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Diversidade de borboletas (Lepidoptera, Papilionoidea e Hesperioidea) em fragmentos de Floresta Estacional Decidual em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.

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Academic year: 2017

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Os lepidópteros form am um a das m ais abun dan tes orden s de in setos, com cerca de 146000 espécies descritas (HEPPNER 1991). As borboletas possuem h ábito diurn o e são represen tadas por cin co fam ílias, Hesperiidae, Papilion idae, Pieridae, Lycaen idae e Nym ph alidae. Na região Neotropical, as borboletas som am en -tre 7100 (BECCALONI & GASTON 1995) e 7900 espécies (HEPPNER 1991) en quan to n o Brasil ocorrem en tre 3100 (BECCALONI & GASTON 1995) e 3200 espécies (BROWN JR & FREITAS 1999).

As borboletas estão en volvidas em m uitas in terações eco-lógicas den tro das com un idades a que perten cem , destacan dose as m utualísticas (polin ização) e de predação (h erbivoria), den -tre outras. Elas ain da servem com o m odelo em pesquisas de eco-logia de populações e com portam en to (pela facilidade de m ar-cação n as asas); gen ética da seleção n atural e em processos bási-cos com o: alim en tação, p arasitism o, com p etição e p red ação (iden tificação de substân cias tóxicas presen tes, cam uflagem e

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Brasil

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M ônica B. Dessuy & Ana B. B. de M orais

Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal, Departamento de Biologia, Centro de Ciências N aturais e Exatas, Universidade Federal de Santa M aria. Faixa de Camobi, km 09, 97105-900 Santa M aria, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: monicadessuy@yahoo.com.br

ABSTRACT. DivDivDiverDivDiverererersitysitysitysitysity ofofof bofof bbbbutterfutterfutterfutterfutterflieslieslieslieslies (Lepidopter(Lepidopter(Lepidopter(Lepidopter(Lepidopteraaaaa, PaPapilionoideaPaPaPapilionoideapilionoideapilionoideapilionoidea eeeee HesperHesperHesperHesperHesperioidea)ioidea)ioidea)ioidea) inioidea)inin frininfrfrfrfragmentsagmentsagmentsagments ofagmentsofofofof decidualdecidualdecidualdecidualdecidual seasonal

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KEY WORDS. Butterfly; conservation; inventory; South Brazil; species richness.

RESUMO. Foram realizadas seis saídas a campo bimestrais, entre julho de 2004 e julho de 2005, em três fragmen-tos de Floresta Estacional Decidual de Santa Maria, Rio Grande do Sul: Morro do Elefante (E), Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C). Em 135 horas de amostragem, foram registradas 1594 borboletas, distribuídas em 145 espécies. Destas, 59% pertencem a família Nymphalidae, 19% Hesperiidae, 10% Papilionidae, 7% Pieridae e 5% Lycaenidae. Foram registradas nove espécies de borboletas ainda não publicadas para o Estado. M apresentou maior riqueza e abundância de espécies. A menor riqueza foi observada em E e a menor abundância em C. Os índices de diversidade de Shannon-Wiener e de Margalef tiveram a mesma ordenação entre os locais, sendo maiores em M, local mais heterogêneo e perturbado, e menores em E. Os índices de dominância de Simpson e de Berger-Parker, por sua vez, foram mais representativos em E, com o maior número de espécies abundantes, e menos em C. Apenas 30% das espécies foram comuns aos três locais. Cerca da metade do total de espécies registradas foram exclusivas de um dos locais. A maior similaridade (Índices de Morisita e de Jaccard) foi observada entre M e E, e a menor entre E e C.

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m im etism o) (BOGGS et al. 2003). No Brasil, são objeto de m uitos estudos cien tíficos (BROWN JR 1996), poden do ain da ser usadas com o in dicadoras em levan tam en tos de faun a e determ in ação de prioridades, plan ejam en to e adm in istração de reservas n atu-rais (BROWN JR 1992, BROWN JR & FREITAS 2002, EMERY et al. 2006). A diversidade de borboletas (m ais do que a riqueza) está sign ificativam en te correlacion ada tan to com a área de m ata com o com seu grau de isolam en to (BAZ & BOYERO 1995). As diferen ças n a diversidade en tre h abitats podem ser atribuídas à variedade de con dições apropriadas para as borboletas, o que in clui fon te d e n éctar, águ a, lam a e in cid ên cia d e lu z solar (BROW N JR & HUTCHINGS 1997, TUMUHIMBISE et al. 2001), além da con ectividade en tre áreas de m ata e jardin s cultivados (BROWN JR & FREITAS 2002). Devido ao fato de possuírem represen tan tes com tam an h o gran -de, coloridos e de fácil visualização, as borboletas poderiam ser usadas com o “ban deiras” para con servação e in dicadores para m on itoram en to am bien tal (NEW 1997). Den tre os m otivos para tais usos, destaca-se o fato de serem com un s o an o in teiro, apresen tarem gran de diversidade, facilidade de am ostragem e iden -tificação, ciclos de vida pequen os e facilidade de criação em la-b o r a t ó r io . Ain d a r e sp o n d e m r a p id a m e n t e a a lt e r a çõ e s am bien tais, p or serem esp ecialistas em recu rsos esp ecíficos e possuírem fidelidade de m icroh abitat, perm itin do assim ações rápidas com o reação a degradação do h abitat. Sua presen ça pode in dicar um a con tin uidade de sistem as frágeis e com un idades ri-cas em espécies, e sua ausên cia um a perturbação, fragm en tação ou en ven en am en to forte dem ais para m an ter a in tegridade dos sistem as e da paisagem (NEW et al. 1995, BROWN JR 1996, BROWN JR & HUTCHINGS 1997, BROWN JR & FREITAS 1999).

No Estado do Rio Gran de do Sul, n ão existe um registro com pleto das espécies de borboletas que ocorrem . A m aioria dos trabalh os dispon íveis foi executada com objetivos diversos, uti-lizan do m etodologias distin tas ou n ão explicitadas. O projeto “As Borboletas do Rio Gran de do Sul”, desen volvido n o Depar-tam en to de Zoologia da UFRGS desde 1996, vem estudan do a faun a de borboletas das Un idades de Con servação do Estado, utilizan do m étodos padron izados (ISERHARD & ROMANOWSKI 2004), sem , n o en tan to, ter am ostrado a região cen tral. O presen te es-tudo, utilizan do a m etodologia do referido projeto, busca carac-terizar a faun a de borboletas de fragm en tos da Floresta Estacion al Decidu al da Fralda da Serra Geral de San ta Maria, através de listagem de espécies e m edidas de riqueza, abun dân cia, diversi-dade, dom in ân cia e sim ilaridade. Preten de-se forn ecer ain da subsídios para con servação desse grupo de in setos e do am bien -te n atural da região, caren -te de áreas legais de preservação, e atualm en te sob forte pressão an trópica.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de Estudo

Localizado n o cen tro geográfico do Rio Gran de do Su l, o m u n icípio de San ta Maria (29º42’S e 53º42’W ) (Fig. 1) possu i clim a tem perado ch u voso e q u en te, do tipo Cfa, com n evoei-ros. A precipitação m édia an u al é de 1732 m m e a tem peratu ra

m édia an u al oscila en tre 18º C e 20º C (NIMER 1990). Em term os de vegetação, perten ce à Floresta Estacion al Decidu al da Fralda da Serra Geral (PEREIRA et al. 1989), ocu pan do a zon a de tran si-ção en tre a Depressão Cen tral do Rio Gran de do Su l e a escarpa aren ito-basáltica do Plan alto Meridion al Brasileiro, possu in do p lan ícies alu viais, várzeas e coxilh as, com altitu des varian do de 40 a 500 m etros. Origin alm en te cobrin do os m orros da ci-dade com vegetação de espécies características de m atas, a Flo-resta Estacion al Decidu al da Fralda da Serra Geral atu alm en te con cen trase em locais de difícil acesso, em decorrên cia do in -ten so desm atam en to para ocu pação residen cial, expan são da área agrícola e das exp lorações das m adeireiras (PEREIRAet al. 1989, ROBAINA et al. 2001).

Foram escolh idos três locais para a realização desta pes-q u isa: Morro do Elefan te (29º40’57”S e 53º43’17”W ), Morro do Lar M et o d ist a (2 9 º3 9 ’3 8 ”S e 5 3 º4 9 ’8 ”W ) e M o rro C errit o (29º41’59”S e 53º47’18”W ). Os Morros do Elefan te (E) e do Lar Met o d ist a (M) lo calizam -se n a escarp a d o Plan alt o Méd io Riogran den se ou da Fralda da Serra Geral, a 9,5 km de distân -cia u m do ou tro, e possu em altitu des en tre 420 e 470 m (MA -CHADO & LONGHI 1990). O Morro Cerrito (C), isolad o e já n a Depressão Cen tral, é tido com o testem u n h a da Serra Geral e possu i altitu de de 246 m (PEREIRA et al. 1989), estan do a 5 km de E e 7 km de C. A escolh a desses fragm en tos foi devido ao fato de serem típicos e característicos da região, cobertos por m atas n atu rais do tipo Estacion al Decidu al, ain da razoavelm en te pre-servadas pelo fato das áreas estarem sob a respon sabilidade de in stitu ições privadas.

Na vegetação do extrato arbóreo dos m orros ao redor da cidade de San ta Maria, as fam ílias botân icas m ais presen tes são Fab aceae e M yrt aceae, segu id as d e Lau raceae, M eliaceae, Sap in daceae, Eu p h orbiaceae e Moraceae. Predom in am os gê-n ero s Trich ilia, Eu gen ia, N ect an dra, A lloph ylu s, Rapan ea e Z anthoxylum. Em bora apresen tem gran de sem elh an ça florística, prin cipalm en te com relação às fam ílias botân icas ocorren tes, a com posição de espécies gan h a aspectos pecu liares a cada local (MACHADO & LONGHI 1990, ALBERTI et al. 2000).

Santa Maria Rio Grande do Sul

Santa Catarina -27°

Uruguai

Argentina Escala aproximada

0 109.10 km

Oceano Atlântico

N

51° Santa Maria

(3)

O Morro d o Elefan te localiza-se atrás d o Ed u can d ário con h ecido com o “Cidade dos Men in os”, n o bairro Cam obi, e possu i área de aproxim adam en te 200 h a. Den tre a vegetação n atu ral, existem algu m as áreas plan tadas com eu calipto, Pinus e fru tíferas cu ltivadas (prin cipalm en te Citrus). Na en trada da trilh a prin cipal da m ata existe u m trech o de gram ado aberto en solarado, ao lado do q u al corre u m riach o proven ien te do in terior da m ata. O Morro do Lar Metodista, por su a vez, loca-liza-se atrás do Lar Metodista, n o bairro Ch ácara das Flores, e possu i área in term ediária en tre os ou tros dois locais. Dos três locais, esse é o m ais an trop izad o, com p resen ça d e clareiras bem abertas n o in terior dos trech os de m ata, altern an do-se com trech os de cam po e capoeira. Ao lon go da en trada da área, n a base do m orro, esten de-se u m riach o. Já o Morro Cerrito perten ce ao Cen tro Marista de Even tos, localizado n o bairro tam -bém con h ecid o com o Cerrito, e p ossu i área d e ap roxim ad a-m en t e 20 h ect ares. Po ssu i algu n s t rech o s co a-m p resen ça d e eu calipto, taq u ara e Pinus, e ain da u m pom ar com várias fru tí-feras cu ltivadas. Logo n a en trada da m ata, h á u m a gran de cla-reira, devido à con stru ção de u m a q u adra de esportes, e ain da a presen ça de gram ados e jardin s cu ltivados desde a en trada da sede adm in istrativa até a trilh a de acesso a m ata.

Amostragem

Em cada local foram realizadas am ostragen s bim estrais, de ju lh o de 2004 a ju lh o de 2005, percorren do-se todos os ti-pos de am bien te característicos, in clu in do in terior e borda de m ata. O esforço am ostral foi de cerca de 3,5 h oras-rede/ local/ ocasião, ao lon go de trilh as já existen tes n os locais, q u e eram percorridas u m a ú n ica vez em cada am ostragem , baseado n a m et o d o lo gia p ro p o st a p o r PO LLARD (1 9 7 7 ). O h o rá rio d e am ostragem esten d eu -se en tre 8h 30m in e 16 h , p rocu ran d o acom pan h ar o h orário de m aior atividade das borboletas.

As borboletas, visu alizadas a olh o n u ou com bin ócu lo, era m regist ra d a s em p la n ilh a e/ o u ca p t u ra d a s co m red e en tom ológica, caso n ão fosse possível a iden tificação n o cam -po. Os exem plares captu rados eram m ortos por com pressão do tórax e acon dicion ados em en velope en tom ológico, a fim de serem levados ao laboratório para m on tagem . A iden tificação dos espécim es foi realizada com au xílio de bibliografia especi-alizada (D’ABRERA 1988, BROW N JR 1992, TYLER et al. 1994, D’ABRERA 1994, 1995, CANALS 2000, 2003) e con su lta a coleções de ou tras in stitu ições e/ ou especialistas. Pelo m en os u m exem plar de cada espécie está depositado n a coleção de referên cia do Laborató-rio de In terações In seto-Plan ta do Departam en to de Biologia, Cen tro de Ciên cias Natu rais e Exatas da Un iversidade Federal de San ta Maria, San ta Maria, Rio Gran de do Su l. Tam bém foram con feccion adas coleções m en ores, específicas e represen -tativas de cada local, para serem depositadas n as sedes adm i-n istrativas dos m esm os.

Análise dos Dados

Foram an alisados os segu in tes iten s: n ú m ero de in diví-du os registrados (N), riq u eza de espécies (S), freq ü ên cia

relati-va da espécie (fr) e n ú m ero de espécies exclu sirelati-vas (Excl.). Para an álise de abu n dân cia das espécies, foram con sideradas “abu n -dan tes” aq u elas q u e possu íam as m ais altas freq ü ên cias abso-lu tas e com o “d om in an tes” as q u e ap resen taram freq ü ên cia relativa m aior q u e 10% (fr > 0,1). Espécies registradas em ape-n as u m dos três locais são referidas com o “exclu sivas”. Espéci-es reprEspéci-esen tadas por u m ú n ico in divídu o foram referidas com o “sin gleton s” (NOVOTNÝ & BASSET 2000).

Foi feita u m a cu rva de su ficiên cia am ostral, a partir dos dados de n ú m ero de espécies obtidas em cada ocasião am ostral, u tilizan do-se o program a estatístico Estim ateS (COLW ELL 2005). Tam bém foram calcu lados os Ín dices de Diversidade de Sh an n on -Wien er (H’) e de Margalef (Dm g), Ín dices de Dom n ân cia de Sim pson (D) e de Berger-Parker (d) e Ín dices de Sim i-laridade de Morisita-Horn e de Jaccard (MORENO 2001, MAGURRAN 2004), u tilizan do o program a estatístico Past, versão 1,35b.

A elaboração da listagem de espécies segu iu a classifica-ção de BROW N JR (1992) e FREITAS & BROW N JR (2004) e a n om en -clatu ra foi atu alizad a d e acord o com LAMAS (2004) e MIELKE (2005).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Riqueza e Composição de Espécies

Em 135 h oras d e am ostragem , foram registrad os 1564 in divídu os, distribu ídos em 145 espécies de borboletas (Tab. I). Destes, 925 (59%) perten cem à fam ília Nym ph alidae; 299 (19%) são Hesperiidae; 158 (10%) Papilion idae; 97 (7%) Pieridae e 85 (5%) Lycaen idae.

Do total de 145 espécies iden tificadas, 40% são Hesperiidae, 35% Nym p h alid ae, 11% Lycaen id ae, 8% Pap ilion id ae e 6% Pieridae, proporções diferen tes das apresen tadas por BROWN JR & FREITAS (1999), que citam Lycaen idae e Hesperiidae com o as fa-m ílias fa-m ais ricas efa-m espécies n o país, seguidas de Nyfa-m ph alidae, Pieridae e Papilion idae (Tab. II). Trabalh os m ais region ais en -con traram pequen as diferen ças n a represen tatividade da rique-za de espécies por fam ília com relação aos dados apresen tados para o Brasil (MIELKE & CASAGRANDE 1997 e BROWN JR & FREITAS 1999 em São Paulo, MOTTA 2002 em Min as Gerais, KRÜGER & SILVA 2003 n o Rio Gran de do Sul, EMERY et al. 2006 n o Distrito Federal, com exceção de Hesperiidae n os dois últim os). No en tan to, n o Rio Gran de do Sul, ISERHARD & ROMANOWSKI (2004), n a região do Vale do Rio Maqu in é, en con traram valores m ais próxim os aos do presen te estudo, sen do Nym ph alidae a fam ília m ais rica, segui-da por Hesperiisegui-dae, Lycaen isegui-dae, Pierisegui-dae e Papilion isegui-dae (Tab. II). Assim , apresen ta-se um padrão para o Estado que apon ta m en or riqueza de Lycaen idae em relação ao Brasil, citada com o aproxi-m adaaproxi-m en te 30% (BROWN JR & FREITAS 1999), en fatizan do a n eces-sidade de am pliar esse tipo de estudo n o sul do país (MIELKE & CASAGRANDE 1997).

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Tabela I. Lista e abundância de espécies de borboletas registradas no M orro do Elefante (E), M orro do Lar M etodista (M ) e M orro Cerrito (C), Santa M aria, Rio Grande do Sul, entre julho de 2004 e julho de 2005. (T) Total das am ostragens; (S) riqueza de espécies; (N ) abundância total por família em cada local; em negrito: espécies com novo registro para o Rio Grande do Sul; (*) espécies representadas

por um único indivíduo ("singletons") e consideradas raras ou escassas na literatura (BIEZANKO 1963, BIEZANKO & MIELKE 1973, BIEZANKOet al.

1978, BROWN JR 1992, MIELKE & CASAGRAN DE 1997).

E M C T

Hesperioidea

Hesperiidae (S = 58)

Hesperiinae (S = 35)

Anthoptus epictetus (Fabricius, 1793) 1 4 0 5

Callimormus interpunctata (Plötz, 1884) 1 3 0 4

Callimormus rivera (Plötz, 1882) 4 8 4 16

Corticea lysias potex Evans, 1955 3 0 0 3

Corticea obscura M ielke, 1969 0 0 1 1

* Cymaenes distigma Plötz, 1882 1 0 0 1

Cymaenes gisca Evans, 1955 0 2 0 2

Cymaenes lepta (Hayward, 1939) 0 0 2 2

* Cymaenes t ripunctata tripunctata (Latreille, [1824]) 0 1 0 1

* Decinea lucifer (Hübner, [1831]) 0 1 0 1

* Ebrietas anacreon anacreon (Staudinger, 1876) 1 0 0 1

Hylephila phyleus (Drury, 1773) 0 0 2 2

Lucida ranesus (Schaus, 1902) 0 1 2 3

* Lychnuchoides ozias ozias (Hewitson, 1878) 0 0 1 1

M iltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869) 2 0 0 2

M nasilus allubita (Butler, 1877) 4 1 0 5

N ast ra lurida (Herrich-Schäffer, 1869) 0 1 0 1

N yctelius nyctelius nyctelius (Latreille, [1824]) 1 2 5 8

Panoquina ocola (W. H. Edwards, 1863) 5 6 4 15

Parphorus pseudecorus (Hayward, 1934) 0 0 2 2

* Perichares philetes aurina Evans, 1955 0 0 1 1

Polites vibex catilina (Plötz, 1886) 0 2 2 4

* Pompeius pompeius (Latreille, [1824]) 0 0 1 1

Psoralis stacara (Schaus, 1902) 0 0 2 2

Quadrus sp. 0 0 1 1

Sodalia coler (Schaus, 1902) 0 0 2 2

* Synapte silius (Latreille, [1824]) 0 0 1 1

Thargella evansi Biezanko & M ielke, 1973 0 0 3 3

Thespieus ethemides (Burm eister, 1878) 0 0 2 2

Vehilius clavicula (Plötz, 1884) 0 1 0 1

Vehilius celeus ochraceus Biezanko & M ielke, 1973 0 1 0 1

Vehilius inca (Scudder, 1872) 0 2 1 3

* Vehilius stictomenes stictomenes (Butler, 1877) 0 1 0 1

Vett ius diversa diversa (Herrich-Schäffer, 1869) 0 0 1 1

Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860) 0 0 7 7

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Tabela I. Continuação.

E M C T

Pyrginae (S = 23)

Achlyodes mithridates thraso (Hübner, [1807]) 3 2 2 7

Aethilla echina coracina Butler, 1870 1 1 0 2

Antigonus liborius areta Evans, 1953 0 2 0 2

Autochton zarex (Hübner, 1818) 2 3 0 5

Carrhenes canescens pallida Röber, 1925 2 1 0 3

Pyrginae (S = 23)

Gorgythion begga begga (Prittwitz, 1868) 2 2 0 4

Gorgythion beggina escalophoides Evans, 1953 3 2 0 5

Helias phalaenoides palpalis (Latreille, [1824]) 2 0 0 2

Heliopetes arsalte (Linnaeus, 1758) 6 2 0 8

Heliopetes omrina (Butler, 1870) 1 1 1 3

* M ilanion leucaspis (M abille, 1878) 0 1 0 1

* N isoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870) 0 1 0 1

Pyrgus orcus (Stoll, 1780) 47 29 14 90

Staphylus musculus (Burm eister, 1875) 0 0 1 1

Trina geometrina geomet rina (C. Felder & R. Felder, [1867]) 0 3 2 5

Urbanus dorantes dorantes (Stoll, 1790) 5 2 4 11

* Urbanus doryssus albicuspis (Herrich-Schäffer, 1869) 0 0 1 1

Urbanus procne (Plötz, 1880) 6 0 1 7

Urbanus proteus proteus (Linnaeus, 1758) 2 5 1 8

Urbanus simplicius (Stoll, 1790) 1 9 2 12

Urbanus teleus (Hübner, [1821]) 9 1 1 11

Xenophanes tryxus (Stoll, 1780) 0 2 0 2

Zera tetrastigma erisichthon (Plötz, 1884) 0 0 1 1

N 115 106 78 299

Papilionoidea

Nym phalidae (S = 51) Nym phalinae (S = 12)

Anartia amathea roeselia (Eschscholtz, 1821) 14 50 2 66

Eresia lansdorfi (Godart, 1819) 0 11 0 11

Hypanartia bella (Fabricius, 1793) 19 4 0 23

Hypanartia lethe (Fabricius, 1793) 2 5 7 14

* Junonia evarete (Cramer, 1779) 4 9 10 23

Ortilia ithra (W. F. Kirby, 1900) 0 1 0 1

Ortilia orthia (Hewitson, 1864) 2 0 0 2

Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909) 0 2 2 4

Tegosa claudina (Eschscholtz, 1821) 0 5 2 7

Telenassa sp. 0 2 0 2

Vanessa braziliensis (M oore, 1883) 1 15 12 28

Vanessa myrrinna (Doubleday, 1849) 1 1 2 4

Heliconiinae (S = 10)

Actinote carycina Jordan, 1913 1 18 6 25

Actinote mamita (Burm eister, 1861) 0 8 2 10

(6)

Tabela I. Continuação.

E M C T

Actinote melanisans Oberthür, 1917 2 3 0 5

Actinote pellenea calymma Jordan, 1913 0 2 0 2

Actinote thalia pyrrha (Fabricius, 1775) 3 3 0 6

Agraulis vanillae maculosa (Stichel, [1908]) 0 3 2 5

Dione juno juno (Cram er, 1779) 0 0 7 7

Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779) 52 58 36 146

Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775) 55 43 23 121

Heliconius ethilla narcaea Godart, 1819 7 5 11 23

Satyrinae (S = 9)

Capronnieria galesus (Godart, [1824]) 0 1 0 1

Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775) 19 18 12 49

M oneuptychia paeon (Godart, [1824]) 1 1 0 2

M oneuptychia soter (Butler, 1877) 1 3 1 5

Paryphthimoides phronius (Godart, [1824]) 41 19 30 90

Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865) 6 13 3 22

Praepedaliodes phanias (Hewitson, 1862) 0 0 1 1

Pseudodebis euptychidia (Butler, 1868) 7 0 1 8

Yphthimoides celmis (Godart, [1824]) 1 14 22 37

Ithom iinae (S = 7)

Dircenna dero (Hübner, 1823) 0 1 0 1

Epityches eupompe (Geyer, 1832) 3 8 0 11

Episcada hymenaea hymenaea (Prittwitz, 1865) 1 3 0 4

M echanitis lysimnia lysimnia (Fabricius, 1793) 8 4 1 13

M ethona themist o (Hübner, 1818) 2 1 1 4

* Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855) 2 3 0 5

Pt eronymia sylvo (Geyer, 1832) 0 1 0 1

Biblidinae (S = 6)

Biblis hyperia (Cramer, 1779) 1 3 3 7

Callicore pygas (Godart, [1824]) 0 0 1 1

* Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849) 1 3 0 4

Dynamine postverta postverta (Cramer, 1779) 0 0 1 1

Eunica eburnea Fruhstorfer, 1907 0 1 1 2

Hamadryas epinome (C. Felder & R. Felder, 1867) 28 5 2 35

Danainae (S = 2)

Danaus gilippus gilippus (Cram er, 1775) 1 11 2 14

Danaus erippus (Cramer, 1775) 5 20 1 26

Lim enitidinae (S = 2)

Adelpha syma (Godart, [1824]) 0 1 0 1

Adelpha thessalia indefecta Fruhstorfer, 1913 1 0 1 2

Apaturinae (S = 1)

Doxocopa laurentia laurentia (Godart, [1824]) 2 0 2 4

Brassolinae (S = 1)

Brassolis sophorae vulpeculus Stichel, 1902 7 2 0 9

M orphinae (S = 2)

M orpho aega aega (Hübner, [1822]) 20 1 9 30

N 321 385 219 925

(7)

Tabela I. Continuação.

E M C T

Lycaenidae (S = 16) Theclinae (S = 9)

Arawacus separata Lathy, 1926 14 7 1 22

Calycopis caulonia (Hewitson, 1877) 1 3 2 6

Ignata norax (Godman & Salvin, 1887) 0 1 1 2

Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793) 2 0 0 2

Rekoa palegon Cramer, 1780 8 12 2 22

Rekoa sp. 0 1 0 1

Strephonota elika (Hewitson, 1867) 0 1 0 1

Tmolus echion (Linnaeus, 1767) 4 1 6 11

Ziegleria ceromia (Hewitson, 1877) 0 9 0 9

Riodininae (S = 7)

Adelotypa tinea (Bates, 1868) 0 0 1 1

Calephelis nilus (C. Felder & R. Felder, 1861) 0 1 0 1

* Lasaia agesilas (Latreille, [1809]) 0 0 1 1

M elanis smithiae Westwood, 1851 1 1 0 2

M esosemia odice (Godart, [1824]) 1 0 0 1

Riodina lycisca (Hewitson, [1853]) 2 0 0 2

Synargis victrix (Rebel, 1901) 1 0 0 1

N 34 37 14 85

Papilionidae (S = 12) Papilioninae (S = 12)

Battus polydamas polydamas (Linnaeus, 1758) 0 6 8 14

Battus polystictus polystictus (Butler, 1784) 3 3 4 10

Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809]) 0 3 1 4

Heraclides astyalus astyalus (Godart, 1819) 4 8 11 23

Heraclides hectorides (Esper, 1794) 6 5 4 15

Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906) 0 1 7 8

M imoides lysit hous lysithous (Hübner, [1821]) 0 0 1 1

M imoides lysit hous rurik (Eschscholtz, 1821) 3 0 2 5

Parides agavus (Drury, 1782) 8 4 4 16

Parides anchises nephalion (Godart, 1819) 22 4 16 42

Papilioninae (S = 12)

Parides bunichus perrhebus (Boisduval, 1836) 6 8 5 19

Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836) 0 1 0 1

N 52 43 63 158

Pieridae (S = 8) Coliadinae (S = 7)

Aphrissa statira statira (Cramer, 1777) 5 1 0 6

Eurema albula (Cramer, 1775) 2 0 0 2

Eurema elathea (Cram er, 1777) 0 1 3 4

Phoebis argante argant e (Fabricius, 1775) 0 1 4 5

Phoebis neocypris neocypris (Hübner, [1823]) 9 17 27 53

Phoebis philea philea (Linnaeus, 1763) 5 3 3 11

Rhabdodryas trite (Linnaeus, 1758) 0 2 0 2

Pierinae (S = 1)

Ascia monuste orseis (Godart, 1819) 0 6 8 14

N 21 31 45 97

(8)

Morais leg.) e Urbanus doryssus albicuspis (Herrich -Sch äffer, 1869) (Morro Cerrito, 19.X.2004, Dessu y det.; Dessu y leg.) (BIEZANKO 1 9 6 3 , BIEZAN KO & MIELKE 1 9 7 3 , MIELKE 1 9 7 9 , MIELKE 2 0 0 5 , MARCHIORI & ROMANOW SKI 2006).

Das 51 espécies de Nym ph alidae en con tradas, três foram registradas pela prim eira vez n o Estado: Callicore pygas (Godart, [1824]) (Morro Cerrito, 17.XII.2004, Dessu y det.; Morais leg.), Dynam ine postverta postverta (Cram er, 1779) (Morro Cerrito, 09.XII.2004, Dessu y det.; Dessu y leg.) e Pseudodebis euptychidia (Bu tler, 1868) (Morro d o Elefan te, 05.XII.2004, Dessu y det.; Dessu y leg.) (BIEZANKO & FREITAS 1938, BIEZANKO 1949, 1960b, c, d, e, TESTON & CORSEUIL 2001, 2002a, b, KRÜGER & SILVA 2003, ISERHARD & ROMANOW SKI 2004, QUADROSet al. 2004, MARCHIORI & ROMANOW SKI 2006).

Segu n do BROW N JR & FREITAS (1999) Lycaen idae é q u ase t ão d iversificad a q u an t o Nym p h alid ae e im p o rt an t e co m o in dicadora, assim com o Hesperiidae. No en tan to, essas borbo-letas são de difícil am ostragem , e existem pou cos in ven tários dessa fam ília n o Rio Gran de do Su l. No presen te trabalh o, fo-ram en con tradas 16 espécies desta fam ília, q u atro pela prim ei-ra vez n o Estado: Adelotypa tinea (Bates, 1868) (Morro Cerrito, 17.XII.2004, Robbin s det.; Morais leg.), Ignata norax (Godm an & Salvin , 1887) (Mo rro Cerrit o , 17.XII.2004, Ro b b in s det.; Dessu y leg.), Synargis victrix (Rebel, 1901) (Morro do Elefan te, 1 4 .XII.2 0 0 4 , Dessu y det.; Dessu y leg.) e Z iegleria cerom ia (H ew it so n , 1 8 7 7 ) (M o rro d o Lar M et o d ist a, 1 5 .XII.2 0 0 4 , Robbin s det.; Dessu y leg.) (BIEZANKO et al. 1978, KRÜGER & SILVA 2003, CORSEUIL et al. 2004, ISERHARD & ROMANOW SKI 2004).

Doze espécies de Papilion idae e oito de Pieridae foram registradas n o presen te trabalh o, n en h um a con stituin do-se em registro n ovo para o Rio Gran de do Sul (BIEZANKO & FREITAS 1938, BIEZANKO 1958, 1959a, b, 1960a, TESTON & CORSEUIL 1998, 1999, 2000a, b, KRÜGER & SILVA 2003, ISERHARD & ROMANOWSKI 2004). Em San ta Maria, trabalh os an teriores com Pieridae e Papilion idae (LINK et al. 1977, SCHWARTZ & DI MARE 2001) efetuados em vários am bien tes com diferen tes tipos e coberturas de vegetação, in -cluin do região urban a, registraram m aiores riquezas de espécies dessas fam ílias, 26 e 15, respectivam en te. Mu itas espécies de Papilion idae são bon s in dicadores de m atas bem con servadas e de recursos h ídricos abun dan tes (BROWN JR & FREITAS 1999). Nas espécies perten cen tes à tribo Troidin i, as larvas alim en tam -se

exclusivam en te de Aristoloch iaceae (TYLER et al. 1994), in cluin -do Aristolochia triangularis, bastan te com um n os locais am ostra-dos n o presen te trabalh o.

Dos três locais estu dados, M apresen tou a m aior riq u eza (S = 103) e abu n dân cia de in divídu os (N = 602) (Tab. I e III). A m en or riq u eza foi observada em E (S = 79) e a m en or abu n dân -cia em C (N = 419) (Tab. I e III). Con form e a figu ra 2, o n ú m ero de espécies observado está qu ase atin gin do o esperado.

Em relação à distribu ição de percen tagem de riqu eza de

0 20 40 60 80 100 120 140 160

jul out dez fev abr jul

nm

erodeespcies

conf obs. corr.

espécies por fam ília, M e C apresen taram a m esm a orden ação (d a m aio r p ara a m en o r rep resen t at ivid ad e): Nym p h alid ae, Hesperiidae, Lycaen idae, Papilion idae e Pieridae, en q u an to em E Lycaen idae foi su perior à de Papilion idae (Fig. 3). Qu an to a abu n dân cia percen tu al de in divídu os por fam ília, E e M foram sem elh an tes: Nym ph alidae (com a m aior represen tatividade), segu ida por Hesperiidae, Papilion idae, Lycaen idae e Pieridae, en q u an to em C Pieridae foi su perior a Lycaen idae (Fig. 4).

As espécies m ais abun dan tes n os locais estudados foram os n in falídeos Dryas iulia alcionea (Cram er, 1779) (n = 146), Heliconius erato phyllis (n = 121) (Fabricius, 1775) e Paryphthi-m oides phronius (Godart, [1824]) (n = 90) e o h esperídeo Pyrgus orcus (Stoll, 1780) (n = 90) (Tab. I). Essa com posição m an tém -se quase a m esm a an alisan dose cada um dos locais separadam en -te. A espécie m ais abun dan te em E foi Heliconius erato phyllis (n = 55), em M e C, Dryas iulia alcionea (n = 58 e n = 36, respectiva-m en te) (Tab. I). A respectiva-m aioria dessas espécies possui arespectiva-m pla distri-bu ição, sen do com u n s em vários h abitats e características de locais sem i-abertos ou perturbados (BROWN JR 1992, MARCHIORI & ROMANOWSKI 2006), com o observado em algun s trech os dos lo-cais estudados.

Figura 2. Curva de suficiência am ostral, obtida em seis ocasiões amostrais, no M orro do Elefante, M orro do Lar M etodista e M orro Cerrito, Santa M aria, Rio Grande do Sul, entre julho de 2004 e julho de 2005. (conf.) Intervalo de confiança, (obs) número acumulado de espécies observado, (corr.) número acumulado de espécies cor-rigido.

Tabela II. Riqueza de espécies por família (%) em comunidades de

borboletas no Brasil e no Rio Grande do Sul. (B& F) BROWN & FREITAS

(1999); (I& R) ISERHARD & ROM AN OWSKI (2004), (SM ) Santa M aria.

Brasil Rio Grande do Sul

B& F I& R SM

Hesperiidae 36 33 40

Papilionidae 2 4 8

Pieridae 2 8 6

Lycaenidae 36 19 11

(9)

Diversidade, Dominância e Similaridade

O s ín d ices d e d iversid ad e d e Sh an n o n -W ien er e d e Margalef calcu lados tiveram a m esm a orden ação n os três lo-cais (Tab. III). Os m aiores valores foram registrados em M, já m en cion ado com o o local com m aior riq u eza e abu n dân cia de in d ivíd u os, d em on stran d o com isto m elh or d istribu ição d os in divíduos en tre as espécies (equitatividade). Além disso, M psu i a m aior h eterogen eid ad e estru tu ral d os três locais am os-trados, com distin tas form ações vegetacion ais, fator favorável ao au m en to da diversidade de borboletas, segu n do BAZ & BOYERO (1995). Porém , este é o local m ais pertu rbado an tropicam en te, com presen ça de algu m as ru ín as e jardin s de an tigas m oradias e trân sito m ais ou m en os regu lar d e p essoas q u e vivem n as proxim idades. No en tan to, paisagen s pertu rbadas tam bém po-d em p rover con po-d ições apo-d eq u apo-d as p ara p erm an ên cia e m aior abu n dân cia de algu m as espécies, prin cipalm en te boas colon i-zadoras (KOCHER & WILLIANS 2000). C, com valores in term ediári-os de diversidade, pediári-ossu i a m en or área e en con tra-se isolado, delim itado por rodovias e a zon a u rban a, porém oferece gran -de q u an tida-de -de recu rsos às borboletas. Os m en ores valores de diversidade ocorreram em E, local com a m en or riq u eza de espécies m as qu e possu i a m aior cobertu ra de vegetação arbórea, con tígu a com a escarpa do Plan alto e m ais afastado da região u rban a, sen do ain da o m en os pertu rbado por trân sito de pes-soas dos três locais estu dados.

Os ín dices de dom in ân cia de Sim pson e de Berger-Parker foram m ais represen tativos em E e m en os em C (Tab. III), cor-roboran do com o m aior n ú m ero de espécies m ais abu n dan tes en con tradas n aq u ele local (Fig. 5), in clu in do a ú n ica espécie con siderada dom in an te (H. erato; fr = 0,101).

Do total de espécies, 43 (30%) foram com un s aos três lo-cais (Tab. I): 21 Nym ph alidae, 10 Hesperiidae, seis Papilion idae,

quatro Lycaen idae e dois Pieridae, a m aioria delas freqüen tes em am bien tes abertos ou perturbados (BROWN JR 1992).

Cerca da m etade (61) das espécies registradas foram exclu-sivas de um dos locais: 25 em C e em M, a m aioria perten cen do à fam ília Hesperiidae n o prim eiro, e Hesperiidae e Nym ph alidae n o segun do; e 11 em E, a m aioria Hesperiidae (Tab. I e III). Não foi possível diferen ciar os três locais pela sua com posição de espécies exclusivas, pois todos possuem esespécies associadas a am -bien tes perturbados, abertos ou clareiras e algum as associadas a am bien tes florestais (BROWN JR 1992), e faltam in form ações so-bre a biologia de m uitas delas. Mas é in teressan te observar o

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

E

M

C

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

E

M

C

Lyc

Pier

Pap

Hesp

Nym

Figuras 3-4. (3) Riqueza de espécies (%) e (4) abundância (%) por fam ília de borboletas registradas no M orro do Elefante (E), M orro do Lar M etodista (M ) e M orro Cerrito (C), Santa M aria, Rio Grande do Sul, entre julho de 2004 e julho de 2005. (Nym ) Nym phalidae, (Hesp) Hesperiidae, (Pap) Papilionidae, (Pier) Pieridae, (Lyc) Lycaenidae.

Tabela III. N úm ero de espécies (S), núm ero de indivíduos (N ), índice de Diversidade d e Shannon-Wiener (H') e d e M arg alef (Dmg), índice de Dominância de Simpson (D) e de Berger-Parker (d), núm ero de espécies registradas exclusivam ente em um dos locais (Excl.), número destas espécies representadas por mais de um indivíduo (Excl. > 1) e número de espécies representadas por um único indivíduo (Singleton), registradas no M orro do Elefante (E), M orro do Lar M etodista (M ) e M orro Cerrito (C), Santa M aria, Rio Grande do Sul, entre julho de 2004 e julho de 2005.

E M C Total

S 79 103 89 145

N 543 602 419 1564

H' 3,605 3,928 3,868 4,066

Dm g 12,39 16,09 14,57 19,71

D 0,0456 0,0343 0,0332 0,0317

d 0,1013 0,0964 0,0859 0,0934

Excl. 11 25 25 61

Excl. > 1 7 9 10 26

Singleton 4 17 16 37

(10)

m aior valor em C, com m en or área, m as rico em recursos com o n éctar, frutos e barro, além da h eterogen eidade de am bien tes. Ao con siderar som en te as espécies exclusivas represen tadas por m ais de um in divíduo em cada local, C e M m an tiveram os m ai-ores valai-ores (10 e n ove, respectivam en te), en quan to que E teve sete espécies (com represen tatividade m aior, 64%, em relação ao n úm ero de espécies exclusivas represen tadas por um in diví-duo n esse m esm o local) (Tab. III). Sete espécies exclusivas estão en tre os n ovos registros para o Rio Gran de do Sul, sen do que quatro ocorreram em C, dois em E e apen as um em M (Tab. I).

Das espécies registradas em San ta Maria, 37 (26%) foram represen tadas por “sin gleton s”, destas, 17 ocorreram em M, 16 em C e quatro em E (Tab. I e III). Hesperiidae foi a fam ília m ais n um erosa en tre os sin gleton s, com 20 espécies (54%), seguida de Nym ph alidae (8 – 22%), Lycaen idae (7 – 19%) e Papilion idae (2 – 5%). Estas espécies equivaleram a 18% do total de espécies am ostradas em C, 16% em M e 5% em E. Dos “sin gleton s” iden -tificados, seis tam bém são n ovas espécies registradas para o Es-t ad o , Es-t rês em C, d u as em E e u m a em M (Tab . I). Mu iEs-t o s “sin gleton s” são espécies que residem n o h abitat em que são am ostradas e podem ser m uito difíceis de en con trar, em qual-quer lugar ou época, um a vez que m an têm -se em populações pequen as, sazon ais e erráticas (BROWN JR & FREITAS 1999, NOVOTNÝ & BASSET 2000). Isso pode estar acon tecen do em San ta Maria, um a vez que a m aioria dos “sin gleton s” en con trados perten cem às fam ílias Hesperiidae e Lycaen idae, recon h ecidam en te de difí-cil am ostragem . Além disso, 17 “sin gleton s” (12 Hesperiidae, qu atro Nym ph alidae e um Lycaen idae) tam bém são con sidera-dos raros n a literatu ra con su ltada (BIEZANKO 1963, BIEZANKO & MIELKE 1973, BIEZANKO et al. 1978, BRO W N JR 1992, MIELKE &

CASAGRANDE 1997) (Tab. I). Desses, oito foram registrados em C sete em M e dois em E, sen do que três, Milanion leucaspis (Mabille, 1878), Lychnuchoides ozias ozias (Hewitson , 1878) e Synapte silius (Latreille, [1824]), são con siderados h abitan tes de florestas (BROWN JR 1992). Existe sem pre um certo n úm ero de espécies raras n as com un idades, n o en tan to, o con ceito de rara varia con form e o autor (MAGURRAN 2004), assim com o tam bém de acordo com as características locais. Com o exem plo, n o presen te trabalh o, pelo m en os um a espécie “sin gleton ” con siderada rara n a literatura, Ortilia ithra (Kirby, 1900), foi registrada den tre as m ais abun dan -tes em am bien te de restin ga, n o Parque Estadual de Itapuã, Rio Gran de do Sul (MARCHIORI & ROMANOWSKI 2006). En quan to outra espécie, Panoquina ocola (W.H. Edwards, 1863), con siderada rara, teve aqui o registro de 15 in divíduos. Por isso, n o presen te tra-balh o está sen do con siderado “sin gleton ” com o sin ôn im o de raro, con form e proposto por NOVOTNÝ & BASSET (2000). En fatizou-se apen as as espécies tam bém con sideradas raras n a literatura con su ltad a, p ara evitar artifícios relacion ad os a u m esforço am ostral ain da pequen o. Deve-se estim ular e am pliar a realiza-ção de m ais in ven tários de borboletas n o Rio Gran de do Sul, com m etodologias padron izadas para com paração e con firm a-ção dos dados obtidos até o m om en to.

O m aior valor para o ín dice de Morisita-Horn foi apre-sen tado por E e M (Figs 6 e 7). O m aior n ú m ero de espécies abu n dan tes com partilh adas por am bos locais tem peso con sderável n esse ín dice de sim ilaridade, cu jo m en or valor de sim i-laridade corresp on deu a E e C. O ín dice de Jaccard segu iu a m esm a orden ação, m aior en tre E e M (0,525) e a m en or en tre E e C (0,4), m o st ran d o q u e o s Mo rro s d o Elefan t e e d o Lar Metodista possu em m aior sem elh an ça n a su a com posição de E

0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12

1 9

17 25 33 41 49 57 65 73

fr

M

0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12

1

11 21 31 41 51 61 71 81 91

101

fr

C

0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1

1

10 19 28 37 46 55 64 73 82

fr

Total

0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1

1

15 29 43 57 71 85 99

11

3

127 141

fr

(11)

espécies, com parados ao Cerrito. Tais dados con dizem com a con dição isolada do Morro Cerrito n a Depressão Cen tral, em relação aos ou tros dois locais estu dados, localizados n a escarpa do Plan alto.

Con clu in do, a fau n a de borboletas dos fragm en tos estu dados da Floresta Estacion al Decidu al de San ta Maria apresen -ta-se bastan te rica e com posta por algu m as espécies in dicadoras de boas con dições am bien tais, apesar da crescen te devastação de su as áreas n atu rais. Essa fau n a possu i com posição m ais próxim a de outras com un idades am ostradas n o Estado do Rio Gran -de do Su l, con trastan do com o restan te do país, apresen tan do u m a ten dên cia à dim in u ição de represen tatividade da fam ília Lycaen id ae em p rol d o au m en to d as fam ílias Pap ilion id ae e Pierid ae.

Nesta pesq u isa, foram registradas n ove espécies de bor-boletas ain da n ão referidas para o Rio Gran de do Su l. Os três locais am ostrados, apesar de diferen ças em área, isolam en to, fision om ia e im p acto an tróp ico, ap resen taram sem elh an ças aproxim adas de 50 a 70% em su a com posição de espécies. No en tan to, eles tam bém apresen taram u m a proporção de aproxi-m adaaproxi-m en te 42% de espécies exclu sivas, represen tativas de cada local. Su gere-se o au m en to do n ú m ero de h oras de am ostragem para con firm ação e am pliação dos resu ltados en con trados. Po-rém , m esm o d ep ois d e u m in ven tário relativam en te breve, com o o efetu ad o n o p resen te trabalh o, já existem su bsíd ios para en fatizar a im portân cia da con servação e preservação des-ses h abitats rem an escen tes da Floresta Estacion al Decidu al de San ta Maria e su a biodiversidade.

AGRADECIMENTOS

Aos respon sáveis pelas In stitu ições situ adas n os locais de pesqu isa: Cidade dos Men in os, Lar Metodista e Cen tro Marista de Even tos. A Gabriel D. Sackis (UFSM) por au xílio n o cam po; À An a L. Paz, Maria O. March iori, Cristian o A. Iserh ard e Fabian a de Cam argo (UFRGS) pela aju da n as iden tificações. A Cu rtis J. Callagh an e O laf H.H. Mielke (UFPR), Ro n ald o B. Fran cin i (Un isan tos) e Robert K. Robbin s (Sm ith son ian In stitu tion ) pe-las valiosas iden tificações de Lycaen idae (Riodin in ae), Hespe-riidae, Nym ph alidae (Actinote) e Lycaen idae (Th eclin ae). À He-len a P. Rom an owski (UFRGS) e dois revisores an ôn im os pelas su gestões relevan tes e revisão crítica do trabalh o. À CAPES pela con cessão de bolsa de estu dos.

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Similaridade

Cerrito Metodist

a

Elefante

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Similaridade

Cerrito Metodist

a

Elefante

Figuras 6-7. (6) Sim ilaridade de M orisita-Horn e de (7) Jaccard entre o M orro do Elefante, M orro do Lar M etodista e M orro Cerrito, Santa M aria, Rio Grande do Sul, entre julho de 2004 e julho de 2005.

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Figura 1. Localização do m unicípio de Sant a M aria (29º42’S, 53º42’W), Rio Grande do Sul, Brasil.
Tabela I. Lista e abundância de espécies de borboletas registradas no M orro do Elefante (E), M orro do Lar M etodista (M ) e M orro Cerrito (C), Santa M aria, Rio Grande do Sul, entre julho de 2004 e julho de 2005
Tabela I. Continuação.
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