UNIVERSIDADE
DE
SÃO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
GEOBOTÂNICA
POR
SENSORIAMENTO
REMOTO
EM
FLORESTAS
TROPICAIS
E
A
ABORDAGEM
SISTÊVIICA:
UMA
FERRAMENTA
AUXILIAR
NO
MAPEAMENTO
GEOLÓGICO
REGIONAL
E
NA
PROSPECçAO
MINERAL
Teodoro
lsnard Ribeiro
de
Almeida
Tese
apresentadaao
concursopara obtenção
dotitulo
de
Livre-Docentejunto
ao
Departamento deGeologia Sedimentar
e
Ambiental
do
lnstituto
deGeociências
da
Universidade
de
Sao
Paulo
naárea
de
conhecimentode
Sensoriamento Remoto eGeoprocessômento.
UNIVERSIDADE
DE
SÃO
PAULO
INSTITUTO
DE GEOCIÊNCIAS
GEOBOTÂNICA
POR
SENSORIAMENTO
RBMOTO EM
FLORESTAS
TROPICAIS
E
A
ABORDAGEM
STSTÊMICA:
UMA
FERRAMENTA
AUXILIAR
NO
MAPEAMENTO
GEOLÓCTCO
REGIoNAL
E
NA
PRoSPECçÃo MINERAL
Teodoro
Isnard Ribeiro
de
Almeida
DEDALUS-Acervo-tGC
-(t,
s.
?:
1 ililililil uil ililuil ilil iln ilÍ ililillt iltil til ilil
30900018124
Tese apresentada
ao
concurso para obtenção dotítulo
de Liwe-Docentejunto
ao Departamento deGeologia Sedimentar e Ambiental
do Instituto
deGeociências
da
Universidade
de
São
paulo
naárea de conhecimento de Sensoriamento Remoto
e Geoprocessamento.
SÃo PAULo
200s
rõEt
/*"*
",o.,ott";E\
Sumário
Sum¡â¡io...
iLista de
Figuras...
iii
Lista de
'fabe1as...
iv
Agradecimenlos
v
Capitulo
I
-lntrodução...
I
1.1.
A
geobotânica: definição ehistória
21.2. Estrutura e objetivos desta
tese'.'.'--"'
6Capítulo
2
-
A
geobotânicae
o
comportamento das coberturas vegetaisno cspectro
7óptico: uma revisão....-'...
2.1.
Histórico
da geobotânica noBrasil'.'"'
"""
2.2. - Formas de expressão das anomalias geobotânicas' ' '
"
2.3. Comportamento espectral de coberturas vegetais"""""'
2.3.
I
-
Introdução'.'...'..2.3.2 - Propriedades ópticas das folhas
a) O visível (400 a 700nm)
b)
O infravermelho próxirno (700 a 1 300nm)c) O infravermelho ondas curtas (1300 a 2500nm)
d)
Propriedades direcionais dasfolhas""""'
e) Análise dos fatores que afctam as propriedades ópticas das folhas
2.3.3 - Propriedades ópticas dos outros órgãos vegetais
2'2.3.Propriedadesópticasdascoberturasvegetaisesuaaplicabilidade
na geobotânica por sensoriamento
lemoto
sensoriamento remoto""
""""'
capítulo
3-
A
abordagem sistêmica: contribuição metodológica para a geobotânica por sensoriamento remoto cm florestas tropicais eequatoriais""'
3.1 -
A
tliferença conceitual entre a geobotânica em climas temperados ctropicais-equatoriais...'....
3.1'l-CaractcrizaçãodadistribuiçãodeespéciesarbórcasnaFloresta
3.1.2 -
A
influêrrcia de solos e geologia na MataAllântica"""""""
"""""-3.1.3
-
A
forma
de
expressãogeobotânica dominante
em
florestastropicais úmidas c a neccssidade de informação sistômica
3.2 - O coniunto de métodos da abordagem sistêmica
""""""
I
12 16t6
17 19 22 22 25 25 30 32 35 36 36 51 514t
473.2.2. As técnicas de processatnento
digital
53a) As razões de bandas....
.
53b)
A
análise por principais componentes'...
51c) Introdução da imagem de
albedo
.'
623.2.3
A
aplicabilidade do método àFloresla
Amazõnica...
"
:
663.2.4.
A
abordagem sistêrnica frente a técnicassemelhantes
613.2.5.
Histórico
de experiências de aplicações da abordagemsistêmica
68a)
A
origem dométodo...
68b)
Aplicação do lnetodo em imagem hiperespectral das savanasdo
70Brasil Central
(Anexo
1).c) Aplicação agricola do método (Anexo
2)
..
""
'
7l
capítulo
4*
Aplicação da abordagem sistêmica na prospecção de depósitosepitermais
73na Amazônia: o caso de urn depósito high
sulfidation
4. 1 . Introdução.
4.2
-
Geologia das mineralizaçõesauríferas..
.4.3 - Materiais e métodos... .
4.4 - Resultados e Discussão...
capítulo
5,
Análise crítica da aplicação prévia da geobotânica nas florestas brasileiras e do potencial de aplicação da abordagem sistêmica e métodos assemelhados"
Capítulo 6
-
Conclusões.Referèncias citadas ...
Anexo
I
-
Principal
componentanalysis apptied
to.feahre-orienled
hand
ratios
of
hyperspeclral
dala:
a toolfor
vegeÍation sÍudies ...'--Anexo
2 -
ASIEII
qml
Larulsat
ETMt
lmagesApplied to
SugarconeYield [Ìotecasl
7476
'78
80
93
97
99
11s
Lista
de
Figuras
Figura 2.1
-
Representação esquemática da interação da radiação com os tecidos de umafolha de dicotiledônea
Figwa2.2-Classesdemodelosparaabordaraspropriedadesópticasdasfolhasem
ordem de complexidade...
Figura 2.3
-
Espectros dos principais pigrnentosfoliares'
""
"
'Figura 2.4 - Picos de absorção de Fv em 660 nm c Fve em 730
nm""""'-"""""
F'igura 2.5
-
Indução da fotoconversão dofitocromo
Fv em Fve pela presença de luz e o processo inverso-...'...''.'.
Figva2.6
-
Espectro de reflectância de folha seca (topo) e com crescente adição de água Figura 2.7-
Espectros de absorção de proteína, celulose' hemicelulose'amido'
açúcar elignina em folhas secas. ... ...
Figura 2.8
-
Detalhe da Figura anterior, nointervalo
de2150 e 2350nm"
"'
Figwa 2.9
-
Reflectânciac
transmitância bidireoional
cm
coordcnadaspolares
paraângulos de iluminação de 0", 20o, 30",
40',
e60""
"""
"""'
Figura2.l0_Distribuiçãoangulardaradiaçãorefletidaetransmitidaporumafolhana
,"!ião
"rp""trul
do
azul (485nm) edo
infravermelhopróximo
(73lnm)
para ângulos deincidência de 0o e 60"...'.'..-..
Figura2'11_Comportamentodefluxoluminosoperpendicularàsuperficiedafolhaao
atravessar diferentes tecidos....-.--...-.'...'..
Figura2.l2-
Espectros de reflectância cle uma folha detrigo
durante a senescência ..'...Figura2.13_Espectrosderellectânciadefolhas,llores,marleiraecascasecadeduas
espécies.
os
espectros estão deslocadosverticalnente
para visualização e a reflectância(%)
está anotada para todos os espectros em 1,3pm""""
i
igura 3.1-
perfil
csquemático dosperfis
florestaisI,
sobre metabasitos sem alteraçãohidrotcrmal e
II,
sobre cordierita-granada- cummingtonitaanfibolito"""
Figura
3.2
-
Distribuição
de
espécies arbóreas coletadas
nos perfis
florestais' classificadas de acordo com scu estádiosucessional""""
F'igura
3.4
-
Índices
espectrais baseadosem
razões
de
bandas
do
sensor Aster'
rcspectivamente
enrre
as
bandas
3/1(A),
312(B),
3/4(C), 3/5(D),
317(E)
e3/(5+6*7+8*9XF)...
Figura 3.5
-
Imagens das principais componentes geradas pela APC sobre os seis indiccsespectrais utilizados.
Figura 3.6
-
Espectros de absorção dc compostos bioquímicos entre 2150 e 2350 nm...Figura 3.7
-.Região
da ProvínciaAurífera
do Tapajós(PA)'
EmA,
PCs 243 em RGB deumaAPCsobreumconjuntodeseisíndicesconstruídossobreimagemASTER.EmB'a
mesma imagem com a presença de componente de intensidade dada pela
PCl
deAPC
sobre as bandas Astcr2,3
e 4.Abaixo
urn segmonto de Mapa Geológicoem
1:250'000da CPRM, com parte das folhas Mamãe Anã e
Caracol"""'-
"
Figura 3.8
-
Composições coloridascm RGB:
(A)
CP2 CP4 CP3;(IÌ)
CP2CPI
CP3 ecPl
CP2 CP3. Considerar que a imagem(A)
tem
34,35o/o davariânciatolal
e as em(B)
e
(C)
tèm 92,92o/o... -..Figura 3.9
-
Þ'luxograma com seqüência <los prucessamentos digitais uti1i2ados...Þ'igura 3.10
-
Imagem da região de Kourou, Guiana Francesa:NDVI
em pseudo cor(A);
CCFCdos3
índices utilizados(B)
e das CPs14
8(C),
3 5 6(D),
23
6 (E)e23
5(F)"
.Figura 3.1 1
-
Composição colorida das CPs2, 3
e 5 emRGB
e Mapa de Vegetação daregiäo...
Figura 4.1
-
Fluxogramacom
seqüência dos processamentos utilizados na detecção dezonas de altcração hidrotermal pelo comportamento espectral de floresta densa'
Figura 4.2
-
CPI
das bandasTM3,
4,5
e'l
(A\;
razões das bandasTM
Al
(B)'213(C),4/1
(D),4t2
(E), 4/3(F),4ts
(G), 4/7 (I-Ð e 4t5*7 (r)...--..Figura
4.3
PCl
dcAPC
sobre as bandasTM4, TM5
eTM7,
informando do albedo dodossel das florestas e da geomorfologia.
Figura 4.4
-
Composição colorida das CPs4 7
8 cm RGB
emA
e com superposição deimagem de albedo em
8..
Figura 4.5 -
Filtro
proporcional puro aplicado às imagens das CPs4'
7 e 8.-... Figura 4.6-
Composições coloridas falsa cor das cPs3,
1 2 eI
-4 e 7 obtidas do conjuntos dosoito
índices emRGB
(A
eB),
com aCPI
das bandasTM
3,4'
5 e
7
em canal dc intensidade (C e D) e com o filtro proporcional de 11x l1
elementos da Figura 4'5 (E eF)""
Figrø
4.7-
Segmento de imagemTM
l-andsat de ¿i¡ea mais ampla com o processaúentoutilizado na Figura 4.6F, referente à a¡ea indicada pela seta.
No
retângulo branco, a iirea daFigura 4.8.-...
Figura 4.8
-
Detalhe da Figura 4.7...'...Figura 4.9
-
Imagem da Figura 4.6 F sobreMD'I'
observada de quatro diferentes direções.O
Norte aproximado está indicado...
Figura 4.10
-
Interprctaçãoparcial
da
imagem
final
do
processamento baseado na abordagem sistêmica à luz dos pontos feitos em campo por caetano Juliani e das imagensem
3 D.
Observa¡ queos
contatos das zonasde
alteração4 e 5
não estão fechado porausência de informação de campo...
Figura 4.11
-
Em
A
imagem dc albedo com setas rnostrando áreas sem cobertura vegetal (em vermelho), ¿irea de alto albcdo em floresta (amarelo) e área fortemente sombreada.Em
B
imagemNDVI
mostrando, em tons quentes, alta intensidadedo
platôdo
infr¿vermelhopróximo
(associado às folhas fotossinteticamente ativas)e cm
tonsfiios
solo exposto ouresposta espuria em sombra...
69
70
79
8r
84
84
85
87 88 86
89
90
91
Lista
de
Tabelas
Tabela 2.1
-
Alterações em plantas afetadas pormineralizações"""""""""""
l2
]'abela 3.1
-
Resultado de análises de solos coletados nas parcelasexploratórias...
43Tabela
3.2
Matriz
de correlação entre as raz-ões de bandas de imagemAster
de partcda Província Aurífera de Tapajós.. .
...
"""" """""" '
54T'abela 3-3
*
Índices espectraise
respectivos sensoresutilizados
nestecapítulo
e
nosa¡exos bem como a autoria dos
índices.""""""'
56Tabela 1.4
-
Intervalos de comprimentos de ondaem
anômetros relativos das bandasdo espectro refletido dos sensores Aster (satélite Terra) e
TM-ETM+
(satélitos Landsat 5c 7)...
.
-"""'-"'
57Tabela 3.5
-
Matrtz
de autovalores, expressando a porcentagem davariância
total
doconjunto de seis índices presentc em cada componentc
principal"'-"
58'labela
3.6-
MaIriz
de autovetores, expressando o peso da participação (em módulo) de cada imagem (no caso de cada índice) na composição de cada componentcprincipal'
""'
6l
Tabela 4.1-
Matriz
de correlação entre os índices espectrais utilizados em imagemTM
Lantlsat5.Acorrelaçãomédiarefere-seapenasàdecadaíndicecomosdemais,
excluindo-se a correlação total com o próprio índice"'
""""' """ """'
8l
Tabela 4.2
-
Mrat¡r. dos autovetofes, como
cálculo das covariâncias e loadings médios(em
módulo).
83Tabela
4.3
-
ly'ratrizde
autovalores,informando
da pofcentagem davariância total
doAgr aclecirnentos
Agrtrleço
los
dit,er.so.; bott.s tttnigo.s c colcgu,s qLt¿ nÌe ¡nc?ntivtront no yitlu ucudêrnict, inclu.sir,to.falr
eslo Livrc-l)ot:ânc:iu. Li.sto-lr¡.s é tlc.sntt:es.srîrio, poi.s os de ¡;o.sttttttcoltptmlteir
to
ktrtgo niio t:xisliriu.Sen. den¡érilo ut¡s tlentuis, tenlto tle t:iktr
ol
ttt¡ntes ¿lc:()telnto
.lttlituti, que <:n 1994 ntc pcrgLlttoLt rla po.;.síbíl.ifude dc ¿dc(\.äo,cn
irnugcn,s orbituis,tl¿
ttnot¡¡ulio.s gcoboliìnit;trs qL!??ncontt(nt
do
Grtt¡toScrn
it¡
Itnben¡lxt.
I)esn
tlttc,st,ioit¡it:it:¡tt-,tr: t.tno cooperuç'[¡o r:icntífìctr r¡tte rne lc:'oLt u udot¿r
t
geobotlìnitttpo]
s?n.\or¡dr'ttultott
tttt'ltt t ,'ttt,' lirtlturlt
¡tt.tt¡tti.t,t.Curlo:; Roberto Souza
ltillto,
t1ue, de.stlt que lhe <:orúeitlu
ubortlagent. sistêmíco, sempre mei n c etû i y r:t tt. en o t'ut.ent.c l e a de s en:, o ly ê - I u.
A¡4rudr:ço ltnrbám, e e.specittlnertte, à ntinltu ¡xtrt:eirrt tle
yitlt,
Mttriu Ílel¿no,c
rtos rneus filltosGuillternte e.luliurut, to¿os os tr¿s ntui t:ont¡tunlteiros nus tl¿|.íci.t.t,s e Ltos (pertos que
tr
vi.dl nos rrprortÍtt.Ii
aos nteus ¡tuis, .jtî há turttos urtos .fhleci¿o.s, por tercûttjulotlo
t
(lespcrtor en¡ mirn oCopítulo
1
fntroduçõo
l.l.
A
geobotânico:
def iniçõo
e
históriq.
1.2.
A
geo5otãníco no
Brosil:
histórico
e possibilidodes
l.l-
A
geobotânica: defìnição
e
história.
O
termo geobolânicaé
utiiiz-ado enr clifurentes âcepções.Na
queé
t¡laiscorlulr
nalitcriìltìtt
ctn geociênciasc
scnsorjiuncnto lcmoto. clesigna unr nrótodo de ltros¡tccçãorlincral
bascatlo nas itllctações da cobcrlur-¡ vcgetal devidas ìr presençl cle r¡r¡a nrincraliz.açÍo (llr-ooks,
I 972;
Drury,
2001;
Ustin elul.,
lL)99). Mas n.luitos l.rcsc¡u is atioreso
cronsicleranr sinôniuto de fitogeografìa ou biogeografia, unì l¿ìt'ìlo da gcografia (Fosberg, 1976) ou da ecologia (Heshlrattie Scluires, 1997). Segunclo cstcs riltinros autorcs rì geobotânica é uma aborclagent lntânìca rluc
ctltrllitla
,{co tttotlb logiac
solosconl
it
f'lor ísticac
f isìonorri¿r rlas cobcltur-as vegetaispira
clitssilical unidldcs da
¡lrisltcnt
c da vcllcliìç¡o qrìc sltl)ortiìnt.A
abottlagcttt cluc sc tlá historicanrenle ¿ìo lcrìl¿ì, cntretanto, couveÌge coin a corlelaçiurcoll
a geologia: corllo citam LJstin ¿l ¿1. (1999), nos plinrcir-os tlab¿rlhos (la litelatula ecológiea moderna, cnr fìns do sécubXIX,
clesctevia-so a relação entre a gcografia das plantas c os solos,incluindo irssociações de plantâs conr solos tle composição
quirica
particulâr',A
observação tlarclação cntte a cobcrtLrtiì vegctal c
o
rle in arnbien{c l'ísico ó intuitiv¿r e dccertovcrl
das origcnsde
nossa espóciee
não
ó
ittt¡;ossívelque
a
tenha Íìnlece(li(lo:o
Ilonto
net¡ndertl¡ol¿n.ti.tposs¡vcl'ìei'ìte.já se utilizava rìcsta
lelaçlo
na busca tle rochas útcis a suâ sobrevivência ou, nrcontl¿írio,
llrocuÌava
detefllìinâdos voget¿ìisenl
arlìbientes calacterizadospor
deterurinadasrochas. Mas a anílisc cla vegclação courr¡ rnétoclcl auxiliar n¡ plospecç¿ro mineral plovaveln.rcnte
é
conhecrda ¡rcla hutrrnidadc clesde que esta passou a ptocur¿ìr nrinérìos metálicos,.já que acotrposição c1uítìica tlcstcs sc al'¿rsta
rlujto
da de solos corr.nrns, o !lì.rc sc traduz elÌl ililèrcnçirs mais sensíveis ûa cobertura vegetal. Concretan.Ìelìte, elltretâtìlo, há apenas pouco rnais de 2.000atlos,
stlb
o
teinaclode
César Au-gusto. eslâ rclaçãolbi
descritapelo
pesquisltrlor rotÌlanoVitl'tlviusio (Brooks, 1983). Posteriolnrerìtc cst¿ì rnálise é sistematizada por Cìeol gius Agrícola,
considerado na cultura ocidental como o criador tla geologia. Aquele pesc¡uisador cita, em I)e Re
Metallica
(1tu[rlicacloerr
]¿tinrcm
15,5(r),havel
scncscôncia precocee
nauisnrode
ltlantits ct.cscitlas sobte cotposdc
nrinério ([Jstinet
a1.. 1999),lal
cortro ir'ãoleltelil
t]luitos tìutorcsconteiìlltorâtìeos. Apesar deste longo histrilico, cle acortlo conr
o
clhssico tlabalhodc
Blooks (1912) a aplicação de métodos biológicos na prospecção mineral é considerada muito cornplexa,¡rol
envolver
a
respostadc
plantasao
atnbicntesob
dois
âspcctos:â
geobotânicae
abiogeoquírlica.
A
geobotânica baseando-sena
¡rcsquisavisual da
cobcÌtura
vegetalc
abiogeoquinica na análise
quúlica
de plantas ou húmus.A
coletar lragmentos de plantasplra
anilisc c1uírrica, o geólogo prefcre adotal a geoquinica c análise visual da vegetäção exige u¡zr
acuiclatle
c
conltecinrcntos tar'ì'rbérnnolrlalllellte
auscntcsdo
geólogo.
Mes¡lo assillt
aEUA, conlo nx)strr l3rooks (1972) ern levantaurclìto dos tral¡alhos corn cste mótoclo publicados entre I 857 e I 968: de urn totâl de 199 publicações, a União Soviétìca colabol
¡
com 89 e osEUA
corr 61, restantìo 49 ltala os dcntais ltaíscs.Corl
a clisponibilidaclc das inragens olbitais cle scnsoriantenLr) tetììoto nrì.tlticspcctral notlorrínio óptico, a pirrtìr de I972, a infòrntação gcolcigìca ptesetìte ua vegctação passa a ser, etìl
plitìcûro,
passível
de
utilização sem
a
necessicladecle
equi¡:rcsrlulticlisci¡rlìnares
ou conhecil¡tentostlc
botânica llarir r) lìri)spcct,)r': intc[cssiì rro geiilogOÍl
existônciarlc
respostasespectrais dilèr'enciaclas
c
não
as c¿rusasl'krístic¿s
ou
fisionôr¡licas dessas dilèrcnças. As l)ritl'ìeiras itragens orbitaiscomclcilis
l'olam obtjd¡s ¡rekr scnsorMuìti
Spectral Scanner'(MSS)clo slrtélitc
EIìI-S
l,
tle¡rois lcnonrcadopara l-iìn(lsiìt
l.
O
projcto
drt
scnsor- cscollrcu oscolnpril'ì.ìentos
dc
r¡ndaa
serenr abrangicìospor
suas4
bandasem fìnção do
coÌnpollatreÍìto espectral d¿ì vegel¿rção. Os geólogos,.jír habrtuados hír décadas conìo
uso de lbtogralìas aéreasp¿ìlìcrollláticâs, p¿ìssanl â utilizar acluelas novas irììagens ct¡rn vor¿cidaclc. Ë surge un.t novo gt-upo
tlc
pescluisadores voltadosà
gcotrotânica: não firais botâuicos, ccólogosou
ìaturiìlistits, tì]asgcólogos clue se espccìalizavíìnì en] sensoriânlcnto rcÛloto.
O
seÍìsoriarì.ìento rernotogeológico
sctlsLt .ttrictLtlìri
julgado, ¿ì prìncû)io,ser
ut'ì.ìallanacéiâ, o que evidenterìente não se conlìl r.lrou, po¡s, conìo tocln rnétotlo, tenr ìintitaçõcs. Por conla clcl inlinclatlo elrtusiirsrì.ìo inicial, a tócnica ctìlì-elltou unr per íodo (lÒ quâse ostracislllo. Com
a geobotân¡ca
pol
serìsor-iâulento len]oto l)arece ter acolltccido o lreslÌìo e o eÍìtLrsi¿lst]to inicial searlefeceu enr poucos al]os. Isto ocorre cluando divcrsos autores comcçanì a coÌstalaL ut'ìì dos
rnaìoles problerrus clo método, nluito discutido, entte oulros, uos trâbâlhos
dc
Brooks (1972,I 983), I-abovitz, Masuoka
e Beìl
( I983),
Schw¿ller' ( 1984):a
lieqticntc
lllta
cleum
patìr'ãocicl'inido nits tcsllost¿ìs clas cobertulas vegctâis Iì-ente íì solos Íllôntalos,
o
quev¡i
se refletittaubétr
na dificLtldade cìe se replical experiências. Ou seja, nruitas relações geotrotânicas podem ser v¿ilidas apenas para as condiçÕes espccíficasdo
local oncle forarl] <iesclitas. Esle tema foi:ìr'ìlplanlcnlc cliscutjrio l)elo ¿lntor crrl l99lì collt Robert Grccn (NASA-JPL, EIJA) c cru 1999 cont Malic-Josó Lclèvre ([ìNES
-
'T'ouìousc, Iìrança), conr as rÌìcslras conclusircs.A
eslcs aspectosconsidela
o
autor ciever se somâr' a cxistênci¿r de unrfàtol
¿ìLliótico Òxtrelnârìlellte âtuatìte tìascoberturâs vegetais
e
independentetla
geologiae
pedologi¿ì:a
topogralia, pârticulânnente aorierttâçãô da vellente lìente à iluminação sol¿rr, como descrito, etìtl'e outros,
pol
Florinsky eKuryakova (1996).
Cor¡o
a
Inaior pârte
do
pltnetâ
tent
cobertìirâs vegetaise
col'ì.ìo estas são densaspor
sua câpiìcidûdcdc
oIitniz¿ìros
traballìosde
cal]]llo
e
geliU
alvos.E colr
a
crcsccnte disponibtlidade dc sensoles otbitais rru ltiespectrais cor'ìl nreìhor rosolução cspectral e scnsoreshiltelespcctrais, lren.r cclnur
tlc
avanços r]as técuicas clc ¡troccssalncnlorligìtaì
dc
irnugens,autllentiìlì.ì as Possibilìdatlcs tanto
nî
detecção de eslrcsscscor¡o tlc sc
idcntilìcar
lìÒr(]stÍìs1'iorística e fìsionorlicantcltc dissilrilates alt avés clas resposliLs t-nt irnagc'ls.
Urna abordagern interessânte é itplescntada em Pat adella e Bruce ( 1990), que divitlenr os
cstudos geobotânicos
ell
dìias
câtegorias,crr
linção
rlc
sua
escala:a
Geobotânica dcRcconhccilrtento
c
a Gcobotânic¡dc
AIvo. Na
¡rr-imeira as anomalias são c:u aclcrizarìas¡tor-mucìanças l'jsionôlnicas
c
tâxonônlicâs cìue scjlrnt passíveis de (lctÈcção pot sensorcs rÌc haixa arnédia Icsoluçiio csltitciitl c cspcctriì1, Na seguncla aborcìagcnr o objclìvo rle busca são vlliirçoes
nas plantas e lequeren] sensorcs cle alta resolução espectral c espacial, Tais valiaçõcs ¡rocler.n ser
ntor f'ológicas, 1ìsioltigicas ou fènológicas. Consitlerando sensoles olbitais iá ol)cracior'ìais rìcste
início
de séculoXXl,
crlbora
aintla não disponibiliz"ando lalgarnente scus protlutos, pode-sepr(]ver l)arâ btcve ¡roclcr-sc traballìar, na gcobo{ânicâ
dc
alvo, con]
sensoles hipcrcspectrilis sirnilales aoIlypcrion
(N,^S,A,220 banilas entre 0,4 e 2,5¡m) ou PROBA (lançadopcll
LìSA ouEuropean Space Agency, conl 200 bancìas no rnesÌlro intcl
vâb
dc conprirrentos dc ondâ). Estesscllsores, ell'ltlora tcrìclo unra resolução espacilrl
de
apenas30nt,
pct-nìitcrì.ì iclenti{ìcar, entacréscirt.to ao passível de obtcnção por sensores aclcc¡uados a
urla
aborclagen'ìtcgion
l
(LanclsatTM
cETM+,
IRS,ASI'ER,
CBERS etc), varìações cle nurreLosas característicrìs tle cotrcrtulas vegetais,colrto
conteúclocrl
divelsos
pigrncntose
llaços
(le
infornlação t1c cont¡tostos bioc¡uírricos 1ìrliares.Corl
isso unâ llcol)otíittita t!¿ olvo l'eitit cou.ì seltsoles hiperespectraìs, sc-.jusobre tlrtta fiolesta cstrcssiula
(0u
sinrplesrrcntctlissimilur,
coltìo se discr-rtcà
Iì'cnle). potlc¡lcfinil
tnelhol
alvosuu
prospcctos paraos
trabalhos clc campo. Uma lesolução os¡rircial daorlem
de
l0 a l5ll
seria
nais
aclequadana
detecçãodc
vâriações espaciaìmente rnenosill1)oltantes e Íìão perderia
o
necessáriocarltcr
sinó¡rtico, !lì.re inexistiriâcnl
sctìsores dc pl,ra/sll'ltlilo
ltlcnores.A
inlirr mitção geobotânicâé
inclil-ctac
sc cirractcrizrnunlr
conrunícllilc clcplîntâs, rcptesentadu rtt¡tra rilca clc tlosscl. tJm pixel cle clirlensäcs muito lestriliìs ¡rodc
lcstlingir
a ¿ìplicabilidâde do trétodo.
Cont lr tlìsponihilidirdc rlc avlttçirtlo lctnìrììenlirl (ìr: \cn:\{ìr'iirrn(.llo
fctìlot'ì.
itìlcrcssiltiolleuos, ìt equipe que faz ¡:rtospecção rnileral, as c¿ìus¿ìs de dissir¡ilaridades nas flolestas, clo que
sua localìzação dentro de r¡m determinado arnbiente gcoìógico, Interessará apenas a informaçao de qùc florestas dissimilales têr'ì'ì lespostiìs Òspectrais cliferenciadas, geranclo zonas hontólogas nas intagens clue devenr scr' ¡naìis¿rl¿rs sob cIitór'ios
lcológicos,
oljt]'l iz-1Ìn(loos
tllrbalhos degeobotâtìica
por
sersorialìlerlorcrroto
podelá ¿vançarcuolllemcnte,
lras
no
curtÒ pl.íìz-o atécnica.izi pode ser colsiclerada operacional euquanto ferralrent¿ de prospecção rtrinelal, ¡rosto
tluc
:l
dctùcç|rcde
l'iolcstas clissirnilrrcscrr
irlagens
rnulticspectlaisó
jír
relirtivaltcnteconsoliclacla e os primeilos resultados
corl
a aLroldagcnrsistô'lica,
apteset'ìLÍìd¿ì ncstâ tese, sat()muito ¡rtrsitivos na delecçiio
dc
1Ícies clc tlteraçãohidrotenral
associadaa
dcpírsìto aur-íleroEstrutura
e
objetivos
desta
tese
Ësta tese tr'âz Llna revjsão da litcr'âtlrra so[r:e
o histílico
tìas a¡rlicirçÕes de gcobotâniea ¡toL sensoriatrcnto ren]olo no Brasjle
no conrPortarÌìenlo esllectrlìlda
vegctäç¡o ertr gcral cficnte
a
llinera lizaçõcs, terlas neccssír'iosa
urla
análisc sobrea
geobotâltica.O
seu cernc,el'ìtretatìto, ó a proposição de rnetodologia dc processarnelìto digital de irnagcns de seusori¿ìmeÍìto
retnoto ó¡rtictt. Nesta proposição
é
neccssáriaa
clìscussãn das tlil'clençtrs concejtuaiscntle
asalteraçõcs nil vegetrç¡o cnr
liIção
clo substr¿rto lochoso cnl f|trrcslits trrìPiciris c ('LlUitlutiris
ù ¿ìs de climas tenrpcrados ouiiios.
Nesta discussão, lcita cnr llar-te sr¡ble a Iitclatr¡taccolílgicl,
nras pt ìnciltaltrtentc sobrc tlados obtidos ern pescluisa coordcnada pelo iìutor. cl)ìcrgc a questão dastelaçõcs entre a plesença de alteração hicLotelrnaI e a rica bbdivcrsi¡l¿ile dos clirnas quentes e
úntidos, a quâl permite unra nruito r¡ais ofi:tiva seleção
pol
concolrôlcia entre espécies quc enrbiontas
tlc
pobre biodiversidacle. Este asl)cctoó
fundamental palao
tlesenhode
nrétodo deprocessalllento voltatlo à geobotânica por sensoriarnento Ìemoto ern clinrirs tropicais-ec¡uatoriüis,
.1á que
ilri
lbcat trais dilèr-cnçits llorísticas c l'isionônlicas de llorestas quc tlisclctas valiações nalesposla ospcctlal, 1:rol cstresses de ur¡¿r corl]Llnirìude ¡rouco variável cle poucas cspécics tle vegelação arbórea.
A
partir dest¿r constat¿ìção lìca evìdente ¿r necessidade de unta aboldagetncspoctl al cluc ctltttctrple o rlair¡r número possível de ploprieclades oì.r llroccssos ila vcgetação. A
segrìit aprcscnta-se o conjìinto cle passos da ¡rroposta rìeloclológica. Ao invós de apresenlâr breve desctição
tlo
métotlo seguicla de exerrpkrsdc
aplicação^ decidiu-se allrcscntaro
rlétodclc
osresultatlos clue väo sctrdo obtidos passo a passo ern unra apÌicação sobre arnpla região dc Fbresta Amazônica. Consiclôr'ou se que, clcsta for.nra, a conr¡rrecnsão d¿r ptoposta ¡reìo lcitor-seria mais
atr.tpla.
Cotllo
a
geobotânicapot
scrtsurientcntolctìloto
scnsoLialrcnto rcnrotoé
arr¡;latncnteclirigida à prospecção rninetal, no capítnb seguirìte aplesent¿ìm-se os resultados, todavia inétlitos,
cla detecção
iic
clilèr'eutes lãcies de altelação hidrotÈrmal lìo substrato rochoso cla densa llorestanlt r-egião d¿ Pxrvíncia Aurílèra clo
'fa¡lrjris. Ao
lìnr tia
lcsc cncotìtrant se, entunex¡,
rlLtasa¡rlicaçõ>es
clo
nrétodo,cnr
ten-ì¿ìse
rcgiõesnìuìto
dil'erenciadâs cntl.csi e
conro
cxertr¡rloutilizado na descrição do método e de sua aplicação em prospecção mineral na Arnazônia: um
traballio publicado soble a distinção de vegetâção do Blasil Central, eln irragcns hipelespcctt:Lis
aero¡:nrtadas, e sobre previsão dc safia et¡ ¡rlantação clr: cana-de-açúcal no Estado de São Paulo.
Procura-se, assil¡, dernonstlar a potencialidade do método em pesc¡uisas tão iliversificadas e, ao
Capítulo
2
A
geobotônico e o
comportomento
dos
coberturos
vegetoís no
espectro
óptico:umo
revisõo
2.7
-
Histórico
do
geobotâníco no Brosil
2.2
-
Formas
de
expressõo dos
onomolíos
geobotônicos
2.3
Comporfom¿nlo
espectrol
d¿
coberturos
vegetois
2.3.1.
fnfroduçõo
2.3.2. Propriedodes
ópticos
dos
folhos
2.3.3. Propriedodes
óplicos
dos
outros
órgöos
vegetais
2.1
-
Histórico
da
geobotânica
na
Brasil
As tlimensões contincntaìs do Brasil e a exjstônciâ tle potencial ttiner¿rl
ell
extensâs áteas¿intla rccoLrlLas por vegctâção n¿rtLìral e conr glandc dificultlade de acesso torn¿ull o ltaís urn destilto
itleal para
lct
na geobotânica ¡rol sensor-iamento renroto (GbSR) unra 1èrrârrcntt cle ¡tros¡recçio lninctal e t¿tlrt¡érr como fbnle de inlormação prcliminar no t'ì.ìapeân.ìetìto geolírgico, como advogirlliaza et ul. ( 1998). E, no erìtârto, uma busc¿r n¿r literatul ¿ revela pequeno histórico de pulrlicações no
tctulì. Alérn de pottco nlulcrosos, tais estu(los lbrarn 1èitos ent legioes
do
1taís cont tlistìntascilr¿tc tcríst iciìs climiticas
c
cobelturas vegctris: Fklrest¿r Anraz-ônica, Mâta Atlâll1ica, Cclratlos tkrIlras jl Ccntr'¡1, câatingas do semi-iiu iclo clo no¡clcste e eln savan¿ìs sub-tlo¡ricais rlo sul. Cont isso o .jz'i
leduz-ido
histílict)
sc ton'ìa aintla mais insuficicnte llala geral unra cultura uotcnll,
adlìptândo atócnicâ
às
condiçõese
nccessiclades blasileiras.Iìnr lesurlo,
nossacultura
ncsta téctìica deprospecção é pequena. Algurn desencanto l;ela técrrica pode ser debitado à sua origerr, pois foi
lécnica desenvolvicla em tegiõcs iie clima lenr¡rcratlo e li io e consiclera urn quirtlro ntuito difcì-ente do
dits lblestas tropicais úmidas. lsto podc
tcl
lcvadoa
cor.nunirlatìea
accitar c¡uca
a¡rlicação tlcgeobotânicâ
err
llotestas trol;icais únrìtlas nÍìo tcriao
rÌlcsnlo sucesso, coll.ì os por¡cos rcsulta<ìosltositivos scntlo clevi<Ìos ou a contliçircs excepcionais do tcrreno ou a correlação cot]] os âtributos
espacìais do tcrrclo, coll.lo ¿rfirrnant Paladella e l}'uce ( 1990).
Sño raros i¡s tnbalhos putrlicatlos clc aplicação de geobotânica no bioma
rluìs
anrplo cloBtasil, a Florcsta Arrazônica. A rlais antìgir pesquisa publicatla que se localizor.r é a de Ribeiro Iìrlho (1961), (ratando cla ¡rtospecção de urânio no norte do Estado do M¿to Gxrsso e é na verclatJc ntris
voltado à biogeoquinica, pois n¿ìo cita valiaçõcs na cobeltul'a vegetal, tnas na contposição químicir (le ¡)ru'tes de
Xl,rjs,rp.
grantínea dc cx¡tressão regional.A
aplicação da GI¡SIìn¡
Antazônialòi
inicialnrcntc
consideratlapouco
provável,
pela liaca
ìnteraçiro ..r'ocha-sokr-vegetâçãoe
acontplexidadc do arnbiente (Lyon, 1975 l¡tud Pta<ldla e BrLrce, I 990). Nas aplicações do ulétodo na
regiiro deslrtcanr-sc os ll abail]os de Anrara I ( I 982), Alnteida Fillro et dl. (ll984:), cle Paradella ( I 992) c
cf c Palrttlelia ct oÌ. (1989, 1994), estcs últinurs no surjcste rla Alraz-ônia,
nl
Provircia Mincl ¿rl rlcCarajíts, dcstacando-se
o
rlais
rccente, queé
considcrado urn tr¡ballro cle refèlência. Os auloresconrbinaraur irnagens processadas
do
sensor 'fM-Lalìdsat conlunì
ModeloDigital
de Terreno, obtendo lxras correlações eutle as clâsses de vegetação e a gcologia. Concluem os ¿ìutores que atopografìa exercc ulì.ì papel findarrental na distribuiçao clas cl¿rsscs de vcgetação clelìnidas por sensoriarrento lelnoto. Do F)nto de vista botânico, conclueln ser ¿r lisionol¡ria, e não a llorística, cr ¡rrincipal elentento das llorcstas a explicar as tlìferentes respost¿rs nas inragens. São tarll¡élrr taros os
trabalhos botânicos sobrc mincralizaçÕes, con.ìo os de Silva
c
llosa (19137), sobrea
flolísLjca na.iaz-ida de ctlblc na Scrla tlo Caritji'ts. 'I'ais tlab¿lhos, entrctanto, pol níio locar a plospccçuo urineral,
não se baseiartl
ell
1:rat-celas vizinhas, soble nrinério e cncaixantes e colâbolatÌ pouco lìa discuss¿ìgquc irclui se lìrz.
Nt¡s cerlaclos tlo
lllasjl
Clcrìlrirl, Alnlcicla Filho (1984) lliostra clâra associação rla cober.t¡r.avegeIitl
cotr
lìicrcs grersenizadasou
albitizadas, associa<ltrs licqùentenlentea
nrinelalizaçòcs estanífbritsertt
Goìís llslcs
¿ìutOrcs tnostL¿¡tìâ
associaçãode
carrrpos abcrtos, espars¿¡neuteveget¡t(los (sol.llettttlo por glanríneas) sobre íueas cor]ì trelassotratismo, viziuhas
a
6utr¿s, ¡taistlcllsal¡enlc vegcl¿ì(ìas.
clì
solos clesenvolvidos sobrelliotita
glanifos.O
lea]co clas tlil'crcnlescoltrlttr¡s
vcgctaislìri
1èito a paltìr'da inlÌrrnraçao espcctral tktrel
etlgc, utiliz.ando-sc a r.azão deblndus MSST/MSS5 (Nllì/R), t¡uc indica
I
intensi(lit(lc cb platô do illì-aver.ntclhr¡priixinlr.
O aLrtortestou
o
tltélodoctl
ìmagens da estação cle secac
clc chuva,coll
o
resultaclo dcsta úrltilla sentloclârilllìente supet.ìor, eDt const¿ìtação inrportânte para ir irnplclllentação da técnìca e a inclicação cla ¿ilea ¿ltel.ada lòi ¡rlecisa. Almeida Filho, Vitorcllo e Colreia (1996) obtiveranì resultados sel¡elha¡rcs sobte itlagcns
TM
L,rnclsat, r-c¡rlicando os excelentes rcsultaclos ¿lntcrionlìente oblirìos ertr irnagcnsMSS l-antlsat, Já Alnrcìcla Filho e Vitorelkr (1996, 1997) lizerant urla fisão de irlagerr
TM
com 1òbglalias ¡litncrorrálicas de nrais alta lesolução espaciâl(5
nt), pelnritìnclo n obtcnção dc uurainlagcm classifica(l¿ì ric¿lnrente
inlbnlativa
cl¿ìs cobelturâs vegelaìs, com as áreas cs¡tar.sarlcntevegetâdas se asstlcianclo
is
rochas alteladas lridrotornr¿lnrentc. llascaclos l'ìas rcspostas (los espectl.osobtidos el'ìl c¿ìrr'ìpo lòl am sclecionadas ¿rs bandas 1, 2 e 7 corro as mais tliagnósticas parâ os n.ìateri¿ììs
altelados hidì'otc¡'¡ìlllrltentc. lnlelessante obscrvar
que
tivcranr
melholcs rcsullatloscorl
ae¡rrlÌrusi!;io r'r'1,rl irltr crn colL.s nillulitis.
[.ltla
curir¡sa iìssociaçño geobotânica nruitt¡ llern desclitano
Centnr-Oeste clo paísé
aassociação cla lritltttcit a carantlír (Copant.it:io
olln)
conr os Iagos salinos e lripersalinos clo Pantanal daNhccolândia, conro tlescrito enr conceição c Paula (1988). Ern Almeida et
ul.
(2003) conlìrla-seacluefa associação
e
descleve-seâ
presença da palrnácea bocairiva(Atrononio
.sr'le nx:u r¡xt), de r'ìresl'lìo porIe. llas ile ocol lôncilr ìnr]il'ercnc jada.lll¡
tlabalho na ¡rt'or,útcia lluor'ítica do Ilstarlo dc Srnta Catalin¿r, Alntcicla ettlrcira
(1989)citall'l quc iìltelaçõcs lìa vegetaçao auxiliararn a identilìcação tlas lìrlhas tral]scon.entes ¿ìssociadas irs
mincralizações
eur fluorita,
Foi
verificadoem
c¿ìr.r.ìllo clue uos pastos havia colìcel'ìlração desatlratnbaia-açu, enquanto nas irragens a lnenor rel'lectância na band¿i TM5 inciicava nteltor teor clÌ.t
água foliar no dossel das f'lorestâs. Nos campos do estado do Rio Grande do sul, onde de uma forma getal os solos são rlsos e a topogralìâ plana, a intelação r ochâ-solo-vegetação é intensa, fixnecendo
indicadolcs geobolânicos qLrc auxiliarn granderlentc
î
rìtilizâçãotlo
sensoriarlcnto renrÒto r1odcrÌonstlarìi que
a
lesposta da vegetaçaoó
lluito
cr¡rlclacionadacorl
as dilctentcs lòrrnaçÒesgeoklgicas, cmbora a resposta a níveì tle 2ixel seja sen.rpre mista, corn parlic\lação de solo e rocha.
Sirìclanhr¡
c
Cunha (2005) aprcscntarn lcsultados clc pesclLrisa sobrc tcrrcnos conr ultr'¡nrírlìcrLsscr'¡rcnt in iz-adas nir
rcgiio
de [,avr¡s do Sul.A
aborrlngem dcslcs al]tores consitletou a proposta cleParaclella c Brucc (1990) na divisãr¡ tlc al.xrrdagern de geolxrtânica dc lcconhecinrento e cle alvo. Na
plinreir.a, soble irlageus
TM
Landsat, encontriìralìr na densidade total d¿ vegetâção, realçada pelaa¡rlicação rlo fuclice
NDVI,
Lrrr clos pr incipais conlribuintes na calaclclização das ultlanráficas, Já avaliaçâo taxorrôltica näo lìri stgnilìcirtivr niì respostî espcctraì, pcla baixr densiclarle tìas cs¡fcies c¡dônlicirs. Na geobotânica de alvo os rutores rcconhcccrârìr a I)rcsenç¿r de urla associação ¡)cculiar
<le espécics vcgetais.
0
nordcstc blasilciro aprescnta locais de alla potencìalidatle pala a aplicação da melotlologir.pela necessarianetìte gr'¿nde intel¿rção. c}rrse direta, rocha-vegetaçao, colno lnostlârìl Paradella e
Bruce ( 1990) e, plincipalmeDte, Paradella e ViLr¡rcllo ( I995), que er]corìtr¿ìr¿urì cxcclerìte correlaçiur
rlc espécics vcgctais c da densiclade da coLlcrtrìra vegelalconr as rochas sul).iacentcs. Pot ottllo lailo as
respostâs espcctrais, plincipaìnrcnle
nas irlagens
atlc¡uiridasro
petíocìocle sec¡, infonrarr
not¿ìvehrente (l¿ì geobgia, o que mininriza a apiicabilidadc da GbSR.
Carvalho Jr et ul. (2004) sepiìr'anl a vcgetação crescirìa sol¡re rochas básicas c ultral¡¿isicas ncr
Conrplexo tlc Niquelândia, ccntro do Estatlo de Goíírs, utrlizando ¿s bandas do espectl.o rel'leticlo do seusol
Asler
(satélite Telra).Os
lrons resultacloslolam
obtìclos pîrt icu larrncntcem
lìnção
claÌlroporção de vegetaç¡ro lòtossjntct icanrentc ativa e n¡o ativa. Por lrm, clois tlabalhos clos pritrórclios
tìil
scnst)r'ianrcntc¡ rcnroto brasileiro abolcl¿r¿ur.ro
terìl¿ì sobre a jazida de zinco (le Vazante, MinlrsGcllis,
o
rlc
Cai ra¡o (1971)e o
dc
Nascirlenloe
Chen (1976). Anteriolrlonte Anralal (1968)tlescrevcra a associação de espécies vegetais con.ì nrinérìo de z-irco daquele delfisito, r'nostl¿uìdo
inclusive, em fotografia de carrpo, corno se distingue facilurente o c¿ìlnpo de granríueirs do gônero
Punicutt sobre estéril e tlo gênero lletcropogon sobre rninério. Sobre lochas miner¿rlizadas ocon-ern
ainiìa cs¡récics dos gôncros ltttspulun, A:ono¡tu.s e (.ìontpltrcrut. cstc último de alìnida<le i'ìollivel corl.r
ar¡ucle rnctal, ltorìenclo crcsccr sobr-c prlhas dc nrinóricl.
l)o
ponlo cle vista da biogcocluíntìca. os cinet-,gôncros citados aprcserìtarârÌì altos teores
elr
Zn, notatlanrclìte a cs¡récie Axrsrto¡tns cltr.ysotluctu,s,com l4.400 ppm de Zn.
Outros traballros isolados,
por
vc7-es tolÌandoo
ter'rno geollotânicacolllo
fitoecologia ou fitogeografia, são encontrados ern anais de leunìões científicas. Ocasionalmente pcsquisas k)tânicas,ser'ì.r rìtiliz¿ìr
o
tenro, explorarro
terrâ, comoetr
Gotloy (2001) e Sztutrlatl e Rodrigues (2002),trabalhos que scrão discLrtidos no pr-óximo capítulo, Mas o rcsultackr cla tlusca dc rel'erêncìas é nlL¡itrr
poble. Sabins (1999) aplesenta urla revisão sobre o sensori¿ur.ìenlo ren'ìoto na prospecção rninetal
e, Ilo iten.ì clestinado à geobotânicâ, lemiu¿ì o texto djzendo que "Thele is
liltle
resealch totlay onlentote sensing
of
vegctâtion spectrafor
mineral ex¡rblation,to
uly
knowledgc.'l'hc
originalresearcltcrs arc rctìt.crl or':trc wor-king
or
envirorìnrcrìtal ¡tlojects".Etl
sc-urridlr o lr.rtor cleixaulla
porla
iì[]erta:"'l-hc
availabilìty
of'
hyperspeclftrIdIta
nray
cr)e(,urirSc rrcu, invcstigulil}ns". lìepetindo o quc acolrtece nos EUA, os 1æstluisaclolcs lìiriuruntlo Almcitl¿ Filho e Waldrr RenatoPaladella, que s¿ro os autores brasileims c¡ue mais tÌ'atliìllìaral'n r'ìo telna da GbSR, não têm rÌì¿ìis se
dedicado a cle, totnanclo ajnda ruris ctilícil tel urra llcr sllcctiviì p,rsitivir no cLrrt() pm7'.
Não pruecc l'ácil corlplcender cor.rìo unla técnicâ bar¿rta, (luc se rìrostroLì ca¡taz dc lblnecel'
inclicaçõcs precisas de nrincralizaçircs enr llgumas poucas aplicaçõcs. não scl uliliz-adl no Brasjl.
Eltrbora o 1taís tcnh;t concluistaclo unr csl)aço inr¡xtrlantc no scrì\ùriJrìrcnlo rcrìrul() irìtenìilu i()n¿tl, a
origenr desta conruniclade
foi
lòcada elÌ'ì poucos pescluisadoles.É
possível qùe, caso houvesse tr-aballros ¡rioneiros, em equipcs l¡istas de geólogos com bolâuicos e ecóbgos, voltatlas a crìar as bases para urla geobotânica tro¡rical-equâtoriâ1, poderia o quadro ser (ljI'erente. É possível, aincla, quc opiniõesde
¡:rcsclu isarlores est[aÍìgeiros renonrados,ao
afiflnâren]dâ
sLìposta alcatoliedade dadistribuiçño de espécics nâ l-'lolesta Ar¡azônica, lenhâm col¿rbora.lo llâr¿ì eslâ ausência de eslorçcr
colctìvo. Mas, cor'ì.ro âtri:'rs rrtcncionaclo, hoLrve unr desencautr¡ gencralizado conl â técricâ, intlicando
que as clificuldades
lão
1ì)l¿rnl oncortladas rpel'ìÍìs no Btasil.O
cx¡rostono
capítnlo2
deslâ tcsc lìlostla clal arìlentehavcl
nichoscorl
comunidadesllor'ística e flsionôrnic¿urcnte tlìstintas enr flnção de valiações nos solos na
rlais
horlogênea e dedistribuição rras arr.tp)a das llolestas ar¡azônic¡s, ¿ì florestiì rle terra
lìnre.
Mostra t¿ìrìrbém que omesllìo ocorre
ll¿ Mata
Atlântrca. Patece scr claro quea
condição essencial que pelnritiriuîplic¿ìç¿ro da
Gl¡Slì
cxisle:a
interferênciatla
gcologiasotle
as cobertul.rs vegetais.A
segulclacondiçrul I'ìecessáÌ¡a é a d isponìbiliclade de imagens. Ola, hcljc cxistc um inrelso alcluivo histót ico de
iuagens dos satélites
da
séric Lanclsat, otrtidasa
urn
tenìpo ern que tlcpósitos minerais hojeconl'ìeci(ìos,
e
nresû'ìo .jáetn
lavla,
cr¿ìn.ì recobertospor
florestas serìl intervenção autr-ítpicrrsi.gnii'icativiì. É urr¿r lonte irrensa cle tlados a scrcnr cxltlolackrs. Sen<Ìo estabelecidos lliì(lra)es, buscâr
resl)ostas
similr
csó rluito rlais
sirr¡rlcslIIi'i
Lìllì outro ¿tspcctu:o
¡e
s()r'illnrsIìl() rcnr()tr) vclìlevoluindo e são largamente disponíveis ilìlagel]s dc rcsolução espectral rl.ìuito rrais anrpla clue as dos sensores d¿r série de satélites Landsat, con.n as do sensol ASTER, do satólite Tclrâ, com fo¡nricl¿'rvel
potencial
pala
disctinrinar florcstas dissimilares. São arnda disponíveisas
prinreiras imagenshiperespectrais obtidâs pclo sensor olbital I{yperion e PROBA. Em breve outros scnsotes estarão
oper¿ìcionâis, perntitindo icle¡tilicar ntais cle prrârnetros d¿ß cobertur¿ìs vegetais e, POr corìselltiôncir,
2.2-
Formas
de
expressão das
anomalias geobotânicas
As
altc|llçõcs na collcrtur¿r vegc(al eD]fiução
de nrinelaJizaçõesÌrodeÎl
tcr
dilèr'cntcsexpressoes n¿r n¿ìtureza: rlistr ibuição anôrrala dc espécics c/on corlunitlatlcs clc plantas; nunisll.ro
ou gigantismo da vegetação e/ou decréscir¡o da cobeltur¿ vegetal, alter.ação nos ¡:rigrrcntos das
lblhas e/ou processos fisiológicos que procluzem alteração na cor das folhas c alterações no cickr lènológico, conlo scncscência precoce no outono, altetação no ¡reríodo cle lìolação e retardo ììo
períoclo de reLlloliì nâ prinravcra (l-ille-sirntl
c Kiclcr,
I994).
Outros aì.ìtorcs, coûloIlodc|olÌ
cMoore (1988) dividen¡
as
rclaça)cs vcget ação- su bstriìto
cnl
cstrcssc sazonal,
cstrcssecspacial/espcctral
c
altclaçircs n¿ irsscrrblóiir vcgctiìl ou cr-oscinrcnto anônralo.Ji
Mourìt ( 19.92)divide a resposta da vcgctação às condições geoquírricas enì l'rtores eslllrtulais (allclações na
fisiologia, incluindo fbnologia) c fatores t¿xonônicos (conjunto cle espécìes presentes, ilustlaurlo
ainda a existência de plantas indicacloras univcrsaìs e regionais).
Os r¿slr¿ss¿rs
tluíntitos
çt¡brc minentliz.uç õe,r de acordo conrBlooks
( I 983) potlcrn ser' resr¡n¡iclos na labela 2. LBowen (I9(16 rprrrl Brooks, 1972) sugele cìue os elenìentos podeur ser classific¿rdos em função de sua toxidez nâ vcgctâção. Assirn os divide em n¡uilo ló.rit:¡ts, quando teores âbaixo de
I
¡rprnno
stf bstratojti
ger am sintomâs(lle,
Cu, Hg,
Ag c
Sn), cnr rnorlarzr thnnt:nfe tótit:o,s,Tabela
2.I
-
Altelaçõcsen
¡rlantas afetaclas ¡rol rniner.alizaçõcs (Brooks, 198..1)Elen]ento ou mirelal Altelações nas l)lantas a1ètadas
pol
nrinelalizaçãoAhrmilio
Erclrlirrìr'rìt()
rle ti¡rzcr .'qucirrrr,lutir rl.'l
'llrrrsBetume Gigantisrro; 1'loracla arììcional ou precocc
Bolo Intcnupçao rÌo clescirìlcnto, deformaçiro e rranch¡s nr¿u.rr¡rrs rr¿rs fìllh¿rs Cron.ìo Clolose
Cotralto Clorose
Cobre Clorose
Ferro Escurccin.Ìento das fo lhas
Manganôs Clolosc c lnanch¡s br-ancas rul lirllras
Molibclônio Clklosc, vulnclabìlidatlc a atlc¡Lrcs tlc insctos
Níqucl Ckrlose e neclr¡se das folhas
Serpentina Nanisnro, intellupção do crescirrerìto, altelação da cor de flores
Minerais radioativr¡s Valiações rìas cores de llores, frutos anormais, crescirnerìto acelelaclo
Zirtco Clorose, sintornas de deficiência eln Mn.
quando o aparccilnelìto de sintolnas cxige tcores er]ue
I
e
100 ppm (clclìlen[os (le tral]siçao e anraiorìa dos elementos dos Grupos
III, IV,
V
eVI
da tabela periódica) è os,frautmetÍe Íó,\icos, queilificilnrcnte
gctÍrrìr sit'rtonriìs cle l()xidez nas couccntraça)es nornlalììreutc cncontr d¿rs (osllalogônios, N, P, S,
f
i, rnctais alcalinos e alcalino-tclrosos).De
acorrlocon
Brooks(1972,
1983),os tkris livros
rìlaisilnportartcs
nc¡ abordal ageobotânica cÍìqualìto técnica de prospecção r¡ineral,
os
urecanisn.ros rì.ìais conìurìsdl
¿ìç¡rrl,ixiclr rlos L'l('rrcrtos rÏrs phrrlrrs \ilo (,s \( Ëlrirìlc\:
- cnvcrìena rnetìto ¡rnr cnzirras, processo eu valia cle espécie para es¡récic c i¡ue é dado ¡ror' rretais
rlais
clctrorìcgâtivos (lì.Ìe säo reÍrtivos conl ¡'lruilas enzinras, dcstac¿rn(lo-se, na orderr tletoxidez,
llg,
CLr, Sn, Pb, Nj, Co, Cd, Fe, Zn, Mn, Cla, Sl c Ba;- substituição de Íìutrientes essenciais, corÌo clorctos pol l'oslirtos
- prccipitâção dc rìutrientes essenciais: AI, T'i e Be prccipitarn rapidan'ìente lòslÌìto;
-
sìibstituição de elelnentos estrulu ra lt'ì.ìerì teilrllortartes
|las céhrlas, cOlloN¿'
porLi*
eCl- por Br-;
- cornbinaçño conr rrìelrbranas cclularcs c ledução de sua ¡rerrrcabilitlad e: Cìu, Au, Pb e
Hg podcm impcdìr o lìvre trâlìsito de K, N¿ e moléculas orgâniclrs:
- tlcconrposição câtalíticâ de nutrientes essenci¿ris e nletabrilitos, corÌ elernenlos conto L¿t.
Aind¡
de acoLclocorl
aquelcs trabalhos, cstrcsses c1uínricos podeln levar a seis tipos tlc altelações na veget¿ìção:-
fcrrras
¿rnômalirs tle elenrentos das pllrntas: sinal cla presença de botoou
clernentosrad iort ivos no substr'¿ìl.o;
-
cklrose (amarelatlo) na folhas: óo
rraiscomurl
rcsullado de estrÈssccluilico,
indicatlellciôncia
de
Iìe
naplâlta.
Esta dcficiência, erìtretauto, dificrlrnentc rcf'lctc carôncia desteelelÌento
no
substrato, mas resultado
e1èitode
antagonismopor
outros
elementos. Podesignilicar teores elev¿rdos em Cr, Co, Cu. Mn,
Ni
e Zn no sok¡, levanclo à subslituição tle Fe enrrnoléculas que piìssan'r a näo ler
o
rreslìro clescrl¡rcnho no nìct¿rbolisnro tla ¡rlitnta. Mas pocletanbénr signilìcar carência de Mn.
-
alteração decor
nas l'lores:a
maior piutc
das coles nus plttntas se devea
poucospigmentos, principahnentc
os
carotenóidese
os
antocianinas,as
cluaissão
susceptíveis àpresenç¿ì de teores ¿rnômalos tle tliversos nletais, como Fe, Al, Cr,
Ti.
Sn e U;- nanismo ou crcscimento incolr.ìpìeto, é uma clas mais comuns manilestações de estresse
c¡uímico na vegetação. Um exernplo not¿ível é da pìanta neozelandesa Pittos¡rotunr rigiduur, que
nas condições norrlais cresce até 5m c sobre scrllcntiritos não ultralrassa l)oucos centírrctros;
- gìgântisuìo, rìllììto lìlais incornunr quc o nanisn.ur, é associ¿do à prcsença de betunr. N¿to
deve ser confunciido
com
crescimento estimulado pela prcsençr anornralde
nutlientes ouconrliçõcs ârìlbicrtais excepcionalmen(e 1ìrvorírvcis.
- distúrbjos na litr¡jciclacle clas ¡rlantas: a l'lolação ¡rode sel irdiitntrcla ou iltrasa(la ou ajncla
ocorler
urÌ'ìa segunda lìolação. Avançosna
senescônciancl invenlo
são bem desclitos. Acololação amarelada/averrnelhada
do
outolìoé
adiantaclapela
degradação tnais precocc tlzrclololìla,
no que hii auxílio, no caso cle sério estlesse quírìricÒ, pela presença prévia cle clorose,c1ue.jí impJica enr queclr nos teoles de clorolìl¡.
Apeslr
clas dì1ìculilatlesinclcltes
ao ¡rrétockr. ern regioes declinla
tcnlpcriraloc
lì'ìo
rì aPlicaçãoda
gcobotînicapor
scnsrìriittìrento rLìrìì',lrì irl)rcsontadivcrsîs licilidacles
tluancìcrcorrparada à aplicação enr clirnas tlopicais e equttoliais. Híì autorcs que consiclerarr, nt¡ caso de
cobertur¿ìs llorestais densas, havel possibilidâde dc sucesso da geoborânica Por sensoriiìmeuto
rerìroto aperìas râs florcstas relativamclte homogêneas do hemisféno norte (Grcen et
al.,
1985 el)efeo ¿¡ ¿1., 1986 a¡.'arl Paladellir ct
al.,
1994).Diversas causas ex¡rlicam esta tendêÍìcia
a
¡rriolizara
aplicaçãoda
geobotânica por sensoriamento ren]oto rìts altas latitudÒsi- a irtcração rccha-solo-vcgetação ó nlais intcns¿I,
-
s¿rlvo n¿s florestas dc couílèl'as, h¿iur¡
ciclo 1'enológico uruito umrcado clue pernrite aìdentificação de variaçõcs na scnescôlci¿r c na rebrota sazonal;
-
a pequerì¿r biotliversidadeirrplica
enr glancle hornogencização tla resl)osta esl)ectrâl ef¿rcilita sur interpretação.
Enr 1ìrnção destes aspectos, em altas latitudes ¡s cotrcrtulas vegetais soble ntineraliz-itçrìcs
melírlicas aprescrìt¿ìrì.1 estlesses clive¡sos,
gelantlo
o
quc se
convel'ìcionoudeno¡linar
clean o nmlia s g e o b otâni c a s.
Goefz et ¿/. (1983) citarr clivelsos resullatlos posilivos d.t aplicação tìa geobotânica por'
scnsoriânìenlo renìolo niì prosÌlecção rÌineral ern nréclias a âltâs lÎtitudùs, obtidos tirnlo corlr a
rìtilização
clc
scnsorcsde nlta
resoluçio
cspeclrÍìl (aer<lporlatlosou
eur labolatír'io) conlr
sensores de baixa lesolução, corno as in.ragens MSS-Lands¿t.
I)e
uma fotnra getal, as auotraliasgeobotânicas se expressalìì pela presença dc clt¡r'osc e de altelações no ciclo {ènoltigico,
corì
¿ìvegctâção estressâdâ
por
metais apresentarìdo senescência precoce e reblota taldi¿t. Descrcvern tambénr aumento de reflectância entre 630 e 690nlr
e entre 1550e
1750 nnr,o
primeiro por perdaerr
clorofìla e o último por diminuição do conteúdo folia¡ em água, e1èitos habituaìs enrveget¿ìção estressad¿ì c¡uìmicamente. O mais fleclücntc clèito cle estresses citado é, er]lrelirnlo. o rfesloc¿rmento do red edge (como definido por l-lorler, 1983). Tnìs clcsÌoc[rnentos, cluc ¡roderr ser'
rla olclenr
de
l,-5nn, são cle drl'ícìl detecção rrcsuìo cm sensores ¿ìeroportados (Sirìgliroy ¿/ dl.,2000).
E
llesl'ìlo
se passível cle (letecçño, estâ variâção pode ser dedifícìl
ttstt, poisYost
eWcnrlcroth (
l97l)
nrcstranr .Ìuc, na llresença clc unr¿r¡resrl¡
mincraliz-ação, o tleslocatlcuto dorctl
edge pode scr',conlònìe
a espécic (lo vcgctal, tânto llâra Ínenotes contpl itr]entos de on(la(bluc .slti-ltl conlo parâ nraioles (r'zrl,sirili). Como
o
sensoliamcnto rer'ìloto tcrÌì colno îonte deinfolrlação
não as folhas iuclividuais de unra única espécie, rnaso
dossel cle uura 1'loresta, o(lcsloc¿rrcnto
tlo retl
edgepode ser
nlascarado nlcsrnoenì
sensotes hipercspectrais,se
abiodíversrtlade
bcal
irnplical l'ìa plescnça dc tlivelsas cspécies,corr
corìrl)ortâlìrento rndivithtal clesconhecidolienle
ao
estressecìuinico. Outlos
autores, cronroDalch
e
Balber
(198..i) eIlanningcr' (
l99l)
cncontlalam cvitlências rle intcnsa vlrrilçarc s¿lzon¿rl dn Loxidadc clc urn uresmorlctal
ao longodo
ano, emfinção
da variação na intcnsidade dos processos nletabólicos. Anlteração rrais significativa da lcl'lectância cleu-se no verão, na intensidade da resposta do platô
no
inliavelûtelho
pr'írxirno. Considerando-seque
nas
baixas latitùdesas
estaçõesdo
ânoâprescntalr
rlenolcs
variirçilcs clim¿íticas, este clado tcnì rcdìJZida sua irr¡ror-tância enr clinras tlopicais e equatoriais.Ao
cluaclro acin.ì¿r exposto, sobrco
qual não há tliscussões not¿'tveise
privilegia,
paraaplìcações
cle
geobotânicapor
scnsoriamentorelÌoto,
os
clìlnas
tet'ìlpelados
e
boterris,acresccnta-se nl¿ris
ulr
aspec[o telelerìte às florcstas de bâixâ Iatitude e altitudc(FBLA):
u 1òr'nracon]o ocorre a dish-ibuição das espécies n¿r floresta. Segundo algùns autores a dìsttibuição é
alcatória, inticpcndentlo tìe variações amtrientais,
o
que viltnalrrente inrpeclilia a aplicação dageobotânica por- serìsorialreÍìto remoto. Mas Òstâ opinião ó no lnínit.r.lo polômica, cono se verá.
Aprescntir-se
a
seguilurla
discussão sobrea fo¡rla
coulo
se clistribuem as espóci,rsarbíIeas n¿r Floresta Amazôllica
c urìa
lrais
breve discussão sobreo
rnesnro ten]¿ nâ Mata2.3. Comportamento espectral
de
coberturas
vegetais
2.3.1
-
Intlodução
A
cTcscol.nrtarle
cluea
luz-ou
radìaçño c lct lonrag nólica (REM) cr¿
1ìrnr{lnrental no¡¡etabolisrno cla
vcgetação foi
gradual. Dc
acotclo
cor'ìlhttp://ww w. iq.u lì 1. br/-a lnreuara/l'oto ssin tese.
htÍìr
(consultadoen
6/8/2005),o
r¡éclico JohanB¿U)tist¿ vrìn
Ilelnont
veril'icou, na prirreira rÌctâde do século XVì1, clue a nraior partc da lìlass¿r(liìs
phntas
nao ¡rrovinlrado "consurlo"
de solo.Em
l727
o
brrtânico ingìês Stcphan Ilaìes obsclvu t¡ue ¡rr.incipal lì)rìtc dc nutricntcs ll¿ìrÍìo
vegetal é o¡r.
Na ciécatlaile
1770. o c1uín.tictrJoscph Pliestly vcrifica que a planta "r'egenela"
o
ar inicialnrente "vicíado" ¡::orutra
vcla iìcesaem a¡rbicnte lechado, pelmitindo que um carrundongo sobleviva nunr ambiente fèchado (não se
conhecia o gírs 02), tsnl 1778 Jan Ingenhousz ol¡serva ser a luz a lcsponsável pela '1'estauraçio
do
ar"
ao intcrâgir conr âs pârtcs vclcles cla pJanta.Em
l796, Jean Senebiernostra
sel o CO2c¡uerr "viciava" o ar e que o
"pulificava"
ao se¡ fixado pelas plantas. Quasc concìuítìa, â rcâçatobírsica da lbtossÍrtese ainda exrgilia saber clue
o
lìurrerìto da rnassa clas plantas, dulanteo
scucrescilì]ento, clevia-se não sonrcntc ìr 1ìxação tle CO:, r'ìl¿ìs tanbém à incorporação tla Ígua, o t¡ue
Theodore cle Saussure dernonstla
crl
seguida, clìegâÍìdo-se à couhecitia eqttaçãonCOu +
nIIzO
+ luz ---> (CHzO)n + nOzPoltân1o, clesde
o
firn cio séculoXVìll
sabe a huuranìdade que a iutelaçño tlalìEM
eracsscnci¡rl
à
vcget¿ção. Passou-sedrí a
investigar unr seu corol¿ílio-
de que vatìações ncstainterâção
explicaliarl
calacterístricas da vegctação. Eurbora n¿r irgronomiao
t{]n'ìa vcnh¿ì sendocstuclatlcl
a
mitis tentpo,uo
scnsùr'iirtìcnt() rcnr()to issovai ocortet
logo apriso
invcnkr tìasfotogralìas sensíveis ao infi avelmelho, na
¡rinreira
rnetatle d¿ década de 1940. Ent I'hotograpltyb),inÍrared
(Clark, 1946 aTrrll Knipling, 1970) é f'eita unra revisão sobrc a reflectâr'ìcia das folhasjrí
sobo
pontodc
vistado
scnsoliiulento rellìoto. Knr¡:ling,pol
sìia vez, publìcao
trabalhoI'hysical and
Physiologital
llusisJor
lhe lleJ'lectanceof
Visible antlNur-ln.frat'ctl
lÌttdialiott
front
Vegetatiottcrl
1970, altecedendo a dìsponibìlidade dc irragens olbitais. O autor aborda asbases físicas
e
fisiológicas da reflectânciada
vegctaçãono
intervalo entrc400
a
2700 nln, trâtando, portar'ìto, tambémdo
infravenneìho oudas curt¿ìs. Este intcrvalo de cou]priurento tle onda coincide coln pâlte rnais explessiva daREM
de origern solar e ¿ìplescrìta tìiversas fciçòcs espectrais tliagnósticas.Este
tfabâlho sintetiza
os
conheciurentos básicosda
reflectância,absol'tância e tt ansrnitâucia foliar e pernranece essenciâhncnte atuâl iìpós décad¿s. Outro tral¡alho
ile
levisão que se destacî óo
Guyot (1995):Lu
lìóJlectancc tles Couvorts Végôtaux.É
rlestetrabalho c¡ue este capítulo enurestâ r¡uìto cle su¡ estluluLa.
2.3.2
-
Propriedadcs ópticas
das
fblhas
As
lìrlhas não conlpõcìn âpcnas aplincipll
su¡relfície dos rlosséiscorlo
1¡rrbén.l siir.,rcs¡tonsiivcìs ¡tor altsorção de cncr-gia e trocu dc .qascs. O estudo cle suas propt.ìecla<les írpticas é
csscncial par¿r â conlllrcer'ìs¡o (io coÌ.llportâl'ìlento esllectral cla vegetaçiro e seu involso, ou seja, a
estir.nativa clas características lrioquímìcas e biolísic¿s dâ vcgetâção e, pol exterìsão, a definiçio
tlc cobelturas dissirnilal-cs ou r¡ cstatlo cìe salidadc dc urla col]ertùr¿t
tlais
honrogônea.A
REM intcragc conr irs fblhas, no intcrvíìlo írptico (300¡
*?000 nm), com rclìectâncirr c tlansmitância cs¡:rccuìar-c dilìrsa, c¡ialdo,
cnma
absortânci:t, unr t¡uatlrolico
em leições tleabsor'ção c quc é váliilo prìla lodirs as cs¡técics, cor.n varilções âperìas elìl anrplìtude. De irccll.ilo
conr Knipling (J970), na legião espectral do visível, a ir'ìtensa absorçño sc tlcve aos l)iglÌìentos
1'oliales, principal¡nente
as
clolofilas,
nras con.ìos
calotenírides,xaltolìlas
e
antocianinrs taûìbém tendoalgulr
elèito, J¿i entle 700e
1300nrl,
a absor'ção de REM énuito
reduzida, con.ros pignlcntos loliarcs sen¡lo tÌansparcntcs e a alta lcl'lcctância no interv¡lo se clevenclo iì esllulu'ir
cclular intclna (Willsl¿itrùr c
Stoll,
l9l3
apud Kni¡rling, 1970).A
paltjr de 1300 nrn iì â[.]sorçiì(lde
REM
clcsce lapiriamente e é (ìevida à ligua. Essencialrnenteo
rnesrrxr cluadro ó citâdo nalitcraturâ rcccrìte, (lerìronstlando sel um
colhccimelto
lrem eslabelecido. Assim, Guyot (199-5)divide em três inrcrvirlos de corìpr-ilncnto de onda.400 a 700 nm.700 a 1300 nm
c
1300 a 2-500nìr,
encluanto Jaccluenroud e Ustin (2001) os clivideen
400¡
800 nm, 800 all00
nme II00
a2-500 nrr, considelando ¡rara o último intervalo a absorção dc
lìEM
por m¿rtéria seca (colrl)ostosbioclnínricos conro colnlose, liglìina, açúcâr' etc.).
A
folrla
cono
se cllh a intelação da RËM com as lìrlhas é conrplexa e, ¿ìpesar de discutidadesde os princípios do século
XX,
aind¿ âprcscntâ questões não lesolvidas (.laccluemoud e Uslirr,2001).
A
Figura
2.I
rìlostraa
con.rplexa estnìturiìde
unrafolha
e
corlìo
a
leflectância, aâbsortânc¡a c a tlanslnitâlcia Icsultall tic collbinações de dil'elentes lnecanisrrxrs (Guyot, 199-5).
(irosso
notlo
a tlilìrsão rla REM ¡relas lolhas tlcve-se csscncialrrentc ìrs tlcscontinuidatlcsdo
iltlìce
tleleliação
existente entrc iìs llale(les cclularcs hidratadas, a iigualivrc
nos cspaçosi[telcelularcs
t;
o
ar
daslaculas
do
parônquirna ]acunoso. Divelsos modeloslÏsicos
lòr'an.rdesenvolvidos
para
courpreenderos
làtores principaìs dos quaìs dcpendenr as plopr-iedadesópticas clas folhas e seu peso relativo (Guyot, 1995). Este autor resenha diversos nloclelos, todos sinrplificações oLa n¿ris oL¿ì rrelìos grosseilas de
una
re¿rlidade muito rlais corrplexa, exceto oinicialrnente clesenvolviclo
por Allen
etul.
(1973), qr:e exige um profundo conhecirnento donrestifilo
da
1ìrlhaerìl
estudo,o
(lue
n¿r pr'írticaé
inrpossívelpala
esludos cr'ì'ì sistenlâsirnagcacloles, que trazeln