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Toxidez de alumínio e manganes em sorgo sacarino (Sorghum bicolor L. Moench): III relações entre P, Mg e AL.

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Academic year: 2017

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TOXIDEZ DE ALUMÍNIO E MANGANES EM SORGO SACARINO (Sorghum b i c o l o r L. MOENCH). I I I RELAÇÕES

ENTRE P, Mg E A L *

Ana Cândida P. A g u i r r e P r i m a v e s i * * E. M a l a v o l t a * * * Odo P r i m a v e s i * * * *

RESUMO

Condúziu-se um experimento em casa de vegetação, em solução n u t r i t i v a de Hoa¬ gland e Arnon nº 1, modificada para a solução padrão contendo os tratamentos

( n í v e i s de A l , P, Mg) e usando-se qua-tro c u l t i v a r e s de sorgo s a c a r i n o :

CMS x S603, Br500, Sart e Br602. Após a c o l h e i r a determinou-se os pesos da maté¬

r i a seca da r a i z e parte aérea e os teo¬ res de P, K, C a , Mg e A l . V e r i f i c o u - s e que: a) a t o l e r â n c i a r e l a t i v a dos c u l t i ¬ * Parte da tese apresentada pelo primeiro autor a ESALQ, USP, P i r a c i c a b a . Entregue para publicação em: 30/04/87.

* * EMBRAPA * * * CENA, USP

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vares for indicada pela produção de ma¬ t é r i a seca do sistema r a d i c u l a r na s e -guinte ordem decrescente: SART > CMS x S603 > Br500 > B r 6 0 2 . b) a elevação dos n í v e i s de Mg no substrato permitiu um aumento na t o l e r â n c i a ao alumínio desde que o f ó s f o r o se apresentasse em a l t a concentração. c) os teores dos elementos C a , Mg, K, P e Al na parte aérea dos c u l t i v a r e s , comparando-se tra¬ tamentos que acarretaram as maiores e menores produções de matéria seca na presença de A l , e grau de t o l e r â n c i a ao mesmo, foram d i f e r e n t e s para os cul¬

t i v a r e s . d) ocorreu estimulo na produ-ção de matéria seca para determinadas combinações de n í v e i s de Al e n u t r i e n

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MATERIAIS E MÉTODOS

Os c u l t i v a r e s de sorgo s a c a r i n o usados foram: CMS x S603, Br500, S a r t e Br602.

Colocou-se as sementes, que foram r e v e s t i d a s com f u n g i c i d a , para germinar em v e r m i c u l i t a umidecida com solução de CaSOi4.2H2O 10

- Z*M (MALAVOLTA, 1 9 7 5 ) , no d i a I 9 / 0 9 / 8 I . Com 14 d i a s as p l a n t a s foram t r a n s f e r i d a s p a -ra bandejas (40 1 ) com solução n u t r i t i v a n? 1 de HOA-LAND & ARNON ( 1 9 5 0 ) , modificado para a solução padrão contendo os tratamentos. Forneceu-se os m i c r o n u t r i e n t e s a t r a v é s da solução " a " e solução de Fe EDTA (MALAVOLTA,

1 9 7 5 ) . F e z - s e o balanço n u t r i c i o n a l da solução (SARRUGE, 1 9 7 5 ) . Semanalmente s u b s t i t u i u - s e a solução n u t r i t i v a , que foi arejada continuamente com ajuda de compressor de a r . Os volumes das soluções foram mantidos com água d e s t i l a d a e o pH da solução ajustado para 4 , 0 - 4 , 5 .

Foi a seguinte a composição da solução padrão: KNO3 M-5 m l / l ; MgSOz4.7H2O M-2 m l / l ; Fe-EDTA - 1 m l / l e solução " a " (micronutrientes) - 1 m l / l . Os tratamentos foram: Al (ppm) AlQ = 0 , A l ] = 6 , Al 2 = 1 2 ; P (mM) -P] = 0 , 0 1 2 5 , P2 = 0 , 0 5 , P 3 = 0 , 2 5 ; Mg(mM) - Mg 1 = 0 , 0 5 ,

Mg2 = 0 , 2 , Mg3 = 2 , 0 . O n í v e l 3 de Mg é correspondente ao da solução de Hoagland e Arnon (SARRUGE, 1 9 7 5 ) . Para e v i t a r a p r e c i p i t a ç ã o do A l , o n í v e l 3 de P f o i r e d u z i -do a 1/4 -do n í v e l da solução de Hoagland e Arnon (NO-GUEIRA, 1 9 7 9 ) .

O delineamento experimental constou de p a r c e l a s subdivididas,com p a r c e l a s representadas pelos tratamen-tos ( 2 7 ) do f a t o r i a l (3x3x3) e subparcelas pelos quatro c u l t i v a r e s , com quatro repetições inteiramente c a s u a l i -zadas.

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foi moído em moinho t i p o Wiley com peneira 20 (SARRUGE & HAAG, 1 9 7 4 ) . Obteve-se o e x t r a t o a t r a v é s de digestão n i t r o p e r c l o n i c a onde foram determinados os elementos P, Ca, Mg e Al por espetrometria de emissão com plasma i n duzido em a r g o n i o . O p o t á s s i o f o i determinado por f o t o -metria de chama.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Matéria seca

Determinados os pesos da materia seca da r a í z e parte aérea dos quatro c u l t i v a r e s (Tabela l ) , v e r i f i c o u -se a -seguinte ordem decrescente para a exploração do po t e n c i a l de produção de matéria seca da r a í z e da parte a é r e a : Br602 > S a r t > CMS x S603 > B r 5 0 0 . No n í v e l 12 ppm de Al o c u l t i v a r S a r t apresentou maior produção de matéria seca que B r 6 0 2 .

Baseado na porcentagem de redução na produção de matéria seca devido ao n í v e l l 2 ppm de A l , v e r i f i c o u - s e :

a) na r a í z , os tratamentos que proporcionaram o mai or grau de t o l e r â n c i a ao Al foram: P3Mg3 para os c u l t i v a

res S a r t (redução para 62,0¾) e Br602 (redução para 4 5 , 5 ¾ ) , P2Mg2 para CMSxS603 (57,3¾) e PjMgl para Br500

( 5 2 , 2 ¾ ) . Na parte a é r e a , o grau de t o l e r â n c i a se apresen tou baixo não havendo d i f e r e n ç a s entre c u l t i v a r e s (Tabe la 2 ) .

b) na r a í z e parte a é r e a , o menor grau de t o l e r â n -c i a f o i devido ao tratamento P2Mg3 para todos os c u l t i -v a r e s .

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-tes (tratamentos), e s p e c í f i c a ao c u l t i v a r : r a i z - S a r t > CMS x S603 > Br 500 > Br 602.

V e r i f i c a r a m - s e aumentos de produção de matéria seca no n í v e l 6 ppm de Al para os c u l t i v a r e s CMS x S 6 0 3 , Br 500 e Sart (Tabela 1 ) . Este f a t o sugere o e f e i t o be-néfico do Al quando em combinação com n í v e i s adequados dos outros n u t r i e n t e s , o que tem sido relatado por BRAU NER e SARRUGE ( 1 9 8 0 ) , JOHNSON e JACKSON ( 1 9 6 4 ) e SANTA~

NA et a l i i ( 1 9 7 7 ) .

Elementos minerais

Comparando-se os tratamentos que acarretaram as maiores e menores produções de matéria seca e t o l e r â n -c i a ao Al (Tabela 2 ) , para -cada -c u l t i v a r , v e r i f i -c o u - s e o seguinte comportamento dos elementos minerais na

par-te aérea quanto ao par-teor e quantidade (Tabela 3 ) :

a) comparando-se os tratamentos que proporcionaram a maior e menor produção de matéria seca

- os c u l t i v a r e s CMSXS 6 0 3 e Br 6 0 2 apresentaram teo-res mais elevados de K e P e menoteo-res de Mq, Al e Ca e quantidades maiores de C a , Mg, K, P e A l .

o c u l t i v a r Br 500 mostrou teores maiores dos e l e -mentos C a . Mq, K, P e menores de Al e quantidades maiores de C a , Mq, K, P e A l .

- o c u l t i v a r Sart apresentou teores e quantidades maiores de C a , Mq, K, P e A l .

b) no tratamento que propiciou o maior grau de t o l e r â n -c i a ao Al quando -comparado ao que -condi-cionou a me-nor t o l e r â n c i a .

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- os c u l t i v a r e s Br 500 e Br 602 apresentaram teores mais elevados de C a , Mg, K, P e menores de Al e quantidades maiores de C a , Mg, K, P e A l .

Considerando-se o n í v e l 3 de f ó s f o r o (Tabela 4 ) , nota-se um aumento no grau de t o l e r â n c i a ao A l , nos cul t i v a r e s , com as doses de Mg, tanto na parte aérea c o -mo na r a i z . RHUE e GROGAN ( 1 9 7 7 ) , relatam que em milho, aumentandose as concentrações de Mg d e c r e s c i a a tox i -dez de a l u m í n i o . C o n s t a t a - s e também a importância da combinação dos n í v e i s para a t i n g i r a máxima produção de matéria seca e/ou o maior grau de t o l e r â n c i a , v i s t o gue o aumento no grau de t o l e r â n c i a com as doses de magné-sio só se v e r i f i c o u em presença do n í v e l 3 de P.

CONCLUSÕES

- Os c u l t i v a r e s mostraram mudanças no grau de to-l e r â n c i a ao ato-lumínio quando se variaram os n í v e i s de nu-t r i e n nu-t e s no s u b s nu-t r a nu-t o .

- Ocorreu um aumento na t o l e r â n c i a ao a l u m í n i o , com a elevação dos n í v e i s de magnésio sempre gue o f ó s

-foro foi mantido em a l t a concentração.

- Quanto ao grau de t o l e r â n c i a ao a l u m í n i o , indi dado pela produção de materia seca r a d i c u l a r , v e r i f i c o u -se gue os c u l t i v a r Sart -se apre-sentou mais t o l e r a n t e , os c u l t i v a r e s CMSxS 603 e Br 500 medianamente t o l e r a n t e s e Br 602 o mais s u s c e p t í v e l .

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SUMMARY

INDUCED TOXICITIES OF ALUMINUM AND MANGANESE IN SWEET SORGHUM. I I I . RELATIONS

BETWEEN P, Mg AND A l .

Four v a r i e t i e s of sweet sorghum ( C M S x S 6 0 3 ) , Br500, Sart and Br602) were qrown in a modified Hoagland's

s o l u t i o n in order to supply v a r y i n q l e v e l s of A l , P and Mg. After harvesting dry matter was measured both

in roots and tops, and analyses for P, K, C a , Mg and Al were made. The f o l l o w i n g was observed: a) tolerance of the v a r i e t i e s was better indicated by root dry matter according to a decreasing order - S a r t , CMSxS 603, Br 500, Br 602; b) when the Mg concentration in the s u bstrate was r a i s e d , tolerance to Al t o x i c i t y was i n -creased provided P was supplied at a r e l a t i v e l y high

l e v e l ; c) maximum and minimum dry matter y i e l d of the tops were a s s o c i a t e d with P, K, C a , Mg and Al contents which were d i f f e r e n t for the four v a r i e t i e s ; d) depending upon the v a r i e t y and of the supply of the other n u t r i e n t s (P and Mg) a s t i m u l a t i o n on growth was caused by low Al l e v e l s in the n u t r i e n t s o l u t i o n .

LITERATURA CITADA

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de t o l e r â n c i a ao alumínio sobre as concentrações de P, Ca e Mg das p a r t e s a é r e a s . Anais da ESALQ , 3 7 ( 2 ) : 8 3 7 - 8 4 8 .

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Referências

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