EMBASAMENTO, NA
REGñO
DE LIBERDADE,
ARANTINA,
ANDRELÂruDIAN
SÃO
UCENTE
DE
MINAS
E
CARRANCAS,
MG
SORAYA ALMEIDA
orientador:
ProF
Dre'
Maria
Angela Fornoni
candia
TESE DE DOUTORAMENTO
coMtssÃo
¡ul-cADoRA
Nomg
Àcai,
Tze¿È
Presidente:
proF DÉ
Maria Angela Fornoni CandiaExaminadores:
prof.
Dr.
Asit Choudhuriprof.
Dr.
Gergely Andres JulioSzabó protq
DÉ
Maria do Carmo BustamanteJunho
prof. Dr.
Vicente Antonio Vitório GirardiSÃO
PAULO
1
998
PETROLOGIA
DE
ROCHAS
ULTRAMÁFICAS
ASSOCIADAS
AO
GRUPO ANDRELÂNDIA
E
SEU
EMBASAMENTO,
NA
REGIÃO
DE
¡.IBERDADE,
ARANTINA, ANDRELÂNDIA,
SÂO
VICENTE
DE
MINAS
E
CARRANCAS,
MG
Soraya
Almeida
Orientadora:
Profa.
Dra.
Maria
Angela Fornoni
Candia
TESE
DE
DOUTORAMENTO
Programa
de
Pós-graduação
em
Mineralogia
e
Petrologia
DEDALUS-Acervo-tGC
ilillil
lllllilllilillililll
illll ilill illll ilill ilililllll ilIIilil
30900004460
Foram várias as pesso¿s que colaboraram na execução deste tese, Dentre elas, gostar¡a de agradecer especialmente:
A
minha orientadora, Profa. Dra. AngelaCandi4
pela oportunidade de desenvolver este tr¿balho, Dela recebi, além de orientação, incentivo e amizade,Ao
geólogo Eduardo Abreu de Souza (Duda), quedigitalizou
meus mapas e me apoiouem todas as etapas de elaboração desta tese.
A
geólogaMaria da Glória Motta
Garcia
que,
além
de me
acompanharem
algunstr¡balhos de campo,
foi
o braço amigo com quem sempre pude contar, em várias circunstâncias.A
geólogaMaria
Geralda de Carvalho pela"força"
dada, não apenas em relaçãoa
tese, masøn
relação a minha vida profissional.Ao
Prof Dr.
Gergely
Szabó,pela
troca de
idéiase
pelo
apoio dado nas
questões relacionadas ao curso de pós-graduação,A
Marta
Boechat, funcionáriado
DEGEOC
da Universidade Ruraldo
Rio
de Janeiro,pois somente com sua dedicaçõo ao trabalho,
foi
possível perrnanecer na Coordenação do Cursode
Geologi4
no período em que finalizava esta tese.A
todos os demais fr¡ncion¿íriosdo DEGEOC:
Betty,
"seu"
Nicodemo,Eli
Bern¿dino,Antônio, José
Antônio
e Maria de FátimaLeira
deMello,
quetantas
vezes me incluiu em suasorações.
A
geóloga Beatriz
PascoalDuarte,
em
breve "mamãe",
pelo
intercâmbiode
idéias,programas e trabalhos,
Ao
Prof
Dr.
Ma¡cos Aguiar Gorini, pelo acesso aos equipamentos de sua empresa.Ao
pessoal da GGG Consultoria:Mauro
Sérgio Gomes de Souza,Moacir
José de Souza(Moa), Ricardo
Writh
Pieren e ao engenheiro FranciscoMuri
da Glória (Chico), que me apoiaramna "reta
final",
na montagem dos mapas e ilustrações.Aos ex-estudantes Jorge Mauro Miranda de Lyra (Lobão), Jorge Luís Sá da
Cunh4
VâniaBürger
Cavalcantee
Sebastião José Machado,e
aos estudantesCaio
Gabrig Turbay Rangel eRoberto Pinto
Correi4
que me acompanharam em algumas etapas de campo.A
FAPESP, pelo auxílio ûnanceiro conçedido através do ProjetoTemático
97 /oo640-5, coordenado peloProf Dr.
Vicente A.C. Girardi.Enfim,
a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, contribuiram na elaboração destetrabalho.
iNorcn
nB
nusrneÇoss
ÍNorcs
or
rorocRAFIAS
ittolcB
oe
TABELAS
cnpÍrwol
vi
viii
ix
INTRODUÇÃO
Objetivos do Trabalho
Looalização da Area
Metodologia Aplicada
CAPÍTI.]LO
II
I
2
2
CONTEXTO G ELÓG IC O REGIO
NAL
Caractorístlcas Gerais
Caractpristicas do Embasamento
As Seqüências Proterozoicas
Aspectos Estruturais e Metamórficos
As Rochas Máficas-Ultramáfioas no ConæÉo Regional
Correla@s Regionais
CAPÍTTJLO
III
CONTEXTO GEOLÓCICO
IOCIT
DOS CORPOS ULTRAMÁFICOS ANALISADOS2l Introdução
Associações Inseridas no Domínio
III
Região de Libordade-And¡elândia
Corpo Ultraruifico do Fazenda da Rosela
Corpo Ultranafco do Morro do Corisco Corpo Ultramafico da Serra da Garça
Corpos Ultramáficos entre Arqntina e Andrelândia
Corpo Ultrarulfco da Fazenda da Areia
Corpo Ultramáfico dø Fazends Serra do Moleque Corpo Ultraruifco da Fazenda Rui Barbosa Corpo Ultramafico da Fazenda do Engenho
Demais Corpos
Ul
amáfcos da Região de CarrancasCAPÍTI.]LOIV
29 29 30 3l 3t ESTUDO PETROGRÁFICOUnidades Inseridas no Domínio
III
Região do Liberdade-And¡elândiaFazenda ds Roseta
Rochas Websteríticas
Espiné lio Harzburgi tos Serpentini tos
Morro do Corisco
&rpentinitos
Es p i né li o H orn b le ndi to s
Sena da Garçø
Ottopirorenitos Clorita Xistos Talco-Antofi lita Fels
Ta lco/Clorita Antof litd Fels Rogião de A¡antina-And¡elândia
Unidades Inseridas no Domínio
II
Região do São Vic€nte de Minas
Es piné li o.A üvi na Orlopi roxe ni to Clorita-Anf bólio Fels e Xistos
C lori ta-Antof li ta Fe ls
Região de Carrancas
Fazenda da Areia
Espiné li o-0 livi na Ortopi roxeni lo Metapiroxenitos
Fazenda Serra do Moleque Fazenda Rui Barbosa
Serpentinitos
Discussão
Unidades Inseridas no Domínio
III
Unidades lnseridas no Domínio
II
.Discussão
CAPÍTTJLO
VI
AN/ILTSE QULMICA DE MTNERAIS
lntrodução Olivinas Ortopiroxênios Clinopiroxênios Oxidos Anfibólios Cloritas
CAPÍTULO
VII
u9
120 t2s 129
l3l
t 38149
METAMORFISMO
lntrodução
Metamorfismo no Domínio
III
Rochas Websteríticas
Espi nëli o Homblendi tos
Espinélio Harzburgito
Clorita/Anf bolio Olivina Fels
Rochas com
Anøfhø
SerpentinitosMstamorfismo no Domínio
II
Espi néli o-Olivina Ortopi roxen¡ tos
Serpentinitos
Discussão
CONCLUSOES
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Este
trabalho
compreendeo
estudo
de
rochas
ultramáficas inseridasem
seqüênciasmetassedimentares proterozóicas
do
Grupo Andrelândia e em seu embasamento, nas regiões de Liberdade,Arantin4
Andrelândia, São Vicente de Minas e carrancas, Minas Gerais.Dois conjuntos foram reconhecidos entre os
litotipos
estudados.o
primeiro é constituídopof
rochas ultramáficas cujas características indicam uma origempor
cristalizaçãode
magmastoleíticos, com alt¿ razão MgO/FeO, sob condições elevadas de pressão, e,
o
segundo, por tiposmais
diferenciados,oom
característicasde
cristalizaçãoem
níveis mais rasos,
de
origemvulcânic.a/ subwlcânica. Ambos os tipos estäo representados nos Domínios
II
eIII,
deñnidos porRibeiro et al., (1990).
Rochas do primeiro grupo são interpretadas como produtos de cristalização fracionada de fusões retidas na base
da crosta
(underplated/.A
ascensão dos líquidos residuais gerados poreste pfocesso,.ao
longo da
evolução
da
bacia
proterozóica"dariam origem
às
rochas
quecompõøn o segundo grupo, com as quais demonstram afinidades químicas'
Ambososgruposforarn'posteriormente,submetidosaprocessosmetamórñcos
polifásicos e justapostos, em algumas á'reas, por falhas de empunão relacionadas ao fechamento
da bacia.
Os registros metamórficos indicam que condições semelhantes de pressão foram atingidas,
por ambos os conjuntos, nos Domínios
II
eIII.
As
assembléias ultramáficas de maisalto
grau ,The
first
group is composed by ultramafic rocks originatedfrom
fractional crystallizationof
tholeitic
liquids,with
highMgO/FeO,
underhigh
pressure conditions.The
secondgroup
ismade
of
more differentiated rocks, crystallised at high levels as volcanic/subvolcanic rocks.Both
groups are found in Domains
II
andIII
(tectonics dom¿ins defined by Ribeiro et al., 1990).Origin by
fractional crystallization as underplated magmas, relatedto rifting
episodes, isattributed
to
thefirst
group. Theuplift
of
differentiated magmas would build up the rocksof
the seoond suite.Multiple
metamorphics processes acted over these rocks. They reached pressures between7 and I
I
KB
in DomainII
andIII
with
maximum temperaturesof
600 "C in DomainI
(anfibolitefacies) and 800
'C
in DomainII
(granulite facies).Both
suites were put together at the same level by overthrusting during the closureof
theFþra
1.1Figura Il. I
Figura II.2
Figura II,3
Fþra
IL4Fþn
IL5Fþra
IL6Figura V.
I
Figura V.2 Figura V.3Fþra
V.4.Figura V.5.
Fþra
V.óFþra
V.7Fþra
V.8Figura V.9
Fþra
V.l0
Fþra
V.l1
Figura
V.l2
l-ocalização e .lr'as de acesso a área estudada
Localização da área de estudo tendo como referencial a compartímentação em
províncias de Almeida et al. (1981)
Mapa esquemático ilustrando caracteristicas do embasamento na área estudada
Mapa geológico simplificado destacando unidades dos Grupos Sào João del Rei e Andrelândia na área compreendida neste estudo. Segundo dados de Trouw et ot, (t 986)
Domínios æctônicos brasilianos ao sul do Craton do São Francisco,
Segundo
t5 Ribeiro et al. (1990)Mapa metamórfico regional, Sobre ilustação de I'rouu, et al. (1986), incluindo dados de Heilbron et al.. (19tì9)
Mapa de Localização dos principais corpos ultranráficos entre as regiões de
Liberdade e Carrancas
Símbolos utilizados na representâção das amostras
Dragramas Alk-Fm e ACM
(A) Diagrama Zr x TiO2; (B) Diagrama CaO/AlzO., x AlzOJTiOz
Diagramas binários de variação MgO e MgO/MgO+FeOt x SiOz, TiOz, AlzO.,
9 l2 l(¡ t9 90 92 93 95
para rochas do Dominio
III
Diagramas binários de variação MgO e MgO/MgO+FeOt x FeOt, MnO,
CaO,
9(¡ para rochas do DomínioIII
Diagramas binários de vanação MgO e MgO/MgO+FeOt
x
NazO+KrO,Cr,
97 Ni, para rochas do DomínioIII
Diagramas binários de variação MgO e MgO/MgO+FeOt x SiOz, TiO2,
AlrO3,
e9para rochas do Dominio
II
Diagramas binários de variação MgO e MgOA{gO+FeOt x FeOt, MnO,
CaO,
l(x)para rochas do Domínio
II
Diagramas binários de variação MgO e MgO/MgO+FeOt
x
NazO+KrO,Cr,
l0l
Ni, para rochas do Domínio
II
Diagramas
N,fPx. (molecularproportion
rdtio):
(FeOt+MgO)ÆiOzx
l0+SiOr/TiOr, (FeOt+MgO)NarO
x
SiOz/NazO, (FeOt+MgO)/CaOx
SíOz/CaO,(FeOt+MgO/AlrO¡ x SiOz/AlzO¡
Diagrama MgO x FeOt þroporção catiônica) de Hanson
&
Langmuir(1978)
l0(rRazão CaO/AlzO3 x FeOt/MgO þroporção molecular) para o conjunto
de
109Figura
VI.3
Porcentâgem de pesode
N2O3 versus porcentagem de En parao
conjunto de ortopiroxênios analisadosFigura
Vt.4
Diagrama En-Wo-Fs (Poldervaart&
Hess,l95l)
paraos
clinopiroxênios analisadosFigura VI.5
Figura Vl.ó
Figura VI,7
Figura VL8
Fþra
VI.9Fþra
VI.l0
Figura
VI.l
I
Figura VL 12
Figura VL l 3
Figura M.14
Figura
VI.l5
FþraVII.l
Fþra
MI.2
Diagrama R2O3 para espinélios da Fazenda da Roseta, Lrberdade,
Espinélios do Domínio
III:
(a) Al# x Mg#, (b) Fer'# x Mg#, (c) Cr# x MS#, (d)l00Cr/Al+Cr
r
l00Mg/Mg+Fe"Vanações de
Al x
Fe''nr, Mgx Ti
eTi
¡
Fe'oor por unidade de fórmula, emhögbomitas de espinélio homblenditos
Diagrama RzO¡ para espmélios do Domínio
Il,
Espinélios do Dominio
Il:
(a) Al# x Mg#, (b) Fe3-# x Mg#, (c) Cr#¡
Mg#, (d) I00Cr/41+Crx
I00Mg/Mg+Fe¡Classificação dos anfibólios do Domínio
III
segundo critérios de Leake (1978)Diagramas (a) Alrv x
Al"t,
(b) (Na+K)A¡
Allv e (c) Mg/Mg+Fe'z.r
Al"rpara
anfibólios de rochas websteríticas e espinélio harzburgitos do Domínio
III
Diagramas (a) Allv.n Alvr, (b) (Na+K),\
x
Alrv e (c) Mg/Mg+fs2' x Al'oorparaanfibólios de espinélio homblenditos do Domínio
IIL
Classificação dos anfibólios do Dominio
II
segundo critérios de Leake (1978)Diagramas (a)
AIIV;
AlvI, (b) (Na+K)Ax
Alt"
e (c) Mg/ì\'lg+Fe'?*x
Al'oorpara anfibólios de espinélio-olivina ortopiroxenitos do DomínioII
Classificação das cloritas analisadas segundo critérios de Hey (1954)
Curvas de equilíbrio de reações metamórfrcas
no
sistemaCMASFI
Rochaswebsteriticas do Dominio
lll
Proposta de trajetoria percomda por espnélio homblenditos do Domínio
lll,
nosistema CMASH.
t28
I 3.t
t:ì6 l3e I+0
t4l
l.tl
117I +lt
l5(ì
Figura
Vll.4
Curvas de equilíbrio de reações metamórficas no sistemaMASH
sobreposto ao sistema CMASFI/ Espinélio harzburgito do Domíniolll
Figura
VII.5
Curvas de equilíbrio de reações metamórficasno
sistemaMSH
e
MASH/Ortopiroxenitos e rochas com antofilita da região da Serra da Garça
Figura
VIl.6
Curvas
de
equilíbrio
de
reações metamórficasno
sisiema
CMASH/Serpentinitos do Domínio
IIl.
Fþra
VILT
Condições mferiores e superiorcs de temperatura para rochas ultramáficas do Domínioll
Figura
VII.8
Diagrama P-T ilustrando possíveis trajetórias ao longo da evolução das rochas ultramáficas do DomínioIll
INDICE
DE FOTOGRAFIASt6'1
I7ì
Prancha I
Prancha 2
Prancha 3 Prancha 4 Prancha 5
Prancha 6
Prancha 7
Prancha 8
Prancha 9
Prancha 10
Prancha 1 1
Prancha 12
Prancha 13
Prancha 14
Espécimes da Fazenda da Roseta, Liberdade Websteritos/ Fazenda da Roseta, Liberdade
Espécirnes da Fazenda da Roseta, Liberdade Websteritos da Fazenda da Roseta, Liberdade Espnrélio HarzburgitolF azqda da Rosetâ, Liberdade Espinélio HarzburgitosÆazenda da Roseta, Liberdade Espmélio Harzburgitos/ Fazenda da Roseta, Liberdade.
Espnélio Harzburgiø, Fazenda da Rosaa, Liberdade Espinélio Harzburgitos/Fazenda da Roseta, Liberdade
Diversidade de caracteristicas texturais de espinélio em uma mesma seção de espinélio harzburgito, Fazenda da Roseta, Liberdade
Serpentinitos da Fazenda da Roseta, Liberdade
a:
:homblendito Fazenda da Roseta, Liberdade.b,
c.d:
Serpentrnitos eespinélio homblenditos. Mono do Corisco, Liberdade Espinélio Homblenditos, Morro do Corisco, Liberdade
Espinélio Homblendito/Morro do Corisco, Liberdade. Relaçôes tenurais entre högbon-ríta-espinélio
.\7
.li l
Prancha 20
Prancha
2l
Prancha 22Pranaha 23
Espécunes da Fazenda da Areia, Carrancas
Espécimes da Fazenda da Areia e Fazenda Serra do Moleque, Carrancas
Espécimes da Fazenda Serra do Moleque, Carrancas
Espécunes da Fazenda Rul Barbosa, Carrancas
73 76
7r)
lì(r
INDICE
DETABELAS
Tabela IIL I
Tabela IV. I
Tabela [V,2
Tabela IV.3
Tabela IV.4
Tabela IV.5
Tabela IV.6
Tabela IV.7
Tabela IV.8
Tabela IV.9
Tabela
IV.l0
Principais corpos ultramáficos analisados e seus litotipos
característicos il
Câracterísticas da composição modal de websteritos da Fazenda da
Roseta,
35Liberdade
Características da composição modal de esprnélio harzburgitos da Fazenda
da
J6 Roseta, LiberdadeCaracterísticas da composição modal de Serpenturitos da Fazenda da
Roseta,
5lLiberdade
Características da composição modal de Serpenturitos do Morro do
Corisco,
5l
LiberdadeCaracterísticas da composição modal de Espinélio Homblendito do Morro
do
-5JCorisco, Liberdade
Carac-toísticas da composição modal de Ortopiroxenitos da Serra da
Garça,
59Liberdade
Características da composi$o modal de Clorita Xstos da Sena da
Garça,
(l)Liberdade
Caractorísticas da composição modal de Talco-Antofilitå Fels da Sena da
Garça,
(¡ ILiberdade
Características da oomposição modal de Talco/Clorita Antofilita Fels da Sena
da
6l
Garça, Liberdade
Tabela lV.12
Tabola IV. 13
Tabela IV.14
Tabela
V.l
Tabela V.2
Tabela V.3
Tabela VII. I
Tabela VIL2
Caracteristicas da cornposição modal de Espinélio-Olivrna Ortopiroxenito da Fazenda Boa Vista, São Vicente de Mmas
Composição Modal de Espinélio-Olivrna Ofopiroxenitos da Fazenda da Areia,
Carrancas
Características ópticas de cloritas e anfibólios de rochas ultramáficas
da
Serra
7'j do Moleque, Carrancas72
Análises Químicas de Rocha Total
Composiçâo Normativa das Rochas Analisadas
Elementos Terras Raras
Características das condições gerais de pressão e temperatura estimadas para rochas ultramáfrcas do Domínio
lll
Características das condições gerais de pressão e temperatura estimadas para
rochas ultramáficas do DomÍnio
lll
t
ìlJ9
llì
175Rochas ultramáficas com características modais e texturais diversas são observadas na Faixa
Alto Rio
Grande, encaixadas em terrenos pré-carnbrianos proterozóicos e arqueanos ou nos limitesentre
estas unidades. Serpentinitos, dunitos, hornblenditos, harzburgitos, metawebsteritos,ortopiroxenitos, xistos
e
fels
compostospor
clorita,
serpentina,talco,
anfrbólioscálcicos
emagnesianos são os tipos mais comuns.
Na
maior
parte dasvezes, a
natureza destes corpos ultramáficosé
indefinida. Suascaracterísticas texturais originais loram obliteradas por processos metamórficos e deforrnaoi<¡nais.
e
o
reconhecimento da natureza de seus contatos com as encaixantes édificultado
pelo elevado grau de intemperismo destas últimas.Trabalhos preliminares, envolvendo petrografìa
e
geoquímica,de
alguns destes corposultramáficos, na região de Liberdade e Carrancas, constiluiram lema de dissertação de mestrado realizada
pela autora (Aimeida, 1992).
Os
dados levantados nestetrabalho
demonstraram a necessidade de um estudo mais aprofundado das características destes corpos e daqueles situados entre ambas as regiões. Com este propósito,foi
selecionado um grupo de ocorrências situadas aolongo de um
perñl
que
atravessa unidades arqueanase
proterozóicas,entre
as
regiões deLiberdade
e
Carrancas,Tal
conjunto compõeum
cinturão descontinuo de corpos ultramáficos,alguns dos quais posicionados ao longo de zonas de falhaVempurrões.
É
objetivo
deste trabalho, portanto,o
esclarecimento da natureza dosprotólitos
destasrochas
e
de
queslões relacionadasà
sua evolução metamórfica,definindo
sua participação noAs áreas abrangidas neste estudo (figura L
l),
encontram-se próximas as cidades mineirasde
Liberdade,A¡antina,
Andrelândia, Sãovicente
de
Minas
e
carrancas, representadas, emmapas
topognificos
do IBGE,
escalal:50.000,
pelas folhas Liberdade,Arantina,
Andrelândia,Minduri
e Itutinga.O acesso a estas regiões é obtido a partir de estradas vicinais que partem da rodovia
fuo-são
Paulo.
Ausênciade
pavimentaçãoocorre
apenasnas
estradasde
acessoà
região
deCarrancas.
Mf,TODOLOGIA APLICADA
Trabalhos de Campo
A
seleçãodos
corposa
serem estudadosfoi
embasadaem
características levantadas através de mapeamentos geológicos, em escalal:
50.000, realizados por diversos pesquisadores. devidamente referenciados noscapítulos
que abordam aspectos da geologia local. Trabalhos demapeamento, em escala
I:30.000, foram
realizados pela autora na região de carrancas,com
a participação de diversos alunos da universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.Andlise
Qaímica de RochasForam selecionadas para análises quimicas os especimes
litológicos
mais representativos de cada corpo ultramá"fico, tendo sido observadas as caracteristicas adequadas de preservação ao intemperismo.Após
o
processode
moagem, realizadono
Departamentode
Mineralogia
ePetrologia
(DMP)
/
USP,o
materialfoi
remetido a Universidade de Módena,Itália,
onde foramrealizadas as anáLlises para elementos maiores e traços através de Espectometria de Fluorescência
de
Raios-X.
Análises paça elementos terras raras forampelo
Laboratório de Análises euímicaA
expressãodo
a
identificação das porcentagens relativasde
FezOs,
FeO,
HzO' e
HzO-,no
Laboratório
de Análises QuímicaVDMP
(via úmida). Os valores assim obtidos foram utilizados no recalculo dasporcentagens equivalentes de FeO e FezO¡.
O
tratamento dos dados foram realizados como
apoiosofnare
Minpet
2.02 (Richard, 1995), através do qual foram elaborados os diagramas descritos neste trabalho.Nos diagramas discutidos neste
trabalho,
óxido de ferro é expresso sob a forma de FeOr:
FeO + 0.899981FeO¡.Análise
Químíca deMineruis
As
análisesquímicas
dos
minerais, discutidas neste trabalho,
foram
realizadas noDepartamento de Mineralogia e Petrologia/lnstituto de Geologia da Universidade de São Paulo, através de
um
equipamento de microssonda eletrônicaJEOL,
modeloJXA
8600, contendo cinco espectômetros acoplados aum sistema EDS
(Energy Dispersive System)e WDS
(WavelenghtDispersive System), responsáveis, respectivamente,
por
análises qualitativase
quantitativas
o
sistema de análise automatizada (Tracor-Northern/Noran Instruments 1990), operou,
ao
longcr deste trabalho, sob as seguintes condições de rotina: corrente do feixe igual a 20nd
diâmetro do feixe igual a 5¡rme
voltagem de aceleração iguala l5kV.
Correções quantitativasZÃF
(Z=
noatômico,
A
=
absorção,F =
fluorescência)
para efeitos de matrizforam
realizadas através do programa Flextran PW
(Noran Instruments, 1990), com erro analítico máximo estimado em+/-3o/o.
Os
dados obtidosforam
processadoscom
o
auilio
do
soÍwareMinpet 2.02
(Richard,1995).
No
caso dos espinélios, a distribuição Fe2* e Fe3*foi
calculada, por estequiometria, atravésdo
softwøe Minñle
5(Afifi
&
Essene, 1988), segundo R2*Rz3*O¡, com base na porcentagem deFe (Fera"r = Fe2), originalmente determinada via microssonda eletrônica'
Dq total
de
análises, 542 amostras pontuaisforam
selecionadas para este trabalho, emfunção de apresentarem fechamento e fórmula estrutural indicativos de boa qualidade. Espinélio,
ortopiroxênio, clinopiroxênio,
olivina"
anfibólio;clorita,
ilmenitae
magnetita foramos
mineraisNa deñnição da granulometria, adotou-se o seguinte intervalo: fina
(< lmm),
media (entreI
e 5 mm) e grossa(>
5 mm).A
nomenclatura aplicadana
designaçãodos tipos litológicos
obedeceaos
seguintes critérios:-
Nas
rochas abundantes em fases hidratadas, onde e olivina e./ou piroxênios ocorrem emmenor porcentagem, os termos que as designam são compostos pela combinação dos principais minerais que as
compõenq
dispostos em ordem de abundância cr€scente para a direita, com ostermos
xlifo
oufls
definindo o aspecto estrutural (i,e. talco-antofilita xistos, talco-antofilita fels), preservando, por outrolado,
nomenclaturas clássicas de alguns espécimes (i.e. serpentinito).-
Rochas
ultramáficas compostas,
essencialmente,por
piroxênios
e
olivinas
sãoclassificadas de
acordo
com propostasda
Subcommission on lhe Systemalics of Melhamorphic.Roc*s que recomenda, em comunicado dirigido aos seus membros (1989):
-
"For
ultrannfic
melamorphic rocks cottsisling of pyroxene, hornblende,garnet
e/orolivine
weflggest
that the same terms asfar
their
igneous brother are used,following
the sqmesubdivision
principles
which wereset
up
by the
Subcomissionon lhe
Systcmaticof
lgneous Rocks. That meanstlat
terms such garnet-piroxenile, peridotite, pyroxene-hornblendite coukl he usedinespeclive
of
possible
metanorphic imprinl which
in
many
casøsis dificult to
berecognized anywøy"...
"Definilions
of metamorphic rock names should asfar
asil
is possible notbe based on genetic ørgqmerrts
but on
mesoscopic observalions."... "Mdal
compositionand
struclure are the main properties by which metanorphic roclcs are
described
...1n svch cases (semais de um termo pode ser
utilizado/
the term most specifically and shorlesl describing the rockshot
d beused"
CONTEXTO
GEOLÓGICO REGIONAL
CARACTERÍSTICAS
GERAI SA
região abrangida neste estudo situa-se nas proximidades da borda sul do Cratondo
SâoFrancisco
(figura
II.l),
nos
limites da FaixaAlto Rio
Grandg
conforme definidapor
Hasui&
Oliveira
(1984). As seqüências metassedimentares expostas nestas áreas são representadas pelosGrupos São João
Del
Rci e Andrelândi¿¡(Ebert,
1967), de idade proterozóica, encaixadas emterrenos ¿ìrqueanos correlaci<¡náveis, em algumas áreas, ao Grupo Barhacena (Pires, 1977) e, em
outras, ao Grupo
Mantiqueira
(Ebert, 1967).Os primeilos
estudos sistemáticosna
região
foram
realizadosdurante
a
década decinquenta,
permitindo
o
reconhecimentodas
Séries Andrelândiae
São JoãoDel Rei
comcrunidades proterozóicas, desvinculadas da Série Minas e correlatas às Series Paraiba e Juiz de Fora
(Ebert, 1954, 1955, 1957)
Trabalhos de mapeamento geológico da região, em escala de detalhe, foram retomados na década
de
oitenta
(Trouw
et
al
,
1980)e
prosseguematé
os
dias
atuais, atravésde
várias instituições de pesquisa.Os
principais resultados, obtidos ao longo destes quarenta anos de pesquisa na região, são sintetizados a seguir.CARACTERÍSTICAS
DO
EMBASAMENTO
Existem várias controvérsias envolvendo a utilizaçào do
termo
Barbacerrt.
paradesignar as rochas arqueanas que constituemo
embasamento das seqüências proterozóicas expostas ao longodo perfil
Liberdade-Carrancas. Estefoi
aplicado, originalmente,por
Barbosa(1954)
paraentretanto,
o
termo original,
reconhecendo nesta série duas unidades principais:a
l.-ormaçãoBarbacena, mais antiga, com caráter metabasítico (anfibolitos, serpentinitos, homblenditos, talco
xistos
e clorita
xistos)
e
metassedimentar (preponderânciade
mica xistos);
e
a
[.'ornaçãoLalaiete,
constituídapor
itabiritos, mica xistos,
quartzitos, ultrabasitose
gonditos,
contendo produtos de sedimentação provenientes da Formaç'ão Barbacena. A, SérieMantiqueira,
descritapor Barbosa (1954), entre Santos
Dumont
e João Airese
interpretada
como embasamento da Série Barbacena,é,
então, reconhecida como uma provável facies tectônicae
metamórfica damesma unidade Barbacena,
Posteriormente, Ebert (1967) passa a
utilizar
o
termo Grupo Rarbacena em substituiçãoaos termos "formação"
e
"série" e, mais recentemente, Seixas&
Silva (1976) aplicamo
termo "Associação Barbacena" para designar seqúênciaslitológicas de
caráter bastante heterogêneo, abrangendo unidades não enquadradas na definição original.Uma
nova definiçãodo
Gnrpo
Bqrbacerut
é
introduzida,a seguir, por
Pires (1977,1978),
ao
descrever unidades litológicas na regiãode
Conselheiro Lafaiete, lormadaspor
umconjunto
de
metabasitos, metaultrabasitos, metacherts,formações
manganesiferase
xisrosgrafitosos,
com
disposição característicade
"greenstonebelt".
Com base nestaredefìnição.
oGrupo Barbacena poderia ser considerado uma extensão do Supergrupo Rio das tr'elhas
Desta
forma,
dadas as complicações que envolvem aslitologias
associadasao
ternlo,Hasui
&
Oliveira (1984), preferem englobáJas sob a designação C.omplexo Barhacena.Ao
descrever o embasamento das seqüências proterozóicas da Folha Barbacena,Trouw
et al. (1986) afirmam ser este constituído, em sua parte norte e oeste,por
uma predominância deortognaisses granodioríticos e graníticos, contendo faixas lulcano-sedimentares ricas em rochas máficas e ultramáficas, enquanto que,
a
sudeste, predominam gnaisses bandados, havendo entre estas seqüências, zonas de caráter transicional.De
acordo com estâs características,os
autores consideramnão
ser possível enquadrar este embasamentoem
nenhuma das sériesou
grupos anteriormente definidos, pois este pode seratribuído
oraao Grupo Barbacena,
oraao
Gnrp\
Manliqueira.
Na
fu'ea especificamente abrangida neste trabalho, as unidades apresentamum
caráterfortemente transicional
(figura
IL2),
Em
sua
porção oriental,
predominambiotita
gnaissesbandados, localmente migmatiticos, com intercalações de níveis anfibolíticos, que afìoram como
corpos
isôladosde
pequenas dimensões(Grupo
Mantiqueira). Na
direçãoNW,
estes biotitawlcano-dc
i,4ir
.r.3err
cl,o:.
:l
l( rrF¡gura 1.2
-
Ilopo esquert0+icoil.jsironco
cer ocl.erisji,ras do cfibcsamenjo ñaóreo es-ludccjo (com bcse em dodos <le Trouw
et
oi.. lgtlc).m
Cronodìorito enoissesØ
Rocf'os Lrftrcrnúficos infercoloddso
gno;ssesm
Foixos vulcoaro-sêdimen+orês (Grupcr Bcrbocêno)E
Bioll+o Qno;rs+ r'ancudo.ocôrnê¡ie
firígmoìr+ico, aon.-
n,veisonfioo.'icc,s
rcruÞo Montique'-oisedimentares, melhor caracterizadas na porção sul da área onde ocorre uma seqüência de rochas
com predominância de ultramáficas, correlacionáveis ao Grupo
Barbacena
de Pires(1977)
porBittar
(1989).As relações entre os dois grupos é interpretada por Pires
(1990).
Segundoo
autor, estes teriam formação simultânea, sendo gerados duranteum
processode
descalcificacãoda
crosta arqueana,em
conseqüênciade
uma provável colisão crustal. Assim,
os
gnaissesdo
GrupoManliqueira
e
as seqüênciasdo
Grupo Barbacenq representariam, respectivamente, uma fàsemais evoluída
e
restitos
de um
processode
diferenciaçãocrustal.
Após
cratonizadas, estasunidades sofreriam
um
segundo processo tectonotermal, responsávelpela
refusãoparcial
doGrupo
Mantiqueira,
gerando magmas granodioríticosque
intrudemas
seqüênciasdo
CrupoBarbacena.
AS
SEQÜÊNCIAS
PROTEROZÓICAS
Na
décadade sessenta as
Séries Paraiba, Andrelândiae
São João
Del
Rei
foramredefinidadas
por Ebert (1966,
1967, 1968)
como
"Grupos"
consideradosde
mesma idacjcestratigfáfica,
mas
apresentandodiferentes
graus
de
metamorfismo.
O
Grupo
paroihu
apresentaria,
em
decorrênciade
uma
tectônica
de
empurrão
de
sentido
norte/nordestc,met¿morfismo de caráter catazanal;
o
Grupo And¡elândia, mesozonal, eo
Grupo Sào JoãoDel
.Rel,
no
extremonorte,
metamorfismocom
características de epizona.A
transição entre estesgrupos seria observada na região de São Tomé das Letras (Ribeiro
&
Heibron,
1982),sendo
oGrupo
São
João
Del
.Rei
consideradouma
unidade
sedimentarmais
matura
e
o
OrupoAndrehÍndia, por sua abundância de feldspatos e intercalações máficas, uma unidade imatura. Duas facies sedimentares principais caracterizam
o
Grupo São JoãoDel
Rci,A
primeira.denominada
Facies São
Júo
Del Rel
contêm,
predominantemente,quartzitos maturos
emetacalcáreos
e,
a
segunda,
dita Facies Luminarias,
é
representada,principalmente,
porquartzitos
e metagrauvacas.O
GrupoAndrelôndia,
por suave4
é subdividido em cinco unidades informais, sendo as duas basais correlacionáveis à Facies Luminárias(Trouw
et al,, 1986).para o topo: Tiradentes, Lenheiro, Carandaí e Andrelândia. Neste modelo, os sedimentos do Ciclo
Tiradentes teriam sido depositados em uma bacia de orientação
NE-SW
estabelecida na regiãoapós
o
Evento
Termotectônico
Transamazônicoque afetou
o
embasamento.Estes
seriamformados,
principalmente, por arenitos quartzosos e pequena porcentagem de ruditos e pelitos,derivados
do
embasamento durante um processo de transgressão, com deposição em mar raso, sob condições plataformais ou de submaré transicionais. Após litificação de seus sedimentos, um soerguimento da bacia, resultante deum
processsode "riftiamento"
incipiente, seguidopor
umprocesso
transgressivoprogradacional,
daria origem aos
sedimentosdo
Ciclo
Lenheiros,interpretado
como
desenvolvidoem
sistem¿ lagunar, gerandoruditos,
arenitose, em
menorquantidade,
pelitos
paraconcordantesàs
seqüências originadasno
Ciclo
Tiradentes.
Asseqüências de ambos os ciclos são, posteriormente, intrudidas por diques básicos, provavelmente relacionados a uma fase de extensão crustal,
com
geração e reativação de falhamentos normais.Após um
processoerosivo, uma nova
transgressãoé
responsávelpela
deposiçãodos
CiclosCa¡andaí, representado
por
ruditos, pelitos
e
grande quantidadede
rochas carbonáticas, queocorrem
em discordânciacom
as unidadesprecedentes.
A seguir,
numa fase transgressivaposterior,
dá-sea
sedimentação conespondente aoCiclo
Andrelândia" que, após litifìcado, seriaintrudido por
magmatismobásico, sob
a
forma
de
diquese "sills".
As
litofacies
do
Ciclo Andrelândiaserianl
contudo,
de
dificil
caruclertzação,por
haveremsofrido
metamorfismo de grau mais elevado. Su¿s unidades basais, formadas por arcósio e pelitos, poderiam ser indicativasde condições plataformais de sedimentação.
A
este ciclo estariam associadas partes do Grupo São JoãoDel
Rei e o Grupo Andrehindia.Desta maneira,
todos
os
ciclos, com
exceçãodo
Carandaí,teriam sofrido
atuação de atividades ígneas. As características dos metassedimentos associados a estes ciclos de deposição eo
fato
destas unidades serem contomadaspor um
embas¿rmento siá{ico,são indicativos
de preenchimento de bacia intracratônica.Ribeiro
et
al.
(1995)
reconhecem a existência de três bacias deposicionais associadas ado ultimo
evento magrnáticoque afetou
o
embasamento destesgrupos
A
idade Sm/l'{d
deanûbolitos
(1180
a
1050Ma),
intercalados nestas seqüências,indicaria
o
limite
cronológico inferior (no caso destes constituirem uma manifest¿ção plutônica pós-deposicional) ouo
periodoreal de deposição, no caso destes representarem manifestações sindeposicionais
Segundo
Ribeiro
et
al.
(1995),
razõesSm/l'{d
de
unidades máficas intercaladas aos metassedimentos indicam formaçõo destas baciasno
intervalo compreendidoentre
1.800 (idade mais novado
embas¿mento) e 600Ma
(idade das primeiras manifestações brasilianas: São João del Rei (entre I 800 a I 3 00 Ma),
Carandai (entre I 3 00 e I000Ma),
Andrelândia (entre I 000 e 600Ma.)
ASPECTOS
ESTRUTURAIS
EMETAMÓRFICOS
Nos
trabalhos realizadospor
Ebert(1955,
1956,1957,1971),
o
autor
reconheceu duasgrandes orogêneses
na
região.
A
mais antiga
teria
afetadoas
rochasdo
embasamentoe,
asegund4
teria lugar
apenasno final do
algonquiano.Esta
orogêneseteria
seufoco
centralloc¿lizado na região
costeir4
de
onde irradiaria para noroeste,sul
e
c€ntro deMinas
Ger¿is,Como
conseqüência,o
algonquiano
mesozonalteria sido
empurradosobre
o
algonquianoepizonal, gerando um¿ série de estruturas imbricadas, sob a forma de escamas. Estas
desenvolver-se-iarr, inicialmente, às
custasde um
dobramento
que,
adquirindo
um
caráter
isoclinal,degenerari4 por
fin¡
num sistema de falh¿s de empurrão.Nos trabalhos
publicadospor
Trouw
et
al.
(1980,
1982, 1983,1986),
as estruturasregionais são descritas com base em um modelo de três fases de deformação, associadas a dois
eventos metamórficos
do tipo
Barroviano.
O
primeiro
evento estaria
relacionadoàs
duasprimeiras fases,
desenvolvidasem
um
período
quase coincidente
ao
Evento
TectotermalUruaçuano,
entre
1300e
900Ma
(Heilbron et
al.,
1989;Ribeiro
et al.,
1990). Segundo esses¡irdosianas
e
dobramentos locais, cujas atitudes apresentam grande variação devidoao fato
deterem sido
retrabalhadaspelas
fases
deformacionaisposteriores,
A
penúltima
fase
seriacaractenzàda por dobras em todas as escalas e geração de clivagem e/ou xistosidade penetrativa
O auge do metamorfismo regional estaria associado a esta fase, em que também se desenvolveria
um
intenso cisalhamentode
sentidoW-E
seguindo,provavelmente,
as zonasde
falhamentodesenvolvidas
durante
a
fase anterior
e
que,
agor4
adquiririam
um
caráter
mais
dúctil, conseqt¡entedo
aumento
de
temperatura.
A
última fase
teria
lugar durante
o
EventoTectonotermal Brasiliano,
entre 700
e
500Ma
e
tambémdaria origem
a
dobrasem
escala milimétrica a quilométrica, com superficies axiais de mergulhoforte,
geralmente para sudeste e, localmente, para noroeste.A
atuação desta fase seria bastante heterogênea, podendo ser bastantesutil em algumas áreas e intensa em outras. Uma grande falha de empurão, com direção SW-NW,
obervada a noroeste de Carrancas, é atribuída a esta fase (ñgura
II.4
eII.5).
Dados obtidos
por Trouw
et al. (1994), entretanto, apartir
de datações Rb/Sr eSmNd,
não conûrmaram
a
atuaçãodo
Evento Tectonotermal Uruaçuano na F'aixaAlto
Rio
Grande, sendo toda deformação e metamorfismo atribuídos ao Evento Tectonotermal Brasiliano.Ribeiro
et al.
(1990)
reconhecemtrês
domínios tectônicos
distintos
na
região:
I(autóctone),
II
eIII
(alóctone), com diferentes características de direção de transporte tectônicoentre
II
eIII
(figuraII.4).
O mapa metamórfico regional é ilustrado na figura
II.5,
de acordo com dados deTrouw
etal. (1986) e
Heilbron
et al. (1989). Neste, observa-seque,
ao norte de Carrancas, as seqüências litológicasexibem
paragêneses representativas de faciesxisto-verde,
havendo um aumento degrau metamórfico em direção suVsudeste, com a entrada na facies
anfibolito alto
marcada peloaparecimento da isograda da cianita, seguida pela isógrada da sillimanita. Existe, entretanto, uma
faix¿
do
Grupo
Andrelândi4
a
SW de Minduri
onde
a
isógradade
sillimanita desaparecetomsndo-se novamente presente numa área mais
a
sul.O
processo metamórñco culmina cominício de
anatexiana região
de
Andrelânia/Arantina, durantea
segunda fasede
deformaçào.Análises
de
pares
geotermométricose
geobarométricosem a¡fibolitos
associados a met¿ssedimentos pertencentes aoCiclo
Andrelândia, indicam, segundoTrouw et
al. (1992), um aÌ¡ge de temperatura ent¡e 700 e 900oC e pressões predominante entre 8e
l0
Kb.
Esles passam,,., Á
,z
aANDRELAND,¡,
DOMfNIO
IIIIGURA
subducção do
tipo
A.Ribeiro
et al.
(1995)
delineamvm napry
na região
de
Liberdade, associado,em
suaorigem, a um conjunto de nappes e escamas tectônicas, nas quais incluem-se, também, as rurppes de Luminrárias e Passos, Em Liberdade, os autores reconhecem transição. metamórñca, definida a
partir
de metassedimèntos, da base (faciesanfibolito)
parao
topo
(facies
granulito) do
nappe(com características, portanto, de metamorfismo com pressõo mais alta que
o tipo
barroviano), ea
presençade
tipo
máficos
com
característicasde
retro-eclogitos,
cujas
determinações geobarometricasindicam
pressõesde
12
a
15
kb
e
temperaturasentre
670
a
740 "C.
Tais estruturas e condições metamórficas estariam associadas a processos também desenvolvidos na Faixa Brasília. Posteriormente (emtomo
de.570Ma),
estas unidades também seriam afetadas por um episódio relacionado à Faixa Móvel Ribeira, com caracteristicas de encurtamento crustal, sob condições de pressão inferior e geração de corpos graniticos anatéticos.AS ROCHAS
N¿TTC^IS-UT,TRAMÁFICAS
NO
CONTEXTO
RIGIONAL
Nos
domíniosda
Faixa
Alto Rio
Grandeé
possívelidentifiçar corpos
ultramáficos compreendidos em três diferentes contextos:,/.
Corpos ultramáficos
intercaladosa
unidades ¿rqueanas interpretadascomo
umaassociação do
tipo
"greenstone belt"(Bittar,
1989), correlacionável ao Grupo Barbacena;2.
Corpos ultramáLficos,de
caráter alóctone, encaix¿dosem
regiõesde contato
entre terrenos arqueanos e proterozóicos;3.
Corpos
ultramáficos alóctones, encaixados
em
seqüências
proterozóicas metassedimentares.e
SãoTomé
dasLetras, onde
umafaixa do
embasamentode
sentidoNE-SW, com
larguravariando
entre
15e
18Krq
apresenta abundância de rochas ultramáfic¿s em uma associaçãocomposta
por
anfibolitos,
homblenditos,xistos com
talco, clorita
e
anfibólio
tremolítico,serpentinitos,
peridotitos
e
piroxenitos;
intercaladosa
gnaisses granodioríticos, quartzitos,gonditos e rochas calciossilicáticas; cujo padrão de distribuição é interpretado
por
Bittar
(1989)como típico de uma seqüência de "greenstone belt".
Exemplos típicos de rochas ultramáficas em regiões de contato Arqueano/Proterozóico
são
observadosna
regiãode
Carrancase
SãoVicente de Minas
e
suas características sãodescritas com maior detalhe no capítulo
lll.
Corpos ultramáficos do terceiro grupo, encaixados em terrenos proterozóicos, ocorrem
em grande número no Grupo Andrelândia, destacando-se, entre estes. as ocorrências
da
re¡iiâode
Liberdade, algumas das quaisde
grande potencial niquelífero,como
atestam as empresasmineradores atuantes
no
local.
Estas
apresentamformas ovóides
e
parecemter,
em
seuposicionamento,
um importante
controle
estrutural,com
fortes
indíciosde
que
repr.esentamunidades alóctones.
De
acordo
com
a
subdivisãoem
domíniostectônicos,
estabelecida porRibeiro et al. (1990), tais oconências estariam inseridas no Domínio
III
e as demais, no DomínioIl.
A
figuraII.6
ilustra a localização das principais ocorrências ultramáficas abordadas nesteestudo.
CORRELAÇÕES REGIONAIS
De acordo com Almeida et al. (1976), o Craton do São Francisco teria atuado, ao final do
Proterozóico
Inferior
e
ao
término
do
Ciclo
Amazônico,
como
antepaísdos
cinturõesdesenvovidos em suas bord¿s. Na margem oeste
do
craton, aFaixa
Uruaçú, mais ocidental, e aFaixo Brasilia,
maispróxim4
teriam,
respectivarnente, suas formações atribuídasao
CiclosUruaçuano (1000
a
1300Ma)
e Brasiliano (450a
1000Ma)
Ao
sul do craton, aFaixa Brasilie
seria interrompida e aFaita
Uruaçu
encontrana allegião
de Dobra¡nentos Sudeste, constituidapor
seqüências proterozóicas brasilianase
por
remanescentesdo
embasamento retrabalhado. OGrupo Andrelôclia representaria uma extensão da
Faixa
Uruaçú, correlacionável ao(ìrupo Araxti
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LerncFaixa
Brasilia
e desapareceria na altura do meridiano 44oW.Posteriormente,
Cavalcante
et
al.
(1979)
afirmaram
não ser
possível
observarcontinuidade entre a
Faixa
Brasilia e
os Gnrpos São ,loãoDel
Rei eAndreldttdia.
Com base nesta informaçãoHasui
(1992) e Hasui&
Oliveira (1984) preferem reunir as unidades São JoãoDel Rei e Andrelândia em uma faixa de dobramentos a que demominaram
þaim Alto
ll.io Grande, com características de faixas marginais de idade brasiliana.Nos trabalhos publicados por
Trouw
(1983) e Trouw et al. (1984), os autores constatam a existência de uma passagem transicional, através de mudanças de facies sedimentares, associada àvariaçlto
do grau
metamórñcoe
estilo
estrutural, daFaixa
llruaçu
paraa
þ'aixa lJra.siliq, na região de junçäo destas com a Região de Dobramentos Sudeste. Segundo os autores, a primeira fasede
deformação registradas nos GruposAndreldndia
e
SãoJoão
Del
/lei
seriade
pouca intensidade naFaixa Brasília,
mas teria gerado grandes empurrões na Faixa Uruaçú. Dobras da segunda fasede
deformação,por
suavez,
seriam relativamente abertasna þ'aixa
ßrasilia
e recumbentes naFaixa
Uruaça, enquanto que a transição daFaixa
Sudeste paraa
þ'aixqRrasiliu
seria caracterizado por aumento do dominio nas estruturas da última fase.
Trouw
et al.
(1994)
propõem uma reavaliação das relações entre as Faixa,\Alto
R¡oGrande,
Brasília
eRibeira
com base nasdatações
que indicam sua contemporaneidadee
nascaracterísticas estruturais
da
mesma. Segunto estes autores,o
contrasteentre
a
direção
detansporte tectônico entre os Dominíos
II
eIII
(figuraII.4)
das seqüências alóctones da l¡'qixoAlu¡
No
Grande seriamreflexo
da interferência de movimentos orogenéticos ocorridos naslbiras
Brasília
eRibeira,
sendoo
Domínio
II
interpretado comoa
extremidade meridionalda
FaixaBrasília e, o Domínio
III,
como área de interferência entre esta e a FaixaRibeira.
Desta maneira,a Faixa
Alto
No
Grande deveria ser desconsiderada como uma unidade tectônica distinta.Ocorrências isoladas de gnaisses granulíticos são descritas
por Trouw
&
Castro (1996), nas proximidades de Caxambú e Três Corações (FaixaAlto
Rio
Grande) e Jacuí (Faixa Brasília), associados a rochas máficas com paragêneses indicando equilíbrio sob temperaturas superiores aINTRODUçÃO
As
relações litoestratigráûcasentre
as
regiões
compreendidaneste
estudo
foramapresentadas
no
capítulo anterior.
Neste
capítulo, serão
descritas,com maior
detalhe,
ascaracteísticas geológicas
das iireas
abordadase
dos corpos
ultramáñcos nelas
inseridos,obedecendo a seguinte ordem:
Associações inseridas no Domínio
III
(Ribeiro et al. 1990): - Região de Liberdade-AndrelândiaAssociações inseridas no Domínio
II
@ibeiro et al. 1990): - Região de São Vicente de Minas- Região de Carrancas
Os dados relativos à natureza e características das rochas encaixantes foram obtidos, em sua maioria" através de mapeamento em escala 1: 50.000, realizados por diversos pesquisadores.
Nestes
casos,o
estudo
da
autora
restringiu-seàs
rochas
ultramáficase
suas encaixantesadjacentes. Na região de Carrancas, entretanto, procedeu-se a uma investigação mais detalhada da
geologia
local,
na
tentativa
de
melhor
esclarecera
natureza
das
rochas definidas
como€mbasamento por Magalhães (1985).
ASSOCIAÇÕES
INSERIDAS
NO
DOM|NIO
Itr
REGIÃO
DE
LIBERDADE.ANDRELÂNDIA
anexo) encontram-se encaixados em unidades do Grupo Andrelândia, representados, nesta área,
por um
conjunto de
metassedimentoscom
característicastransicionais
(quartzitos,
granada-sillimanita./cianita quartzo xistos,
biotita e
sillimanita,/cianita-granada gnaisses), contendo lentes isoladas de anfibolitose
corpos
de rochas ultramríficas. Migmatização parcialé
registrada nosbiotita
gnaisses.Corpos
graniticos,de
composiçãotonalitica
a
granodioríticas,de
contornosalongados concordantes
com
a
direção principal
de
deformaçãoda
ârea,são
consideradosprodutos
de
fusãoparcial
destes gnaisses.Este
conjuntolitológico,
descritopor
Junhoet
al.(1989a
1989b), é disposto de forma a compor um sinformal aberto, com direção de eixoSWl.lE
e mergulho para SW, correlato a terceira fase de deformação definida regionalmente
por Trouw
et al. (198ó). Um¿ falha de empurrão (nappe de Liberdade) é delineada ao longo deste sinlormal
(Trouw
&
Castro, 1996).Nesta região, os corpos ultram¿íficos exibem contornos ovalados,
com
eixos
maioresparalelos
à
direção
da
xistosidadeprincipal,
conelacionávela
segundafase
de
deformaçàoregional Estes encontram-se, portanto, posicionados na direção do sinformal, em diferentes niveis estratigráficos.
Como
ver-se-áa
seguir, alguns autores indicamum
posicionamento destecorpos
aolongo de zonas de falhamento ou de limites entre litologias
distintas.
O grau de intemperismo dasrochas encaixantes é, entretanto, bastante intenso nas adjacências destes corpos, impossibilitando estabelecer as relações de contato entre estas
e os
corpos ultramáficos. Contudo, verificou-se,neste trabalho, que todos os coJpos ultram¡â.ficos desta região acham-se em contato com xistos ou gnaisses abundantes em granada e cianita, de granulação grossa.
A
composição modal nestes corpos é bastante va¡iável, assim como suas característicastexturais. Geralmente, existe predominância de um
tipo
litológico
em cada um dos corpos, são observados serpentinitos, dunitos, espinélio homblenditos, espinélio harzburgitos, hornblenditos, rochas websteríticas, ortopiroxenitos e fels compostospor
clorita,
serpentin4talco,
anfibólios ciilcicos e magnesianos, associados em diversas proporções.Com
base
em
estudospetrográficos
e
geoquímicos realizadospara quatro
destasocorrências (Fazenda
da
Roseta,Morro do
Corisco,
Serrada
Garçae
Arantina), as
rochas ultram¡ificas de Liberdade foram consideradas por Almeida(1992)
de caráter original intrusivo,A¡drelândia.
Corpo
Ultramáfico
da Føzenda dø RoseløMineralizado em níquel,
o
corpo ultramáfico da Fazenda da Roseta éo
que possui, naárea, as maiores dimensões
(em
torno
de
4
Km2). Sua mineralizaçãoem
níquelé
de
caráter supergênico, com características semelhantes às observadas nos minériosdo corpo
ultramáficoMorro
do Corisco, estudados em detalhe por Santos (1972).Rochas websteíticas predominam como
litologia
aflorante na Fazenda da Roseta. Sãorochas
de
granulação grossa, constituídaspor
umamatriz
granoblásticade
anfibólios,de
cor verdeescur4
na qual destacam-se megacristais prismáticos de piroxênios castanhos e olivinas. Ocorrem na superficie como afloramentos de dimensões métricas, sendo também encontrados emtuneis
e
poços
prospectoresde
minério
de
níquel.
Muitas
vezes, exibemuma
espécie debandamento,
milimétrico
a
centimétrico,dado
pela intercalaçãode faixas
predominantementepiroxeníticas e faixas ricas em anfibólio, gerando intercalações de
tipos
modale
texturalmentedistintos.
Espinélio harzburgitos
ocoffem
como blocos centimétricos dispersos nas proximidadesdas rochas websteríticas aflorantes
na
porção
nordestedo corpo
ultramáfico.
Suas relações estratigráficas com as rochas websteríticas são, desta maneir4 de natureza incerta, Estas rochasconstituem
espécimes bastantes peculiares,tanto
pela
abundânciade
espinélio,quanto
pelacomplexidade de suas relações
texturais.
Apresentam granulação
grossa
e
coloraçãopredominante
cinza
esverdeada,na qual
destacam-se, macroscópicamente, cristais negros deespinélio.
Serpentinitos ocorrem como rochas maciças, de cor verde escura a verde acinzentada, de granulometria fina, em muito semelhante aos serpentinitos predominantes no corpo ultramáfico do
anfibólio,
facilmente identificadosa olho nú,
em
porcentagem relevante.O
grau
elevado deintemperização do corpo ultramáfico, em suas proximidade, não permite estabelecer as relações de contato entre estes serpentinitos e os demais tipos litológicos da Fazenda da Roseta. Nota-se,
entretanto,
que
estasocorrem
em pontos
topograficamentemais
elevados,sugerindo
umposicionamento em nível distinto dos piroxenitos.
Na
borda sudoestedo corpo
ultramáfico da Fazenda daRoseta,
na regiãode
contato destecom
suas encaixantes,ocoûem
hornblenditos de granulação médiae cor
negra. Dada aforma
de
ocorrência
destasrochas,
em região de contato,
e
suas caracteristicas químicasextremamente anômalas, estê
foi
consideradapor
Almeida
(1992) como
geradasob
fortesinfluências metassomáticas, envolvendo
troca
de
elementos,em
grande escala,entre
o
corpo ultramáfico e sua encaixante ácida (cianita-granada- quartzo xisto), Ograu
de intemperismo dasrochas envolventes,
tanto
ultramáficascomo
encaixantesé,
infelizmente,muito
intenso,
nãopermitindo um estudo de perfil ao longo desta região de contato.
Clorita
xistos são observados na bordaNE
do
corpo ultramáfico, entreo
mesmoe
asrochas encaixantes.
Corpo
Ulfiandfico
doMono
do Co¡ìscoO
coço
ultramáfico doMorro
do Corisco abriga a mais antiga mina de níquel garnieriticodo
país,tendo
sua exploração iniciadaem
1915, atravésda
Companhia deNickel do
Brasil,quando
o
Município de
Liberdadeera
ainda conhecidopor
Liwamento
(Moraes,
1935).
Aretirada do material portador de níquel, ao longo dos anos, deu lugar a uma área aplainàda onde antes existia a elevação que deu origem
ao
topônimo.Posicionado, segundo Magalhães (1985), entre cianita/sillimanita-granada xistos e biotita gnaisses, o corpo possui em torno de 0,4 Km2, sendo serpentinito
oiipo
litológico predominante, sob a forma de núcleos de dimensões métricas preservados ao intemperismo e expostos graças às escavações feitas no local, Estes exibem aspecto maciço poroso, coloração verde azulada a cinza esverdeado.Em
algunslocais,
a
variação
de
cor
destas rochasé
de modo
a
constituir
bandasdecimétricas de diferentes tonalidades. Estas "bandas" acompanham um direção preferencial, não
do
solo laterítico,
sílicaé
lixiviada,
preciptando-se soba
forma
coloidal;Fe
permanece como constituinte principal do solo, sob a forma de Fe.3 eMg
é removido para os niveisinferiores.
Ni*2é
liber¿do duranteo
intemperismoda
serpentina,ficando
retido
nos retículos cristalinos dos mir¡erais neoformados (vermiculita, montmorilonita, clorita e serpentina).Localmente, os concentrados, constituídos por uma mistura de serpentina e hidrossilicatos
de
Ni-Mg,
são designados,de forma
genérica, porgarnieûta.
A
extração deste material nasporções mais intemperizadas restringiu os concentrados aos maciços serpentiníticos,
o
que toma sua extração pouco viável do ponto de vista econômico. Este não éo
caso, entretanto, do corpo ultramá,fico da Fazenda da Roseta, descrito anteriormente, onde há reservas de concentrados de níquel em terrenos totalmente intemperizados, sendo, portanto, de fácil extraçõo.Espinélio
hornblenditos
ocorrem
nestecorpo
de
forma
semelhanteaos
espinélioharzburgitos da Fazenta da Roseta,
ou
seja, ocorrem como blocos centimétricos, cujas relaçõescom
o
corpo
principal é de n¿tureza incerta. Sua textura é granular, exibindocor
verde escuraacinzentad4 onde destacam-se cristais negros de espinélio. Algumas amostras apresentam, em sua
superficie, concentrações, com poucos milímetros de diâmetro, de "garnierita".
Rochas compostas, essencialmente, por homblenda
+
epidoto+
quartzo são observadascortando as rochas serpentiníticas, tendo sua origem associada a intrusão de veios pegmatíticos que atravessam as encaixantes e algumas porções dos corpos.
Corpos
Ulbanólicos
daSena
dø GorçøNa
região da Serra da Garça, encontra-se um conjuntode
rochas ultramáficas, tambémovóides,
de
dimensõesmais
restritas
(eixos
maiores variando
entre
200
e
500
metros).perfeitamente alinhado na direção da xistosidade principal.
Diferenciando-se das ocorrências