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Promoção e educação em saúde no âmbito da Escola de Governo em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública.

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Cad . Saúd e Púb lic a, Rio de Jane iro , 15(Sup. 2):177-185, 1999 O PIN IÃO O P I N I O N

P romoção e educação em saúde

no âmbito da Escola de Governo em Saúde

da Escola N acional de Saúde Pública

He alth pro mo tio n and he alth e ducatio n

at the Sc ho o l o f Go ve rnance in He alth,

Natio nal Sc ho o l o f Pub lic He alth, Brazil

1 Escola N a cion al de Sa ú d e Pú b lica, Fu n d a ção Osw a ld o Cru z. Ru a Leo p o ld o Bu l h õ e s ,1 4 8 0 Rio d e Ja n e i ro, RJ 2 1 0 4 5 - 9 0 0 , Bra s i l .

Pa u lo M a rch i o ri Bu ss 1

Abstract S ch oo ls of p u blic h ealt h sh ou ld d efin e t h ei r t each in g, re s e a rc h , a n d t ech n ica l coop er-a t i v e p ro g rer-a m s o n t h e ber-a si s of ep i d em i olo gi cer-a l, e p i s t e m o l o g i c er-a l , er-a n d h eer-a lt h cer-a re p er-a rer-a m e t e r s , w h ich a re h ea v ily a ffect ed by t h e socio eco n om ic con t ex t of t h ei r cou n t ries. Bra z i l ’s d em o gra p h i c a n d ep id em io logica l t ra n si t i on h a s been ch a ra c t e r i z ed by a n i n crea si n g p re v a len ce of d i sea ses an d risk fa cto rs a ssocia t ed w it h life st yles, t h u s requ irin g an ex t e n s i ve an d in - dep t h ch a n ge in th e c o u n t ry’s h ealt h care m od el, w it h a grea t er su p p ly of evid en ce-b ased services a n d p re ve n t i v e a n d h ealt h p rom o t ion m ea su re s , in clu din g n ew in itia t iv es in in form a t ion , e d u c a t i o n , an d com m u n i-c a t i o n s . Th is a rt ii-cle a p p roa i-ch es t h e rei-cen t ex p erien i-ce a t t h e Bra zilia n N at ion a l Si-ch oo l of Pu b l i i-c He a l t h , w h ich h a s a d de d t o it s lo n g-st a n d i n g a ca d em ic t ra di t ion w it h a st ra t egic re o r i e n t a t i o n k n ow n a s t h e S ch ool o f Gov ern a n ce in He a l t h , in clu d i n g d ist a n ce ed u ca t i o n a s o n e of it s m a in t each in g op t ion s. Gi v en Bra z i l ’s p re v a ilin g social an d h ealt h sit u a t ion , w e con clu d e by h igh ligh t-i n g t h e t-im p ort a n ce of t ra t-in t-i n g h ea lt h p ro fesst-i on a ls a n d p rom ot t-in g re s e a rch a n d t ech n olo gt-i ca l d e v elop m en t in t h e field s of h ea lt h p ro m ot ion a n d ed u ca t ion w it h in t h e co n t ex t of t h e Sch ool of Govern an ce in Hea lt h at t h e N a t ion a l Sch o ol o f Pu blic He a l t h .

Key words Hea lt h Ed u c a t i o n ; Gra d u a t e Ed u c a t i o n ; Ed u ca t ion al Te c h n o l o gy ; Hea lt h Pe r s o n e l l ; Pu blic He a l t h

Resumo A s escola s de saú de p ú blica dev em d efin ir seu s p ro g ra m a s d e en sin o, p esqu isa e coop e-ra çã o t écn i ca em fu n çã o d os co n t ex t o s ep id em ioló gi co, ep ist em oló gi co e d o s serv iços d e sa ú d e, q u e sã o p rofu n da m en t e co n dici on a d o s p elo con t ex t o sócio econ ôm ico d o p aís. No Bra s i l , a t ra n -siçã o d e m o grá f i co - ep i d em i ol ógi ca ca ra ct eri z a - se p ela p re v a lên ci a ca d a v ez m a i s ele v a d a d e d oen ça s e fa t ores d e risco rela cio n a d os com os est ilo s d e v i da , o qu e ex i ge u m a p ro fu n d a t ra n s-f o rm a çã o d o m o d elo a ssi st en cia l, co m a m a i or os-f ert a d e serv iço s e a çõe s p re ve n t i v a s e d e p ro-m oçã o d a sa ú d e b a sea d a s e ro-m ev i d ên ci a s, o qu e i n clu i i n i ci a t iv a s in ov a d o ra s d e i n f orro-m a çã o, ed u ca çã o e com u n ica çã o. Esse a rt igo a bord a a ex p eriên cia recen t e d a Escola N a cion a l d e S a ú d e P ú b l i c a , qu e v em som a n d o à su a lon ga t ra d içã o acad êm ica a reorien t a çã o est rat égia d en om in a-d a Escola a-d e Gov ern o em Sa ú a-d e, qu e in clu i a ea-d u cação à a-d ist â n cia com o u m a a-d e su as p rin cip a i s op ções p eda gógica s. Fa ce a o qu ad ro só cio san it á rio v igen t e, con clu ise qu e a dq u ire en orm e im -p o rt â n cia a ca -p a cit a ção de -p rofission a is e a -p esqu isa e d esen volvim en to t ecn ológico n os cam -p o s d a p ro m oçã o e ed u ca çã o em saú d e n o â m bit o d a Escola de Govern o em Sa ú d e d a EN SP.

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BUSS, P. M.

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Cad. Saúd e Públic a, Rio d e Jane iro , 15(Sup. 2):177-185, 1999

I n t ro d u ç ã o

O “a g g i o rn a m e n t o” das in stituições acad êm icas está en tre seu s p rin cip ais desafios em um tem -p o d e rá -p id a s m ud an ças so cia is c o m o as q u e se ve rificam n este fin al de sécu lo. No caso d as e sc ola s d e sa ú d e p ú b lica, c u jas fu n çõ es c en -t rais são a cap aci-tação d e recu rsos h u m an os e a p esqu isa e o desen volvim en to d e tecn ologias, além d a ação p olítica n o in terior da socied ad e, e sta n ec essid a d e d e c on sta n te a tu alizaç ã o f ren te à con ju n tu ra cresce d e im portân cia. Is s o p o rqu e p recisam n ão só aten d er às áreas cie n -tífica e acad êm ica, com o tam bém resp on d er as dem and as do sistem a d e saúde, p rin cip al u suá-rio dos recursos hu m an os capacitados e dos co-n h ecim eco-n tos e tecco-n ologias que elas p ro d u ze m . O p róp rio objeto da saúd e p úb lica, além d a su a p r á tica e d os m ét od os e t éc n ic as p o r e la u t i l i z a d o s, encon tra-se em tra n s f o rm ação c o n s-t a n s-t e. No n ível ep iss-tem ológico, a re c o n s s-t ru ç ã o d a saú d e p ú b lica p a ssa p or su p e ra r as falsas op osições en tre teor ia e p r ática , objeto e con -t e x -t o, in d ivid u al e c ole-tivo, p e ssoa e p op u la-ç ã o, b iológico e social, qu an titativo e q ualitati-vo, d esc ri t i vo e an alítico, c on cre to e a b stra t o ; “... n a esfera m et od ológica , bu sca -se a h ibrid i-z ação d as est ra tégia s ex t e n s i vas de in ve s t i g a ç ã o com t écn ica s qu a lit a t iva s...; e n o ca m p o d a p rática d a sa ú d e p ú blica, p ro c u ra-se a re d e f i n i-çã o d e m od elos orga n i z a t iv os e de est ra t é g i a s s a n i t á r i a s” (Sán ch ez et al., 1998).

O e xam e d os c on t ext os sócio -ec on ô m ic o, s a n i t á ri o, ep istem ológico e d os sistem as e ser-viços d e saú d e é fu n d am en tal p ara a form u l a-ç ão d as c on cep a-ç ões teóric o- con ceitu a is e d as p ráticas das escolas de saúde p ú blica.

O p rofu n d o exam e d os re f e r id os c on textos e d o s va l o res e m issão d a Esco la Na c io n al d e Saúd e Púb lica (ENSP) vem tra zen d o m ud an ças s u b s t a n t i va s n a s con cep ç õ es te óri c o - c o n c e i-t u a i s, a ssim c om o n a s p r ái-tic as, p ro g ram as e e s t ratégias p edagógicas da in stituição n os ú lti-m os an os. En t re tais lti-m u d an ças en con tra lti-m - s e d u a s q u e serã o esp ec ifica m e n te exam in ad a s n este artigo: a re n ovação d a p rom oção da saú -d e, com o fu n ção essen cial -d a saú-de p ú b lica; e a p r op o st a d a Esc ola d e Gove r n o em Sa ú d e, im p lem en tad a, e n tre o u tras estratégias p ed a-g ó a-g i c a s, p ela edu cação à d istân cia.

Na p ri m e i ra p ar te d o art i g o, faz-se u m a rá-p id a revisão dos con textos erá-p id em iológico e d o sistem a de saúd e do p aís, n o in terior d os q uais se desen vo l vem as in iciativas da ENSP d e re n o-vação da p rom oção da saúde (e da educação em saú de com o com pon en te da m esm a) e d a estra-tégia da Escola de Gove rn o em Sa ú d e, qu e são an alisadas n as du as p ar tes segu in tes d o texto.

Contexto sócio-sanitário e do sist ema de saúde

O Bra sil vem ap re s e n t a n d o, n as ú ltim as d éca -d a s, tra n s f o rm ações sócio-econ ôm icas rápi-das e p ro f u n d a s, assim com o n o p erfil de saú d e de su a p op ulação (Bu s s, 1993; Mi n a yo, 1995; Mo n t e i ro, 1995). A con cen tração d a ri q u eza e o au -m en to d a p obreza e d a exclusão en tre regiões e e n t re cla sses sociais n o in te r ior d e terri t ó ri o s a p a ren tem en te hom ogên eos vêm sen d o ap on -ta d as com o c ar at erística s p re d om in an te s d o d e s e n volvim e n to só cio-e co n ôm ico n ac io n a l n a década de 90.

No cam p o da saú d e ve rifica-se o qu e os es-tu diosos den om in am de tran sição ep id em ioló-gica p olarizad a, n a qu al d iferen tes segm en tos sócio-econ ôm icos e terri t ó rios ap resen tam p e rfis ep id em iológicos su b stan cialm en te d ifere n -tes e c on tra d i t ó ri o s. Pro ce ssos c on tra - t ra n s i-c i o n a i s, i-c om o os e p isód ios d e re s s u rg i m e n t o da d en gue e d a cólera agregam dim en sões d ra-m ática s à c ora-m p lexa sit u açã o sóc io -sa n it ár i a que vive o p aís.

A m or talid ad e geral e a m ortalidad e in fan til a p resen t am u m a te n d ên c ia c la ram e n te d es-c e n d e n t e, ao m esm o tem p o em qu e aum en ta a e s p e ran ç a d e vid a. As t axa s glob a is d e n at ali-dade e fecu n diali-dade vêm se reduzin d o dra s t i c a-m e n t e, en q uan to eleva-se a p ar ticip ação re l a t iva dos idosos n a com posição dem ográfica. En -qu an to a m ortalid ade p or d oen ças in fecto-p ara s i t á rias sofreu red u çã o im p ort a n t e, vêm au -m e n tan d o as -m ort e s, in ca p ac id a d es e in va l i-d ez p or i-d o en ça s c rô n ic as n ão -tra n s m i s s í ve i s ( n e o p l a s i a s, d oen ças card io e cére b ro va s c u l a -re s, d iabetes etc.) e p or causas extern a s, sob - retu do as oca sion ad as p or h om ic íd ios e acid en -tes d e trân sito.

As tra n s f o rm ações econ ôm ico-so ciais, d e-m ogr áficas e epidee-m iológicas ap on tadas colo-cam im p o rta n tes d esafios p ara os sistem as d e saúd e (Me n d e s, 1996). As ten dên cias p erm i t e m p rogn osticar qu e o sistem a de saú de b ra s i l e i ro d e verá en frentar n os p róxim os an os um a popu -lação crescen te d e id osos, e d oen tes c rôn icos, com p atologias q ue até o m om en to são com ba-tid as com tecn ologias de alto c usto e re c u r s o s hum an os m u ito especializados. Ad e m a i s, é p re-s u m í vel qu e re-se in crem en tem ore-s p ad ecim en tore-s d e ri vados dos p rob lem as am b ien tais, as fárm a-co-d ep en dên cias e, em geral, de estilos de vida que vêm com a m odern id ad e e a urb an ização.

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-Cad. Saúde Púb lic a, Rio de Janeiro , 15(Sup . 2):177-185, 1999

g ra m a s, estratégias e p rátic as, são d elin ead os, em essên cia, p or t rês t ip o s d e fat ores: os ec o-n ô m icos e sociais, os ep id em iológico s e a d is-p on ib ilidad e d e re c u r s o s.

O p e rfil ep id em iológic o p ós- tra n s i c i o n a l exige qu e à aten ção tard ia, poli-m ed icam en to-sa, tecn ologicam en te depen den te e qu e re q u e r esp ecialistas e um segu im en to q u ase con stan -t e, som e-se o for-talecim en -to do cará-ter p ro m o-cion al e p re ve n t i vo d os serviços de saú de.

De fato, com o em qu ase e m tod os os p aíses i n d u s t ri a l i z a d o s, tam b é m em p aíse s co m o o Brasil, em q ue a tran sição dem ográfico-ep id em iológica oco rre coem a s ca racterísticas coem -p lexas acim a d escri t a s, exige-se do sistem a d e saú d e ações en focadas n o diagn óstico e n a de-te cç ão o p o rtu n a (p re co ce ) d e e n fe rm i d a d e s c r ô n i c o d e g e n e ra t i va s, o qu e im p lica o u so in -t e n s i vo e q u alificad o d e ser viç os m éd ico s d e p ri m e i ro n ível d e aten ção, assim com o ativida-des qu e p ro c u rem m odificar os estilos de vida.

Isto é, os se rviço s d e saú d e d e ve m at u ar com p ro g ram as a b ra n gen tes d e p rom oç ão d a s a ú d e, o q ue in clu i in form a ç ã o, edu cação e m u n icação m assivas e de qu alidad e, assim co-m o a co-m ob iliza ção d o esfor ço in ter- s e t o rial n o e n f ren tam en to de p r ob lem as q ue têm ori g e m f o ra do con texto exc l u s i vam en te b iológico e in -d ivi-d u al, p ar a loca liza r- se n o s co m p on e n tes s o c i a i s, econ ôm icos e cu ltu rais d a sociedad e.

A p rom oção da saúde (e a educação em saú de com o p arte in tegran te d a m esm a) re p re s e n -ta um a estratégia pro m i s s o ra p ara en fren -tar os m ú ltip los p roblem as p ós-tran sicion ais q ue afe-tam a s p o p u la çõe s h u m an as e se u s en torn o s n este fin al d e século. É o qu e exam in arem os em c o n t i n u a ç ã o.

P romoção e educação em saúde

Pa r tin do d e u m a con cep ção am p la d o p ro c e s-so saú d e-d oen ça e seu s d eterm i n a n t e s, a p r o-m oção d a saú d e p rop õe a articu lação de sabe-res técn icos e p op u lasabe-res e a m ob ilização d e re-cu rsos in stitu cion ais e com u n itári o s, p úb licos e p ri va d o s, d e d iversos setore s, p ara o en fre n -tam en to e a resolu ção dos p roblem as de saú d e e seus determ i n a n t e s.

O con ceit o m od er n o d e p rom oção d a sa úde (e a prática con seqü en te) surgiu e se údesen -vo lveu d e form a m ais vigo rosa n os ú ltim os 25 a n o s, em p aíses com o o Can adá, E.U.A. e país e s da Eu ropa Ociden tal. Qu a t ro im p ortan tes Co n -fer ên cias In t e rn ac ion a is so b re Prom oç ão d a Sa ú d e, realizadas n os últim os 12 an os, em Ot t a-wa (OMS, 1986), Adelaid e (OMS, 1988), Su n d s-val (OMS,1991) e Ja k a rta (OMS, 1997),

estabele-PRO MO ÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE 1 7 9

c e ram as b ases con ceitu ais e p olític as d a p ro-m oç ão d a saú d e. Na Aro-m éric a Latin a, ero-m 1992, re a l i zou-se a Con ferên cia In t e rn acional d e Pro-m oçã o d a Saú d e (OPS, 1996), ePro-m Bo g o t á / Co-lôm b ia , tra zen d o form alm en te o t em a p ar a o con texto sub -re g i o n a l .

A p rom oção d a saú d e vem sen d o in terp re-ta d a co m o reaç ão à acen tu ad a m ed ic alizaçã o da vida social, qu e ap rese nta im pactos bastan te m e d í o c res sobre as con dições de saúd e. Em b o-ra o term o ten ha sid o u sad o in icialm en te p ao-ra c a ra c t e rizar u m n ível d e aten ção d a m ed ic in a p re ve n t i va (Si g e rist, 1946; Leavel & Clark, 1965), seu sign ificado foi m ud an do, p assan do a re p re-s e n t a r, m aire-s re c e n t e m e n t e, um en foq u e p olítico e técn iolítico em torn o do p rocesso saúd edoen -ç a - c u i d a d o.

As d iversas con ceitu a ções d isp on íve i s, as-sim com o a prática da p rom oção da saú de, p od em se r reu n iod as em odois gran od es gru p os (Su -t h er la n d & Fu l-t on , 1992). No p ri m e i ro, a p ro-m oção d a saúd e con siste n as ativid ades d iri g id as c en tr alm en t e à t ra n s f o rm a ção id o s c o m -p a rtam en tos dos in divíd uos, focan do n os seu s estilos d e vid a e localizan do-os n o seio da s fam ília s e, n o fam áxifam o, n o afam b ien te d a s “c u l t u -ra s” d a com u n id a d e e m q u e se en c o n t-ra m . Neste caso, os p ro g ram as ou atividades de p ro-m oç ã o d a sa ú d e t en d ero-m a c on c en tra r-se e ro-m com p on en tes edu cativo s, p ri m a riam en te re l acio n ad os com r isc os co m p or ta m e n tais c am -b i á ve i s, q u e se e n con t ra r iam , p e lo m en os e m p a rt e, sob o c on trole d os p r óp r ios in d ivíd u os. Por exem p lo, o h ábito d e fum ar, a d ieta, as ati-vid a d es físicas, a d ireção p er igosa n o trân sito e t c. Ne sta a b ord age m , fu giria m d o âm b ito d a p ro m oç ão d a sa ú d e tod os os fato res q ue esti-vessem fora d o con trole e da ação im ed iata dos i n d i v í d u o s.

O q u e, en tre t a n t o, vem cara c t e r iza r a p ro-m oção da saú de, ro-m odern a ro-m e n t e, é a con stata-ç ão d o p ap el p ro ta gô n ic o d os d e term i n a n t e s g e rais sobre as con dições de saú de, em torn o d a q ua l se reú n em o s co n ceitos d o segu n d o gr u -p o. Su sten tam - se eles n a con statação d e q u e a saú d e é p rod u t o d e u m am p lo esp ectr o d e fat o res relacion ados com a q ualidade de vida, in -clu in d o u m p ad rão ad eq u ad o d e a lim en taçã o e n u tr i ç ã o, d e h ab it aç ão e sa n eam en t o, b oas con diç ões d e trab alh o e ren d a, op ort u n i d a d e s d e ed u caç ão ao lon go d e tod a a vid a d os in d i-víd uos e d as com un id ade s (“e m p ow e rm e n t” ) .

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BUSS, P. M.

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Cad . Saúde Púb lic a, Rio de Jane iro , 15(Sup. 2):177-185, 1999

con ceitos m ais am p los, reforçan d o a re s p o n s a-b ilid ad e e o s d ireit os d os in d ivíd u os e d a c o-m u n idad e p ela sua p róp ria saúd e.

As ra í ze s d o c o n ce ito ab ra n gen t e d a p rom oç ã o d a sa ú d e cr istalizad o erom Ottawa en -c o n t ra m - s e, n a re a l i d a d e, n a De -c l a ração de Alm a Ata, uAlm d o cu Alm en to d e extra o rd i n á ria iAlm -p o rtân cia, q ue estab elec eu , m ais do q u e o con h ec id o co con ju con t o d e o it o “ele m econ t os essecon -c i a i s” d a aten ção p ri m á ria, o en ten dim en to d a saú de n o desen vo l v i m e n t o, a in ter- s e t o ri a l i d a-d e e a resp on sab ilização a-do Estaa-d o e a-d a socie-d asocie-d e p elas con seq ü ên cias socie-da s p olítica s p ú b li-cas sob re a saú de d a coletividad e.

A Ca rt a d e Ot ta wa assu m e o con ceito d e saú d e d a OMS e in siste e m q u e “a sa ú de é o m a i or recu rso p a ra o d esen v olv im en t o so ci a l, econ ôm i co e p essoa l, a ssim com o u m a i m p o r-t an r-t e d im en sã o d a qu a lid a de d e v id a”. Afirm a ,

ain d a, qu e “a s con dições e requ isitos p ara a s a ú -d e sã o: p a z ,e -d u c a ç ã o, h a b i t a ç ã o, a l i m e n t a ç ã o, re n d a , ecossi st em a est á v e l , recu rsos su st en t á -ve i s , ju st iça social e eq ü id ade” (OMS, 1986).

De fesa d a ca u sa , c ap a cita ç ão e m ed iaçã o s ã o, segun do a Ca rta d e Ottawa, as três estra t é-gias fu n d am en tais da p rom oção d a saú d e, qu e p rop õe cin co cam p os cen trais de ação: • El a b o r aç ã o e im p lem en ta ç ão d e p olític a s p ú blicas sau dáve i s

• Criação de am bien tes favo r á veis à saú de • Reforço d a ação com u n itári a

• De s e n volvim en to d e h abilidades p essoais • Re o rien tação do sistem a de saú de

A cap acitação d os p rofission ais d a sa ú de e d e in úm eros atores sociais, com o as lidera n ç a s c o m u n i t á r ia s e os c on selh eir o s d e saú d e, n a s h ab ilidad es de d efesa d a saú d e (a d voc a c y), ca-p ac itaçã o e m e d iaç ão ca-p a ra a im ca-p le m e n taçã o d as in ú m e ras m ed id a s gove rn a m en ta is e com u n i t á rias decorren tes dos cin co cacom p os cen -t rais de ação, eis a m issão de u m a Escola de Go-ve rn o em Saú de p ara in crem en tar a p ro m o ç ã o d a saúd e.

A in form a ç ã o, a edu cação e a com un icação i n t e r-p essoa l, assim co m o a c om u n ica ção d e m a s s a s, através de diversas m ídias, têm sid o re-con h ecidas com o ferram en tas im p or tan tes que f a zem p a rte d a p rom oç ão d a saú d e d e in d iví-d u os e iví-d a com un iiví-d aiví-d e. De fato, um a vez q u e a p a rticipação ativa e p erm an en te da p op u lação é cen tral n o con ceito e n a p rática da p ro m o ç ã o da saúd e, torn a-se im p re s c i n d í vel a p rovisão de i n f o r m ações para o exercício da cidad an ia, assim com o in iciativas do p oder p úblico n os c a m -p os d a edu cação e da com u n icação em saúd e.

Tal fat o é ve rd a d e i ro, q u a lq u e r q u e se ja a con cep ção de p rom oção d a saúd e em foco: se-ja aq u ela m ais c on ce n t ra d a n a ed u caç ão e m

s a ú d e, visan do cen tralm en te a m udan ça d e es-tilos d e vida e fatores com p ort a m e n t a i s, seja a q u e con ceb e a p rom o ç ão d a saú d e d e form a m a is a m p la , cen trad a n as p olíticas p ú b licas s a u d á veis e n a in tersetori a l i d a d e, assim com o n a ação com u n itár ia con creta e efetiva p ara es-tabelecer p ri o ri d a d e s, tom ar decisões, p lan ejar e im p lem en tar estratégias visan d o m elhorar os n í veis de saú de.

Pa ra exem p lificar, a in form ação sob re boas p rá ticas p ara a saú d e in d ivid u al p od e aju d a r n a escolh a d e com portam en tos em diversas es-f e ra s, n a p re ven ção de doen ças e, em geral, n o d e s e n volvim en to d e u m a cu ltura da saúd e; as-sim co m o a d e m oc ra tização d as in form a ç õ e s s o b re a situ ação d e saúd e e do sistem a d e saú -d e, -d ivu lga-d as -d e -d iversas fo rm a s, e n tre a s q u ais a travé s d e ó r gãos d e c om u n ica ção d e m a s s a s, p o d e con trib u ir p ara u m m elh or e n -ten d im en to d os determ in an tes da saú de e para a c on stru ç ão d e u m discur so p olític o e re i v i n -d i c a t ó rio con sisten te e p ersuasivo qu e m ob ilize e re f o rc e a a ção d a c om u n id a d e n a a firm a -ção d e seu s d ireito s e n o seu en fre n t a m e n t o com o Estado.

Segun do a OPS/ UNESCO (1993), a com u n ica ção e m saú d e é “um a e stra tégia p a ra co m -p a rtilh ar con h e cim e n tos e -p rát ica s q u e -p os-sam c on t rib u ir p ara a co n q u ist a d e m elh ore s co n d içõ es d e saú d e, q u e in clu i n ão a p en as a p rovisã o d e in fo rm a ç õ e s, c o m o t am b é m ele -m en to s d e ed u caç ão, p ersu asão, -m ob ilizaç ão d a op in ião p ú b lica, p artic ip açã o soc ial e p ro -m oção de aud iên cias críticas. A co-m un icação é um in strum en to sabidam en te útil p ara a m obilizaç ão soc ia l, a d em oc ra tiza çã o d a in form a -ç ã o, o a cesso a con hecim en tos e a con stru -ç ã o de relações re c í p rocas p or p arte da p op u lação, a fim d e q ue esta m od ele sua p róp ria con d uta, seja c om o in d ivíd uos, seja com o cor p o social; ad ote ou fo rt aleça va l o res cu ltu rais a favor d a vid a e d o b em estar e, d e form a geral, d esen vo lvase em m atéria d e saúd e (Re s t e p ro & Alfon -zo, 1993).

Já a ed u caç ão e m sa úd e p od e ser d efin id a co m o “q u a lq u er a t iv i d a d e, rela ci on a da com a p re n d i z a g e m , d esen h a da p a ra a lca n ça r sa ú -d e” ( To n es & Ti l f o rd , 1994). Ela é gera l m e n t e

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Cad . Saúd e Púb lic a, Rio de Jane iro , 15(Sup. 2):177-185, 1999

ças em estilos d e vid a são usu alm en te alcan ça-d as através ça-da com bin ação ça-d e ça-d iversos fatore s atuan d o em con jun to (Reid , 1996).

Em b o ra a ed ucação em saúde in ter- p e s s o a l seja in d iscutivelm en te efetiva qu an do p ra t i c d a p or p rofission ais b em tre i n a d o s, su a cap a-c id a d e p ar a p r o d uz ir m u d an ça s ráp id as n a saú de d e gran des p arcelas de p op ulação é lim i-tad a. Daí a u tilização cada vez m ais exten sa da com un icação de m assas p ara realizar a ed uca-ção em saú de. Esta, en tre t a n t o, deve ser im p le-m en tada cole-m o p arte d e u le-m a estratégia de p ro-m oção da saú d e glob al, coro-m o ap oio de p olíti-c as p ú b liolíti-c as favo r á veis (olíti-com o, p o r exem p lo, p olític a s tr i b u t á rias p ara estim u lar o u so d e p rodutos saud áveis e desestim u lar aqueles p re-ju diciais à saú de).

Com o em tod as as p olíticas de saú de, tam -b ém as p olíticas de com u n icação em saú de n ecessitam , p ara sere m im p lem en ta d as, d e p la -n os e st ra t é g i c o s, co m a id e-n tific aç ão p re c i s a dos p rob lem as a serem en fre n t a d o s, das cara c-terísticas do p úb lico a ser con tatado, d os m eios d e com u n icação m ais ad eq u ados a serem m o-b i l i z a d o s, assim co m o d a im p lem en tação d os p ro g ram as defin id os e de seu acom p an ham en -to e ava l i a ç ã o.

De outro lad o, a d efesa (a dvoc a c y) da saúd e está en t re as p rin cip ais fu n ções d a p ro m o ç ã o d a saú d e. Tal fu n ção tem , n os m eios de com u -n icação d e m assas, u m dos seu s p ri-n cipais i-n s-t ru m e n s-t o s. O p ro p ó sis-to d a d efesa d a saú d e é p ro m over objetivos de saúd e pú blica, usan do a m íd ia p a ra am p lia r as p ressõ es p o r tra n s f o r-m ações p olíticas. Ela foca cen tralr-m en te n as p o-líticas p úb licas, ao in vés d os com p ort a m e n t o s in divid uais (Wallack & Dorfm an n , 1996).

Um a p od erosa estratégia d e “c o m u n i c a ç ã o h o ri zo n t a l” são os gru p os d e apoio social e au to a ju d a, com o os Alco ólico s An ôn im o s, gru -p o s d e in cen t ivo à a m am en ta ção, -p ort a d o re s de cân cer, diabetes ou HIV e tan tos outro s. Tra-ta- se d e u m t ip o d e ab ord agem q u e se b a se ia n o ap oio social en tre pessoas n ão p ro f i s s i on a i s, m as p ort a d o ras d e p roblem a sem elhan te, com f a t o res de r iscos sim ilare s. O com p art i l h a m e n to d e e xp er i ê n c i a s, c om u m a lin gu a gem co -m u-m e acessível a todos os -m e-m bros do gru p o, tem se revelado um efetivo in strum en to de c o n -t role d os p r ob lem as en focados. En -t re -t a n -t o, -tal p rática tem sid o in su fic ien tem en te d ifu n d id a n o n osso sistem a d e saú d e e n osso s p ro f i s s i on ais on ecessita riam ser cap acitad os p ara a im -p lem en tação das m esm as.

Em tod a e q u alq u er área d a saú d e p ú blica, u m d o s gr an d es d esafio s é a in c orp oraçã o d a p esq u isa a va l i a t i va, b u scan do id en tificar e d i-fu n dir “m e l h o res p ráticas”, ou seja, u m a saú d e

p úb lica basead a em evidên cias. Além disto, t a i s p ráticas d evem ser as m ais cu sto-efetivas p oss í ve i oss. Pa ra o ca m p o d a com u n ica ção em ossaú -d e tal p erspectiva é fun -d am en tal, seja p elo alto cu sto de su as ações, seja p elos asp ectos éticos q u e en vo l ve.

Um dos com p on en tes d e p esq uisa m ais im -p o rtan tes -p ara o estabelecim en to d e -pro g ra m a s e f i c a zes e efetivos d e ed ucação e com un icação em saúde são os estud os sobre fatores com p or-tam en tais de ri s c o. A id en tificação d e d eterm i-n ad os p ad rões de com p or tam ei-n to e estilos d e vid a n a p op u la ção em gera l ou em segm en tos d a m esm a, assim c om o o sign ificad o qu e ad -q u i rem n a vid a so cial, p o d e co n trib u ir p ara o desen ho de m en sagen s m ais eficazes no cam p o d a p rom oção da saú d e. O con h ecim en to sobre o con texto social e econ ôm ico, gerad or d e tais c o m p o rtam en tos ou estilos d e vida, cert a m e n -te con trib u irá p ara a escolh a d e in -ter ve n ç õ e s m ais efic azes e efe tiva s. Um m od elo b ast an te d ifu n dido e u tilizad o é o PRECEDE/ PRO C E D E , d e s e n volvido p or Green & Kre uter (1998).

As Esc ola s d e Sa ú d e Pú b lica , p ar t i c u l a r-m en te aq u ela s q u e, cor-m o a ENSP, se in ve s t e r-m d a p rop osta d e, através da estratégia d e Escola d e Gove rn o, p re p a ra r q u ad ros p a ra o in c re-m en to d a q u alid ad e d os gove r n os ere-m saú d e, d e vem con sid erar a n ecessidad e de in tro d u z i r n os c u rr ícu los d e fo rm ação d os d ir igen tes o cam p o d a IEC, q ue é cap az de re s p o n d e r, c om u m grau d e se jável d e efic ác ia e efic iê n cia, o s e n o rm es d esafios colocados pelo qu adro ep ide-m i o l ó g i c o, no qual p redoide-m inaide-m as doen ças p a-ra as quais as ta-ran sform ações n os estilos de vida são decisiva s. Assim com o d esen h ar p rojetos de p esquisa que resp on dam às in dagações cen trais n e c e s s á rias p ara a form ulação d e p ro g ram as de p rom oção da saú de, in clu in d o o cam p o de IEC.

Escola de Governo em Saúde (EGS)

A Escola d e Gove rn o em Saú d e é um a re o ri e n -t aç ão es-tra-t égica d o s p ro g ram as d e e n sin o, p esq u isa e c oop eraç ão técn ica d a ENSP/ Fu n -d ação Oswal-d o Cr uz (FIOCRUZ) p ara a p re p a-raç ão d e q u ad ro s e a p r o d u çã o d e c on h ec i-m e n t o s, visan d o a ai-m p liação d a cap acidade de g ove rn o em saú de. En c o n t ra-se im p lan tad a n a ENSP d esd e m arço de 1998.

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BUSS, P. M.

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Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , 15(Sup . 2):177-185, 1999

Pa ra este p ro p ó s i t o, a ENSP est á e st ru t u -ran do a form ação e a ed ucação p erm an en te de g e s t o res p ú blicos de sistem as, serv i ç o s, org a n i-zaçõ es e p ro g ram as d e saú d e, b em com o coo-p eran do n a im coo-p lan tação de abordagen s in ovati-vas n a assistên cia m édica, n a saúde p ública e n a f o rm ulação e avaliação das p olíticas d e saú d e.

Neste sen tido, a Escola d e Gove rn o em Sa ú-d e ú-da ENSP ultrap assa os lim ites ú-d e u m a tra ú-d icion al escola d e ad m in istração p ú b lica, visan -d o, m ais -d o q u e cap acita r a-d m in istra -d o res -d e s e rv i ç o s, a for m ar lid eran ç as técn icas e p olíti-ca s e m saú d e, a ssim c om o a c on t rib u ir p a ra am p liar a base de in teligên cia d o setor.

As in iciativas d e escolas d e gove rn o d e cará ter set or ia l sã o re l a t i va m en te ra ra s, c ert a -m en te co -m b a se n a con cep ção d e q u e, in d e-p en d en tem en te d as e-p ecu liaridades de cad a se-t o r, os prin cíp ios n orse-t e a d o res d a gesse-tão n ão sof re riam a ltera çõ es sign isoficativa s. Com a a m -p liação d a com -p lexid ade d os -p r oblem as e d os m étod o s d e in terve n ç ã o, en tre t a n t o, ve ri f i c a -se q ue o “qu e faze r” d e d eterm in ados -setores e a disp on ib ilid ad e d e u m in stru m en tal discip li-n ar esp ec ífico p a ra o seu m ali-n e jo p od e m p o-te n cia liza r o d e sen volvim en to d e u m a ge stã o m ais ad eq u ada às n ecessid ad es esp ecíficas d o re s p e c t i vo setor, através de u m a escola setori a l ( E N S P, 1998).

Tal é o ca so d o seto r sa úd e , n o q u a l a ge s-tão está in flu en ciad a p or eixos fu n cion a is q u e ob ed e ce m a p a ra d igm as e m é tod os d e tra b a-lho bastan te d ifere n c i a d o s, com o ocorre com a c o n t ribu ição da ep ide m iologia ao p rocesso de-c i s ó r io ou de-com a a b ord a ge m d as de-c iê n de-cias so-ciais e d as ciên cias do am b ien te, d evid am en te a rticulad as com a saú de. A diferen ciação seto-rial agrega m aior esp ecificidade ao objetivo q ue se quer alcan çar e, n esse caso, “o m ais específi-c o” p assa a dom in ar o q u ad ro, d efin in d o m ais c o n c retam en te o objeto d e ação (ENSP, 1998).

A estr atégia d a EGS/ ENSP d esen vo l ve - s e com u m a q uip e m ultip rofission al e m ultidiscip lin ar d ive rsificad a , q u e vem b uscan d o solu -ções p ara os p ro b lem as p ri o ri t á rios em saú d e a t ravés do trab alh o in terdiscip lin ar d e cará ter a p l i c a d o, resp ald a d o p ela con tín u a p ro d u ç ã o t e ó r ica de su as u n idades acadêm icas.

Pa ra estab elecer o p ro g ram a de trab alho d a Esco la d e Gove rn o, a ENSP tom a e m con ta a an álise setorial que se desen vo l ve d e form a p e r-m an en te n a in stitu ição, as p rin cip ais q ue stões c oloc ad as p e las a ge n d as p olítica s d a sa ú d e e d a re f o r m a d o Estad o, assim co m o as d ire t r i-ze s, estra tégias e o p eraç ões d efin id as a p art i r d a NOB- 96. Estab elec e-se tam b ém atra vés d a e s t reita p arc e ria in stitucion al e acon selham en -to com a-tores re l e van tes d o SUS (Mi n i s t é rio d a

Sa ú d e, Con selh o Nacion al de Sa ú d e, Co n s e l h o Na cion a l d e Se c re t á rio s Estad u a is d e Sa ú d e / CONASS, Co n selh o Na c io n al d e Se c re t á ri o s Mun icip a is d e Sa ú d e / CON ASEM S e tc.) e ou t ros atores (in clu in d o a aten ç ão su p letiva, co m o o Co m itê d e In t e g raç ão d e En tid ad es Fe -chad as de Assistên cia à Sa ú d e / C I E FA S ) .

A clien tela da EGS são os d irigen te s d e saú -d e, e n tre os qu a is se in clu em os secre t á rios -de s a ú d e, os d irigen tes de p ri m e i ro escalão, d e es-ca lõe s in te rm e d i á rios e d e n íveis t éc n icos d e d e c i s ã o, d os Estados e dos quase 6.000 m u n icí-p ios do icí-p aís, além d o Mi n i s t é rio da Sa ú d e, dos Con selh os d e Saú d e em to d o s os n íveis e d e o u t ras en tid a d es-alvo. A estim ativa é d e q u e existam cerca de 150.000 dirigen tes n u m a for -ça d e t ra b a lh o tota l estim a d a e m 2,5 m ilh õ es d e p r ofission a is d e saú d e. Este s n ú m er os ex-t ra o rd i n a riam en ex-t e eleva d os d e m a n d am u m a “f o rm açã o m assiva , m as com qu alid ad e e flex i-b i l i d a d e” (ENSP, 1998a), p rin cíp ios q ue d ificil-m en te seriaificil-m atin gid os coificil-m estratégias p ed a-gógicas con ve n c i o n a i s.

As t ec n olo gias d e ed uc açã o à d istân cia (EAD), qu e vêm sen d o u tilizad as n a EGSENSP, são in stru m en tos ad equ ados p ara as n ovas de-m an d as de ade-m p liação d a cap acidade d e gove r-n o r-n a esfera p úb lica , com os req uisitos ac im a e n u n c i a d o s. Além de ra p i d ez e versatilidade n a t ran sm issão de in form a ç õ e s, estas tecn ologias p e r m item q ue os p ro fissio n ais p erm a n e ç a m em seu am b ien te d e trab alh o e p erm item cen -t rar a ap re n d izage m n o p r óp r io p ro c esso d e t ra b a l h o.

O p o ten c ial d o p ro g r am a ed u cat ivo d a EGS/ ENSP am p lia-se tam b ém com a cham ad a m etodologia p ro b l e m a t i z a d o ra, voltad a p ara a ação e p ara a au ton om ia d e cri a ç ã o - i n ova ç ã o, o q ue d esen vo l ve a cap acidade d e lid eran ça do p esso al d e sa úd e. Esta estra tégia se com p leta com a utilização de estu dos d e casos, am p lian -do a visão -do p essoal local com a an álise d e si-tu ações e exp erim en tos b em su cedidos em ou-t ros con ou-texou-tos.

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PRO MO ÇÃO E EDUCAÇ ÃO EM SAÚDE 1 8 3

Cad . Saúd e Púb lic a, Rio de Jane iro , 15(Sup. 2):177-185, 1999 C u r s o s

A p ro g ram a çã o d a EGS p ro c u r a resp o n d er às p ri o rid ad es d efin id as n as vária s in stâ n cias do seto r sa úd e, p elo q u e fora m sele cion ad o s in i-cialm en te qu atro con ju n tos tem áticos: Ge s t ã o de Sistem as e Se rviços d e Saúd e; Vigilân cia em Saúde (in clu in d o as vigilân cias san itária e ep i-d em iológica ); Mo i-d elo s i-d e Pr ática i-d e Sa ú i-d e (co m ê n fa se n a p ro m o ção d a saú d e e n a p re-ven ção); e Saú de e Am bien te.

A área d e gestão em saúd e re f e re-se dire t a-m e n te a os p r ob lea-m as d e q u alid ad e d e gove r-n o, à s r-n ova s fur-n çõ es d o Estad o, à s t arefa s r e-g u l a d o ra s e a o s d e sa fio s d o d ese m p e n h o d e o rgan izaç ões e sistem as d e saú d e. Esta é u m a á rea am p la e de gran d es n ecessidad es, dem a n -d as e -d esafio s, em q u e a EN SP con ta c om sig-n i f i c a t i va exp eriêsig-n cia acu m u lad a e sig-n a q u a l já f o ram oferecid os d ois cursos à d istân cia: “Ge s-tã o e m Sa ú d e p ar a Di r ige n t es Mu n i c i p a i s”, com 3.000 vagas; e “Di rigen tes d e Em p resas d e Auto Ge stão d a Aten ç ão Su p l e t i va”, com 1.000 va g a s.

Ou t r os c u rsos à d istâ n c ia p r evistos n e ste con ju n to t em á tic o sã o o s cu r sos p a ra Co n s e-l h e i ros d e Sa ú d e ; d e Gestã o d e Hosp itais; e o G E RUS (Gestão de Un idad es de Saú de). No ca-so d o GERUS, a p rop osta em d ese n vo l v i m e n t o é a ed u ca ção p e rm a n en t e d os c erc a d e 2.000 e g ressos dos cu rsos p resen c iais já d esen vo l v i-dos em d iversos locais do p aís.

A p roposta d a EGS p ara a área da vigilân cia em saú de con siste n a form ação d e gestores p úblicos cen trada em u m a con cep ção d e vigilân -cia com o u m m od o de in terve n ç ã o, n o qu al ar-ticu lam -se o c on h ecim en to técn ico- cien tífico de base epid em iológica e a legislação san itári a , p a ra exercer as fu n ções d e regulação e con tro l e s o b re a saú de e o m eio am bien te n os espaços e p rocessos de vida e trab alh o das p op u lações.

A EGS está oferecen do diver sos cu rsos n es-te bloco, d ois dos q uais à d istân cia: o Curso d e Vigilân cia Sa n i t á ria, com 2.000 vagas e o de Bi o-s e g u ran ça, d eo-stin ado a garan tia de qu alidad e e p roteção ao trab alh ad or e ao am bien te n os la-b o ra t ó rios d e saúd e p úla-b lica, com 1.000 va g a s.

No b loco d e Mo delos d e Pr áticas d e Sa ú d e p ro p õ e-se o d ese n vo lvim en t o d e m o d elo s d e a n á l i s e, gestão e in ter ven ção in ter- s e t o rial, vi-sa n d o en fren ta r a rticu la d am en te as q u estões sociais e d e saú d e, c om o ta m b é m seu s d et er -m i n a n t e s, q u e co -m gran d e freq ü ên cia são ext e rn os ao seext or sa ú d e. Ta is m o d elo s p re s s u -p õe m u m eq u ilíb r io ad eq ua d o en t re a çõe s d e assistên cia m éd ica , d e p rom o ção e p re ve n ç ã o em saú d e e d e in icia tiva s in ter s e t o ria is (am b i e n t a i s, ed ucacion ais, alim en tares e n u tri c i o

n ais etc.). A cap ac itaçã o p ara a n egociação in -t e r- s e -t o rial, a m ediação Es-tad o-p o p u lação n o cam p o da saú de, a “a dv oc a c y” d a saú d e e a in

-f o rm a ç ã o, ed ucação e com u n icação são p art e s i n t e g ran tes d este cam p o de atuação d a EGS.

O p ri m e i ro p roduto d este con ju n to tem ático é a im plem en tação do m od elo p ro p ri a m e n -t e d i-to n o n íve l lo cal, e sp ec ific a m e n -te n a re-gião d a AP3, n o Rio de Ja n e i ro, em coop era ç ã o com a Su b - Pre f e i t u ra lo cal e ou tr as en tid ad es p ú b lic as e d e se n vo lvid o p o r u n id a d es e su b -u n id a d e s d a EN SP e d a FIOCRU Z q -u e tra b a-lh am o tem a n o n ível local. Os cursos serão o f e-recid os do an o 2.000 em dian te.

A área d e Saúd e e Am b ien te p arte d o en ten -d im en to -de qu e, en tre as questões críticas p ara a saú d e e a q ualid ade de vid a, en con tram -se o ab astecim en to de águ a, o san ea m en to bá sico, a p olu ição a tm o sfér ica , a d estin açã o d e d eje-tos tóxicos or igin ad os n os p rocessos d e tra b a-lho u rb an os e ru ra i s, os p róp rios am bien tes d o t ra b a lh o e o s d em ais com p o n en te s d a a m p la qu estão am b ien tal.

Os p r i m e i ros c u rsos a ser em ofere c i d o s n este con jun to tem ático serão destin ados a d i-r igen tes su p ei-ri o i-res e d e n ível in tei-rm e d i á i-rio d e d ecisão d e em p resas d e águ a e esgoto, d e lim p eza urban a e, m ais tard e, de con trole am bien -ta l in tegra d o, o q ue, in clu sive, resp o n d er á em p a r te às exp ectativas d e in ter- s e t o rialid ad e d a Esc ola. Ta m b é m serã o o fere cid os cu rsos p ara g e s t o res dos p ro g ram as d e saú de d o tra b a l h a-d o r, qu e com p õe, m oa-d ern a m e n t e, o cam po a-d a saú de e d o am b ien te.

Está em cu r so a r evisão d o s vár ios cu rso s p resen ciais e d escen tralizados da Escola, in te-g ra n te s d estes b loc o s tem á tico s, c om o o s d e p l a n e j a m e n t o, re cu rsos h u m an os, gestão h os-p i t a l a r, gest ão d e u n id a d es d e saú d e, e os-p id e-m iologia geral, gran des en d ee-m ias, labora t ó ri o s d e saú d e p ú b lic a , e d uc a çã o em saú d e, saú d e am b ien t al, en gen h ar ia sa n itá ria e o u t ro s, visan do m elhor iden tificálos, em tem os de con -t eúd os e m é-to d o s p e d agógico s, à ori e n -t a ç ã o p ro g ram átic a d a Esco la de Gove r n o e q ue p o-d erão vir a ser tam b ém oferecio-d os n a m oo-d ali-d aali-d e à ali-distân cia.

Pesquisa est rat égica

e desenvolviment o t ecnológico

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siste-BUSS, P. M.

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Cad. Saúde Pública, Rio d e Jane iro , 15(Sup . 2):177-185, 1999

m as de saúde é um dos p rin cip ais desafios c o n -t em p or ân eo s p ara as in s-t i-t uiçõ es cien -t ífic as, p a rt i c u l a rm en te dos p aíses em desen vo l v im e n t o, ca ren t es e com escasso s rec ur sos p ara in -vestir em saú de.

Assim en ten den d o, a EGS/ ENSP tem en tre su as p r in cip ais or ien tações a p rod u ção d e um con ju n to am p lo e d iversificad o d e tecn ologias (in strum en tos, m étodos e técn icas) p ara o a p e r-feiço am en t o d a gest ão d e sist em a s, serv i ç o s, o rgan iza çõ es e p ro g r a m a s d e saú d e . Tal con -ju n to de recursos tem origem n a p rodu ção aca-dêm ica da ENSP (teses, dissertações etc.), t ra n s-f o rm ados em in strum en tos cap azes de ser i m e-d iatam en te ap reen e-d ie-d os p elos gestores e-d o sis-t em a d e sa ú d e. Ou , ain d a, n as p a rc e r ias c om a t o res d o siste m a d e sa ú d e q u e vem exp e r i-m en tan d o in ovações n a sua p rática d e gestão, t ra n s f o rm a n d o-a s tam b é m e m t ec n olo gias e m etod o logias a serem d ifu n d id a s p ara ou tro s am b ien tes d o sistem a.

Em 1998, a ENSP im p lan tou, com re c u r s o s p r ó p ri o s, um Pro g ram a d e Pesq uisa Estra t é g i c a e De s e n volvim en to Tecn ológico em Sa ú d e, c o m os ob jetivos acim a exp ostos. Ao p ri m e i ro ed ital ( E N S P, 1998b ), q u e fin a n ciou 20 p r oje tos d e p esqu isa e d esen vo l v i m e n t o, com o va lor m á-xim o de R$ 10 m il, acorre ram 51 p rop o stas d e g r u p os d e p esq u isa e p esqu isad o re s d a ENSP. Segu n d o su a q u a lid a d e c ie n tífica , re l e v â n c i a socia l e a d e q u a ção a os te rm o s d o ed it al (d e-s e n vo l ver m étod o, téc n ica ou in e-strum en to em saúd e p ú b lic a, com p ra zo d e fin aliza ção em 6 m e ses de trabalho), foram ap rovad os 16 p ro j et o s, cujos re su letad os foram rec en ete m en ete p u -b lic ad os n o Ba n co d e Rec ur sos Te c n o l ó g i c o s d a Escola de Gove rn o (ENSP, 1999b ).

O segu n do edital (ENSP, 1999a) foi lan çad o em ju lh o d e 1999, p ara fin an ciar 20 n ovos pro-j e t o s, n ú m er o im ed iat am en te a m p lia d o p ar a 25, em fu n ç ão d a gran d e d em an d a. De fat o, a p re s e n t a ram - se 68 p ro p o s t a s, que en vo l vem a p a rt icip açã o d e ce rca d e 180 p esq uisa d ores e alu n os da p ós-gra d u a ç ã o. Cad a p rojeto re c e b erá até o m áxim o de R$ 12 m il. Com o da vez an -t e ri o r, o s p r oje -to s ser ão ju lga d o s segu n d o a

q ualid ade cien tífica in trín seca, a relevân cia so-cial e a adequação aos term os do edital (idên ti-co ao an teri o r, m as fixan do-se em três eixos te-m áticos: con tribu iç ões te-m etodológicas à NOB96, à p rom oção d a saúde e à utilização de gra n -des ban cos d e dad os n acion ais).

C o n c l u s õ e s

As tr an siçõ es d em o gr áfico- ep id e m ioló gica e do siste m a d e saú de qu e atra vessa o Brasil c o-loca m d esafios d e re o r ien tação d o m o delo a s-sisten cial, com a n ec essid ade, en tre ou tros as-p e c t o s, de as-p rofu n da re n ovação e afirm ação das ações d e p rom oção da saú de, qu e in clu em , n o se u â m b it o, a t eor ia e p rát ic a d a in form a ç ã o, ed ucação e com u n icação.

As in stituições en volvid as com o in cre m e n -to d a ca p a cid a d e d e gove r n o – as Esco la s d e Saú d e Pú b lic a, re o rien ta d as n a d ireção d a es-t raes-tégia d e Esc olas d e Gove r n o – es-têm a m issão d e ca p acitar as lideran ç as e o p essoal d os se r-viços p ara a re c o n versão d o m odelo n esta dire-ç ã o, assim com o de p rod u zir con hecim en tos e tecn ologias q ue su sten tem este pro c e s s o.

A ENSP e, m ais re c e n t e m e n t e, um con ju n to d e o u tras in stituiç ões n a cio n a is, reu n id as em u m a ain d a in c ip ien te Red e Escola d e Gove rn o em Sa ú d e, estão revisan d o seus cursos p re s e n -ciais e in troduzin d o a edu cação à distân cia, assim co m o a p esq u isa estr atégic a p ara re s p o n -der a tais n ecessidad es.

Os resu lt ad os p re l i m i n a res d a EGS/ ENSP são b a sta n te an im a d ore s. A aceita ção d a p ro -p osta é geral n o in terior d o sistem a de saúd e e a p ro g ra m aç ão esta b elec id a vem se c um p ri n d o a con t en to, co m o cro n o g ra m a d e ativid a -des den tro do esp era d o.

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PRO MO ÇÃO E EDUCAÇ ÃO EM SAÚDE 1 8 5

C ad. Saúde Púb lic a, Rio de Janeiro , 15(Sup. 2):177-185, 1999

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Referências

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