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Avaliação organizacional de uma universidade pública: uma abordagem não-paramétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

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(1)

FUNDAÇÃO

GETULIO

VARGAS

- FGV.

AVALIAÇÃO

ORGANIZACIONAL

DE

UMA

UNIVERSIDADE

PÚBLICA:

UMA

ABORDAGEM

NÃO-PARAMÉTRICA

DA

UNIVERSIDADE

FEDERAI

DO

RIO

DE

JANEIRO-

UFR.I

DISSERTAÇÃO

SUBMETIDA

à CONGREGAÇÃO

DA

ESCOLA

DE

PÓS-GRADUAÇÃO

EM

ECONOMIA

(EPGE)

PARA

OBTENÇÃO

DO

TÍTULO

DE

DOUTOR

EM

ECONOMIA.

POR

ALEXANDRE

MARINHO.

Rio

de

Janeiro,

RJ.

(2)

SUMARIO

I - INTRODUÇÃO

1.1

-APRESENTAÇÃO.

1.2

- JUSTIFICATIVA

1.3

- OBJETIVOS.

II - ECONOMIA

E ADMINISTRAÇÃO

DA

ORGANIZAÇÃO

UNIVERSITÁRIA:

Experiência

de trabalho

na UFRJ.

II. 1. INTRODUÇÃO:

II.2

A ORGANIZAÇÃO

UFRJ:

Representação

Inicial.

11.3.

DESCENTRALIZAÇÃO

E COORDENAÇÃO:

11.4.

O ORÇAMENTO:

como

Mecanismo

de Incentivo

e de Coordenação.

11.5.

AVALIAÇÃO

ORGANIZACIONAL:

Tarefas

Principais.

II 6. CONSIDERAÇÕES

FINAIS.

II.7-NOTAS.

III - MENSURAÇÃO

DE

EFICIÊNCIA

EM

INSTITUIÇÕES

PÚBLICAS

DE

ENSINO

SUPERIOR:

Dificuldades

e Alternativas.

III.

1 - O PROBLEMA

GERAL.

111.2

- O ESTADO

DA

ARTE.

111.3

- CONSIDERAÇÕES

BÁSICAS

SOBRE

AVALIAÇÃO

DE

(3)

III.4

- UMA

SOLUÇÃO

POSSÍVEL

: ANALISE

DE

ENVOLTÓRIA

DE

DADOS (DEA).

IV - ANÁLISE

DE

ENVOLTÓRIA

DE

DADOS

- DEA:

Caracterização.

IV.

1 -GÊNESE

IV.2

- MOTIVAÇÕES

FUNDAMENTAIS.

IV.3

- O MODELO

ORIGINAL.

IV.4

- RELAÇÕES

COM

A TEORIA

DA

PRODUÇÃO.

IV.5

- O DESENVOLVIMENTO

DE

FRONTEIRAS

DE

PRODUÇÃO:

ISOQUANTAS,

EFICIÊNCIA

E ANÁLISE

DE

ENVOLTÓRIA

DE

DADOS.

IV.6

- A FUNÇÃO

DE

CUSTO

E A ANÁLISE

DE

ENVOLTÓRIA

DE

DADOS.

IV.7

- ALOCAÇÃO

DE

RECURSOS

E EFICIÊNCIA

NO

SETOR

PÚBLICO.

IV.7.1

- .-í Otunizução

da

A locução

de

Recursos.

IV.7.2

- Retornos

de Escala

e a Análise

de Envollõna

de Dad

'os.

V - OS

PRINCIPAIS

MODELOS

DE

ANÁLISE

DE

ENVOLTÓRIA

DE

DADOS.

V. I - PANORAMA

GERAL.

(4)

III

V.3

- O MODELO

BCC.

VI - UM MODELO

NÃO-PARAYIÉTRICO

SIMPLIFICADO

PARA

A

REPRESENTAÇÃO

DE

l MA

UNIVERSIDADE

PÚBLICA.

VI.

1 -PRÓLOGO.

VI.2

- ANÁLISE

DE

EFICIÊNCIA

EM

UNIVERSIDADES:

VI.3

- UM

MODELO

SIMPLES

PARA

REPRESENTAÇÃO

DO

PROCESSO

PRODUTIVO

DE

UMA

UNIVERSIDADE

PUBLICA.

VI.3.1

- Outputs.

VI.3.2 - Inpuis.

VI. 3.3 - DMUs.

VI.3.4

- Variáveis

de

Interesse

Disponíveis

na

LJFIU.

VI.4

- OS

MODELOS

PROPOSTOS.

VI.4.1

- As

Razões

da

Escolha.

VI.4.2

- Os

Modelos

Implementados.

VI.4.3

- Os

Modelos

e os

Resultados.

VI.4.4

- Análise

dos

Resultados

: enfoque

macro.

VI.5

- O PRODUTO

POTENCIAL

DA

UFRJ.

(5)

IV

VII

- ANÁLISE

DA

EFICIÊNCIA

DOS

CENTROS

DE ENSINO

DA

l FRJ:

Os

Pormenores.

VII.

1 -INSERÇÃO.

VII.2

- ESPECIFICAÇÃO

DA

EFICIÊNCIA

DAS

DMUs.

VII.2.1

- Hiperplanos

e Medidas

de

Eficiência.

VII.2.2

- Projeção

para

a Fronteira

Eficiente:

os

"largets

".

VTI.2.3

- A Natureza

dos

Retornos

de

Escala

dos

('entros

de Ensino

da UFR.J.

VII.2.4

- As

DMUs

de

Referência

para

Projeção:

os "peers

".

VTI.3

- ESTABELECENDO

UM

RANKING

PARA

OS

CENTROS

EFICIENTES:

O MODELO

ANDERSEN

& PETERSEN.

VII.

3.1

-Apresentação.

VII.3.2

- Apresentação

dos

Resultados.

VII.3.3

- Análise

dos

Resultados.

VII.4

- ALGUNS

COMENTÁRIOS.

VII.5

- TESTANDO

A UNICIDADE

DA

FRONTEIRA

EFICIENTE

DOS

CENTROS

DE

ENSINO

DA

UFRJ.

VII.5.1

-O

Problema..

(6)

V

VII.5.3

- Estatísticas

Kão-Paramétncas

e Análise

de

EnvoUóna

de

Dados.

VII.5.4

- Os

Modelos

Escolhidos.

VII.5.5-r;.v

Testes.

VII.5.6

- Os

Resultados.

VI 1.5.7

- Análise

dos

Resultados.

VII.6

- COMENTÁRIOS

ADICIONAIS.

VIII

- O MODELO MEC

- ANDIFES

E A ALOCAÇÃO

GERAL

DE

RECURSOS

NAS

INSTITUIÇÕES

FEDERAIS

DE

ENSINO

SUPERIOR:

O

Problema

do

Incentivo.

VIII.

1. DESCRIÇÃO

DO

MODELO.

VIII.

1.1

-O

modelo

de

Output.

VIII. 1.2. - O modelo de Input.

VIII.2

- O MONTANTE

DE

RECURSOS

ENVOLVIDOS.

VIII.3

- A QUESTÃO

DA

EFICIÊNCIA.

VIII.4

- APLICAÇÃO

DE

ANALISE

DE

ENVOLTORIA

DE

DADOS

AO

MODELO

MEC-ANDIFES.

VIII.5

- ANALISE

FATORIAL

E ANÁLISE

DE

ENVOLTORIA

DE

DADOS

COMO

INSTRUMENTOS

DE

AVALIAÇÃO

DAS

IFES

(7)

VIII.6

- ANALISE

DE

ENVOLTORIA

DE

DADOS

E TEORIA

DOS

JOGOS.

VIII.6.1

- O trabalho

de

Banker

(19X0).

VII.6.2

- O trabalho

de

Sengupta

f/990).

VIII.6.3

- O

Trabalho

de

Bogetoft

(1994).

VIII.7

- O PROBLEMA

DO

INCENTIVO

E A ALOCAÇÃO

DE

RECURSOS

EM

UNIVERSIDADES

PUBLICAS.

VIII.

8 - CONSIDERAÇÕES

ADICIONAIS

SOBRE

A ALOCAÇÃO

DE

RECURSOS

PÚBLICOS

EM

UNIVERSIDADES

PÚBLICAS.

IX

- CONSIDERAÇÕES

E SUGESTÕES

FINAIS.

(8)

VII

AGRADECIMENTOS.

Eu

gostaria

de

poder

agradecer

à todas

as

pessoas

e Instituições

que,

diretamente

ou

não,

me

auxiliaram

na

elaboração

desta

dissertação.

A

Fundação

Getulio

Varuas

e a

Universidade

Federal

do

Rio

de

Janeiro

concederam-me

todo

o suporte

institucional

necessário

para a

realização

deste

trabalho

que

demandou

recursos,

disponibilidades

e

atenções

de

grande

envergadura.

Espero

ter

correspondido

à confiança

em

mim

depositada.

Aos

meus

Orientadores,

Professores

Clovis

de

Faro,

Frederico

Carvalho,

e Luis

Otávio

Façanha

eu

devo

muito:

ensinamentos,

paciência,

abnegação,

e sobretudo,

os

exemplos

de

seus

comportamentos

humanos

e profissionais

inolvidáveis.

Aos

Professores

Carlos

Ivan

Simonsen

Leal

e José

Antônio

Ortega,

membros

da

egrégia

Banca

Examinadora

da

minha

tese,

eu

devo

a lição,

de

valor

incalculável,

relacionada

às

incertezas

positivas

de

qualquer

processo

de

aprendizado.

Sinto-me

particularmente

honrado

e esclarecido

com

os comentários

e observações

extremamente

esclarecedores..

Sou

grato

ao

Professor

Antônio

Mana

da

Silveira

pelo

apoio

integral

e pela

confiança

em

relação

aos

resultados

desta

dissertação.

Ao

Professor

Fernando

de Holanda

Barbosa

agradeço

pelos

freqüentes

incentivos

ao

longo

de toda

a minha

trajetória

nos

cursos

de Mestrado

e Doutorado

da EPGE.

Aos

demais

Professores

e Colegas

da

EPGE

eu

agradeço

pelas

lições

e pelo

convívio

de elevado

nível.

Aos

funcionários

da Fundação

Getulio

Vargas

eu agradeço

pela

atenção

e pelos

préstimos.

Particularmente,

sou

grato

ao

Professor

Carlos

Alberto

dos

Santos

Silva,

chefe

da

Secretana-Geral

da

EPGE,

pelo

excepcional

atendimento

que

(9)

VIII

Ao

Magnífico

Reitor

da

Universidade

Federal

do

Rio

de

Janeiro,

Professor

Paulo

Alcântara

Gomes

e ao

Senhor

Vice-Reitor,

Professor

José

Henrique

Vilhena

de

Paiva

eu

devo

a oportunidade

ímpar

de

realização

deste

trabalho.

A

Sub-Reitona

de

Patrimônio

e

Finanças

- SR-3,

através

de

todos

os seus

funcionários,

e de

seu

Sub-

Reitor

e meu

Orientador,

Professor

Luis

Otávio

Façanha,

tornou

este trabalho possível.

O Professor

Nelson

Maculan,

ex-

Reitor

da

UFRJ,

e a Professora

Heloísa

Mana

C.

Barbosa

Leite,

ex-Sub-Reitora

de

Pessoal

e Serviços

Gerais,

me

deram

a primeira

oportunidade

de

trabalho

nesta

grande

Universidade.

Finalizando,

alguns

colegas

e ex-colegas

de

trabalho

da

UFRJ

colaboraram

em

muito

em

todas

as

minhas

atividades.

Correndo

o risco

de

omissões

injustificáveis

eu

gostaria

de

citar

o Professor

Carlos

Bielschowsky,

o Professor

Armando

Leite,

a Professora

Névia

S. Aquino,

o Sr.

Paulo

Vianna, o

Professor

Marcelino

J. Jorge,

a Sra.

Marta

M.

Manfredo,

o Sr.

Carlos

Moreira,

e o Sr.

Marcelo

Gonçalves.

As

Secretárias

da

SR-3,

Sra.

Ana

Maria

de

Moraes

e Sra.

Margareth

C. Rios.

me

auxiliaram

de

modo

permanente

e

extremamente

competente.

O

Professor

Marcelo

Resende

deu

importantes

contribuições

técnicas

e provas

da

grande

amizade

que

nos

une.

Andréa

de Oliveira,

como

Estagiária,

foi

essencial

em

todas

as etapas

do

trabalho.

Esta

dissertação

foi

apoiada

pela

Fundação

CESGRANRIO.

(10)

I-INTRODUÇÃO.

1.1

- APRESENTAÇÃO.

Universidades

são

organizações

sociais

complexas.

Elas

estão

sujeitas

aos

problemas

clássicos

de controle

e coordenação,

e ao problema,

igualmente

clássico,

da

alocação

eficiente

de

recursos,

universidades

também

se caracterizam

por

gerarem

múltiplos

bens

e serviços,

através

da transformação

de múltiplos

fatores

de produção.

Este

é um

estudo

sobre o

processo

produtivo

e sobre

a alocação

de

recursos

na

Universidade

Federal

do

Rio

de Janeiro

- UFRJ,

a maior

Instituição

Federal

de Ensino

Superior

do

Brasil.

A metodologia

básica,

os objetivos,

e a forma

de apresentação

da

pesquisa

serão

detalhadamente

descritos

nos

capítulos

que

se seguem,

mas

podem

ser

brevemente

resumidos

nesta

Apresentação.

Imediatamente

após

este

Capítulo

Introdutório,

onde

apresentamos

a

dissertação,

as Justificativas

para

a sua

realização,

e os nossos

principais

Objetivos,

consta

o Capitulo

II,

onde

apresentamos

parte

de

nossa

experiência

de

trabalho

na

UFRJ,

enquanto

colaboradores

de

seu

processo

de Gestão

Orçamentária.

A título

de

referência,

que

julgamos

bastante

esclarecedora,

e não

como

parte intrínseca

desta

dissertação,

incluímos

nela,

com

ligeiras

modificações

que

não

afetam

o seu

conteúdo,

o trabalho

intitulado

-'Economia

e Administração

da Organização

Universitária:

Experiência

de trabalho

na UFRJ",

que

elaboramos

em

co-autoria

com

os Professores

Luís

Otávio

Façanha

e Marcelino

J. Jorge.

Neste

trabalho,

a ser

publicado na

Revista

de

Administração

Pública

- RAP.

da

Fundação

Getulio

Vargas,

ir 6, Nov/Dez,

1996;

as

(11)

sao detalhadamente

descn.as.

den.ro

dos prece.tos

fundamenta.s

da Econom.a

n.ema

das Organ12aÇaes.

Tra,a-se

de reterenc.a

rUndamen,a,

e de mo,*

bas.ca

Para

elabora*

desta

,eSe,

e a ela recorremos

com

bastan.e

fcquenc,a.

Queremos

de.xar

regrados

os nossos

apeamentos

pe,a

perm.ssSo

de utl|l2açâo

dfl anffio

^

dema.s

autores,

ass.m

eomo

assumir

a lotal

resPonsabi|,dade

por even.ua.s

falhas

na

utilização

do

mesmo.

No Capúulo

, .en.a.os

esclarecer

as d.ficu.dades

de quannficaçào

e aval.acío

dos bens

e servas

gerados

por

or8an,zaçoes

produtoras

de

^

^

pnnc,pa,raente

as ,Igadas

ao Ens.no

e a Pesqu,s,

As aLema^as

para

a supera*

destes

óbices

são

brevemente

apresentadas.

No Capítu,o

,V descrevem0s

uma

abordagem

que Julgamos

promissora

como

suporte

para

a anáhse

da eficiénca

organ.zacona.

da UHU,

e como

mecan.s.o

auxihar

de alocado

in.ema

de recursos

desta

Un.vers.dade,

Esta

abordagem

esta

baseada,

prmcpalmente.

» _.

ní,,.pammélrKa

Je ,,,m

^^

^

^

a,,,

a,raves

da combinação

de uma

me,odo,og,a

conbecda

como

»ula

,pnKn, Amlym (Analise Je Envo|tórja ^ Dados

estatísticos

nSo-parametncos

e descritivos

ma,s

trad.ciona.s,

No Capitu.»

V uma

deserção

forma,

desta

me,odo,og,a

e apresentada

ass,m

como

suas

Pr,nc,Pa,s

caractenst.cas

.ecn.cas,

bem como

sío anal,sados os

pnncpa.s

modelos

que

utilizamos

nesta

dissertação.

No cap,,u,o

V, uma pnme.ra

abordagem

da UFRJ

e realça,

pnncpalmente

no

Sen,,do

de se estabelecer

uma

represento

des.a

Un.vers.dade

cm um comexu,

de

(12)

é aprofundada,

de

modo

a explicitar

as

características

individuais

dos

Centros

de

Ensino da UFRJ.

No

capítulo

VIII,

consideramos

o problema

relacionado

a distribuição

de

recursos

públicos

para

as

Instituições

Federais

de

Ensino

Superior

(IFES),

com

a

exposição

e análise

do

atual

modelo

de

alocação,

e de

nossas

sugestões

no

sentido

de

melhorar

esta

alocação.

Particularmente,

o problema

do

incentivo

é enfocado.

No

Capítulo

IX,

tecemos

nossos

Comentários

e Considerações

Finais.

1.2

- JUSTIFICATIVA

O ensino

público

de

nível

superior

é extremamente

importante

em

todos

os

países.

Em

países

em

desenvolvimento

como

o Brasil,

esta

importância

é ainda

maior,

tendo-se

em

vista

que

as instituições

que

o ministram

são

responsáveis

por

expressivas

parcelas

da geração

e transmissão

de conhecimentos,

da

produção,

apoio

e divulgação

de pesquisas,

da reprodução

da inteligência

nacional,

da preservação

e difusão

de nossa

Cultura,

e da

prestação

de

serviços

diversos

à Nação.

Como

decorrência

do

reconhecimento,

por

parte

da

sociedade

brasileira,

da

importância

das

Instituições

Públicas

de Ensino de

Nível

Superior,

e da grave

crise

por

que

passa

o Setor

Público

Brasileiro,

no

qual

elas se

inserem,

estas instituições

atravessam,

já há

algum

tempo,

um

período

de turbulências,

inquietações

e questionamentos.

Para

se colocarem

a altura

da missão

que

o País

lhes

outorga,

estas

instituições,

notadamente

as

Instituições

Federais

de

Ensino

Superior

(IFES),

terão,

necessariamente,

de

interagir

plenamente

(13)

e humanas

do

Setor

Público

Brasileiro

reduzem,

dramaticamente,

os graus

de

liberdade

com

os

quais

as

IFES

vinham,

ainda

que

penosamente,

trabalhando

até

então.

A Universidade

Federal

do

Rio

de

Janeiro-UFRJ.

e a

maior

Instituição

Federal

de

Ensino

Superior

brasileira,

comportando

aproximadamente

40.000

alunos

de

graduação

e

pós-graduação,

10.500

servidores

técnicos-administrativos

e

3.500

professores.

Ela

subdivide-se

em

06

(seis)

Centros

Universitários

(Centro

de

Ciências

Matemáticas

e da

Natureza,

Centro

de

Ciências

Jurídicas

e Econômicas,

Centro

de

Ciências

da

Saúde,

Centro

de

Letras

e Artes,

Centro

de

Filosofia

e Ciências

Humanas,

e

Centro

de

Tecnologia)

que,

por

sua

vez,

subdividem-se

em

várias

dezenas

de

Unidades,

desenvolvendo

atividades

de

ensino

e

pesquisa,

inclusive

08

(oito)

Hospitais

Universitários,

o Museu

Nacional,

o Fórum

de

Ciência

e Cultura,

a Casa

da

Ciência

e o

Observatório

do

Valongo,

espalhados

por

vários

campi.

A

complexa

estrutura

simplificadamente

descrita

no

parágrafo

anterior,

foi

responsável

em

1995

pela

gestão

de

recursos

repassados

pelo

Tesouro

Nacional,

por

intermédio

do

Ministério

da

Educação

e do

Desporto

- MEC,

no

valor

de

R$

45.280.000,00

para

a execução

de

todas

as suas

atividades

exceto

pagamentos

de

pessoal.

Os

gastos

de

pessoal

atingiram

a cifra

de

RS

466.100.000,00

em

1995.

Devemos

adicionar

ainda

RS

22.208.000,00

em

recursos

gerados

pela

própria

UFRJ,

com

a venda

de

serviços

e produtos

diversos,

além

de

outras

rendas,

no

mesmo

ano.

Convênios

diversos,

incluindo

as

diversas

modalidades

de

bolsas

de

estudo,

representaram

um

total

de

R$

10.834.467,96

em

1995.

Produziu,

no

mesmo

ano,

2.695

diplomas

de Graduação,

783

teses

de Mestrado

e 270

teses

de Doutorado.

Com

responsabilidades

de

tais

ordens,

a UFRJ

não

ficara

à margem

do

(14)

novos

tempos,

que

demandam,

inclusive,

o

estabelecimento

de

paradigmas

que

permitam

a efetivação

da

Autonomia

destas

Instituições.

A

necessidade

do

estabelecimento

de

critérios

claros,

simples

e racionais

para

avaliação

das

Instituições

Públicas

de

Ensino

Superior

no

Brasil

é um

tema

candente.

A preocupação

da

sociedade

brasileira

com

o assunto

tem

se materializado

diariamente

na

imprensa

e,

mais

substancialmente,

através

de

manifestações

de

autoridades

governamentais

a respeito

do

assunto,

denotando

inclusive, a

intenção

do

governo

de

legislar

sobre a

matéria

o mais

rapidamente

possível.

O Ministério

da

Educação

e do

Desporto

- MEC,

a Associação

Nacional

dos

Dirigentes

das

Instituições

Federais

de

Ensino

Superior

- ANDIFES,

a própna

Universidade

Federal

do

Rio

de

Janeiro

- UFRJ,

e algumas

outras

Instituições

e

Universidades

têm

demonstrado

preocupações

com

o tema.

Apesar

de

toda

a urgência,

não

conseguimos

encontrar

na

Literatura,

um

arcabouço

conceituai

definido

para

Avaliação

Organizacional

de

nossas

Universidades.

Esta

lacuna

se faz presente,

por

um

lado.

no

que

se refere

ao

problema

de

mensuraçào

da

eficiência

operacional.

Por

outro

lado,

o que

entendemos

seja

ainda

mais

preocupante,

também

não

conseguimos

vislumbrar

aparatos

conceituais

teóricos

ou

metodológicos,

que

permitam

promover

a eficiência,

através

de

uma

alocação

de

recursos

racional.

Neste

contexto,

é que

se

inserem

os

Objetivos

da

(15)

1.3

- OBJETIVOS.

Esta

dissertação

está

norteada

pelos

seguintes

objetivos:

(1)

Estabelecer

condições

metodológicas

que

permitam,

dentro

dos

paradigmas

clássicos

da

Teoria

Econômica,

avaliar

a eficiência

de

instâncias

organizacionais

de

uma

Instituição

Pública

de

Ensino

Superior.

(2)

Aplicar

os conhecimentos

adquiridos

nos

esforços

para

a consecução

do

item

(1)

anterior,

na

avaliação

de unidades

tomadoras

de

decisões

da

Universidade

Federal

do

Rio

de Janeiro

- UFRJ,

notadamente,

daquelas

responsáveis

pela

Gestão

Orçamentária

desta

Universidade.

(3)

Criar

condições,

atingidos

os

itens

(1) e (2)

precedentes,

para a

melhoria

da

alocação

geral

de recursos

na Universidade

Federal

do

Rio

de Janeiro

- UFRJ.

(4)

Subsidiariamente,

tornar

o aparato

conceituai

desenvolvido,

tanto

quanto

possível,

aplicável

ao

Planejamento

e à Avaliações

inter-institucionais,

dentro

do

(16)

II.-

ECONOMIA

E

ADMINISTRAÇÃO

DA

ORGANIZAÇÃO

UNIVERSITÁRIA:

Experiência

de

trabalho

na

IFRJ

Este

capitulo,

que

visa

explicitar

as

nossas

motivações

iniciais

para

envolvimento

com

o

tema

desta

tese,

reproduz,

praticamente

na

íntegra,

como

referência

que

julgamos

essencial,

mas

não

como

parte

intrínseca

desta

dissertação,

o

trabalho

intitulado

"Economia

e Administração

da

Organização

Universitária:

Experiência

de

trabalho

na

UFRJ'?

(Revista

de

Administração

Pública

da

Fundação

Getúlio

Vargas

-RAP n- 6, Nov/üez, 1996). Conforme já assinalamos na Apresentação da dissertação,

este

artigo

foi

elaborado

por

nós,

em

co-autoria

com

Luis

Otávio

Façanha

e Marcelino

José Jorge. Entendemos que a reprodução do artigo seja oportuna, em virtude de que

aspectos vivos e cruciais da Organização UFRJ e da prática orçamentária no Setor

Público estão nele retratados. A inserção da análise de eficiência que aqui realizamos,

no escopo mais amplo de um processo de Avaliação Organizacional, também está

retratada no artigo, e é essencial, para que não sejamos vitimados por uma possível

frieza dos números.

II.1.

INTRODUÇÃO:

Desde janeiro de 1995, estão em vigor na Universidade Federal do Rio de

Janeiro-UFRJ o Orçamento Interno para Dispèndios em Manutenção, e novo modelo de

gestão de recursos orçamentários. Desde fases iniciais de elaboração, estas iniciativas

foram prestigiadas e contaram com a colaboração direta de Unidades. Centros, e

(17)

A experiência

já justificaria

a elaboração

do texto

a seguir,

dados

os ingredientes

e expectativas

de

motivação,

de

incentivo,

de

aprendizado

e de

programação.

O texto

procura

enfatizar

a

importância

e antecedência

de

questões

de

efetividade

organizacional,

e de exequibilidade

das

missões

institucionais

da Universidade,

frente

a considerações

normat.vas

de eficiência,

mas

a esse

respeito

há motivações

imediatas

a

serem apresentadas.

Uma

delas

decorre

de

considerações

de

políticas

intennstitucionais,

e de

desdobramentos

que

são

intrínsecos

à, e constrangem

a proposta

de gerenciamento

de

recursos.

O teto

orçamentário

anunciado

pelo

Ministério

da Educação

e do

Desporto

-MEC

à UFRJ

revelou-se

insuficiente

para

dar

conta

de

dispêndios

essenciais

da

Universidade.

Tal

restrição,

e as

de políticas

de governo

às quais

o fato

se associa,

vêm

dificultando

o gerenciamento

interno

de

recursos,

e a administração

da

eficiência

organizacional

da

Universidade.

Como

o teto

é flagrantemente

irrealista,

e as

orientações

quanto

à limitação

futura

de recursos

não

são

precisas,

o orçamento

deixa

de

cumprir

a função

precípua

de

organizar

a programação

de

dispêndios

e a

administração

da escassez

de recursos.

Perde,

portanto,

o papel

primordial

de estruturar

objetivos

da organização.

Ao

invés

de promover,

sufoca

a organização.

Com

isto,

ficam

prejudicados

os compromissos

da UFRj

para

com

suas

missões

institucionais,

e para

com

padrões de

efetividade

e eficiência

que

se considera

desejáveis

e alcançáveis.

Esses

fatos

levam

à terceira

motivação

principal

para

o texto.

As

insuficiências

de

recursos

referem-se

exclusivamente

a d.spènd.os

com

manutenção,

e o déficit

estimado

não

contempla

reparos

de dívida

considerável

para

com

o Patrimônio

Público

administrado

pela

UFRj.

Frente

a limitações

globa.s

de recursos,

e dados

os montantes

(18)

circunscrito

de

renegociaçes

orçamentarias

junto

ao

MEC.

e em

prazo

curto.

Com

essa

perspectiva,

a postergação

de

algumas

das

soluções

possíveis

para

o problema

da

reconstrução

patrimonial

implica

em

depreciações

e desinvestimentos

ainda

mais

consideráveis

e danosos.

No

entanto,

a UFRJ

vem

prestigiando

políticas

de

auto-financiamento

e investimentos

que.

de

certo,

ampliarão

o escopo

do

orçamento

interno,

assim

como

a credibilidade

da

orçamentação.

o que

pode

contribuir

positivamente

para

renegociações

futuras

de

dotações

futuras

de

recursos.

A

pauta

para

discussão

não

é de

forma

alguma

limitada

(1),

e o texto

não

pretende

esgotar

os

temas

em

jogo.

Muitos

dos

problemas

a

serem

abordados

transcendem

a área

de

especialização

dos

autores,

enquadrando-se

na

rubrica

do

que

se

convencionou

denominar

de

Administração

Universitária,

uma

das

que

mais

desafiam

esforços

diretos

de

gerenciamento,

e a reflexão,

inclusive

a que

diz

respeito

às

dimensões

da

reforma

do

Estado

que

afetam

mais

diretamente

as

Universidades

Públicas.

O título

do

texto

denota,

portanto,

intenções

de

delimitar

as

questões

a serem

tratadas,

e preocupações

com

a operacionalização

de

algumas

tarefas

práticas

a serem

mais imediatamente cumpridas.

A Seção II.2 procura estabelecer ponto de partida, esboçando uma representação

visual da Organização-UFRJ. A Seção II.3 trata do tema da descentralização. A Seção

II.4

discute

alguns

problemas

relacionados

a orçamentos

e à

dinâmica

de

processos

de

orçamentação

e de

execução

orçamentária.

A Seção

II.5

apresenta

e discute

a atividade

de avaliação organizacional, que integrou o orçamento aprovado da UFRJ. A Seção 11.6

apresenta considerações finais. Algumas notas foram adicionadas ao texto, a título de

(19)

10

que não

recorra

de

imediato

as mesmas,

uma

vez

que

não

são

consideradas

essenciais

para

a compreensão

e leitura

critica

dos

pontos

discutidos.

H.2

A ORGANIZAÇÃO

l FRJ:

Representação

Inicial.

Organizações

sociais

em

geral

e, em

especial,

organizações

sociais

do

setor

público

costumam

ser

reconhecidas

por

meio

e por

força

de

suas

missões

institucionais.

As

missões

identificam

os atores e

agentes

que

integram

a organização,

referenciando

seus

atributos

e os recursos

com

que

contam

para

desempenhar

suas

atribuições.

Referenciam

também

resultados

e objetivos

gerais

esperados

e,

retroativamente,

anunciam

expectativas

quanto

à natureza

das

relações

sociais

e ações

mtra-institucionais

a serem

gerenciadas

e implementadas.

Das

missões

decorrem

regras

de

posicionamento

dos

atores

na

estrutura

organizacional.

Como

linguagem

socialmente

legitimada

e referências

para

regras

de conduta

as missões,

e os padrões

de

comportamento

daí

decorrentes

comunicam,

para

seus

integrantes

e para

o restante

da

Sociedade,

a identidade

da organização

pública.

A Organização-UFRJ

incumbe-se

de

importantes

missões

outorgadas

pela

sociedade

a universidade.

A UFRJ

e organização

de ensino

e pesquisa.

Cabe

a UFRJ

gerar,

sistematizar e

difundir

conhecimentos

científicos

e cultura.

A UFRJ

contempla

amplo

espectro

de produtos

e serviços

considerados

de

relevância

para seus

usuários

diretos

e indiretos,

como

os

de

preparar

estudantes

com

perspectiva

humanista

e

habilitados

para

a vida

profissional

na universidade

e em

outros

setores

da sociedade.

A

UFRJ

mantém

compromissos

com

a missão

de zelar

e valorizar

o patrimônio

publico

(20)

gerenciada

por

expressivo

contingente

de

servidores,

técnicos

e

docentes,

com

especialidades variadas, renomadas e promissoras competências.

A UFRJ

é uma

organização

social

complexa

e peculiar.

Complexa,

por

força

de

sua

história,

e de

desequilíbrios

e assimetrias

daí

herdadas,

que

afetam

o espaço

tísico,

e a ambientação

de

suas

atividades

de

graduação,

pós-graduação,

pesquisa

e extensão.

Complexa,

por

força

de

suas

dimensões,

e da

variedade

de

recursos

que

mobiliza,

nos

quais

se

inclui

número

expressivo

de

estudantes

em

todos

os

níveis

de

aprendizado.

Complexa,

por

força

da

multiplicidade

de

produtos

e serviços

que

elabora

e oferece

à

Sociedade,

assim

como

da

diversidade

de

públicos-alvos

que

deve

atender.

Complexa,

ainda, por força das relações inter-institucionais em que se insere e que gerencia.

Ademais,

trata-se

de

organização

social

peculiar

porque,

como

organização

e

hierarquia

profissional,

a

UFRJ

tem

como

base

(em

sentido

a ser

esclarecido

e

acentuado)

renomadas

e promissoras

competências.

Porque,

dentre

a multiplicidade

de

instituições

e regras

de

conduta

que

administra

(como,

aliás,

as

organizações

sociais

em

geral),

a UFRJ

produz

ciência

e administra

a instituição

da

ciência.

Peculiar

porque

estas

tarefas

são

cumpridas

levando-se

em

conta

orientações

e restrições

de

qualificação

profissional, de mérito, de relevância social e de credibilidade/prestígio acadêmico e

profissional. Porque, afinal, como organização de ensino, pesquisa e extensão, a UFRJ

"tem exatamente os objetivos gerais de ampliar reservas de conhecimento útiF (2).

Como se procurará tornar mais explícito na penúltima seção do texto (v. Quadro

III como referência), tais especificidades merecem ser devidamente representadas,

caracterizadas e inter-relacionadas, uma vez que constituem expressão sintética da

dinâmica da Organização-UFRJ. E, para que isto seja feito, inexistem recursos

(21)

De

fato.

as características

apontadas

referem-se

a recursos,

e a

capacitações

adquiridas

e armazenadas

ao longo

da

historia

da

UFRJ.

As

"reservas

de

conhecimento

únr

acumuladas

e passíveis

de

serem

mobilizadas.

Dizem

respeito

à estrutura

e

desenho

organizacional

da

universidade,

assim

como

à "forma

de

se

fazer

as coisas"

nesta

organização

e hierarquia

profissional,

em

particular.

Associam-se ao

leque

de

produtos

e

serviços

gerados,

que

incorporam

e

carregam

complexidades

consideráveis.

Devem

portanto

revelar,

como

pré-condição

para

a

adequada

representação

do

valor

que

a

UFRJ

agrega

a seus

produtos

finais,

as

grandes

dificuldades

de

coordenação

e gerenciamento

que

se apresentam

ao

corpo

de

servidores

da

universidade,

cuja

adequada

superação

antecede

os

resultados

e produtos

finais,

pretendidos e efetivos.

Assim

é que,

tomando-se

por

ponto

de

partida

os

problemas

de

coordenação

sugeridos, no Quadro I a seguir se oferece uma primeira representação (representações

são

referências

para

a definição

de

tarefas

de

avaliação

descritiva

e analítica)

da

Organização-UFRJ.

No

caso,

a UFRJ

é apresentada

em

organograma,

forma

consagrada

de

se

representar

uma

hierarquia

e a

estrutura

de

gerenciamento

da

universidade.

O

Quadro omite, intencionalmente, referências explícitas á máquina burocrática que se

situaria acima do topo da Organização (4).

O topo da hierarquia estabelece a comunicação direta com órgãos e orientações

de

Governo,

com

as

clientelas

da

Universidade,

e com

outras

instâncias

decisórias

da

Organização. Integram-no o Conselho Universitário, o Conselho Superior de

Coordenação Executiva, o Conselho de Graduação e Corpo Discente, o Conselho de

Pós-Graduação e Pesquisa e, associados a estes, os Conselhos Superiores de Centros e

(22)

13

compromissos

com

as

missões

institucionais

da

Organização.

Na

base

- e este é

o ponto

que

convém

assinalar

e enfatizar

- os

compromissos

com

as

missões

institucionais

são

efetivados.

Localizam-se

ai

as

atividades

e

os

profissionais

de

mais

destacadas

especializações da universidade, o que justifica caracterizar a organização como

hierarquia

profissional.

Consequentemente,

a autoridade

deixa

de

ser

atributo

de

posição

específica

na

hierarquia,

e resulta

das

relações

sociais

que

a hierarquia

auxilia

a

(23)

14

Quadro I:

A Organização - UFRJ

CONSELHOS

SUPERIORES

REITORIA

ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL

DECANIAS

CT

CLA

CCS

CFCH

CCJE

CCMN

PATRIMÔNIO

DIRETORIAS

UNIDADES

MANUTENÇÃO ATIVIDADE ACADÊ M1CA

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Legenda

CT - Centro de Tecnologia

CLA - Centro de Letras e Artes

CCS - Centro de Ciências da Saúde

CFCH - Centro de Filosofia e Ciências Humanas

CCJE - Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas

CCMN - Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza

OBS; A base da Organização-UFRJ é composta por 58 Unidades de ensino e

pesquisa,

que

congregam

3500

servidores

docentes

e

10500

servidores

técnico-administrativos.

Nela

também

se

incluem

150

cursos

de

graduação.

136

cursos

de

pós-graduação

oferecidos

a seus

40.000

estudantes,

e 8 hospitais,

que

oferecem

cerca

de 1000

leitos

à população

e cerca

de

40.000

atendimentos

(24)

15

As setas adicionadas ao organograma expressam, portanto, funções de

coordenação e relações de interdependência, da base para o topo, e do topo para a base,

assim como interdependências horizontais e relações dinâmicas. Ou seja, o artifício das

setas

procura

enfatizar

a idéia

de

que

as

instâncias

hierárquicas

são

antes

de

tudo

instâncias de coordenação, que viabilizam incentivos à organização como um todo,

administram contratos das mais variadas naturezas, incluindo naturalmente os contratos

derivados

de

políticas

acadêmicas,

e processam

informações.

À luz

destas

funções,

a

hierarquia viabiliza a descentralização do gerenciamento da organização.

É assim

recomendável

assinalar,

através

das

setas,

que

orientações

e políticas

genéricas formuladas no topo da hierarquia nutrem-se de informações emitidas a partir

de instâncias intermediárias, que devem conter, indispensável e principalmente,

informações

relevantes

pertinentes

à base.

Se

tal

não

ocorrer,

o processamento

de

informações (e uso das mesmas para fins de formulação de políticas) no topo tende a se

tornar mais oneroso, correndo também o risco de se dissociar de interesses,

necessidades e restrições associadas à base (ver seção II.4 para considerações

adicionais). A hierarquia deve ser interpretada como meio de transmitir

(eficientemente) informações da base para o topo. Por outro lado. permite também

economizar a informação requerida pela base para fins de tomada de decisão.

Na base da hierarquia, como já se apontou, desenvolvem-se atividades de alta

especialização, centradas em indivíduos e/ou pequenos grupos. Departamentos e

Conselhos Departamentais, que têm na programação e no planejamento flexíveis e

permanentes sua orientação primordial de sobrevivência e renovação. Convém acentuar

a esse respeito que ciência e cultura não se desenvolvem de forma completamente

(25)

16

precisamente

definidos.

Ao

contrário,

a

informação

completa,

(que

objetivos

e

programações

rigidas

requerem)

é produto

tipico

do

desenvolvimento

destas

atividades,

e de estratégias aí estruturadas e implementadas.

Além disso, a universidade e sua base pressupõem manutenções e conservações

permanentes,

incluindo

as

do

espaço

físico

em

que

desenvolvem

suas

atividades.

Assim

como

investimentos

consideráveis,

vitais

para

organizações

com

grandes

dimensões

e

que

empreendem

pesquisas,

muitas

delas

laboratoriais.

O

que

sugere

necessidades

de

orientações

e

incentivos

permanentes,

acompanhamentos

e avaliações

regulares,

e

conhecimento/controle

da

organização,

coordenações,

enfim.

Aliás, não é por outra razão que, diferentemente de outros tipos de organizações,

nas

hierarquias

profissionais

os

especialistas,

gerentes,

tomadores

de

decisão,

e

planejadores

situam-se

em

todas

as

instâncias

da

estrutura

organizacional.

Como

se

assinalou,

a autoridade

é atributo

sistêmico,

não

está

associada

a posição

definida

na

hierarquia.

Esta

é parte

da

resposta

aos

desafiadores

problemas

de

coordenação

com

que se defrontam essas organizações. As hierarquias profissionais são basicamente

fluxo e rede de comunicações. Desenho organizacional a que se associam,

naturalmente, padrões de conduta também específicos.

Referindo-se a Universidades em geral, e a organizações/hierarquias

profissionais, um agudo observador e pesquisador assinalou que "ironicamente, tudo se

passa como se a orientação estratégica global das [Universidades e] organizações

profissionais permanecesse surpreendentemente estável, ao passo que as estratégias

individuais parecem estar em estado de mudança permanente" (5). Para a universidade,

(26)

17

membro

do Conselho

Universitário

da UFRJ

assinalou

que

"a universidade

ê modelo

de

organização

onde

se compatibilizam

tradição

e continuidade,

mudança

e inovação".

II.3.

DESCENTRALIZAÇÃO

E COORDENAÇÃO:

Originalmente,

as hierarquias

foram

definidas

por

oposição

a mercados,

e

vice-versa.

As

hierarquias

costumavam

denotar

poderes

absolutos

e discricionários,

perniciosos

aos

mercados,

e destes

desejavelmente

ausentes,

assim

como

organizações

sociais

fechadas,

nas

quais

vigorava

o planejamento

central,

isto

é, do topo

para

a base.

De

ocorrência

generalizada

e, supostamente,

substituindo

falhas

de

mercado,

assim

como

ocupando

espaços

que

os mercados

não

se revelaram

capazes

de

desenvolver

e

organizar,

as

hierarquias

transformaram-se

também

em

gigantescos

sistemas

econômicos,

nas

"miniaturas

de mercados

de capitais"

(6),

e nas

Universidades.

Em

muitos

casos

isto

ocorreu

sem

que

fossem

contrariadas

as

presumíveis

características

originais.

Ainda

recentemente,

apontou-se

que

"a

maioria

das

corporações

americanas

eram

gerenciadas

como

a Economia

Soviética,

com

ênfase

em

planos

centrais,

e detalhes

que

explicitavam

expectativas

quanto

às

ações

dos

gerentes" (7).

Por

sua

vez,

os mercados

representavam

o mundo

das

decisões

descentralizadas,

independentes,

guiadas

pelo

interesse

particular

de

agentes,

indivíduos

e firmas,

e

regulados

por

mecanismo

(presumivelmente

neutro)

de

coordenação

e controle,

a

concorrência.

As

duas formas de

organização

social

foram

submetidas

a perdas

de

prestigio,

transformações

e reorganizações

significativas.

As

hierarquias

se descentralizaram,

a

(27)

18

respeito

às formas

organizacionais

descentralizadas,

os problemas

de

interdependências

das

decisões

individuais,

e as

dificuldades

de

compatibilizar

decisões

autônomas

se

sobrepuseram

à crença

de

que

o bem

.social

estaria

assegurado

pelo guia

absoluto

dos

interesses

individuais,

e por

meio

de regulações

neutras,

da Mão

invisível.

Nos

dias

de

hoje,

reconhece-se

que

as

organizações

sociais

complexas

e, mais

acentuadamente,

a Universidade,

defrontam-se

todas

com

o problema

comum,

porém

multi-facetado

e histórica

e culturalmente

enraizado,

de estruturar

e coordenar

rotinas

e

processos

decisórios

coletivos

(8).

Trata-se

de

problema

que

antecede

(e,

portanto,

condiciona)

resultados,

previstos,

almejados,

prescritos,

declarados,

e cujas

principais

dimensões

merecem

ser

brevemente

destacadas

e comentadas.

Em

primeiro

lugar,

é comum

atribuir-se

às

organizações

dependência

(mais

estrita

que

real)

de

objetivos.

Afinal,

a inexistência

de

objetivos

pode

ser

percebida

como

falha

de

orientação

e, de

forma

igualmente

grave,

como

falha

de

motivação,

na

medida

em

que

os

objetivos

individuais

e organizacionais

(dos quais

também

se

supõe

que

os

indivíduos

participem

da

formulação

direta)

incentivam

os

integrantes

das

organizações.

Entretanto,

organizações

complexas

e,

em

particular

e mais

acentuadamente,

organizações

de

ensino

e

pesquisa

costumam

deparar-se

com

problemas

(de

coordenação)

críticos

quando

da

definição

de

seus

objetivos

e da

elaboração

do

instrumento que os condiciona e viabiliza, a saber, o orçamento.

Existem

dificuldades

de

identificar

e definir

projetos

e objetivos

individuais,

especialmente

quando

se

trata

de

produzir

novos

conhecimentos,

que

geram

a

informação

que

não

está

totalmente

disponível

a pnon.

No

caso

da

Universidade,

em

(28)

19

críticas

de

se

atribuir

preços

aos

resultados

pretendidos.

Consequentemente,

existem

também

dificuldades

de

inventariar,

agregar

e

consolidar

objetivos

e

projetos

individuais,

e de

definir

objetivos

e projetos

organizacionais

(9).

Ademais,

os

objetivos

costumam

ter

dimensões

múltiplas,

e carregar

metas

conflitantes,

alteram-se

com

a

passagem

do

tempo,

por

força

de

mudanças

organizacionais

internas,

em

função

de

políticas

governamentais

e, mais

amplamente,

porque

os

interesses

da

sociedade

e os

critérios

de

relevância

daí

emanados

podem

também

se alterar

com

freqüência.

A estas

dificuldades

se

associam,

naturalmente,

dificuldades

de

orçamentação.

Segundo

percepção

difundida,

orçamentos

individuais

pressupõem

definição

rigorosa

de

objetivos

e projetos

individuais.

Orçamentos

globais

pressupõem

a orçamentação

individual

dos

projetos

individuais.

E a operacionalização

dos

orçamentos

pressupõe,

pelo

menos, que

os

objetivos

e projetos

organizacionais

estejam

especificados

com

rigor,

e

que

os

projetos

individuais

tenham

sido

rigorosamente

definidos

e

hierarquizados

(segundo

qual

critério?

Hierarquizações

segundo

critérios

múltiplos

apresentam

dificuldades

técnicas

e práticas

consideráveis).

Há, adicionalmente, algumas compatibilizações de interesses a serem

asseguradas. Demandas sociais podem estar sendo atendidas diretamente por projetos

individuais e organizacionais, mas não a orçamentação. uma vez que orçamentos

globais

não

são

definidos,

no

caso,

por

quem

formula

as

demandas

e os

projetos.

Inexistem

também

garantias

de

que

os

atores

que

tenham

formulado

os

objetivos

organizacionais

sejam

os

mesmos

atores

que

virão

a por

em

prática

e gerenciar

os

projetos individuais e organizacionais originalmente formulados.

As

dificuldades

apontadas

são

novas

versões

do

que

se

convencionou

Imagem

Figura I: Fronteira de possibilidades de produção
Figura II: Isoquanta, Isocusto e medidas de eficiência
Figura III: Seção bi-dimensional do conjunto de possibilidades de produção
Figura V- Fronteira eficiente do modelo BCC
+2

Referências

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