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Épocas de semeadura e manejos de corte de milheto cultivado no outono-inverno e efeitos na cultura da soja em sucessão sob plantio direto

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

CÂMPUS DE BOTUCATU

ÉPOCAS DE SEMEADURA E MANEJOS DE CORTE DO MILHETO

CULTIVADO NO OUTONO-INVERNO E EFEITOS NA CULTURA DA

SOJA EM SUCESSÃO SOB PLANTIO DIRETO

FERNANDO GUIDO PENARIOL

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP - Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia - Área de Concentração em Agricultura.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS

CÂMPUS DE BOTUCATU

ÉPOCAS DE SEMEADURA E MANEJOS DE CORTE DO MILHETO

CULTIVADO NO OUTONO-INVERNO E EFEITOS NA CULTURA DA

SOJA EM SUCESSÃO SOB PLANTIO DIRETO

FERNANDO GUIDO PENARIOL

ORIENTADOR: PROF. DR. LEANDRO BORGES LEMOS

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP - Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia - Área de Concentração em Agricultura.

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OFEREÇO

Ao meu pai, Sebastião Cesar Penariol (“in memorian”) e minha mãe, Carmem Izildinha Carneiro Leão Penariol, lutadores incansáveis pela melhor formação de seus filhos.

DEDICO

À minha noiva, Denise Voltareli Guimarães, aos meus irmãos, Tânia Regina Penariol e Júlio César Penariol, à minha avó, Therezinha de Jesus Carneiro Leão e ao cunhado, Róbson Luis Sisto, pelo companheirismo, afeto e apoio.

AGRADEÇO

A Deus, por me permitir alcançar essa importante conquista;

Ao meu orientador, Prof. Dr. Leandro Borges Lemos, pelos ensinamentos, direcionamentos e por ser um grande amigo.

Aos membros da banca examinadora, Prof. Dr. Gil Miguel de Sousa Câmara e Prof. Dr. Edson Lazarini, pela valiosa contribuição à dissertação.

Ao amigo Rogério Farinelli, pelos dois anos de convivência em Botucatu e por toda a ajuda para a realização desse trabalho.

Aos amigos da Graduação Eudes, Milton, Murilo, Ana Paula, Eduardo e Zen, pela ajuda e companheirismo.

Aos funcionários do Departamento de Produção Vegetal da FCA/UNESP-Botucatu, SP, por todo o apoio aos trabalhos.

À Fazenda de Ensino, Produção e Pesquisa da FCA/UNESP-Botucatu, SP, por toda contribuição.

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SUMÁRIO

Página

1. RESUMO ... 01

2. SUMMARY ... 03

3. INTRODUÇÃO... 05

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 07

5. MATERIAL E MÉTODOS... 13

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 21

6.1. Cultura do Milheto ... 21

6.2. Cultura da Soja ... 35

7. CONCLUSÕES ... 43

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LISTA DE TABELAS E FIGURAS

Tabela 1. Resultados da análise química do solo das três épocas de semeadura de milheto, em diversas profundidades. Botucatu, SP. 2002. ... 14 Tabela 2. Tratos fitossanitários realizados na cultura da soja na safra 2002/2003 –

Botucatu, SP. ... 16 Figura 1. Precipitação pluvial e balanço hídrico seqüencial, segundo Thornthwaite e

Mather (1955), adaptado por Rolim et al. (1998), durante o período experimental (Abril/2002 à Março/2003). ... 19 Figura 2. Temperaturas mensais (máxima, média e mínima), durante o período

experimental (Abril/2002 à Março/2003). ... 20 Tabela 3. Produtividade de massa seca (kg ha-1) da parte aérea nos cinco cortes, em

função da época de semeadura e do manejo da cultura do milheto. Botucatu, SP. 2002... 22 Tabela 4. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea,

significativo para produtividade de massa seca (kg ha-1) da cultura do milheto, no terceiro corte. Botucatu, SP. 2002. ... 23 Tabela 5. Produtividade de massa seca (kg ha-1) da parte aérea no manejo final, total

acumulado em todos os manejos e porcentagem de cobertura do solo, em função da época de semeadura e do manejo da cultura do milheto. Botucatu, SP. 2002... 25 Tabela 6. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea,

significativo para produtividade total de massa seca (kg ha-1) da cultura do milheto. Botucatu, SP. 2002. ... 26 Tabela 7. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da

época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no primeiro corte. Botucatu, SP. 2002 ... 28 Tabela 8. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da

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Tabela 9. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no terceiro corte. Botucatu, SP. 2002. ... 30 Tabela 10. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea,

significativo para extração de enxofre (kg ha-1) pelo milheto, no segundo corte. Botucatu, SP. 2002 ... 30 Tabela 11. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea,

significativo para extração de enxofre (kg ha-1) pelo milheto, no terceiro corte. Botucatu, SP. 2002. ... 31 Tabela 12. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da

época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no quarto corte. Botucatu, SP. 2002. ... 31 Tabela 13. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da

época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no quinto corte. Botucatu, SP. 2002. ... 32 Tabela 14. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da

época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no manejo final. Botucatu. SP, 2002. ... 33 Tabela 15. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea,

significativo para extração de fósforo (kg ha-1) pelo milheto, no manejo final. Botucatu, SP. 2002. ... 33 Tabela 16. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea,

significativo para extração de cálcio (kg ha-1) pelo milheto, no manejo final. Botucatu, SP. 2002. ... 34 Tabela 17. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea,

significativo para extração de magnésio (kg ha-1) pelo milheto, no manejo final. Botucatu, SP. 2002. ... 34 Tabela 18. Teores foliares de macronutrientes (g.kg-1) na cultura da soja, em função da

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Tabela 19. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo do milheto, significativo para teor foliar de nitrogênio (g.kg-1) na cultura da soja. Botucatu, SP. 2002/2003. ... 36 Tabela 20. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo do milheto,

significativo para teor foliar de fósforo (g.kg-1) na cultura da soja. Botucatu, SP. 2002/2003... 37 Tabela 21. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo do milheto,

significativo para teor foliar de cálcio (g.kg-1) na cultura da soja. Botucatu, SP. 2002/2003 ... 38 Tabela 22. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo do milheto, sobre

o teor foliar de magnésio (g.kg-1) na cultura da soja. Botucatu, SP. 2002/2003 ... 38 Tabela 23. População de plantas, altura de planta e altura de inserção da primeira vagem

da cultura da soja, em função da época de semeadura e do manejo da cultura do milheto. Botucatu, SP. 2002/2003 ... 40 Tabela 24. Componentes da produção e produtividade de grãos da cultura da soja, em

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1. RESUMO

Conduziu-se durante o ano agrícola 2002/2003, na área experimental do Departamento de Produção Vegetal, na Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP, Campus de Botucatu-SP, um experimento com o objetivo de verificar a influência de épocas de semeadura e do manejo de corte do milheto cultivado no outono-inverno sobre a cultura da soja em sucessão em plantio direto. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas foram representadas por três épocas de semeadura (E1, E2, E3) da cultura do milheto, sendo a E1

realizada em 25 de abril de 2002, E2 em 15 de maio de 2002 e E3 em 06 de junho de 2002. As

subparcelas foram representadas por manejos de corte da parte aérea do milheto, sendo: manejo 1 (M1) corte a cada florescimento e retirada do material cortado da área, manejo 2

(M2) corte a cada florescimento e permanência do material, manejo 3 (M3) corte apenas no

primeiro florescimento e retirada do material, manejo 4 (M4) corte apenas no primeiro

florescimento e permanência do material e manejo 5 (M5) livre crescimento, sem cortar. Na

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de 100 grãos), porcentagem de vagens chochas por planta e a produtividade de grãos. De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que: a semeadura de outono/inverno da cultura do milheto para a produção de massa seca é viável, tanto para plantio direto quanto para alimentação animal; os manejos com corte a cada florescimento do milheto proporcionaram maior produtividade de massa seca total; as três épocas de semeadura proporcionaram porcentagem de cobertura de solo acima de 75%; a cultura do milheto promoveu grande extração de macronutrientes do solo, com exceção do enxofre; os manejos com corte e retirada da massa seca proporcionaram boa produção de massa seca no manejo final, com porcentagem de cobertura do solo superior a 80%, não prejudicando a produtividade de grãos de soja.

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2. SUMMARY

SOWING DATES AND HANDLINGS OF CUT OF PEARL MILLET CULTIVATED IN AUTUMN-WINTER AND EFFECTS IN THE CULTURE OF SOYBEAN IN SUCCESSION

ON NO-TILLAGE

Dissertação (Mestrado em Agronomia/Proteção de Plantas) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.

Author: FERNANDO GUIDO PENARIOL Adviser: LEANDRO BORGES LEMOS

The experiment was installed and led, during the agricultural year 2002/2003, in an experimental area of Departamento de Produção Vegetal, in Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP, Campus of Botucatu-SP. The aim of this experiment was verify the influence of the planting date and of the handling of the pearl millet cultivated in the autumn-winter in the rotation with the soybean in no-tillage system. The experiment was arranged in split-plot experimental design with four replications. The main plots were three planting dates (E1, E2, E3) of the pearl millet, being E1 on April 25, 2002, E2 in May 15, 2002

and E3 on June 06, 2002. The sub-plot was represented by handlings of cut of pearl millet’s

shoot part, being: handling 1 (M1) it cuts to each flowering and retreat of the cut material of

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(M3) it just cuts in the first flowering and retreat of the material, handling 4 (M4) it just cuts in

the first In pearl millet crop, they were appraised the productivity of dry matter of pearl millet’s shoot part (kg ha-1); the percentage of covering of the soil, done before soybean’s planting and; the extraction of nutrients for the plant. In soybean crop, it was evaluated the population of plants, the height of plants and height of insert of the first bean, the production components (number of beans for plant, number of grains for bean and mass of 100 grains), percentage of empty pods for plant and grain yield. In agreement with the obtained results, it can be ended that: autumn/winter sowing of pearl millet crop for the production of dry mass is viable, for no-tillage system and for animal feeding; the cut to each flowering shoot part of pearl millet provided larger yield of total dry mass; three sowing dates provided percentage of covering above 75%; pearl millet crop promoted great extraction of nutrients, except for sulfur; the handlings with cut and retreat of the mass provided great production of dry mass in the final handling, with covering percentage of the larger than 80%.

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3. INTRODUÇÃO

A agricultura no Brasil e no mundo está em um momento em que a preocupação com o ambiente ganha importância cada vez maior, além do retorno financeiro dentro das atividades produtivas. Nesse contexto, termos como manejo conservacionista do solo, plantio direto e integração lavoura-pecuária são citados e aplicados constantemente no meio agrícola, por serem práticas diretamente relacionadas à sustentabilidade dos sistemas de produção e à redução de antigos problemas, como a erosão e o monocultivo.

As inúmeras vantagens do plantio direto vêm fazendo com que esse sistema seja implantado em novas áreas a cada ano. Baseado no não revolvimento do solo, na rotação de culturas e na manutenção da cobertura vegetal sobre a superfície do solo, o sistema de plantio direto teve área estimada no Brasil em 17 milhões de hectares, sendo que no mundo apresenta 60 milhões de hectares (Federação de Plantio Direto na Palha, 2003).

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No entanto, a viabilidade do sistema de plantio direto é dependente da produção de palhada. Desse modo, é necessária a implantação de culturas de entressafra que proporcionem um aporte de massa seca sobre o solo. Na região Central do Brasil, a cultura do milheto vem cumprindo essa função com destaque, tanto na semeadura de outono-inverno quanto na de primavera (Salton, 2001), devido a importantes características da espécie, como a tolerância à seca e aos solos de baixa fertilidade, grande capacidade de reciclagem de nutrientes, além de sua versatilidade, podendo ser utilizada como forrageira na pecuária, e os grãos, pela indústria de ração para bovinos, suínos e aves (Bonamigo, 1999).

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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A agricultura brasileira está há alguns anos alcançando recordes de produção de grãos, como na safra 2002/03 em que atingiu a marca de 120 milhões de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura (Conab, 2003). No entanto, esses ganhos produtivos vêm acompanhados muitas vezes por prejuízos ambientais, como danos causados ao solo. Muitos desses danos têm como causa principal o sistema tradicional de cultivo, caracterizado pelo intenso revolvimento do solo e que é apontado como um dos responsáveis pela deterioração física e química de grandes áreas produtivas por favorecer os processos de erosão.

Com a crescente degradação de recursos como o solo e a água, conseqüência de manejos de solo inadequados, torna-se necessária a busca por sistemas de produção mais conservacionistas. Um exemplo é o sistema de plantio direto que se fundamenta no não revolvimento do solo, em sua cobertura permanente e na rotação de culturas (Salton et al., 1998).

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escorrimento (Moraes, 2001). Além dos benefícios proporcionados pela palhada, a possibilidade de redução de custos e de tempo de preparo de solo para a semeadura faz com que o sistema de plantio direto se expanda, ganhando novas áreas a cada ano e sendo considerado como o maior avanço tecnológico do fim do milênio (Alvarenga et al., 2001).

A presença da palha sobre a área e a maior atividade de macro e microrganismos promovem alterações químicas e físicas no solo. A matéria orgânica, encontrada em estágios diferentes de decomposição no perfil, modifica a estrutura, a retenção de umidade e a dinâmica de nutrientes no solo. Assim, torna-se imprescindível conhecer os processos de decomposição da palhada, de modo a permitir a realização do planejamento de práticas com o objetivo de aumentar os benefícios que se tem com cobertura vegetal sobre o solo, de acordo com Bertol et al. (1998). Segundo Brown e Dickey (1970), citados por Bertol et al. (1998), a dinâmica de decomposição no plantio direto é bastante diferente da que se tem no sistema convencional sendo que, em experimento, a taxa de decomposição dos resíduos deixados sobre o solo ao longo de um ano e meio foi equivalente a 33% daquela dos resíduos incorporados.

Mesmo quando se considera apenas o sistema de plantio direto, a disponibilidade de nutrientes é função de diversos fatores. Um dos fatores é a fase em que se encontra o sistema em uma determinada área. De acordo com Alvarenga et al. (2001), na fase de implantação da cultura, uma quantidade considerável de nutrientes será requerida pelos microrganismos, tornando-se indisponível às plantas e necessitando, portanto, de maior aplicação de fertilizantes nessa fase. Nas fases de manutenção da palhada, começa a haver um equilíbrio entre imobilização e mineralização e esses gastos tendem a diminuir.

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ser lixiviado. Para o enxofre, os processos são parecidos com aqueles que ocorrem com o N, com grande dependência da matéria orgânica como fonte do nutriente e necessidade de ocorrer processos químicos para a mineralização e disponibilização do elemento para as plantas. Também pode sofrer imobilização pelos microrganismos, ser absorvido pelas raízes, lixiviado, ou ainda, sofrer redução em um processo parecido com a desnitrificação.

Já o fósforo possui baixa mobilidade e alta capacidade de fixação pelos sítios de absorção presentes no solo. Devido ao não revolvimento do solo, à menor superfície de contato e à ligação do fósforo a compostos orgânicos, a fixação desse elemento às argilas do solo é diminuída. Dessa forma, há um melhor aproveitamento dos adubos fosfatados adicionados. Portanto, como verificaram De Maria e Castro (1993) e Hernani (2000), há um provável acúmulo de fósforo também nas camadas superficiais.

Potássio, cálcio, magnésio e micronutrientes tendem a seguir os teores de matéria orgânica no solo, porém com algumas peculiaridades: grande parte do potássio é extraída dos resíduos vegetais pela simples lavagem e sua mobilidade depende de fatores relativos ao solo e ao clima; cálcio e magnésio são elementos cujas concentrações estão relacionadas à prática da calagem, principalmente quanto à forma de aplicação no solo, ou seja, em superfície ou incorporado (Siqueira e Franco, 1988).

Uma das preocupações que se tem na implantação de uma cultura no sistema de plantio direto é o acúmulo de nutrientes nos primeiros centímetros do perfil do solo, o que poderia comprometer o crescimento das raízes em profundidade, principalmente em solos de baixa fertilidade, podendo resultar em perda de produtividade em condições de estresse hídrico. Nesse contexto, a soja apresenta-se como cultura que se adapta às condições de plantio direto, independentemente de possíveis restrições de adensamento do solo ou concentração superficial de nutrientes sobre a produtividade de grãos (Kluthcouski et al., 2000). Já De Maria e Castro (1993) constataram que, mesmo com o acúmulo de fósforo em superfície e sobre condições hídricas desfavoráveis em alguns anos de experimentação, a produção das culturas do milho e da soja no verão e da aveia como cultura de inverno, não foram afetadas. Segundo os autores, a umidade do solo retida pela palha e os teores adequados de fósforo em profundidades maiores favoreceram esses resultados.

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grãos em torno de 3200 kg ha-1, mas segundo os autores, a cultura de soja pode apresentar diferenças significativas no rendimento de grãos e em outras características agronômicas quando submetida a diferentes restevas de culturas de inverno.

Já Pauletti et al. (2003), em experimento com quatro sistemas de manejo de solo (plantio direto, preparo convencional, preparo mínimo e plantio direto com escarificação a cada três anos), com as culturas de milho e soja, não verificaram diferenças entre os manejos quanto à produtividade de milho e soja, em média de cinco anos de experimento.

A soja é a mais importante oleaginosa cultivada no mundo. Seu alto teor de proteínas proporcionou múltiplas utilizações e a formação de um complexo industrial destinado ao seu processamento (Roessing e Guedes, 1993). No Brasil, teve grande participação no processo de estabelecimento da agricultura tropical, por se tratar de espécie vegetal rústica e com a capacidade de melhorar a fertilidade do solo por meio da fixação biológica do nitrogênio (Gilioli, 2000). Segundo Mohamed e Clegg (1995), os restos culturais da soja proporcionaram aumento da produção de grãos de milheto equivalente à aplicação de 45 kg ha-1 de nitrogênio.

O produtor que aposta em safras mais produtivas, opta por cultivares tardios de soja, limitando as suas possibilidades de semeadura de culturas de inverno pela drástica diminuição da água da chuva. As opções de espécies para a safrinha se restringem a poucas culturas, entre elas, o milheto (Cruz et al., 2001).

O milheto é uma gramínea com grande importância no mundo. É cultivada em mais de 27 milhões de hectares em todo o planeta (Gates, 1999) sendo que, no Brasil, ocupa área de mais de 2 milhões de hectares (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2002). A planta, domesticada a mais de 5000 anos atrás, pode ser considerada como moderna, devido às características que permitem inseri-la em diversos sistemas produtivos, com objetivos variados.

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(cultivo de primavera) ou após (cultivo de outono), em períodos caracterizados pela baixa disponibilidade hídrica, o milheto pode produzir mais de 6000 kg ha-1 de massa seca em apenas 57 dias, segundo Salton et al. (1995).

O milheto também se constitui em forragem de excelente qualidade, além da composição dos grãos ser comparável à do milho, o que o torna uma interessante opção para a alimentação animal, principalmente no período seco, caracterizado pela baixa produção de forragem (Kichel et al. 1999).

A carência de pesquisas é um obstáculo a ser superado para o desenvolvimento de culturas de inverno. Segundo Pereira (1990) e Landers (1995), são poucos os trabalhos de pesquisa sobre proteção dos solos com cobertura vegetal em regiões de clima tropical, pois a maioria dos resultados não é de relativo sucesso, em virtude da rapidez com que a massa vegetal é decomposta.

Para Salton e Kichel (1997), o milheto tem se constituído em excelente opção de cultivo de inverno, no Mato Grosso do Sul, fornecendo quantidade razoável de palha, que permite sucesso no plantio direto da cultura posterior. De acordo com os autores, o milheto é uma planta anual de clima tropical, apresentando crescimento ereto com porte alto, podendo atingir até 4 ou 5 metros de altura. O ciclo da planta é de aproximadamente 130 dias. Nas condições do sistema plantio direto, a ocorrência de precipitações entre 30 e 40 mm viabiliza boa formação da lavoura. Os autores recomendam a semeadura, no oeste do Estado de São Paulo, Triângulo Mineiro, sul de Goiás, sul de Mato Grosso e norte do Mato Grosso do Sul. A semeadura do milheto deve ser realizada no outono, logo após a colheita da safra de verão, visando o aproveitamento das últimas chuvas e, conseqüentemente, melhor estabelecimento da cultura. As variedades cultivadas atualmente são a Comum, a BN-1 e a BN-2, variedade de características forrageiras e uma das mais semeadas no país (Geraldo et al., 2000). Além dessas, foram lançadas mais recentemente as cultivares BRS 1501, pertencente à Embrapa e, ADR 300 e ADR 500, da empresa Sementes Adriana.

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5. MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi instalado e conduzido, durante o ano agrícola 2002/2003, na área experimental do Departamento de Produção Vegetal, na Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP, Campus de Botucatu-SP, apresentando latitude de 22º 51’ S, longitude de 48º 26’ W e 740 metros de altitude. Segundo a classificação de Köeppen, o clima da região é do tipo Cwa, sendo definido como tropical de altitude, com inverno seco, verão quente e chuvoso (Lombardi Neto e Drugowich, 1994).

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O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas foram representadas por três épocas de semeadura (E1, E2, E3) da cultura do milheto, sendo a E1 realizada em 25 de

abril de 2002, E2 em 15 de maio de 2002 e E3 em 06 de junho de 2002. As subparcelas foram

representadas por manejos de corte da parte aérea do milheto, sendo: manejo 1 (M1) corte a

cada florescimento e retirada do material cortado da área, manejo 2 (M2) corte a cada

florescimento e permanência do material, manejo 3 (M3) corte apenas no primeiro

florescimento e retirada do material, manejo 4 (M4) corte apenas no primeiro florescimento e

permanência do material e manejo 5 (M5) livre crescimento, sem cortar. Os tratamentos com

retirada do material cortado da área experimental (M1 e M3) simularam a utilização do milheto

para alimentação animal (silagem, por exemplo). Já os tratamentos com corte apenas no primeiro florescimento (M3 e M4) tiveram como objetivo a produção de forragem (M3) e

palhada para o plantio direto (M4), além de verificar o desempenho da rebrota do milheto até o

final de seu ciclo quanto à produção de massa seca, comparados aos tratamentos com corte em cada florescimento (M1 e M2).

Tabela 1. Resultados da análise química do solo das três épocas de semeadura de milheto, em diversas profundidades. Botucatu, SP. 2002.

K Ca Mg H+Al SB CTC Época Profundidade cm M.O. g.cm-3 P resina g.dm-3 pH

CaCl2 ---mmolc .dm-3

---V % 0 – 5 30 51 5,1 3,7 40,7 9,3 43 54 97 55 5 – 10 32 57 5,0 3,2 40,8 10,7 42 55 97 55 10 – 20 29 33 5,1 3,1 29,5 9,0 42 42 83 49 E1

20 – 40 32 34 4,6 3,5 35,6 8,7 45 48 93 52 0 – 5 38 42 4,5 4,7 33,9 12,2 65 51 116 42 5 – 10 38 51 4,8 3,0 34,2 9,1 55 46 102 46 10 – 20 35 43 4,6 4,1 25,7 6,4 64 36 101 36 E2

20 – 40 37 61 4,8 4,1 31,1 6,5 58 42 99 42 0 – 5 34 54 4,8 4,4 25,8 7,6 54 38 92 41 5 – 10 35 65 4,9 3,8 36,9 9,8 46 50 96 52 10 – 20 35 56 4,9 4,1 27,9 7,4 51 39 91 45 E3

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As subparcelas experimentais foram constituídas por nove metros de comprimento e três metros de largura, ou seja, 27 m2 de área total, considerando como bordadura a primeira linha de cada lado e 0,5 m no início e no final de cada subparcela experimental, tanto para as avaliações na cultura do milheto quanto para a soja.

O milheto foi semeado mecanicamente, dentro de cada época de semeadura, utilizando-se a cultivar BN-2, no espaçamento de 22,5 cm entre linhas, com 30 kg de semente por hectare. Para a adubação, foram utilizados 400 kg ha-1 de superfosfato simples, procurando utilizar a mesma adubação de semeadura realizada em anos anteriores, quando o solo ainda apresentava teores baixos de fósforo. Após a semeadura de cada época, foi feita irrigação por aspersão aplicando-se lâmina de água de 15 mm, para proporcionar emergência uniforme das plântulas.

Os manejos da parte aérea do milheto foram realizados quando 50% das panículas emitidas apresentavam flores, no estádio de desenvolvimento G6, segundo escala de Hattendorf et al. (1995). Os cortes foram realizados com roçadora manual, em altura de 20 cm da planta de milheto em relação ao nível do solo, visando à obtenção de quantidade satisfatória de forragem e com mínimo prejuízo à rebrota, segundo recomendação de Bonamigo (1999). A retirada do material da área experimental relativo aos tratamentos M1 e

M3 foi feita manualmente.

Na época de semeadura E1 foram feitos nos manejos a cada

florescimento (M1 e M2) um total de cinco cortes, realizados nas seguintes datas: 20/06/2002,

10/07/2002, 05/08/2002, 28/08/2002 e 26/09/2002. Para a época E2, foram feitos três cortes,

nos dias: 05/08/2002, 28/08/2002 e 26/09/2002. Os três cortes da época E3 ocorreram nos dias:

13/08/2002, 28/08/2002 e 26/09/2002. Os manejos apenas no primeiro florescimento (M3 e

M4) foram realizados sempre na primeira data de corte de cada época de semeadura. O manejo

final em todo o experimento foi realizado no dia 05 de novembro de 2002, através de dessecação com aplicação de 1 L.ha-1 do produto comercial (p.c.) à base de 2,4-D amina e 3 L.ha-1 do produto comercial (p.c.) à base de glifosato.

(23)

250 mL do produto comercial para cada 100 kg de semente, além de solução contendo os micronutrientes Co (0,01%) e Mo (2,5%), 250 mL/100 kg de semente e, por fim, com adição de 300 mL de inoculante em formulação líquida para cada 100 kg de semente. O espaçamento utilizado foi de 45 cm entre linhas, com 29 sementes por metro, procurando obter população final de aproximadamente 300 mil plantas por hectare.

Para a adubação de semeadura, foram utilizados 300 kg ha-1 da formula 0-20-20 (N-P2O5-K2O), sendo cada parcela experimental constituída de seis linhas de

semeadura, sendo considerada como área útil as quatro linhas centrais.

Os tratos fitossanitários, visando ao controle de plantas daninhas, pragas e doenças, encontram-se na Tabela 2. Os estádios fenológicos seguem escala proposta por Fehr e Caviness (1981).

Tabela 2. Tratos fitossanitários realizados na cultura da soja na safra 2002/2003 – Botucatu, SP.

Pulverização* Estádio

Fenológico Produto Químico

Dose do Produto Comercial Fluazifop-p-Butil (200 g.L-1) +

Fomesafen (250 g.L-1) 1,0 L.ha

-1

1a V3

Methamidophos (600 g.L-1) 0,4 L.ha-1 2a V9 Chlorimuron ethyl (250 g.kg-1 i.a.) 80 g.ha-1

Tebuconazole (200 g.L-1 i.a.) 0,75 L.ha-1 Monocrotofós (400 g.L-1 i.a.) 0,375 L.ha-1

3a R5

Lambdacyhalothrin (50 g.L-1 i.a.) 0,15 L.ha-1 Monocrotofós (400 g.L-1 i.a.) 0,375 L.ha-1

4a R6

Thiophanate methyl (500 g.L-1 i.a.) 0,6 L.ha-1

*Obs.: as pulverizações com mais de um produto (1a e 3a) foram realizadas no mesmo dia, mas sem mistura de produtos.

A colheita dos grãos foi realizada no dia 14 de abril de 2003, na área útil de cada parcela, utilizando-se colhedora automotriz de parcelas.

(24)

submetidas à secagem em estufa a 60ºC até atingirem peso constante. Posteriormente as subamostras foram pesadas e foi determinada a produção média de massa seca, estimando a produtividade em kg ha-1;

b. Porcentagem de cobertura do solo - feita antes da semeadura da soja, sendo avaliada a área coberta pelo milheto manejado, utilizando a metodologia do ponto quadrado descrita por Spedding e Large (1957);

c. Extração de nutrientes - utilizando-se a massa seca das amostras coletadas que foram posteriormente moídas em moinho do tipo Willey e encaminhadas para o Laboratório de Relação Solo-Planta, para determinação dos teores dos macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre) de acordo com metodologia proposta por Malavolta et al. (1997). Depois, multiplicando-se os resultados da massa seca e do teor de nutrientes, foi determinada a extração pelo milheto para os diferentes tratamentos.

Na cultura da soja, foram realizadas as seguintes determinações:

a. Teor de nutrientes nas folhas (g.kg-1) - foi coletada a terceira folha trifoliada com pecíolo a partir do ápice de 30 plantas por subparcela (Ambrosano et al., 1996), em 15 de janeiro de 2003, para determinação dos macronutrientes nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. As análises foliares foram realizadas de acordo com as metodologias descritas por Malavolta et al. (1997).

b. População final de plantas (mil plantas por hectare) - determinado através da contagem das plantas contidas na área útil de cada parcela experimental, no final do ciclo da cultura.

Antes da colheita, foram coletadas 10 plantas de cada parcela, em seqüência na linha de semeadura, a partir de um ponto localizado a 2 m após o início da terceira linha, para determinação da altura de planta e altura de inserção da primeira vagem, além dos componentes de produção (número de vagens por planta, porcentagem de vagens chochas por planta, número de grãos por vagem e massa de 100 grãos).

c. Altura de planta (cm) - medindo-se nas dez plantas coletadas, com auxílio de uma régua, a distância do nível do solo (colo da planta) à extremidade da haste princiapal;

(25)

e. Número de vagens por planta - fornecida pela relação entre o número total de vagens e o número total de plantas da amostra de 10 plantas coletadas por subparcela experimental; f. Vagens chochas por planta (%) - calculada pela relação entre o número de vagens chochas e o número total de vagens por planta da amostra de 10 plantas coletadas em cada subparcela experimental, transformando os resultados em porcentagem;

g. Número de grãos por vagem - fornecida pela relação entre o número total de grãos e o número total de vagens da amostra de 10 plantas de cada subparcela experimental;

h. Massa de 100 grãos - determinado através da contagem de 4 repetições de 100 grãos coletados ao acaso por subparcela experimental e a seguir realizado as pesagens, com transformação dos resultados a 13% de umidade em base úmida, determinado por meio do método da estufa a 105ºC ± 3ºC por 24 horas (Brasil, 1992).

i. Produtividade de grãos (kg ha-1) - conseguida pela pesagem dos grãos colhidos em cada parcela experimental e após transformação dos dados obtidos em kg ha-1, a 13% de umidade em base úmida, determinada por meio do método da estufa a 105ºC ± 3ºC por 24 horas (Brasil, 1992).

Os resultados foram avaliados estatisticamente através da análise de variância utilizando o teste F, seguindo o modelo de blocos ao acaso em parcelas subdivididas e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os cálculos foram realizados por meio do programa estatístico SISVAR (Ferreira, 2000).

(26)

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 abr/ 0 2 mm ma i/0 2 jun/ 02 ju l/0 2 ago/ 02 se t/0 2 o u t/0 2 nov /02 dez /02 jan/ 03 fe v/0 3 ma r/ 0 3 Meses 4 3

1 2 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Precipitação ETP ETR

1. Semeadura E1 (25/04) 5. Manejo E1 (10/07) 9. Manejo E1 E2 E3 (26/09) 13. Soja – Estádio V2 (09/12)

2. Semeadura E2 (15/05) 6. Manejo E1 E2 (05/08) 10. Matéria Seca Final (15/10) 14. Soja – Estádio R1 (07/01)

3. Semeadura E3 (06/06) 7. Manejo E3 (13/08) 11. Manejo Herbicida (05/11) 15. Soja – Estádio R5 (31/01)

4. Manejo E1 (20/06) 8. Manejo E1 E2 E3 (28/08) 12. Semeadura Soja (21/11) 16. Soja – Estádio R8 (23/03)

(27)

10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 abr/ 0 2 mai/02 jun/ 02 jul/02 ago/ 02 s e t/0 2 o u t/0 2 nov/ 0 2 dez/ 0 2 jan/ 03 fe v /0 3 mar /03 abr/ 0 3 Meses ºC

Temperatura Máxima Temperatura Média Temperatura Mínima

12 13 4

3

1 2 5 6 7 8 9 10 11 14 15 16

1. Semeadura E1 (25/04) 5. Manejo E1 (10/07) 9. Manejo E1 E2 E3 (26/09) 13. Soja – Estádio V2 (09/12)

2. Semeadura E2 (15/05) 6. Manejo E1 E2 (05/08) 10. Matéria Seca Final (15/10) 14. Soja – Estádio R1 (07/01)

3. Semeadura E3 (06/06) 7. Manejo E3 (13/08) 11. Manejo Herbicida (05/11) 15. Soja – Estádio R5 (31/01)

4. Manejo E1 (20/06) 8. Manejo E1 E2 E3 (28/08) 12. Semeadura Soja (21/11) 16. Soja – Estádio R8 (23/03)

(28)

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas Tabelas 3 a 24 estão os resultados obtidos com as culturas do milheto e da soja, incluindo as diferenças mínimas significativas (dms), os valores de F, os coeficientes de variação (CV) e os desdobramentos das interações entre época de semeadura x manejo do milheto, para todas as variáveis estudadas.

6.1. Cultura do milheto

Na Tabela 3 estão os resultados de produtividade de massa seca da parte aérea do milheto, obtidos nos cinco cortes realizados ao longo do experimento. Verifica-se no primeiro corte que houve diferença entre as épocas de Verifica-semeadura quanto à produtividade de massa seca, sendo que a época E1 foi superior às demais, que não difeririam entre si.

Observando as Figuras 1 e 2, nota-se que o período de desenvolvimento da cultura na época E1, da semeadura até o primeiro corte, foi mais satisfatório principalmente quanto às

temperaturas. O milheto semeado nas épocas E2 e E3 encontrou temperaturas mínimas

(29)

ocorrendo antes do desenvolvimento pleno da parte aérea, comprometendo a produtividade de massa seca.

As médias de produtividade de massa seca estiveram abaixo daquelas encontradas por Bordin (2001) que verificou produtividade de 9500 kg ha-1 de massa seca de milheto em semeadura de outono em Jaboticabal (SP), comparado à produtividade máxima da primeira época de 6500 kg ha-1. Isso pode ser explicado em parte pela altura de corte, pois o manejo das plantas no campo foi efetuado a 20 cm do solo, para favorecer a rebrota, havendo, portanto, uma pequena perda de produção que pode ser considerada como um investimento.

Tabela 3. Produtividade de massa seca (kg ha-1) da parte aérea nos cinco cortes, em função da época de semeadura e do manejo da cultura do milheto. Botucatu, SP. 2002.

Massa Seca (kg ha-1)

Tratamentos 1º Corte 2º Corte 3º Corte 4º Corte 5º Corte Época de semeadura (E)

E1 6513 a(1) 4164 4778 4216 3610

E2 3338 b 4881 3851 - -

E3 3752 b 4984 4829 - -

Manejo (M)

M1 4756 4654 4524 3889 b 3714

M2 4866 4699 4447 4545 a 3505

M3 4403 - - - -

M4 4462 - - - -

Valores de F

E 86,52**(2) 1,88 ns 1,41 ns - -

M 1,21 ns 0,03 ns 0,14 ns 10,54* 1,17 ns

E x M 0,65 ns 0,72 ns 6,52* - -

Valores da dms

E 805 - - - -

M - - - 643 -

CV(%)

E 18,30 19,70 29,26 - -

M 19,12 12,58 11,55 6,79 7,59

(1)

Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

(2) ns

= não significativo, * e ** = significativo a 5% e 1%, respectivamente.

(30)

manejo M2. As condições climáticas menos favoráveis para a segunda época de semeadura,

especialmente quanto às temperaturas (Figura 2) podem ter prejudicado o desempenho do milheto. Entre os manejos, observa-se maior produtividade de massa seca em M2 para a

primeira época, e em M1 para a E2. As médias de produtividade do segundo corte estiveram

abaixo das obtidas por Moraes (2001) que obteve 9650 kg ha-1, em semeadura realizada no mês de julho em Lavras (MG).

Tabela 4. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea, significativa para produtividade de massa seca (kg ha-1) da cultura do milheto, no terceiro corte. Botucatu, SP. 2002.

Massa Seca (kg ha-1)

Época de semeadura Manejo

E1 E2 E3

M1 4356 b(1) 4364 a 4855

M2 5200 aA 3339 bB 4804

Valores da dms

E dentro de M 1023

M dentro de E 828

(1)

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na vertical e maiúscula na horizontal, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

O quarto e o quinto cortes foram realizados apenas na primeira época. Na Tabela 3, observa-se influência dos manejos da parte aérea na produtividade de massa seca apenas no quarto corte, com maior produtividade para o manejo M2. A permanência da palha

nesse tratamento, permitindo o retorno dos nutrientes extraídos pela cultura ao sistema após os primeiros cortes pode ter permitido o melhor desenvolvimento das rebrotas e conseqüentemente, maior produtividade. O quarto corte foi realizado aproximadamente 60 dias após o primeiro corte na primeira época, tempo que poderia proporcionar a decomposição de boa parte do material vegetal produzido no primeiro corte. Moraes (2001), em estudo sobre a decomposição das palhadas de sorgo e milheto em Lavras-MG, semeados em julho de 1999, observou que a taxa de decomposição diária do resíduo de milheto nos primeiros 42 dias após a dessecação/rolagem do material foi de 67 kg ha-1.

(31)

tratamentos já mostravam a presença de plantas daninhas ocupando a área. Segundo Gillet (1984), com os cortes freqüentes, há um acúmulo de partes mortas e material lignificado na planta que prejudica a qualidade e o desenvolvimento da forragem por impedir a passagem de luz. Lira et al. (1977) em estudo de dois anos (1975 e 1976), com corte no milheto visando à colheita de forragem em fase de emborrachamento e também a colheita de grãos em três cultivares de milheto (híbrido Millex, IPA Bulk-1 e IPA Bulk-2), observaram que a produção de massa seca diminuiu após o primeiro corte e foi ainda menor após o segundo corte, nas três cultivares, havendo também variação de produção entre os anos, sendo maior no ano de 1975 que apresentou maior precipitação pluvial. Já Scheffer et al. (1985), em trabalho no qual o milheto foi semeado no mês de outubro em Guaíba-RS, região classificada como de clima subtropical úmido, verificaram que a produção de massa seca cresceu com o aumento da quantidade de cortes realizados.

Na Tabela 5, estão os resultados da produtividade de massa seca antes do manejo final com herbicida. Quanto às épocas de semeadura, E3 apresentou maior

produção que as demais. A semeadura da terceira época coincidiu com um período de temperaturas menores em comparação à semeadura das épocas anteriores (Figura 2). O milheto semeado na época E3 desenvolveu-se até o mês de setembro sob temperaturas médias

diárias de 20ºC, distante da temperatura de 32ºC mais satisfatória à cultura (Hellmer e Burton, 1972), mas resguardando o potencial produtivo para períodos de temperaturas mais elevadas. Assim, a produtividade da cultura semeada na terceira época foi aumentando a cada corte (Tabela 3), acompanhado o aumento de temperatura no decorrer do período e expressando seu potencial produtivo por ocasião do manejo final. Já o milheto semeado em E1 e E2 teve

condições de desenvolver melhor o potencial produtivo nos primeiros cortes, aproveitando-se das temperaturas mais elevadas entre abril e junho. Porém, com a diminuição das temperaturas, as plantas apresentaram queda de produtividade já no terceiro corte (Tabela 3) e, devido a essa perda de vigor, não conseguiram alcançar a produtividade do milheto semeado em E3 no manejo final. Quanto aos manejos, os tratamentos com corte a cada florescimento

apresentaram produção inferior aos demais, concordando com os resultados obtidos por Lira et al. (1977), com diminuição da produtividade de massa seca após vários cortes.

(32)

manejos. Pelo desdobramento da interação (Tabela 6), verifica-se que as épocas de semeadura E1 e E3 apresentaram maior produtividade que o milheto semeado em E2. De modo geral, o

milheto semeado em E1 apresentou melhor desenvolvimento no início do experimento e em E3

ao final, nos últimos manejos (terceiro corte e manejo final com herbicida). A semeadura em E2, foi prejudicada pela menor fertilidade do solo utilizado nessa época. Além disso, não teve

vigor suficiente para se desenvolver quando a temperatura elevou-se e os dias dos meses de setembro a novembro ficaram mais longos. A Figura 1 mostra ainda que a água não influenciou tanto como as temperaturas. Observando-se o balanço hídrico seqüencial, verifica-se que a evapotranspiração real foi equivalente à potencial em praticamente todo o período, exceto em outubro, na coleta dos dados finais da cultura do milheto.

Tabela 5. Produtividade de massa seca (kg ha-1) da parte aérea no manejo final, total acumulado em todos os manejos e porcentagem de cobertura do solo, em função da época de semeadura e do manejo da cultura do milheto. Botucatu, SP. 2002.

Massa Seca (kg ha-1) Cobertura do Solo

Tratamentos Manejo Final Total %

Época de semeadura (E)

E1 5669 b(1) 18890 a 79,75 b(3)

E2 6221 b 13053 b 82,60 ab

E3 8405 a 16083 a 90,00 a

Manejo (M)

M1 5608 b 22078 a 80,75 bc

M2 5447 b 22142 a 79,08 c

M3 7299 a 11703 b 87,75 a

M4 7395 a 11858 b 87,17 a

M5 8076 a 8076 c 85,83 ab

Valores de F

E 9,96 *(2) 18,89** 7,47*

M 9,58** 79,48** 7,36**

E x M 1,82 ns 6,28** 1,11 ns

Valores da dms

E 1989 2914 8,19

M 1535 2539 5,75

CV(%)

E 30,30 18,76 5,22 M 19,36 13,53 3,03

(1)

Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

(2) ns

(33)

Os resultados da cobertura do solo (Tabela 5) são semelhantes àqueles obtidos para produtividade de massa seca no manejo final com herbicida. Entre as épocas de semeadura do milheto, E3 apresentou a maior porcentagem, diferindo apenas de E1. Entre os

manejos, os tratamentos com corte a cada florescimento (M1 e M2) mostraram menor

porcentagem de cobertura em relação aos outros três tratamentos. Deve-se destacar também o manejo M3, onde seu rebrote promoveu a obtenção da maior cobertura de solo, juntamente

com os tratamentos M4 e M5.

Tabela 6. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea, significativa para produtividade total de massa seca (kg ha-1) da cultura do milheto. Botucatu, SP. 2002.

Materia Seca (kg ha-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 27053 aA(1) 18703 aB 20476 aB

M2 29030 aA 16900 aB 20500 aB

M3 12816 b 10643 b 11648 b

M4 13664 bA 9289 bB 12620 bAB

M5 11888 bAB 9728 bB 15171 bA

Valores da dms

E dentro de M 3744

M dentro de E 4398

(1)

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na vertical e maiúscula na horizontal, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

Os resultados da Tabela 5, mostrando a produtividade de massa seca final, o total acumulado após os cortes e a porcentagem de cobertura vegetal são importantes quando se relaciona ao plantio direto. Os resultados isolados da produtividade de massa seca de cada corte foram menores do que aqueles obtidos para a cultura do milheto por outros autores (Bordin, 2001; Moraes, 2001). No entanto, deve-se ressaltar que a produtividade alcançada foi bastante expressiva sendo que, nas épocas de semeadura E2 e E3, obteve-se 6221

kg ha-1 e 8405 kg ha-1 respectivamente, considerando-se apenas os resultados do manejo final. Cruz et al. (2001) afirmaram que devem ser adotados sistemas de rotação que adicionem em média 6000 kg ha-1 ou mais de massa seca por ano.

(34)

provavelmente devido às baixas temperaturas (Figura 2). De acordo com Hash (1999), temperaturas noturnas inferiores a 15ºC no início do florescimento podem provocar falhas na produção de pólen e na fecundação. Além disso, esse tratamento apresentou, menor média de produtividade total, juntamente com os manejos M3 e M4.

Na Tabela 5 ainda pode-se verificar, com relação aos manejos, que a produtividade de 22000 kg ha-1 de massa seca obtida com os tratamentos de corte a cada florescimento é muito expressiva. Porém, deve-se ressaltar que, ao final do experimento, apenas uma parte dessa produção total estava cobrindo o solo, devido à decomposição, retornando nutrientes ao sistema e garantindo boa produção de forragem para alimentação animal em um período bastante crítico (safrinha). Para a cobertura do solo objetivando o plantio direto, a contribuição maior pode ser mais atribuída à massa seca produzida no manejo final das plantas. Assim, a produtividade de cerca de mais 7000 kg ha-1 dos tratamentos M3,

M4 e M5 é bastante expressiva.

Na Tabela 7, estão os resultados referentes à extração de macronutrientes pela planta de milheto, após o primeiro corte realizado nas três épocas de semeadura.

Com exceção do magnésio, a extração dos outros macronutrientes foi influenciada pelas épocas de semeadura. O milheto semeado em E1 apresentou maior extração

para os cinco macronutrientes, não havendo diferenças entre as duas épocas seguintes. Esses resultados acompanham aqueles obtidos na Tabela 3, relativo à produção de massa seca no primeiro corte, que também foi maior na época E1. As extrações de nitrogênio e fósforo pelo

(35)

Tabela 7. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no primeiro corte. Botucatu, SP. 2002.

Macronutrientes (kg ha-1)

Tratamentos N P K Ca Mg S

Época de semeadura (E)

E1 162,8 a(1) 14,17 a 108,73 a 47,78 a 57,72 4,71 a

E2 95,3 b 9,39 b 57,84 b 30,76 b 56,75 2,34 b

E3 100,6 b 9,71 b 58,36 b 29,45 b 48,99 3,28 b

Manejo (M)

M1 113,9 10,72 85,18 34,47 51,02 3,58

M2 129,0 11,93 90,20 40,59 59,45 3,71

M3 122,0 10,92 80,49 39,09 59,19 3,68

M4 120,5 10,88 70,45 33,36 52,33 3,20

Valores de F

E 33,1**(2) 11,71** 114,0** 24,60** 1,47 ns 17,57** M 0,6 ns 0,40 ns 1,4 ns 1,14 ns 0,79 ns 0,90 ns E x M 0,9 ns 0,49 ns 1,2 ns 0,93 ns 1,32 ns 0,79 ns

Valores da dms

E 20,2 3,39 11,88 8,95 - 1,23

M - - -

CV (%)

E 24,43 31,47 16,33 25,61 32,34 36,85

M 24,75 23,66 41,43 32,15 31,87 31,76

(1)

Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

(2) ns

= não significativo, * e ** = significativo a 5% e 1%, respectivamente.

No entanto, os autores acima citados, verificaram grande absorção para o potássio pelo milheto, atingindo valor máximo também no estádio de grão leitoso-pastoso, próximo a 500 kg ha-1, quase cinco vezes superior ao obtido nesse trabalho. Dividindo-se a extração de potássio pela produtividade de massa seca do corte correspondente (Tabela 3), observa-se que os teores médios do nutriente na planta nas três épocas de semeadura estiveram entre 15 e 17 g.kg-1, abaixo daqueles obtidos por Salton e Kichel (1997), em torno de 33 g.kg

-1

, por Bonamigo (1999), entre 31 e 38 g.kg-1 e por Salton e Hernani (1994), 33,5 g.kg-1 de K. No entanto, os resultados estão próximos daqueles obtidos por Moraes (2001) onde verificou que o teor de potássio na massa seca de milheto foi de 17,2 g.kg-1, com extração de 166 kg ha

-1

.

(36)

magnésio, sendo que ambos foram mais extraídos nas épocas de semeadura E1 e E3, havendo

diferença entre as duas épocas de semeadura apenas para a extração de magnésio no segundo corte, sendo maior na terceira época. Para o enxofre, houve efeito da interação entre as épocas de semeadura x manejos e, no desdobramento do segundo corte (Tabela 10) nota-se, no manejo M2, menor extração de enxofre para a época E2, não diferindo de E3. No

desdobramento da interação do terceiro corte (Tabela 11), também no manejo M2, a época E2

também apresentou menor extração de enxofre, não havendo diferença para a primeira época de semeadura. No terceiro corte (Tabela 4), a segunda época de semeadura também apresentou a menor produtividade de massa seca, contribuindo para a menor extração de enxofre. Os teores de cálcio e enxofre foram menores que os obtidos por outros autores. Em trabalho de Moraes (2001), o milheto extraiu 105 kg ha-1 de cálcio e 22 kg ha-1 de enxofre, sendo que o teor de enxofre na massa seca foi duas vezes maior ao obtido no segundo corte do presente experimento (entre 0,7 e 0,8 g.kg-1). Bonamigo (1999) mostrou que o teor de enxofre no milheto da cultivar BN-2 foi de 1,89 g.kg-1 nas folhas e de 1,45 g.kg-1 no colmo.

Tabela 8. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da época de semeadura e do manejo da parte aérea, no segundo corte. Botucatu, SP. 2002.

Macronutrientes (kg ha-1)

Tratamentos N P K Ca Mg S

Época de semeadura (E)

E1 82,6(1) 8,04 64,30 27,83 ab 42,05 b 3,81

E2 108,4 9,37 106,11 25,66 b 34,20 c 3,31

E3 104,7 10,94 52,95 35,17 a 65,47 a 3,82

Manejo (M)

M1 104,6 10,50 71,52 29,19 44,49 3,41

M2 92,5 8,39 77,38 29,92 50,00 3,89

Valores de F

E 2,24ns(2) 2,83 ns 4,35 ns 8,44* 86,71** 0,29 ns M 1,78 ns 4,29 ns 0,26 ns 0,04 ns 0,56 ns 1,20 ns E x M 2,25 ns 2,57 ns 0,66 ns 0,06 ns 0,04 ns 7,41*

Valores da dms

E - - - 7,44 7,58 -

M - - -

CV (%)

E 26,81 25,81 50,99 16,41 10,46 42,04

M 22,63 26,39 38,05 28,64 38,17 29,41

(1)

Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

(2) ns

(37)

Tabela 9. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no terceiro corte. Botucatu, SP. 2002.

Macronutrientes (kg ha-1)

Tratamentos N P K Ca Mg S

Época de semeadura (E)

E1 98,28(1) 11,12 74,40 41,50 a 63,81 a 3,03

E2 75,89 9,30 71,68 24,21 b 38,35 b 2,87

E3 87,71 12,51 38,92 32,12 ab 67,55 a 3,75

Manejo (M)

M1 94,25 11,04 63,26 33,64 55,10 3,26

M2 80,33 10,91 60,08 31,58 58,03 3,18

Valores de F

E 1,19ns(2) 2,48 ns 3,40 ns 4,83* 4,87* 2,20 ns M 1,67 ns 0,02 ns 0,13 ns 0,38 ns 0,25 ns 0,24 ns E x M 0,31 ns 1,20 ns 1,89 ns 0,40 ns 0,56 ns 4,85*

Valores da dms

E - - - 17,07 23,30 -

M - - - -

CV (%)

E 33,24 26,35 49,11 34,12 35,97 27,82

M 29,98 21,35 34,64 25,00 25,19 12,95

(1)

Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

(2) ns

= não significativo, * e ** = significativo a 5% e 1%, respectivamente.

Tabela 10. Interação época de semeadura x manejo da parte aérea, sobre a extração de enxofre (kg ha-1) pelo milheto, no segundo corte. Botucatu, SP. 2002.

Enxofre (kg ha-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 2,50 b(1) 4,06 3,66

M2 5,12 aA 2,56 B 3,98 B

Valores da dms

E dentro de M 2,12

M dentro de E 1,72

(1)

(38)

Tabela 11. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea, significativa para extração de enxofre (kg ha-1) pelo milheto, no terceiro corte. Botucatu, SP. 2002.

Enxofre (kg ha-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 2,96 (1) 3,28 a 3,54

M2 3,10 B 2,46 bB 3,96 A

Valores da dms

E dentro de M 0,82

M dentro de E 0,67

(1)

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na vertical e maiúscula na horizontal, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

O quarto e o quinto cortes (Tabelas 12 e 13, respectivamente) foram realizados apenas na primeira época de semeadura e não apresentaram diferenças entre os manejos de corte a cada florescimento (M1 e M2). De modo geral, a extração dos seis

macronutrientes em cada um dos dois cortes é aproximadamente a metade da obtida por Moraes (2001). Essa diferença é explicada principalmente pela produção de massa seca por área, de 4200 kg ha-1 no quarto corte e de 3600 kg ha-1 no quinto corte, enquanto que Moraes (2001) obteve produtividade de 9600 kg ha-1 de massa seca de milheto.

Tabela 12. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no quarto corte. Botucatu, SP. 2002.

Macronutrientes (kg ha-1)

Tratamentos N P K Ca Mg S

Época de semeadura (E)

E1 74,66 9,12 51,80 30,40 55,42 2,82

Manejo (M)

M1 65,03(1) 8,80 50,05 30,62 50,67 3,08

M2 84,31 9,43 53,55 30,17 60,17 2,56

Valores de F

M 5,25 ns(2) 0,64ns 0,24 ns 0,03 ns 1,90 ns 2,53 ns Valores da dms

M - - -

CV (%)

M 15,94 12,00 19,58 11,35 17,59 16,42

(1)

Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

(2) ns

(39)

Tabela 13. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no quinto corte. Botucatu, SP. 2002.

Macronutrientes (kg ha-1)

Tratamentos N P K Ca Mg S

Época de semeadura (E)

E1 69,10 8,89 36,07 26,90 50,91 2,32

Manejo (M)

M1 68,81(1) 7,97 33,40 27,77 50,70 2,40

M2 69,40 8,61 38,75 26,02 51,12 2,23

Valores de F

M 0,01ns(2) 0,20 ns 0,85 ns 0,45 ns 0,01 ns 0,15 ns Valores da dms

M - - -

CV (%)

M 16,48 24,55 22,76 13,68 12,45 26,78

(1)

Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

(2) ns

= não significativo, * e ** = significativo a 5% e 1%, respectivamente.

Na Tabela 14 estão os resultados referentes à extração de macronutrientes pela cultura do milheto no manejo final da cultura. Com relação ao nitrogênio, houve influência apenas quanto aos manejos, sendo que os tratamentos com corte a cada florescimento (M1 e M2) apresentaram médias abaixo de 100 kg ha-1, não diferindo dos

tratamentos de corte apenas no primeiro florescimento. Esses resultados podem ser atribuídos à produtividade de massa seca de cada tratamento, pois os teores de nitrogênio variaram apenas entre 15 g.kg-1 e 17 g.kg-1. O fósforo apresentou interação entre épocas de semeadura x manejo. No desdobramento da interação (Tabela 15), pode-se observar que houve influência dos manejos apenas na época de semeadura E1, com menor extração para o manejo de livre

crescimento (M5). Quanto ao potássio (Tabela 14), houve influência tanto das épocas de

semeadura quanto dos manejos para a extração do elemento pelo milheto. A época E2

apresentou maior extração desse nutriente, não diferindo de E3. Nos resultados da análise

química do solo (Tabela 1) nota-se que, apesar da menor saturação por bases, o teor de potássio no solo de E2 é alto, principalmente considerando-se a profundidade de 0 a 5 cm. Em

(40)

Tabela 14. Extração de macronutrientes (kg ha-1) pela planta de milheto, em função da época de semeadura e do manejo da parte aérea, obtidos no manejo final. Botucatu. SP, 2002.

Macronutrientes (kg ha-1)

Tratamentos N P K Ca Mg S

Época de semeadura (E)

E1 97,62(1) 11,90 59,07 b 41,36 b 77,42 b 4,80

E2 101,81 11,92 88,14 a 42,07 b 73,69 b 4,65

E3 119,24 13,92 69,44 ab 54,21 a 114,07 a 6,04

Manejo (M)

M1 95,4 ab 13,72 63,15 ab 38,14 b 82,98 4,37

M2 88,4 b 11,53 56,99 b 35,57 b 77,90 4,46

M3 107,3 ab 13,72 81,74 a 49,29 ab 91,65 6,37

M4 119,1 ab 11,92 74,63 ab 49,96 ab 94,09 4,99

M5 120,9 a 12,59 84,57 a 56,46 a 95,33 5,64

Valores de F

E 1,54 ns(2) 1,44 ns 5,32* 7,14* 21,10** 3,61 ns M 3,41 * 1,04 ns 3,97* 4,52** 0,85 ns 1,73 ns E x M 1,03ns 2,88* 1,55 ns 2,96* 3,09** 0,92 ns

Valores da dms

E - - 27,72 11,73 21,08 -

M 22,4 - 24,13 16,71 - -

CV (%)

E 38,87 34,34 39,56 26,34 24,58 34,91

M 25,24 23,97 28,51 31,07 32,13 42,83

(1)

Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

(2) ns

= não significativo, * e ** = significativo a 5% e 1%, respectivamente.

Tabela 15. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea, significativa para extração de fósforo (kg ha-1) pelo milheto, no manejo final. Botucatu, SP. 2002.

Fósforo (kg ha-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 11,50 ab(1) 14,94 13,00

M2 12,15 ab 9,80 12,65

M3 14,78 a 13,51 12,87

M4 12,51 ab 10,32 12,94

M5 8,56 b 11,06 18,14

Valores da dms

E dentro de M 5,22

M dentro de E 6,12

(1)

(41)

Houve interação entre épocas de semeadura x manejo para a extração de cálcio e magnésio, sendo que os desdobramentos encontram-se nas Tabelas 16 e 17, respectivamente. Pode-se verificar que a maior extração de cálcio e magnésio ocorreu no manejo de livre crescimento (M5), na terceira época de semeadura. Nesse tratamento, o

milheto foi semeado e se desenvolveu por quatro meses até o manejo final, apresentando boa produção de massa seca (8076 kg ha-1). Para a extração de enxofre, não houve influência dos tratamentos no manejo final.

Tabela 16. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea, significativa para extração de cálcio (kg ha-1) pelo milheto, no manejo final. Botucatu, SP. 2002.

Cálcio (kg ha-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 34,22 (1) 38,00 42,20 b

M2 28,20 37,32 41,20 b

M3 47,90 49,55 50,43 b

M4 47,65 52,65 49,57 b

M5 48,85 B 32,85 B 87,67 aA

Valores da dms

E dentro de M 24,65

M dentro de E 28,95

(1)

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na vertical e maiúscula na horizontal, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

Tabela 17. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo da parte aérea, significativa para extração de magnésio (kg ha-1) pelo milheto, no manejo final. Botucatu, SP. 2002.

Magnésio (kg ha-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 71,97 (1) 69,15 107,82 b

M2 72,35 66,87 94,50 b

M3 85,57 94,52 94,85 b

M4 93,15 85,82 103,30 b

M5 64,05 B 52,07 B 169,87 aA

Valores da dms

E dentro de M 49,11

M dentro de E 57,67

(1)

(42)

6.2. Cultura da soja

Na Tabela 18, estão os resultados dos teores foliares de macronutrientes na cultura da soja. Em relação ao nitrogênio, foi realizada a inoculação das sementes de soja com a bactéria Bradyrhizobium, objetivando a fixação biológica do nitrogênio, processo que, dependendo de sua eficiência, pode fornecer todo o nitrogênio de que necessita a cultura (Embrapa, 2003). Mesmo assim, houve interação entre as épocas de semeadura x manejo da parte aérea do milheto com relação ao teor de nitrogênio nas folhas de soja.

Tabela 18. Teores foliares de macronutrientes (g.kg-1) na cultura da soja, em função da época de semeadura e do manejo do milheto. Botucatu, SP. 2002/2003.

Macronutrientes (g.kg-1)

Tratamentos N P K Ca Mg S

Época de semeadura (E)

E1 41,6 b(1) 1,52 c 18,65 a 13,43 b 8,67 b 0,69 b

E2 52,01 a 2,52 b 15,98 ab 10,88 c 8,93 b 0,79 ab

E3 53,86 a 3,67 a 13,61 b 17,05 a 14,30 a 0,89 a

Manejo (M)

M1 46,45 b 2,40 15,27 13,12 10,44 0,79

M2 46,12 b 2,50 16,60 11,57 10,07 0,79

M3 49,10 ab 2,59 16,37 13,93 10,47 0,72

M4 50,17 ab 2,68 16,20 14,21 11,08 0,84

M5 53,97 a 2,68 15,95 15,14 11,10 0,80

Valores de F

E 63,3**(2) 96,98** 4,46* 98,12** 116,3** 13,93** M 4,22** 0,83 ns 0,36 ns 3,56 ns 1,6 ns 1,02 ns E x M 2,64* 5,60** 1,19 ns 5,01** 9,1** 1,44 ns

Valores da dms

E 2,57 0,47 5,01 1,36 1,28 0,11

M 4,51 - - -

CV (%)

E 7,54 18,91 32,10 10,15 12,41 14,72

M 10,96 17,86 18,35 13,26 11,40 17,59

(1)

Médias seguidas de mesma letra, na vertical, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

(2) ns

= não significativo, * e ** = significativo a 5% e 1%, respectivamente.

(43)

semeadura do milheto, não havendo diferenças para a segunda época de semeadura. Dentro do manejo de corte a cada florescimento e retirada do material (M1), não houve diferenças entre

as épocas de semeadura. Na segunda época de semeadura (Tabela 19), verifica-se que o tratamento de livre crescimento (M5) do milheto apresentou maior teor foliar de nitrogênio na

soja, não sendo diferente do tratamento M4. Os dois tratamentos também foram os que

apresentaram maior extração do nutriente pelo milheto, juntamente com o tratamento M3

(Tabela 14).

Tabela 19. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo do milheto, significativa para teor foliar de nitrogênio (g.kg-1) na cultura da soja. Botucatu, SP. 2002/2003.

Nitrogênio (g.kg-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 43,68 A(1) 45,39 bA 50,29 A

M2 40,22 B 46,48 bAB 55,44 A

M3 38,82 B 50,19 bA 58,31 A

M4 43,37 B 52,36 abAB 54,81 A

M5 42,03 B 56,70 aA 63,21 A

Valores da dms

E dentro de M 6,66

M dentro de E 7,82

(1)

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na vertical e maiúscula na horizontal, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

Para o fósforo, também houve interação entre épocas x manejo do milheto. No desdobramento da interação (Tabela 20), verifica-se na época E2 que o tratamento

com corte a cada florescimento e retirada do material da área (M1) apresentou o menor teor de

fósforo nas folhas da soja. Entre as épocas de semeadura, a E3 apresentou os maiores teores

para esse nutriente, semelhante ao ocorrido com o teor foliar de nitrogênio, provavelmente devido à maior produtividade de massa seca no manejo final do milheto semeado na terceira época. (Tabela 5).

Com relação ao potássio, maiores teores foram obtidos em E1, não

diferindo de E2. A época de semeadura E1 foi a que proporcionou maior número de cortes e

(44)

representa a devolução de grande quantidade desse nutriente ao sistema, assim como ocorre com o nitrogênio.

Tabela 20. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo do milheto, significativo para teor foliar de fósforo (g.kg-1) na cultura da soja. Botucatu, SP. 2002/2003.

Fósforo (g.kg-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 2,04 B(1) 1,38 bB 3,79 A

M2 1,54 C 2,40 aB 3,58 A

M3 1,54 B 2,72 aA 3,52 A

M4 1,40 C 2,90 aB 3,74 A

M5 1,10 B 3,24 aA 3,70 A

Valores da dms

E dentro de M 0,79

M dentro de E 0,93

(1)

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na vertical e maiúscula na horizontal, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

Quanto ao cálcio e ao magnésio, houve interação significativa entre épocas de semeadura x manejo do milheto. Pelos desdobramentos das interações (Tabelas 21 e 22, respectivamente), pode-se verificar que, na época E3, os maiores teores de ambos os

nutrientes foram encontrados no tratamento de livre crescimento (M5), assim como ocorreu

para a extração desses nutrientes pela planta de milheto (Tabelas 16 e 17). Já na época E1, o

manejo de livre crescimento (M5) apresentou menor teor de magnésio, enquanto que os

manejos com corte do milheto (M1, M2, M3 e M4) não diferiram entre si. Entre as épocas de

semeadura, maiores teores de cálcio e magnésio foram obtidos na época E3. Pode-se observar

que o milheto semeado em E3 apresentou maior extração de cálcio e magnésio que os demais

tratamentos no segundo corte (Tabela 8), terceiro corte (Tabela 9) e manejo final (Tabela 14), não sendo diferente da primeira época para o cálcio no segundo corte e para o cálcio e o magnésio no terceiro corte.

Em relação ao enxofre, houve efeito apenas das épocas de semeadura do milheto em relação ao teor desse elemento na cultura da soja. A soja semeada sob o milheto da terceira época (E3), apresentou maior teor do nutriente. Nos dois primeiros cortes, (Tabelas

(45)

(Tabela 11) o milheto semeado em E3 apresentou maior extração, além de mostrar média

superior de extração no manejo final, sem diferir estatisticamente dos demais. Segundo Siqueira e Franco (1988), a exemplo do nitrogênio, o enxofre presente no solo pode ser volatilizado, imobilizado por microrganismos ou mesmo lixiviado. Desse modo, o enxofre devolvido ao sistema nos primeiros cortes não estaria disponível à cultura da soja, enquanto que a maior extração deste pelo milheto do tratamento E3 poderia ainda estar disponibilizando

esse nutriente à soja.

Tabela 21. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo do milheto, significativo para teor foliar de cálcio (g.kg-1) na cultura da soja. Botucatu, SP. 2002/2003.

Cálcio (g.kg-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 14,52 A(1) 9,72 B 15,10 bA

M2 12,67 10,95 14,07 b

M3 13,87 AB 11,48 B 16,42 bA

M4 13,73 B 11,48 B 17,42 bA

M5 12,38 B 10,80 B 22,25 aA

Valores da dms

E dentro de M 3,16

M dentro de E 3,71

(1)

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na vertical e maiúscula na horizontal, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5%.

Tabela 22. Desdobramento da interação época de semeadura x manejo do milheto, significativo para teor foliar de magnésio (g.kg-1) na cultura da soja. Botucatu, SP. 2002/2003.

Magnésio (g.kg-1)

Época de semeadura Manejo (M)

E1 E2 E3

M1 10,02 aB(1) 8,35 B 12,95 bA

M2 8,85 abB 8,95 B 12,40 bA

M3 8,65 abB 9,10 B 13,65 bA

M4 9,25 aB 9,72 B 14,28 bA

M5 6,55 bB 8,52 B 18,25 aA

Valores da dms

E dentro de M 2,10

M dentro de E 2,46

(1)

(46)

Portanto, pelas Tabelas 18 a 22, verifica-se que houve maior teor foliar dos macronutrientes com exceção do potássio, na soja cultivada após a terceira época de semeadura. Além disso, deve-se observar que os teores foliares de nitrogênio, fósforo, cálcio e magnésio estão dentro da faixa considerada como adequada por Ambrosano et al. (1996), com exceção para o teor de fósforo no tratamento E1, que apresentou teor inferior ao adequado e

para o teor de magnésio no tratamento E3, acima do teor adequado. Quanto ao potássio, apenas

o teor foliar do tratamento E1 situou-se dentro da faixa adequada, sendo que os demais

estiveram abaixo desse limite, porém próximos ao teor mínimo de 17 g.kg-1. Já o enxofre, apresentou teores bem abaixo do adequado para a cultura da soja (mínimo de 2,1 g.kg-1).

A Tabela 23 mostra os resultados de população final de plantas, altura de planta e altura de inserção de primeira vagem na cultura da soja. Entre essas características, apenas houve influência das épocas de semeadura sobre a altura de planta, com maior valor para a soja semeada sobre o milheto da primeira época de semeadura. Isso pode ser explicado em parte pelos teores foliares de potássio (Tabela 18). Além de se encontrar maior média nesse tratamento, o teor de potássio em E1 é o único que está dentro da faixa de suficiência (17

a 25 g.kg-1 de potássio, de acordo com Ambrosano et al., 1996) para a cultura da soja, com média de 18,65 g.kg-1 do nutriente. A maior produtividade acumulada de matéria seca na primeira época de semeadura do milheto, não diferenciando-se das demais épocas dentro do tratamento M3 e da terceira época de semeadura nos tratamento M4 e M5 (Tabela 6), também

pode ter contribuído para a obtenção desses resultados de altura de plantas de soja.

Com relação à população de plantas, não se verificaram efeitos significativos entre os tratamentos. As diferentes quantidades de palha proporcionadas pelos tratamentos de épocas de semeadura e manejos de corte do milheto não influenciaram na emergência das plântulas de soja e na população final.

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