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Mobilidade física prejudicada em idosos: fatores relacionados e características definidoras.

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Academic year: 2017

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PESQU ISA

MOBILIDADE FislCA PREJ UDICADA EM IDOSOS: FATORES RELACIONADOS E

CARACTERisTICAS DEFINIDORAS

I M PAIRED P HYS I CAL M O B I L ITY AMONG E L D E R P E O P L E : RE LATED FACTO RS AN D D E F I N I NG CHARACTE RISTICS

MOB I L I DAD F is l CA P E RJ U D I CADA E N AN C IAN O S : FACTO RES RELAC I O NADOS Y CARACTERisTICAS D E F I N I D O RAS

Lorena Aparecida de Oliveira Araujo' Rosimere Ferreira Santana2 M a ria Marcia Bachion3

R E S U M O : Este estud o exploratorio objetivou levantar a ocorrencia do Diagnostico d e Enfermagem "Mobilidade fisica prej u d i cada" em id osos i n stitucional izados. Foi desenvolvid o em u m a i n stitu i ;80 asilar em Goiania (GO). Para coleta de dados foi uti liza d o u m protocolo q u e i n c l u i u entrevi sta , observa;80, exame fisico e consu lta a mem bros da eq u i pe q u e p restava assistencia ao idoso. Participara m 60 idosos , com idade entre 60 a 1 05 anos . Foi identificado "Mobilidade fisica prejudicada" em 1 00% dos s ujeitos, geralmente relacionada ao enfraq uecimento musculo-esq ueletico (76 , 7 % ) , for;a e resistencia muscular diminu idas (6 1 , 7 % ) e enfraquecimento neuro-muscular (55%) alem de dana perceptu al o u cognitivo (53 , 3 % ) . As caracteristicas defi n id oras mais freqOentes fora m : flexi b i l i d a d e d i m i n u i d a (96 , 7 % ) , co m p ro m eti m e nto d a s a rticu l a;oes (9 1 , 7 % ) , i n a b i l i d ad e para mover-se significativamente d entro do a mbiente fisico (83 , 6 3 % ) , dentre outros.

PALAVRAS-C HAVE : d i a g n ostico d e enfermage m , idosos , mobilidade fisica prej u d icada

ABSTRACT: The present exploratory study aims at esti mati ng the occu rrence of the N u rsing Diagnosis " I mpaired Physical Mobil ity' in eld erly who live in a home i n stitution in the city of Goia n i a , G o i a s . The study was carried out from December 1 999 to February 2000. The collection of data was done through i nterviews , observations, physical exam and i nformation o bta i ned from the professionals who assisted the elderly. Sixty patients ra nging from 60 to 1 05 years were the s u bjects of this study. Resu lts showed 1 00 % of the elderly were impaired rega rd i n g physical mobility. This impairment was generally related to muscular-skeletal- weakness (76 ,7%), reduced muscle resistance and strength (6 1 , 7 % ) , neuro-m uscular wea kness (55 % ) , besides perceptional or cogn itive damage (53 ,3%). The most frequent d efi n i n g characteristics were : decreased flexibility (96 , 7 % ) , jeopard ized a rticulations (96 , 7 % ) , and inabil ity to move i n a physical environ ment (83 , 3 % ) .

KEYWO RDS: elderly people, i m p a i red physical mobil ity, n u rs i n g diagnosis

RES U M E N : Desarrollamos este estudio exploratorio para levantar las ocurrencias del Diagnostico de Enfermeria "Mobilidad fisica perj u d i cada" en los a ncianos institucionalizados. EI estudio fue desarrollado desde d iciem bre de 1 999 hasta febrero de 2000 en un asilo de Goian ia-GO. E l levantam i e nto de d atos se h izo a traves del protocolo de la i n stitucion , q ue incluye entrevista , observacio n , exa men fisico y consu lta a los miembros del g ru po q u e da asistencia a l anciano. O btuvi mos l a participacion de 60 a n cianos con edades que osci lan entre los 60 y los 1 05 anos, a u n q u e la mayo ria este entre 60 y 69 anos. Verificanos q u e 1 00 % d e las personas presentan mobilidad fisica perj u d icad a , general mente relacionada a l adelgaza m iento del m u sculo esqueletico (76 , 7 % ) , fu erza y resistencia m uscular d i s m i n u i d a (6 1 , 7 % ) Y adelgazamiento neuro-muscular (55 % ) , ademas del dano perceptual o cogn itivo (53 , 3 % ) . Las man ifestaciones mas frecuentes son i n habilidad para m overse sign ificativamente dentro del ambiente fisico (83 , 6 3 % ) , f1exi bilidad d i s m i n u i d a (96 , 7 % ) , a rticulaciones com p rometidas (9 1 , 7%), entre otros. PALAB RAS C LAVE: ancianos, d iagnostico de enfermeria, mobilidad fis ica perj u d icada

Recebido em 1 7/1 1 /200 1 Aprovado em 06/02/2002

1 Enfermeira d o P rog ra m a S a u d e da F a m i l i a em Goi a n i a . Ex-Bolsista I n iciagao Cientifica P I B I C/UFG/C N P q . 2 E nfermeira . Al u n a do C u rso d e Especial izagao em Psicogeriatri a , no Centro d e Doenga d e Alzheimer do instituto de Psiq u iatria d a U n ivers i d a d e Federa l do Rio de J a n e i ro .

3 Doutor em E nfermagem . P rofessor Titu l a r d a Faculdade d e E nferma g e m d a U n iversidade Federal de Goias.

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INTRODU9Ao

A mobilidade e essencial para a man utenyao de uma vida ind ependente. Alem d i sso, i nterfere em varios aspectos tais como: 0 pad rao de funcionamento i ntestinal , 0 estado nutriciona l , 0 auto conceito, a auto imagem , dentre outros . A d i m i n u i yao da mobilidade f1sica pred i spoe as i nfecyoes d o s i stema respiratorio e u r i n a r i o ( C A R P E N I T O , 1 9 9 7 ; D O E N G E S ; MOORH O U S E , 1 999).

A populayao idosa ati n g i u 8 % da populayao total em 1 992 , 0 que equivale a aproxi madamente 1 3 mil hOes de individuos com idade aci ma de 60 anos. A projeyao deste n u m ero para 200 1 e d e 1 4 m i l hoes e para 2025 d e 32 m i l h oes (PAPALE O N ETO , 2000 ) .

E necessario que a E nfermagem b u s q u e p r e p a ro a d e q u a d o p a ra 0 ate n d i m e n to d e st a s pessoa s . U m a das formas d e org a n izar 0 cuidar em enfermagem e 0 Processo de Enfermagem, q u e inclui as fases: coleta de dados , d iagnostico de enfermagem, p l a n ej a m e n to da a s s i st e n c i a de e n fe r m a g e m , i n t e rv e n y o e s d e e n fe r m a g e m e a v a l i a y a o d e enferm age m . Estas eta pas sao i nter-relacionadas e interdependentes .

A coleta de dados envolve 0 levantamento d e i nformayoes multifocai s sobre 0 cliente , atraves d a entrevista , observayao, exa me fis i co e consu lta aos registros e resu ltados de exames. Mediante raciocinio cl in ico, a partir dos dados coletados, 0 enfermeiro realiza 0 julgamento clinico, identificando diagnosticos de enferm a g e m , q u e pod em s e r g e n e r i c a m ente defi n idos como condiyoes que req uerem assistencia de enfermagem e que d i recionarao 0 planejamento das ayoes necessarias para atingir os resultados pel os quais a enfermagem e responsavel .

Atu a l m e n t e e x i s t e m v a r i o s s i s te m a s d e c l a s s ifi c a y a o (taxo n o m i a s ) d e d i a g n o s t i c o s d e enfermagem . Dentre estas, u m a das mais con hecidas e a Taxonomia I Revisada da Noth American N u rsing Diagnosis Association (NAN DA, 1 994 , 2000), que adotamos no presente estu d o .

A M o b i l i d a d e F i s i c a P rej u d i c a d a e u m Diag nostico de E nfermagem aceito n a classifi cayao da NAN DA em 1 97 3 , cuja d efi n iyao permaneceu ate 1 996 como: "estado no q u a l 0 individuo experi me nta uma limitayao na habilidade para movimentos fisicos independentes ( NAN DA, 1 994 , p . 6 0 ) . Na revisao de 1 99 8 , esta p a s s o u a s e r e n te n d i d a co m o " u m a limitayao n o movimento fisico independente voluntario do corpo ou de u m a ou mais extremidades" (NAN DA, 2000, p. 87).

No decorrer do processo d e envelhecimento a pessoa sofre mod ifi cayoes s i g n ifi cativas n a area motora (PAPALEO N ETO , 2000, S M E LTZE R ; BAR E , 1 998, O K U MA, 1 998, R O D R I G U ES ; D I OG O , 1 996, M O RAI S ; B RAGA; S I LVA, 1 995) , 0 que nos leva a

acred itar q u e a Mobilidade F is i ca Prejud icada tenha a lta ocorrencia em idosos .

Diante d o exposto , opta mos por rea l iza r esta pesq uisa com 0 obj etivo de fazer um levantamento da o c o r re n c i a do d i a g n o st i co de e n fe rm a g e m " M o b i l i d a d e F i s i c a P rej u d i c a d a " e m i d o s o s i n stitucionalizados .

METODO

Trata-se de um estu do q u a ntitativo do tipo exploratorio, realizado no Abrigo Sagrada Fam ilia, em GoiEmia (GO), que e uma instituiyao Filantropica, sem fi ns l u crativos , coordenada pel a Organ izayao das Volu ntarias do Estado de Goias (O V G . ) , que recebe i d o s o s q u e n a o c o n s e g u e m rea l i z a r ati v i d a d e i ndependentemente e necessitam de cuidados d e saude. A coleta de dados ocorreu n o mes d e Dezembro d e 1 999, J a n e i ro e Fevere i ro de 2000 com os idosos moradores d a i nstitu i yao .

Apos aqu iescencia da O V G . , foram abordados os 75 moradores do l ocal no periodo de coleta de dados. Sessenta i n d iv i d u o s , a pos esclarecidos os objetivos e metodologia da pesq u isa, concordaram em participar e nove se recusara m . Seis possu iam menos de 60 anos e foram excl u idos da amostra .

P a ra a c o l eta d o s d a d o s a p l i co u - s e u m protocolo previamente constru ido e utilizado por Araujo e B a c h i o n ( 1 9 9 9 ) e B a c h i o n et a l . ( 1 9 9 9 ) . 0 proced imento i n cl u i u entrevista , observayao, exame fisico e consu lta a d iferentes mem bros da equipe de saude loca l , assim como no prontuario do idoso.

RESULTADO E DISCUssAo

Dos sessenta sujeitos que paticiparam, 32 sao do sexo fem i n i n o e 28 do sexo mascu lino. A fa ixa eta ria variou de 60 a 1 05 anos, sendo predominante a q u e esta no i ntervalo entre 60 e 69 anos, na qual estao 3 1 individuos, seg uida pela faixa etaria entre 70 e 79 anos com 1 2 in d iv i d u o s . Na faixa etaria que vai dos 80 ate 89 anos obtivemos 1 0 idosos e na fa ixa entre 90 e 99 anos foram encontrados 06 idosos . Com m a i s de 1 0 0 a n o s p a rt i c i p o u um i n d i v i d u o , q u e apresentava 1 05 anos.

A p o s a a p l i c a y a o do p ro t o c o l o p e l o s pesq u isadores pudemos identificar "Mobilidade Fisica Prej u d icad a" em 1 00% dos s ujeitos . Segundo Brady e Foley citado por Carpen ito ( 1 997) acima de 90% dos idosos i n stitu cional izados sao depend entes e m , no m in i m o , u m a atividade de v i d a d iari a , e estes problemas referentes a mobilidade sao causa para a a d m i ssao destes i n d ividuos as casas geriatricas ou ao tratamento intensivo em cas a .

Com rel ayao aos Fatores Relacionados , 0 " E nfra q u ecim ento m u sculo esqueletico" foi 0 que

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apareceu em maior freq Uencia, estando presente em 46 sujeitos (Tabela 1 ) .

Segundo a literatu ra , este e uns dos problemas mais com u n s que leva m a d i m i n u i 9ao d a mobilidade (SMELTZER; BAR E , 1 998).

TABELA 1 -Fatores Relacionados do Diag nostico d e

Enfermagem M o b i l i d a d e F isica Prej u d ica­ da e m idosos Goiania -2000

Fatores Relacionados F %

E nfraquecimento M u scu l o- e s q u e letico 46 76,7

For:a e Resistencia D i m i n u id a s 37 6 1 , 7

Enfraq uecimento N e u ro m u s c u l a r 33 55,0

Dano P e rceptu a l o u C o g n i ti v� 32 53,3

D o r ou Desconfo rto 22 36 , 7

I n tolerancia a Atividade F i s i ca 1 7 28,3

De p ressao ou A n s ie d a d e Severa 09 1 5. 0

Varios a u to r e s ( PA PA L E O N E TO , 2 0 0 0 , S M E LTZ E R ; B A R E , 1 9 9 8 , O K U M A , 1 9 9 8 , ROD R I G U ES ; D I OG O , 1 996 , B E RG E R; MAILLOUX­ PO I R I E R , 1 995, D U GA S , 1 989) cita m as d iferentes modifica;;oes fisiol6g icas q u e ocorre m no idoso em rela;;ao ao aparelho m u scu lo esq ueletico, incluindo ossos osteo por6ti cos , a rti c u l a 90es a u m entad a s , tendoes esclerosa d o s , a m p l i t u d e d e movim ento limitada, discos intervetebrais adelga9ados e fraqueza muscular.

O s o s s o s s o fre m i n u m e r a s a l t e ra ;;o e s metab6l icas , incluindo a s u p ressao d e estrogenio na menopau sa , e a atividade red uzida contri bui com a perda de massa 6ssea. Potanto, as m u lheres perdem m a i s m a s s a 6 s s e a do q u e o s h o m e n s . O u tra s altera;;oes poderiam ser citadas, como 0 desequ i l fbrio da reabsor;;ao de calcio, a desmineraliza;;ao constante da mass a e da densidade 6ssea , 0 q u e se traduz numa maior porosidade e fragilidade d o tecido 6sseo alem de encu rtamento das vertebras dorso-Iombares, pel a osteoporose, produzindo um arqueamento da col u n a vertebral ( d i m i n u i ;;ao d a estatu ra d e 1 ,2 a 5 cm); desvio da parte s u perior d o t6rax e acentua;;ao da cu rva natu ral d a col u n a vetebra l , e d i m i n u i;;ao do vol ume da cavidade toracica , por osteoporose das c o s te l a s e d i m i n u i 9 a o da a ;;a o d o s m u s c u l o s respirat6rios ( S M E LTZE R ; BAR E , 1 998).

o Fator Relacionado a " Fo r;;a e resistencia d i m i n u idas" fo i e n contra d o e m 6 1 , 7 % d o s sujeitos . Segundo Okuma ( 1 998), 0 envel hecimento associ a­ se, obrigatoriamente, a red u;;ao da capacidade aer6bia maxima, da for;;a m u sc u l a r, d a s respostas motoras mais eficientes , da capaci d a d e fu ncional gera l , ou sej a , a red u;;ao da aptidao fis i ca . "0 processo de envel heci mento do s i stem a m u sc u l a r red uz tanto as for;;a s estatica e d i n a m i c a m a x i m a s , q u a n to a potencia e velocidade maximas" ( p . 4 3 ) . Smeltzer e Bare ( 1 998) tambem afi rm a m q u e m u itas vezes a

A RAUJ O , L. A. de 0. ; SANTANA, R . F. ; BAC H I O N , M . M .

mobilidade d o i n d iv i d u o esta restrita devido a perda da for;;a m u scular.

S a b e m o s q u e com 0 d e co rre r d a i d a d e , a elastici dade e esta b i l i d ade dos m u sculos, tendoes e l i g a m e ntos se d eteriora m , a area tra nsversal dos m u sculos torna-se menor pela atrofia muscu l a r e a massa m uscu l a r d i m i n u i e m p ropor9ao ao peso d o corpo , 0 q u e leva a u m a red u;;ao da for;;a muscular. A d i m i n u i;;ao d a for;;a e d eteriorada cerca de 5% por decada ( O K U MA, 1 99 8 ) . Com essa red u9ao , pode h aver d ifere ntes g ra u s de co m p rometimento de h a b i l idades motora s , j a q u e , como afirma (OKU MA, 1 99 8 ) , tod a e q u a l q u e r ativi d a d e a ser rea l izad a necessita d e u m " I i m i a r" d e for9a m i nima para a sua rea l iza;;a o , a o p a s s o que a b a ixo desse l i m i a r 0 i n d i v i d u o s e t o r n a i n c a p a z d e m a n t e r s u a independencia e a utono m i a .

o F a t o r R e l a c i o n a d o ao " E nfra q u ecimento neuro-muscular" foi encontrado em 55% dos individuos. o sistema n e rvoso de pessoas idosas sofre algu mas m u d a n ;;a s d e v i d o ao p ro c e s s o n o r m a l d e enve l h e c i m ento e e extre ma m e nte vu l neravel as doen;;as sistem icas em gera l . As fi bras nervosas que se conecta m d i retamente com os m u sculos mostram u m decl f n i o de s u a fu n ;;a o , i nterferi n d o , por sua vez, nas fu n;;oes neurol6gicas mais simples que envolvem um n u mero de conexoes na med u l a espi n h a l . Os idosos, freqUentemente, assumem uma postura fletida, a p re s e n t a n d o r i g i d e z m u s c u l a r, t r e m o re s e m o v i m e n t o s l e n t o s . E s t a s a l t e r a ;;6 e s n e u ro ­ musculares prejud icam a motricidade e a coordena;;ao da pessoa idosa , e sao estas que se associam , dentre o u t ra s , co m 0 a u m e n to d o r i s c o d e q u ed a s e s u bseq U e ntes les6es , especi a l m ente fratu ras d e q u a d ri l e fem u r ( O K U MA, 1 998, S M E LTZE R; BAR E , 1 998).

Tri nta e dois i n d ivid uos (53 , 3 % ) a presentam "Dano perceptual ou cog n itivo" . Seg u n d o Smeltzer; Bare ( 1 998), com 0 avan;;a r da idade ocorre uma d i m i n u i;;ao da massa cerebral e, conseqUentemente, perdas no dominio cognitivo e perceptual do individuo. Okuma ( 1 998) afi rma que sao as perdas do dominio . cognitivo e as d i sfu n;;6es fisicas q u e contri buem para a maior red u 9ao da independencia do idoso, limitando s u a s p o s s i b i l i d a d e s d e v i v e r c o n fo rt a v e l e satisfatoria mente, a l e m d e restri n g i r sua atu a;;ao na socied a d e .

"Dor ou desconforto" foi encontrada em 36,7% dos idosos. Certos tecidos sao mais sens iveis a dor que outros; por exe m p l o , 0 tecido m u scular parece ser altamente sensivel a est i m u los dolorosos e a dor de m u sculos contu n d idos ou isquemicos pode ser lancinante . Por isso e necessario tomar m uito cuidado a o se m ov e r os p a c i e ntes com d e s o rd e n s q u e envolvam 0 sistema m u sculo esq ueletico. A dor piora , freqUentemente, d u rante as atividades fisicas. Em

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clientes com problemas musculo-esq ueleticos, a dor, freq Oentemente, esta associ ada ao m ovi mento da estrutura afetada. Quando u m esfor:o fisico ocasiona dores, pode-se ter d e red uzir as atividades do cliente para i m ped i r m a i o res l e s o e s as ce l u l a s de s e u o rg a n i s m o . N o c a s o d e d o r e s fo rt e s , e l e s , ocasionalmente, ficam rigidamente deitad os, porq u e q u a l q u e r m o v i m e n to i n t e n s ifi c a 0 d e s c o n fo rto ( B E R G E R ; MAI L LO UX-PO I R I E R, 1 995; D U N GAS , 1 989). Esta condi:ao assu me carater especi a l para aten:ao aos idosos u m a vez q u e estes tem menor sen so da percep:ao dolorosa que os mais jovens . U m a vez q u e a clientela refere dor, d evemos pensar em agentes causais em fra n ca atividade.

" I ntolerancia a atividade ffs i ca" fo i identificada em 28,3% dos i n d i v i d u o s . Okuma ( 1 998) afi rma q u e como u ma conseq Oencia d a d i m i n u i:ao da tolerancia ao esfor:o fisico, u m grande numero de pessoas idosas vivem aba ixo do l i m ia r da s u a capacid ade ffs i ca , necessitando somente d e u m a m inima i ntercorrencia na s a u d e p a ra t o r n a r e m - s e c o m p l e m e n t e dependente s . Seg u n d o Berger e M a i l l o ux-Poirier a s i ntolerancias a atividade, p rovem , m u itas vezes, d e u m a falta de motiva:ao para mover-se seg uida de u m periodo de imobiliza:ao prolongada ou u m a patologia cardio-respirat6ri a .

As m o d i fi ca : o e s fi s i o l 6 g i ca s d o s i s te m a cardiovascular alteram signiicativamente a capacidade do idoso em realizar atividades ffsicas . Podemos citar como exemplo de algumas altera:oes da capacidade card i ovascu l a r, a atrofi a de ce l u l a s m u s c u l a res card iacas ; d i m i n u i :ao d a ca pacidade maxima d o cora:a o ; d i m i n u i : a o d a fo r:a d a s c o n t r a : o e s card iacas; aumento d o con s u m o d e oxigenio pelo cora:ao ; d i m i n u i:ao d a el asticidade das arterias e a rteriolas e d i m i n u i :ao do aporte sangu inea a todos os 6rgaos e g l a n d u l a s por d i m i n u i :ao do d e b ito card iaco e perda d e elasticidade das arteria s . Ocorre uma diminui:ao da resistencia fisica devido a redu:ao da capaci d a d e a e r6 b i a m a x i m a ( O K U MA, 1 9 9 8 ; S M E LTZER; BAR E , 1 998).

o F a t o r R e l a c i o n a d o a " D e p re s s a o o u a n s i e d a d e severa" fo i i d e ntifi c a d o e m 1 5 % d o s

s ujeitos . A d ep ressao o u a a n s i e d a d e severa leva 0 i n d i v i d u o ao u s o d e m e d i c a m e ntos q u e pod e m p rovo c a r t re m o re s , s o n o l e n c i a e p rej u d i ca r a mobilidade. As altera:oes de d i mensao psicol6gicas sao complexas e d iferente de individuo para ind ivid uo. Berger e M a i l l o u x-Poirier ( 1 995) i nforma m que a ansiedade e ou a depressao severas pod em afetar a mobilidade do i n d ivid u o , visto q u e u m a pessoa m u ito ansiosa pode torna r-se h i perativa , nao parando d e movi mentar-se , a n d a r d e u ma l a d e para 0 outr� o u s e r i ncapaz de rel axar. P o r outro l a d o , 0 i n d ividuo d e p ri m i d o pode fi car "fa d i g a d o " e n a o se s e n t i r motivado a realizar q u a l q u e r movimento.

As Cara cteristicas d efi n idoras encontradas foram agrupadas, por entend ermos q u e estas sao i d entifi c a d a s conj u nta m e n t e , e m bora a pare:am separadas na NAN DA e no protocolo de avalia:ao por n6s uti lizad o .

A inabilidade para mover-se significativamente dentro do a m biente fisico foi observada em 83,63% dos s ujeitos (Tabela 2 ) .

Autores como Smeltzer e Bare ( 1 998 ), Kisner e Colby ( 1 992) airmam que cada articula:ao do corpo tem u m a a m p l itude normal de m ovimento . Se esta amplitude e l i m itada , as fu n:oes da articula:ao e dos m u s c u l o s q u e m o v e m a a rt i c u l a : a o e s t a o comprometidas, podendo desenvolver deformidades d o l o ro s a s , e i m p e d i r 0 i n d i v i d u o de re a l i z a r, independentemente, movimentos fisicos no ambiente em q u e se encontra , i n c l u i n d o 0 mover-se no leito (observada em 4 3 , 3 3 % dos idosos i nvestigados) ou levantar-se da cama (com u m a freqOencia de 40% dos s ujeitos).

o u sa d e m u leta s , a n d a d o r o u b e n g a l a s ( 1 1 ,66%) aconteceu p o r q u e , muitas vezes, 0 individuo nao conseg u e d e a m b u l a r i n d e pend entemente , e necess ita d a aj u d a d e outras pessoas e/o u de eq u i pamentos (OKU MA, 1 998).

E n t re as d i v e r s a s c o n s e q O e n c i a s do envelhecimento d a estrutura 6ssea e a rticula:oes e do sistema muscular Mora i s , Braga e Si lva ( 1 995) cita m : a d i m i n u i:ao da flexi bilidade e 0 decrescimo do controle e rapidez dos movimentos, com altera:oes fisiol6gicas significantes. Soma-se a essas altera:oes a diminui:ao da flexibilidade (encontrado com 96 ,7%), q u e s eg u n d o M e u s e l citado p o r O k u m a , 1 99 8 , prej u d ica a res o l u :a o d e p ro b l e m a s s i m p l e s d o cotidiano, como vestir-se, lavar-se, limpar a casa, entre outros.

A lexibilidade, definida por Okuma (1 998), como a capacidade de movi mento da articu la:ao com a maior am plitu d e possive l , decl i n a de 20% a 30% dos 20 aos 70 a n o s , com a u mento nesse percentu al depois dos 80 anos. N a velhice e comum a d ificu ldade em d e a m b u l a r i n d e p e n d e nte . Em nosso estu d o encontramos e s s a caracteristi ca em 5 3 , 33% dos s uj e itos . M u itas veze s , c o m o ja refe r i m o s n este trabal h o , 0 i n d iv i d u o necessita da ajuda de outras pessoas e/ou eq u i pamentos como de cadeiras de rod as (ide ntificado em 30% d os sujeitos).

Alem d isso, h a estudos (PH I LL I PS; HASKELL, citados por O K U MA, 1 998) sobre q uedas em idosos q u e a s s oci a m a red u :a o da fo r:a d e m e m b ros i n fe r i o re s ( e n co n t ra d a p o r n 6 s e m 5 3 , 3 3 % ) a i ncapacidade em levantar-se de u m a cad eira ou de uma cama (encontrada aqu i com 40% de freqOencia), com i n s ta b i l i d a d e ou p o u co c o n t ro l e p o s t u r a l (apresentada por 4 3 , 33% dos sujeitos), com red u:ao da a m p l itude da passada (encontrada 8 5 , 7 % em

(5)

A RAUJ O , L. A. de 0. ; SANTANA, R . F. ; BACH IO N , M . M .

TAB ELA 2 - Distri b u i:ao d a s Ca racteristicas Defi n idoras para 0 Diag nostico d e Enfermagem Mobilidade Fisica Preju­

d icada e m idosos no Abrigo Sagrada Fa m i l i a , Goiania-2000

C a racteristicas Defi nidoras F %

Flexibi lidade d i m i n u ida/ D i m i n u i:ao da elastic i dade/ 58 96, 70

Redu:ao da capacidade d e movimenta:aolDi m i n u i :ao da ampl itude de movi mento .

En rijecimento da a rt i cu l a :ao/ Comprometimento de a rticula :6es/ Aumento da densidade e da rig i d ez da a rticul a:ao.

55 9 1 , 70

86 , 70 8 5 , 70 83,63 80,90 78, 30 78, 30 75,00 75,00 73,30 73 , 30 7 1 , 70 70 , 00 68,30 65 , 00 63 , 33 63,33 60, 00 5 5 , 00 5 3 , 33 5 3 , 33 50,00 40,00 43 , 30 43, 30 43,30 38 , 33 3 5 , 00 30 , 00 26 , 66 1 1 , 66 08 , 30 0 5 , 00

Estabil idade m u scu l a r co m p rometida/eq u i l i b ri o . Ampl itude da passada d i m i n u i d a . (1 )

I nabil idade para mover-se signifi cativamente de ntro do ambiente fisico. Vel ocidade do a nd a r red u zi d a(1 )

52 36 46 34 47 47 45 45 44 44 43 42 4 1 39 38 38 36 33 32 33 30 24 26 26 26 23 2 1 1 8 1 6 07 05 03

Atrofi a m uscu l a r/ Massa muscu l a r d i m i n u id a .

Co ntrole muscu l a r d i m i n u id o/ Dificuldade na coord ena:a o . I n capacidade para l i m pa r a casa .

I nca pacidade para rea l iza r 0 auto-cuidado.

Tonus muscu lar d i m i n u id o .

I ncapa cidade fisica pa ra fazer com pras. I ncapacidade fisica pa ra coz i n h a r.

I n capacidade para util iza r tra n sporte.

Enfraquecimento m uscu l a r/ For:a d i m i n u i d a . I n capacidade fisica pa ra l avar roupas. I ncapacidade para ban har-se.

I ncapa cidade para util iza r 0 vasa san itari o . Portador de defi cien cia fisica

Red u:ao da for:a dos mem bro superi ores . Redu:ao da for:a dos mem bro i nfe riore s .

I ncapacidade para dea m b u l a r i ndependente e s e m aj u d a . I ncapa cidade para vestir-se.

I n capacidade para l evantar-se d a cama .

I nabilidade para mover-se signifi cativa mente no leito. I ncapa cidade para senta r-se em uma cad eira. I nstabilidade o u pouco controle postura l . Presen:a de contratu ras muscu l a res

Restri:ao dos movimentos devido a dor.

Restrito a cade i ras d e rodas/acamados. I ncapacidade para l evar 0 a l i me nto a boca. Uso de m u letas, andador ou bengala

Portador de para l isia ,

Restri:ao dos movimentos i m postas por raz6es mec3n i cas.

( 1 ) Dezoito i n d i v i d u os estao restritos a cad e i ra d e rod a s o u aca m a d o s . E s t a caracteristica nao se a p l ica a estes

i n d ividuos. N esse cas) n=42

nossa pesqu isa) e da velocidade do andar (identiicada em 80,9% da amostra ) . Tam b e m e m u ito com u m no processo d e envel h eci m ento a perd a d a velocidade do andar e da am plitu d e d a m a rch a , q u e advem d a d i m i n u i :ao d a for:a m u s cu l a r (encontrada em nosso

estudo com uma freq U e n cia d e 6 8 , 3 % ) , d a massa (observada em 7 8 , 3 % dos sujeitos) e da flexi b i l idade (encontrada em 96,7%).

U m a das pri ncipais l i m ita:6es na amplitude do movi mento a rticu lar com a i d a d e resu lta do au mento da propor:ao do tecido conj u ntivo na massa m uscu lar, da desidrata:ao d a aticula:ao d a m ud a n:a de s u a com posi:ao e m colageno e elasti n a . E ste conj u nto de altera:6es l eva ao a u m e nto da densidade e d a rig i dez d a articula:ao ( i d entificada e m 9 1 , 7 % dos

i d o s o s da i n st i t u i : a o ) , l eva n d o a d i m i n u i :ao d a am plitude d e movi mento (OKU MA, 1 998).

o modo com a pessoa and a e avaliado quando ela cam i n h a um cu rta d ista ncia perto do exami nador,

q u e o b s e rva 0 p a s s o , s u a s u a v i d a d e e ritm o . 0

movi m e nto a rti c u l a r l i m itad o e u m a variedade d e cond i:6es n e u ro l 6 g i ca s pod e m afetar a m a rcha (SM E LTZE R ; BARE , 1 998).

M orai s , Braga e S i lva ( 1 995) afi rmam que 0

id oso esta m a i s s u s ce ptivel a perda do equil ibrio (observada em 86,7% da amostra) devido as altera:6es nos 6rgaos do sentido, pois estes informam 0 individuo sobre a posi:ao e a orienta:ao, e a medida que estes se torna m menos sensive i s , maior a frag i l idade do individuo.

(6)

Alem d e ocorrer a d i m i n u i;ao progressiva d e metade do peso total dos m u sculos entre 30 e os 70 anos, h a u m a perda crescente no n u mero d e fi bras m u sc u l a re s d e v i d o a a t rofi a da m i ofi b ri l a c o m substitu i;ao do tecido fibroso, ocasionando perda da m a s s a m u s c u l a r ( S M E LTZ E R ; B A R E , 1 9 9 8 ) . A hipotrofia muscular foi encontrada em nossa pesquisa em 78,3% dos sujeito s .

A perd a d a c a p a ci d a d e m ot o ra , se g u n d o Okuma ( 1 998), leva a i ncapacidade para real izar as Atividades da Vida D i a ria (AVDs) e as Atividades I n stru mentais d a Vida D i a ria (AIVDs). As primeiras referem-se as atividades de cuidados pessoais basicos e as seg undas referem-se a tarefas m a i s complexas do cotidiano e incluem , necessaria mente , aspectos do uma vida independente. Os sujeitos apresentaram altera;ao em AVDs como vesti r-se ( 50 % ) , banhar-se ( 63,3%), levantar-se da cama (40% ) e sentar-se numa cad eira (43 , 3 % ) , uti lizar 0 ba n h e i ro/vaso san itario (63,3%), comer/levar alimento a boca (26,66%). Alem destas, foram identificadas alte ra;oes em AIVDs, como fazer com p ras ( 7 3 , 3 3 % ) , cozi n h a r (7 1 , 7 % ) , limpar a casa (75%), lava r roupa (65%), util izar meios de transporte (70 % ) .

A Diminu i;ao da For;a M u scular foi encontrada em 68,33% dos idosos e Dificu ldade de Coordena;ao fo i identificada em 7 8 , 3 3 % dos s uj e itos . Seg u ndo Okuma ( 1 998), estes fen6menos decorrem de efeitos fu ncionais resu ltantes d a s altera;oes m u scu lares fisiol6g icas pr6prias do envel hecimento . Ta is efeitos contri buem para uma d i m i n u i ;ao da capacid ade em rea l i zar ativi d a d e s d i a ri a s e e l ev a m 0 ri s co d e i ncapacitagao fisica .

E bem conhecido 0 fato de q u e , com 0 decorrer da idade, a elasti cidade e estabilidade dos m u sculos tornam-se menores . Este fen6meno foi a p resentado por 96,7% dos avaliados. Estes processos decorre m , por s u a vez, d a a trofi a e d i m i n u i ;ao d a m a s s a m uscu lar, q u e fo ra m identificadas em 7 8 , 3 3 % dos idosos da i nstitui;ao pesq uisada. Alem disso, a perda de elasticidade m uscu lar a l i ada perda de elasticidade a rti c u l a r a l eva a um p rej u izo na fl exi b i l i d a d e , i d e n tifi c a d a e m 9 6 , 7 % d o g ru p o e s tu d a d o . As d e g e n e ra g o e s/e n rij e c i m e n t o a rt i c u l a re s fo ra m encontradas em 9 1 , 7 % dos s ujeitos .

Em nosso i nstru mento de coleta d e dados, a Caracteristica Definidora "Potador de deficiencia fisica" foi observada em dois itens , "Portador de deficiencia n e u ro p s i co motora" e " P o rta d o r de d efo rm i d a d e musculo-esquetica", q u e apareceram respectivamente em 25,45% e 45,45% dos sujeitos avaliados. Para identificamos a Caracteristica Defi n idora " Portador de deficiencia fisica", consideramos os ind ividuos que a p re s e n t a m p e l o m e n o s u m d o s i t e n s a ci m a d escritos , 0 q u e aconteceu c o m 3 6 i n d i v i d u o s , pefazendo 6 0 % da a mostra .

S m e l t z e r e B a re ( 1 9 9 8 ) afi rm a m q u e o s problemas m a i s com u n s associ a d o s a imobilidade incluem m u sculos enfraq uecidos (id entifi cada em 6 8 , 3 3 % d a pop u l a;ao estu d a d a ) , contratu ras das a rticu lagoes (enco ntrada por n6s em 38, 33% dos s uj e ito s ) e d efo rm i d a d e s m u sc u l o esq u e l eticas (observada em 45,45% dos id osos ).

Alg uns dos sinais q u e indicam a probabilidade d e a mobilidade d a pessoa estar restrita sao a dor (35%), a paralisia (08 , 3 % ) , a perda da for;a muscu lar (68 , 33%), a presen;a de u m aparelho de imobiliza;ao ( por exe m p l o , gesso, tip6ia _ 0 5 % ) .

Dugas ( 1 989) afirma q u e as contratu ras dos m u sculos (observada em 3 8 , 1 8% dos sujeitos ) e 0 enrijecimento das aticula;oes (encontrada em 9 1 ,7% dos idosos ava l i ados) sao efeitos da inatividade prolongada.

N o i d oso ocorre um red u ;ao fisiol6g ica da capacidade motora q u e pode ser patologicamente induzida ou agravad a . A degenera;ao da capacidade m o t o r a p o d e s e r a c e l e ra d a na a u s e n c i a d e i nterven;oes adequadas, 0 q u e deve ser objeto de aten;ao tanto na popu la;ao idosa d a com unidade, como da i n stitucional izad a .

Segundo o s autores Smeltzer e Bare ( 1 998), Morais, Braga e Silva ( 1 995), a preven;ao ou a pratica de exercicios podem evitar agravamentos que ocorrem no aparelho m otor com 0 avan;ar da idade. Por isso acred itamos que sej a i m portante a elabora;ao de i nterven;oes de Enfermagem.

As i nterven;oes de cuidados terapeuticos para sujeito com altera;oes de mobilidade, princi palmente no idoso, visam a e l i m i n a;ao dos efeitos prejud iciais da imobilidade, maxim iza ndo a mobil idade de acordo os l i m ites de cada individuo (Berger; Mailloux-Poirier, 1 9 9 5 ) . N e s s e s e n ti d o , c a b e m i n te rven;oes d e E nfe rm a g e m e m co nj u nto a a;oes d e todos os membros da eq u i pe d e saude .

CONCLUS.O

Este estudo buscou identificar a ocorrencia de M o b i l i d a d e F i s i c a P rej u d i c a d a em I d o s o s i n st i t u c i o n a l i za d o s , s e u s fat o res re l a c i o n a d o s e caracteristicas d efi nidora s . Partici param 60 idosos com idade de 60 a 1 05 anos, moradores de u m asilo filantr6pico da cidade de Goiania. Verificamos 0 indice de ocorrencia d este d i a g n 6stico igual a 1 00% dos sujeitos.

Os Fatores Relacionados de maior prevalencia foram : Enfraquecimento Musculo-esqueletico e Forga e Resistencia Diminu idas, q u e foram identificados em mais de 60% dos i d osos .

Q u a n t o a s C a ra ct e r i s t i c a s D e fi n i d o ra s , e n co n t ra m o s c o m o m a i o r freq u e ntes ( E 8 0 % ) : diminu i;ao da capacidade de movimentosl diminui;80

(7)

da amplitude / d i m i n u iy80 flex i b i l idade/ d i m i n u iy80 ela s t i c i d a d e ; c a p a c i d a d e d i m i n u i d a de m o v e r sign ificativamente n o a m b i ente; com p rometi mento a rti c u l a r/ a u m e nto d a d e n s i d a d e e r i g i d ez d a a rt i c u l a y 8 o ; e q u i l i b ri o/ e s t a b i l i d a d e m u s c u l a r comprometid a ; amplitude d a pass a d a d i m i n u id a e Velocidade do andar d i m i n u id a .

N u m segu n d o n ivel d e ocorrencia (entre 50 a 7 9 , 9 % ) , temos C a ra cteristicas Defi n i d o ras com o : d i m i n u iy80 da massa m u sc u l a r/ atrofi a m u s c u l a r; c a p a c i d a d e f i s i c a d i m i n u i d a p a ra l i m p a r ca s a ; c a p a c i d a d e f i s i c a d i m i n u i d a p a ra c o m p ra s ; capacidade fisica d i m i n u id a p a ra va s o san itari o ; capacidade fis i ca d i m i n u id a para vesti r-se, entre outras.

o E nfe rm e i ro d eve e s t a r p r e p a ra d o p a ra i d e n t i fi c a r p r e c o c e m e n t e 0 D i a g n 6 st i co d e Enfermagem Mobilidade F isica Prej u dicada no idoso, e desenvolver i n te rven yoes n u m a perspectiva de atuay80 m u lt i p rofi s s i o n a l , frente a a lterayoes na mobilidade do individ uo, ajudando-o a manter ou evitar preju izos nesta area .

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TABELA  1  - Fatores  Relacionados  do  Diag nostico d e   Enfermagem  M o b i l i d a d e   F isica  Prej u d ica­

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