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Reativação do serviço de educação continuada da divisão de enfermagem do Hospital Prof. Edgard Santos: relato de experiência.

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Academic year: 2017

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ARTIGO DE ATUA LIZAÇÃO

REATIVAÇÃO DO SERV i ÇO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

DA DIVISÃO DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL PROF. EDGARD SANTOS RELATO DE EXPE RIÊNCIA

-Ana Ug ia Cumming e Silva 1 , Dar c i Santa Rosa de Ol i va2, Vera Márc ia Leal Costa3,

L

i a l va da S . R . Lustosa4

SILVA, A. L. C. et alii. Reativação do serviço de educação continuada da divisão de enfermagm do Hospital Prof. Edgard Santos : relato de experiência. R ev. Bras. Enf , Brasília, 39 ( 1 ) : 71-78, jan./mar., 1 9 86.

R ESUMO. O trabalho teol por objetivo registrar o esforço da diretoria da Divisão de En­ fermagem do Hospital Prof. Edgard Santos e dos Enfermeiros responsáveis pelo Sev iço de Educação Continuada na sua reestruturação.

ABST RACT. The mai n objective of this work is to record the effort of the D ivision Management of Teacher Edgard Santos Hospita l and of the nurses accountables by the Con­ tinued Education Service restructuration.

CONSI D E RAÇOES G E RAIS

Relatar uma expeiência viida é uma das ma­ neiras que se pode utilizar para estimular o cresc!­ mento do indivíduo ou d� upo. Aceditando nis­ to, relataremos a nossa experiência no Seviço de Educaç'o ontinuada da Divisão de Enfemgem do Hospitl Universitário de Salvador-Bhia.

Um eviço de educação contnuada atuante pode conduzir à mehoria da ssistência de enfer­ magem , promover mehores condições de trabaho e , conseqüentemente , maior satisfação no serviço . A educação é um processo dinâmico, devendo haver sempre a interção entre o educador e o

edu-cando , na busca de um objetivo comum. MILLS4 airma 'que "a educaç'o tem por objetivo fazer do indivíduo um instrumento e felicidade para si e para os seus semelhantes".

HANSON & BREMBECK3 dizem que "a edu­ caç'o é um processo enraizado na vida dos seres humnos, nas sociedades que herdaram" e "nos an­ seios e expectativas" da criação para si e para seus ihos. Dentro deste contexto , "a educação pode ser julgada por estar recebendo pouco ou muito incen­ tivo" .

A educação fomal ou informal exerce in­ luência sobre o educndo, promovendo sua reli­ zação como ser humno .

Chefe da Divião de Enfermgem do HPES. Prof. Adjunto do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica e Administração em Enfermagem.

2 Chefe do Serviço de Educação Continuada da Divisão de Enfermagem do HPES. Prof. Assistente do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica e Admnistração em Enfermagem .

3 ViceChefe do Serviço de Eduação Continuada da Divisão de Enfermgem do PES . Membro da Comissão de in­ teração Docente Asistencial - Escola de Enfermgem - HPES.

4 Enfermeira do Serviço de Educação Continuada do HPES. Prof. do Curso de Auxiliar de Enfermgem (convênio UFBAjSEC -Secretaria de Saúde do Estado da Bhia) ..

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Na educação continuada, em qulquer seviço, deve ser uma constante a troca de experiêncis en­ tre educando e educador, obsevando-se, inclusive ,

com freqüência, a mudança de papéis.

Tal processo educativo deve ser continuo e ermnente, envolvendo toda a equipe e a organi­ zação em que está inserida . Na enfemgem, deve visar sempre a melhoria da assistência ao paciente , além da satisfação no trabalho.

Todo seviço de educação continuada deve atender aos objetivos e ilosoia da instituição e ter em mente a educação formal e informal, deven­ do portanto envolver todo o seu pessoal no desen­ volvimento de suas fases, eja na educação em ser­ viço no seu dia a dia ou na promoção de atividades formis.

Entendemos que o processo educativo é dinâ­ ico e deve envolver a educação institucionliza­ da e a expeiência do dia a dia proissional, efe­ tuadas através da identiicação de problems, insa­ tisfações, necessidades e a utiização de meios e métodos para saná-los.

Sabemos da inluência que o desenvolvimento sócioeconômico exerce sobre todos os setores pro­ dutivos, assim como conhecemos a necessidade de se efetuar mudanças em procedimentos, norms e rotinas institucionais, contando com uma mior qutidade de força de trabalho, e elevando conse­ qentemente o rau de qualiicação e satisfação do pessoal .

Este trabalho objetiva pinciplmente relatar a nossa experiência na reorganização do setor de Educação Continuada do Hospital-Escola da Uni­ versidade Federal da Bahia, atendendo ao princi­ pal objetivo da administração atul da Divisão e Enfemgem que é a orientação, acompanhmento e avliação dos seus funcionários . Entendemos que investir em educação é a forma de atinir com mior profndidade os objetivos da nstituição e , no nosso caso , a melhoria das condições de vida da nosa clientela.

Espermos, assim, oferecer alguns subsídios aos enfermeiros de hospitais de ensino , presentes a esta reunião .

H I STÓ R ICO DO SERV i ÇO D E ED UCAÇÃO CO NTI N UADA DA D IV I SÃO DE E N F E R MAGEM DO HOSPITAL P R O F. EDGARD SANTOS DA U N I V E RSIDADE F E D E R A L DA BAH I A.

o Seviço de Educação Continuada da Divisão de Enfermagem consta do Regimento do Hospital

72 -R v. Bras. Enf , Brasla, 39 (1), jan. /fev. fuu. 1986

desde maio de 1 97 1 . No que compete à Divisão de Enfermagem, está referido na Seção IV do re­ ferido Reimento, no seu Artgo 34, § VI e deno­ minado de Treinamento em e rviço , tendo sido modiicada sua nomenclatura para eviço de Educação Continuada por proposta aprovada pelo Conselho Deliberativo do Hospital.

A Escola de Enfermagem a Univesidae Federl da Bia, na busca de uma crescente inte­ gração docente assistencial com o hospital universi­ tário , mntém sob sua responsabilidade 50% das coordenações de e viço e a Cheia da Divisão de Enfermagem.

Desde o início do seu uncionamento, em 1 972, a cheia do então Seviço de Treinamento em Seviço vem sendo ocupada por um docente da Escola de Enfermagem , indicado à Cheia da Divisão de Enfermagem pelo Departmento da Escola e designado em conformidade com o Regi­ mento do Hospital .

Na oportunidade, o Seviço foi implntado tendo como objetivo imediato o preparo de pes­ . soaI para prestar assistência a pacientes raves

e/ou submetidos a rndes cirurias. Mesmo con­ tando com a colaboração da Cheia da Divisão de Enfermagem , a Chefe do eviço encontrou dii­ culdades em desenvolver seu programa de trabalho por falta de slas de aula, inexistência de mateil didático e acúmulo de funções. Naquela época, acumulava a coordenação de eviço de Assistên­ ia Intensiva, em fase de implantação.

De 1 973 a 1975, não foi encontrado registro de atividades, o que nos levou a ce r que o eviço em pauta passou esse período desativado .

Sentindo a necessidade de melhorr o padrão da assistência de enfemagem prestada no hospital e buscndo obter melhor qualiicação e satisfação no trabaho, a Divisão de Enfemagem , por volta de 1976, de lniu , cómo um dos seus objetivos, a reestruturação do Seviço de Treinmento em Ser­ iço. Surge , ent'o, uma nova looia entro a ivisão de Enfemagem, pssndo a denominar-se Seviço de Educação Continuada. Foram então deinidos : área física, material e pessoal necessário para seu uncionamento .

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De 1978 a 1 980, o eviço de Educação Con­ tinuada, dando continuidade aos objetivos propos­ tos, modiicou a metodoloia da assistência de en­ fengem (implantação do processo de enfena­ gem) e efetuou avliação quantitativa das ativida­ des de enfenagem nas Unidades do Hospitl.

Nesse período, foi designada pela Chefe da Divisão de Enfenagem uma enfeneira, lotada no hospital, para assumir o cargo de assessora a coordenação do eviço.

De 1 980 a 1983, não foi encontrado nenhum registro de atuação do Seviço. Nesse período, o locl onde e encontrava instalado i foi requisitado ela Direção do Hospital, sendo colocado o mate­ ril em uma sala livre de uma ds alas do Hospital.

Em 1983, a Cheia da Divisão de Enfenagem, tendo como uma de suas metas prioritárias a Educação Continuada, promoveu meios para reati­ vação do Seviço. Sua paticipação nesse processo vai desde a estruturação da equipe de trabalho, da conquista de uma área física adequada, ao apoio na opercionlzação dos trabalhos.

DESENVO LVI M E NTO DO TRABAL HO

Reestruturação do eviço de Educação Continuada .

• Conhecimento do Plno de Trabalho da Divião de Enfenagem.

Após o estabelecimento da equipe de traba­ lho , foram traçadas, pela Cheia de Enfennagem, ihas geris para o plno de atividades a ser desen­ volvido no biênio 83/85, aprovado em plenário a Divisão de Enfenagem.

O plano tem como objetivos: Geris:

. Desenvolver trabaho em grupo, dividindo responsabilidades na implementação das decisões tomadas;

.romover o crescimento proissional do pessoal de enfengem com vistas à assis­ tência ao paciente, em alto nível .

Especíicos:

. Estabelecer diretrizes do processo adi­ nistrativo para dois anos ;

• Defmir atribuições; .

. Organizar comissões especíicas : inicial­ mente, a de ntegração Político-Social e a de Avliação da Assistência de Enferma­ gem;

. Incrementar o prorama de Integração Docente Assistencial ;

• Melhorar o padrão de assistência ao pa­

ciente ;

• Promover desenvolvimento sócio-culturl. Com vistas a esses objetivos, a Cheia da Divi­ são de Enfemagem entendeu ser necessário um Serviço de Educação Continuada, estruturado e atuante .

Ao lado do esforço para mnter a Divisão de Enfermagem com as prerrogativas que tal statS he confere, a referida Cheia iniciou a estrutura­ ção desse Seviço, deinindo equipe de trabalho e, em seguida, o programa a ser desenvolvido, além de empreender esforços para einição da área física a ser ocupada.

EQU I P E D E TRABA LHO

A equipe se constitui de três enfermeirs: duas, indicadas pela Cheia da Divisão de Enfer­ mgem e designadas por Portaria do Diretor do Hospital Prof. Edgard _ Santos, sendo uma profes­ sora da Escola de Enfenagem da UFBa, na quali­ dade de Chefe do Seviço, e a outra, uma enfer­ meira do próprio Hospital, como Vice-Chefe ; a terceira componente uma enfermeira com expe­ riência em preparo de pessoal auxiliar de enferma­ gem, pertencente áos quadros do Hospital e lota­ a no Seviço pela Cheia da Divisão de Enfer­ magem .

Durante o período de um ano, a equipe fun­ cionou sem pessoal de apoio, contando apenas com a colaboração das ecretáris da Divisão de Enfengem . Posteriormente, foi designada uma funcionária para desenvolver atividades de secre­ taria e, no momento, conta-se com o auxílio de duas funcionárias no eviço de Apoio .

ÁREA F ISI CA

No início das atividades, houve diiculdades de instalação por falta de espaço físico, sendo so­ lucionado esse problema através da cessão de uma sala pela Chefia da Divisão de Enfermgem junto ao Diretor do Hospital. A sala cedida está localizada no hall do 39 andar . Tem boas dimensões , é bem arej ada e conta com boa iluminação natural. Pela sua lo­ calização (próxima ao laboratório central), o tra­ balho é constantemente interrompido para infor­ mções, o que é prejudicial, dado o caráter emi­ nentemente intelectual do trabalho desenvolvido num setor dessa natureza.

O ideal seria que se contasse com pelo menos três slas. uma para secretaria, o'utra para

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des dos responáveis pelo setor e uma terceira para reuniões e/ou aulas teórics.

Com alguma diiculdade, principalmente quanto ao espaço para reuniões e auls, conseguiu­ e desenvolver a mioria das atividades progra­ madas.

PLANO DE T RABA L H O

Foi iniciado pelo levantamento das necessida­ de e, para se traça! o plno de trabalho para o biênio 83/85 , seviram de orientação os objetivos estabelecidos no plano da Divisão de Enfermagem . O plano foi bastante discutido em reuniões de Coordenadores da área e depois apresentado em reunião plenária da Divisão de Enfermagem . Na sua elaboração, foram consideradas cinco áres correlatas, o que facilitaria sua operacionali­ zação em termos do objetivo inal estabelecido : "aprimorar o padrão de qualidade da assistência prestada ao paciente nas unidades do hospital Prof. Edgard Santos e elevar o grau de satisfação no Serviço" .

s áreas form assm consideradas .

Área 1 - destina-se ao estudo das atribuições dos componentes da equipe de enfemagem ;

Área 2 - refere-se à elaboração , revisão e

atualização dos Manuais e Nomas, Rotinas e de Procedimentos Técnicos de Enfermgem , geris e especializados;

Área 3 - relaciona-se com o pessoal auxiliar, no sentido de identiicação de necessidades, sele­ ção e treinamento em seviço e avliação do de ­ sempenho;

Área 4 - refere-se aos enfermeiros no sentido de identiicar necessidades de atualização, aprimo­ rmento e avaliação do desempenho ;

Área 5 - refere-se aos estáios: regulmenta­ ção de estágios para enfemeiros a comunidade e controle da ocupação do espaço físico do Hospital p'elos estáios curriculares.

ATI V I DAD ES D ESENVOLV I DAS P E LO SE RViÇO D E ACORDO COM O P LANO T RAÇADO.

Á R EA 1

Após levantamento e análise de todo o mate­ ril existente sobre atribuições e atividades das di­ versas categorias de enfemagem, foi iniciado o trabalho de redeinição, tomndo como base o modelo de defmição pelos cargos ocupados elas

74 -Rev. Bras. Enl , Brasla, 39 (1), jan.ffev. fmar. 1986

enfermeiras, e as atividades a serem desenvolvidas pelas demais categorias funcionais.

As atribuições da Cheia da Divisão estão con­ tidas no Regimento do Hospital, sendo obsevadas na íntera.

Após estudos realizados pelas próprias Coor­ denadoras da área e depois discutidos em reunião, foram, entretanto, revistas as atribuições de diver­ sos setores :

Vice-Chefe da Divisão de Enfemagem, co­ ordenadora dos períodos da tarde e noite ; Coordenadora de Enfermagem das Unida­ des de Cuidado Intemediário ;

Coordenadora da Unidade de Pacientes Extenos;

Coordenadora e Chefe da Unidade de Cui­ dado Intensivo ;

Coordenadora e Chefe do Centro Cirúrico e Centro de Material Esterilizado.

Considerndo a maior diversiicação de atri­ buição das Enfemeiras-Chefes de Unidade e as Enfermeiras de rodízio, foi designada pela Cheia da Divisão de Enfemagem uma Comissão para estudo e deinição dessas atividades.

Esses trabalhos. serviram de subsídios para a elaboração do Regulamento da ivisão de Enfer­ magem, o qual encontra-se em fase inal de aprova­ ção pelo Conselho eliberativo do Hospital Prof. Edgard Santos.

Quanto ao estudo das atividades do essol auxiliar de enfemagem, foi consultada a Procura­ doria Jurídica, uma vez que elas são deinidas pelo DASP,a qual aconselhou a sua manutenção. Foram desdobradas, então, para melhor opercionliza­ ção, estando atualmente citadas no Regulmento do eviço.

Foram deteminadas também as atividades do pessoal de apoio administrativo que integra a equipe.

Á R EA 2

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de Pacientes Extenos e o de Orientação para As­ sistência de Enfermgem a Pacientes com Proble­ mas Especíicos.

Nesta área, sentiu-se de perto a interferência da crise econômica, representada pela falta de re­ cursos humanos e materiais que tornassem possí­ vel o teste de rotinas e procedimentos de enfer­ magem, além da datilograia e encadenação dos Manuais .

Á R EA 3

Constituiu-se em permanente preocupação do nosso eviço a identiicação das necessidades do pessoal auxiliar de enfermgem. Objetivou-se a execução de um trabalho de recepção ao pessoal recém-admitido e de acompanhamento e recicla­ gem de todos os funcionários ligados à DivisIo de Enfermagem , conforme se descreve a seguir: 1 - Atividade de Recepção de Funcionários. Pode ser assim caracterizada pelos três tipos e funcionários vinculados ao eviço :

a) Pessoal recém-admitido após concurso pú­ blico relizado pelo DASP.

Até a presente data, foram recebidas 24 (vinte

e quatro) auxiliares de enfemagem. Todas form entrevistadas no Serviço, receberm orientação quanto às normas do seviço, direitos e deveres do funcionário e foram submetidas a teste para veii­ cação de conhecimento e informação sobre expe­ riências anteriores de trabalho e acúmulo e emprego .

b) Pessol admitido no Hospital.

Considerando-se a necessidade de pessoal de enfermagem para o Hospital, sua direção auton­ zou a amissão de auxiliares de enfemagem, sob a forma de prestação de seviço, sem vínculo em­ pregatício e com tempo determinado de três meses de permnência. Posteriormente, após rande es­ forço da direção da DivisIo de Enfermagem, foi suspensa a condição de pemnência por três me­ ses , permnecendo o funcionário no seviço en­ quanto convinha a ambos, tendo direito a féias. Form mantidos os três meses como tempo de ob­ sevação

icial, ainda que se saiba não ser esta a melhor solução para o problema, uma vez que a flta de vínculo traduz-se em descompromisso com a instituição.

Os funcionários são recrutados e selecionados elo Seviço de Educação Continuada, sendo tam­ bém as demissões feitas pelo Seiço, após avalia­ ço da enfemeira da Unidade . Considerando ser muito rande a demanda, adotou-se , como medida,

entrevistar cada candidato e submetê-lo a teste de cohecimento, veriicação da experiência de sevi­ ço, acumulação do emprego e número de inscrição no COREn . De posse desses dados e de acordo com nota obtida (número mínimo de pontos 5), era oganizada uma icha com retrato que, além desses dados pessoais, contiha outros que fossem considerados imortantes.

Foram realizados :

1 79 testes de conhecimento teórico-práti­ cos com entrevistas;

50 admissões;

53 demissões Uá se encontravam 1 5 aui­ liares de enfermagem atuando no hospital). 02 processos de avaliação com prova teóri­ ca, prática e entrevista. Baseado nos resul­ tados dessas avaliações, algumas auxiliares foram admitidas na tabela especial, em de­ corrência de vagas suridas.

c) Pessoal do quadro .

Foram realizadas entrevistas individuais, atua­ lização de trriculum Vitae , e promoveu-se a adaptação ao trabalho, visando integrá-lo de foma humanizada à equipe. Promoveu-se , também, a atualização de conhecimentos técnicos-cientíicos através de : esclarecimentos, cursos, avaliação direta pela obsevação no local de atividade através da colaboração da enfermeira chefe da Unidade , e in­ direta, por meio de informação e da qualidade de assistência prestada aos pacientes.

Estes números não foram quantiicados. Foi realizado um total de 400 entrevistas durante este período .

2 - Atividade de Acompanhamento e Avalia­ ção do Pessoal.

Esta atividade desenvolveu-se através de entre­ vistas e de avaliação do trabaho realizado pelas en­ fermeiras das Unidades e do Seviço de Educação Continuada.

Uma avaliação mais sistematizada vinha sendo realizada pelo Seviço, porém foi obsevada grande diiculdade para se fzer a avaliação do pessoal através da icha existente . Procurou-se , então , ela­ borar um modelo que fosse mis operacional . No momento, este se encontra em fase de aplicação a todos os funcionários de enfermagem e, posterior­ mente , serão submetidos ao processo de computa­ ção e análse dos dados obtidos.

lém das atividades individuais , foram realiza­ das quatro reuniões para discussão de problems e levantamentos de necessidades dos funcionários, os quais eram levados à cheia da Divisão de Enfema­

gem sempre que necessário .

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- Reciclagem

Todo o pessoal é reciclado através de cusos teórico-práticos, de pequena duração , com a ina­ lidade de atualização e treinamento em seviço. Além desses cursos periódicos, ealizm-se tmbém iclos de plestras com assuntos de interesse do

uo , para o qul se conta com a colaboração das

enfemeirs do Hospital e professores da Escola de Enfemgem.

Nesse período, form relizados dois cursos de Atuaização, sendo um deles simultaneamente em dois períodos, para atingir um maior número de funcionários, fora dois ciclos de palestras so­ bre assuntos de enfemem.

Realizou-se um curso para Axiliares Opera­ ionais de eviços Diversos que seim submetidos à prova de ascensão funcionl, na qual foi obtido bom ndice de aproveitamento.

Algumas diiculdades detectadas na realização dessas tarefas podem ser destacadas:

Disponibilidade de apenas uma sla para atendimento aos uncionários e realização de todas as tarefas do serviço ;

Diiculdades no horário dos funcionários para comparecerem aos cursos;

Falta de previsão de uma sla de aula para atividades desta natureza, por ocasião da progrmação da utilização do espaço físi­ co do Hospital;

Falta de recursos para mateial audio­ visul, o qual é providenciado pelo pro­ fessor, o que é bastante oneroso.

Á R EA 4

Foi solicitado ao grupo de enfermeiros a apre­ sentação de seus uiulum Vitae. inda refeente 'a este aspecto, foi levntada a formação proissionl de cada um, em foma de mapa, o que já se encon­ tra pronto. Também foram pedidas sugestões para cursos e palestrs.

Considerndo a necessidade do aprimormen­ to de enfemeiros, o eviço colaborou para a reali­ zação do I Seminário de Enfemaem do Hospital Prof. Edgard Santos, realizado io período de 05 a 07 de julho, com a participaço dos enfemeiros do Hospital.

O Seminário foi reizado por solicitação do grupo de enfermeiros, que entia a necessidade de reletir sobre a assistência prestada aos pacientes. Daí surgirm outras ecomendações, muitas das quis já constavam do plno de atividades, procurando-se, então, operacionalizá-ls.

Atendendo à recomendação de "incrementar o progrma de Educação Continuada, a partir de cursos, seminários, discussões de casos", ocorreram : apresentação de trabalhos, confeências, participa­ ção no I Seminário de Integrção Docente Assis­ tencil, oranizado pela comissão mista da Escola de Enfemgem e Hospital Prof. Edgard Santos. A Divisão de Enfemgem procurou incentivar o seu pessoal a participar de cursos (alguns fora do Estado), a comparecer a congressos, encontros e jornadas, como participante ou como conferencista.

PARTICIPAÇÃO DOS ENFERMEIROS D O HOSPITAL PROF. EDGARD SANTOS EM ATIVIDADES SOCIO·CULTURAIS E EDUCATIVAS

ATIVJDADES CULTURAIS COMO PARTI- COMO CONFE- COMO COMO

E EDUCATIVAS CIPANTE FERENCISTA DOCENTE DISCENTE

Ciclo de Palestras - 09 -

-o nress-os; Seminári-os e 7 8 04 -

-Jornadas

Curos de Curta Duração - - 0 1 0 3

Cursos d e Longa Duração - - - 04

Realização do I Seminário 54 . - -

-de Enf. do HPES

Seminário de Interação 5 3 - -

-Docente Assistencial

Dados obtidos no relatório da Chefia da Divisão de Enfermagem Biênio 8 3/84.

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o pessoal do eviço de Educação Continua­

da participou desta atividade junto à cheia da Di­

visão de Enfermgem , na divulgação dos eventos e na tomada de decisões, quando solicitado.

Quanto ao atendimento de "que a Divisão de Enfermgem promova meios para o desenvolvi­ mento de pesquisas entre enfemeiras", as enfer­ meiras do eviço de Educação Continuada e mis dus enfemeiras do Hospital estão desenvolven­ do m projeto de pesquisa sobre critérios de ava­ iação da assistência de enfermagem no HPES. O objetivo desse trabalho atende também a outra ecomendação do mesmo semináio : "que se esta­ beleça um sistema de avaliação contínua da assis­ tência prestada ao paciente".

inda sobre o incentivo à pesquisa, o Seviço tem orientado algumas enfemeiras ,sobre o assun­ to. É ainda uma produção pequena tendo em vis­ ta o potencil das enfermeiras do Hospital. Isto, contudo, pode estar retratando o fato da pesquisa não vir se constituindo numa atividade sistemática das enfemeiras.

Está endo realizado, também, com ajuda de outras colegas, um trabaho sobre "Critéios de Avaiação do Desempenho do Pessoal de Enfer­ mgem do PES" .

Foi também preocupação da equipe a criação de um acervo bibliográico para consulta do pesso­ al de enfermagem , realizado , em parte , com alguns volumes de teses, revistas e trabalhos mimeogra­ fados.

ÁREA 5

Quanto à regulameita�ãú de estágios para en­

fermeiros, foram elaboradas normas, baseadas na­ quels já existentes no Hospital, para estáios de proissionais em ge ral .

Em relação ao controle da ocupação do espa­ ço físico pelos alunos do curso de graduação em enfermagem e de pós-graduação , bem como os

de cursos de Auxiliares e Técnico de Enfe rmgem,

foi elaborago um mapa sempre consultado assim que as solicitações de estágio eram dirigidas à Divisão de Enfermgem, visando evitar o acúmulo de lunos numa mesma área.

E LABO RAÇÃO DAS NORMAS D E FUNCIO­ NAM ENTO DO S E R V i Ç O D E EDUCAÇÃO CONTI N UADA

A falta de- norms escitas de funcionamento do Seviço diicultou, de início, o desenvolvimento das atividades.

Aprovadas, essas norms, em 28 de novembro de 1984, com cinco capítulos e onze artigos.

Cap ítulo I -Das Finlidades

Capítulo II - Da Estrutura

-Capítulo III -Das Competências

Capítulo V - Das Atribuições

Capítulo V - Das Disposições Finais Estão estruturadas em dois setores :

- Setor de Treinamento e Atualização de Pessoal.

- Setor de Elaboração, Revisão e Atuali­ zação de Procedimentos e Rotinas Ope­ racionais.

A proposta recomenda um número mInllO

de 03 enfermeiras para desenvolvimento das ati­

idades.

CON C LUSÃO

No desenrolar deste trabalho, pôde -se veiicar que a expeiência vivenciada pelo Seviço de Edu­ cação Continuada do Hospital Prof. Edgard Santos é signiicativa na execução dos objetivos da gestão que ora se fmda.

Efetuou-se reestruturação do serviço em apre­ ço, o qul já pode apresentar expressivas atividades desenvolvidas e sua regulamentação resultou em ganho de espaço , reletido através da ampliação e delimitação de áreas de atuação.

A expeiência de trabalho no período compe­

endido entre 1 983 e 1 985 foi muito proveitosa,

ressaltando-se o relacionamento interdisciplinar e a aprendizagem, tanto para os componentes do Serviço, como para os demais elementos da equi­ pe de saúde, obsevando-se o interesse de outros setores do Hospital nas ações do Seviço de Edu­ cação Continuada.

Com a anlise do desempenho de nossos fun­ ionários e de suas ações conjugadas na equipe

de saúde , estamos favorecendo o crescimento

proissional.

Necessário se toma destacar que o diálogo crítico, analítico e construtivo, baseado na obser­ vação da nossa realidade , objetiva a receptividade

s relexões dos componentes da equipe de enfer­

magem.

amentamos, contudo, que nem sempre os Serviços de Educação Continuada tenham o seu valor reconhecido até mesmo pelas autoridades competentes .

Enfrentamos diiculdades como falta de salas de aulas, material audiovisual, recursos

(8)

para aquisição de periódicos especíicos e mate­ rial.

Algumas vezes encontramos incompreensão dos própios enfermeiros na valorização da edu­ cação em seviço, como um meio por excelência para se chegar à satisfação no trabalho e alcnçar

o objetivo de uma boa assistência.

Conluímos que muito ainda resta a fazer para dar continuidade ao plno elaborado, mas temos certeza de que a idéia ica lnçada e que as enfemeiras que assumirem as atividades desse eviço saberão valorizar o trablho realizado e que darão continuidade ao mesmo, enriquecen­ do-o com novas sugestões e realizações.

SILV A, A. L . C. et alii. Continued education sercie reativa­ te of the mursing division of Teacher Edgard Santos.

Hospital: experience report. Rev. Bras. En. . Brasília,

39 (1) : 7 1 -78, Jan./Mrs. 1 986 .

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Referências

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