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Efeitos de misturas de napropamide e simazine no controle de mono e dicotiledoneas em cafeeiros novos.

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(1)

PLANTA DANINHA III (2), 127-130, 1980

EF EI TO S DE MI ST UR AS DE NA PR OP AM ID E E SI MA ZI NE

NO CONTROLE DE MONO E DICOTILEDONEAS EM

CAFEEIROS NOVOS.

L.S.P. CRUZ" & M.C.S.S. NOVO** * Pesquisador Científico

** Eng°. Agrô nomo - Instituto Biológico, Seção de Herbicidas. Caixa Postal 70. CEP 13.100Cam -pinas, S.P. Trabalho apresentado no 13" Congres so Brasilei ro de Herbicidas e Erv as Dani nhas, realizado em Ilhé us/Itabuna, BA. em ju -lho de 1980.

RESUMO

Com a finalidade de se conhecer a ação de misturas de napropamide e sima zine no controle de plantas daninhas mono e dicotiledôneas em cafee iro s com dois ano s de idade , foi condu zid o um exp eri me nt o de ca mp o em Ara ra s, SP , em 1979/80. 0 delineamento foi o de blocos ao acaso com nove tratamentos e quatro repetições. Os trata mentos foram os seguintes: nap ropamide a 2,00 kg e 3,0 0 kg/ha; simazin e a 0,50 kg e 0,75 kg/ha; e, misturas de 2,00 kg/ha de napropamide com 0,50 kg e 0,75 kg/ha de simazine, e de 3,00 kg/ha de napropamide também com 0,50 kg e 0,75 k g/ha de sim az ine . Co nsto u do expe ri me nto ainda, uma testemunha sem herbicida.

Aos 45 dias após a aplicação dos h erb icidas foi feita uma contagem das plantas daninhas, e a cada 15 dias, até aos 90 dias da aplicação, foram realizadas observações visuais de porcentagem de i n fe s ta ção d o m a to . N e sta s me sma s é p o cas também foram realizadas observações sobre sintomas de fi totoxicidade causados pelos herbici -das aos cafeeiros.

As plantas daninhas presentes em maior número no ensaio foram as monocotiledôneas capim -de -colchão —Digitaria horizontalisWilld e c a p i m -p é - d e - g a l i n h a E l e u s i n e i n d i c a ( L . 1 Gaertn, e as dicotiledôneas carurú-de-mancha — Am aranthus viridis L. e picão -pret o — Bid ens pi losaL.

Como era esperado, as misturas foram supe-rio res aos tra tamentos com herbicidas isolados. sendo bastante eficientes no controle das mono e dicotiledõneas que incidiram no experimento.

Todos os tratamentos com 0.75 k ' ha de si mazine apresentaram leves sintomas de fitotoxi-cidade, limitados a algumas folhas dos cafeeiros. até a última observação realizada.

PA LA VRAS CH AV ES: Na pr op am ide + si ma -zine, mono + dicotiledôneas, café novo.

SUMMARY

E F F E C T S O F N A P R O P A M I D E A N D S I -M A Z I N E -M I X T U R E S O N T H E C O N T R O L O F MONO AND DICOTYLEDON ON NEW COFFEE TREES

(2)

128 L.S.P. CRUZ & M.C.S.S. NOVO

A weed count was done 45 days after the apli-cation of the herbicides, and every 15 days until the 90 th day, vi sual ob se rvations we re do ne to de te ct th e pe rc ent age of we ed in fe sta ti on s. At that time it was also done on the fitotoxicity sym-ptoms caused by herbicides on the coffee trees.

The most frequent weeds present in the trial were, Dig itar ia horiz ontalis Wil ld.Eleusine ind ica (L .) Ga ert n, Am ar an thus vi rid is L. an d Bi de ns pilosaL.

As it was expected, the mixtures were much mo re eff ect iv e th an th os e al on e. Th e mi xt ur es were rather effective in the control of mono and dy co ty le do ns wh ic h we re pr es en t in the ex pe ri -ment.

Al treatments with 0.75 kg/ha of simazine pre-sente d light symptom s of fitotox icity, limited to some lea ves of the coffe e tre es, till last observa -tion.

KEY WO RDS: Napr op am ide si ma zi ne , mo -no + dicotyledons. new coffee trees.

INTRODUÇÃO

Os herbicidas comumente empregados

no

controle

de

plantas

daninhas

em

cul tura do cafe eiro em produ çã o, com

mais do que três anos (1, 4, 5, 6, 8, 9, 10),

apr es enta m ce rt o ri sc o par a os caf eei

-ros quando aplicados em culturas com

plantas jovens. Porém, estudos recentes

mostraram a possibilidade do uso de

al-guns

herbicidas

em

cafeeiros

novos,

desenvolvidos há tempos 171 ou nos

úl-timos anos (2, 3, 4, 5).

Com a fi nalidad e de se con hecer a

ação da mistura de napropamide com

si m azi ne n o con tr ol e de pl an ta s da

-ni nh as em ca fe ei ro s no vo s, e so br e a

pr óp ri a cu lt ur a, fo i co nd uz id o um

en-saio de campo no município paulista de

Araras, em 1979/80.

MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi instalado em novembro de 1979 em cafeeiros do cv. Catuai, com dois anos de plantio definitivo, em área de solo com textura areno-argilosa.

Foi es co lhido o de li ne amen to ex pe ri me ntal de blocos ao acaso, com nove tratame ntos e qua -tr o re pe ti çõ es. Ca da pa rc el a co mp un ha - se de cinco covas, com duas plantas por cova, com área total de 45,00 m2 191 5.00 x 3,OOm) e áre a útil de 27,00m2 (9100 x 3,OOm).

Os tratamentos se constituíram da aplicação

de napropamide (1) a 2,00kg e 3,00 kg/ha, simazine (2) a 0,50 kg e 0,75 kg/ha: e misturas de tanque de 2,00 kg/ha de napropamide com — 0,50 kg e 0,75 kg/ha de simazine e de 3,00 kg/ha de napropamide com simazine nas mesmas doses da mistura anterior. Constou do experimento também, uma testemunha sem herbicida. Todos os produtos foram aplicados em pré- emergência dirigida, com pulverizador costal, manual, munido de um bico de jato em leque 80.03, com gasto de calda corres -pondente a 300 I/ha.

As avaliações da infestação natural de mato existente nas parcelas da testemunha sem herbi -cida. e os efeitos dos tratamentos sobre a mesma, foram realizadas aos 30, 45, 60, 75 e 90 dias após a aplicação dos herbicidas, pelo método de porcen -tagem de infestação, com observações visuais. Nestas mesmas épocas também foram realizadas observações sobre possíveis sintomas de fitotoxi-cidade causados pelos herbicidas aos cafeeiros.

Aos 45 dias da aplicação dos herbicidas foi feita uma contagem de plantas daninhas, por espécie, em área correspondente a 5% da parcela, sendo esses dados transformados em porcentagem de controle em relação à testemunha sem herbicida.

As espécies de mato com maior freqüência foram as monocotiledôneas Digitaria horizontalis (162 plantas/m2) e Eleusine indica 1974 plantas/m2), e as dicotiledôneasAmaranthus viridis 1976 plantas/m2) eBidens pilosa(107 plantas/m2).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O quadro 1 apresenta as médias de

porcentagem

de

controle

das

plantas

daninhas encontradas nos diversos

tra-ta me nt os do en sai o, ao s 45 di as da

apl icação dos herbicida s, com par ado s

com a testemunha sem herbicida. Esses

dad os for am ana liz ado s est ati sti cam

en-te, e seus resultados mostram que as

gramíneas foram bem controladas por

na pr op am id e, co nf ir ma nd o tr ab al ho

a n t e r i o r ( 2 ) , e p o r s i m a z i n e ; e , a s

plantas daninhas de folhas largas foram

ef iciente ment e con trola das por

simazi-ne. Napropamide, nas duas doses

em-pregadas, não controlou.

A.viridis

e

B.

pilosa.

Cruz

et al.(2)

encontraram

resul-tad os bon s de con trole de

Amara nth us

(3)

EF EI TO S DE NA PR OP AM ID E X SI MA ZI NE EM CA FE EI RO S NO VO S 129

QUADRO 1. Médias da porcentagem de controle de plantas daninhas, aos 45 dias da aplicação de her-bicidas em ensaio com cafeeiros novos, em Araras, em 1980. Médias de quatro repetições.

f oi fr a co. Em sol o ba rr ent o o ef ei t o

sobre

B. pilosa

foi fraco quando

napro-pamide foi usado a 2,00 kg/ha, tendo

melhorado quando empregado a 2,5 kg/

ha. As causas dessas variações,

encontrad as no co nt ro le de al gu ma s pl an

-tas daninhas de folhas largas por

na-propamide, não estão ainda bem

determin adas, e iss o é admi ssível por se tra

-tar de um herbicida ainda novo, com

p o u c os r es u l t a d o s d e p e sq u i s a s. A

m i st ur a do s do is h er bi ci da s, em t

o-das as doses, controlou muito bem as

quatro principais plantas daninhas.

Os melhores resultados de controle

gera l fora m ofer ec id os pel as mi st uras

dos herbicidas independentemente das

doses empregadas.

Quan do se cons ider ou a porc enta

-ge m de in fe st aç ão de ma to e xi st en te

nas parcelas, tomada aos 30, 45, 60, 75 e

90 dias após a aplicação dos herbicidas,

obse rv ou- se qu e as dif er en ça s de co

n-tr ol e en n-tr e os n-tr at am en to s oc or re ra m

en tr e os 45 e 60 di as , co mo po de se r

vis to pe la s mé di as ap re se nt ad as no

qu ad ro

2 depois de transformadas em

. Aos 45 dias, os

trata-m e n t o s c o trata-m n a p r o p a trata-m i d e e c o trata-m

simazine, empregados isolados, em suas

maiores doses, assim como todas as

misturas,

apresentaram

resultados

de

controle semelhantes. Aos 60 dias, o

tr ata ment o com n apr opa mide, em sua

dose menor (2,00 kg/ha), era inferior aos

demais.

Nas

observações

sobre

possíveis

si nt om as de fi to to xi ci da de ca us ad os

ao s

ca fe ei ro s

co ns ta to u- se

o

ap ar ec i m e n t o

d e

l e v e s

s i n t o m a s

e m p o u c a s f o l h a s d a s p a r t e s m a i s

b a i x a s dos cafeeiros, nos tratamentos

com 0,75 kg/ha de simazine. Até a última

observação ainda persistiam os sintomas,

por é m , s e m e v o l u ç ã o . C r u z

e t a l

( 2 )

também encontraram sintomas de

fi-totoxicidade quando empregaram uma

m i s t ur a de s i m a z i n e a 1, 6 kg / h a +

amet ri ne ta mb ém a 1,6 kg/ ha , poré m

com tot al rec uper açã o dos caf eeir os, já

aos 90 dias da aplicação.

Os

tratamentos

com

mistura

de

na pr op am id e e si ma zi ne , me sm o na s

doses menores empregadas, de 2,00 kg e

0.50 kg/ha, respectivamente, podem ser

usadas com sucesso no controle de

D.

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L.S.P. CRUZ & M.C.S.S. NOVO

QUADRO 2. Médias de porcentagem de infestação de mato aos 30, 45, 60, '75 e 90 dias da aplicação dos herbicidas. em ensaio com cafeeiros novos, em Araras, em 1980. Médias de quatro

repeti-cões.Dadosem arc sen 130

Referências

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