T'NIVERSIDADE DE SÃO PAT'LO
INSTITIJTO DE FfSICT,
G,V
r l'11: ll/+
q
ti
I
!
Evidência Experlmental da
Existêncla
de una LlnhaMulticrlttca
DeLlfshltz
No Diagnama de Fase do l,fi¡pHanilton
José Bnu¡mttoDlssertação apresentada
ao
Instltuto
deFíslca
da Unlversi-dadede
Sã.o Paulopara
obtenção dotftulo
de Mestre em Clênclas.SBI.IFUSP
.
ilrilil ilil tütuuilillu
[l[t4|llilzuü tilil ilil ilil
-ts"
¿{t
$$ql"
0"t
ø.\
îf
FIcHA
cATALoGnÁrrCePreparada
pelo Serviço
de
Biblioteca
e
Informação
do
Instituto
de
Física
da
Universidade
de
São Paulo
Bnmatto-
Flaniltsr
JosenViAência
e:çerÍnental
daexistãncia
de unalrulticritica
deLlf$ritz
no diagrana defase do
sä
Pruro,
1990.Dissertação (Me-strado)
-
universÍrrade Oe Sao1o. fnstÍUrto
deFísica.
Departannnto OeFísica
IrÍateriais
e Mec'a¡rca.Área de
Cqpentração:
písica
do Estadosórioo
Orientador:
P¡¡ofsDr.
CarlosCastilla
Becer¡aLlniterrncs:
1.
Ponto deLifshitz;
2.
Pøtto
m¡lti-crítico; 3.
Fen&renoscríticos.
rrsP/rFlsBl
-
aslsoAGR^ADECII,ÍENTOS
Ao
Prof. Dn.
carlos
castrlra Becenra
pela
orrentaçã.o sempnepreclsa
e pelo
lncentlvo;
Ao
Pnof.
Dn.tação da amostra;
Valdln
Btndllattt
pela
aJudana
onlen-Aos
Profs. Drs.
Nel
F.
de
olrvelra Jn.,
ArmandoPaduan
Fllho
e
carlos
H.
ÌJestphalpelas
instnuçõesquanto
ao
uso dos equipmentos dolaboratórlo;
Ao colega vagner Bernal Banbeta
por todo
rncentlvo
epela
ajuda lnestlmável
na operação dos eguipamentos;Aos
colegas
Pascoal R. pedutoe Valdlr
Okano pelo apolo;RESUMO
O comportamento critico do tipo de Lifshitz somente
foi observado experimentalmente no sistema magnético ortorrômbico
MnP, o qual exibe pontos de Lifshitz uniaxiais de lsing ( d=3, n=l, m=l ). Dois Pontos de Lifshitz ( LP ) foram identificados no MnP. Um quando o campo magnético externo H é aplicado ao longo do eixo intermediário b, o outro quando H é aplicado ao longo do eixo
cris-talográfico a ( eixo magnético duro ). Ambos PLs ocorrem aproxima-damente à uma mesma temperatura ( T セQRQk@ ), mas a diferentes
valo-L
res de H devido à diferença na anisotropia. Neste trabalho fizemos medidas com o campo aplicado no plano ab do cristal. Duas
configu-o
rações foram estudadas: (1) com H formando um ângulo de 20 com o eixo b e (2) com H a 45° do eixo b ( e a ). O diagrama de fase
ob-tido usando técnicas de susceptibilidade AC mostra que, próximo à confluência entre as fases modulada, ferromagnética e paramagnéti-ca, são encontradas as mesmas caracteristicas nas fronteiras de
fase que as observadas nos diagramas de fase para H/
f
a e H/Jb.
A temperatura dos pontos multicriticos é T セQRPkN@L
Das análises do comportamento das fronteiras de fase
próximas a T obtemos o expoente de crossover セ]PNVQᄆPNPRL@ um valor L
consistente com o previsto teoricamente nos cálculos de Grupo de Renormalização. Estes dados sugerem que há uma linha de PLs
ABSTRACT
Experimentally pure Llfshltz cri ti cal behavior has only been reported in the orthorhombic magnetic system MnP which exhibi ts uniaxial Ising-Type Llfshi tz points LP (d=3, n=l, m=l).
Two LPs have been previously identified in MnP. One when the externai magnet i c field IH was applied along the intermediate b axis, the other when IH was along the hard anisotropy axis a. Both
LPs occurs roughly at the same temperature (T -121K) but at
L
different values of H due to the difference in anisotropy. In this
work we report on measurements made wl th IH appl ied wi thin the ab plane. Two configurations were studied: (1) with IH making an angle
o o
of 20 with the b axis and (2) wlth IH at 45 in the b ( and a ) axis. The observed phase diagram obtained using an AC
susceptlbility technique shows, near the confluence of the modulated and ferromagnetic phases with the paramagnetic phase, the
same characteristics of the phase boundaries found when IH is along
a and also along b . The temperature at the multicritical point is
T -120K.
L
From an analysis of the shape of the phase
boundaries near T we obtained a crossover exponent セ]PNVQᄆPNPRL@ a
L
value that is consistent with the found for IH along the a and the b
axis. This value is also consistent wi th the predicted theoretically from Renormalization-Group calculation. These data
f tso¡cu
tHrnonuçÃo
O PONTO DE LIFSHITZ E O MnP
1.1
O Ponto deLlfshltz
DADOS EXPERIMENTAIS
2.7
Estação Cniogênlca . . .2.2
Controlee
Medida de Temperatura2.3
Medida de Susceptibllldade Magnética .2.4
Sistema de Aquislçäo de Dados2.5
Orlentação da Amostra .2.6
Dados Expenlnentals1
1 3
3
7.2
Modelos Magnétlcose o
Campo de Ordenamento L21.3
0
I'lnP
777.4
O Expoente de Cnossover 251.5
Fl Apllcado no Plano(AB)
302
Campos
Criticos
Diagrama de Fase Expoente de Crossover Conclusões...
33 33 37 40 45 48 51 59 59 65 3 ANÁ,LISE
3. 1 3.2 3.3 3.4
APÊNDICE A
70 80
82
il{TRODUçÃO
O Fosfeto
de
Manganês(
MnP) é até o
momento oúnlco
slstema
magnétlco em que umponto
nultlcrftlco
de
Llfshitz
(
PL) fol
experlmentalmente observadoe
parao qual vártos
expoen-tes critlcos
foram
medldos. Foramaté o
¡nomento observados dolspontos
de
Llfshltz
no MnP: umno
dlagramade
fase
Campo Magnétlcovs Temperatura quando
o
campo(
Fl) é apllcado
ao
longodo
eixo
deanisotnopia
intermediárla
do cnistal (
eixo
b ), e outro
quando o campoé
apllcado ao
longo doelxo
cnlstalográflco a
que correspondeao
eixo
magnéticoduro.
Ambosos
pontos ocorrem aproximadamente à mesma temperaturaT-l2tK.
O
intuito
deste trabalho
é o
de
tentanestabelecer
uma conexãoentre
essesdols
pontosde
Lifshltz,
mos-trando
que anbos fazemparte
de
umalinha de
pontosmuLtlcrlticos
deLlfshitz
contlda
o
plano ab do dlagrama defase
HoxH"xT do l,lnP.Esta tese
está
dlvldlda da seguinte manelra:
começacom uma apresentação
teórlca
do
Pontode
Lifshitz.
Emsegulda
éfeita
umadescrlçäo do
IlnPe
dos resultados
obtldos para
o
PL no1.
O PONTO DE LIFSHITZ E O llnP1.1
O PONTO DE LIFSHITZO
ponto de
Llfshltz (
PL) é
um pontomultlcrltlco
que em um sistema magnétlco ocorre naconfluência
entre
uma fase uniformemente ordenada(
ferromagnétlca),
umafase
com ordenamento magnétlco noduladoe a
fase
paramagnétlca( ou
desordenada).
Afase
ferromagnéticaé
caracterizada
por
umvetor de
onda q=ge
afase
moduladapor
q+0.No diagnama de
fase TxP, onde
T é
a
temperaturae
Pum parâmetno
externo
(
conoa
pressáo,
por
exemplo), a frontelra
entne
as
fases
ordenadase a
fase desondenada
é
umalinha
de
tran-sições
de
segunda ordem( tinha
À
).
A
fnontelra entre as
fases ordenadasé
umalinha
de tnanslções de pnlmelra ordem, uma vez queela
separaregiões
com q=0e q*0.
O PL separaa llnha À
em doissegmentos.
No
prlneiro
segmento(
TÀ(P)) a fase
desordenada setransfonma continuamente na
fase
ferronagnética
e
no
segundo seg-tmento
(
T.(P)
) a
fase
desondenadase tnansforma
nafase
modulada.^
O
vetor
de onda go tende contlnuannentea
zero
quando nos aproxlma-mosdo
PL
por
um camlnhoao
longo
do
rano modulado
fltpl
da^
linha
À.Na
figuna
1.1a é mostrado um dlagnama defase
esque-mátlco
no plano
TxP.
Naflgura
1.1b
o
conportamentodo vetor
de(a)
PARA NO
DUL.
qlO /
/
/
I
/
Tì
/ \
Tl FERRO9oO
/
Èo
Þ
5l-É
ht o.H
PDlagrama de fase esqemåtlco Das vlzlnhanças PL. b) O veton de onda de equt I fbrlo da val contlnuànente à zero no PL.
P PL
Flg 1.1 a) to de Llfshltz
oo, 9o
lritnr
l,dc um
pon-fase
modula-O
PL
fol
lntnoduzido
teoricamente
por
Hornrelch, Luban e Shtrikman em 1g75t11.Este
tlpo
de
pontomultlcritlco
podeser
introduzido
através da
teorla
de Landaude transições de
fase.Para
isso consideremos
a
funçãode
densidadede
energia
livre
de Landau-Glnzburgpara um sistema lsotrópico descrito por
umparâmetro de ondem
escalar
ll.=
oÌf
2 +a, +a6
+"'+c
I(vu)2+H4 c
2
s(þr)
onde
os coeflclentes
o, . ",
poden dependerda
tempenaturaT e
deum parâmetro
externo
P.
Navlzlnhança
de
umponto
crftlco
comum, apenasos coeflclentes
or,
oa.
",
såo nelevantespara
o
estudo docomportannento
crltlco.
No pontocnftlco
aatroca
deslnal,
sendo coe cr
supostos sempreposltlvos
em todoo
lntervalo
deT
e
P.
Ofato
de
on senposltlvo
lmpllca
em quea
translção
seJade
segunda or-dem,. ", posltlvo
garante
uma magnetlzaçáo unlformeno
espaço nafase
ordenada.A
condição a"(T,P)=Odeflne
umaIlnha de
transição
de segunda onde¡n
(
À
)
no diagranna de fase.Se
o.
mudar deslnal
em algun pontoda
linha l,
tem-se o gue é
denominadode ponto tnlcrlti.ofzl.
Neste
caso
énecessánlo
consideran oarO para
assegunar
a
estabilidade
termodinânica
quando onaO.No caso
de
um
ponto
de Llfshitz
a atençãose
focaliza
noscoeflclentes
dos tenmos emgnadlente.
Devi-do à
dependêncladestes
coeflclentes
comT e P é possfvel
emprlnclplo
que,
à
medida que nos desloquemos sobrea llnha À,
em umdado
valor
de Pe
T (
PL,T, )
o coeflclente
c,
se anule
e
passe apossuir
valores
negatlvos.
Neste casoé
necessár1o, também,consi-derar
c_>O. 2' Oponto
en
que
lsto
ocorre
é
denomlnadode ponto
deLifshitz.
Naregião
do
diagnama em quecr(O,
o
termo em gradientede
ll
favorece enengicamenteo
surgimento de umafase
modulada, ondeq*0.
Aolongo
Ilnha
fitnl,
próxlmoao
PLo
comportanentodo vetor
de
onda
q"lfjtel I
e
a.="rito
peto expoentecrlttco
B,_:Êk
(1.2)
Neste caso, em que o
parâmetro
de
ordem
êo
númerode
componentesn
do
vetor
q é igual à
dimen-d espaclal dimen-do
slstema
e à
dlmensionalidade
n
doordem.
Entretanto para
sistemasanisotrópicos
n
podea d.
As
três
dimensõesm,
n e d
definema
classe
delq" I I P-PL I
isotrópico,
sional idade
unlversalldade
doPL.
Um tnatamentodo
modelode
Landauna
aproxl-mação
de
campomolecular
panao
PLfol
efetuado pon Mlchelson en 1977t31.EIe obteve
para
o
expoente pko
valor
F*=7/2. Michelsonobteve
tambénvalores
panaos
expoentescnitlcos F (
nelaclonadoco¡n
o
parâmetrode
ordem) e f (
assocladoà
suscepttbtlldade).
Na aproxlmação de campo médlo
estes valores são:
F=1/2e
T=t.
Outroresultado
lmportante de Michelsoné a
detennlnação da fonma dodia-grama de
fase
na vlzinhança do PL.Ele
obtém quea
linha
Tt(P),
umaIlnha
detranslções
deprlmelra
orden,
é
tangenteà
llnha
Àno
PL. Este pontoé
também um pontode
lnflexão
dalinha
I
No caso mals
genal,
quandon<d,
a
função dade deenergla
llvre
de Landau1.1
podeser escrlta
cono9(lÐ=a 24
Ìf+a
Ma+...+ca(Vrl{)z+c'(VUllde
densl-f1l.
( 1.3)
nesta expressão os operadones
V'
e
VU atuam em subespaços dedimen-sões m
e
d-m respectlvamente. Se apenaso
coeficlente
c.r
se
anulaem
( P., T. )
L-Ltsso
leva
ao apaneclmento de u¡na lnomogeneldadeespa-clal do
parâmetro de
ordemem
m
dlmensões, mantendo-se este homogêneonas
d-m dimensõesrestantes. Portanto
mê o
número decomponentes do veton de onda
q e o
ponto deLifshitz
correspondenteé chamado
de
pontode
Lifshltz
de
ordem ¿r. Quandon=l o
ponto
deLifshitz
recebea
denominação deunlaxial.
O
fato
do
vetor
de
ondaq
possuir
n<d conponentestem implicações lmportantes no tocante ao comportamento
crltlco
nas vizlnhançasdo
PL.
Neste casohá
necessldadede
lntroduzir
um par de. expoentescrftlcos
para substltulr
cada um dos expoentesr¡
e
vt1l
associados nespectivamente
à
funçãoe à distâncla
de correlação---.Eles
são
geralmente deslgnadospelos
subfndlces
4 (
assoclado aosubespaço
ø ) e 2 (
assocladoao
subespaçoB
).
assima distância
de correlação
{
ao
longode n
dlmensõesdiverge
com{o-€oltl-'o,
e-2
ao
longo
de d-n
dlmensões com €r-€o l tl-".
Aqul,
€o
é
obáslco
de lnteraçåo
e t a
tenpenaturaneduzlda.
pontanto, ao PL,o
volume(Or)
em que há correlaçäovarla
com:alcance próxlmo
(1.6)
(1.4)
Podemos agona
usar
o crlténlo
de
Ginzburgpara
de-termlnar
a
dl¡nensãomarglnal
aclmada qual
esperamos expoentesclássicos
( ou de
campo molecular)
para
u¡npl-tsl.
Segundo estecrltérlo, as
flutuações
(ôlt)
do
parâmetnode
ordemna região
deconnelação
Q.
ç devemser
despnezlvels
quando comparadascom
opróprio
parâmetro de ordem,t.
é:ôü) Ifn
(1.s)
(n€)
-
e|el-'-
€:lrl-Ù.-(<t-nru,
O
crltérlo
podeser
escrlto
en termos dasusceptibitldade
Z(t)
e
donfimeno de
spins
N(n€) cornelaclonados no volume n€'ot,Fzft) <
N(a€)rfft)
2
o<<
(
onde F
é
uma constante que lndepende de Çe
da tenperatura reduzidat.
ComoX(t)-t-T e ll(t)-tq,
onde7 e
B
säo
os
expoentescritlcos
assocladosa susceptibilldade e
magnetlzaçâo, obtemos:Para que
esta
relaçäo
seJavállda para
t
arbltrarlamente
pequeno énecessárlo que
T-wt
(d-n)v"+28<
0
de onde obtemosa
dlmensã.oman-glnal:
-1
¿ =(y+Z?-nnt +n
c { v2 ( 1.8)
i T=I,
B=7/2,Llfshltz fol
umponto
delivre
F
(T,P)E
(1.s)
vemos desta forma que
a dlmensionalldade
marglnal pana um ponto deLlfshitz
uniaxial é
d=4,5.
os
expoentesclásslcos
parao
ponto deLtfshltz
sâo vn=t/Ae vr=l/2.
Portanto:t1¡
d"=4+n/2
A teoria de
escala
para
pontos
dedlscutida
Honnneich"
B..r..t61.
Nas vizlnhanças
deLlfshitz
espera-seque
a
parte slngular da energia
possuaa forma
de escala genenallzada:F
(T, P) s2-a
l¿t
Lo=--o-( 1. 10)
"I
p
p
4
ondep.epsão
Ep(
temperatura reduzidacomblnações
lineanes dos parânetros
t
)ep:
P-P
L
L
e,
0 e
a¡. sãoos
expoentes de crossovere
docalor
especlflco
asso-clados ao PL. Deste nodo nas proxtmldades deste ponto
multlcnftlco,
o
camporelevante
tso devese
comportar emrelação
à
tempenaturacomo:
,:r'a (1. 12)
Hornrelch,
Luba¡re
Strlckmu.rr[tl u.rr"llzaramo
compon-tamento
crftlco
assoclado
ao ponto de Ltfshltz a partlr
da Hamlltonlanade
Landau-Glnzbung-llllson(
LGl,|)
usandoas
técnlcasdo
gnupode
renormalizaçãode l.Iilson
e
efetuando una expansão eme.=4+n/2-d.
ItA análise
mostra
que para un pL
anisotróplco
as relações de escala de Josephsone
Fisher
apropriadas são:t¡ P
mv +(d-n)v =2-u
42L ( 1. 13a)
T r= ( 4-r¡ o) v
o= (2-n
r),
.
( 1. 13b)e as
lels
de escala de Rushbrookee
l.lidom permanecem inaltenadas:q.L+ZPL+TL=2 (1.13c)
Em
prlmelra
ordemde
er,
ospoentes
crftlcos
de um PL nãolsotróplco
säonz=n;O+O(ez)
resultados
panaos
ex-I1¡ .
( 1. 14a)
( 1. 14b)
unlaxlal
pentencente à),
que
como venemos écorrespondentes pana v
(1.ls)
1"r]
t'
v2=2v
+2
+Para
umponto
de Llfshltz
classe
de
unlversalldade
(
d=3,
t=7,
n=1relevante para
este trabalho, os
valonessão:
ù 2 4 =2v =0.625+O(e2).l-MukameltTl
calcula
o obtendoa
expressão:Hornrelch
et aI
também fornecemvalores
em prlmeinaordem em e_ l' para
os outros
expoentescníticos,
são eles:ar=O.25, Fr=O.25,
TL=L.25,
ôr=5.0e
F*=0.5expoente Êk
até
segunda ordemen
el,
F*=L*
11r¡2+36m+16 48 m+2 z+
o(c3) (1.16)os
expoentesescala:
Mukamel obtém,
de
crossoyer
dotambém,
por
argunentosde escala
quevetor de onda
obedecema
nelaçã.o deôF*=v o (1.17)
obendo, asslm, em
prlmelra
onde¡n decr:
S=0.625.O expoente un
fol
calculado
en segunda ordem
de
",
panao
casolsotróptcotl¡
e
venlflca-se
quea
alteração
do
seuva-lor
nãoé slgnlflcatlva
comrelaçåo ao
valor
empnlneira
ordem de1.2
I'{ODELOS MAGNÉTICOS E O CAMPO DE ORDENAMENTOA
ocorêncla de
um ordenamento magnétlco moduladopor
umvetor
de ondaq
fol
primelramentedlscutldo
lndependentemen-te por
K"pIanfsl,
vlllalntsl e
Yoshlmorltlol.
usandoa
apnoxlmaçãode
campo médIoestes
autores
mostrarameuê,
quandoocorre
uma competlçãoentre
lnterações
fenromagnétlcas( J, ) e
antlfernomag-nétlca ( J2), uD
ordenamentodo tlpo hellcoldal pode
serenengetlcamente
favorecldo em relação a um
ordenamentoferromagnético.
Esta sltuação
ocornea partlr de
um determinadovalor
rco da relação t<=Jr/Jr. Nesta apnoximação rco=-g.25.O
estudo
das
propriedades
nagnétlcas
e críticas
dessa
classe de
modelos,atualnente
denomlnadasde
modelos ANNNI(
Axiai
Next Nearest NeìghborsIslng ),
temsldo alvo
de
un grandenúmero
de
publlcaçõesnos
últlmos
anos.
Osprlnclpais
desenvolvl-mentos relaclonados
a
essaclasse
de nodelosfol
recentementerela-tado
por Selketttl
n.r*anttgo
de revlsäo.A Hamiltoniana para um modelo ANNNI nuna rede cúblca
tridimensional
tema
forma:*=,
-f[
onde
Jo(ô)
nepnesentaa
lntenaçã.o ferromagnéttcaentne
os
splnsprlmelros vizlnhos
de um nesmo planoxy.
Ao longo doelxo
z,
entne-tanto, os
splns
possuemlnteração
fennomagnétlcaJt(ô')
entne
osvlzlnhos
mals pnóx1mos,e
antlfennonagnétlcaJ2(ô")
entneos
segun-dos vlzlnhos.
Devldo
à
competlçãodas lnterações
ao
longo
de
z
aordem
hellcoidal
é
energicamente favonecldaa
partlr
de umdeterml-nado
valor
da relaCâo t<=J¿/Jr.A
tntrodução de uma lntenaçãocompe-tltlva ao
longo
da dlreçåo
z
tem como conseqtlênclaa
reduçã.o docompnimento de
correlaçäo
nesta dlreção quando comparado como
com-prlmento de
correlação
no planoxy. Isto
faz
com queo
comportamen-to crftlco
passea ser descrito por dois
paresde
expoentes (A,u).Este
tlpo
de Hamlltonlanaexibe
um ponto deLlfshlLz
do
tlpo
unia-xiaI.
A poslção
do
PL em um nodelo ANNNI podeser
locall-zada com
certa
precisão
a partlr
de
expansõesde
séries
emalta
temperatur"=tt'l
obtém-se
*r=-O.27OtO.OO5,valor este não
multodiferente
doobtido
na ACM(
aproximação de canpo médlo ).A
flguna I.2 llustna
as caracterlsticas principals
de
um diagnamade
fase
T
vsK
pâpâ um modelo ANNNItrldlmenslonal
em uma
rede tetragonal
com Jo=Jr)O.Esta
figura lndica,
além dasfases
paranagnéticae
ferromagnétlca,
um ondenamentoantlfase
ondeos spins
se ordenan no tlpo
<2,2>( f]JJf|JJ ) "
umareglåo
ksT/Jr
6
4
2
0
0 0.2
0.4
1T
0.6 0.82
1.0
)t=
-
)21)1
Flg 1.2 Dlagrana de fasc TxK pàrà o mdelo ANNNI trtdt¡renslonal em uma rede tetragonal. Refcrêncta 11.
O efeito de um
campomagnético conjugado
aoparåmetro de ondem no modelo ANNNI
fol
estudado por Coutlnho-Filhoe
de-Mou.u.[tt] e
Yokoi,
Cout inho-Fllho e
SaI lrr.=t tnl. A
f igura 1.3a esquematizaos resultados
pnevlstosatravés de
um diagnama defases
no
espaço PTH.. Próximo ao PL, umasupenffcle de
translções defase
en forma defunil limita
a
região
onde exlste a fasemodu-lada, esta superflcle corta
o
plano Il=O
emfltpl e
T-(P).
Próxlmo rc^lde T.
(P) as
transições
paramagnética-helicoldal sãode
segundaor-^
dem,
e
duas
linhas de
pontos
tnicritlcos (
TPsuþerficie de
translções
de
segunda ordem dee
)
separan auma
superficie
detranslções
deprlmelra
ordem. TP, e TP, convergem paraPL.
A flgura1.3b
nostra
umcorte
do
dlagranada
flgura
1.3a
a
P<P'. constante. Neste diagrana(
T"H
)
pode-se observar os pontostnicriticos
per-TP 1
/
\
/
\
(
-- '-"-tt
-ìAODUL
12,21
ANTI
PHASE
FERRO
-MAG N ET IC
T,
(xl
PARAMAG
N ETII
tencentes
às
llnhas ondem(
aclma de TP,TP
2 ).TP,
e
TPr, as
curvasde
tnanslções
de
segundae
TP,) e
de pnlnelna ondem(
abalxo de
TP, eT T
t(
À
T^n TT
P T
\
tFlg 1.3 Esquern do dlagramà de fase nas proxlnldades do PL, con o
campo conjugado ao campo de ordenamento presentc.
Abalxo de
T^(P)
(
1.é,
abaixoda
linha
de transiçõesde segunda ordem Ferro-Pana
) e
Tr(P),
o
plano
Íf.=O corresponde àsuperfície de coexistêncla
entre
duasfases
ferromagnétlcas
(
háuma
equivalência
entre as
direções
paralela e antiparalela
àdireção
do campo de ordenamento ).Na
região
onde
PtP,
nenhumatransição ocome
comff.*O.
Esta sltuação
é
análogaà
queocorre em um
ferromagneto numcampo externo
apllcado
ao
longo
da
dlreção
de
fácll
magnetlzaçáo(
Hlt).
No diagrama defases
H,,xTa
llnha
sobreo elxo
Hll=O, que seextende de T=0
até
T",
correspondea
unallnha
de coexlstência
en-tne
as duas fases ferromagnétlcas(
11"
JJ
), e
tambéma tr-ansiçåo
somente ocorre quando Hll =0.
P
TP TP
z t
/
TI
Expenlmentalmente, guando
exlste
uma componente docampo
ao
longo da dlneçäo defácll
magnetlzação de um fenronagneto,o
quese
observaé
umforte
arnedondamento nosplcos
dascurvas
desusceptlbllldade,
este
plcos
caracterlzam
as
translções
de
fase.Isto
senádlscutldo
no
próxlno capftulo
e
será
utlllzado
como unmétodo
eficlente
paraorlentar
as
annostras, vlsandoellnlnar
a
1.3
O MnPO MnP, Fosfeto de Manganês,
é
um compostometállco
epossul
umaestrutura
ontorrômblca comos
seguintes
parâmetros de."d"[ls],
a=5.924, b=5.26Äe
c=3.174. Aflgura
1.4
llustra
a
estnu-tura
docrlstal
de l,fnP comas
dlsposlções dos átomosde
lfn e P
in-dlcadas.m5b
t_
T-0050
.3tnI
o .5 $71
Flg 1.4 Estnutura crlstallna do l{nP
Na ausência de
un
campo nagnéticoextenno,
o
MnP seo¡'dena ferronagnetlcanente
a T.=291K,
coma nagnetlzaçáo
espontâneaparalela
ao
eixo
c, o
elxo
fáclÌ.
Os elxosa e b
são
nespectiva-menteos elxos
duroe
lntermediárlo.
En To=47Ko crlstal
passaa-través de
uma transiçã.o
de prlmelra orden para
uma fase
hellcoidalIt"],
denomlnadade fase
Screw.
Estudosreallzados
comuma notação completa no plano
bc
em urn penfodo dega
(
T=4.2K).
Aestrutura
observadaé
mostnadana
flgura 1.5,
onde cadaplano
re-pnesentaa
poslçã,odos
átomosde
Mn. Os planossão
separados por0.la e
O.Aa, dentnode
cadaplano
o
ordenamentoé
ferromagnétlco.Entre
os
planos separadospor
0.la
ocorre
uma mudançade
aproxlma-damente
20" e
entneos
separadospor
O.4a ossplns
såoparalelos.
Ftg 1.5 Estrutura rnagnétlca da fase Bcrcw a {.2K. Os sptns cm
cada plano bC são paralelos, o vetor de pnopagação tc¡r¡ dlreção,Í1.
Vários
estudos
das caracteristicas
do
diagnama defases
do l'{nP na presença de campo magnétlcotên
sldo
feitas.
O tna-balho de Shapiraet altttl
fo.rr.ce
um estudo parao
campo magnétlcoparalelo ao eixo
b.
A
figura
1.6
mostrao
diagramade fases
paraU//A obtido
neste
trabalho.
Umaoutra fase
modulada, alémda
fase Screwocorre
quando HAestá
presente, esta fase
é
conheclda por Fan.Aqui
o vetor
de
propagaçãoq
tambémé
panaleloao
eixo "ltnl.
Na
fase
Fanos nomentos
magnétlcos oscilam no planobc
sem efetuaruma
rotação
completa,e o
perlodo
depende do canpoe
da
temperatu-ra.
As fnonteiras defase
Screw-Fenro, Screw-Fane Ferro-Fan são
deprimeira
ondem,e o
pontodefinido
pelo
encontno destastrês
llnhasé
um pontotriplo
ordinárlo
(
TPtriple
point
).
Asfnonteiras
Fen-Q4o
Qto
ro-Pana
(
HÀ(T)),
"Fan"-Para encontram nunponto em
tornot
(
H,(T)
) e
Fen¡'o-"Far?"(
H(T) )
se^t
de
T =721K eestas
frontelras se
tangenclame a
llnha À
fritfl )
possul
umponto
de
tnflexão.
Llfshltz (
PL),
comrr.¡=t,
conforme"It2ol.
fot
mostradopon Becerra et
Este(
Formadaponto
épor
HÀ(T) e um ponto de,rc.O0 30.00 0)
o
{zo.oo
h{ t¡t 10.00 0.00250.00
300,00Temperatura
K
Fl9 1.6 18Dlagrama de fases pàrà Wlb. Os dados são da referêncla
l.2Ll
TaJima
et
al
reallzan-an medldasde
espalhamento de nêutronsafl¡n
de obteras
curvas de dlspersão de ondasde
spin. As medidas foramreallzadas
a
camponulo
e
para
temperaturas entne 38Ke
150K. Os dados foramanalisados
emternos
de
um modelo de momentoslocalizados
envolvendoduas constantes
de
exchange para debcreveras
lnterações
ao
longo
da direção
a ( .f e ,t- ).
t2 Neste modelo cadapar de planos
separados de 0.4a, que na fase Screv têm seus monentosparalelos,
é
tratado
como umúnlco
plano.
Oajuste
dos dados experlmentals às expressões de curvas de dlspensãocalcu-o
ooo
oo
SB
ç
oo FERßO o
o o
o
o o o FAN o ø PARA o o o o MnP H//b
oo
ladas no modelo mostra que
as
lnterações
efettvas
,{ e I
sãocom-petltlvas.
A
razão*=4Æ
dependeda
tempenaturae
cruza
o
valor
ß-=-0.25 L..L numa temperatura pnóxlma
a
T-.
Notrabalho
de TaJlmaet
al
o
obJetlvo pnlnclpal
era expllcar a
exlstêncla da
fase
¡nodulada(
Screw) a
balxas
tempenaturas,e
não percebenanna
nelevâncla
doresultado
quehavla
encontnado queé
uma conexão do PLdo
llnP comos pontos de
Llfshltz
de
Islng
unlaxlals.
Após
a
pnopostafelta
por
Becerraet
altzo¡
da
exls-têncla
de un PL no MnP, Yoshlkawaet
alt221 to¡naramde
novoo
pro-blema
a flm
de
verlflcar
mals
culdadosamenteo
compontamento darelação
*=1/4com
a
temperaturaao
longoda
ltnha
Hifrl.
A ftguna1.7 llustna os
resultados
obtldos no
dlfnatômetro
de
nêutnonsBrookheaven,
a
pantir
do estudo das curvas de dispersão de ondas despin,
para H=0e H//b
ao
longo aeffi{f).
Esta
flgura inclul
os
da-dosobtldos por
TaJimaet
al.
o,?e
o.27
I
o.zt
o,zo.2 |
MnP
T (KI E a
TIXI
temperatuna
da nclação
lol
Tc
200 500
lb,
o ll .O . \ lino o,ô To¡¡mo clol.
?oo dos de a o c Ttt I o roo 25 20 t5 o
E
---l--l+-*-
-l-
-3
soo
o roo
Flg 1 .7 Dependêncla corn à
exchange obtlda pela anál lse spln no l{nP. Referencla 22
Note que
a
presençado
campo magnétlconåo lnflut
slgnlflcatlvamente
sobreo
parâmetnoK.
Comestes trabalhos
pode-seestabelecer una
relaçäo
entneo
PLdo
IfnPe
um PLusual.
O PL doI'lnP pode
portanto
ser
assosladoao
obsenvado em modelosdo tlpo
ANNNI. Comonestes
modeloso
parâmetnoP
conrespondeà
nelação*=qÆ,
e
como no I'lnPesta
nelaçäovarla
lentamente coma
tempera-tura
assumlndoo
valon cnltlco
rc=-O.25 pnóxlmoa
Tr=120K, podemosentäo
dlzer
queneste
materlal
o
papel do parâmetro Pé felto
pela tenperaturaT.
Avarlável
tenpenatura do modelo ANNNIe
dos ¡nodelosde Landau
recal
neste
caso sobreo
campo magnétlco HO, umavez
queeste
pode, aclma decertos
valonescnltlcos,
levano
slstema para afase
desordenada comofaz a
tenperatura nos
¡nodelosdescrltos.
Aconexão dos modelos
do
tipo
ANNNI como
comportamento observado no ì4nPfoi
explorada teonicamentepor
Yokol, Sallnas
e
Couttnhot23]O comportamento
de
q ao
longoda
frontelra
nirrl
epnóxlmo
ao
PLfoi
estudadopor
Moonet
alfzal Aflgura
1.8
nepro-duz seus
resultados para
g=qa,/2tt em função deT.
OaJuste
do tlpo
ô=k(T-T.)F*
e
nepnesentado naflgura
por
umallnha contlnua.
NesteL
ajuste
obteve-se F*=0.44t0.05e
Tr=121.7!7.3K.Ajustes posteriores
efetuados com um número maionde
pontos experlmentals mostnam queF*=o.48OtO.O13t2s1.
Estes resultados para Fk são
coenentes com oesperado teorlcamente para um PL.
O
expoentecritico
a_
fol
medldo recentemente ponL
Bindilatti et
aIt261.
Eles
anallsaramo
comportamentodos
valores do expoentede
calor especifico
& paraas curvas
IvsHO próximas aoPL. O
valor
encontradofoi
de cr=O.4610.03. Estevalor é
maior que oesperado em
primeira
ordem deer:
crr=0.25, masestá de
acordo comas.estinativas
de escala baseadas nos valores experlmentaisde
@ eIEAST-SOUARES FIT ¡ . XllL-r l'l
¡ ALO¡¡ t Lle
TL.l¿1.71 l.l¡
!¡'ûa¡ltOOl
ool
qor
-ooa
oo2
o þo
aao
IEIIPIRAIURC IXI
120
Flg 1.8 ô=qA/zlf na frontelra Fan-Pàna ên¡ função da temperatura.
llnha sóllda é um aJuste cotn à cxprcsÊão tcórlca. Referêncl¿ 24.
90
A
A
possibllldade
daexistêncla
de
outro
PL paratl//a
passou
a ser
lnvestigada.
Shaplraet
al127lfizeram
estudos
nestesentido.
Afigura
1.9
mostrao
dlagrama defases
paratl//a
que elesobtlvenam. Com
o
campona direção
a
duasoutras fases
ordenadas,100.00
80.00
o
60.00o
J'(
tr
4o.oo20.00
0.00
0 10
250.00
J00.00Temperatur
Fl9 1.9 27.
Dlagrana de fases pàra H.//a. Oa dados gão da rcferêncla
A
figuna
1.10 mostraa
seqtiênclaespiral -
"cone"-"fan"
-
para pana um cresclmento contlnuo do campoU//^.
É esperadoque
a fase "Cone" seJa
eIlptlca,
e não
clrcular,
devldoà dlfenença
entre
as anisotroprlas
dos
eixos. A
componente,"
deveser
¡naiorque
,tb,
e
nafase
"Fan" deve-seter
no=O. À medida queo
campoex-tenno
paralelo
aoeixo a é
aumentadoa
componente no devese anuLar
pnimeiro,
umavez
que adiferença
deanisotropla
entre
a
direção
ae adireção b é
menor queentre
adlneção
ae
adireção
c.
Oslste-ma passa então para
a fase
"Fan". Para canpos suficientementealtos
m
tendeà zero
(c
n" O
),
ê o slstema passa
então pana a fase pana-maþnétlca quando m.=0200,00
a
(K)
oo
oq
'FAN' PARA o o 'c0NE' FEBRO o o o %.v
oM
oo\
o % 8 o o o oæ MnPPARA
FAN NARROWS
FAN
CONE
mc> frb
CONE
SPIRAL
H.O
Fl9 1.10 Esquema da evolução
con o lncreu¡ento contf¡uo de ll//ã. cspcrada pàrà a cstrutura nagnétlca
O ponto de confluêncla
entre
asfases
Ferro-Fan-Paraé stmilan
ao PL emtl//b.
Asfrontelras
se encontram tangencialmentee o
ponto sesitua
no ponto deinflexão
da curvaÀ.
Embora não haJa estudos sobreo vetor
de
onda paraesta
conflguraçãode
campo, ascanacterlstlcas do
dlagnama defases
lndlcamser
este
ponto
um PL(
Apartir
de agorao
ponto deLtfshilz
no diagnamall,xT será
deno-mlnadode
PL,
e para o
diagrana
H^xTde
PLz),
comTr=I2Ik
eHro51kO".
0
camponesta
configuraçäoé
maior devidoà
malonaniso-tropia
relaclonada
ao elxo
crlstalognáflco a. Becera et
allzBlestudaram recentemente
o
ponto
trlplo
de
encontro
entre as
fasesordenadas
para
esta direção
de
campo.As
fronteiras
entne
a
faseferromagnética
e as
fases
noduladassão
de primelra orden,
mas afrönteira
entre
as fases
"Cone"e
"Fan"é
de
segunda ondem. O queclassiflca o
ponto
tniplo
cono umponto
crlttco termlnal (
CEPcrltical
endpoìnt
).
Umtrabalho
a ser fetto vlsa verlflcar
comoT.4
O EXPOENTE DE CROSSOVERNesta seção apllcaremos
a teorla
de
escala
no
dla-gramade fases do
l4nP.A
prlncfplo
vamosconslderar
o
dlagrama defases de
um fennomagneto num campo magnétlcoperpendlcular
(
Ha )ao
elxo
fácll.
O dlagnamaestá
esquematlzadona flgura
1.11.
Pana Hr=Oa
llnha
sobreo elxo
H,, gue se extende de T=0até a
tenpenatu-ra crltica
deCurle
( f
c)
correspondea
umalinha de
coexistênclaentre as fases (
11
) e
(crftlco
emT=T
cc Próximoa
TJJ
).
Esta
Itnha t,ermlna
num pontoo
compontamentocrftlco
pode sendes-cnito
em termos doeixo
de escalatérmlco II;(T-Tc)fr"
Aoconside-rarmos H
I
crlt
lcos( linha
Àa
temperaturaT"
passaa
dependerde
Hr, e
os
pontos(Hr)
formam umalinha de
tnanslção
de
segunda ordem.
A superficle
H,,=0 cornesponde agoraa
uma supenfíclede coexistêncla
através
da
qual as translções
sãode
prlmeira
or-dem. Agora
o eixo
de escala
F.
deixa de
ser
paralelo ao
eixo da
temperatura, passando
a
ser
uma comblnaçãode
t e h, (
temperatunae
campo reduzidos).
AanáIlse
do conpontamentocrftico
ao
longo dafronteina
defase exiJe
queelxos
de escalas aproprlados seJamde-finldos, e a
escolha
desses eixos é discutida por RiedeI
et 291 wegnen
Confonme sallentamos,
a
"distância"
ao pontocrltico
no-
plano
HrxTé
medidaao
longodo
elxo
térmico
pt. A
princlpio
este elxo
térmlco
pode assumlr qualquerdlneção, exceto a
direçãotangente
à
cunvaÀ.
Os expoentescritlcos
obtldos
pana as grandezastermodlnânicas quando
nos
apnoxlmamosdo
ponto
crltico ao
longodesse
eixo
devenser
lndependentesde
sua orlentação
no plano,
o *OT
que
deve
dlferlr ê a
larguna
da
reglåo
emque
o
conportamentocrltlco asslntótlco é
obsenvado. Deveexlstln
portanto
u¡n elxoótlmo de
escala que naxlmlza essaregläo.
Uma dlreçã.oposslvel
doelxo
térmlcoIa é a
onlentação sempre perpendlcularà
curvaÀ.
Des-ta
fonma, próxlmaà
neglã,o em guea
curvaI
é
pratlcamenteparalela
ao
elxo
To
eixo
tr. é
pnatlcamenteparalelo
aoelxo
Hr,
podendo comboa
aproxlmaçãoser escrlto
como pt=(Hr-Hr")
þr.. A
f1gura
1. 11mostna
a
colocação doeixo
térmico emvárlas
reglões
do dlagrama defase
do fenromagneto. A conexão do dlagrama defase
do I'fnP como
deum ferromagneto num campo tnansversal
é
lmedlata,
confonme pode serverlflcado
comparando os dlagramas dasflguras
1.6
e
1.9
como
dla-grama da
figura
1.11. O
na¡no TÀ(H) do I'fnPé
semelhanteao
dlagramado femomagneto num campo tnansversal .
HI F,
uL
Flg 1.11 Dlagràmà de fasc de um fcrronagneto representado e¡n vártas reglões da curva À,
Linha
Àu ,t
lr
T
O elxo térmlco está
t
T c
H
Conforme
vlmos anterlormente,
na teonla de
escalapara pontos
multlcnftlcos
deLlfshltz (
e
tambémpara
pontosmultl-crltlcos
de
outra
natureza)
consldena-se quea parte
slngular
da enengialivre
tema
forma:,tp
7,
FE(T,Ð-p?-ettrl
(1.10)onde
¡r. e
rp ¡r_ sãoos elxos de escala. A
escolha
desseselxos
panapontos
trlcrftlcos é
dlscutlda por Rledel
e
Wegnene
para
pontosbicnltlcos
ponFishe.t"ol.
O pnocedimentousual
é
escolher
um doselxos
(
no caso Fo)
como tangenteà linha À no
pontomultlcrfttco
e
outno
( p. )
-t enoutra
dlreçåo
que não seJa tangenteà
linha
À.Na
figura t.LZ
estäo ilustnados
os eixos lrt e
þ,para o ponto multlcrftico de Lifshitz
associado
aos
nodelosteóricos
(
1.12b)
e o
associado ao l'lnP(
7.72a).
A expressáo7.t2
pode sen neescnlta panao
I'fnP como:lil=*,^tlil'o
(1.1s)nesta
expressäoos elxos
i
" i
representamos eixos
F. u
Fo.
EstaIei
descreveo
compontamento dosdols
ranos
da
cunvaÀ.
Espera-seaqul
queeste
comportamento seJaválldo
em umaregião
próxima aoPL, de
forma quenesta
neglãoseJa lnclulda a
curva
Hl(T), l.é
a.Iinha
de
pnimeira
ordemse
aproxlmado
PL como
mesmo expoente 0que
as linhas À.
Ofato
dacurva Hl(T)
atinglr o
PL tangenciando aHb
(o)
H
T
(b)
*
*
À
ILP
I
Flg 1.12 a) ElxoE dc cscala t c p pàrà o PL no ltnP c b) Elxoe de T
PARA. PARA.
p
FAN HEL.
TT À
FERRO. FERRO.
Hl
T
escala tsa, . PO pàra un PL.
HÀ-H,
=
á(T-T¡-)+
ßr(T-Tr)t/A (7.ZOa)t^-t,
=
á(TL-T) + 8r(Tr-T) L/0 ( 1.20b)Hl-H, =,{(TL-T)
*
ß3(TL-T)"0(t.Zoc)
onde
I
é o coeflclente
angular da tangenteàs
frontelras
defase
noPL,
-dVb/dT,
e ß,
são
constantes.
Destas equações,e
para
T<TL,subtraindo
1.22b de 1.22c pode-se chegan a:t^-t,
=
3(T¡--T)t/0P
A
equaçåoaclma
possul
apenas
três
parânetrosaJustávels:
T, (
Tenrperatura do PL), 0 (
expoentede crossover
)
ea
constante8.
Esta expressãofol utlllzada
para
a
detenmlnaçäo doexpoente
de
crossover papao
PLdo
l'lnP emvárlos trabalhos Já
pu-bllcados.
Uma compllaçãodestes
resultados
será
apresentada no1.5
[I
APLICADO NO PLANO (AB)A flgura l.l2
mostra
o
dlagramade fases
H"xHOxTpara
o
MnP, ondeestão
representadosos
dados dasflgunas 1.6
e1.9, e
lndlcadosos
pontos deLlfshlLz
PL,e
PLr.
Aexlstência
des-ses dols
pontoscoloca
lnedlatamenteo
problemade
sua
conexã.o. Épossfvel
queeles
esteJam conectadospor
u¡nallnha
de pontosnultl-crlticos
deLifshitz. Isto é
indicado
naflgura pela linha
queco-necta
os
pontos
PL,
e PL.. A
exlstêncla desta
llnha é
plauslvel
devido
à
semelhança nos dlagramasde
fase
para D1//ae U//a
nasre-glões dos PLs,
e à
fnaca
lnfluêncla
que
o
campo ül tem sobre anelação
x=Jr/J..
Anlgor
essesdols
fatos
estão
lnterrelacionados.
O
maior
campo em gueo
PLzê
observado paratl//a
se
deveà
maloranlsotropla
assocladaa
esta dlreção. Na
flgura
1.12
estäo
lndlca-das,
também, as dlreções de canpoaplicado
que serão estudadas90.00
20
60.00
q)
oi(
¡
+6
\
50.00\ro'l
.00
J0.00
\\
60.00Flg 1.13 Dlagrama de fase HUxHOxT. Indlcando uma posslvel I lnha de
PL e as dtreções de H a seren estudadas neste trabalho.
ù
r(r()
I
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A
dewars montados
figuna 2.1.
estação
cnlogênlca
utillzada
ê concentricamente conforme está2.7
ESTAÇÃO CRrOGÊNrCA2.
DADOS EXPERII,ÍENTAISformada
por
três
esquematlzado naO dewar
mals
externo em
aço inoxidável abriga
ummagneto supercondutor
H,
de NuTr, com campo nomlnalde
70kOe. Este solenóldeé
utlllzado
paragerar o
campo externo ü1. Neste espaço étransferldo
héIlo
lfquldo
para
resfriar a
bobinaà
temperatura deopenação. Pode-se, quando
necessário, através
de bombeamento,dimi-nulr a
pressãode
vapor dohéIlo
aflm
de
esfriar a
temperatura dobanho, e operan com
a boblna
a
ca¡npossuperiores
até
9OkOe.Um
segundo
dewar B,
também denominado
deintermediário, se
situa
na regiåo
útll
da
bobina
supercondutora.Este dewar, tanbém de aço
inox, possue una
válvula
de tnansfenênciaV para
troca
de
gás
ou liquido
como
dewarexterno.
Neste dewarestá
instalado
umcillndro de coil-foil|3rl F
cuJafinatidade
é
ade.homogeneizar
a
temperaturana
reglão
do
espaçoútit
da
bobina.Isto é felto
sem que ocorna pendasdevldo
a
corrente de Foucault
induzida
pela
variação do campoFl.
Sobre esse cojl-foìl
estão
ins-talados um termômetro
e
um aquecedon,e na
haste que
o
suportalfquldo.
Este
dewarestá
conectadoa um
slstemade bombeamento
que permlteresfnlar o
banho dehéllo,
quando necessánlo,ou
manten umfluxo
de gásfrlo
atnavés daválvula
detransferêncla
V.Flg 2.1 Desenho esquenÉtlco da cstação crlogêntca utlllzada.
K
B
ÊF
c
H
P
6
s
Tl'1
U
^'
\/
I
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I
Concêntrlca ao
clllndro
docoll-fot]
está o
tencelnodewar
C, este
devldno pìrex.
O dewar devldro
abrlga
o
quedenomi-namos de espaço
experlnental.
O espaço experlmental nåopossul
ne-nhuma conunicaçãolntenna
como
segundo dewar, masestá
llgado
ao mesmoslstema
de
bombeanento. Cada espaçopossui
umaválvula
deagulha lndependente para
o controle
de
bombeamento. O dewarde
vi-dno possul paredes duplas sonente
até
uma determlnadaaltura,
acl¡nadeste ponto
o
deutar passaa ter
paredeslmples.
Isto
permlte
quehaJa um
contato
térmlco
entre este
espaçoe o
dewarlntermedlárlo.
O dewar de
vldro,
devldoà
sua llmltaçã.o no comprtmento,é
llgado
aum
tubo de metal.
A
Junta
ondeocorre
a
llgação
ê
denomlnada dehousekeep.rl"'l
K.
Na
panedeexterna
da Junta
housekeeper estãolnstalados
um ternômetnoe
um aquecedon.O conJunto de medlda
de
susceptlbllldade
(
pnlmárlo Pe
secundárloS
)
está
nontado nocentro
da boblna supercondutora. Oprimário
é
um solenólde deflo
AWG 35 com 5689voltas,
tendo 15cm de conpnimento pon 2cm de diâmetrolnterno.
Oprimárlo
gera umcam-po de
excitação
de 4.76.10-3Oe/mA.EIe
fol
montado naparte
externado
dewarde
vidro.
O secundárioé
constltuido
pondois
solenóidesde
flo
AWG44
com 3400voltas
cadallgados
emoposiçåo.
O compri-mentototal é
de
28nm comos centros
dos solenóides
separados em12mm.
0
secundárioflca
no
lnterlor
do
espaçoexperimental
e
está centrado comrelação
aopnlnárlo.
No corpo do secundánloestão
lns-talados
dols
termômetros Te
um aquecedor. A amostral{ é
montada na extne¡nidade de uma haste que externanente podeser
¡novidavertical-mente
no interior do
secundár1o.Na
haste está instalado
umternômetro G de CGR
(
Carbon Glass)
colocado emcontato
dlreto
coma
amostra.Nesta
estação
cniogênlca, não é possivel
umaadmissão
direta
de liqüido
no espaçoexperimental.
Paraa
obtençäoa
Junta housekeeper, de formaa
llquefazeÍ.
o
gás quandoeste
entnarem
contato
comas
mesmas.Para
lsto,
uma admlssãode lfqüldo
nodewar
lntermedlárlo
até a altura
da
Junta
será
o suflclente
pararesfrlar
estas
paredes. Uma vezllquefelto,
e
através
debombeanen-to,
pode-se
nesfnlar o
banho
até a
temperatura deseJada de
operaçäo.
Llgados
a este
espaçoexperlmental
estäo
dpls
slstemas lndependentesde
gâs,
umde
He{e outro
de
Hes. Com He3lfqttldo,
por este
processo,é
possfvel
atlngln
temperaturas da ordem de 0.4Knesta estação.
O
solenólde
supercondutorfol
constnuldo comflo
deNuTt,
e
podeatlngir
campos de0 a
70kG(
T=4.2K).
A homogeneidadedo canpo magnétlco no seu
interlon
é
de unaparte
em 10.OOO, en unaesfera
de
uma polegadade
dlâmetno. O solenóldeestá
suspenso ponhastes que possuem em sua extnemldade parafusos
para aJuste da
al-tura.
Destaforma
pode-se aJustano elxo
da
boblna
emrelação
àventlcal.
O aJustepermltido
é
da ordem de4o.
Isto,
comoserá
v1s-to,
é
essencial para
a
real lzaçáodeste
trabalho.
A medida dovalor
de campoé
felta
através
da nedida da cornente que passa na bobina.Esta corrente
passa
pon
umshunt Junto
à fonte de
conrente.
Oshunt,
poF suavez,
fornece uma tensåoproporclonal
à
corrente.A
estação
possul controles externos
lndependentes2.2
CONTROLE E MEDIDA DA TEMPERATURACo¡no
este
trabalho
abnange umlntervalo
grande
detenperaturas, tornou-se
necessárlo
utlliza¡
formas
dlferentes
decontrole e
medlda de temperaturaao
longo daexperlêncla.
As fonmasde controle e
medida dependem dasenslbllldade
do
tenmômetroe
doconpontamento
da
estaçãoà
uma dadatemperatura.
Mas,o básico
dofunclonamento
do
controle
de tempenaturaé o
mesmo emtodos
os
ca-sos.
Háo controle
da
tempenatura dogás, ê o controle
da
tempera-tura
do
lfquldo.
Parao controle
da
tempenatura dogás,
fornece-se umafonte fnia, o
termômetrode controle
aciona
um aquecedor deforma
a
mantera
tenpenaturaestável.
Parao controle
detemperatu-ra
do
líquido, utlllza-se
um slstema de bombeamento, uma pressão devapor constante garante
a
temperatunado
banhoconstante.
Abaixo,serão
descrltas, de
naneira
malsexpllclta,
as
divensas formas decontrole e
¡nedida de temperatura.Para temperaturas
altas,
o controle é feito
no dewarintermediárlo.
Ofato
deexistin hélio
líquldo
em grande quantldadeno
espaçoexterno garante,
para
estas
temperatunas, umatnoca
decalor
que tendea esfnian o
espaçointermediánio.
Ocontrole
nestecaso
é feito pelo
termômetnoe
aquecedonsobre
o cojl-foi1.
Otermômetro,
de três flos, é
umresistor
de
carvão
48280(
Allen
Bradley de 28OO)
conectadoa
uma ponte dereslstências
AC. Osinal
de
erro lido
na ponteé
processadopor
umcircuito
que comanda umafonte
de conrentellgada
ao aquecedon, deforna
queo
espaçolnter-mediárlo