ALTERAÇÕES DO LÍQUIDO CÉFALORRAQUEANO E
PERTURBAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
EM DISTÚRBIOS DO CONTROLE HIDROGÊNIO-IÔNICO.
E S T U D O D A R E L A Ç Ã O C L O R E T O S / C O2
T O T A L
JOÃO BAPTISTA DOS R E I S * ;
JOÃO BAPTISTA DOS REIS F I L H O * * ; ANTONIO B E I *
Líquido céfalorraqueano e fisiología da respiração — Leusen
3 0, em
expe-riências em animais com técnica simples de perfusão dos ventrículos cerebrais
por meio de soluções com concentrações variáveis de bicarbonato (HCO3) e
ácido carbônico dissolvido fisicamente (H2CO3), estudou a influência das
varia-ções do equilíbrio hidrogênio-iônico do líquido céfalorraqueano (LCR) sobre a
respiração. Quando o líquido de perfusão continha um excesso de ácido
car-bônico ele observou um aumento da atividade respiratória e, ao contrário, uma
depressão da ventilação pulmonar se também elevasse a concentração de
bicar-bonatos. Loeschke e col.
3 3confirmaram os resultados destas experiências
mos-trando que as alterações do ritmo respiratório eram devidas ao aumento do
(H+) no líquido de perfusão. Por ocasião do simpósio
7sobre LCR e regulação
da respiração em 1964 todos os autores estavam de acordo sobre a
impor-tância da composição do LCR na regulação da ventilação pulmonar.
Mecanismos homeostáticos de preservação do pH do LCR — Por motivo
desta sua importante função na regulação da respiração, o LCR está muito
bem protegido contra as variações súbitas do equilíbrio hidrogênio-iônico.
Além disto, o pH do LCR indica mais fielmente as modificações ácido-básicas
do tecido cerebral que o pH do sangue
1 0.
1 8>
23>
4 6>
4 7. O LCR constitui um
meio muito pobre em proteínas e o seu poder tampão depende
fundamental-mente da relação P C O 2 / H C O 3 . O LCR é, por assim dizer, uma solução
salina bicarbonatada à qual se juntam pequenas quantidades de outros
com-ponentes iónicos e moleculares. Admite-se que a barreira hematoencefálica
protege o sistema nervoso central contra as variações súbitas do equilíbrio
hidrogênio-iônico. Ela apresenta uma lenta permeabilidade para as varições
de concentrações dos iontes HCC>3~, C l - , H
+e Na+, de que resulta proteção
ao pH do LCR, e fácil permeabilidade ao gás CO
2, de sorte a favorecer
rá-pidos ajustes com o sangue 2, 5, 9, 12, 14, 21, 22, 24, 30, 31, 36, 37, 39, 40, 45, 46,
48, 53, 56, 57, 60, 62. Estes fatos explicam porque, por vezes, podem ser
obser-vadas variações divergentes do pH de um lado e de outro da barreira. Em
todas as experiências de caráter agudo, as modificações do equilíbrio
hidro-gênio-iônico no LCR são interpretadas com base no conhecimento do rápido
equilíbrio da p C Ü 2 entre sangue e LCR, e no lento equilíbrio das
concentra-ções do ionte bicarbonatado. Nos processos crônicos as alteraconcentra-ções da
con-centração do bicarbonato do plasma refletem-se sobre o LCR, evidenciando-se
que as trocas entre sangue e LCR são lentas em relação a este ionte porém
se processam depois de algum tempo. Estas respostas do LCR às alterações
do sangue não são somente passivas e parecem sugerir um certo objetivo
homeostático para a manutenção da constância do seu pH durante as
altera-ções crônicas do equilíbrio hidrogênio-iônico.
Características ácido-básicas normais.
Concentração hidrogênio-iônica. A regulação do pH do LCR parece ter
preferência sobre todos os outros fatores do equilíbrio ácido-básico. Mitchell
4 0verificou que o LCR normal apresenta um pH de 7.326 ( ±0 . 0 1 2 ) e o sangue
arterial um pH de 7.409 ( ±0 . 0 1 8 ) .
Tensão do CO
2. O valor normal para a pCC>2 no L C R
3 6é de 49 ( ± 5 )
e para o plasma arterial 42 ( ± 4 ) .
Bicarbonatos. A taxa normal para a reserva alcalina do L C R
1 4varia
de 46 a 60 volumes por cento ou seja 20 a 27 mEq/litro. Manfredi
3 6verifi-cou como valor normal para o C O 2 total em média 25.4 mEq/litro ( ± 1 . 5 )
e a relação LCR/plasma venoso igual a 0.90, o que indica um teor de
bicar-bonatos ligeiramente mais elevado para o sangue. Reis e Travassos
5 0Em condições de repouso, o pH e a p C Ü 2 do LCR são mais comparáveis
com o pH e a p C Ü 2 do sangue venoso, enquanto que o C O 2 total do LCR é
mais comparável com o C O
2total do sangue arterial. Bradley e Semple
6e
Posner e col.
4 6verificaram que a PCO2 do LCR e do sangue venoso eram
aproximadamente iguais, de que resultava um pH para o LCR mais ácido
que o do sangue venoso, presumivelmente devido à menor concentração de
H C O 3
no LCR. Em relação ao plasma arterial este fato é mais evidente
por motivo do LCR apresentar maior PCO2 e menor concentração de HCO3-".
Distúrbios neurológicos em perturbações do controle hidrogênio-iônico —
Os distúrbios graves do controle hidrogênio-iônico podem determinar
pertur-bação da função cerebral com manifestações neurológicas e psíquicas. Por
isso, as determinações do pH, pCC*2 e CO2 total do LCR têm grande
impor-tância para a interpretação dos problemas fisiopatológicos que ocorrem no
sistema nervoso central, para o conseqüente diagnóstico e para a correta
indicação terapêutica. Pouco se sabe sobre a perturbação da função do
sis-tema nervoso central em pacientes com acidóse metabólica; já se tem descrito
distúrbios neurológicos e mentais em pacientes com alcalose respiratória e
alcalose metabólica; entretanto, é em relação à acidóse respiratória que a
literatura é mais numerosa 4, 8, 10, 15, 20, 28, 29, 35, 38, 54, ei.
A relação entre moléstia pulmonar e hipertensão endocraniana foi
assi-nalada em 1933 por Cameron
1 1que apresentou o caso do jovem mineiro com
enfisema pulmonar grave, perturbação progressiva da visão e edema de papila.
Na acidóse respiratória decorrente de insuficiência ventilatória pulmonar
grave pode-se observar uma síndrome de hipertensão endocraniana devida à
ação vasodilatadora do CO2 e estes pacientes são por vezes encaminhados aos
serviços neurológicos com a suspeita de tumor encefálico
4.
1 5.
2 0. Em geral,
pode haver nestes pacientes associação de hipercapnia com hipóxia, e de
insuficiência ventilatória pulmonar com insuficiência cardíaca. Como
conse-qüência da hipertensão endocraniana surgem cefaléia, soñolencia, visão turva,
diplopia e edema de papila. Como conseqüência da narcose carbônica surgem
confusão mental e estado delirante. Como conseqüência da irritabilidade
neuro-muscular surgem tremores, movimentos mioclônicos, e, no período final,
convulsões. Os sintomas focais são raros. Este quadro clínico é conhecido
com a denominação de encefalopatía pulmonar ou encefalopatía enfisematosa.
As causas gerais de sua origem são as moléstias pulmonares como a
bron-quite crônica associada ao enfisema pulmonar, as perturbações em relação
com a obesidade e a cifoescoliose. As causas neurológicas de sua origem
são a fraqueza da musculatura do tórax, tal como pode ser observado em
pacientes com esclerose lateral amiotrófica, sobreviventes de poliomielite,
pa-cientes com lesão da medula espinhal, e com distrofia muscular tal como a
miopatia de Duchenne
8-
4 3. Traumatismos crânio-encefálicos podem
desenca-dear a depressão da ventilação e conseqüente acidóse respiratória
1 6.
1 7.
2 6oscilou entre 24 a 38 mEq/1. O tratamento consiste em se normalizar a
função respiratória e promover a compensação cardíaca. A oxigenioterapia
simples pode agravar a situação por anular o estímulo anóxico e diminuir
a ventilação pulmonar
1 9>
4 1.
6 1.
6 3.
Na alcalose metabólica, Agar e MacPherson
1assinalaram anorexia,
apatia, irritabilidade, nervosismo, cefaléia, tonturas e, ao final, convulsões,
estupor e coma. Esta complicação pode ocorrer em casos de úlcera gástrica,
obstrução intestinal alta ou depois de terapêutica alcalina intensiva.
Observa-se no sangue aumento da reObserva-serva alcalina, elevação do pH, diminuição da
taxa de cloretos e aumento da de uréia.
Na alcalose respiratória há hipocapnia arterial, a qual reduz o fluxo
sangüíneo cerebral e a tensão do oxigênio cerebral, determinando distúrbios
mentais. As perturbações neurológicas e mentais observadas em pacientes
com alcalose respiratória se superpõem àquelas perturbações devidas à
mo-léstia pré-existente. Em traumatismos de crânio esta pode vir a ser uma
das complicações
1 6>
1 7•
2 6. Os sinais e sintomas consistem em tonturas,
pares-tesias, contraturas musculares espasmódicas, tremores, por vezes convulsões
e confusão mental. Estes distúrbios são característicamente transitórios e
mutáveis. Estas perturbações têm sido atribuídas a diversas causas, tais
como a falta de oxigênio nos tecidos, diminuição do cálcio ionizado e
vasocons-tricção cerebral por hiperventilação pulmonar. Tem sido assinalada a
fre-qüente confusão entre alcalose respiratória e acidóse metabólica porque em
ambas há hiperventilação associada à diminuição do C O 2 total e o aumento
da taxa de cloretos no plasma. O diagnóstico diferencial é feito pela medida
do pH do sangue; entretanto, um dado importante é a existência de
pertur-bações neurológicas na alcalose respiratória, enquanto que na acidóse
meta-bólica elas são raramente observadas. A PCO2 diminui mais nitidamente
na alcalose respiratória que na acidóse metabólica. Esta situação é corrigida
quando se aumenta a concentração do C O 2 no ar inspirado
3 8.
5 2.
Na acidóse metabólica, somente quando o pH do LCR estiver diminuído
há alteração de consciência
47. Talvez a melhor proteção do pH do LCR
neste tipo de distúrbio do equilíbrio ácido-básico explique porque raramente
sejam observadas perturbações da função cerebral nestes pacientes.
Perturbação do sistema nervoso central em altitude elevada — Durante
a aclimatização em altitude elevada verifica-se que a diminuição da
tensão do C O 2 tende a alterar o pH sangüíneo para o lado alcalino,
porém entram em ação os mecanismos homeostáticos de que resulta
diminuição dos bicarbonatos, de modo que o pH permanece normal. Tanto o
homem que vive em altitude elevada como o residente ao nível do mar
recen-temente aclimatizado apresentam um pH do LCR essencialmente normal, com
uma concentração de bicarbonatos diminuída no plasma e no LCR. As
dife-renças entre os resultados obtidos com os nativos e os residentes ao nível
do mar recentemente aclimatizados consistem em se observar entre os
pri-meiros uma p C Ü 2 maior (menor ventilação pulmonar) e um sangue arterial
menos alcalino
1 3,
2 5,
2 7.
4 4,
4 9,
5 8,
5 9respira-tória e hipóxia que dão origem à perturbação da função do sistema nervoso
central. A hipóxia desencadeia hiperventilação pulmonar a qual dá origem
à alcalose respiratória. Em conseqüência da anóxia cerebral surgem fadiga,
palpitações, cefaléia, náuseas, vômitos e perturbações mentais. Em geral,
de-pois de 2 a 4 dias, os sintomas tendem a desaparecer e estabelece-se
progres-sivamente a adaptação. Quando o organismo não consegue se adaptar ou
quando ele perde a sua aclimatização surgem sinais e sintomas graves. Esta
entidade clínica foi descrita por M o n g e
4 2e é conhecida com a denominação
de moléstia de Monge ou Mal das Montanhas. O paciente de Arellano
3apre-sentou cianose de estremidades, fadiga, soñolencia, tonturas, perturbações
vi-suais, zumbidos, cefaléia, edema de papila e entorpecimento mental. Depois
de algum tempo de permanência ao nível do mar, estes sinais e sintomas
desapareciam. Schaltenbrand
55, em trabalho experimental em animal e no
homem, demonstrou que a diminuição da pressão atmosférica determinava
em todos os casos acentuada hipertensão do LCR. Se entretanto, durante a
experiência, houvesse introdução artificial de oxigênio, não mais se observava
a hipertensão do LCR. Severinghaus e col.
5 8verificaram a elevação da taxa
de cloretos e da taxa de lactates no LCR durante a aclimatização, em média
6 mEq/litro para cloretos e 1 mEq/litro para lactates. O valor médio para
a concentração de cloretos subiu de 123 (nível do mar) para 130 mEq/litro
no segundo dia de aclimatização em altitude elevada. Severinghaus e
Car-celén
5 9observaram sintomas de Mal Crônico das Montanhas em um de seus
pacientes, nativo residente à altitude de 4.800 metros. Neste caso foi
verifi-cada uma taxa de ácido láctico elevada no LCR (7 mEq/litro) e, apesar disto,
o pH e o HCO3 eram comparáveis com a média obtida para o grupo do qual
este paciente fazia parte, revelando uma boa regulação do pH, mesmo em
presença de uma concentração crónicamente elevada de ácido láctico.
Repercussão dos distúrbios do equilíbrio hidro-eletrolítico sobre o liquido
céfalorraqueano — O estudo do equilíbrio hidro-eletrolítico é de grande
im-portância prática para o tratamento dos pacientes neurológicos graves. O
exame do LCR é uma das primeiras providências tomadas para o
esclareci-mento do caso clínico; além de colaborar no diagnóstico etiológico, este exame
poderá também indicar a possível existência de distúrbio do equilíbrio
hidro-eletrolítico e, com isso, alertar precocemente o neurologista para uma
orienta-ção terapêutica correta. Além do pH e pCOa, os componentes do LCR que
têm importância prática imediata para o estudo destes problemas são os
clo-retos, o C O 2 total e o sódio. As determinações das taxas de cloretos e de
sódio no LCR são muito importantes no diagnóstico dos distúrbios da
osmo-laridade
3 4.
5 1e as concentrações de cloretos e de C O 2 total no LCR estão
alteradas em pacientes com perturbação do controle hidrogênio-iônico
1,
5.
9.
32, 38( 58M A T E R I A L E M É T O D O S
O m a t e r i a l é constituido por 5 8 observações, sendo 37 de pessoas normais e 21 de pacientes com disturbios g r a v e s do controle hidrogênio-iônico, dos quais 1 1 com acidóse respiratória e 1 0 c o m acidóse m e t a b ó l i c a decorrente de c o m a diabético. O e x a m e de L C R foi feito incluindo a m e d i d a da pressão, o e x a m e citológico, as reações de f i x a ç ã o de c o m p l e m e n t o p a r a sífilis e cisticercose, e o e x a m e químico com d o s a g e m de proteínas totais, reações das globulinas, d o s a g e m de glicose, clore-tos, sódio, CO2 t o t a l (casos n o r m a i s ) ou reserva alcalina pelo m é t o d o clássico de v a n Slyke com prévia s a t u r a ç ã o do L C R c o m CO2 (pacientes c o m distúrbios do controle hidrogênio-iônico). A d e t e r m i n a ç ã o da reserva a l c a l i n a foi utilizada nestes casos por ser de m a i s fácil execução, e porque os seus resultados são m u i t o aproxi-m a d o s aos do CO2 total e satisfatórios p a r a a finalidade prática deste estudo.
R E S U L T A D O S
E m 3 7 pacientes n o r m a i s a r e l a ç ã o cloretos/CO2 total apresentou u m a v a r i a ç ã o de 4 . 8 a 5 . 8 , e m m é d i a 5 . 3 . N o g r u p o dos pacientes com acidóse respiratória a r e l a ç ã o esteve compreendida entre 2 . 0 a 4 . 7 , enquanto que no grupo dos pacientes com acidóse m e t a b ó l i c a decorrente de c o m a diabético g r a v e ela variou desde 6 . 5 a 22.
R E S U M O
O L C R constitui um meio muito pobre em proteínas e o seu poder tampão
depende fundamentalmente da relação pCO
2/HCO
3-. O L C R é, por assim
dizer, uma solução salina bicarbonatada à qual se juntam pequenas
quanti-dades de outros componentes iônicos e moleculares. Admite-se que a barreira
hemato-encefálica protege o sistema nervoso central contra as variações
súbi-tas do equilíbrio hidrogênio-iônico. Ela apresenta uma lenta permeabilidade
às variações de concentrações dos iontes H C O 3 - , C l - , H
+, N a
+, de que resulta
proteção do pH do LCR, e fácil permeabilidade ao gás C O
2de sorte a
de seu pH. Além disto o pH do L C R indica mais fielmente as modificações
ácido-básicas do tecido cerebral que o pH do sangue. Os distúrbios graves
do controle hidrogênio-iônico determinam perturbações da função cerebral
com manifestações neurológicas e psíquicas. Por estes motivos as
determina-ções do pH, pCO
2, e CO
2total do LCR têm uma grande importância para a
interpretação dos problemas fisiopatológicos que ocorrem no sistema nervoso
central, para o conseqüente diagnóstico e para a correta indicação
terapêu-tica. Pouco se sabe sobre as perturbações da função do sistema nervoso
central em pacientes c o m acidose metabólica; já se tem descrito distúrbios
neurológicos e mentais em pacientes c o m alcalose respiratória e alcalose
meta-bólica; entretanto, é em relação à acidose respiratória que a literatura é
mais extensa. Na acidose respiratória decorrente da insuficiência ventilatória
pulmonar grave pode-se observar uma síndrome de hipertensão endocraniana
devida à ação vasodilatadora do CO
2e estes pacientes são por vezes
encami-nhados aos serviços neurológicos c o m a suspeita de tumor encefálico.
O propósito do presente trabalho foi o de determinar a relação cloretos/
CO
2total no LCR normal e no L C R de pacientes neurológicos c o m distúrbios
mais comuns do controle hidrogênio-iônico, para se poder avaliar o seu valor
prático no exame de rotina.
O material deste estudo é constituído por 58 observações, sendo 37 de
pessoas normais e 21 de pacientes c o m distúrbios graves do controle
hidrogênio-iônico, dos quais 11 apresentavam acidose respiratória e 10 acidose
metabó-lica decorrente de coma diabético.
Em condições normais, a relação cloretos/CO
2total no L C R está
com-preendida entre os valores de 4 . 8 a 5 . 8 . Nos distúrbios do controle
hidro-gênio-iônico, particularmente naqueles casos crônicos e graves, verificam-se
alterações das taxas de cloretos e de CO
2total, cujas concentrações variam
de modo compensatório, umas em sentido oposto às outras, nestes
ajustamen-tos ácido-básicos. Na acidose respiratória o LCR apresenta acentuada
dimi-nuição da taxa de cloretos com aumento compensatório da concentração do
CO
2total. Nestes casos a relação variou de 2 . 0 a 4 . 7 . Na acidose
metabó-lica, como exemplo aquela que ocorre em pacientes em coma diabético,
obser-va-se diminuição acentuada da concentração do CO
2total e aumento da taxa
de cloretos. Nestes casos, os valores da relação cloretos/CO
2total estavam
compreendidos entre 6.5 a 22.
S U M M A R Y
Cerebrospinal fluid changes and central nervous system disorders in
disturbances of hydrogen ion metabolism. Study of the
chloride/total C O
2ratio
of the neurologic manifestations and the cerebrospinal fluid changes in
pa-tients with hydrogen ion disturbances are discussed.
The purpose of this paper is the study of the chloride/total CO
2ratio in
the cerebrospinal fluid. In 37 normal individuals the ratio ranged from 4.8
to 5 . 8 . In 11 patients with respiratory acidosis it ranged between 2 . 0 and
4 . 7 . In 10 patients with metabolic acidosis due to severe diabetic coma the
ratio ranged between 6.5 and 22. It is emphasized the importance of this
simple test in the cerebrospinal fluid of neurologic patients with hydrogen
ion disturbances.
R E F E R Ê N C I A S
1 . A G A R , H . & M a c P H E R S O N , I . — T h e c e r e b r o s p i n a l f l u i d i n a l k a l o s i s . L a n c e t 1 : 1 7 1 , 1 9 4 0 .
2 . A G R E S T , A . & R O E H R , E . E . — R e l a c i ó n e l e c t r o l í t i c a y a c i d o - b a s i c a e n t r e s a n g r e a r t e r i a l y l í q u i d o c e f a l o r r a q u i d e o e n t r a n s t o r n o s d e e q u i l i b r i o a c i d o - b a s e . M e d i c i n a ( B u e n o s A i r e s ) 2 3 : 1 7 3 , 1 9 6 3 .
3 . A R E L L A N O , Z . A . — E l l í q u i d o c e f a l o r r a q u i d e o e n l a a l t u r a . I I R e u n i ó n d e l a s J o r n a d a s N e u r o - P s i q u i a t r i c a s P a n a m e r i c a n a s . E d . L u m e n , L i m a , P e r ú . 2 : 1 1 3 , 1 9 3 9 .
4 . A U S T E N , F . K . ; C A R M I C H A E L , M . W . & A D A M S , R . D . — N e u r o l o g i c m a n i -f e s t a t i o n s o -f c h r o n i c p u l m o n a r y i n s u -f -f i c i e n c y . N e w E n g l a n d J. M e d . 2 5 7 : 5 7 9 , 1 9 5 7 .
5 . B L E I C H , H . L . ; B E R K M A N , P . M . & S C H W A R T Z , W . B . — T h e r e s p o n s e of c e r e b r o s p i n a l f l u i d c o m p o s i t i o n t o s u s t a i n e d h y p e r c a p n i a . J. C l i n . I n v e s t . 4 3 : 1 1 , 1 9 6 4 .
6 . B R A D L E Y , R . D . & S E M P L E , S. J. G . — C o m p a r i s o n o f c e r t a i n a c i d - b a s e c h a r a c t e r i s t i c s o f a r t e r i a l b l o o d , j u g u l a r v e n o u s b l o o d a n d c e r e b r o s p i n a l f l u i d a c i d - b a s e d i s t u r b a n c e s . J. P h y s i o l . 1 6 0 : 3 8 1 , 1 9 6 2 .
7 . B R O O K S , C . — E d i t o r ' s c o n c l u s i o n s . In C e r e b r o s p i n a l F l u i d a n d R e g u l a t i o n o f V e n t i l a t i o n . B l a c k w e l l , O x f o r d , 1 9 6 5 .
8 . B U C H S B A U M , H . W . ; M A R T I N , W . A . ; T U R I N O , G . M . & R O W L A N D , L . P . — C h r o n i c a l v e o l a r h y p o v e n t i l a t i o n d u e t o m u s c u l a r d y s t r o p h y . N e u r o l o g y ( M i n n e a -p o l i s ) 1 8 : 3 1 9 , 1 9 6 8 .
9 . B U H L M A N N , A . ; S C H E I T L I N , W . & R O S S I E R , P . H . — D i e B e z i e h u n g e n z w i s c h e n B l u t u n d L i q u o r c e r e b r o s p i n a l i s b e i S t ö r u n g e n d e s S ä u r e - B a s e - G l e i c h g e ¬ w i c h t e s . S c h w e i z . M e d . W s c h r . 9 3 : 4 2 7 , 1 9 6 3 .
1 0 . B U L G E R , R . J.; S C H R I E R , R . W . ; A R E N D , W . P . & S W A N S O N , A . G . — S p i n a l f l u i d a c i d o s i s a n d t h e d i a g n o s i s o f p u l m o n a r y e n c e p h a l o p a t h y . N e w E n g l a n d J. M e d . 2 7 4 : 4 3 3 , 1 9 6 6 .
1 1 . C A M E R O N , A . J. ( 1 9 3 3 ) — C i t . p o r C o n n , H . O . e c o l .1 5
.
1 2 . C E S T A N , R . ; S E N D R A I L , M . & L A S S A L E , H . — L e s m o d i f i c a t i o n s d e l ' é q u i l i b r e a c i d e - b a s e d u l i q u i d e c e p h a l o r a c h i d i e n d a n s l e s a c i d o s e s e x p é r i m e n t a l e s . C . R . S o c . B i o l . ( P a r i s ) , 9 3 : 4 7 5 , 1 9 2 5 .
1 3 . C H I O D I , H . ( 1 9 5 7 ) — C i t . p o r S E V E R I N G H A U S , J. W . e c o l .5 9
.
1 4 . C O L L I P , J. B . & B A C K U S , P . L . — T h e a l k a l i r e s e r v e o f t h e b l o o d p l a s m a , s p i n a l f l u i d a n d l y m p h . A m . J. P h y s i o l . 5 1 : 5 5 1 , 1 9 2 0 .
1 5 . C O N N , H . O . ; D U N N , J. P.; N E W M A N , H . A . & B E L K I N , G . A . — P u l m o n a r y e m p h y s e m a s i m u l a t i n g b r a i n t u m o r . A m . J. M e d . 2 2 : 5 2 4 , 1 9 5 7 .
1 6 . C O O K , A . W . ; B R O W D E R , E . J. & L Y O N S , H . A . — A l t e r a t i o n i n a c i d - b a s e e q u i l i b r i u m i n c r a n i o c e r e b r a l t r a u m a . A d e t e r m i n a n t i n s u r v i v a l . J. N e u r o s u r g . 1 8 : 3 6 6 , 1 9 6 1 .
1 7 . C O R T , J. H . — E l e c t r o l y t e s F l u i d D y n a m i c s a n d t h e N e r v o u s S y s t e m . A c a d e m i c P r e s s , N e w Y o r k , 1 9 6 5 .
1 8 . C O W I E , J. c o l . ( 1 9 6 2 ) — C i t . p o r P O S N E R , J, B . e c o l .4 6
1 9 . D A V I E S , C . E . & M A C K I N N O N , J. — N e u r o l o g i c a l e f f e c t s o f o x y g e n in c h r o n i c c o r p u l m o n a l e . L a n c e t 2 : 8 8 3 , 1 9 4 9 .
2 0 . F I N K E L , N . — S í n d r o m e d e h i p e r t e n s ã o e n d o c r a n i a n a n o e n f i s e m a p u l m o n a r . A p r e s e n t a ç ã o d e u m c a s o e r e v i s ã o d a l i t e r a t u r a . M e d . C i r . F a r m . ( R i o d e J a
-n e i r o ) 2 4 8 : 5 6 4 , 1 9 5 6 .
2 1 . F I S C H E R , V . S. & C H R I S T I A N S O N , L . C . — C e r e b r o s p i n a l f l u i d a c i d - b a s e b a l a n c e d u r i n g a c h a n g i n g v e n t i l a t o r y s t a t e i n m a n . J. A p p l . P h y s i o l . 1 8 : 7 1 2 , 1 9 6 3 .
2 2 . G E S E L L , R . & H E R T Z M A N , A . B . — T h e r e g u l a t i o n o f r e s p i r a t i o n . A m . J. P h y s i o l . 7 8 : 6 1 0 , 1 9 2 6 .
2 3 . G O R D O N , E . — T h e i m p o r t a n c e o f c e r e b r o s p i n a l f l u i d a c i d - b a s e s t a t u s f o r t h e t r e a t m e n t o f u n c o n c i o u s p a t i e n t s w i t h b r a i n l e s i o n s . R e s u m o i n A c t a N e u r o l .
S c a n d . 4 4 : 2 5 4 , 1 9 6 8 .
2 4 . G R A N H O L M , L . — E l e c t r o l y t e a n d a c i d - b a s e c o n c e n t r a t i o n s i n a r t e r i a l b l o o d a n d c e r e b r o s p i n a l f l u i d i n e x p e r i m e n t a l h y d r o c e p h a l u s . A c t a N e u r o l . S c a n d . 4 4 : 6 5 1 , 1 9 6 8 .
2 5 . H O U S S A Y , B . A . ; L E W I S , J. T . ; O R I A S , O . ; H U G , E . ; M E N É N D E Z , E . B . &
F O G L I A , V . G . — F i s i o l o g i a H u m a n a . E l A t e n e o , B u e n o s A i r e s , 1 9 5 8 .
2 6 . H U A N G , C . T . ; C O O K , A . W . & L Y O N S , H . A . — S e v e r e c r a n i o v e r t e b r a l t r a u m a a n d r e s p i r a t o r y a b n o r m a l i t i e s . A r c h . N e u r o l . ( C h i c a g o ) 9 : 5 4 5 , 1 9 6 3 .
2 7 . H U R T A D O , A . & A S T E - S A L A Z A R , H . — A r t e r i a l b l o o d g a s e s a n d a c i d - b a s e
b a l a n c e a t s e a l e v e l a n d a t h i g h a l t i t u d e . J. A p p l . P h y s i o l . 1 : 3 0 4 , 1 9 4 8 . 2 8 . K A Y E , N . & W E S T L A K E , E . K . — R a i s e d i n t r a c r a n i a l p r e s s u r e in e m p h y s e m a .
B r i t . M e d . J. 1 : 3 0 2 , 1 9 5 4 .
2 9 . K I L B U R N , K . H . — N e u r o l o g i c m a n i f e s t a t i o n o f r e s p i r a t o r y f a i l u r e . A r c h . I n t .
M e d . 1 1 6 : 4 0 9 , 1 9 6 5 .
3 0 . L E U S E N , I. R . — C h e m o s e n s i t i v i t y o f r e s p i r a t o r y c e n t e r . A m . J. P h y s i o l . 1 7 6 : 39, 1 9 5 4 .
3 1 . L E U S E N , I. R . e c o l . ( 1 9 6 0 ) — C i t . p o r D A V S O N , H .8 4
.
3 2 . L E U S E N , I. R . — A s p e c t s o f t h e a c i d b a s e b a l a n c e b e t w e e n b l o o d a n d c e r e
-b r o s p i n a l f l u i d . In C e r e -b r o s p i n a l F l u i d a n d R e g u l a t i o n o f V e n t i l a t i o n . B l a c k w e l l , O x f o r d , 1 9 6 5 .
3 3 . L O E S C H C K E , H . H . e c o l . ( 1 9 5 8 ) — C i t . p o r S C H W A B , M .5 8
.
3 4 . L O N G O , P . W . & R E I S , J. B . — D i s t ú r b i o s d o e q u i l í b r i o h i d r o s a l i n o e m m o l é s -t i a s d o s i s -t e m a n e r v o s o . E s -t u d o d o l í q u i d o c e f a l o - r a q u e a n o . O H o s p i -t a l ( R i o d e J a n e i r o ) 6 3 : 9 , 1 9 6 3 .
3 5 . M A N F R E D I , F . ; M E R W A R T , C . R . ; B U C K L E Y , C. E . & S I E K E R , H . O . — P a p i l l e d e m a in c h r o n i c r e s p i r a t o r y a c i d o s i s . R e p o r t o f a c a s e w i t h s t u d i e s o n t h e b l o o d - c e r e b r o s p i n a l f l u i d b a r r i e r f o r c a r b o n d i o x i d e . A m . J. M e d . 3 0 : 1 7 5 , 1 9 6 1 .
3 6 . M A N F R E D I , F . — A c i d - b a s e r e l a t i o n s b e t w e e n s e r u m a n d c e r e b r o s p i n a l f l u i d
in m a n u n d e r n o r m a l a n d a b n o r m a l c o n d i t i o n s . J. L a b . C l i n . M e d . 5 9 : 1 2 8 1 , 1 9 6 2 . 3 7 . M A S O N , M . F . ; R E S N I K Jr., H . ; M I N O T , A . S.; R A I N E R , J.; P I L C H E R , C. &
H A R R I S O N , T . R . — M e c h a n i s m o f e x p e r i m e n t a l u r e m i a . A r c h . I n t . M e d . 6 0 :
3 1 2 , 1 9 3 7 .
3 8 . M E R W A R T H , C. R . ; S I E K E R , H . O . & M A N F R E D I , F . — A c i d - b a s e r e l a t i o n s
b e t w e e n b l o o d a n d c e r e b r o s p i n a l f l u i d i n n o r m a l s u b j e c t s a n d i n p a t i e n t s w i t h r e s p i r a t o r y i n s u f f i c i e n c y . N e w E n g l a n d J. M e d . 2 6 5 : 3 1 0 , 1 9 6 1 .
3 9 . M I T C H E L L , R . A . e c o l . ( 1 9 6 3 ) — C i t . p o r P O S N E R , J. B . e c o l .4 6
.
4 0 . M I T C H E L L , R . A . — T h e r e g u l a t i o n o f r e s p i r a t i o n i n m e t a b o l i c a c i d o s i s a n d a l k a l o s i s . In C e r e b r o s p i n a l F l u i d a n d t h e R e g u l a t i o n o f V e n t i l a t i o n . B l a c k w e l l , O x f o r d , 1 9 6 5 .
4 1 . M I T H O F E R , J. C . — I n c r e a s e d i n t r a c r a n i a l p r e s s u r e in e m p h y s e m a c a u s e d b y o x y g e n i n h a l a t i o n . J . A . M . A . 1 4 9 : 1 1 1 6 , 1 9 5 2 .
4 2 . M O N G E , C . — L a e n f e r m e d a d d e l o s A n d e s . A n . F a c u l d a d M e d i c i n a , L i m a , 1 9 2 8 .
4 3 . N E U S T A D T , J. E . ; L E V Y , R . C . & S P I E G E L , I . J. — C a r b o n d i o x i d e n a r c o s i s in a s s o c i a t i o n w i t h m u s c u l a r d y s t r o p h y . J . A . M . A . 1 8 7 : 6 1 6 , 1 9 6 4 .
4 4 . P A U L I , H . G. ( 1 9 5 4 ) — C i t . p o r L E U S E N , I. R .3 2
4 5 . P O L A K A . ; H A Y N I E , G . D . ; H A Y S , R . M . & S C H W A R T Z , W . B . — E f f e c t s o f c h r o n i c h y p e r c a p n i a o n e l e c t r o l y t e a n d a c i d - b a s e e q u i l i b r i u m . A d a p t a t i o n . J. C l i n . I n v e s t . 4 0 : 1 2 2 3 , 1 9 6 1 .
4 6 . P O S N E R , J. B . ; S W A N S O N , A . G . & P L U M , F . — A c i d b a s e b a l a n c e i n c e r e b r o -s p i n a l f l u i d . A r c h . N e u r o l . ( C h i c a g o ) 1 2 : 4 7 9 , 1 9 6 5 .
4 7 . P O S N E R , J. B . & P L U M , F . — S p i n a l f l u i d p H a n d n e u r o l o g i c a l s y m p t o m s in s y s t e m i c a c i d o s i s . N e w E n g l a n d J. M e d . 2 7 7 : 6 0 5 , 1 9 6 7 .
4 8 . P T A S Z E K , L . — S u r l a r é s e r v e a l c a l i n e e t l e s c o r p s a r o m a t i q u e s d u s a n g e t d u L . C . R . c h e z l e s c h i e n s n e p h r e c t o m i z é s . C . R . S o c . B i o l . ( P a r i s ) 9 6 : 5 6 7 , 1 9 2 7 .
4 9 . R A H N , H . e c o l . ( 1 9 4 9 ) — C i t . p o r S E V E R I N G H A U S , J. W . e c o l .5 9
.
5 0 . R E I S , J. B . & T R A V A S S O S , F . M . — O p o d e r a t i v a n t e d o l í q u i d o c é f a l o - r a q u e a n o s o b r e a a l e x i n a n a r e a ç ã o d e f i x a ç ã o d e c o m p l e m e n t o . I I — I n f l u ê n c i a d a c o n c e n t r a ç ã o d o C O2 t o t a l d o l i q u o r . R e v . P a u l i s t a M e d . 6 2 : 3 0 4 , 1 9 6 3 .
5 1 . R E I S , J. B . ; R E I S F I L H O , I. & B E I , A . — S ó d i o e p o t á s s i o n o l í q u i d o c é f a l o -r a q u e a n o e m c o n d i ç õ e s n o -r m a i s e p a t o l ó g i c a s . A -r q . N e u -r o - P s i q u i a t . ( S ã o P a u l o ) 2 1 : 7 , 1 9 6 3 .
5 2 . R O B E R T S , K . E . ; V A N A M E E , P.; P O P P E L L — E l e c t r o l y t e C h a n g e s in S u r g e r y . C h a r l e s C . T h o m a s , S p r i n g f i e l d ( I l l i n o i s ) , 1 9 5 8 .
5 3 . R O B I N , E . D . ; W H A L E Y , R . D . ; C R U M P , C . H . ; B I C K E L M A N N , A . G . & T R A -V I S , D . M . — A c i d - b a s e r e l a t i o n s b e t w e e n s p i n a l f l u i d a n d a r t e r i a l b l o o d w i t h s p e c i a l r e f e r e n c e t o c o n t r o l o f v e n t i l a t i o n . J. A p p l . P h y s i o l . 1 3 : 3 8 5 , 1 9 5 8 . 5 4 . R O B I N , E . D . — A b n o r m a l i t i e s o f a c i d - b a s e r e g u l a t i o n in c h r o n i c p u l m o n a r y
d i s e a s e , w i t h s p e c i a l r e f e r e n c e t o h y p e r c a p n i a a n d e x t r a c e l l u l a r a l k a l o s i s . N e w E n g l a d J. M e d . 2 6 8 : 9 1 7 , 1 9 6 3 .
5 5 . S C H A L T E N B R A N D , G . ( 1 9 3 3 - 1 9 3 4 ) — C i t . p o r L I N K E , P . G .6 5
.
5 6 . S C H W A B , M . — D a s S a u r e - B a s e n - G l e i c h g e w i c h t i m a r t e r i e l l e n B l u t u n d L i q u o r c e r e b r o s p i n a l i s b e i c h r o n i s c h e r N i e r e n - i n s u f f i z i e n z . K l i n . W s c h r . 4 0 : 7 6 5 , 1 9 6 2 . 5 7 . S C H W A B , M . — D a s S a u r e - B a s e n - G l e i c h g e w i c h t i m a r t e r i e l l e n B l u t u n d L i q u o r
c e r e b r o s p i n a l i s b e i H e r z i n s u f f i z i e n z u n d C o r p u l m o n a l e u n d s e i n e B e e i n f l u s s u n g d u r c h C a r b o a n h y d r a s e - H e m m u n g . K l i n . W s c h r . 4 0 : 1 2 3 3 , 1 9 6 2 .
5 8 . S E V E R I N G H A U S , J. W . ; M I T C H E L L , R . A . ; R I C H A R D S O N , B . W . & S I N G E R , M . M . — R e s p i r a t o r y c o n t r o l a t h i g h a l t i t u d e s u g g e s t i n g a c t i v e t r a n s p o r t r e g u -l a t i o n o f C S F p H . J. A p p -l . P h y s i o -l . 1 8 : 1 1 5 5 , 1 9 6 3 .
5 9 . S E V E R I N G H A U S , J. W . & C A R C E L É N , A . — C e r e b r o s p i n a l f l u i d i n m a n n a t i v e t o h i g h a l t i t u d e . J. A p p l . P h y s i o l . 1 9 : 3 1 9 , 1 9 6 4 .
6 0 . S E V E R I N G H A U S , J. W . — E l e c t r o c h e m i c a l g r a d i e n t s f o r h y d r o g e n a n d b i c a r -b o n a t e i o n s a c r o s s t h e -b l o o d - C S F -b a r r i e r i n r e s p o n s e t o a c i d - -b a s e -b a l a n c e c h a n g e s . In T h e C e r e b r o s p i n a l F l u i d a n d t h e R e g u l a t i o n o f V e n t i l a t i o n . B l a c k ¬ w e l l , O x f o r d , 1 9 6 5 .
6 1 . S I M P S O N , T . — P a p i l l e d e m a in e m p h y s e m a . B r i t . M e d . J. 2 : 6 3 9 , 1 9 4 8 . 6 2 . T H U R Z Ó , E. & K A T Z N E L B O G E N , S. — A l k a l i r e s e r v e i n b l o o d a n d in c e r e b r o
-s p i n a l f l u i d in e x p e r i m e n t a l a c i d o -s i -s . A r c h . N e u r o l . P -s y c h i a t . ( C h i c a g o ) 3 3 : 7 8 6 , 1 9 3 5 .
6 3 . W E S T L A K E , E. K . & K A Y E , M . — R a i s e d i n t r a c r a n i a l p r e s s u r e in e m p h y s e m a . B r i t . M e d . J. 1 : 3 0 2 , 1 9 5 4 .
6 4 . D A V S O N , H . — P h y s i o l o g y o f t h e C e r e b r o s p i n a l F l u i d . C h u r c h i l l , L o n d o n , 1 9 6 7 . 6 5 . L I N K E , P . G . — L i q u o r z i r k u l a t i o n a n d - d y n a m i k . In R . M . S C H M I D T — D e r
L i q u o r C e r e b r o s p i n a l i s . V o l k u n d G e s u n d h e i t , B e r l i n , 1 9 6 8 .