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Arenitos cretácicos do Alto Paranaiba (MG): proveniência e ambientes de sediment...

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Academic year: 2017

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(1)

JOSÉ HUMBERTO BARCELOS

DEDALUS-Acervo-lGC

r ffi ilT llil ffi llil llllT llil llil illl ffir ffi Ilil Tlll

30900004612

ARENITOS CRETACICOS

DO

ALTO

PROVENIÊNCIA

E

AMBIENTES DE

PARANAÍBA

(

MG

):

SEDIMENTAçÃO

Tese de Doutoramento apresentada ao

lnstituto de Geociências da Universidade

de São Paulo.

Orientador:

Prof. Dr. Kenitiro Suguio

SAO PAULO

(2)

1.

I.l L.2

DEFINIÇÃO DA ÃREA DE TRABALHO

TRAÇOS FISICGRÃFICOS

EVOLUçÃO DOS CONHECIMENTOS

GEOLOGIA REGIONAL

I .4. I PRECAMBRI ANO

r2

l-. 4

I.\.2 ARcO DA cANASTRA

ì .4.3 A SUCESSÃO AREAD0

ì .4.4 TUFOs VUI-cAII I cos DA MATA DA cORDA

CAPTTULO I i

2.

TRABALHOS DE CAT,IPO

2.L snçÃo enor,ÕcrcA Ne

2.ì.r sEçÃ0 c0LUNAR

srçÃo erolÕercA Ne

srçÃo enolÕercA N?

sEçÃo erolÕcrcA N?

2.4.\ SEçÃ0 CoLUNAR

seçÃo ceolÕercA t,r9

2.j.1

seçÃo coLUNAR

sEÇÃo eroiÕercA Ne

2.6. I SEçÃ0 C0LUNAR

¿.J

?. .4

1

r- (sc-i)

E sQU rnAr r cn

2

(SG-2)

3

(Sc-3)

4 (SG-4)

E SQU EMAT I cA

s

(sG-s) ESQUEMÃTI cA

6

(3c-6)

E s Qu E¡rAt r cR

5

)^

L4

L4 16

I6 I9

CAPITULO I I I

3. AMBIENTES DE StDII,IENTAÇÃO E ESTRUTURAS

3. r AMBTENTES DE SEDTMEN'rnçÃo

Ne

ì

(sc-r)

22

22

30 37 39

44

46

50

53

57 60

62

Ne

z

(sc-z)

Ne

¡

(sc-l)

N9 \ (sc-4)

SEDITlENTARES

67

67

(3)

3.1.1 GENERALTDADES

3. | .2 SUBAI"|B TENTE DE pLAN rC I E DE I NUNDAÇÃO

3.1 .3 SUBAMB I ENTE DE CANAL

I Subambiente de depósitc de canal Fácies de depósitc de preenchimen

to de canais 7O

2 Subambiente de depósito de canal Fácies de depós1to de preenchimen

to de canais

3 Subambiente de depósj.to de canal Fácies de depósito de pl-een:hi_men

to de canais

Subami-:iente rJe depósi to cj e leque

aluvial

ii

67

68

69

5 Subr ambiente de depósito rle canal

Fãci es de banra de n¡ eancl ro

Subambiente de depósi to i-Je canal

Fácies de depósito cl; preenchimen

to cie c¿lnais

Subambiente de depósitc cJe canal

Facies cle depósito de preenchj-r¡en

to de canais

I Subambiente de depósj-to de canel F.ãcies de ci epósito úe preenchimen tc de canais

I Subambiente de depósito Ce canal Fácies de depósito de prÐenchimen

to Ce canais e cle bari.a de canal

3.2 ESTRUTURAS SED]MENTARES

3.2. I TAMANH0 E F0RMA D0S C0Rp0S ROCH0SOS

3 .2.2 MARCAS ON DULADAS

3.2.3 ESTRATIFtCAçÃ0

72

74

74

76

3,2.3.i. Caracterizaçåo das estratificações

eruzadas ,97

3.2.4 PALEOCoRRENTES DEP0StCtoNAts 97

3.2.5 ESTRUTURAS DE ESCORREGAMENTO E DESL I ZAMENTO 1OO

3.2.6 CoNCREçÕES 0U N6DUL0S .105

84

B1

89

9t

93

93

(4)

4. 1 ANÃLrsES cRAlJULOMÉrnrces

4. r.

r

cÄr-cuLos D0s pRRÂUETR0S ESrRrtsrrc0s

DE DtsrnlaurçÃo

4.1.2 RESULTADos

4.I.2.1 parãmeti-os estatísticos das

distribuições

4.I.2.2 Número de classes texturais

4.I.3 ANÃLI5E DOS RESULTADOS

4. 1.3.1 Anátise de f.reqtrência

metros estatísticos da

buição total

4.I.3.2 Aná1ise de f reqüênci.a dos parã metros esratísticos da distril

b ui ção arei a

4.1.3.3 Aná1ise de freqüência do núme_ ro de cl-asses texiurais

4.I.4 MATURIDADE DOs sEDIMENTOS

4.ì.5 ANALtsE DA DtsTRtBUtçÃ0 REct0NAL D0s

PARÂMETROS SED I HENTOiÓE I COS 4.1.5.1 porcentagem de areia

106

106

107

107

r07

107

4.1.5.3 porcentagem de argiì.a 4. 1.5.4 Razåo grossa,/fino

TEOR DE CARBONATO DE CÃI,CIO

MINERAIS PESADOS

4.3.I FEIçOES PRINCIPAIS DOS MINERAIS PESADOS

NÃ0 H I CÁCE0S

4.3.2 ANÁLtsEs DE FREQIJÊHclRS D0s HtNERAts pE

SADOS TRANSPARENTES E NÃO MICACEOS

4.2

4.I.5.2 Porcentagem de siLte

dos parå

distri-4.3

r07

l-20

122

122

l-24

L26

L26

l-26

L27

I27

128

128

138

(5)

1.3.2.1

\.3.3

\ .1. t*

4.3.2.2

MATURI DADE MI NERALÕGI cA

NÚMERO DE EsPEC I ES ¡{ INERaIOG I cAs

ANÁLrsE DA DtsrRtBUtçÃo REGtoNAL

DO5 HINERAIS PESADOS

4.3.5.1 Estaurolita 4.1.s

- lt^ '

t-requencÍû media

Freqüência 0e ocorrôncia

4.3.r¿.2

4.3.5.3

A'EA l.J- J.S

L.pr-dclto

Turmalina

¿lrcac Cianlta

Granada

Rutilo

4.3.5.5

4.4 DIFERENÇAS DE VTSCOSIDADE E ENERGIA E SUAS

RELAçOES COM DIVERSOS AMtsIENTES

DEPOSICIO-NAIS, SEcUl,tD0 SAHU (Ì964)

4. I .4 ANAL I SE E D I scUSSÃO DOs RESULTADoS

L2.qA

4.1.e PRovÄvE I

s

Ãnens-FoNTES

'tv

138

r38

140

L42

r46 I46

r47

148

148

L49

r49

L52 L52

Àac1

4..). l. f

CAPTTULO V

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES

5.1 CARACTERIZAçÃO FACIOLÕGICA E AMBIENTE

GEOGRÃ-Frc0 DE sEDrr.lEh|rAÇÃO

4.5 ANÃLISES DOS MI¡IERAIS DE ARGILA

tr1

5.J

CONDIC]ONAMEI.ITO TECTO- SE D]MENTAR

AMBIEI'ITE PALEOCLIMÃTICO DE SEDIMENTAçÃO

SUMÃRIOS COMPARATIVOS ENTRE AS CARACTERÍSTTCRS

DA FORMAÇÃO AREADO E DA TORMAçÃO PIRAMBÕIA

APLICAI,IDO-SE OS CRITÉRIOS PARÃ RECONI]ECIMENTO

DOS SEDIMËI'JTOS }-LUVIAI S

5.4

5.5 PROVÃVEL AMBIENTE DE SEDIMENTAçÃO

AGRADECiMENTOS

BI BLIOGRAFIA

153

155

1s8

160

160

160

L64

165

166

j.69

I7.3

(6)

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6

Figura 7

Figura 8

Figura 9

Figura 10

Figura 11

Mapa geológico da bacia Sanfranciscana

Seção geológica n9 1: Sc-l

Concreções carbonáticas da Formação Areado

Intercalações de lâminas de sÍlex em folhelho

sí1tico-arenoso

Estratificações cruzadas em arenito

Seção colunar n9 1: SC-l

Seção geológica ng 2z SG-2

"Bolas" de tufo vulcânico e arenito cauliniti

zadas englobando grãos arenosos

Contato das Formações Patos e Areado

Depósito do subambiente d.e planÍcie de inunda

ção

Depósito do subambiente de planície de inunda

ção

Seção geológica ng 3: SG-3

nódulos carbonáticos da Formação Areado

Seq{lências de estratos cruzados e laminações

convolutas

Depósito do subambiente de planície áe inunda

ção

Seção geolõgica n9 4: SG-4

Laminações horizontais em arenito

Camadas de arenito intensamente dobradas Seção colunar n9 2: SC-2

Seção geológica n9 5: SG-5

Figura 12

Figura 13

Figura 14

Fj-gura 15

32

33

35

35

36

38

40

42 42

42

43

Figura 16

Figura I7

Figura f8

Figura 19

Figura 20

Figura 2I

43

45

47

47

48

49

51

51

52

(7)

Figura 22

Figura 23

Figura 24

Figura 25

Figura 26

Arenito com estratificacões cruzadas, estru

turas de escorregamento, rompimento de cama

das e estratificações horj-zontais

Arenito com estratificações cruzadas tangen

ciais e dobras convoLutas

Arenito com dobras convolutas, estratos ho

rizontais e níve1 de peJ-otas de argila

Blocos de arenito deformado de estruturas

de escorregamento

Arenito da Formação Areado englobando sei

xos e matacões de calcárj-o do Grupo Bambuí

Seção colunar n9 3: SC-3

Seção geológica ng 6: SG-6

Seção colunar n9 4: SC-4

Contato da Formação Areado com o Grupo

BambuÍ

Passagem de arenito com estratos horizon

tais para seq{lênci-as de estratificações cru

zadas

Concreções carbonáticas da Formação Areado

Concreções carbonáticas da Formação Areado

Pequenas concreções de zeólita decompost,a (?)

dispostas em arenitos

Subambiente de depósito de canal. Fácies

de depósito de preenchimento de canais

Subambiente de depósito de canal. Fácies

de depósito de preenchj-mento de canais

Subambiente de depósito de canal. Fácies

de depósito de preenchimento de canais

Blocos de tufo vulcânico e de arenito cau

linitizado

Figura 27

Fi-gura 28

Figura 29

Figura 30

Figura 31

-VA

Figura 32

Figura 33

Figura 34

55

55

56

Figura 35

Figura 36

Figura 37

Figura 38

-56

58

59

61

e 63a

58 63

64

64

66

66

7L

73

75

(8)

Figura 4I

-Figura 42

Figura 43

Figura 44

Figura 45

Figura 46

Figura 47

Figura 48

Figura 49

de depósito de leque aluvial 7g

Brecha sedimentar 79

Camada rompida e deformada e

pseudonódu-los de arenito 79

Fragmentos de camadas rompidas B0

Subambj-ente de depósito de canal. Fãcies

de barra de meandro g2

Seixos de quartzj-to facetados e semelhan

tes a venti-factos 83

Subambiente de depõsito de canal. f.ácies

de dep6sito de preenchimento de canais 85

Subambiente de depósito de canal. Fácies

de depósito de preenchimento d.e canais 88

Subambiente de depósito de canal. Fácies

de depósito de preenchimento de canais 90

Subambiente de depósito de canal. Fácies

de depósito de preenchimento de canais e

de barra de meandro 92

Estratificações cruzadas em bancos arenosos 96

Arenito com estratificações cruzadas e es

truturas de escorregamento lO2

Estratificações cruzadas em arenito 103

Contato de cosseqüências de estratificações

cruzadas sem deformações com camadas dobra

das de estruturas de escorregamento 103

Aspecto geral das estruturas de escorregamento I04

Detalhes das estruturas de escorregamento lO4

Fotomicrografias da estaurolita 136

Figura 50

Figura 51

Figura 52

Figura 53

Figura 54

Figura 55

Figuras 56a

(9)

Figuras 57a

a 57c

Figuras 58a

a 58b

Fi-guras 59a

a 59b

Figuras 60a

a 60c

Figuras 6la

a 61c

Figura 62

Fotomicrografias do epídoto

Fotomicrografj-as da apatita

Fotomj-crografias da turmalina

Fotomicrografi_as do zircão

Fotomicrografias da granada

Diferenças de viscosidade e energia e

suas relações com diversos ambientes

deposicionais

Tabela 1

fnorce oas TABELAS

A evolução dos conhecimentos

estratigráfi-cos sobre as seqüências mesozõicas das

Ba-cias Sanfranciscana (Alto paranaÍba) e do

Paraná (Triângulo t{ineiro) r no perÍodo:

1932 I975

Relação de amostras de sedimentos, tufos

vulcânicos e metassedj-mentos, coletadas no

AIto ParanaÍba e no Triângulo Mineiro, com

especificações de procedência, natureza Li

tológica e os processamentos aos quais

fo-ram submetidas as amostras

Caracterização das estratificações cruzadas

Resumo dos resultados de medidas de estrati

ficações cruzadas

Resultados dos parâmetros estatÍsticos das

distribuições total e areia e classificação

textural (seg. SHEPARD, 1954)

Resultados dos parâmetros sedimentológicos

e porcentagens de carbonato de cálcio

vl_l-L

Tabela 2

-136

L37

]-37

I37

Tabela Tabela

Tabela

3-

4-L37

Tabela 6 -

5-156

IO

23 98

99

108

(10)

Tabela 9

Tabela 10

Tabela 11

mãtrj-cos da distribuição areia

- aná1ise de freqüência do número de classes

texturais

lndices de maturidade textural dos sedimentos

freqüências porcentuais relativas de minerais

pesados transparentes não micáceos Fração:

0 ,250 - 0,125mm

n^

¡-requencias porcentuais relativas de minerais

pesados transparentes não micáceos Fração:

0,L25 0,062mm

- Análise de freqüências dos minerais pesados

transparentes não micáceos Fração: 0 t2SO

0,125mm

- anát¡.se de freqüências d.os minerais pesados

transparentes não micáceos Fração: 0 rL25

0 r 062mm

- Escala de estabilidade quimica de SINDOWSKy (in

PETTTJOHN, Lg75)

fndices ZTR e de maturidade quÍmica dos

mine-rais pesados

freqüências de classes do Índice ZTR das amos

tras Fração t 0,250 0,125mm

Freqüências de classes do índice ZTR das amos

tras Fração: 0,J'25 - 0,062mm

- anãlise de freqüência do número de espécies

de minerais pesados transparentes não

micá-ceos Fração: 0,250 - 0rl25mm

- anãlise de freqüência do nfrmero de espécies

de minerais pesados transparentes não

micã-ceos Fração: 0,125 0,062mm,

CaracterÍsti-cas cornparatj-vas do subambiente

f,

de planicie de inundaçao

CaracterÍstj-cas comparativas do subambiente

de canal

Estratigrafia da Bacia Sanfranciscana

Tabela L2

Tabela 13

Tabela L4

Tabela 15

Tabela 16

I2L

l-23 I25

Tabela 17

Tabela 18

Tabela 19

Tabela 20

I29

Tabela 2I

Tabela 22

Tabela 23

r32

r39

139

141

143

150

1s0

151

151

I67

(11)

Na Era Mesoz6Lca ocorreram importantes mudanças no

comportamento tectônico do paÍs e este fato a torna das mais in

teressantes na história geológica do Brasil. Além disso, o cre

táceo é um dos períodos geológicos mais amplamente d.ocumentados,

constituindo também o último registro geológico de distribuição

mais extensa da sedimentação continental brasileira.

CAPfTULO I

No intervalo de tempo Barreniano-Santoniano, um

de rio precursor do São Franciscor s€ estend.eria desde o

tro-oeste de Minas Gerais até a ptataforma continental do

nhão. Esse sistema fluvial foi responsável pela deposição

seqtlência sedimentar que constitui a bacia Sanfranciscana.

TNTRODUÇ.Ã0

No fim do Cretáceo um vulcanismo explosivo 1ançou

grande quantidade de cinza e material ardente na bacj-a, que mis

turando-se parcialmente com os sedimentos fluviais, originou

variados e importantes tipos de rochas.

Este trabalho versa principalnrente sobre a seqtlência

sedimentar, em parte associada ao material vulcânico, encontra

da na região balizada pelos municípios de patos de Minas, são

Gonçaro do Abaeté, três Marias, pirapora, João pinheiro e presi

dente Olegário. Porém toda a área de ocorrência foi percorrida,

especialmente a do planalto da Mata da corda, visando um reco

nhecimento geológico e visualização do comportamento espacial

e estratigráfico das formações que integram o Cretáceo do oeste

mineiro.

-1-Na área de estudo concentram-se as melhores

çôes das seq{lências sedimentares que exibem j-nteressantes

portantes estruturas.

Acredita-se que a interpretação paleoambiental

pósitos sedimentares desta área contribuirá para melhor

preensão dos eventos cretácicos do Alto paranaíba.

gran

cen-Mara da

exposi

eim

dos de

(12)

paleoclima, a paleogeografiar âs condições ambientais da fonte

e sÍtio de deposição e a tectônica da complexa bacia cretácica

Sanfranciscana.

É difÍcil determinar precisamente os limites da bacia

sanfranciscana. Em linhas gera.is, tem-se como limite su1 a ser

ra da canastra, a leste as serras do cabral e do Espinhaço, a

oeste a serra Geral de Goiás e ao norte os limites são impreci

sos, pois a Formação urucuia se prolonga para a Bacia do Mara

nhão

sobre as rochas precambrianas dos Grupos Araxá, canas

tra e principalmente Bambuí aparecem as formações mesozóicas ta

bulares d.e atitudes horizontal a subhorizontalr êm flagrante

discordância angular.

A Formação Areado, mais antiga, aflora descontj-nuamen

te no franco ocidental do planarto da Mata da corda e tem gran

de expressão na vertente do rio São Francisco.

Na região de patos de r4inas, sobrepõem-se-rhes derra

mes básicos com intercarações piroclásticas (Formação patos), A

Formação capacete aparece coroando o pranalto da Mata da corda

ao sul do morro das Broas, em Arapuá, ocorrendo ainda nas ser

ras do capacete e Fragata nas vizinhanças de cedro do Abaeté.

I.r

DEFINIçÃO DA ÃREA DE TRABALHO

A Formaçao urucuia representa os regi-stros mais di

tais da sedimentação clástica contemporânea ao vulcanj-smo, e

tendendo-se sem interrupção desde o noroeste de Minas Gerais

região ocidental da Bahia, penetrando ainda em Goiãs, piauÍ

Maranhão.

s

s ã

(13)

o planalto da Mata da corda, situado na área ociden

tal do Alto ParanaÍba, é considerado o mais importante divisor

de águas do leste da América do sul, dividind.o a bacia do rio

Paranaíba, tributãrio do rio paranã, da bacia do rio são Fran

cisco.

os principais rios da região, tributários do rio são

Francisco, são, Abaeté, Borrachudo e rndaiá, guê seguem dire

ção N-NE, os afluentes da margem direita do paranaiba e as cabe

ceiras dos rios da prata, Sono e paracatú.

Na composição daquele divisor entram seqtlências sed!

mentares cobertas por rochas de filiação vulcânica, ,nj.veladas

entre 1000-1200 m de altituder êIIl extensos chapadões com bordas

abruptas e contornos festonados, cuja persj_stência pode ser as

sociada a capeamento de cangas limoníticas. Algumas encostas

exibem estrutura tabularr êrn degraus, relacionada com a resis

tência diferencial oferecida pelas camadas superpostas.

Baseando-se na expressão topográfica, litologia e es

truturas, pode-se distinguir duas unidades geomorfológicas:

A Depressão Periférica Goiana (ALMETDA zjn ALMEIDA &

LIMA (1959), que se estende para o Alto paranaÍba, constituj- o

domínio dos Grupos Araxá, canastra e Bambui. Na área do Grupo

Àraxár âs formas são mais suaves, abauladas e sustentadas por

rochas gnáissicas.

o Grupo canastra constitui um relevo maduro, com for

mas amplas, suaves e baixas em zonas filíticas e áreas de serra

nias de topo nivelado, sustentadas por quartzitos. Já o Grupo

Bambuí apresenta relevo ainda juvenil, com formas irregurares

e "movi-mentadas".

Esta faixa precambriana, situada entre o planalto da

I"lata da corda e o planalto dos basaltos, expressj_vo no Triân

gulo Mineiro, é denominado por BRAJNTKOV (ín HASUI, ]-969) de

Corredor do Quebra Anzol.

L.2

TRAçoS FrsrocR.ÁFrcos

(14)

-3-os alt-3-os das serranias e chapadões mais elevados (1000 1200m). É conhecj-da também por Superfície Canastra (BARBOSA, 1955) e

Pðs-Gondwana (xtuc, 1956) .

Segundo HASUI et aL. 0975\, a atenuação dos movimen

tos tectônicos cretácicos da área permi-tiu o término da escul

turação da SuperfÍcie Pratinha, nivelando-a com as últimas uni

dades estratigráficas cretácicas, e os movimentos generalizados

posteriores que possibilitaram a retomada da erosão são epiroge

néticos.

BARBOSA eú aL. (L970) admitem uma outra superfície na

bacia do São Francisco, de cotas entre 800 900 m, que prova

velmente corresponde cronologicamente ã Superfície Araxã.

Ainda nesta bacia, numa faixa tendo o rio como eixo,

nota-se uma outra superfÍcie mais baixa, da ordem de 600 700m.

Esta poderi-a corresponder à Superficie Velhas, de KING, que se

encontra embutida na superfície 800 900 m.

A Superfície Araxá e a SuperfÍcie Velhas são provavel

mente terciárias (BARBOSA ¿t aL., op. cit. ) , mas não foram pre

cisamente datadas. A1guns terraços com cascalhos diamantíferos

situam-se nessas superficies.

BRAUN (in BARBOSA ¿t aL., op. cit.) argumenta que

KING cometeu um equívoco ao identificar a Superfície da serra

da Canastra e Mata da Corda como resultante do aplai-namento

Pós-Gondwana que terminou no Cretáceo ¡lédio (com a sedimentação

das Formações Bauru e Serra Negra). Aquela superfície corta es

tes sedJ-mentos, sendo portanto, mais nova e resultante do aplai

namento Sul-Americano que terminou no Terciário Superior (lt{io

ceno-Plioceno). Considera ainda, gu€ da dissecação da superfí

cj-e Sul-Americana derivou-se praticamente todo o relevo brasi

leiro.

A faixa mais acidentada da região é a zona de transi

ção entre a bacia do São Francisco e a borda alta do planalto

da Mata da Corda, onde aS rochas do Grupo Bambuí são muito amar

(15)

-5-A região apresenta, segunda LIMA (in ALMEIDA & LIMA,

1959), um clima tropj-car consti-tuído pelo tipo cwb de Kðppen,

sendo comum as chuvas de verão e com temperatura média anual- de

2aoc.

Duas estações climáticas se al-ternam; uma chuvosarcom

precipitação próxima de 1500mm que correspondem a mais de 80?

das chuvas, tendo temperatura média de 22oc, concentrada nos me

ses de outubro a março e outra seca, coincidindo com o inverno,

com a temperatura média de 16oc.

O cerrado em suas diversas modalidades é uma das fei

ções mais características da vegetação da área. Suas árvores

têm um aspecto tipico, apresentando porte pequeno ou médio, 19

torcidas, esgalhando-se geralmente, desde pequena altura. Os

caules são relativamente grossos e recobertos de espessa casca

suberosa, ramificando-se irregularmenter nâ parte superior. As

raizes são geralmente longas e profundas. Junto ao chão, plan

tas arbustivas e herbáceas são dominadas pelas gramÍneas. Des

l.

de o inicio desta década esta vegetação natural vem sendo p"g

latinamente substituída por culturas de milho, cafê, soja, tri

go, sorgo e tenta-se agora, a lavoura da mandioca.

Na baci-a Sanfranciscana, recobrindo em discordância

angular os Grupos Canastra e Bambuí, ocorrem sedimentos areno

sos, areno-sílticos e areno-argilosos, sobreposto's por vulcani

tos e vulcanoclásticos. Estes sedimentos foram identificados

por OLTVEIRA (f881: 56), nas regiões de Abaeté, do rio Borrachu

do e do ribeirão do Chumbo.

A sua introdução ã literatura geológica deve-se a

RIMMAN (1917: 30), güê descreveu a seqtlência arenosa sob as de

nomi-nações de Arenito Areado (formação arenosa inferior) e Are

nj-to Capacete (formação arenosa superior).

FREYBERG (L932) é o responsáve1 pelo primeiro estudo

(16)

(1) conqromerado basal, de idade provavelmente triãs

sica, ocorrendo principalmente nas bacias dos rios Abaeté, rn

daiá e Borrachud.o, de origem fluvj-alr êspêssura variável (2 a

5 m), consti-tuÍdo de seixos rolados, de quartzo e quartzito. En

tre a formação do conglomerado e a deposição dos arenitos sobre

jacentes ocorreu hiato quand.o os seixos ficaram expostos äs

ações erosivas, principalmente d.o vento, e assim, os seixos

mais superficiais são facetados.

(2)

loso,

com

leitos

argilosos, de origem

fluvial

e

ao Arenito pirambóia.

(3) Arenito vermelho compacto, de origem eólica, cor

rel-acionáve1 ao Arenito Botucatu.

(4) Arenito friãve1r €nì parte atribuÍve1 ã "S6rie Ube

raba" ou a outras formações, mas de difícil separação dos are

nitos subjacentes.

para as unidades 2, 3 e 4 (em parte) FREYBERG utili

zou a designação "Arenito Areado", proposta por RïMMAN (op.cit.)

e pressupôs idade triássica para toda a seqttência.

BARBOSA (1934: 1g), baseado em estudos petrográficos

e bibliográfi-cos, considerou-os como pertencentes ao Areni-to

Botucatu, propondo que seja eliminada da riteratura a denomina

ção Arenito Areado.

ScoRzA & SANTOS (1955) mencionaram calcários lamina

dos, betuminosos e fossilíferos em camadas de 3 m de espessura

na região de varjão (BR-365 ) , afl0rantes em perfeita conti

nuidade com os da seqüência Areado. Eres'correlacionaram es

ses sedimentos às Formações Bauru e Botucatu, supondo esta ú1ti

ma restrita ä regi-ão de patos de Minas. Determinaram ainda o

pei-xe fóssil teleósteo DastiLbe moraest, e restos de vegetais,

preservados naquele folhelho. As idéias destes autores foram

seguidas por COSTA & BRANCO (1960), mas estes reconheceram maior

e arenito argi

(17)

extensão para a Formação Botucatu.

BARBOSA (1965a), reestudando a geologia do oeste m!

neiro, revalidou a designação Arenito Areado, atribuindo-lhe

"status" de Formação, diferenciando-a da rormação Botucatu e

propondo sua subdivisão, em três membros: Abaet6, euiricó e

Três Barras

Em reconhecimento geolõgico na bacia do São Francisco,

OLIVEIRA (l-967), apresentou descrições e perfi-s geológicos das

Formações Bauru, Urucuia e Uberaba, sem entretanto, referir-se ao Areado.

A posição da seqtlência Areado é discutida por CARDOSO

(1968a e f968b) r gü€ a considerou como grupo adotando a divisão

proposta por BARBOSA (1965a), mas com o signifj-cado åe fãcies.

LADEIRA & BRfTO (f968) reviram a estratigrafia do

planalto da Mata da Corda e propuseram uma coluna estratigrâtt

ca. Eles realizaram estudos petrográficos d.os vulcanitos e a

reconstrução paleogeográfi-ca da sedimentação Areado, caracteri

zando a deposi-ção dos sedimentos como

"pedimentar-lacustre-de1-tá1ca". Consideram o Grupo Mata da Corda composto de quatro fá

cies: São Gonçalo (arenito com matriz montmorilonítica) , Patos

(lavas melanocráticas, porfiríticas, tipo picrito e tufos), Fra

gata (conglomerado vulcânico) e Capacete (arenito cinerítj-co de

cor verde).

O primeiro mapa geológico do Triângulo lvlineiro e par

te do Alto Paranaíba foi apresentado por HASUI (1968 e 1969),

que sugeriu a ausêncj-a de indício de ligação dos arenitos do

planalto da lvlata da Corda com a Formação Botucatu .ou Bauru,

através do Corredor do Quebra Anzol. Correlacionou as rochas

vulcânicas de Uberaba com parte dos vulcanitos do planalto da

Mata da Corda, agrupando-os sob o nome de Formação Uberaba. Ivlan

teve a designação Areado e propôs também ã unidade, "status" de

Grupo. Tntroduziu a Formação Patos, aplicáveI aos vulcanitos

da lrlata da Corda sotopostos à Formação Uberaba, encontrados no

su1 do plana1to.

BRAUN (1970) admitiu a exj-stência de um divisor de

águas, separando as bacias do São Francisco e Maranhão da bacia

(18)

-7-Negra do Maranhão.

rmportante trabalho foi desenvolvido por BARBOsA e

colaboradores (1970: 33-39), que ofereceram um ambj-ente paleo

geográfico da sedimentação Areado, reiterando a divisão trípli

ce anterior (BARBOSA, l-965a). Consideram a Formação Areado ocu

pando as bacias dos rios da prata, Abaeté e rndaiá e pequena

parte dos vertedores da margem direita do rio paranaíba, entre

Patos de l,linas e Carmo do paranaÍba.

o Membro inferior, Abaeté, constituÍdo de conglomera

do com ventifactos, muito dergado, só ocorre ocupando paleova

les e testemunharia o clj-ma desértico que imperou no inÍcio da

sedj-mentação Areado, responsãvel pelo preenchimento da topogra

fia irregular da bacia.

o Membro Quiricó composto de sedimentos finos como

siltitos, arenitos finos, forhelhos e argÍlitos parece ocupar

a posição de um antigo lago ou vale semi-alagado em clima desér

tico a sub-desértico.

O Membro superior,

laterais do Membro anterior,

das da bacia.

BARBoSA eú aL. (op.cit. ), consj-deram a idade da Forma

ção como cretãceo Tnferior e parte superior, isto é Neocomiano

a Albiano, baseando na fauna fossilÍfera (semelhante ã aa Forma

ção santana do Nordeste), em datações dos tufos (70 e g0 m.a.)

e em análise paleopalinológica feitas pela petrobräs s.A. (sa1

vador, BA) em folhelhos do Membro euiricó que revelou idade

Aptiana Inferior.

Nova interpretação das seqtlências cretácicas de t4inas

Gerais foi proposta por SAD et aL. (1971). propuseram uma col-u

na estratigráfica diferente das anteriores e salientaram a indi

vidualidade das litologias cretácicas das bacias do são Fran

cisco e Paraná que seriam, separadas pela Antéclise do Alto pa

ranaíba.

HASUI et aL. (1975), forneceram a mais recente contri

Três Barras, ultrapassa os limj-tes

(19)

-9-buição, considerando a faixa divisõria entre as bacias do para

ná e Sanfranciscana ativa pelo menos em dois episódios do Fane

rozóico. Discutiram o comportamento tectônico da Flexura de

Goiânia na paleogeografia da bacia do paranã, da Flexura da Mg

ta da corda e da Depressão d.o Abaeté, a qual recebeu a sedimen

tação da Formação Areado. Analisaram ainda o soerguimento do

Alto Paranaíba e o conseqtlente advento dos focos d.e magmatismo

alcalino.

Dados j-mportantes acumulados nas duas úl-timas décadas

trouxeram relevantes informações para interpretações pareoam

bientais das formações cretácicas do Alto ParanaÍba, tornando

árduo o inventário completo das obras que cobrem a evotução

dos conhecimentos da geologi_a regional.

Como a maior parte dos pesqui_sadores trabalharam in

dependentemente, não obstante a grand.e validade de suas contri

buições, foram propostas várias colunas estratigráficas discre

pantes entre si, suscitando controvérsias capazes de confundir

o bom entendj-mento deste importante registro geológico.

Durante o XXV Congresso Brasileiro de Geologia foi

realizada a lvfesa Redonda sobre o "cretáceo em Minas Gerais" (LA

DEIRA e colaboradores, r97r) . As discussões do assunto na refe

rida reunião não levaram a um acordo sobre as divisões das uni

dades sedimentares. Alguns autores interpretaram as

sub-uni-dades como fácies, enguanto outros as consideram membro. As

opiniões são contraditórias também quanto aos ambientes de sed!

mentação e as continuidades horizontal e vertical dos depósitos.

Para facilidade de comparação e correlação das seqtlên

cias litológicas, foram reunidas todas as colunas estratigráti

cas propostas, para a área (labe1a I). Esta tabela evj-d.encia

a evolução dos conhecimentos desde 1932, quando FREYBERG pro

pôs a primeira seqtlência interpretativa para as d.iversas

unida-des litológicas, até a última revisão realizada por HASUI et

(20)

o o H É k o

Àrelas , Àrgl las , Casca lhos,Turfelras

ê_ca-pa de decomposiçao

o H u É 3J F

Àrgllas,Depósitos de

llnhtÈo en bancos mui to lilriltados. Casca-lho de planalto

o H ú z l¡¡ Êr 4Þo I Þ o

Àrenitos clnza e brancos com restos de réptej.s fósscj.s

U) '¡ H Ê: (¡: Jì o 'Jl u !¡ lJ (J ÀLl''vIõES al 'sl Þ H É. U t:l É{

Derrames vulcånicos, erupções básicas (?)',

arenitos em Parte '

corn naterlal tu(áceo .\renito frlãvel

LÀTERIlOS ú o H d C¡l O¡ :) U) o t¡.ì €r ú'¡ U E{

i

9: Ê. lc ê. E lÉLI ce Þ D ú Þ 4 o |<(.} .d ú o f{ o H út ( H & Êr ,< z 3 o z ou Irl H l¡q

À¡enltos claros mui to calcÍferos Calcárlos conglome-råticos 8 L¡ o t-. H z É 4. U) 14 H Í!

Àrenièo vermelho

compacto

Àrenito frlãvel

ver-melho e branco

Arenlto arglloso com

leitos argilosos

Sedimentos tufãceos: tufltos,argilltos ci a conglomerados tñ fr, ú 4 E¡ q l¡¡ d, t< ú oH la H o f¡l U Y{ Êr t¡¡ & t.)

Conglonerado basal

I

,< H é o t4 c¡ $ ít ou

Àrenito róseo com es tratlflcação cruzadã

de corrente e estru-t,uras de

escorrega-mento c0 4 & id çc o l.€(.¡ 4 ú tu r¡¡ i ErlL¡l UIdl Àl dl UJ

Àrenl.tos tufãceos ge

ralmente sem estrati. fi cações

(,) o É o E H oU H É H o

Àrenltos flnos, sll-!itosrfolheLhos fos-slIíferos e argllitos

tt o

Ê¡

À

(Tufitos lnferiores) Tufos e agJ.onerados

f¡l

É"

r¡l

4

4

conglomerados com

ventl fatos 4 HÞ O Þ ú Þ 14 (-> g ú o

Arenitos avermelha-dos,amarelados ou es branquiçádos,frtå -Vcis com estratlflca ção cruzada tipo dã dunas

¡ {l Folhelhos,argilltos

lo! arenosos ben estratl Ël ficados e conqromerã Í11 a.= com ventfiaÈos

-U) 4 ø ú4 ca (t H tr ú o H É Þ¡ f! z H o l¡¡ vf tr E U ãt pl.

d lr¡lH

IU

o l<

* lr" el

"l

Arenl"tos com deforma ções penicon!ernporã:

neas

o

H C¡

Argilltos' folhelhos

fossl-1í feros

Ê¡

:J

4. Conglornerados sos

areno-I

ts

(21)

LITOLOGIÀ B.¡.CIÀ

SÀN I.'R.È-Ì.1CI SCu*h

BRÀUN (I970

LITOI,OGIÀ BÀCI

PÀRÀNÁ o r< UI H A

I,ITOLOGTA BACIÀ

s¡.N FRÀ¡¡C I S CÀNA HÀSUI (I969)

cíf ios

cos alci âric tl cc

i tos

cl ne

I H F I cã Ar fi C o ¡é Ø H H o I ool

Àrc1as j"nconsolidadas, cascalhos, e cangas Ij,n'.onÍttcas

o r4

I lrtolocrA BAcrÀ

ì pnn¡¡¡a

o -t; i5

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itsr iR I .l el HI ";l I I lx 1,1

I r,¡

lú i3 I t_ I rl É,i3t äl O¡ ¡.: ()l I

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I

Arenltos com es-trâtlflc¿ções cru za¡lâs, ar(filitôs, silticos, folhclhos fossi.lÍfcros c con

glorreraclc,s con vcn_

-t-.o ro- |

I tos. I

1"- |

I Crrs<ls

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I

n<¡l onrcraclo qilitos. F

l¡¡

n(xlES bSsicas, inr-crrrc !$

(lierið e ul"tr¿baSiùìs l@

de n¿rtucza alcaÌin¿ì I

o'g rrão.er ch.rru.nõs rul_1ff

c¿nc¿s iC|

Itr D'Jr.ìrF-; Iúslcos, æm 19 rcsLriLas rrìtcrcala-

çæs pircclisticà;.1)c r

TABELÀ I {contlnuação)

LÀDEIRÀ ¿ BRITO (1968)

'enltos a congl

I r¡dos . Arq i lL to

rLlrelhos .paplra

ros,rcchas silic()s

calcãri.as

'(: rì [ t.os a con<¡l I i:i tos e ¡rgi I r clotri tos lrruv!

I ,{ tì É o r<(.) I e o f-,

L-ti. f at()s Aren

nÌe r¡

f o.Llr ceos

ecü

Arùnl to vernrel.ho com magncElta

I Ë ,:lt¿..'s i*l¡i'o:iiìí:ic¿s.'ñrfiü)s rut.ug::árjcas, , i i I

9i ,¡iri..;rur,r'actrsyulc.i- I I

i! i*l"i*-' i I

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I lS.qrrrìiLos frlávc1s I | | l$laasaltcs maclços,

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I iã ¡r.n"o. .ór outru- I j I lolaaroiaais,com in3

I i.,.tÍic.rções_cruzadasl I I l6ltercaraçõås resÈrt I I rr c ilcfcrm¡cocs ncnc i I I I Ertàs dc arenltos tl

I lti,""nto*porån...=' - | I | !gipo nocucatu

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IBI:::;:'rrcaçãocru-!:*i___ilrl'l_--

rl o ¡'{,^ !¡¿i åF f!

Arenltos, slltt-tos, folhelhos plrobetumlnosos, argilit.os, folhe Ihos e

conglome-rado basal

(22)

I

Í i ¡roni to vermclho

f; | corn maLrj z mont-'r I nìorì j nl tì c¿r

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Conglomerados conì I

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Los e areni.tos ci- |

noríti cos conr mltrizl

nrontmori Iloní ci ca

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Lavas,tufitos.nr" I

LI Ë, frl () 4 À c l)

Àrenitos carbonáti-cos, calcários e cal

cários

corrgJ-omerát1-merados e brechas

a ¡l

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Àreni tos

rõs€ro-.rvermeih.rdos e ama rt:lo-esbranquj ça-* dos , com ci nren Lu sil ttco-arglloso c síT

Llor calcÍ fcro. EsLr.tLi f lcaçocs cruzac.ì.u. &rse

cb arcn] to ml<r-i<r-o

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,\rcrìltos argilosos e

silt ltl:>s,arenttos ró-s¿os e calclferos na

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tt)s)r; crfn vrrntl f¿Ìt/)l * Rochas vulcanoclás

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(23)

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(24)

I.4.I - PRECAMBRIANO

As rochas do precambriano são constituidas pelo Com

plexo granito-gnáissico e pelos Grupos Araxá, Canastra e Bambuí.

Nesta exposição será mantida a divisão proposta por

BARBOSA (t965) e BARBOSA eú aL. (1970).

Estes autores consideram as rochas mais antigas do

Precambriano como integrantes do complexo granito-gnáissico, de

composição granodiorítica, com intercalações de anfibolitos e

sotopostas aos xistos do Grupo Araxá. Os contatos entre os

doj-s Grupos não são nítidos e nota-se sempre uma zona de transi

ção com xistos feld.spáticos ou gnaisses bandeados.

O Grupo eraxá é formado por metamorfitos de fácies

epídoto-anfibolito, consistindo de micaxistos e quartzitos, com

intercalações de anfibolitos. os xistos típicos são constituí

dos de duas micas, com o predomínio da muscovita. Como acessõ

rios ocorrem granada, rutilo, zírcão, turmalina e estaurolita.

O Grupo Canastra é constituÍdo de metamorfitos de fá

cies de xj-stos verdes: filitos sericíticos e grafitosos, quart

zitos e alguns itabiritos.

A uni-dade precambriana maj-s jovem é o Grupo Bambuí,

formado de calcários, arenitos (ortoquartzíticos)., arcósios,

conglomerados, siltitos, margas e filitos ardosianos; todas ro

chas metassedimentares de metamorfismo incipiente. BARBOSA

(1965b) subdividiu este grupo nas seguintes Formações: Samburá,

Paranoã, Sete Lagoas, Sela Gineta, Lagoa do Jacaré e Três Me

rias, entretanto, dada a grande variação de fácies na vasta ex

tensão de sua ocorrência, esta separação tem validade apenas

em área restrita.

BRAUN (1968) "mapeou" toda a borda ocidental da bacia

(25)

-se de psamitos arcõsicos, localmente calcÍferos. Sua base é

formada por uma camada de arcósio fino, não calcÍfero que se su

perpõe a camadas siltícas, calcíferas com lentes de calcário ar

giloso,

- Formação Paraopeba (COSTA & BRANCO, 1960) engloban do os l,lembros Lagoa do Jacaré, Serra de Santa He1ena e a Forma

ção Sete Lagoas. É predominantemente pe1Ítica e carbonática,

sendo a marga o elemento mais comum, tendo-se ainda siltitos,

calcários, argilitos e raramente ardósias, arenitos e arcósios.

- Formação Paranoã. (aNonaog RAMos, L956 in BRAUN,

1968), composta de quartzitos, filitos e metassíItitos.

Ainda de acordo com BRAUN (1968), estas unidades,

aIém de representarem grupos titológicos bem definidos, têm

significado paÌeogeográfico, pois correspondem a determlnados

eventos na evolução da bacia Bambuí. A Formação Paranoá repre

sentaria o surgimento da depressão pelo soerguimento dos maci

ços orogênicos ocidental e oriental. Uma época mais estâvel,

com lenta subsidência, é representada pela Formação Paraopeba,

origì-nando uma suave transgressão sobre um continente bem arra

sado. A Formação Três Marias, é de carãter regressivo e parece

estar diretamente relacionado ao levantamento do alto da Serra

Geral de Goiás.

As estruturas, de modo geralr sê orientam para NVt no

Grupo Araxá, para NNIrI no Canastra e para N no Bambuí, mergulhan

do para oeste

Discordâncias entre estes grupos não são salientadas

para o oeste mineiro, supondo-Se gue oS contatos sejam tectôni

cos, através de falhas de empurrão

Estudos gieocronológicos efetuados por AMARAL &

KAVùASHITA (1967) e HASUI & ALIVIEIDA (1969) permitiram atribuir

aos três grupos idades Precambriana Superior.

(26)

-15-A área de separação das þacias do Paraná e Sanfrancis

cana ê constituída de rochas precambrianas.

A atividade tectônica desta região durante o Mesozói

co foi primeiramente reconhecida por BRAJNIKOV (1953) que admi

tiu a existência de um "horst" ( "horst" d.a Serra dos Cristais) e

um "graben" (Depressão de Goiânia) pareados longitudinalmente.

Estas duas estruturas não são comprovadas, mas outros autores

concordam com o comportamento dessa faixa que separa as duas

bacias seclimentares.

o reconhecimento da importância paleogeográfica do

Arco da Canastra, como um alto estrutural e morfológico delimi

tador das bacias, é devido a COSTA (f963). MESNER & WOOLDRIDGE

(L964) e OLIVEIRA (L967) designaram esta feição de Arco de Goiâ

nia. HASUI (1968) e HASUI & PENALVA (1970) utilizaram a deno

minação Corredor do Quebra Anzol proposta por BRAJNIKOV (1953).

Outras denominações foram propostas para esta complexa estrutu

râr como Arco da Canastra (NORTHFLEET et aL., L969 e SUGUIO'

I973a). Arco de Três Lagoas (RAMOS, l-970) e, Antéclise do Alto

Paranaíba (sAD & TORRES, 1968 e SAD et aL., 197I). Recentemen

tê, HASUI et aL. (1975) designaram-na de Soerguimento do Alto Paranaíba.

t.4.3 - A SUCESSÃ0 AREADo

A sucessão Areado é reconhecida como um grupo por CAR

DOSO (1968a), LADETRA & BRITO (1968), HASUI (1969) e, como For

mação por BARBOSA (1965a), BARBOSA et aL. (1970) ' BRAUN (1970),

SAD et aL. (1971) LADEIRA ¿ú aL. (1971) e HASUI et aL. (1975).

Deste modor âs unidades litológicas componentes são classifica

das como formações, membros ou fácies pelos autores mencionados.

A parte basal, reconhecida como rácies Abaeté, é cons

(27)

-L7

-conglomerados arenosos, exibindo em muitas localidades seixos

facetados, constituídos dominantemente de quartzito e quartzo.

Foi inicialmente observada por LISBOA (1906), que a tomou como

indicio de extensão da glaciação permocarbonífera para nordeste

da bacia do Paraná.

FREYBERG (Ig32) sugeriu origem fluvial, salientando

que apenas os seixos superficiais das camadas conglomeráticas,

eram facetados como conseqtlência de retrabalhamento eõli-co.

HASUI (1969) tarnbém aceitou a origem fluvial para estes conglo

merados.

Os conglomerados delineiam uma faixa de distribuição

descontÍnua entre São Gonçalo do Abaeté e Abaeté, aumentando

sua espessura para oeste. Esta situação foi interpretada por

SAD et aL. (1971), como conseqtlência do aumento da declivida

de da bacia no sentido do Arco da Canastra. LADEIRA et aL.

(197f) consideram que a área de proveniência dos seixos estava

situada a sudoeste e oeste (Arco da Canastra e quartzitos da

borda oeste da bacia Bambuí). Conseqllentemente, a espessura do

conglomerado seria determi-nada pela maior ou menor proximidade

da área-fonte. A máxima espessura até agora registrada é de

oito metros.

Os conglomerados do Abaetê ocupam paleocanais e re

tratam um clima desértico no início da sedimentação Areado

(LADETRA & BRTTO, Lg68, BARBOSA, 1965a, BARBOSA et 4L., Ig7O,

CARDOSO, I968a e BRAUN, L}TO) , sob influência de condições aque

sas, principalmente nas zonas montanhosas e periféricas da ba

cia, onde teriam occrrido fortes aguaceiros ocasionais (SAD

et aL." 1971, LADEIRA eü aL., L}TL e HASUI et aL.,L975).

A Pácies Quiricó consiste de arenitos argilosos e si1

titos em seqtlência rÍtmica na base rgradando para arenitos em

bancos no topo, de cor rósea e calcíferos, perfazendo uma espes

sura de cem metros (LADEIRA eÉ aL., 1971) . Todos os autores

citados anteriormente são unânimes em salientar que esta fãcies

reflete deposição lacustre nas zonas internas da bacia onde

reinavam condições aquosas duradouras.

(28)

da e amarelo-esbranquiçada, com manchas irregulares de descolo-ração.

Normalmente a matriz é síltico-argilosa mas, em vários

pontos apresenta cimento argilo-calcítico. Seus níveis superio

res, ãs vezes, mostram-se silicificados constituindo patamares

resistentes ã erosão.

A estrutura pri-mária mais conspÍcua é a estratificação

cruzada, sendo comum a estratificação em bancos.

Ern alguns locais são percebj-das dobras convolutas, atri

buíveis a deformações penecontemporâneas (PFLUG, 1-961-t LADEIRA

& BRITO, 1968, HASUI, L969), tais deformações relacj-onam-se tam

bém com as correntes provocadas pelas erupções vulcânicas ocor

ridas subaquaticamente, associadas aos terremotos e derrames de

cinzas (BARBOSA ¿ú aL., f971).

O ambiente de sedimentação era provavelmente

flúvio--deltãico sob clima árido e semj--árido (LADEIRA & BRITO , 1968,

CARDOSO, 1968a, BRAUN, L9'70, BARBOSA ¿t aL., 1970 ' SAD et aL.,

197I, LADEIRA et aL., L97L e HASUI et aL.,

1975)-A idade da formação foi consj-derada triássica por

FREYBERG (1932). SCORZA & SANTOS (1955) estimaram-na cretácj-ca

devido a presença do peixe teleósteo DastiLbe moraesi, encontra

do no folhelho pirobetumj-noso da Fãcies Quiricó. Associado a es

te material encontraram tambêm restos vegetais que foram exami

nados por SOMI'IER, por6m o mal estado de sua conservação não per

mitiu qualquer conclusão sobre a possível posição'sistemática.

SANTOS & TEfXEIRA (1968) coletaram novas amostras des

te folhelho onde identificaram pequenos artrópodes (SANTOS,1968)

e restos de Gymnospermae Pod.ozamites e Monocotyledonaeae

(DUARTE, 1968), mas estabeleceram apenas idade mesozóica.

CARDOSO (1968a) identif.icou os conchostráceos:

PaLaeo-Limnadi,opsis fneibengí, Pteriorgtapta cf . real'í, Pseudest'heria

abaetensds e Pseudograpta cf . bav'bosaí que reforçam a suposi

(29)

BARBOSA ( in BARBOSA et aL., 1970) considerou-a jurás

sj-ca, baseando-se nos gêneros de peixes fósseis, Lepídotus e

Aspídorrhynehus que se distribuem do Jurássico ao Cretãceo In

ferior e ocorrem juntamente com o DastíLbe. Argumentou que o

gênero Dast'ilbe é característico da normação Santana do Nordes

t€, que é colocada no topo do Cretáceo Inferior (Albiano-Apti

ano) pela presença da fáunula de ostrácodes, estudada por BRAUN

(1966). Em diversas localidades fossilÍferas da Formação Area

do, BARBOSA eú aL. (1970) encontraram ostrãcodes pertencentes

aos gêneros Eueyproides, Heterocypxis, Candonopsís (VAVRA,

1891) e Daz,uinuLLa, todos do mesmo grupo faunístico da Forma

ção Santana. Basearam ainda nas idades dos tufos que se inter

põem ãs camadas superiores da Fãcies Três Barras, calculadas en

tre 70 e 80 m.a., consideraram a idade como Cretáceo Inferior e

parte Superior, lsto é, Neocomiano a Albiano. Ainda de acordo

com esses autores, a análise paleopalinológica feita pela PETRO

BRÁ,S S/A (Salvador-BA) em folhetho da Fácies Quiricó, revelou

idade Apti-ana Inferior.

SAD ¿t aL. (1971) consideraran o documentári-o fossi

1ífero da Formação Areado de valor cronolõgico restrito, situan

do-o no intervalo de tempo Aptiano-Albiano, com base nas idades

estimadas por SCORZA & SANTOS (1955) e CARDOSO (1968a).

-r9-I .4.4 - TUFOS VULcAN I COs DA HATA DA cORDA

A Formação Areado é coberta por rochas '. vulcânicas

constituÍdas de lavas ultrabásicas de filiação alcalina, tufi

tos e aglomerados vulcânicos.

As lavas e tufos distribuem-se pelas áreas dos muni

cípios de Patos de Minas, Carmo do Paranaíba, Presidente Olegá

rio, Coromandel, Tj-ros e Arapuá.

Ao conjunto de derrames com intercalações piroclásti

cas, foi dado o nome de Pormação Patos (HASUI, 1967). LADEIRA

& BRTTO (1968) propuseram a divisão da seqtlência de sedimentos

(30)

ou brancos, com matriz argilosa

Fácies Patos lavas

(picrito porfiritico) tufitos e aglomerados vulcânicos.

metrj-a heterogênea, de rcchas vulcânicas.

- Fácies Capacete - arenito de cor cinza-esverdeada

a rósea exibindo material piroclástico e estratificação cruzada.

SAD et aL. (197f) dÍstinguiram tríplice divisão facio

lógica para toda a associação vulcânica e denominaram-na Forma

ção Mata da Corda.

Fácies Fragata

montmorilonítica .

melanocráticas, porfiríticas

bãsicas alcalj-nas,

de Patos de Minas.

Fácies

conglomerado com seixos de granulo

Fácies

rados cineríticos, com menor contribuição

tar mais afastada da área vulcânica.

- Fãcies Urucuia representa os registros mais distais

da sedimentação detrítica, contemporânea ao vulcanismo da Mata

de Corda. Predominam arenitos, incluindo raros conglomerados,

sendo a matriz de caráter montmorilonítica. Esta unidade cor

responde à r'ãcies São Gonçalo de LADEIRA & BRITO (1968).

BRAUN (1970) designou de Formação Serra Negra todos

os sedimentos pós-Areado das bacias Sanfranciscana e Maranhão,

e caracterizou duas fácies: Capacete (idêntica ã 'de LADEIRA &

BRfTO, 1968 e SAD et aL.,1971) e Serra Negra (análoga ã pácies

Urucuia de SAD et aL., 1971) .

LADEIRA eú aL. (1971) optaram por englobar os vulcani

tos e vulcanoclãsticos sob a designação de Formação Mata da Cor

da. A designação Patos foi mantida, mas com o significado de

fácies e aboliram o termo Fácies Fragata, considerando os lei

tos conglomeráticos vulcânicos e os arenitos cineríticos esver

deados sob a denominação de Fácies Capacete. Estabeleceram tam

Patos,

atinge

representada por tufos e lavas ultra

a espessura de até I50 m na região

Capacete, constituída de arenitos e conglome

(31)

bém certa equl-valência entre as Fãcies São Gonçalo, Urucuia e

as litologias da Formação Serra Negra. Mantiveram o nome Uru

cuia com o significado de formação para os arenitos vermelhos,

com matriz montmorilonítica, contemporânea da Formação I'lata d.a

Corda.

Datações realizadas por HASUI & CORDANI (1968) estabe

leceram idades em torno de 70 a 80 ma.a. para o vulcanismo tufá

ceo, o que assegura idade Cretáceo Superior (Cenomaniana-Turonia

na) para a Formação Mata da Corda.

(32)

Os trabalhos de campo compreenderam observaçoes geo

lógicas gerais, reconhecimento e interpretação de estruturas

sedÍmentares (discutidas no Capitulo rII) ' medidas de dados de

paleocorrentes, levantamentos de seções geológicas e amostra

gem de sedimentos.

As seções geológicas constituiram-se em técnica j-m

portante, permitindo visualisar as variações laterais das vá

rias unidades e obter informações de caráter estratigrâfico e/

/ou estrutural.

Usou-se a bússola Brunton para medir os rumos nos

levantamentos de dados de campo para as seções geolõgicas e as

diferenças de nível entre as estações sucessivas de observação

foram determinadas com o altÍmetro Paulin. As medidas de dis

tância entre as estações foram feitas com o odômetro de veÍcu

1o e sempre que possÍvel foi efetuada a amarração das seções

com os marcos quilométricos das rodovias.

Em algumas das seções geológicas foram evidenciados

i-mportantes pormenores para o bom entendimento da distribuição

dos sedimentos cretácicos da bacia Sanfranciscana. Foram medi

das também seções colunares esquemáticas com o intuito de iden

tificar as passagens de camadas Superpostas e caracteri-zar as

modificações texturais dentro das camadas.

A amostragem teve por finalidade a obtenção de mate

riais para o estudo de granulometria, calcimetria, minêrais P9

sados, minerais de argila e seção delgada. Foram coletadas 202

amostras superfì-ciais. Geograficamente estas amostras provém,

na quase totalidade, do Alto Paranaiba e para comparação das

características sedimentológicas, 6 amostras foram coletadas

no Triângulo Mineiro.

Na Tabela 2 consta uma relação das amostras superfi

(33)

n13ELÀ 2 - REL¡.çÃo DE,ìJ.¿csrRÀs D; sEDrr"lEriros, TU¡'os vutcÀ\rcos E METÀssEDrMENTos, coLETÀDAs No ÀLTo pÀnÀNÀ18À E No rRrÂNGuLo ¡'1I.'iETRO, COM ESPECIPICÀçÕES DE PROCEDÊNCI¡., N,¡|IUREZA LIÎOLÓGICÀ E OS PROCESSÀI{ENTOS AOS QUÀIS FONÀ.M SUBMETIDÀS ÀS À}1OSTRÀS À¡foslRÀs l 2 1 4 5 6 7 I 9 IO II ta t3 l4 1< t6i l7 l8 i9 20 2\ )) 23 24

BR-36{: Patos de ¡.linas ã Pres. Olegårio e Rio da Prata - Sc: I

BR-364: Patcs de Ì.linas à Pres. OleEário e Rio da Prata - SG: I

BR-364: Patos de ¡linas ã Pres. Olegário e Rio da Prat,a - SG: I

BR-361: Patos de Minas ã Pres. Olegãrio e Rj.o da Prata - sc: I

DP.-364; Patos de l-linas ã Pres. Olegário ê Rio da Prata - SG: I

ER-364: Patos de l'li.nas à Pres. Olegário e Rio da Prata - SG: I

ÐR-364: Patos de ¡1!nas ã Pres. OJ-egário e l{io da Prata - Sc: I 5P-364: Patos de liinas ã Pres. Olegårio e Rio da Plata - SG: I 3¡l-364: Pato:i de ¡/inås å Pres. Olegårio e Rio da Prata - SG: I

DR-364: Patos de ¡li¡:as ã Pres. Ol-egårio e Rio da Prata - SG; I Biì-364: ?atos ie l"linas à Pres. Olegário e Rio da Prat,a - SG; 1

tsR-364: P¿tcs de llinas ã pres. Olegário e Rio da Prata - SG: 1 ¡R-361: Patos de ¡{inas à Pres. Olegárlo e Rio da Prata - SG! I

ôR-36,1 : Palos de l*linas å Pres. OJ,egârio e Rio da Prata - SG: I

BR-364: Patos de i{Ínas å Pres. Olegário e Rio da Prata - SG: I

BR-361: Petos de }iinas ã Pres. Otegãrio e Rio da Prata - SG: 1

BR-36.1 : Patos de ¡lj.nas å Pres. Olegárì.o è Rio da Prata - SG: I BR-35't: Patos de ¡'linas å Pres. Olegãrio e Rio da Prata - SG: 1 Bn-364: PaLos de l'linas å Pres. olegårio e Rio da Prata - sG3 I

BR-364: Patos de ¡'linas å Pres. Ol.egário e Rlo da Prata - SG: I

BR-364: Pat.os de Minas ã Pres. Olegãrio e Rio da Prata - SG! I

BR-3ó1: Pacos de llinas å Pres. Olegário e iìio da Prata - SG: 1

DR-365: Patos de I'finas ã Pirapora atõ marco km 250 - SG: 2 8lì-365: PaËos de l'lin¿s å Pirapora aLé ¡narco km 250 - SG: 2'

BR-365: Patos de ¡'tinas ã Pi:apora até rnarco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de.Yinas à Pirapora atê r¡arco knr 250 - SG: 2

BP,-365: Patos de tlinas å Pirapora até narco kr¡ 250 - SG: 2

BR-365: Patos de !4inas å Pirapora até marco km 250 - SG3 2

BR-365: Patos de Minas à Pirapora aÈé marco km 250 - SG: 2 Btì-365: Patos de l'linas ã Pirapora aLê marco kn 250 - SG: 2 Biì-365: PaÈos de Yinas ã Pirapora até marco kra 250 - SG: 2 Bil-365: Patos de l'linas à Pirapora até ¡narco kn 250 - SG: 2

tsR-365: Patos de ì'jnas à Pirapora atê ruarco km 250 - SG: 2

BR-'365: Patos de Mlnas à Plrapora até marco km 250 - SG: 2

PllOCEDSs-CIÀ 25 26 27 28 29 30 3l 34 LITOLOGTÀ Àrenito Arenlto Àrenito ÀrenÍto Arenito À¡enito

Àrenito fino, frtåvel J\renito médi.o

Àrenito médio Àreni, to

Folhelho arenoso

Arenito

Àreni to

Arenito fino à nêdio

Arenlto fino a nêdio

Arenito fino a médio Àrenito fino a r,édio

Folhelho síItlco arenoso Àreni to

Folhel-ho sÍLttco arenoso Àren1Èo f.ino

Àrenito fino a nédio

Àreni"t.o

Àrenito argiloso com

frag-mentos de tufo vulcânlco

Àxenito

Àrenito rnaciço Arenito

Àren1Èo maclço

Siltito arenoso c9m tufo vulcânico caulinlti zaAo Àren!to

Arenito Arenito Areni.Èo

Arenito argiloso

PROCESSÀ¡'fENTO

Gt'; GÀ - ÞP - cÀ - ÈtÀ GT.GÀ-IfP-CÀ

GT-CÀ-MP-CÀ GT-GÀ-MP-CÀ GT-GÀ-MP-CÀ CT -,GÀ - MP - CÀ GT-GÀ-¡{P-CÀ-MÀ GT-GÀ-I*fP-CÀ GT-GÀ-¡\üP-CÀ GT-GÀ-¡*æ-CÀ-¡"1À GT-GÀ-¡ç-CÀ GT-GÀ-MP-CÀ GT-GÀ-¡'P-CÀ-MÀ GT - GÀ.- MP - CÀ GT-GÀ-¡P-CÀ GT-GÀ-¡.rP-CÀ GÎ-GÀ.MP.C\ GT-GÀ-¡.:P-CÀ-y.À GT-GÀ-MP-CÀ GT-GÀ-MP-CÀ GT-GA-}lP-CÀ GT-GÀ-¡fP-CÀ-!tÀ GT.GÀ-MP.CÀ cT-GÀ-t\fP-cÀ-l\tÀ Gî-GÀ-I'æ-CÀ GT-GÀ-¡'lP-CÀ GT-GÀ-¡IP-CÀ GÎ -GÀ-¡lp-cÀ GÎ -GÀ-t'tP-CA-t"t\ GT-GA-¡rP-CÀ-pÀ GT-GÀ-r.P-CÀ-y-\ GT-GÀ-MP-CÀ GÎ - GÀ - ¡p.- CÀ - ¡.rA

GT-GÀ-¡\P-cÀ-¡.1À

I

N)

(,

(34)

39 .10 4l 42 43 45 46 47 48 49 50 52 <t 54 55 56 57

58 '

59 60 6l 62 63 64 65 66 67

BR-365: Pagos de ¡linas ã Pirapora atê marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de Minas ã Pirapora ató marco km 250 - sG: 2

BR-365: Patos de lli.nas å Pirapora até narco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de ¡linas à Pirapora até marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de l4inas ã Pirapora até marco km 250 - SG: 2

5R-365: Patos de l'linas å Pirapora até marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de l':"inas à Pirapora até marco km 250'SG:2

BR-365: Patos de ì'linas à Pirapora até marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de l'linas å Pirapora atê marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de Minas å Pirapora até narco krn 250 - SG: 2

BR-365: Patos cle Minas ã Piraþtlra até nlarco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de l'linas ä Pirapora até ¡rarco k¡n 250 - SG: 2

EIì-365: PaEos de Minas à Pirapora até marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de llinas à Pirepora atê marco km 250 - SG: 2

tsR-365: P¿tos de }linas å Pirapora até narco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de ¡linas å Pirapora atê marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de Minas à Pirapora aeé marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos cle l'linas à Pirapcra ató marco krn 250 - SG: 2

BR-365: Patos de llinas ã Pirapora até marco km 250 - SG: 2 BR-365 3 Patos cle t'{inas å Plrapora aLé marco kn 250 - SG: 2

BR-365: Patos de. flinas ã Pirapora aÈé marco'km 250 - SG: 2

3R-365: Patos de tfinas ã Pirapora até marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de t'lanas ã PiraPora atê marco k¡n 250 - SG: 2

BR-365: Patos de ¡1inas ã Pírapora atê marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de Minas ã Plrapo¡.a até marcc km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de )linas ã Pirapora até n"arco kn 250 - SG: 2

BR-365: Patos de Minas ã PiraPora a!é marco km 250 - SG: 2

BR-365: Patos de vinas ã Pirapora até riarco km 250 - SG: 2

ÊR-365: Patos de l'linas à Pirapora até marco km 250 - SG¡ 2

Tufo vulcânico ør¡Liniti¿ado

Àrenito deformado (dobras convolutas )

Àrenito argiloso Àrenlto maciço Arenito maciço

Àrenito deformado (dobras

convo l-utas )

- GT-GÀ-UP-CÀ-IfÀ GT-GÀ-l.fP-CÀ GT-GÀ-}P-CÀ GT-G\-l'fP-CÀ-Y¡À GÎ -GÀ-l'tr-cJ\

Blocos de arenito com frag- cT - - Mp - - !!À

menios vulcânicos

Tufo vulcânico

caulinitlza-do com fragnentos de rocha l¡À - sD

Ígnea alterada Arenlto Arenito

Àrenl to Arenito

àrenl to Arenito,

Àreni to

Àreni to

Arenito

Àreni to

Areni to

Àrgilito siltfco com tufo vulcânico caulinitizado

Àreni to

ruio vulcânico caul-i:ritizado Àrenito pseudo noCular

Arenito pseudo ncduLar

Àrenlto pseudo nodular

Arenito (natriz,lrenosa) Arenlto (mat!!z arenosa)

Àrenito (¡natrlz arenosa)

Àrenito (riatriz arenosa)

GT-GÀ-l,lP-CÀ GT-GÀ.}fP.CÀ GT-GÀ-v'-cÀ GT - GÀ -. ¡.fP - CÀ GT-GÀ-l'P-CÀ-Ifå GT-GÀ-MP-CÀ GT-GA-¡tfP-CÀ GT-GÀ:MP-CÀ-!lÀ GT-GÀ-¡.P-CÀ GT-GÀ-)P-CÀ-vÀ GT-GÀ-tlP-CÀ GT.GÀ-¡æ-CÀ cT-GÀ-}lP-CÀ-y MP-CÀ-MÀ-SD GÎ -GÀ-l'P-CÀ-vÀ cT-GÀ-llP:CÀ-I..À GT-cÀ-MP-CÀ-1"À GT-GÀ-}lP.CÀ Gl'-GÀ-t'lP-CÀ GT-Grl-¡lP-Cå-MÀ

GT-GÀ-l.fP-cÀ-l'iÀ N)I À

Referências

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