CRI TÉRI OS PARA AVALI AÇÃO DAS DI FI CULDADES
NA LI MPEZA DE ARTI GOS DE USO ÚNI CO
Kazu k o Uch ik aw a Gr azian o1 Ana Cr ist ina Balsam o2 Cr ist iane de Lion Bot er o Cout o Lopes3 Mar ia Filom ena Mour ão Zot elli3 An dr éa Tam an coldi Cou t o3 Mar ia Lúcia Habib Paschoal2 Grazian o KU, Balsam o AC, Lopes CLBC, Zot elli MFM, Cou t o AT, Pasch oal MLH. Cr it ér ios par a av aliação das dificuldades na lim peza de art igos de uso único. Rev Lat ino- am Enferm agem 2006 j aneiro- fevereiro; 14( 1) : 70- 6.
Nest e est udo for am elabor ados cr it ér ios par a av aliação das dificuldades na lim peza de ar t igos de uso ú n ico ( AUU) , q u e em b asem a d ecisão d e in v est ir n a v alid ação d e p r ot ocolos d e r eu so. Tr at a- se d e u m a pesquisa m et odológica, realizada no Hospit al Universit ário da Universidade de São Paulo e t eve com o obj et ivos: ident ificar os AUU ut ilizados na I nst it uição com indicação par a o r epr ocessam ent o, pr opor um inst r um ent o de avaliação do grau de risco dos AUU para a lim peza, classificar os AUU por m eio de nove crit érios est abelecidos no inst rum ent o e avaliar a sua aplicabilidade. Foram ident ificados e classificados t rint a e dois AUU, at ribuindo-se para cada crit ério um a cor alusiva aos sinais de t rânsit o, de acordo com o risco, para auxiliar na t om ada de decisão quant o ao r euso. Conclui- se que os cr it ér ios pr opost os per m it ir am est abelecer um diagnóst ico do gr au de r isco r elacionado à lim peza dos AUU analisados e as conseqüent es im plicações na segur ança do pr ocesso de est er ilização.
DESCRI TORES: inst r um ent os cir úr gicos; infecção hospit alar ; cust os hospit alar es
CRI TERI A FOR EVALUATI NG DI FI CULTI ES I N CLEANI NG SI NGLE-USE ARTI CLES
I n t his st udy, w e elaborat ed crit eria t o evaluat e difficult ies in cleaning single- use art icles ( SVA) , w hich w ill be used for decision m ak ing about inv est m ent s in t he v alidat ion of r euse pr ot ocols. This m et hodological research was carried out at a Universit y Hospit al and aim ed t o: ident ify SVA used and reused at t he inst it ut ion; pr opose an inst r um ent t o m easur e r isk lev els of SVA for cleaning; classify SVA using 9 cr it er ia est ablished in t he proposed inst rum ent and evaluat e it s applicabilit y. We ident ified 32 SVA, w hose risks w ere classified using t he color s used in t r affic light s, w it h a v iew t o suppor t ing decision m aking about r euse. The pr oposed cr it er ia m ake it possible t o diagnose t he r isk of cleaning t he SVA under analysis, as w ell as t heir im plicat ions for t he safet y of t he st er ilizat ion pr ocess.
DESCRI PTORS: sur gical inst r um ent s; cr oss infect ion; hospit al cost s
CRI TERI OS PARA LA EVALUACI ÓN DE DI FI CULTADES
EN LA LI MPI EZA DE ARTÍ CULOS DE USO ÚNI CO
En est e est u dio fu er on elabor ados cr it er ios par a la ev alu ación de las dificu lt ades en la lim pieza de art ículos de uso único ( AUU) , que son una de las bases de la decisión de invert ir en la validación de prot ocolos de reut ilización. Se t rat a de una invest igación m et odológica, realizada en el Hospit al Universit ario de la Universidad de São Paulo, que t uv o com o obj et iv os: ident ificar los AUU ut ilizados en la inst it ución con indicación par a el r epr ocesam ien t o pr opon er u n in st r u m en t o de ev alu ación del gr ado de r iesgo de los AUU par a la lim pieza, clasificar los AUU por m edio de 9 cr it er ios est ablecidos en el inst r um ent o y ev aluar su aplicabilidad. Fuer on ident ificados y clasificados 32 AUU, at ribuyéndose para cada crit erio un color alusivo a las señales de t ránsit o, de acuerdo con el riesgo, para auxiliar en la t om a de decisión en cuant o a la reut ilización. Se concluyó que los cr it er ios pr opuest os per m it ier on est ablecer un diagnost ico de gr ado de r iesgo r elacionado a la lim pieza de los AUU analizados y consecuent es im plicaciones en la segur idad del pr oceso de est er ilización.
DESCRI PTORES: inst r um ent os quir úr gicos; infección hospit alar ia; cost os de hospit al
1
I NTRODUÇÃO
H
á algum as décadas convive- se com art igos d e u so ú n ico ( AUU) n a assist ên cia à saú d e. Esses vêm sendo aprim orados na sua com plexidade t écnica, t r azen do v an t agen s in discu t ív eis, especialm en t e n a ár ea cir ú r gica v ideoassist ida.Pa r a a s i n s t i t u i ç õ e s d e s a ú d e o s A UU t r oux er am benefícios, por solucionar em a sobr ecar ga d e t r a b a l h o a t r i b u íd a a o r e p r o c e s s a m e n t o e m o n i t o r a m e n t o d a p e r f o r m a n c e d o s a r t i g o s per m an en t es, além de f acilit ar em a dispon ibilidade desses m at er iais.
Se por um lado conv iv e- se com o fant ást ico desenv olv im ent o t ecnológico e ger encial de AUU, os cust os desses m at eriais vêm t razendo problem as que precisam ser solucionados. Por exem plo, o disposit ivo de uso único Ult r acision®, usado nos pr ocedim ent os l a p a r o s c ó p i c o s f o i c o t a d o e m a p r o x i m a d a m e n t e 1 2 7 1 , 5 8 dólar es. Esse m on t an t e est á pr ession an do a s i n s t i t u i ç õ e s , m e s m o a s p r i v a d a s q u e n u n c a reprocessaram AUU, a com eçarem a pensar em fazê-lo, dev ido às dif icu ldades do sist em a de saú de em su st en t á- los.
Nesse cont ex t o, a enfer m agem que at ua na cent ral de m at erial e est erilização ( CME) deve liderar t al d eci são , j u n t am en t e co m o s r esp o n sáv ei s p o r ou t r os set or es en v olv id os, em esp ecial a d ir et or ia adm inist r at iv a e a com issão de cont r ole de infecção h osp it alar ( CCI H) .
I n i c i a l m e n t e , a s r e c o m e n d a ç õ e s a t u a i s orient am as inst it uições hospit alares que decidem pela reut ilização dos AUU, a realizar um est udo de cust o– b en ef íci o . Ap ó s a co n st a t a çã o d a n ecessi d a d e d e r eu so, u m p r og r am a d e r ep r ocessam en t o d ev e ser inst it uído.
H á u m a o u t r a v e r t e n t e q u e a n a l i s a o pr oblem a do r euso dos AUU pelo aspect o am bient al da pr odução dos r esíduos de ser viços de saúde: não é p o ssív el d escar t ar t u d o o q u e é d escar t áv el n o am bient e. A problem át ica do acúm ulo desses resíduos r efor ça a v alidade dos est udos sobr e o r euso.
Um a ou t r a qu est ão lev an t ada at u alm en t e é a i n a ce ssi b i l i d a d e d o s p r o t o co l o s se g u i d o s p e l a s em pr esas fabr icant es de AUU, par a definir em que o a r t i g o é d e u so ú n i co e n ã o r e p r o ce ssá v e l . Um ex em plo m u it o clar o da falt a desse con t r ole são as can et as d e b ist u r i elét r ico q u e, t an t o o m od elo d e u so ú n ico q u an t o o p er m an en t e, são id ên t icos n a conform ação, com as m esm as dificuldades na lim peza
( p ossu em est r u t u r a in t er n a p er m eáv el a san g u e e out r os fluídos or gânicos) e não são desm ont áv eis.
A ci ên ci a d o r ep r o cessam en t o d o s ar t i g o s p e r m a n e n t e s , a t u a l m e n t e b a s t a n t e c o n s i s t e n t e , v alor iza a lim peza com o passo inicial e fundam ent al p a r a g a r a n t i r a f a se p o st er i o r d a d esi n f ecçã o o u e s t e r i l i z a ç ã o . A l i m p e z a r e d u z a c a r g a i n i c i a l m icr obiana em 99,99% , ou sej a, r eduz quat r o ciclos logar it m icos do biobour den pr esent e no ar t igo ( 1).
Vale r essalt ar que há v ár ios ar t igos odont o-m éd i co - h o sp i t al ar es p er o-m an en t es d e co n f o r o-m ação com plexa, cuj a lim peza é t ão difícil quant o a dos AUU, por ex em plo: o clipador endoscópico, as fr ezas e os can u lados em ger al.
O Br asil, ev ident em ent e, não é o único país a e n f r e n t a r e ssa q u e st ã o . Os Est a d o s Un i d o s d a Am ér ica ( EUA) t êm est udado a for m a segur a par a a r eu t ilização d e AUU, lid er ad a p elo Food an d Dr u g Ad m i n i st r a t i o n ( FD A) q u e co l o ca o s h o sp i t a i s n a p o s i ç ã o d e r e - f a b r i c a n t e s d o s A UU e r e f o r ç a a n ecessidade de qu e ex ist am n or m as de con t r ole da qu alidade desses( 2 ).
Na Alem an h a, a p r át ica d o r eu so d os AUU ( RA U U ) é h a b i t u a l , m e d i a n t e a v a l i d a ç ã o d o r epr ocessam ent o deles e est á sob a super v isão das a u t o r i d a d e s s a n i t á r i a s d o p a ís . A Es p a n h a , oficialm ent e, não aut oriza o reuso e os hospit ais que o f i ze r e m r e sp o n d e r ã o p e l o s r i sco s. Já a Su é ci a perm it e o reuso, desde que as condições do cont role d a q u a l i d a d e d o r e u s o s e j a m g a r a n t i d a s . Efet ivam ent e, o único país que não reut iliza os AUU é a Fr a n ça . Na Au st r á l i a , o RAUU é p r a t i ca d o co m p o si çõ es sem el h an t es às d o s EUA, e a I n g l at er r a per m it e o r euso em sit uações cont r oladas, dev ido à p r eo cu p ação co m o s p r i o n s. O Can ad á d ef en d e o r euso, por ém , fr ent e à doença de Cr eut zfeldt - Jakob a pr át ica volt ou a ser discut ida e algum as pr ovíncias pr oibir am - no( 3 - 4 ).
Em m ar ço d e 2 0 0 4 , a ANVI SA ab r iu n ov a Consult a Pública nº . 17, incorporando out ros m at eriais à p r im eir a list ag em e r ef or çan d o q u e os p r od u t os odont o- m édico- hospit alar es de uso único, que sej am passíveis de reuso devem ser reprocessados segundo p r ot ocolos v alid ad os p elos ser v iços d e saú d e e/ ou e m p r e s a s r e p r o c e s s a d o r a s . Em s e u A r t . 3 º , f a z r e f e r ê n ci a à l i st a n e g a t i v a d o s Pr o d u t o s Mé d i co s Hospit alar es de uso único( 7).
Quaisquer que sej am as discussões sobr e o RAUU, h á d e ser con sid er ad o o r isco associad os a essa p r át ica q u e in clu i in f ecção, con t am in ação d o m a t e r i a l co m e n d o t o x i n a s, p r e se n ça d e r e síd u o s t ó x i co s d o s p r o d u t o s u t i l i za d o s p a r a a l i m p eza e est er ilização ou desinfecção, biocom pat ibilidade com p r ot eín as d os ú lt im os u su ár ios q u e ev en t u alm en t e per m an ecer am n o m at er ial, con f iabilidade f u n cion al e int egr idade física do m at er ial.
O Hospit al Universit ário ( HU) da Universidade d e São Pau lo ( USP) , n ão f u g in d o d as d if icu ld ad es encont r adas por out r as r ealidades, v em est udando a q u e s t ã o d o r e p r o c e s s a m e n t o d e A U U . Es s a p r o b l e m á t i c a e v i d e n c i o u a n e c e s s i d a d e d e , i n i c i a l m e n t e , s e r e m e l a b o r a d o s c r i t é r i o s p a r a o j ulgam ent o das dificuldades na lim peza dos AUU que em basem a decisão adm in ist r at iv a par a in v est ir n a v alidação de pr ot ocolos de r eu so. No en t en dim en t o dos aut or es dest a pesquisa, esse é o único cam inho at ualm ent e aceit áv el par a o RAUU.
Apesar de ser um est udo no âm bit o de um a i n st i t u i ção , o s r esu l t ad o s d est a p esq u i sa p o d er ão ofer ecer su bsídios par a ou t r as r ealidades n acion ais, o que r efor ça a v alidade da inv est igação.
OBJETI VOS
1 . I den t if icar n o Hospit al Un iv er sit ár io os AUU com indicação par a o r epr ocessam ent o, segundo cr it ér ios par a av aliação das dificuldades na lim peza.
2 . Pr opor u m in st r u m en t o de av aliação do gr au de r isco dos AUU par a a lim peza.
3. Classificar os AUU segundo cr it ér ios est abelecidos n o i n s t r u m e n t o e l a b o r a d o e a v a l i a r a s u a ap licab ilid ad e.
MATERI AL E MÉTODO
Tr a t a - s e d e p e s q u i s a m e t o d o l ó g i c a d e s e n v o l v i d a p o r u m c o m i t ê c o m p o s t o p o r
r epr esent ant es da Com issão de Cont r ole de I nfecção Hospit alar, da Cent ral de Mat er ial e Est er ilização, do Ce n t r o Ci r ú r g i c o , d a En d o s c o p i a , d a Es c o l a d e Enferm agem da USP e da Diret oria Adm inist rat iva do Hospit al Univ er sit ár io da USP.
O e s t u d o f o i r e a l i z a d o n o H o s p i t a l Universit ário da USP, que t em com o filosofia o ensino, a pesquisa e a assist ência à saúde. Trat a- se de um hospit al público, geral, de assist ência secundária com um t ot al de 2 7 9 leit os, inser ido na Univ er sidade de São Pau lo.
I n icialm en t e r ealizar am - se a iden t ificação e a l i st ag em d e t o d o s o s ar t i g o s d e u so ú n i co co m i n d i ca çã o p a r a o r ep r o cessa m en t o n a i n st i t u i çã o . Const at ou- se que os art igos selecionados são os m ais ut ilizados em procedim ent os endoscópicos e cirúrgicos sendo eles: agulha de escler ose gást r ica = 160 cm , agulha de punção int ra- óssea, agulha de Veress, alça d e p o l i p e c t o m i a g á s t r i c a / c o l o n o , a l ç a d e RTU , aspirador com em punhadura de pist ola e hast e, balão dilat ador esof ágico, balão ex t r at or de v ias biliar es, basket de endoscopia, bask et de ur ologia, bist ur i de of t alm olog ia, can et a d e b ist u r i elét r ico, cân u la d e Gu ed el , can u l ó t o m o , car g a d e g r am p o d e t i t ân i o , cat et er inj et or gást rico/ biliar/ colono, dilat ador de vias biliar es, pin ça dissect or a, gr asper e t esou r a cu r v a, est ilet e de endoscopia, fio guia liso/ espiralado, fio guia l i s o / e s p i r a l a d o ( e n d o s c o p i a ) , f l e b o e x t r a t o r, g r a m p e a d o r l i n e a r c o r t a n t e , g r a m p e a d o r l i n e a r en d o scó p i co , g r a m p ea d o r l i n ea r r eca r r eg á v el n ã o cor t an t e, in t r odu t or de pr ót ese de v ia biliar, lâm in a de shaver ret a, m anipulador ut erino, pinça de biópsia br onco/ colono/ gást r ica, pinça de hot, biópsia colono/ gást r ica, t r ocat er de ar t r oscopia, Ult r acision®.
For am eleit os com o cr it ér ios par a av aliação das dificuldades na lim peza de ar t igos de uso único a s s e g u i n t e s c a r a c t e r ís t i c a s c o m r e s p e c t i v a s j u st if icat iv as:
1 . se r de sm on t á ve l: a possibilidade de desm ont ar o ar t igo par a lim peza t r an sf or m a o r isco em baix o n ív el;
2 . s e r t r a n s p a r e n t e: a t r a n s p a r ê n c i a p e r m i t e v isibilidade da suj idade int er na r esidual;
3. a est rut ura int erna é revest ida por um a capa
i so l a n t e p r o t e g e n d o d a e n t r a d a d e sa n g u e e
out ros fluidos orgânicos: quando não há essa capa
e p o s t e r i o r e n x á g ü e , s o b r i s c o d e d a n i f i c a r o eq u ip am en t o;
4. O art igo é de est rut ura sólida, sem est rut uras
in t e r n a s q u e of e r e ça m r iscos d e a cú m u los d e m a t é r ia o r g â n ica: p ar a esses ar t ig os, a lim p eza pode ser segu r am en t e gar an t ida;
5. a est rut ura int erna perm it e a ent rada e saída
de água: a possibilidade da ent rada e saída de água
f a v o r e ce a r e m o çã o d a m a t é r i a o r g â n i ca d o se u int erior, incluindo a possibilidade de subm et er o art igo à lav ador a ult r a- sônica de j at o pulsát il;
6 . o A U U p e r m i t e o u s o d e a r t e f a t o s p a r a
lim peza int erna: a possibilidade do uso de escovas,
ser pilhos, ent r e out r os insum os;
7 . a l i m p e z a d o A U U é s i m i l a r a o d o
pe r m a n e n t e: caso o AUU sej a t ão difícil de lim par
quant o o art igo perm anent e sim ilar, j ust ifica t ent at iva do r eu so;
8 . o g r a u d e r isco d e con t a m in a çã o d o a r t ig o
segundo Spa ulding: além dos cr it ér ios par a avaliar
a possibilidade da lim peza, o gr au do r isco pot encial de con t am in ação de u m ar t igo pesa n a decisão do r e u so . Ne sse se n t i d o , o s a r t i g o s q u e e n t r a m e m cont at o com t ecido est ér il ou sist em a v ascular dev e ser consider ado cr ít ico; com m ucosa ínt egr a ou pele não int act a = sem icr ít ico e cont at o com pele ínt egr a ou não cont at o = não crít ico( 8);
9. pr e ço: o fat or cust o da aquisição do ar t igo dev e
ser consider ado t am bém na decisão do r euso. Esse s cr i t é r i o s f o r a m r e g i st r a d o s e m u m quadro e, a cada um dos AUU selecionados na fase 1 d o t r a b a l h o , f o r a m a t r i b u íd o s co r e s d o si n a l d e t r â n s i t o : a c o r v e r d e s i g n i f i c a s i m, s u g e r i n d o s e g u r a n ç a n a l i m p e z a ; a c o r a m a r e l a s i g n i f i c a at enção, ar t igos com possibilidade de lim peza; a cor
v e r m e lh a sign ifica qu e h á dificu ldades n a lim peza,
n e ce ssi t a n d o d e u m a a v a l i a çã o cr i t e r i o sa p a r a a t o m ad a d e d eci são q u an t o ao r eu so . A co r a z u l, apesar de não com por as cor es do sinal de t r ânsit o foi ut ilizada par a pont uar os AUU que não possuem car act er íst icas per t inent es ( não se aplica) a cr it ér ios est abelecidos n a planilha.
RESULTADOS E DI SCUSSÃO
Est e est udo perm it iu avaliar 32 art igos de uso ú n ico ( AUU) , agr u pados por sim ilar idade qu an t o às d i f i cu l d ad es e r i sco s r el aci o n ad o s ao p r o cesso d e lim p eza.
Verificou- se que, dos 9 crit érios est abelecidos no quadr o, os set e pr im eir os av aliam a possibilidade d a lim p eza d os ar t ig os, sen d o essa con sid er ad a a prim eira et apa e a m ais im port ant e quando se pensa em r eu so.
S e n d o a s s i m , o b s e r v a - s a p a r a o s d o i s p r i m e i r o s c r i t é r i o s q u e a m a i o r i a d o s a r t i g o s pesquisados não é desm ont áv el 18 ( 56, 25% ) e não s ã o t r a n s p a r e n t e s 1 7 ( 5 3 , 1 2 % ) , d i f i c u l t a n d o a v i s u a l i z a ç ã o i n t e r n a d o i n s t r u m e n t a l e , conseqüent em ent e, o com pr om et im ent o na av aliação do pr ocesso de lim peza.
Os a r t i g o s q u e p o s s u e m r e v e s t i m e n t o isolant e, t ipo capa, t ot alizando 1 3 m at er iais ( 4 1 % ) , discut idos no 3º crit ério, 8 ( 61,5% ) foram classificados com a cor v er d e. Esses ar t ig os são u t ilizad os em p r o ce d i m e n t o s e n d o scó p i co s e p o ssu e m e m su a com p osição u m r ev est im en t o t ot alm en t e ad er id o à est rut ura int erna e, port ant o, não perm it em a ent rada de su j idades, além da possibilidade de im er são em solução det er gent e e post er ior enx ágüe.
Para os out ros 5 ( 38,5% ) art igos foi at ribuída a co r v e r m e l h a , a p e sa r d a e st r u t u r a i n t e r n a se r cobert a por um a capa prot et ora isolant e, pois perm it e a ent r ada de sangue ou out r os fluidos or gânicos no seu int er ior ent r e o espaço cr iado pela est r ut ur a e o r e v e st i m e n t o e x t e r n o d o a r t i g o , n ã o p r o p i ci a n d o acesso à l i m p eza m an u al . O p r o cesso d e l i m p eza a u t o m a t i z a d o c o m l a v a d o r a s u l t r a - s ô n i c a s p a r a ar t igos canulados com bom beam ent o pulsant e pode ser um a alt er nat iva. Est es cinco ar t igos são, em sua m aior ia, m at er iais ut ilizados em v ideocir ur gias.
Em r e l a ç ã o a o c r i t é r i o q u e e s p e c i f i c a a pr ot eção t ot al de ent r ada de sangue e out r os fluidos o r g â n i co s n a e st r u t u r a i n t e r n a d o i n st r u m e n t a l , const at ou- se que 27 ( 84, 4% ) dos ar t igos est udados são perm eáveis, ou sej a, perm it em a ent rada e podem d i f i cu l t ar a r em o ção d o s f l u i d o s o r g ân i co s d o seu in t er ior. Por t an t o, ap r esen t am - se n a cor v er m elh a, indicando dificuldade no reprocessam ent o. Há que se f a ze r d i st i n çã o e n t r e o s a r t i g o s q u e a p e n a s sã o m a n u se a d o s p e l o ci r u r g i ã o . Esse s t ê m m e n o r e s ch a n ces d e se t o r n a r em su j a s i n t er n a m en t e co m m at ér ia or gânica com o, por ex em plo, as canet as do bist ur i elét r ico.
m icr obiana o que aum ent a a m ar gem de segur ança d o s p r o c e s s o s d e e s t e r i l i z a ç ã o , e c o n s e q ü e n t e possibilidade do r eu so, f u n dam en t o esse, r ef or çado p o r v á r i o s e s p e c i a l i s t a s d a á r e a d o r ep r ocessam en t o( 9 ).
Dos 3 2 ar t igos apr esent ados no quadr o, 1 9 ( 5 9 , 4 % ) per m it em o u so de ar t efat os par a lim peza int erna, sendo esse m ais um pont o favorável ao reuso. Ent ende- se que, par a se obt er segur ança na lim peza d e s s e s a r t i g o s e g a r a n t i r p o s t e r i o r m e n t e a d e si n f e cçã o o u e st e r i l i za çã o , h á n e ce ssi d a d e d e invest im ent os em insum os, m áquinas com o lavadoras ult ra- sônicais de j at o pulsát eis e não pulsát eis, pist olas d e a r e á g u a so b p r e ssã o e n t r e o u t r o s r e cu r so s d i sp o n ív ei s p ar a a r em o ção d a su j i d ad e p r esen t e n esses ar t igos.
Ent ende- se que classificar o grau de risco de cont am inação do art igo em crít ico, sem icrít ico e não-crít ico vem subsidiar a t om ada de decisão pelo reuso. Não há por quê r ecusar a possibilidade de r euso dos ar t igos classificados com o não- cr ít icos e at é m esm o os cr ít icos e sem icr ít icos, q u an d o, cr it er iosam en t e, in v est iga- se a su a con for m ação e o acesso às su as est r u t u r as in t er n as e ex t er n as v isan d o g ar an t ia d a lim p eza.
Out r o dado r elev ant e na t om ada de decisão pelo reuso é a falha funcional dos AUU. Os AUU que sã o u t i l i z a d o s r e p e t i d a m e n t e p o d e m a p r e se n t a r pr ej u ízo n a su a f u n cion alidade e essa sit u ação n ão ser det ect ada na inspeção m acroscópica. No m om ent o do uso pode lev ar a sit uações de r isco, ocor r endo a su b st i t u i çã o d o a r t i g o , a m u d a n ça d e t é cn i ca , a s u s p e n s ã o d o p r o c e d i m e n t o o u , a t é m e s m o , com plicações que possam colocar em risco a vida do pacient e ( 10).
Ao d ecid ir p ela r eu t ilização, as in st it u ições p r e c i s a m g a r a n t i r c o n d i ç õ e s p a r a t e s t e s d e f u n ci on al i d ad e con si d er an d o a p ar t i cu l ar i d ad e d os difer ent es m at er iais polim ér icos, ev ent uais adsor ções o u ag r essõ es q u e esse p r o d u t o so f r eu n a p r ó p r i a i n t e r v e n ç ã o , j u n t o a o p a c i e n t e e d u r a n t e o r e p r o c e s s a m e n t o , u t i l i z a n d o f e r r a m e n t a s p a r a inspecionar e m ensurar sua segurança e perform ance. O m édico u su ár io dos AUU dev er á par t icipar dessa p o l êm i ca d i scu ssã o . Na p r á t i ca , o ú l t i m o u su á r i o m é d i c o d e v e r á s e m a n i f e s t a r d a p o s s i b i l i d a d e funcional do r euso do ar t igo.
Vale dest acar qu e a qu alidade do ar t igo de reuso deve ser igual àquela fornecida pelo fabricant e e, por t an t o, dev e- se con sider ar os r iscos pot en ciais
a s s o c i a d o s a o r e u s o q u e i n c l u e m a l t e r a ç õ e s n a fu n cion alidade or igin al, apir ogen icidade, at ox icidade e est er ilidade( 9- 11).
A t u a l m e n t e , h á g r a n d e d i f i c u l d a d e n a ch ecagem da in t egr idade fu n cion al, n a elast icidade, n a r e s i s t ê n c i a e n a c o m p l a c ê n c i a d o s a r t i g o s at r ibuídos à não ex ist ência de t est es v alidados par a e s s a s a v a l i a ç õ e s( 1 2 ). Em u m e s t u d o f o r a m selecion ados 1 4 m at er iais de u so ú n ico ( t esou r as e Ult r acision®) e subm et idos a t est es de r esist ência a t r ação , co r t e e cau t er i zação . D esses m at er i ai s, 8 apr esen t ar am falh as( 1 3 ).
No USA TODAY, j or n al de gran de cir cu lação n os Est ados Un idos, f oi pu blicada u m a r epor t agem s o b r e a e x p o s i ç ã o d o s p a c i e n t e s a o s r i s c o s d a reut ilização de m at eriais m édico- hospit alares, cit ando, dent re out ros casos, um cat et er cardíaco de uso único q u e, ao ser r eu t i l i zad o p el a sex t a v ez, se d esf ez d e i x a n d o a p o n t a a l o j a d a n o c o r a ç ã o d e u m pacient e( 14).
I sso r ef or ça q u e o t est e d a f u n cion alid ad e do AUU j á r epr ocessado r epr esent a um dos cr it ér ios indispensáveis para auxiliar na decisão da reut ilização desses m at er iais.
A p r ob lem át ica d o r eu so d os AUU d eix ar ia d e e x i s t i r s e h o u v e s s e n o m e r c a d o s o m e n t e inst rum ent ais perm anent es, desm ont áveis e passíveis d e ser em su b m et id os ao p r oced im en t o sat isf at ór io de lim peza. Ent r et ant o, sabe- se com a pr át ica, que n em sem pr e ex ist em ar t igos sim ilar es per m an en t es p a r a c a d a A UU, e h á a r t i g o s p e r m a n e n t e s q u e a p r esen t a m a m esm a d i f i cu l d a d e em r ep r o cessa r quando com par ado ao ar t igo de uso único.
Em r e l a ç ã o a o c r i t é r i o q u e c o m p a r a a sim ilaridade da lim peza ent re os AUU e perm anent es, v er if ica- se qu e 1 9 ( 5 9 % ) dos m at er iais list ados n o quadr o encont r am - se disponív eis no m er cado apenas com o AUU e, port ant o, foram classificados com a cor azul, indicando a não per t inência desse cr it ér io par a e s s e s a r t i g o s . Es s e d a d o n o s r e m e t e a u m a necessidade de r epensar se a cada AUU lançado no m er cado dev esse por lei t am bém ser disponibilizado um m odelo per m anent e par a possibilit ar um a opção n a escolh a.
Os art igos perm anent es, em sua m aioria, são d esm on t áv eis f acilit an d o o p r ocesso d e lim p eza. O m e s m o n ã o p o d e m o s d i z e r s o b r e o b i s t u r i d e o f t a l m o l o g i a q u e , a o c o n t r á r i o d o d e s c a r t á v e l ,
apr esen t a m aior dif icu ldade t écn ica par a a lim peza d e v i d o à su a e sp e ci f i ci d a d e . Os o u t r o s 6 a r t i g o s sim ilar es aos r ep r ocessáv eis ap r esen t am , d ev id o à s u a c o n f o r m a ç ã o e e s t r u t u r a , d i f i c u l d a d e s
sem elhant es no processo de lim peza, com o acont ece, p o r e x e m p l o , c o m a s c a n e t a s d e b i s t u r i e o f leb oex t r at or.
S a l i e n t a - s e q u e , e m m u i t a s s i t u a ç õ e s , ocor r em dú v idas da segu r an ça do pr ocedim en t o de
lim peza do in st r u m en t al per m an en t e, por ém , pou co quest ionados com o as fresas, goivas, Kerrison dent re ou t r os.
An alisan d o o cr it ér io cu st o, v er if ica- se q u e houve predom ínio dos art igos que apresent am valores
d e 1 1 0 a 5 5 5 d ólar es. Esse m on t an t e j u st if ica as dificuldades das inst it uições de saúde em m ant er os ar t igos de uso único apenas com um único uso. Um qu est ion am en t o pr ocede: ser á qu e a in dú st r ia est á r ealm en t e cob r an d o o ar t ig o com o d escar t áv el ou
r ep r ocessáv el alg u m as v ezes?
Con sid er an d o a q u est ão am b ien t al, cit a- se co m o ex em p l o a câ n u l a d e Gu ed el , cu j o p r eço é su st en t áv el ( 6 , 2 6 r eai s a u n i d ad e) e é u m ar t i g o sem i cr ít i co d e co n f o r m ação si m p l es, i g u al ao seu
equivalent e perm anent e, de fácil lim peza, desinfecção ou est erilização segura. Ent ão, por que não reut ilizá-la?
Pr o cu r o u - se co m a s co r e s a t r i b u íd a s a o s r iscos, aux iliar os pr ofissionais no dim ensionam ent o
do r isco in t r ín seco dos ar t igos, n o qu esit o lim peza, par a post er ior m ent e invest ir nos pr ot ocolos quant o à e s t e r i l i d a d e , p r e s e n ç a d e e n d o t o x i n a s e p ir og en icid ad e e d e r esíd u os d e p r od u t os q u ím icos p o r m ei o d e t est es esp ecíf i co s. Nessa seq ü ên ci a,
ident ificou- se 25 art igos com predom inância das cores v e r d e , a m a r e l o e a zu l n o s cr i t é r i o s r e f e r e n t e s à
e st r u t u r a in t e r n a p e r m it ir e n t r a d a e sa íd a d e
água e o uso de art efat os para lim peza int erna,
que se consider a fer r am ent as im por t ant es no poder
d ecisór io p ar a o est ab elecim en t o d e p r ot ocolos d e r eu so .
Os art igos, cuj a cor verm elha foi prevalent e, c o n s t i t u ír a m - s e d e p i n ç a s d e l a p a r o s c o p i a , o
g r a m p e a d o r l i n e a r e n d o s c ó p i c o , a s s i m c o m o o r ecar r egáv el e a pinça de Ult r acision®.
Ao se analisar o crit ério referent e à est rut ura
in t er n a p er m it ir a en t r ad a e saíd a d e ág u a d esses m at er iais, esses for am classificados n a cor am ar ela que significa at enção, pois ao se ut ilizar um a seringa com água sob pr essão, foi possív el obser v ar a saída d a á g u a p e l a o u t r a e x t r e m i d a d e . Fa z e n d o u m a
analogia, pode- se inferir que se esses m at eriais forem l a v a d o s co m m á q u i n a s d e l a v a g e m u l t r a - sô n i ca específica para art igos com lúm en, t alvez possam ser l i m p o s a d e q u a d a m e n t e . Te s t e s q u e d e t e c t a m nit r ogênio no lav ado do m at er ial, com o o t est e com
b i u r e t o p o d e m s e r u t i l i z a d o s p a r a a v a l i a ç ã o d a lim p eza.
Val e d est acar q u e o m an i p u l ad o r u t er i n o, p in ça d e b ióp sia ( d e b r on coscop ia, colon oscop ia e gást rica) e a pinça de hot biópsia ( de colonoscopia e
gást r ica) apr esent ar am - se na cor v er m elha nos dois cr i t é r i o s a p o n t a d o s a n t e r i o r m e n t e co m o o s m a i s relevant es, o que indicaria alt o risco e dificuldade na lim p eza.
Por t udo que foi ex post o, r essalt a- se que a
propost a dest e est udo foi apresent ar um inst rum ent o q u e p er m it a a an álise d o r isco d os d iv er sos AUU, q u a n t o a o q u e s i t o l i m p e z a , c o n s i d e r a d o e s s e p r o ce d i m e n t o n ú cl e o ce n t r a l p a r a a g a r a n t i a d a desinfecção e est er ilização. E, ao se r eflet ir sobr e a
r ealid ad e b r asileir a, ap r een d e- se q u e é n ecessár io p e n s a r n a p r o b l e m á t i c a d o r e u s o c o m o s a íd a in ev it áv el.
CONCLUSÃO
A ap licação d os cr it ér ios elab or ad os n est e t rabalho para avaliar a dificuldade na lim peza de AUU m ost r ou que esses são aplicáv eis, per m it indo chegar
a u m d i a g n ó s t i c o i m p o r t a n t e d o g r a u d e r i s c o envolvido na lim peza de cada AUU analisado. Quant o m aior a dificuldade na lim peza, na m esm a proporção t em - se i m p l i cações n a q u al i d ad e d a est er i l i zação. Con sid er an d o q u e a lim p eza é o n ú cleo cen t r al d o
REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS
1 . Rut ala WA, Shafer KM. Gener al infor m at ion on cleaning, disinfect ion and st er ilizat ion. I n: API C. I nfect ion cont r ol and applied epidem iolog. St . Louis ( US) : Mosby ; 1996. p. 1- 17. 2 . Food an d Dr u g Ad m in ist r at ion . Cen t er f or Dev ices an d Radiological Healt h. [ hom epage on t he I nt ernet ] USA: FDA; 2 0 0 0 [ u pdat e 2 0 0 4 ; cit ed 2 0 0 4 Oct ober 2 0 ] . Repr ocessin g and r euse of single- use devices: r eview pr ior izat ion schem e; d r af t r eleased f or com m en t [ ab ou t scr een s 3 3 ] . Av ailab le fr om : ht t p: / / w w w .fda.gov / cdr h/ r euse/ 1156.pdf
3. Eucom ed. Refurbishing of single use product s: legal st at us Eu r o p e – U. S. A. Ref u r b i sh i n g o f si n g l e u se p r o d u ct s EU Ouv er v iew Rev 7 161202.doc [ online] . St . Lam ber t ( Belgium ) : Eu com ed; 2 0 0 2 [ cit ed 2 0 0 5 Jan 2 1 ] . Av ailable f r om : URL: h t t p : / / w w w . e u c o m e d . b e / d o c s / R e f u r b i s h i n g % 2 0 o f % 2 0 S i n g l e % 2 0 U s e % 2 0 P r o d u c t s % 2 0 E U % 2 0 Ov e r v i e w Re v 7 % 2 0 1 6 1 2 0 2 . p d f
4. Canadian Hospit al Associat ion ( CA) . The r euse of single– u se m ed ical d ev ices: g u id elin es f or h ealt h car e f acilit ies. Ot aw a ( CA) : CHA; 1 9 9 6 .
5. Minist ério da Saúde ( BR) [ hom epage na I nt ernet ] . Port aria nº 4, de 07 de fevereiro de 1986 [ 1 t ela] . Brasília: MS; 2003 [ at ualizada 2003; cit ado 10 de nov em br o 2003] . Disponív el e m : U RL: h t t p : / / e - l e g i s . b v s . b r / l e i s r e f / p u b l i c / sh ow Act . ph p?id= 6 1 0 &w or d= # ’
6. Agência Nacional de Vigilância Sanit ár ia ( BR) [ hom epage na I nt ernet ] . Consult a Pública no.98, de 06 de dezem bro de 2 0 0 1 . Br asília. [ cit ad o 0 4 ag ost o 2 0 0 5 ] . Disp on iv el em : URL: h t t p: / / w w w 4 . anv isa. gov. br / base/ v isadoc/ CP/ CP[ 2 7 3 1 -1 - 0 ] . PD F
7. Agencia Nacional de Vigilância Sanit ár ia ( BR) [ hom epage n a I n t er n et ] . Con su lt a Pú b lica n o. 1 7 , d e 1 9 d e m ar ço d e 2 0 0 4 . Br asília. [ cit ad o 0 4 ag ost o 2 0 0 5 ] . Disp on ív el em : URL: h t t p: / / w w w 4 . anv isa. gov. br / base/ v isadoc/ CP/ CP[ 6 7 8 1 -1 - 0 ] . PD F
8. Spaulding EH. Chem ical disinfect ion of m edical and surgical m a t e r i a l s. I n : Bl o ck SS. D i si n f e ct i o n , st e r i l i z a t i o n a n d preservat ion. Philadelphia ( US) : Lea & Febiger; 1968. p. 517-3 1 .
9 . Baf f i SHO, Lacer da RA. Repr ocessam en t o e r eu t ilização de produt os odont o- m édico- hospit alares originalm ent e de uso ú n i co . I n : La ce r d a RA. Co n t r o l e d e i n f e cçã o e m ce n t r o ci r ú r g i co : f a t o s, m i t o s e co n t r o v ér si a s. Sã o Pa u l o ( SP) : At h en eu ; 2 0 0 3 . p. 2 1 3 - 3 8 .
1 0 . Pin t o TJA, Gr azian o KU. Rep r ocessam en t o d e ar t ig os m é d i c o s - h o s p i t a l a r e s d e u s o ú n i c o . I n : Fe r n a n d e s AT, Fer nandes MOV, Ribeir o N Filho. I nfecção hospit alar e suas int erfaces na área de saúde. São Paulo ( SP) : At heneu; 2002. p. 1070 – 8.
1 1 . Du n n D. Rep r ocessin g sin g le- u se d ev ices: t h e et h ical dilem m a. AORN J [ ser ial on t he I nt er net ] . May 2002 [ cit ed 2 0 0 4 Oct 2 6 ] ; 7 5 ( 5 ) : 9 8 9 - 1 0 0 4 ; [ 1 7 t elas] . Av ailable fr om : URL: ht t p: / / w w w . aor n. or g/ j our nal/ hom est udy / m ay 02b. pdf
1 2 . Psalt ik idis EM. Pr opost a m et odológica par a an álise dos cust os do reprocessam ent o de pinças de uso único ut ilizadas em cir u r gia v ídeo- assist ida. [ disser t ação] . São Pau lo ( SP) : Escola de En f er m agem / USP; 2 0 0 4 .
13. Rot h K, Heeg P, Reichl R. Specific hygiene issues relat ing t o r e p r o c e s s i n g a n d r e u s e o f s i n g l e - u s e d e v i c e s f o r lap ar oscop ic su r g er y. Su r g En d osc. 2 0 0 2 ; 1 6 : 1 0 9 1 - 7 . 1 4 . FDA ex poses pat ien t t o r isk of m edical r ecy clin g. USA TODAY 1 9 9 9 No v em b er ; 3 0 : 1 8 .