido.

A orientação segura do Professor Antônio Carlos

Lemgruber foi sobremodo marcante no desenvolvimento desta aná

lise, em todas as suas etapas, desde as idéias iniciais, até a

conclusão definitiva.

0 Professor Carlos Geraldo Langoni atuou como

nosso "adviser" durante o Curso de Mestrado, sempre enfatizando

a necessidade de se empregar tempo e esforço em pesquisa, suge

rindo diversos temas que requerem um estudo aprimorado, inclusi^

ve a própria indexação.

Agradecemos também a diversos professores, quer

pela presteza no esclarecimento de duvidas, quer pelo papel re

levante que desempenharam em nosso aprendizado, destacando-se ,

(24)
(25)

çalves, Antônio Maria da Silveira, Cláudio Luiz da Silva Haddad,

Jessi de Souza Montello, José Luiz de Carvalho e Reaberto Pendt Jr..

Do Professor Ney Coe de Oliveira e de Mareia Me

dina

Gomes

de

Andrade

recebemos

indispensável

incentivo

à

conti^

nuidade da tarefa. De Paulo Alves adveio a eficiente contribui

ção relativa aos serviços de datilografia.

0 Banco do Brasil S.A. e a Fundação Getúlio Var

gas

forneceram

assistência

financeira,

sem

a qual

seria

impossí^

vel realizar o trabalho.

Finalmente, é conveniente frisar que, embora deva

mos

gratidão

a todos

que

nos

apoiaram,

as

possíveis

falhas

não

sanadas nesta pesquisa são de nossa inteira responsabilidade.

Rio de Janeiro, janeiro de 1978.

(26)
(27)

APRESENTAÇÃO

Embora

a Teoria

Econômica

tenha

evoluído

o

su

ficiente

para

mostrar

os

efeitos

perversos

decorrentes

do

processo inflacionario, este, todavia, tem suscitado contro

vérsias,

quanto

ao

estudo

de

suas

causas

e a

forma

de

comba

tê-lo.

Dentro

desse

quadro

a correção

monetária

tem

servido

para

viabilizar

o que

se

convencionou

chamar

de

"convivência

pacífica com a inflação", o que exprime o potencial desse me

canismo

no

sentido

de

minimizar

os

piores

efeitos

provocados

pela expansão contínua e generalizada dos preços.

Pelo menos ao nível teórico, entretanto, a in

fluência desse instrumento tem suscitado diversas correntes

de

opinião,

que

defendem

tanto

seus

efeitos

positivos

sobre

o tratamento do problema inflacionario, como os efeitos nega

tivos e neutros. No caso brasileiro, em particular, diversos

estudos

tem

procurado

quantificar

ou

qualificar

a

influência

desse

mecanismo

sobre

variáveis

relevantes do

sistema

econô

(28)
(29)

Este trabalho, cano seu título sugere, tem o pro

pósito essencial de analisar a influência desse instrumento sobre

o mercado monetário no Brasil, concentrando-se mais especifica

mente na possibilidade de ter a indexação provocado tanto a insta

bilidade

na

demanda

de

moeda,

quanto

o aumento

do

grau

de

endoge

neidade de sua oferta.

Cabe salientar que a análise é conduzida em ter

mos de uma economia fechada e isenta da pretensão de investigar

em que medida a cláusula de indexação contribuiu para o cresci

mento econômico do Pais. Pretende-se apenas dar um primeiro pas

so

no

sentido

de

analisar

a influência

da

indexação

sobre

o mer

cado monetário, deixando-se, inclusive, de abordar de modo exaus

tivo os assuntos aos quais este trabalho se relaciona, como o

problema

inflacionario,

a

demanda

e a oferta

de

moeda,

além

do

(30)
(31)

1.1 - INTRODUÇÃO

O objetivo central deste trabalho e fornecer

uma

primeira

aproximação

ã análise

do

impacto

da

correção

mo

netária sobre a demanda e oferta de moeda no Brasil.

Com respeito ã demanda da moeda é possível que

esse mecanismo tenha suscitado a sua instabilidade nos anos

recentes, alterando a elasticidade juros dessa procura. Por

outro lado, o instrumento de indexação pode ter influenciado

a oferta de moeda no sentido de alterar seu grau de

endoge-neidade,

com possíveis

conseqüências

para

a execução

da

polí

tica monetária.

A

análise

destes

aspectos

requer

a

estimação

(32)

con-clusões

adicionais.

Para

tanto

são

utilizados

dados

anuais

do

período

1900-1976,

suficientemente

longo

para

se

verificar

o

comportamento dessas variáveis.

Essa

estimação

defronta-se

com

a

escolha

de

mo

delos convenientes ao tratamento do problema, motivo pelo qual

são

abordados

alguns

elementos

de

ordem

teórica,

que

sirvam

de

alicerce ãs principais conclusões emergentes do estudo, sem se

afastar da simplicidade com que se pretende enfocar o assunto.

Pelo simples fato de que a indexação existe em

função

do

processo

inflacionãrio,

é

até

premente,

de

certo

mo

do, considerar também essa questão, há longo tempo presente na

(33)

a justifica ê, no mínimo, um contrasenso, que pode viesar a

montagem do raciocínio e induzir a resultados supérfluos. Uma

forma coerente de fugir a esse problema consiste em detalhar

o aspecto inflacionario, para amparar as considerações a res

peito

da

correção

monetária/

com

farto

material

na

experiên

cia brasileira.

Seria pretensioso e mesmo impossível montar um

"survey" detalhado a respeito do processo inflacionario. As

sim, o que se pretende é enfocar uma parte do problema, ca

racterizando divergências importantes, evolução histórica de

algumas

idéias

e

as

distorções

que

introduz

no

sistema

econô

mico, de modo a servir de contexto para o tratamento da cor

(34)

1.2.1 - Definição

E"

bastante

freqüente

encontrar-se

na

litera

tura

que

trata

do

assunto,

inflação

ora

definida

pelas

suas

causas ora pelas suas características ou conseqüências. Tais

enfoques,

contudo,

refletem

apenas um

problema

de

ênfase,

vis

to

que

se

a definirmos

pelas

suas

causas

estaremos

mais

preocu

pados

com

a aplicação

de

medidas

corretivas,

ao

passo

que

a

análise

de

suas

características

ou

conseqüências

nos

leva

a

uma

discussão

com

o objetivo

de

determinar

se

ê ou

não

neces

sário

ou

desejável

e em

que

medida,

controlar

o

processo

in-flacionãrio.

Entretanto,

como

veremos

no

item

1.2.3,

a Teo

ria

da

Inflação

evoluiu

o

suficiente

para

demonstrar

com

certa clareza que esse controle é necessário e, em decorrên

cia disso, um ponto comum, pelo menos na literatura mais re

cente,

ê encontrar-se

a inflação

definida

como

um

processo

de

alta geral e contínua no nível de preços, sem atentar portan

to para suas causas.

(35)

ração

do

nível

de

preços

acaba

acarretando

inümeros

problemas

de

interpretação,

pois

sendo

em

geral

uma

medida

agregada

e

associada

a um mundo

onde

milhões

de

agentes

econômicos

efe

tuam

transações

de

diferentes

bens,

cujos

preços

não

se

movem

proporcionalmente,

refletindo

escassez

ou

excessos

temporá

rios, ou incorporando mudanças de qualidade nem sempre ime

diatamente evidentes, além de outros problemas, resulta

ex-tremamente difícil definir-se um índice apropriado. Assim, a

escolha

de

diferentes

índices

pode

levar

a

diferentes

medidas,

embora

tal

fato

não

nos

impeça,

como

apontam

Kessel

e Alchian

(1962),

de

identificar

claramente

períodos

de

inflação

ou

de

flação.

1.2.2 - Causas da Inflação e Medidas de Controle

Embora

a definição

de

inflação

e do

índice

de

(36)

controvér-sias mais sérias, a identificação das suas causas não atingiu

ainda um n£vel claro de concordância, dada a dificuldade de se

detectar tais causas pela própria complexidade da economia,

que abrange a interligação de seus setores. Encontram-se, as

sim, expressões como inflação de lucros, de salários, de cus

tos, de demanda, de origem externa, etc,, cada uma delas en

fatizando o determinante do processo, seja ele o único ou o

mais importante. Duas posições, entretanto, tem dominado pelo

menos em tempos recentes, no Brasil, a literatura pertinente:

a posição estruturalista, defendida pela CEPAL e aposição

mo-netarista derivada da Universidade de Chicago e mais especi

ficamente do economista Milton Friedman e de seu grupo.

A posição estruturalista, como aponta Simonsen

(1969), sustenta basicamente que o crescimento econômico pro

vocaria alterações no sistema de preços relativos, impostos

pela rigidez da produção agrícola, pelo estrangulamento do Ba

lanço de Pagamentos ou pelos custos internos de produção, com

parativamente desvantajosos na substituição de importações. Co

(37)

senti-inflacionâri.o uma espécie de fatalidade, com a qual os países

deveriam se defrontar, na medida em que o crescimento alteras

se a composição da demanda. Essa posição, conforme teremos

o-portunidade de indicar em Seção posterior, ê bastante próxima

da "Teoria do Deslocamento Setorial da Demanda" proposta por

Charles Schultze, na segunda metade da década dos cinqüenta,

teoria essa que procurava refutar os argumentos conflitantes

de que a inflação era provocada pelo aumento dos custos ou

crescimento da demanda agregada. Entretanto, como indica

Si-monsen, a inflação provocada pelas mudanças de preços relati

vos segundo a corrente de pensamento cepalina, dificilmente

a-tingiria violentos índices como os verificados no Brasil, Ar

gentina, Chile e em outros países da América Latina. Além dis

so , a aumento da produtividade agrícola poderia levar a uma

tendência declinante dos preços, mesmo que os salários, por

(38)

8

inércia

dos

setores

produtivos

em

adotar

tecnologias

mais

e-ficientes.

A posição

monetarista,

por outro

lado,

aponta

a inflação

como

um fenômeno

de

natureza

tipicamente

monetária,

principalmente se tomarmos longos períodos de tempo. Assim, a

inflação

sempre

estaria

presente

na

medida

em

que

a taxa

de

expansão

de

oferta

monetária

fosse

maior

que

a taxa

de

cres

cimento do nível de produto, embora pequenas variações no ní

vel de preços a curto prazo possam ser devidas a fatores dis

tintos dos de natureza puramente monetária. Nessa posição mo

netarista estão implícitas pelo menos duas hipóteses fundamen

tais: a primeira delas diz respeito a estabilidade da demanda

de moeda, enquanto a segunda enfatiza que a oferta de

moeda-a-feta a longo prazo somente o nível de preços, através de um

aumento na demanda agregada, já que a oferta agregada está de

terminada, a longo prazo, pela dotação de fatores de produção,

ou seja, pela capacidade produtiva da economia.

Restaria ainda mencionar uma outra explicação

(39)

posi-ração dos fatores produtivos cresce por uma razão qualquer, os

custos marginais das empresas se elevam, retraindo consequen

temente a oferta agregada. Nesse sentido, mesmo admitindo-se

fixa

a demanda

agregada,

poderia

haver

um

crescimento

no

vel

de

preços,

embora

na

prática

seja

extremamente

difícil

se

parar-se qual a causa mais importante. Se verificarmos, por

exemplo,

um

aumento

nos

salários,

esse

fato

poderá

tanto

ele

var os custos de produção, dependendo da elasticidade de subs

tituição entre os fatores, retraindo portanto a oferta agre

gada, como provocar um crescimento da demanda, visto que dis

põem os assalariados de uma renda disponível mais elevada.

Ficamos, assim, com teorias alternativas de ex

plicação

do

processo inflacionario

e se

não

concordância

a respeito de suas causas, não pode haver logicamente em re

lação às medidas de controle. A aceitação da tese

estrutura-lista,

por

exemplo,

implica

em

que

o

controle

seja

feito

di

(40)

10

oferta, quer através de fixação de preços, quer através de in

centivos por parte do governo, no sentido de corrigir ou di

minuir tais inelasticidades. De modo análogo, as medidas cor

retivas , no caso da inflação impulsionada por estímulos mone

tários,

seriam

aquelas que

visassem

mais

diretamente

o controle

apropriado dos meios de pagamento, não se permitindo que eles

cresçam a uma taxa mais elevada que a demanda de moeda ou não

se permitindo, como ê linguagem mais ou menos corrente, que

"muito dinheiro esteja â procura de poucos bens" (Peterson,

1975) .

Quanto aos remédios para se corrigir uma in

flação de custos, eles estão claramente ligados ao controle

dos mesmos, seja através de subsídios ou incentivos, seja

a-través de uma política adequada de controle de preços. Entre

tanto, do entrechoque dessas diversas correntes de pensamento

a respeito dos determinantes do processo inflacionario, pare

ce emergir uma posição intermediária entre elas, que em prin

cípio aceita todos os fatores antes apontados, procurando im

(41)

com-bate

ã inflação

é um

exemplo

claro

dessa

posição

pragmática,

pois,

se

de

um

lado

se

tem

procurado

incentivar

o

setor

agrí

cola, através de créditose subsídios, preços de insumos in

termediários, bens acabados e taxas de juros, procurando des

se

modo

reduzir

custos,

por

outro

lado

a

política

monetária

tem operado no sentido de reduzir o descompasso entre a ofer

ta e a demanda agregadas, através do controle da oferta mone

tária, o que significa uma aceitação também da tese

monetaris-ta.

Não

resta

duvida,

contudo,

que

a ênfase

tem

recaído

no

controle

dos

meios

de

pagamento,

para

o que

concorreram

rios

fatores,

salientando-se

o melhor

aparelhamento

da

máqui

na

de

arrecadação

e

a aplicação

do

mecanismo

de

correção

mo

netária.

1.2.3 - Evolução da Teoria

Discutido

o

conceito

de

inflação,

as

suas

possí

veis causas e medidas de controle, a indagação que surge mais

(42)

12

economistas a compor um capítulo próprio e importante dentro

da Teoria Econômica no seu aspecto macro: a Teoria da Infla

ção.

Antes

disso,

porém,

cabe

enfatizar

que

alguns

economis

tas preferem analisar separadamente os principais aspectos li

gados

âs

diversas

posições,

ao

invés

de

discuti-los

engloba-damente dentro de uma única teoria. Parece-nos, entretanto,

mais apropriado, pelo menos sob o ponto de vista analítico,

considerar este ultimo enfoque, e analisar o processo

infla-cionário dentro de uma teoria única, que evoluiu no tempo e

que certamente evoluirá, enquanto persistirem controvérsias e

dúvidas

a respeito

de

suas

causas

e

das

distorções

que

provo

ca no funcionamento do sistema de preços e, portanto, no de

senvolvimento da economia.

Analisar, portanto, a evolução dessa teoria,

envolve a analise da evolução da posição dos economistas

a-través do tempo, a respeito das causas do processo

inflacio-nário

e

dos

problemas

gerados

por

ele.

Num

artigo

escrito

em

1963, e que tomaremos por base nesta analise, Harry G. Johnson

(43)

pro-preços.

Nessa época, aponta Johnson, a opinião dos

e-conomistas era a de que a inflação fora provocada pelo finan

ciamento da guerra, através do recurso âs emissões. Como re

sultado do processo inflacionârio a renda teria sido redistri

buída em favor do setor empresarial e das classes dirigentes

e contra os assalariados, além de ter ocorrido uma elevação das

taxas de juros, dificultando a colocação de títulos do gover

no e, portanto, o financiamento não inflacionãrio das despe

sas de guerra, na medida em que o mercado sempre estava na ex

pectativa de uma elevação ainda maior na taxa de juros e, con

sequentemente, de uma queda no preço desses títulos.

A maneira com que se conduziu a política eco

nômica na Segunda Guerra Mundial, no que respeita ao controle

inflacionârio, sofreu a influência desse enfoque, e em conse

(44)

14

quanto as quantidades dos diversos bens, para se evitar a de

terioração

da

renda

dos

assalariados,

ao

mesmo

tempo

em

que

se

adotava

uma

política

de

credito

barato,

para

permitir

que

as

taxas

de

juros

n§o

se

elevassem,

possibilitando

assim

um

mercado mais amplo para os títulos do governo para que este

pudesse financiar a guerra, sem recorrer uma vez mais âs emis

sões.

Embora

tenha

tido

relativo

sucesso

essa

política

duran

te a guerra, no período imediatamente posterior a ela houve

um recrudescimento inflacionario, seguido por um aumento na

taxa de desemprego nos Estados Unidos, enquanto os preços con

tinuaram subindo. Nessa época, o enfoque keynesiano da infla

ção,

que

se

concentrava

na

análise

de

seus

efeitos

redistri-butivos, passou a ser contestado e jS na década dos cinqüenta

procurava-se verificar se era ou não apropriado usar restri

ções

monetárias

para

combatê-la.

Em

um

extremo

se

situou

a

escola de pensamento que considerava a inflação como "impul

sionada pelos custos" (cost push inflation), sustentando não

existir pressão da demanda provocada pela acumulação da ati

(45)

aumento de preços provocado pela ação dos sindicatos traba

lhistas e das firmas oligopolistas sobre o preço dos bens e

serviços,

enquanto

que

no

outro

extremo

a inflação

era

atri

buída a um crescimento da demanda agregada (demand-pull

infla-tion). Jã no final da década dos cinqüenta uma outra explica

ção

surgiu

nos

Estados

Unidos,

associada

ao

nome

de

Charles

Schultze, que elaborou a "teoria do deslocamento setorial da

demanda", segundo a qual a inflação não era provocada nem pe

lo aumento dos custos nem da demanda, mas por uma mudança na

composição desta, em virtude da rigidez descendente dos pre

ços,

Com

esse

debate

houve

um

reavivaraento

da

explicação

mo

netária

da

inflação,

ao

mesmo

tempo

que

outras

considerações

de

política

econômica

entraram

em

jogo,

como

a manutenção

do

pleno

emprego

- herança

da

década

dos

trinta

-,

e o

equilíbrio

no

Balanço

de

Pagamentos,

notadamente

apôs

os

percalços

do

sistema de Bretton Woods.

Assim,

as

recentes

discussões

de

política

eco

nômica dizem respeito â importância relativa desses objetivos,

(46)

16

emprego, e à possibilidade de conflito entre eles, o que é

a-nalisado dentro do que se convencionou chamar de "moderna teo

ria

da

inflação",

relacionada

â Curva

de

Phillips.

1.2,4

-

Distorções

Provocadas

pela

Inflação

As distorções mais comumente apontadas como

conseqüência

do

processo

inflacionãrio,

podem

ser

enquadradas

em duas grandes categorias; a redistribuição de renda e da

riqueza e os custos sociais decorrentes da realocação de re

cursos. Com relação ao efeito redistributivo o argumento é

que ele atuaria no sentido de transferir renda dos ofertantes

de bens e serviços, cujos valores estão fixos em termos nomi

nais, para os demandadores desses bens e serviços, e riqueza

dos credores para os devedores líquidos na economia.

Esse argumento, entretanto, como apontam Bach

(1975),

Kessel

e Alchian,

-1 * alem

de

outros,

é

válido

( 1 )

(47)

na medida em que a inflação não ê antecipada pelos agentes

e-conômicos, os reajustamentos de contratos são impedidos por

regras prê-estabelecidas, ou existem conhecimentos imperfei

tos a respeito do processo inflacionãrio. De outra forma os

efeitos apontados podem diminuir ou eventualmente desaparecer.

Vale

notar,

por

outro

lado,

que

mesmo

num

ambiente

não

infla

cionãrio sempre existem mudanças nos preços relativos, provo

cando transferência de renda de um grupo para outro. Tais

transferências, contudo, não são consideradas distorsivas, uma

vez que são induzidas pelo próprio funcionamento do sistema

de

preços,

pelo

menos

na

ausência

de

outras

distorções

que

não de natureza inflacionária.

0 segundo efeito decorre essencialmente do au

mento dos custos de transação e informação associados ao pro

cesso inflacionãrio, provocando uma realocação de recursos de

atividades produtivas para atividades menos intensivas na

u-tilização de moeda e outros ativos, cujo grau de liquidez de

la se aproxima. Assim, apontam Kessel e Alchian,

recur-TT1

(48)

18

sos humanos na forma de esforço e engenho são canalizados pa

ra obter uma mais perfeita sincronização entre recebimentos e

gastos, sendo tais recursos substitutos de moeda, o que suge

re, continuam eles, que seu uso numa sociedade moderna é re

sultante de vantagens em termos de custos, e que a proporção

de

moeda

em

relação

a outros

ativos

mantidos

pelos

agentes

mu

dara ã media que tais custos se alterarem, A atuação desse

e-feito, do mesmo modo que o anterior, depende do fato de o

processo inflacionario ser ou não antecipado. Se ocorrer tal

antecipação

a proporção

de

moeda

mantida

pelos

agentes

econô

micos declinara, caso contrário ficara inalterada, embora em

qualquer caso haja um aumento no custo alternativo de reter

moeda.

Os efeitos acima mencionados podem ser anali

sados sob um ponto de vista alternativo, qual seja, o do im

pacto do processo inflacionario sobre as funções da moeda e

mais especificamente as de meio de troca e reserva de valor.

Nesse sentido ocorreria transferência de riqueza ou renda real

(49)

recebedores de renda em moeda, ao mesmo tempo que tais agen

tes procurariam substituí-la por outras formas de efetuar as

transações, ã medida que o seu valor fosse se deteriorando ao

longo do tempo. 0 que caracteriza, no entanto, o efeito

alo-cativo como gerador de distorções não ê o fato de ocorrer tal

substituição, mas sim desta ser efetuada contra o uso da moe

da, um ativo cujo custo de produção ê nulo ou pelo menos bas

tante desprezível.

Um outro efeito do processo inflacionãrio pode

ser apontado como aquele que cria obstáculos ao crescimento

econômico, inibindo a formação de capital e as pesquisas tec

nológicas.

No

primeiro

caso

a

composição

da

oferta

de

crédito

entre longo e curto prazo passa a ser viesada em favor deste,

dando margem a atividades especulativas sem contrapartida no

lado real da economia, impedindo uma disponibilidade sufici

ente

de

recursos

para

financiar programas

de

longa

maturação.

No segundo caso os esforços de criação de novas tecnologias

que tendam a reduzir os custos de produção são

(50)

esca-18 B

Ia.

Também

esta

distorção

pode

ser

vista

como

alteração

da

re

serva de valor da moeda; na medida em que se torna extrema

mente

difícil

prever

o comportamento

futuro

do

nível

de

pre

ços.

Como se enfatizou anteriormente, o enfoque

key-nesiano da inflação repousa basicamente na analise de seus

e-feitos redistributivos da renda entre setores da economia. Um

tratamento mais atual da inflação denominado por Harry

John-son de "enfoque da teoria quantitativa" não nega a exis

tência

desses efeitos,

mas

muda

sua

ênfase

no

sentido

da

re-distribuição da riqueza, que seria recanalizada do setor pri

vado para os emissores de moeda - governo e bancos comerciais

-, e em menor grau entre setores da economia, o que se conven

cionou chamar de poupança forçada ou antes, mais tecnicamen

te, de imposto inflacionario.

( 1 )

Op, Cit.

( 2 )

A exposição analítica desse assunto é encontrada em M. Friedman

(51)

1.3 - O MECANISMO DA INDEXAÇÃO

Alguns entendem correção monetária como

"o reajuste periódico e automático de determinados

valores, de acordo com determinados índices que

tra-duzam

a taxa

de

inflação".

a

Nesse sentido amplo o instrumento foi adotado

por

aproximadamente

trinta

países,

conforme

ilustra

a

Tabela

1,

não

existindo,

entretanto,

um

corpo coeso

de

opinião

sobre

o conceito,

o que tem

suscitado

controvérsias

a respeito

da

amplitude da correção inflacionãria,

Numa conjuntura ideal em que o nível de preços

permanece constante ocorre coincidência entre valores reais e

nominais,

não

havendo

o menor

sentido

para

o

instituto

da

cor

reção

monetária.

De

igual

maneira

o instrumento

não

teria

u-tilidade, mesmo em ambiente inflacionario, na presença de per

feita flexibilidade de preços e de expectativas absolutamente

( 1 )

(52)

TABELAI

A AMPLITUDE DA INDEXAÇÃO

PA'S

Remuneração

ao Trabalho

Fundos

de Pensfc

Impostos

Tftulos

do Governo

^SS^'

a °£r0S

Aluguéis

e

-- uepositos bancários Ativos Financeiros Matérias-Primas Hipotecas

Alemanha Ocidental

Argentina * *

Austrália

1921/53;1961

1958

Áustria 1967

Bélgica 1948 1955

Bolívia ^

r"8^

1%4

1964

1964

1964

1967

1964

Canada

1972

i965

1974

1964

Chile 1963

ColSmbia J*" 1972

Dinamarca 1945 1923 i«-.~ 1960

Estados Unidos 1948 1974

Finlândia

1949/1967

1957

iy«/is»b/

1955/1967

até

1967

*ran?a

1948/1958

1948

1968

1952/1958

1952/1958

Holanda 1965 1956 ion "^/iy:)O

Irlanda 1971

Islândia 1954

í^f-1

19U

M*

1951

1957

Itália 1951 JJ1 iy:)/

Noruega ^ 1950 s 1967

Nova Zelândia 1974

Paraguai

Peru 1960

Reino

Unido

1914/22;

1973

1975

,q7,.

*

lCÍa

1952

1974

Suíça 1960 *

Uruguai 1969 1972 1968 1972 1945/1967 1952/1958 1955 1948 1963 1966 1955/1967

(53)

exatas por parte dos agentes econômicos, pois estes incorpo

rariam naturalmente as variações e a inflação por si sõ não

provocaria distorção nos preços relativos. Em outras situa

ções a indexação ê normalmente recomendada porque ela minimi

za os piores efeitos gerados pelo processo inflacionario, no

que concordam as diversas correntes de opinião.

A implantação da correção monetária no Brasil

prendeu-se ao objetivo básico de eliminar as mais graves dis

torções oriundas do processo inflacionario, para que pudessem

ser acionadas variáveis de política econômica, visando susten

tar o crescimento do produto e do emprego, com o propósito

a-dicional de desinflacionar gradualmente a economia. Desde en

tão, foram efetuadas diversas investigações no sentido de quan

tificar e qualificar o impacto desse mecanismo sobre variá

veis importantes do sistema econômico.

No mercado monetário estudou-se os aspectos de

modificação na magnigude do multiplicador monetário, devido a

permissão concedida aos bancos comercais de manter parte do

(54)

22

próprio conceito relevante de meios de pagamento foi

escruti-nado e sugerida sua ampliação, para fins de se exercer um con

trole mais acentuado do processo inflacionãrio, decorrente do

grau elevado de substituição entre ativos indexados e não in

dexados (Contador, 1974),

0 fato das taxas nominais de juros não refle

tirem satisfatoriamente as expectativas inflacionárias tem o

efeito de estimular a substituição de ativos com correção Hex

ante" para ativos com correção "ex post" (Contador, 1976). Nes

se sentido Patinkin estava correto ao sugerir que correção

prefixada no Brasil ê um artificio semântico.

As Autoridades Monetárias controlariam melhor

o processo inflacionãrio pela redução da oferta de moeda e au

mento de sua demanda. Entretanto, este ultimo aspecto tem si

do negligenciado pela falta de incentivos indutores, que se

riam facilmente providos pela indexação, ainda que parcial, dos

depósitos

â vista,

resultando

em

declínio

da

procura

de ati

vos substitutos (Lemgruber, 1977).

(55)

apare-cimento de diversas fórmulas para diferentes setores da eco

nomia, estimulando a poupança e sua alocação eficiente de um

lado, mas de outro, a "pseudo-indexação" de salários e preços

de alguns bens e serviços tem provocado distorções na remune

ração de fatores e comprimido receitas operacionais de muitas

empresas (Baer e Beckerman, 1975).

Sucessivas manipulações políticas descaracteri

zaram o sentido da indexação em diversos setores, embora de

terminadas por causas relevantes. Nesse caso, por exemplo, os

empréstimos a indústrias básicas, agricultura e hipotecários

não são indexados, o que ê ainda mais evidente em se tratan

do de programas especiais de credito (Fishlow, 1974;

Patin-kin, 1975).

São

desprezíveis

os

custos

sociais

de

produção

e oferta de moeda, mas o custo privado de retê-la é equivalen

te ã taxa nominal de juros, o que induz a coletividade a man

ter um encaixe aquém do õtimo social, através de substitui

ção por ativos que proporcionam o rendimento decorrente da

(56)

24

xa inflacionaria, a fim de induzir a aproximação do encaixe

õtimo do ponto de vista social, o que se configura como argu

mento consistente a favor do índice espurgado de correção

mo-netãria introduzido no Brasil (Fendt Jr., 1976).

A indexação suscitou um mercado dinâmico de

a-tivos financeiros, entre os quais os títulos da dívida públi

ca, com grande atratividade e ausência de risco. Um estoque am

plo desses títulos permite o adequado controle da liquidez e

da própria inflação, através das operações de "open-market"

(Langoni (1975), p. 44-5).

Os ativos financeiros indexados passaram a

e-xercer forte concorrência sobre os demais, canalizando parce

las substanciais da poupança pessoal. As cadernetas de pou

pança, em particular, contempladas com garantia governamental,

liquidez imediata, juros reais de 6% e incentivo tributário,

são as mais procuradas, inibindo o mercado primário e secun

dário de ações, comprometendo a elevação do capital próprio

das empresas, o que suscita o endividamento destas (Glat, 1977).

(57)

a perturbação adicional de serem lançados no mercado, vez por

outra, em lotes exagerados, com reflexos diretos sobre a es

trutura das taxas de juros. Ambos os casos condicionam a fra

queza do mercado de capitais,

A correção monetária não ê uma solução perfei

ta para o problema inflaciònario, por produzir repercussões

re-alimentadoras no ritmo de ascensão dos preços (Simonsen, 1970,

p. 191). Esta tese, hã vários anos postulada, sõ recentemente

foi

submetida

ao

escrutínio

empírico,

cujos

resultados

não

sustentam a proposição (.Contador, 1977) .

Estes aspectos sintetizam parte das investiga

ções efetuadas sobre indexação na experiência brasileira. Nes

te contexto nossa atenção está mais particularmente voltada pa

ra a possível influência do mecanismo sobre a demanda e ofer

ta de moeda.

O nosso propósito básico nesta pesquisa é in

vestigar a possibilidade da cláusula de indexação ter susci

tado instabilidade na demanda monetária e alterado o grau de

(58)

CAPÍTULO II

DEMANDA POR MOEDA

A importância da moeda condiciona, sob uma

perspectiva ampla, a estrutura teórica do mercado monetário na

atividade

econômica.

Investigam-se

os

benefícios

ou

perdas

de

rivados do uso da moeda e o modo pelo qual ela pode influen

ciar e ser influenciada por variáveis econômicas relevantes,

tornando-se mesmo um componente crítico na evolução de agre

gados macroeconômicos.

A

análise

dos

benefícios

ou

perdas

impostos

pe

lo uso ou existência da moeda é uma decorrência desta desem

penhar

ou

não,

num

particular

momento, ou

intervalo

de tempo,

algumas ou a totalidade das funções a ela atribuídas, o que

pode acarretar não somente a ausência de benefícios, como im

por eventualmente perdas à coletividade como um todo. E" sa

bido, por exemplo, que durante o processo inflacionario, os

(59)

detentores de moeda incorrem em perdas, em termos reais, de

rivadas do mau desempenho de uma das funções comumente atri

buída â moeda, qual seja, a de reserva de valor, que se con

signou como fator básico ao aparecimento da indexação. Tais

perdas, contudo, podem ser uma subestimativa das perdas reais,

porquanto tal fato pode causar variações na distribuição pes

soal da renda, com reflexos negativos na taxa de crescimento

do produto real, através, por exemplo, da contração do merca

do interno, em termos de potencialidade do nível de dispêndio

agregado. Não obstante, essas perdas ou benefícios, embora de

difícil mensuração, fundamentam-se num contexto mais ou menos

definitivo e seus efeitos são bem menos controversos que a in

fluência da moeda na atividade econômica.

0 papel da moeda como meio de troca não foi

explicitamente enquadrado num esquema de demanda dentro da

tradição clássica, onde os níveis de equilíbrio da renda, em

prego, salário real e "taxa de juros" eram

inteiramen-TTT

0 termo refere-se sempre ã taxa nominal de juros, todavia, tratan

(60)

28

te determinados no setor real da economia, ou seja, no merca

do de trabalho e variações na quantidade de moeda somente po

deriam influenciar o nível de salários e renda nominais, atra

vés de variações proporcionais no nível de preços. Os merca

dos de bens e serviços e de trabalho (setor real) poderiam,

portanto, ser separados dos mercados de moeda e de títulos (se

tor financeiro) e a moeda era, em outras palavras, um elemen

to neutro no sistema, não afetando variáveis reais, o que

constitui a essência da Teoria Quantitativa, Assim, se as pes

soas, numa dada economia, decidem livremente quanto reterão

de moeda em termos reais e se as Autoridades Monetárias fi

xam uma determinada quantidade de moeda em termos nominais,

não há razão pela qual a demanda total seja exatamente igual

ao montante emitido, dada uma variação desse, a curto prazo,

tornando factível a hipótese de ajustamento parcial.

Suponhamos que a demanda seja, num dado momen

to consideravelmente inferior ao total ofertado, devido a um

aumento do papel-moeda emitido. Desde que todas as notas de

(61)

quantidade de moeda maior que a desejada, da qual procurarão

desfazer-se de alguma forma, aumentando as despesas em bens de

consumo ou de capital, ou ambos conjuntamente. Isso significa

que a demanda agregada por bens e serviços se expandiu e como

a oferta agregada era fixa, para os clássicos, ao nível de ple

no emprego, os preços teriam que subir e continuariam subin

do enquanto as pessoas estivessem tentando diminuir seus en

caixes, atê o ponto onde o aumento no nível de preços fosse

e-xatamente proporcional ao aumento na quantidade de moeda, dei

xando inalteradas as variáveis reais.

De acordo com a visão quantitativista, formal

mente tem-se:

M.V = P.y (1)

sendo M o estoque de moeda, V a sua velocidade de circu

lação suposta constante, P o nível de preços, y a renda re

al e o produto P.y ê a renda monetária, simbolizada por Y.

Ê claro que a expressão Cl) é facilmente transformâvel em

relação de demanda por encaixe real desejado, resultando:

(62)

30

Por outro lado pode-se expressar tambémf

V = J^ . y (3)

md

evidenciando claramente a correlação negativa entre me V,

de sorte que o estudo de (2) implica no estudo de (3) e

vice-versa.

Em termos de taxas de variação a expressão

(1) pode ser escrita como:

M P y

Essa visão, contudo, é apenas uma caricatura da

realidade e a questão que surge naturalmente ê se esse meca

nismo é um fenômeno de curto ou.de longo prazo, David Hume,

por exemplo, foi claro nesse sentido, acreditando ser um re

sultado de longo prazo, admitindo que um aumento na quantida

de de moeda manifestar-se-ia inicialmente no nível de ativi

dade e produção, elevando proporcionalmente os preços somen

te num período longo de tempo, Esta versão, não obstante sua

simplicidade, jã inseria o efeito riqueza, introduzido por

(63)

Com o aparecimento da "General Theory..." de

Keynes, o quadro foi aparentemente mudado, pois admitindo

e-le a rigidez institucional dos preços a curto prazo, todos os

ajustamentos seriam efetuados via variações no nível de pro

dução e emprego, visão não absolutamente conflitante com o me

canismo apontado por Hurae, porquanto a preocupação de Keynes

estava essencialmente sedimentada no curto prazo. 0 pensamen

to keynesiano, no entanto, ao incorporar a demanda especula

tiva por moeda, enriqueceu o aporte teórico, deixando de ser

a moeda um vêu, por poder influenciar a taxa de juros e con

sequentemente a produção e o emprego, A uniformidade da rela

ção negativa entre a procura de moeda e a taxa de juros, a ní

vel agregado, amparou~se nas expectativas regressivas, pela

qual os diversos agentes econômicos tem diferentes previsões

de variação futura na taxa de juros, sempre com ausência efe

tiva do risco.

Investigações conduzidas principalmente por

Tobin (1958) apontam imperfeições do sistema keynesiano, no

( 1 )

Na preparação deste texto foram úteis os comentários -!de Walters

(64)

32

qual cada indivíduo concentraria sua riqueza num único tipo, de

ativo sem risco, o que jamais propiciaria a composição de car

teira equilibrada e o efeito substituição seria do tipo tudo

ou nada.

Esta análise requer consideraçSes a respeito do

efeito substituição, de vez que a correção monetária tem in

fluenciado a aceleração desse efeito, em beneficio de ativos

financeiros indexados e em detrimento dos não indexados.

Para se analisar o efeito substituição ê pre

ciso definir inicialmente o modo pelo qual os indivíduos, nu

ma dada sociedade, procuram distribuir sua riqueza entre as

varias categorias de ativos, com graus diferentes de liquidez

e risco. Entre esses ativos incluem-se bens de capital (ati

vos físicos), títulos (ativos financeiros) e moeda, sendo es

ta retida pelos indivíduos sem render nenhum retorno em termos

nominais, por representar um ativo sem risco e possibilitar

e-conomia de recursos na obtenção de informações e realização de

transações, ceteris paribus a questão inflacionâria. Admitin

do em seguida que a composição de um dado "portfolio" ê fei

(65)

ati-vos, e que o retorno de cada um deles varia inversamente com

a quantidade ofertada, um aumento da oferta de moeda poderia

afetar a atividade econômica, basicamente, por três canais di

ferentes.

Em primeiro lugar a conseqüente queda na taxa

de juros estimularia os investimentos e via efeito multipli

cador o nível de renda real e de consumo seriam aumentados,

embora a queda no preço da moeda em relação ao preço dos ati

vos financeiros pudesse igualmente motivar a substituição de

moeda por títulos e não por ativos reais, deixando, portanto,

inalterado o nível de renda. Essa ê a posição tomada pelos

neo-keynesianos, notadamente Tobin (.1961), embora originalmente

Keynes tenha atribuído um papel de pequena importância âs va

riações induzidas dos investimentos, enfatizando muito mais

o papel dos gastos autônomos no nível de renda que os gastos

induzidos por variações na taxa de juros.

Em segundo lugar a queda no preço da moeda, em

relação ao preço de outros ativos, poderia resultar em aumen

(66)

ca-34

pitai real, pois o aumento do preço dos ativos financeiros de

vido a uma procura excedente durante o processo de recomposi

ção

do

"portfolio"

resultaria

numa

queda

na

estrutura

das

ta

xas de juros, elevando em conseqüência o preço de mercado dos

bens de capital e induzindo um aumento na sua produção. Essa

é essencialmente

a posição

de

Brunner

e Meltzer

(1963),

e

o

aumento no nível de produção é visto incluindo bens de consu

mo não

duráveis

e serviços

e relacionados,

portanto,

somente

aos investimentos, ou seja, aos acréscimos líquidos no esto

que de capital, por unidade de tempo.

Por último, a disturbância na composição óti

ma do "portfolio" causada pelo aumento na oferta de moeda, em

bora provocasse de início uma substituição de moeda por títu

los, seria refletida, em seguida, por incremento tanto na de

manda de bens de capital como de bens não duráveis de consu

mo e, portanto, no dispêndio agregado como um todo. A distin

ção

entre

esse

mecanismo

defendido

por

Friedman

(1961)

e

o

anterior, fundamenta-se na hipótese de que a queda inicial na

(67)

das fontes de bens de consumo e de produção em relação ao pre

ço dos próprios serviços, elevando, desse modo, tanto a pro

dução dessas fontes, pelo aumento de seu preço relativo, como

os gastos em serviços em relação aos gastos em fontes de ser

viços, revertendo, em conseqüência, a queda inicial na taxa de

juros.

A posição de Friedman enquadra-se numa

pers-f

pectiva mais ampla, dentro da qual nem a taxa de juros nem o ;

t

i

i

nível de emprego podem ser afetados a longo prazo pelo polí

tica monetária, embora a curto prazo tal possa ocorrer. A ra

zão pela qual a taxa de juros não pode ser mantida abaixo de

seu nível de equilíbrio, a longo prazo, é que após algum tem

po o dispêndio e a demanda por crédito serão estimulados,ele

vando a taxa de juros a seu nível anterior, a menos que a ex

pansão dos meios de pagamento ocorra a taxas crescentes. Quan

to ao nível de emprego, este pode expandir-se apenas a curto

prazo, devido aos custos de informação associados ao mecanis

mo de obtenção do verdadeiro nível de preços; assim, tão logo

(68)

vol-36

tara ao nível friccional, que ê o resultado do processo

dema-ximização de utilidade por parte dos trabalhadores.

Convém ressaltar ainda, que as três posições

descritas acima tem como ponto de partida comum a variação nos

preços relativos dos ativos que compõem um dado "portfolio",

sendo a resposta do setor real sempre precedida pelo setor fi

nanceiro.

Dentro desse contexto, se o consumo por algu

ma razão for dependente da taxa de juros f a política monetá

ria poderia afetar o dispêndio, provocando queda na estrutura

das taxas de juros através de uma injeção monetária, porquan

to tornaria o consumo presente mais barato em relação ao con

sumo futuro, favorecendo assim um aumento na demanda agrega

da. Tudo se passa como se o custo de bens futuros em termos de

bens presentes crescesse, pois, para obter a mesmo quantida

de futura desses bens ter-se-ia que sacrificar no presente

u-ma qtjantiáaáe pai©», t©**aiid©-se «flsift p»efe dos bens pre

sentes mais baixo em relação aos futuros. Dessa forma, cano

(69)

a-tivos imediatamente disponíveis e entre estes e os futuros,

sendo a estrutura das taxas de juros o padrão de

seletivida-de.

Essas posições certamente não esgotam todas as

possibilidades, mas servem para dar uma idéia de como a moeda

pode afetar a atividade econômica, o que ressalta ainda mais

a importância do estudo de sua procura.

Com os argumentos delineados por Tobin resul

ta extremamente difícil a especificação de um modelo

economé-trico para a demanda por moeda; todavia com maior ou menor nú

mero de variáveis diversos trabalhos tem sido elaborados, con

forme discute Teigen (1965), consonantes com o enfoque de

"portfolio". Não obstante, tais trabalhos enfatizam a depen

dência do encaixe monetário em relação ã renda e ã taxa de ju

ros, entre outras variáveis explicativas.

Entre as diversas contribuições da Escola de

Chicago, volvemos a atenção para o que se convencionou chamar

(70)

38

de

"Moderna

Teoria

Quantitativa",

' segundo

a qual

a

pro

cura por moeda depende de seu poder compra - o encaixe real,

de preferência â quantidade nominal, que é a forma pela qual

ela comparece no mercado, sendo um ativo como outro qualquer,

que proporciona um fluxo de serviços a seu possuidor, sem

a-nalisar as necessidades que pode satisfazer, nem mesmo as cau

sas que determinam a quantidade de moeda que as pessoas dese

jam manter, postulando-se ser a taxa marginal de substituição

de moeda por outros ativos decrescente.

Nesse sentido a demanda por moeda ê vista como

a de outro ativo qualquer, comparecendo a riqueza como a

res-trição adequada, nada se afirmando acerca da importância e am

plitude das variáveis explicativas, a menos dos sinais espe

rados, deixando o tema aberto ao tratamento empírico.

A procura por encaixes reais seria uma função

de poucas variáveis, entre elas a riqueza e as taxas espera

das de rendimento dos diversos ativos. Da forma ampla em que

( 1 )

Esta expressão tem sido usada para designar a versão mais atual da

(71)

a riqueza é definida torna-se impossível sua mensuração, com

parecendo, por isso mesmo, a renda permanente (ou esperada)

em seu lugar, variando o encaixe real no mesmo sentido desta,

o que torna a moeda um "bem normal" e eventualmente "de lu

xo".

As taxas esperadas de rendimento dos diversos

ativos recebem um tratamento análogo ao dos preços de um bem

em relação às quantidades dos bens substitutos e

complementa-res na teoria do consumidor, afirma Friedman (1970 a).

As taxas nominais de retorno costumam ser po

sitivas sobre depósitos a prazo e nulas sobre papel-moeda em

poder do público, porém, os depósitos â vista admitem taxas

positivas, nulas ou negativas, conforme o tratamento dispen

sado pelos bancos. Sobre os demais ativos aquelas taxas podem

ser resultantes de juros abonados a títulos em geral e divi

dendos no caso de ações em particular, enquanto a taxa de va

riação no nível de preços seria a taxa de retorno sobre ati

(72)

40

No caso brasileiro, exceto as taxas de varia

ção no nível de preços, inexistem series completas das taxas

acima apontadas, o que nos leva a supor, para efeito de tra

tamento empírico, que as taxas de rendimento dos diversos

a-tivos flutuam conjuntamente, selecionando-se a taxa de varia

ção no nível de preços como representativa das demais, o que

vem simplificar sobremaneira a função de procura por moeda, A

taxa selecionada torna-se representativa do custo de oportu

nidade de se manter encaixes reais, passando a

denominar-se simplesmente taxa de juros.

Nos termos da equação de Fisher, vista sob a

õtica friedmaniana, tem-se

it

=

+

(5)

onde

it

e a

taxa

de

juros

de

mercado,

pf.

a taxa

esperada

real

de

juros

admitida

constante

e

a taxa

esperada

de va

riação no nível de preços, sendo o subscrito t designativo

(73)

as flutuações de curto prazo seriam motivadas por forças

a-tuantes sobre a diferença entre as taxas nominais observadas

e antecipadas, Esse conjunto de hipóteses, embora bastante res

tritivas e não isentas de controvérsias, em relação ã equação

de Fisher e a flutuação conjunta das taxas de rendimento dos

diversos ativos, permite o estudo da demanda por moeda no Bra

sil, num período suficientemente longo,

2,1 - Discussão de Modelos

Um dos interesses básicos da pesquisa é cap

turar possíveis impactos da indexação sobre a procura de moe

da, razão pela qual se torna relevante a discussão e escolha

de um modelo apropriado a identificação do objetivo exposto.

A construção de um modelo que atenda às diver

sas teorias da procura por moeda seria uma tarefa inócua, tan

to pelas hipóteses divergentes que as amparam, como pelas con

siderações a respeito da exogeneidade ou endogeneidade das

va-riaveis.

(74)

42

(1971), pp. 77-8:

Canstructing models is the task of the nathematical economist;

choosing a model is the task of the econanic theorist. After

the mathematician establishes the relations, the theorist

classifies them and points out their relevance, thus providing

a bridge between the deductive activity of the mathematician

and the inductive activity of the empiricist. Time is not

un-limited, however, so even abstract models which are "goods"

when relevant can become "bads" when they distract attention

from more relevant intellectual enterprise or tum out be

po-sitevely irdsleading.

... The applied theorist seeks usable theory to adapt to

prac-tical problems. Adaptation implies transformation of the

theo-retical form to suit the problem and specification of the data

upon which policy makers have to act. The first activity gives

the theoretical form relevance, while the seoond is an inherent

component of the communications transmission mechanism.

Tais observações são bastante oportunas quan

do se tem em mente a escolha do instrumental que possa levar

a resultados compatíveis com a realidade e conclusões

embasa-das na evolução do pensamento sobre a matéria.

Diversos estudos empíricos e considerações

a-bordadas neste capítulo permitem colocar o encaixe real

dese-d ~

jado, ( M/P ) , em função da renda real ( y ) e da taxa

de juros ( i ) num mesmo período de tempo ou seja:

(75)

onde M e P conservam o significado expresso na relação ( 1 ).

As séries de dados parecem admitir a seguin

te forma funcional para a expressão ( 6 ):

A yai

ia2

( 7 )

sendo a^ e a2/ respectivamente, as elasticidades renda e cus

to da demanda por encaixe real, tendo-se (3m /9y) > 0 e

Omd/8i)

< 0.

A expressão ( 7 ) devidamente linearizada ad

quire formato conveniente para tratamento empírico:

In m = an + a, In y + a, In i, ( 8 )

onde In indica logarítmo neperiano.

Como a relação ( 8 ) não supõe qualquer tipo de

( 1 )

No texto comparece a reta de regressão estimada e nao a verdadeira,

motivo pelo qual o termo aleatório residual fica implícito.

( 2 )

Doravante omitiremos o símbolo "In" para simplificar notação, mas as

variáveis continuam expressas em logarítmo. Nos modelos, entretanto, a ta

xa de juros comparecera em escala aritmética, o que serã discutido opor

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