• Nenhum resultado encontrado

Intensidade da dor musculoesquelética e a (in)capacidade para o trabalho na enfermagem.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Intensidade da dor musculoesquelética e a (in)capacidade para o trabalho na enfermagem."

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

Artigo Original

Endereço para correspondência: Tânia Solange Bosi de Souza Magnago Universidade Federal de Santa Maria Av. Roraima, 1000, prédio 26 Camobi

CEP: 97105-900, Santa Maria, Brasil E-mail: tmagnago@terra.com.br Rev. Latino-Am. Enfermagem 20(6):[09 telas]

nov.-dez. 2012 www.eerp.usp.br/rlae

Intensidade da dor musculoesquelética e a (in)capacidade para o trabalho

na enfermagem

1

Tânia Solange Bosi de Souza Magnago

2

Ana Cláudia Soares de Lima

3

Andrea Prochnow

4

Marinez Diniz da Silva Ceron

4

Juliana Petri Tavares

5

Janete de Souza Urbanetto

6

Objetivo: objetivou-se avaliar a associação entre intensidade da dor musculoesquelética e redução

da capacidade para o trabalho em trabalhadores de enfermagem. Método: trata-se de estudo

transversal, envolvendo 592 trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário público do

Rio Grande do Sul, Brasil. Utilizou-se a versão brasileira do questionário finlandês, para o cálculo

do Índice de Capacidade para o Trabalho, cujo escore dos pontos varia de 7 a 49. A pontuação foi

dicotomizada como reduzida capacidade para o trabalho (7 a 36 pontos) e boa/ótima capacidade

(37 a 49 pontos). Avaliou-se a intensidade de dor musculoesquelética na última semana,

utilizando-se escala numérica de dor. Resultado: dos participantes, 43,3% apreutilizando-sentaram reduzida capacidade

para o trabalho e 48,8% relataram dor de intensidade forte a insuportável. Mesmo após ajustes pelos

potenciais fatores de confundimento (função e tempo na função), os trabalhadores que referiram

dor forte a insuportável tiveram quatro vezes mais chances de serem classificados no grupo com

reduzida capacidade para o trabalho. Conclusão: constata-se associação positiva entre intensidade

da dor musculoesquelética e redução da capacidade para o trabalho. Faz-se necessária a adoção de

medidas interventivas na estrutura organizacional, a fim de promover/restaurar a capacidade para

o trabalho.

Descritores: Enfermagem; Saúde do Trabalhador; Avaliação da Capacidade de Trabalho; Transtornos

Traumáticos Cumulativos; Dor.

1 Artigo extraído do projeto “Recém Doutor” e do Trabalho de Conclusão de Curso “Condições de trabalho, dor musculoesquelética e índice de

capacidade para o trabalho da equipe de enfermagem”. Apoio financeiro da Universidade Federal de Santa Maria, processo nº 23081.006225/2009-69 e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul, processo nº 0903826.

2 PhD, Professor, Universidade Federal de Santa Maria, Brasil. 3 Mestranda, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. 4 Mestranda, Universidade Federal de Santa Maria, Brasil. 5 Doutoranda, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

(2)

Objective: the aim was to evaluate the association between the intensity of musculoskeletal pain and reduction in work ability among nursing workers. Method: a cross-sectional study, involving 592 nursing staff in a public university hospital in Rio Grande do Sul, Brazil. The Brazilian version of the Finnish questionnaire for calculating Work Ability Index was used, whose score varies from 7 to 49 points. The score was dichotomized as reduced work ability (7 to 36 points) and good/ excellent ability (37 to 49 points). The intensity of musculoskeletal pain over the previous week was evaluated, using a numerical pain scale. Result: 43.3% of the participants had reduced work ability and 48.8% reported strong to unbearable pain. Even after adjusting for potentially confounding factors (function and length of service in the function), the workers who mentioned strong to

unbearable pain were four times more likely to be classiied in the group with reduced work ability.

Conclusion: A positive association was determined between intensity of musculoskeletal pain and reduction in work ability. It is necessary to adopt intervention measures in the organizational

structure, so as to promote/restore work ability.

Descriptors: Nursing; Occupational Health; Work Capacity Evaluation; Cumulative Trauma

Disorders, Pain.

Intensidad del dolor musculo-esquelético y la (in)capacidad para el trabajo en la enfermería

Objetivo: se objetivó evaluar la asociación entre intensidad del dolor musculo-esquelético y reducción de la capacidad para el trabajo en trabajadores de enfermería. Método: Estudio transversal, envolviendo 592 trabajadores de enfermería de un hospital universitario público de Rio Grande do Sul, Brasil. Se utilizó la versión brasileña del cuestionario Finlandés para el cálculo del Índice de Capacidad para el Trabajo, cuyo score de los puntos varia de 7 a 49. La puntuación fue dicotómica como reducida capacidad para el trabajo (7 a 36 puntos) y buena/óptima capacidad (37 a 49 puntos). Se evaluó la intensidad de dolor musculo-esquelético en la última semana, utilizándose escala numérica de dolor. Resultado: De los participantes, 43,3% presentaron reducida capacidad para el trabajo y 48,8% relataron dolor de intensidad fuerte a insoportable. Mismo después de ajustes por los potenciales factores de confundimiento (función y tiempo en

la función), los trabajadores que reirieron dolor fuerte a insoportable tuvieron cuatro veces más chances de ser clasiicados en el grupo con reducida capacidad para el trabajo. Conclusión:

se constata asociación positiva entre intensidad del dolor musculo-esquelético y reducción de la capacidad para el trabajo. Se hace necesario la adopción de medidas de intervención en la

estructura organizacional, a in de promover/restaurar la capacidad para el trabajo.

Descriptores: Enfermería; Salud Laboral; Evaluación de Capacidad de Trabajo; Trastornos de

Traumas Acumulados; Dolor.

Introdução

Os distúrbios musculoesqueléticos determinam um conjunto de sinais e sintomas concomitantes ou não (dor, desconforto, parestesia, sensação de peso, fadiga, limitação do movimento e incapacidade para o trabalho) que podem começar de forma insidiosa e evoluir rapidamente, caso não ocorram mudanças nas condições de trabalho(1). Eles têm se constituído em

importante problema de saúde pública, em vários países industrializados, e acometem trabalhadores de diversas proissões(1), dentre elas, a enfermagem(2-6).

Relatos por parte dos trabalhadores de enfermagem que sentem dor musculoesquelética (DME) estão

presentes na realidade do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), RS. No ano 2006, foi realizado, nessa instituição, um estudo(5) em que se avaliaram os aspectos

psicossociais do trabalho da enfermagem (demanda psicológica e controle sobre o trabalho)(7) e a relação

com a ocorrência dos distúrbios musculoesqueléticos, evidenciando elevados percentuais de relatos de DME, tanto no ano anterior quanto nos sete dias que antecederam a pesquisa.

Quando se visualizaram que a alta demanda psicológica e o baixo controle, conigurados como alta

(3)

Tela 3

Magnago TSBS, Lima ACS, Prochnow A, Ceron MDS, Tavares JP, Urbanetto JS.

saúde dos trabalhadores de enfermagem dessa instituição, surgiu a motivação para se investigar os elementos com potencial para o desencadeamento de alteração na capacidade de trabalho, dentre eles, os relatos de DME. A hipótese foi de que a intensidade da DME pode estar diretamente implicada na redução da capacidade para o trabalho dos proissionais de enfermagem.

Em relação a estudos realizados com trabalhadores do setor de saúde, pesquisas no Brasil indicaram a perda precoce da capacidade de trabalho(8-13). Essa perda estava relacionada

ao trabalho noturno(11), a características individuais e de

trabalho(8-12) e ao estresse laboral(13). Não se evidenciaram

estudos que avaliassem a relação entre capacidade para o

trabalho e a intensidade da dor musculoesquelética. Essa relação pode ser avaliada por meio do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT)(14), questionário idealizado por

pesquisadores do Finnish Institute of Occupational Health, e que avalia “o quão bem está ou estará o trabalhador presentemente ou num futuro próximo e quão capaz ele ou

ela pode executar seu trabalho em função das exigências, de seu estado de saúde e de suas capacidades físicas e mentais”(14). Esse questionário foi traduzido do original em

inglês para o português por um grupo multidisciplinar de pesquisadores, adaptado para a língua portuguesa falada no Brasil e publicado em português pelo Finnish Institute of Occupational Health,em 1997. Posteriormente, também

pela EDUFSCAR, em 2005(14).

A partir da questão norteadora “existe associação entre intensidade da DME e redução da capacidade para o trabalho na enfermagem?”, o presente trabalho objetivou avaliar a associação entre a intensidade da DME e a redução da capacidade para o trabalho em trabalhadores de enfermagem, de um hospital universitário público do

Rio Grande do Sul, Brasil. Nesse contexto, apresenta-se como objeto de estudo o índice de capacidade para o trabalho dos trabalhadores de enfermagem hospitalar.

Método

Este é um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição de ensino à qual as

autoras estão vinculadas (CAAE 0070.0.243.000-09), em junho de 2009. Foram deinidos como elegíveis os 592

trabalhadores de enfermagem concursados e atuantes em hospital universitário público do Rio Grande do Sul, Brasil. Como critério de inclusão, o trabalhador deveria ter ingresso na instituição por concurso público e estar no exercício de suas funções laborais, no momento da

realização do estudo. Foram excluídos os trabalhadores em licença ou afastamento de qualquer tipo, durante o período de coleta.

A coleta dos dados foi realizada entre os meses de setembro e dezembro de 2009, por meio da aplicação de um questionário com questões fechadas, referentes ao ICT(14), em relação à dor musculoesquelética(15), às

variáveis sociodemográicas e laborais. A distribuição e

o recolhimento dos questionários foram realizados por acadêmicos de enfermagem, previamente capacitados pela coordenadora da pesquisa. Após esclarecimento sobre o objetivo da pesquisa, os trabalhadores que aceitaram participar, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), sendo que receberam, preencheram e devolveram o questionário durante seu turno de trabalho.

Para avaliar o ICT (variável dependente) foi utilizada a versão brasileira(14) de um instrumento autoaplicável,

desenvolvido na Finlândia. O escore dos pontos varia de 7 a 49, dividindo-se de 7 a 27 (baixa capacidade para o trabalho), 28 a 36 (moderada capacidade), 37 a 43 (boa capacidade) e 44 a 49 (ótima capacidade)(14).

Para a comparação com as demais variáveis do estudo, a pontuação no ICT foi dicotomizada como reduzida capacidade para o trabalho (7 a 36 pontos) e boa/ótima capacidade (37 a 49 pontos).

A exposição – intensidade da DME (variável independente) – foi avaliada utilizando-se escala numérica de dor(15), adaptada para avaliar a dor de

origem musculoesquelética percebida na última semana. A pontuação varia de zero a 10, em que zero representa total ausência de dor e 10 a dor mais intensa já percebida pelo indivíduo. Para as análises, a intensidade da dor foi categorizada em: ausente (zero), dor fraca a moderada (1 a 6) e dor forte a insuportável (7 a 10).

Outras características avaliadas foram: a) variáveis sociodemográicas: sexo idade em tercis (24 a 36 anos,

37 a 46 anos e 47 a 69 anos); raça (branca, preta, parda e amarela); escolaridade (graduado e não graduado) e situação conjugal (solteiro, casado, separado, divorciado, viúvo); b) variáveis laborais: função (enfermeiro; técnico ou auxiliar de enfermagem); unidade de trabalho; tempo na função e na unidade; turno (diurno e noturno); carga horária semanal (30 e 36h); outro emprego (sim e não) e carga horária em outro emprego (até 20h e mais de 21h).

Para a inserção dos dados, foi utilizado o programa Epi-info®, versão 6.04, com dupla digitação independente.

Após a veriicação de erros e inconsistências, a análise

dos dados foi realizada no programa PASW Statistics®

(4)

o teste qui-quadrado ou exato de Fisher, para veriicar a signiicância estatística (p<0,05) com níveis de coniança

de 95%.

Foi utilizada regressão binária logística (pelo método Enter) para identiicar a associação ajustada

por fatores de confundimento entre o ICT e o nível de dor musculoesquelética. Nessas análises, as covariáveis foram consideradas como fatores de confundimento se associadas tanto ao desfecho (ICT) quanto à exposição (intensidade da dor musculoesquelética) com nível de coniança de 75% (p≤0,25). A medida de associação

utilizada foi a Odds Ratio (OR) e seus respectivos intervalos de coniança (IC95%). No modelo de regressão adotado,

foi realizada avaliação da multicolinearidade, por meio do cálculo do fator de inlação da variância (VIF). Onde, o

valor mínimo possível é igual a 1,0 e valores >10,0 podem indicar um problema de colinearidade. O teste de Hosmer e Lemeshow foi utilizado, a im de veriicar o modelo

melhor ajustado (mais próximo de 1,0).

Resultados

Do total da população elegível para o estudo (592), 498 (84%) responderam ao instrumento. As perdas (16%; n=94) resultaram de recusas à participação.

Caracterização da população: observou-se a predominância de mulheres (87,8%; n=437), com idade entre 47 e 69 anos (32,7%; n=163), da cor/raça branca (85,3%; n=425) e casadas (69,3%; n=345). Em relação ao peril laboral, predominam os técnicos e auxiliares de

enfermagem (73,5%; n=366); trabalhavam em média na função atual há 14,3 anos (±8,6) e na unidade atual há oito anos (±7,1) em turno noturno (40%; n=199); desenvolviam carga horária de 36 horas semanais (62,4%; n=311) e a minoria (17,9%; n=89) referiu outro emprego. Desses, 90,8% possuem mais um emprego e 9,2% possuem mais dois empregos. A carga horária no

outro emprego variou de 5 a 44 horas, com média de 27 horas (±10,8).

Caracterização da intensidade da DME(15): ao

ser avaliada a intensidade de dor ou desconforto musculoesquelético, 8,6% (n=43) não referiram dor nos últimos sete dias anterior à entrevista, 11,6% (n=112) apresentaram dor de fraca intensidade, 35,7% (n=188) dor moderada, 39% (n=194) dor forte e 5,1% (n=25) dor insuportável.

Caracterização do ICT(14): 5,7% (n=29) dos

trabalhadores foram classiicados com baixa capacidade

para o trabalho, 37,6% (n=187) com moderada capacidade, 41,4% (n=206) com boa capacidade e 15,3% (n=76) com ótima capacidade. Dicotomizando-se essas categorias, 43,3% (n=216) dos trabalhadores possuíam baixa/moderada capacidade para o trabalho (reduzida capacidade) e 56,7% (n=282) boa/ótima capacidade.

Tabela 1- Distribuição dos trabalhadores de enfermagem do hospital universitário, de acordo com o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT), segundo o nível de dor musculoesquelética. Santa Maria, RS, Brasil, set/dez de 2009 (n=498)

Intensidade da dor musculoesquelética

ICT

p* Baixa/moderada

capacidade

Boa/ótima capacidade

n % n %

Ausente 10 23,3 33 76,7

<0,0001

Fraca a moderada 75 31,8 161 68,2

Forte a insuportável 131 59,8 88 40,2

Total 216 43,4 282 56,6

*Teste qui-quadrado de Pearson.

Na Tabela 1, evidencia-se diferença signiicativa entre os grupos avaliados e associação positiva linear, com um gradiente tipo dose-resposta.

Tabela 2 – Distribuição dos trabalhadores de enfermagem do hospital universitário, de acordo com a intensidade de dor musculoesquelética e o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT), segundo características sociodemográicas. Santa Maria, RS, Brasil, set/dez de 2009 (n=498)

Variáveis sociodemográficas

Intensidade da dor musculoesquelética ICT

Fraca a moderada Forte a insuportável

p*

Reduzida capacidade

n % n % n % p*

Sexo (n=496) <0,001 0,001

Feminino 194 44,4 207 47,4 200 45,8

Faixa etária/em tercil (n=480) 0,062 0,021

24 a 36 anos 89 57,4 56 36,1 55 35,5

37 a 46 anos 68 42,0 78 48,1 69 42,6

47 a 69 anos 72 44,2 75 46,0 83 50,9

(5)

Tela 5

Magnago TSBS, Lima ACS, Prochnow A, Ceron MDS, Tavares JP, Urbanetto JS.

Ser do sexo feminino evidenciou maiores percentuais tanto para nível de dor forte a insuportável quanto para a redução da capacidade para o trabalho (p<0,001). Os

trabalhadores com mais de 47 anos apresentaram maior percentual para reduzida capacidade (p=0,021).

Tabela 2 - continuação

Variáveis sociodemográficas

Intensidade da dor musculoesquelética ICT

Fraca a moderada Forte a insuportável

p*

Reduzida capacidade

n % n % n % p*

Escolaridade (n=497) 0,537 0,108

Ensino médio 85 44,3 92 47,9 84 43,7

Graduação 68 47,6 64 44,8 71 49,7

Pós-graduação 83 51,2 63 38,9 61 37,7

Situação conjugal (n=493) 0,700 0,898

Casado/com companheiro 166 48,1 152 44,1 149 43,2

Solteiro/sem companheiro 69 46,6 64 43,2 63 42,6

Raça (n=492) 0,266 0,407

Preta 07 46,7 07 46,7 06 40,0

Parda/amarela/indígena 20 38,5 30 57,7 27 51,9

Branca 207 48,7 179 42,1 180 42,4

*Teste qui-quadrado de Pearson.

Tabela 3 – Distribuição dos trabalhadores de enfermagem do hospital universitário, de acordo com a intensidade de dor musculoesquelética e o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT), segundo características laborais. Santa Maria, RS, Brasil, set/dez de 2009 (n=498)

Variáveis laborais

Intensidade da dor musculoesquelética ICT

Fraca a moderada Forte a insuportável Reduzida capacidade

n % n % p* n % p*

Função 0,019 0,059

Enfermeiro 77 53,5 50 34,7 53 36,8

Técnico/auxiliar enfermagem 159 44,9 169 47,7 163 46,0

Turno de trabalho 0,108 0,645

Diurno 96 45,5 102 48,3 89 42,2

Noturno 140 48,8 117 40,8 127 44,3

Tempo na função (n=492) 0,022 0,106

Até 13 anos 135 52,9 101 39,6 101 39,6

≥14 anos 96 40,5 118 49,8 111 46,8

Tempo no setor (n=486) 0,956 0,606

Até seis anos 123 47,3 115 44,2 109 41,9

≥sete anos 109 48,2 97 42,9 100 44,2

Carga horária (CH) 0,349 0,026

30 horas/semanais 83 44,4 84 44,9 93 49,7

36 horas/semanais 153 49,2 135 43,4 123 39,5

Outro emprego (n=89) 0,669 0,073

Sim 46 51,7 36 40,4 31 34,8

CH outro emprego (n=82) 0,835 0,050

Até 20 horas 19 48,7 16 41,0 17 43,6

>20 horas (21 a 44h) 23 53,5 17 39,5 10 23,3

*Teste qui-quadrado de Pearson

Os técnicos/auxiliares e aqueles com maior tempo na função relataram dor de intensidade forte a insuportável. Já os outros que trabalham 30 horas semanais na instituição pesquisada e aqueles que exercem atividade

(6)

Tabela 4 – Associações bruta e ajustada entre os níveis de intensidade de dor musculoesquelética e o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Santa Maria, RS, Brasil, set/dez de 2009 (n=498)

problema entre trabalhadores de enfermagem. Pesquisa(2)

que investigou os sintomas musculoesqueléticos em trabalhadores de enfermagem concluiu que é elevada a ocorrência de queixas musculoesqueléticas em múltiplas regiões corporais, e que os fatores estavam relacionados à movimentação e ao transporte de pacientes. O trabalho da enfermagem é realizado, muitas vezes, de maneira repetitiva e desconfortável, o que pode resultar tanto em dor e desconforto musculoesquelético quanto em redução do ICT.

Ao ser avaliado o ICT, 41,4% dos trabalhadores de enfermagem foram classiicados com boa capacidade para o trabalho. Esses resultados corroboram outros

*Fator de inlação da variância=1,120

†Regressão binária logística ajustada 1: ICT+sexo+idade+função+tempo na função. ‡Regressão binária logística ajustada 2: ICT+função+tempo na função.

§p<0,0001

Variáveis

ICT* – Reduzida capacidade para o trabalho

OR (IC 95%) Fator de inflação da variância

Teste Hosmer e Lemeshow

Associação bruta 1,00

Dor musculoesquelética

Ausente 1,00

----Fraca a moderada 1,54 (0,72–3,28)

Forte a insuportável 4,91 (2,30–10,48) §

Associação ajustada 1† 0,491

Dor musculoesquelética 1,128

Ausente 1,00

---Fraca a moderada 1,39 (0,64–3,02)

Forte a insuportável 4,22 (1,94–9,17) §

Sexo

Masculino 1,00 --- 1,053

Feminino 1,90 (0,97–3,72)

Idade

24 a 36 anos 1,00 --- 1,662

37 a 46 anos 1,23 (0,71–2,13)

47 a 69 anos 1,87 (1,01–3,46)

Função 1,037

Enfermeiro 1,00

---Técnico/auxiliar de enf. 1,37 (0,88–2,13)

Tempo na função

Até 13 anos 1,00 --- 1,649

≥14 anos 0,87 (0,52–1,44)

Associação ajustada 2‡ 0,821

Dor musculoesquelética 1,021

Ausente 1,00

---Fraca a moderada 1,43 (0,66–3,09)

Forte a insuportável 4,60 (2,14–9,89) §

Função 1,017

Enfermeiro 1,00

---Técnico/auxiliar de enf. 1,28 (0,84–1,95)

Tempo na função 1,004

Até 13 anos 1,00

---≥14 anos 1,23 (0,84–1,79)

As chances de os trabalhadores de enfermagem que referiram DME de intensidade forte a insuportável serem classiicados no grupo com reduzida capacidade para o trabalho permaneceram, mesmo após ajustes pelos potenciais fatores de confundimento (função e tempo de trabalho na função).

Discussão

(7)

Tela 7

Magnago TSBS, Lima ACS, Prochnow A, Ceron MDS, Tavares JP, Urbanetto JS.

estudosem que os percentuais para boa capacidade para o trabalho variaram de 41,8 a 80,0%(8-9,16). Apesar

das altas demandas físicas e mentais, decorrentes do ambiente hospitalar insalubre,e do elevado percentual de trabalhadores com DME, maior número de trabalhadores apresenta boa capacidade para o trabalho, podendo indicar a existência de outros fatores, não mensurados neste estudo, que interferem positivamente no ICT.

Neste estudo, foi encontrada associação positiva tanto para DME quanto para redução da capacidade para o trabalho entre as trabalhadoras de enfermagem. Estudo(17)

evidenciou prevalência da capacidade para o trabalho inadequada 84% maior no sexo feminino em relação ao sexo masculino (RP=1,84; IC 95%=1,06–3,18).

No que tange à maior frequência de relatos de DME por trabalhadores do sexo feminino, os resultados são controversos(18). Porém, duas possíveis razões

são apresentadas(19) para essa maior frequência: a)

as mulheres experimentariam mais estresse e teriam estratégias de coping diferentes das empregadas pelos homens, resultando maior frequência de relatos, e b) pode haver diferenças no processamento de informação sobre a interpretação somática entre homens e mulheres. Há autores(20) que postulam que o fato de as mulheres

tenderem a apresentar maiores índices de lesões musculoesqueléticas as remeteria a uma redução do ICT.

Na avaliação da faixa etária, icou evidenciada associação estatisticamente signiicativa com a redução

da capacidade para o trabalho (p=0,021). Essa associação se manteve no modelo de regressão logística (OR=1,87; IC95%=1,01–3,46). Estudo(9) constatou reduzida

capacidade para o trabalho nos trabalhadores com idade média de 44,2 anos. Outro(21) identiicou correlação

inversa e fraca (r =-0,22; p=0,0394) entre ICT e idade do trabalhador, ou seja, quanto mais jovem o enfermeiro melhores foram os escores do ICT. Esses resultados reforçam a necessidade de se atentar à capacidade laboral e às condições de trabalho, no intuito de manter o trabalhador saudável ao longo dos anos que permanecerá no mercado de trabalho, prevenindo o envelhecimento precoce e a incapacidade laboral(21).

Dentre as características laborais pesquisadas neste estudo, destacaram-se como signiicantes a categoria

de técnicos/auxiliares de enfermagem, o maior tempo na função e a carga horária de 30 horas semanais. Em relação à função, apontou-se associação signiicativa entre

ser técnico/auxiliar de enfermagem e maior percentual de referência de dor musculoesquelética (47,7%; p=0,019) e tendência para a redução da capacidade para o trabalho (46%; p=0,059). Há evidências, em estudos anteriores(3-4),

de que a categoria de auxiliares de enfermagem é a que

possui maior frequência (84,6%) de atendimentos no setor de atendimento à saúde do trabalhador.

Nesses resultados, pode estar expressa a realização de atividades mais pesadas e mais repetitivas da classe proissional. Na divisão hierarquizada e vertical do trabalho

da enfermagem, as tarefas de execução, na maioria das vezes, são efetuadas pelos técnicos e auxiliares, que possuem menor autonomia de decisão sobre o próprio trabalho(18). Soma-se a isso o ritmo intenso, a

repetitividade das tarefas e o tempo para realizá-las(22).

Tais características do trabalho da enfermagem,aliadas ao resultado encontrado neste estudo de que os trabalhadores com maior tempo na função apresentam maior percentual para relatos de DME (49,8%; p=0,022), sinalizam a necessidade de medidas de intervenção e de promoção da saúde o mais precocemente possível, a partir da inserção do proissional no ambiente laboral, no sentido de prevenir

ou minimizar os danos à saúde e à capacidade laboral(18).

No que se refere à carga horária, os trabalhadores com 30 horas semanais apresentaram maior percentual para redução da capacidade para o trabalho (p=0,026). Na instituição pesquisada, essa carga horária corresponde aos trabalhadores que executam suas atividades no turno noturno. Corroborando esses achados, outro estudo(11)

também evidenciou chances mais elevadas (OR 2,00; IC 1,01-3,95) de redução da capacidade para o trabalho. Apesar de, neste estudo, a avaliação quanto ao turno de trabalho não ter apresentado diferença signiicativa

entre os grupos (p>0,05), é pertinente salientar que o trabalho noturno altera os períodos do sono e faz com que o trabalhador tenha que trocar o dia pela noite, o que transgride as regras do funcionamento isiológico e

cronobiológico do corpo humano. Muitas pessoas também tendem a alterar seus períodos de sono durante o dia com afazeres domésticos e ruídos, o que diminui o tempo de descanso e de lazer(10). Além disso, o trabalho noturno

causa desordem no ritmo diário dos trabalhadores, podendo causar mal-estar, fadiga, sonolência, insônia, irritabilidade, prejuízo da agilidade mental, do desempenho e da eiciência(23), sendo que esses

(8)

Aspecto interessante encontrado neste estudo foi que trabalhadores com dupla jornada de trabalho possuíam

ICT mais favorável do que aqueles com um único trabalho (p>0,05). Esse aspecto merece melhor elucidação, de

forma a se conhecer os mecanismos que possam estar

contribuindo para esses resultados. Preliminarmente, há de se considerar que aspectos como a necessidade

de complementação da renda, a perspectiva de um futuro inanceiro melhor, o prazer gerado pelo trabalho, a possibilidade de trabalhar com pessoas, cheias

e ambientes diferentes – podendo fazer com que o trabalhador repense como fazer o seu trabalho, evitando

as atividades rotineiras que recaem negativamente sobre a saúde e a capacidade para o trabalho – podem estar mobilizando esses trabalhadores para um ICT classiicado

como bom/ótimo em sua maioria. Outras pesquisas evidenciaram relação signiicativa entre dois empregos

e reduzida capacidade para o trabalho(25) e entre não

possuir outra atividade remunerada e ótima capacidade

para o trabalho(9).

No que se refere à conirmação da hipótese do

presente estudo, o resultado obtido soma-se a outros já

publicados neste periódico, nos últimos dois anos, sobre avaliação da capacidade para o trabalho(12-13)e contribui para a identiicação de associação positiva entre DME de

intensidade forte a insuportável e reduzida capacidade para o trabalho. Percebe-se assim a necessidade de maior

atenção à saúde desses trabalhadores e um olhar atento às condições de trabalho, tendo em vista a necessidade

de diminuição da dor e aumento da capacidade para o trabalho desses proissionais.

Em estudo com trabalhadores de enfermagem do setor de emergência veriicou-se que 28,6% dos trabalhadores com ICT moderado, bom e ótimo tiveram

maior frequência de diagnóstico médico de doença

musculoesquelética(8). Esses achados assinalam que a

DME é uma realidade presente no cotidiano, mesmo para os trabalhadores de enfermagem classiicados com boa capacidade para o trabalho. Tal fato justiica a importância

da adoção de medidas preventivas e interventivas tanto

por parte dos trabalhadores quanto dos gestores.

Dentre as limitações deste estudo, destaca-se que,

por se tratar de estudo transversal, não é possível concluir, com segurança, a respeito de relações causais, tendo em

vista que esses estudos exploram, simultaneamente,

a exposição e a condição de saúde do sujeito. Além disso, destaca-se que não foram incluídos trabalhadores

em afastamento para tratamento de saúde, o que pode inluenciar os resultados pelo viés do efeito do trabalhador

saudável.

Conclusões

Conclui-se que o maior percentual de trabalhadores de enfermagem (91,4%) referiu dor de intensidade fraca a insuportável, sendo que 43,3% possuem reduzida capacidade para o trabalho.No contexto do adoecimento dos trabalhadores de enfermagem, DME é um dos fatores que mais afeta esses trabalhadores e que contribui para reduzir a capacidade para o trabalho, fato esse conirmado neste estudo. Identiicou-se, ainda, que as chances de os trabalhadores de enfermagem, que referiram DME de intensidade forte a insuportável, serem classiicados no grupo com reduzida capacidade para o trabalho permaneceram.

Assim, a avaliação do ICT torna-se relevante tendo em vista que fornece subsídios para a implementação de medidas de promoção à saúde, de prevenção a agravos, de forma a atuar no ambiente laboral em que o trabalhador está inserido. Com isso, a partir dos resultados deste estudo busca-se oferecer subsídios para instaurar ações que preservem a capacidade para o trabalho dos proissionais dessa e de outras instituições. Uma estratégia para minimizar esse problema seria adotar gerência participativa, no sentido de aproximar o trabalhador das discussões e do levantamento de carências no processo e na organização do trabalho, no sentido de encontrar as melhores soluções para os problemas e salvaguardar seus direitos à saúde no trabalho. Sugere-se a adoção de estudos longitudinais, a im de veriicar a relação de causa e efeito entre exposição e desfecho, assim como a mensuração de outras variáveis que possam interferir na capacidade para o trabalho.

Referências

1. Ministério da Saúde (BR). Instrução normativa INSS/ DC n° 98, de 05 de dezembro de 2003. Aprova Norma Técnica sobre Lesões por Esforços Repetitivos - LER ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho-DORT. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2003.

2. Gurgueira GP, Alexandre NMC, Corrêa Filho HR. Prevalência de sintomas músculo-esqueléticos em trabalhadoras de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2003;11(5):608-13.

3. Varela CD, Ferreira SL. Perfil das trabalhadoras de enfermagem com diagnóstico de LER/DORT em Salvador-Bahia 1998-2002. Rev Bras Enferm. 2004;57(3):321-5. 4. Murofuse NT, Marziale MHP. Doenças do sistema osteomuscular em trabalhadores de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2005;13(3):264-73.

(9)

Tela 9

Magnago TSBS, Lima ACS, Prochnow A, Ceron MDS, Tavares JP, Urbanetto JS.

Recebido: 24.3.2012 Aceito: 6.11.2012

Como citar este artigo:

Magnago TSBS, Lima ACS, Prochnow A, Ceron MDS, Tavares JP, Urbanetto JS. Intensidade da dor musculoesquelética e a (in)capacidade para o trabalho na enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem [Internet]. nov.-dez. 2012 [acesso em: ___ ___ ___];20(6):[09 telas]. Disponível em:

______________________________________

musculoskeletal disorders in nursing workers. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2010;18(3):429-35.

6. Fonseca NR, Fernandes RCP. Factors Related to Musculoskeletal Disorders in Nursing Workers. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2010;18(6):1076-83.

7. Karasek R, Theörell T. Healthy work-stress, productivity, and the reconstruction of working life. New York: Basic Books; 1990.

8. Duran ECM, Cocco MIM. Capacidade para o trabalho entre trabalhadores de enfermagem do pronto-socorro de um hospital universitário. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2004;12(1):43-9.

9. Raffone AM, Hennington E.A. Avaliação da capacidade funcional dos trabalhadores de enfermagem. Rev Saúde Pública. 2005;39(4):669-76.

10. Fischer FM, Borges NS, Rotenberg L, Latorre MRDO, Soares NS, Rosa PLFS et al. A (in)capacidade para o trabalho em trabalhadores de Enfermagem. Rev Bras Med Trab. 2005;3(2):97-103.

11. Rotenberg L; Griep RH; Fischer FM; Fonseca Mde J; Landsbergis P. Working at night and work ability among nursing personnel: when precarious employment makes the difference. Int Arch Occup Environ Health. 2009;82(7):877-85.

12. Hilleshein EF, Lautert L. Work capacity, sociodemographic and work characteristics of nurses at a university hospital. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2012;20(3):520-7.

13. Negeliskii C, Lautert L. Occupational stress and work capacity of nurses of a hospital group. Rev Latino-Am. Enfermagem. 2011;19(3):603-13.

14. Tuomi K, Ilmarinen J, Jahkola A, Katajarinne L, Tulkki A. Índice de Capacidade para o Trabalho. Tradução de FM Fischer. Helsinki: Instituto de Saúde Ocupacional; 2005. 15. Jensen MP, Karoly P, Braver S. The measurement of clinical pain intensity: a comparison of six methods. Pain. 1986;27(1):117-26.

16. Martinez MC, Latorre MRDO, Fischer FM. Work ability: a literature review. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15(Supl.1):1553-61.

17. Vasconcelos SP, Fischer FM, Reis AOA, Moreno CRC.

Fatores associados à capacidade para o trabalho e percepção

de fadiga em trabalhadores de enfermagem da Amazônia Ocidental. Rev Bras Epidemiol. 2011;14(4):688-97

18. Magnago TSBS, Lisboa MTL, Griep RH, Kirchhof ALC, Camponogara S, Nonnenmacher CQ, et al. Nursing workers: work conditions, social-demographic characteristics and skeletal muscle disturbances. Acta Paul Enferm. 2010;23(2):187-93.

19. Willians PG, Wiebe DJ. Individual differences in self-assessed health: gender, neuroticism and physical symptom reports. Pers Individ Dif. 2002;28(5):823-35. 20. Walsh IAP, Corral S, Franco RN, Canetti EEF, Alem MER, Coury HJCG. Capacidade para o trabalho em indivíduos com lesões músculo-esqueléticas crônicas. Rev Saúde Pública. 2004;38(2):149-56.

21. Hilleshein EF, Souza LM, Lautert Liana, Paz AA, Catalan VM, Teixeira MG, Mello DB. Capacidade para o trabalho

de enfermeiros de um hospital universitário. Rev Gaúcha Enferm. 2011;32(3):509-15.

22. Mello MC, Fugulin FMT, Gaidzinski RR. O tempo no processo de trabalho em saúde: uma abordagem sociológica. Acta Paul Enferm. 2007;20(1):87-90.

23. Campos MLP, Martino MMF. Aspectos cronobiológicos do ciclo vigília-sono e níveis de ansiedade dos enfermeiros nos diferentes turnos de trabalho. Rev Esc Enferm USP. 2004;38(4):415-21.

24. Silva RM, Beck CLC, Magnago TSBS, Carmagnani MIS,Tavares JP, Prestes FC. Trabalho noturno e a repercussão na saúde dos enfermeiros. Esc Anna Nery. 2011;15(2):270-6.

25. Monteiro MI, Fernandes ACP. Capacidade para o trabalho de trabalhadores de empresa de tecnologia da informação. Rev Bras Enferm. 2006;59(5):603-8.

URL dia

Referências

Documentos relacionados

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

esta espécie foi encontrada em borda de mata ciliar, savana graminosa, savana parque e área de transição mata ciliar e savana.. Observações: Esta espécie ocorre

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Considerando a importância dos tratores agrícolas e características dos seus rodados pneumáticos em desenvolver força de tração e flutuação no solo, o presente trabalho

A simple experimental arrangement consisting of a mechanical system of colliding balls and an electrical circuit containing a crystal oscillator and an electronic counter is used

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for