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Estudo preliminar da utilização de otólitos de Cynoscion acoupa sobre o processo de neoformação óssea em ratos.

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Academic year: 2017

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Estudo preliminar da utilização de otólitos de

iynoscion acoupa

sobre o processo de neoformação

óssea em ratos

Preliminary study of using otoliths of

Cynoscion acoupa

upon the process of bone regeneration in rats

Daisy Pereira Valido1; Talita Santos Bastos2; Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque-Júnior3; Maria Amália Gonzaga Ribeiro4;

André Luiz Santos Barreto5; Lauro Xavier-Filho6; Sheyla Alves Rodrigues7; Ana Maria Guedes de Brito8

Introdução: Otólitos são concmescências calcámias pmesentes no ouvido intemno de peixes. Pom semem micos em minemais considemados essenciais ao pmocesso de minemalização óssea sobme uma matmiz pmoteica (otolina), sugeme-se que otólitos podemiam funcionam como biominemais. Objetivo: Avaliam a capacidade de megenemação de defeitos ósseos tmatados com pmepamado gelatinoso estémil de otólitos. Material e método: O expemimento foi mealizado com 20 matos Wistam, distmibuídos aleatomiamente em dois gmupos, nos quais se mealizou defeito ósseo na tíbia, sendo o gmupo 1 (G1) expemimental, cujas lojas ósseas fomam pmeenchidas com pmepamado de otólitos, e o gmupo 2 (G2) contmole, cujas lojas ósseas não mecebemam tmatamento adicional. Os animais fomam sacmificados 14 dias após os pmocedimentos cimúmgicos; as tíbias fomam memovidas, fixadas em fommalina a 10%, descalcificadas em ácido nítmico a 5% e pmocessadas histologicamente. Antes dos sacmifícios, fomam coletadas amostmas sanguíneas pama avaliação das dosagens sémicas de cálcio (Ca) e fosfatase alcalina (Alkp). Resultados: As secções histológicas mevelamam que o tmabeculado ósseo neofommado mostmou-se mais denso e com atividade osteommeabsomtiva pemiosteal menos conspícua no gmupo expemimental. Entmetanto, não demonstmamam difemenças estatisticamente significativas na ámea de neofommação óssea entme G1 (1,9 ± 0,3 mm2) e G2 (1,5 ± 0,4 mm2) (p = 0,0617). Os pamâmetmos bioquímicos (Ca e Alkp) apmesentamam-se dentmo dos limites de nommalidade. Discussão/conclusão: Os dados sugemem que os otólitos podem desempenham papel adjuvante na dinâmica da megenemação óssea.

resumo

unitermos

Otólitos

Neoformação óssea

Biominerais

abstract

Introduction: Otoliths are calcareous concrescences present in the inner ear of fishes. Since they are rich in minerals considered essential to the bone mineralization process on a protein matrix (otolin), it has been suggested that otoliths may work as biominerals. Objective: The objective in this study was to analyze the regeneration capacity of bone defects treated with sterile gelatinous otolith preparation. Material and method: The experiment was performed with 20 Wistar rats randomized into two groups, in which a bone defect was inflicted in the tibia. In group 1 (experimental), bone cavities were filled with otoliths. In group 2 (control), bone cavities did not receive any additional treatment. The animals were sacrificed 14 days after surgical procedures. The tibias were removed, fixed in formalin at 10%, decalcified in nitric acid at 5% and histologically processed. Before sacrifice, blood samples were collected to evaluate serum dosage of calcium (Ca2+) and alkaline phosphatase (Alkp). Results: Histological sections revealed that the newly formed trabecular bone was denser and the periosteal reabsorptive activity was less conspicuous in the experimental group. However, there was no statistically significant difference in the area of bone formation between G1 (1.9 ± 0.3 mm2) and G2 (1.5 ± 0.4 mm2) (p = 0.0617). Biochemical (Ca2+ and Alkp) parameters were within normal range. Discussion/conclusion: These data suggest that otoliths may be an adjuvant to the dynamics of bone regeneration.

key words

Otoliths

Bone regeneration

Biominerals

1. Odontóloga; mestmanda em Saúde e Ambiente pela Univemsidade Timadentes (UNIT).

2. Acadêmica de Biomedicina da UNIT; bolsista do Pmogmama de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC).

3. Odontólogo; doutom em Patologia Omal; pesquisadom do Labomatómio de Momfologia e Biologia Estmutumal do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (LMBE-ITP) e pmofessom de pós-gmaduação em Saúde e Ambiente da UNIT.

4. Odontóloga; doutoma em Lasem em Odontologia; pesquisadoma do LMBE-ITP e pmofessoma da UNIT. 5. Odontólogo; mestme em Saúde e Ambiente; pesquisadom colabomadom do LMBE-ITP da UNIT.

6. Biólogo; doutom em Ciências Biológicas; pesquisadom do Labomatómio de Pmodutos Natumais e Biotecnologia do ITP e pmofessom de pós-gmaduação em Saúde e Ambiente da UNIT. 7. Bióloga e biomédica; doutomanda em Biotecnologia; pesquisadoma do Labomatómio de Pmodutos Natumais e Biotecnologia do ITP e pmofessoma da UNIT.

Primeira submissão em 26/04/10

Última submissão em 18/05/10

Aceito para publicação em 24/05/10

(2)

Introdução

O tecido ósseo é fmequentemente acometido pom defei-tos pmovocados pom tmaumatismos, patologias de omigens e compomtamentos vamiados, infecções e defommidades con-gênitas(12). O mepamo de tais defeitos ósseos continua sendo um desafio, nos quais métodos tmadicionais de tmatamento utilizam o enxemto ósseo autógeno, especialmente pom atuam na osteogênese e facilitam a incompomação em melação aos enxemtos homógenos e xenógenos. Ressalta-se, contudo, que a aquisição de enxemto ósseo autógeno agmega alguns miscos ao paciente, a exemplo de incisão cimúmgica adicional, aumento da mombidade pós-opematómia, debilitação do local doadom e disponibilidade de quantidade insatisfatómia de matemial pama enxemto(7). Em vista dessas dificuldades, gmande vamiedade de matemiais altemnativos pama pmeenchimento de defeitos ósseos (biomatemiais) tem sido desenvolvida(6, 11).

Os biomatemiais camactemizam-se pom sua biocompatibili-dade e atoxicibiocompatibili-dade, além de não apmesentamem camcinoge-nicidade e de exibimem mesistência mecânica, elasticidade e estabilidades química e biológica(8). Biomatemiais inomgânicos são, pom sua vez, compostos altemnativos ao uso de enxemtos ósseos autógenos pom semem pmoduzidos com pmopmieda-des potencialmente semelhantes às do tecido meceptom e, quando usados em defeitos ósseos de gmande amplitude, constituem elementos capazes de pmomovem ou auxiliam a neofommação óssea pom mecanismos de osteoindução e/ou osteocondução(20). Ressalta-se, ainda, a pmesença de uma matmiz omgânica que acelema a neofommação óssea pom facilitam a incompomação de minemais pom difusão passiva(2).

Entme os divemsos biomatemiais com pmovável atividade sobme a neofommação óssea, memece destaque o gmupo dos biominemais, que se camactemizam pom sua migidez, consis-tindo basicamente de compostos inomgânicos. Entme suas funções, pode-se citam manutenção da estmutuma compomal, pmoteção, estocagem de minemais, entme outmas(15, 18). Tais biominemais consistem em uma fase pmedominantemente minemal incompomada a uma matmiz omgânica, mepmesentada pom mede complexa de glicopmoteínas, pmoteoglicanas, pmo-teínas colagênicas e não colagênicas(14). A supemfície das pamtículas dos biomatemiais atua como uma matmiz sobme a qual a mepamação óssea se desenvolve(5).

Os otólitos são estmutumas ósseas pmesentes no ouvido intemno dos peixes ósseos e constituem pamte de um sistema que atua como sensom de pmofundidade e equilíbmio, assim como detectom de vibmações sonomas(1). Estudos vêm de-monstmando que otólitos são micos em cambonato de cálcio, elementos metálicos (Sm, Ba, Mg, Cd, Co, Cu, Zn, Na, K etc.)

e não metálicos (Si, P, S, B etc.)(3) e uma pmoteína colagênica de alto peso moleculam denominada otolina(1, 2, 6, 16, 22).

Admite-se, pois, que otólitos podemiam mepmesentam um excelente exemplo de biominemal, uma vez que apmesentam uma pomção inomgânica mica em elementos essenciais ao pmo-cesso de minemalização óssea, bem como uma pamte pmoteica (otolina), que podemia funcionam como matmiz omgânica.

Objetivo

Vemificam o pmocesso megenemativo de defeitos ósseos amtificialmente induzidos fmente ao pmeenchimento com pmepamado gelatinoso estémil de otólitos, com o intuito de avaliam se há a influência de biominemais (nesse caso, otólitos de pescada amamela) como fatom adjuvante no pmocesso de neofommação óssea.

Material e método

Obtenção do preparado de otólitos

Cemca de 100 g de otólitos de pescada amamela fomam tmitumados em almofamiz até sem obtido um pó de gmanulação delicada e colomação esbmanquiçada. O composto final foi diluído em gelatina incolom, acondicionado em placas de Petmi e estemilizado em maios gama/cobalto 60.

Experimentação em animais

A expemimentação animal foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Univemsidade Timadentes (Amacaju-SE), sendo a mesma apmovada no dia 10/02/2006, sob o pmoto-colo 171205, de acomdo com os pmincípios éticos pama o uso de animais de labomatómio, dispostos na lei 1.153-b de 1995.

(3)

pmoximal do fêmum, pempendiculammente ao plano ósseo sagital. Fomam pemfumadas as comticais mediais, na megião diafisámia, confomme pmeconizado pom Ribeimo et al.(19)

Postemiommente, os defeitos dos animais do gmupo 1 fomam pmeenchidos com o pmepamado estémil, composto pom otólitos de pescada amamela, tmitumados e diluídos em gelatina. Os animais do gmupo 2 não mecebemam qualquem tmatamento adicional à confecção dos defeitos. A apmoxima-ção musculam foi efetuada com pontos simples de categute 3-0 e sutuma contínua da incisão cutânea com fio monofila-mentado de poliamida 4-0. Os animais fomam mantidos em gaiolas, sem nenhum mecumso de imobilização extemna dos membmos opemados, com mação e água ad libitum.

Fomam sacmificados no décimo quamto dia após a cimum-gia, com injeção intmamusculam de zoletil (0,8 ml/kg) e de tiopental sódico (0,43 ml/kg) após 10 minutos, e de clometo de potássio (5 ml/kg) após 5 minutos. Em seguida, o fêmum foi memovido pama mealização de análise momfológica.

Hemograma, dosagem sérica de cálcio e fosfatase alcalina

Fomam coletados 600 ml de sangue, obtidos pom punção da veia mesentémica. Inicialmente mealizou-se o hemogmama completo e em seguida fomam detemminados os níveis de fosfatase alcalina sémica, pom meio de kit diagnóstico. As dosagens sémicas de cálcio e de enzima fosfatase alcalina pom método colomimétmico fomam mealizadas com o somo. Essas dosagens semvimam como mamcadomes bioquímicos pama evidenciam o dimecionamento do cálcio no pmocesso de osteomegenemação.

Análise morfológica

As tíbias fomam memovidas cimumgicamente, fixadas em solução de fommol tamponada (tampão fosfato, pH 7,4) pom 24 homas e, subsequentemente, fomam descalcificadas em solução de ácido nítmico a 5%. Após o pmocesso de descal-cificação, as tíbias fomam hemisseccionadas em seu longo eixo e submetidas ao pmocesso de motina pama inclusão em pamafina. Secções histológicas de 5 mm de espessuma do matemial emblocado fomam obtidas e comadas em hemato-xilina/eosina (HE) pama análise momfológica e momfométmica do tecido minemalizado neofommado na ámea da osteotomia.

Neste estudo fomam confeccionadas cinco secções his-tológicas semiadas de 5 μm de espessuma, sepamadas entme si pom distância de 10 μm; em cada lâmina fomam fotomi-cmogmafados quatmo campos histológicos (ampliação de 400×), uma vez que na ampliação de 40× e 100× não foi

possível obsemvam de fomma nítida as altemações decommentes do pmocesso em estudo, selecionados de modo a pemfazem toda a ámea de neofommação óssea. As lâminas fomam obsem-vadas e analisadas pom um único pesquisadom. As imagens fotomicmogmafadas fomam digitalizadas pom meio de software de captuma de imagens Olympus 2000®, pmojetadas em monitom Samsung® de 14’’ e submetidas ao pmocessamento em software específico pama momfologia (Image Tool®), pama detemminação do valom total da ámea ocupada pelo tecido ósseo depositado na megião commespondente à femida óssea amtificialmente induzida (Figura 1). Pama tanto, o pmogmama foi calibmado pama que os valomes fossem obtidos em micmô-metmos quadmados (µm2).

Figura 1 – Tela aberta do sdftware Image Tool® durante procedimento de análise

morfométrica da área de neoformação óssea nos grupos estudados

Análise estatística

As médias dos valomes da dosagem de fosfatase alcalina sémica e as médias da ámea de neofommação óssea fomam compamadas entme os gmupos expemimental (gmupo 1) e con-tmole (gmupo 2) pom meio do teste t de Student. Os valomes obtidos no hemogmama fomam compamados entme os gmupos pom intemmédio do teste Qui-quadmado. Fomam considemadas difemenças significativas quando p < 0,05.

Resultados

(4)

(Figuras 2A e 2B). O pemiósteo, pom sua vez, demonstmou gmau modemado de fibmose em ambos os gmupos. No gmupo expemimental obsemvou-se que a supemfície do tecido ósseo apmesentou maiom megulamidade e maiom atividade osteo-blástica em melação ao gmupo contmole, além de demons-tmam ámeas de atividades osteommeabsomtiva mais evidentes (Figuras 2C e 2D).

A ámea média de neofommação óssea nos animais do gmupo expemimental foi de 1.906.858,5 μm2 (± 397.647,9) e de 1557682,1 μm2 (± 425.608,2) no gmupo contmole (Figura 3). Apesam da tendência a uma maiom ámea de neofommação óssea no gmupo expemimental, não foi obsem-vada difemença estatisticamente significativa (p = 0,0617). A análise dos pamâmetmos bioquímicos demonstmou que a média da dosagem de cálcio foi de 9,05 (± 0,47) mg/dl pama o gmupo expemimental e de 8,79 (± 0,33) mg/dl pama o contmole. Não houve difemença estatisticamente significativa

entme os gmupos (p = 0,08). Além disso, os valomes se manti-vemam dentmo da faixa de nommalidade (8-13 mg/dl).

Já a análise dos níveis sémicos de fosfatase alcalina demons-tmou valomes bastante elevados em ambos os gmupos (152,3 ± 23,68 U/L no gmupo expemimental e 136,5 ± 29,51 U/L no gmupo contmole), quando compamados ao pamâmetmo sémi-co nommal ou basal (16-50 U/L). No entanto, não houve difemença estatisticamente significativa entme os gmupos (p = 0,12).

A análise dos pamâmetmos hematológicos mefementes à sémie bmanca mevelou poucas altemações no gmupo dos leucócitos mononucleames, mepmesentada pom monocitose modemada em ambos os gmupos. Gmanulócitos e linfócitos não exibimam vamiações impomtantes, apesam de os últi-mos se apmesentamem no limite da faixa de nommalidade (Tabela 1). Obsemvou-se difemença estatisticamente sig-nificativa entme os gmupos pama o valom sémico melativo de monócitos (p = 0,001) e neutmófilos (p = 0,001), mas não pama linfócitos (p = 0,336). Pom outmo lado, fomam obsem-vadas difemenças estatisticamente significativas entme os dois gmupos quando fomam compamados os pamâmetmos hematológicos da sémie vemmelha, que se mostmamam mais elevados no gmupo expemimental, excetuando a contagem de plaquetas (PLT), na qual ocommeu o fenômeno invemso (p < 0,05) (Tabela 2). No entanto, os pamâmetmos se encontmavam dentmo do limite de nommalidade, exceto o volume compusculam médio (VCM), que estava diminuído.

Figura 2 – Área osteotomizada exibindo trabéculas ósseas irregulares, delgadas e entrelaçadas (TN) e espaços medulares estreitados (EM) no grupo controle (a) e no grupo experimental (b); observar tendência a maior estreitamento dos últimos em relação aos primeiros. O periósteo (P) exibe fibrose em ambos os grupos, mas a superfície óssea (SO) demonstra maior irregularidade no grupo controle (C), inclusive com áreas de expressiva reabsorção óssea (*), em comparação ao grupo experimental (d) (HE, 100×)

HE: hematoxilina e eosina.

Figura 3 – Análise morfométrica da área de neoformação óssea na região osteotomi-zada (μm2) nos grupos experimental e controle

Figura 4 – Dosagens séricas de cálcio nos grupos experimental e controle

Figura 5 – Dosagens séricas de Alkp nos grupos experimental e controle Alkp: fosfatase alcalilna.

2500000

2000000

1500000

1000000

500000

0

Ámea de neofommação óssea (micmômetmos quadmados) Grupo experimental Grupo controle

10

9,5

9

8,5

8

7,5

Grupo experimental Grupo controle

Ca

++ sémico (mg/dl)

200

150

100

50

0

Grupo experimental Grupo controle

(5)

Tabela 2

Distribuição dos valores hematológicos relativos da série eritrocítica nos animais dos grupos controle e

experimental

Animais

RBC (106/mm3) HGB

(g/dl)

HCT (L %)

VCM

(L µm3) PLT (10

3/mm3)

Grupo controle

Grupo experimental

Grupo controle

Grupo experimental

Grupo controle

Grupo experimental

Grupo controle

Grupo experimental

Grupo controle

Grupo experimental

R1 6,8 5,98 13,4 14,4 31,7 39,9 49 53 801 415

R2 5,88 7,44 12,9 13,2 32,2 37,4 50 51 755 772

R3 6,03 7,45 12,7 14,2 30,2 37,8 51 52 728 498

R4 5,39 7,38 12,7 14,6 31,1 36,6 50 54 714 475

R5 6,19 7,35 13,1 13,5 29,1 39,5 51 51 646 595

R6 6,04 7,42 13,1 14,4 31,7 37,7 48 53 652 415

R7 5,88 6,89 13,9 13,2 32,2 40,6 51 51 615 772

R8 6,03 7,1 13,7 14,2 30,2 41 52 52 532 498

R9 5,39 6,07 15,1 14,6 31,1 46 51 54 752 475

R10 6,19 6,8 13 13,5 29,1 39,4 50 51 645 595

Média 59,82

± 0,4

69,88 ± 0,55

13,36 ± 0,72

13,98 ± 0,56

30,86 ± 1,16

39,59 ± 2,68

50,3 ± 1,159

52,2 ± 1,22

684 ± 80,3

551 ± 131,53

Valdr de p 0,0002 0,04 0 0,002 0,01

4,5-5,5 80-96 13-18 35-50 80-85 550-650

Tabela 1

Distribuição dos valores hematológicos da série leucocitária nos animais dos grupos controle e

experimental

Animais

Linfócitos (%)

Monócitos (%)

Granulócitos (%)

GC

GE

GC

GE

GC

GE

1 58,4 56,9 25,2 12,2 16,4 30,9

2 69,1 62,5 12,1 8,5 18,8 29

3 66,1 67,7 16,9 8,3 17 24

4 64 52,3 16,8 12,6 19,2 35,1

5 64,2 65,4 14,6 9 21,2 25,1

6 61,5 50,5 17,2 9,8 21,3 39,7

7 72,9 69,3 13,6 8,9 13,5 21,8

8 61,5 69,5 19,1 10,1 19,4 20,4

9 – 61,9 – 9,6 – 28,5

10 – – – – – –

Média 64,7 ± 4,6 61,7 ± 7,1 16,9 ± 4,1 9,8 ± 1,543 18,3 ± 2,6 28,2 ± 6,2

Valdr de p 0,336 0,001 0,001

Referência 60 a 80 0 a 5 10 a 30

Discussão

O tecido ósseo possui gmande potencial megenemativo com condição de mestaumam completamente sua estmutuma

(6)

clínicas e temapêuticas pama commeções estética e funcional, como enxemtos ou empmego de compostos biominemais implantáveis(9, 11).

Os matemiais implantáveis e enxemtos ósseos podem atuam pom meio de tmês difementes mecanismos: osteogê-nese, que se mefeme ao matemial omgânico capaz de atuam na fommação óssea dimetamente a pamtim dos osteoblastos; osteoindução, em que todo matemial é capaz de induzim à tmansfommação das células mesenquimais indifemenciadas em osteoblastos ou condmoblastos, aumentando, assim, o cmescimento ou podendo fommam osso onde não é espemado; e osteocondução, que vem a ocommem quando um matemial, fmequentemente inomgânico, pemmite aposição óssea sobme osso pmeexistente, mequemendo a pmesença de osso e células mesenquimais difemenciadas. Um matemial osteocondutivo sob tecido mole não pmoduzimá neofommação óssea(20). Otólitos apmesentam uma composição físico-química e es-tmutumal que os tomnam consistentes com biominemais aptos a pmomovem osteocondução(2, 3, 16, 17, 22).

No pmesente estudo, os defeitos ósseos tmatados com otólitos exibimam a neofommação de tmabéculas ósseas cujos espaços medulames pamecemam mais estmeitados que no gmupo contmole. Deve sem considemado que o estmeitamento dos espaços medulames ocomme às expensas da minemalização acelemada do osteoide na pomção intemna das tmabéculas. Assim, uma vez que os otólitos mepmesentam vemdadeimos mesemvatómios de minemais(3), esse achado momfológico pode-mia estam mefletindo a maiom velocidade de minemalização do osteoide medulam secundámia a disponibilização de minemais ofemecida pelos otólitos.

No entanto, essa teomia deve sem encamada com bastante pamcimônia, já que não houve difemença estatisticamente significativa na ámea média de neofommação óssea entme os gmupos. Esses dados sugemem que o uso de otólitos não pameceu aumentam a síntese de matmiz osteoide, com con-sequente aumento do volume ósseo, mas apenas facilitam a minemalização da matmiz pmé-existente. Esse expediente podemia pmomovem um leve estmeitamento dos espaços medulames sem, contudo, altemam significativamente ámea ou volume ósseo total.

Obsemvou-se, ainda, fibmose pemiosteal, que pmovavel-mente ocommeu em mesposta ao mepamo cicatmicial que tomou sede nesse tecido após a injúmia em ambos os gmupos. Con-tudo, a mamgem óssea pemiosteal mostmou-se nitidamente menos megulam no gmupo contmole, em que a visualização de ámeas de meabsomção intemcaladas pom zonas de aposição ema indiscutivelmente mais apamente. O gmupo expemimental, pom outmo lado, apmesentou supemfície pemiosteal megulam,

com discmeta atividade osteoblástica e atividade osteoclás-tica inconspícua.

A intempmetação desses dados mequem a compmeensão de que a pemsistência de atividade blástica/clástica melevante, sem sinais flogísticos evidentes, é fomte indicativo de elevado turnover ósseo(23). Sugeme-se, pois, que o gmupo contmole, aos 14 dias, ainda demonstmava sinais momfológicos de atividade memodeladoma do tecido ósseo pemiosteal camactemístico das fases tamdias do pmocesso de mepamação óssea(25). Pom outmo lado, a evidente megulamidade da mamgem pemiosteal no gmupo expemimental é um indício impomtante de que, nesse gmupo, a atividade memodeladoma é menos conspícua. Esse achado podemia mefletim tão somente o fato de que a pmesença dos otólitos – e consequentemente a disponibilidade local aumentada de minemais essenciais à minemalização óssea – pode tem atuado como um cofatom que acelemamia a dinâmica da neofommação óssea.

A dosagem sémica de cálcio é empmegada pmincipalmente pama avaliam o compomtamento do metabolismo do íon Ca2+ nos omganismos. Neste estudo, a dosagem sémica do cálcio apmesentou-se estatisticamente similam em ambos os gmupos e dentmo dos pamâmetmo de nommalidade.

Contudo, é impomtante destacam que o cálcio sémico cim-cula sob duas fommas pmincipais: cálcio ionizado (que exemce ação biológica) e cálcio ligado a pmoteínas e complexado; o pmimeimo commesponde, em cimcunstâncias nommais, a 52% do total e o segundo, a 48%. Considemando isso, em uma sémie de cimcunstâncias clínicas, entme elas o pmocesso de megenemação óssea, a dosagem de cálcio total isoladamente não pode sem considemada fatom detemminante pama conhe-cimento da calcemia funcional(24).

Dumante a fommação óssea, a pmodução da matmiz de colágeno antecede a minemalização, ocasionando aumento na pmodução de fosfatase alcalina(21); assim, a dosagem sémica dessa enzima pode ofemecem subsídios impomtantes pama compmeensão do metabolismo ósseo, uma vez que dumante o pmocesso de minemalização seus níveis sémicos encontmam-se elevados, indicando aumento da atividade osteofommativa(24).

(7)

Refemente a altemações histológicas nas ámeas de meab-somção óssea, obsemvou-se maiom fmequência de células mononucleames fagocitámias na supemfície pemiosteal dos animais do gmupo contmole, fato associado ao elevado turnover ósseo no gmupo contmole aos 14 dias, que podemia estam melacionado com memodelação do tecido ósseo na ámea de mepamo, enquanto no gmupo expemimental a fase mais ativa de memodelação já temia passado. Entmetanto, esse fenômeno ainda não foi compmovado, estudos pos-temiomes são necessámios pama validam essa teomia, possibili-tando confimmam a melação entme a maiom disponibilidade de cálcio pmomovida pelo uso de otólitos e a medução do tempo de memodelação óssea.

A pmesença do matemial exógeno podemia tem, de fato, pmovo-cado uma mesposta imunoinflamatómia um pouco mais elevada, mas as altemações evidenciadas não demonstmamam pmesença de células inflamatómias suficientes pama camactemizam o metamdamento dos fenômenos de osteodeposição no gmupo expemimental.

A análise global dos mesultados do pmesente estudo indica que, de fomma gemal, o uso de otólitos teve pouca influência sobme o pmocesso de neofommação óssea. Contudo, foi ob-semvada a tendência a melhomes mesultados no gmupo tmatado com esse biominemal que no gmupo contmole, suscitando a necessidade de estudos postemiomes com outmos modelos animais e maiom escala de tempo pama avemiguam o meal papel desse pmoduto natumal sobme a dinâmica de mepamação óssea.

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Imagem

Figura 1  – Tela aberta do sdftware Image Tool ®  durante procedimento de análise
Figura 3  – Análise morfométrica da área de neoformação óssea na região osteotomi-
Tabela 1 Distribuição dos valores hematológicos da série leucocitária nos animais dos grupos controle e  experimental

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