PUBLICAR/ASSINAR EM REDES MÓVEIS AD HOC
Programa de Pós-Graduação em Ciênia da Computação
PUBLICAR/ASSINAR EM REDES MÓVEIS AD HOC
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-GraduaçãoemCiêniadaComputaçãoda
Uni-versidadeFederalde MinasGeraisomo
requi-sitoparialpara aobtençãodograu deMestre
emCiênia da Computação.
CRISTIANO GATO DE REZENDE
FOLHADE APROVAÇO
Publiar/Assinar em Redes Móveis Ad Ho
CRISTIANO GATO DE REZENDE
Dissertação defendidae aprovadapelabana examinadora onstituída por:
Ph. D. Antnio Alfredo Ferreira Loureiro Orientador
UniversidadeFederal de MinasGerais
Ph. D Dorgival Olavo Guedes Neto
UniversidadeFederal de MinasGerais
Ph. D.Fátima de Lima Proópio Duarte
O desenvolvimento e a utilização de dispositivos omputaionais portáteis introduziu novos
modelosderededeomputadoresquedemandamsoluçõesdiferentesdasapliadasparao
mo-delotradiionalondetodososterminaisdeumaredesãoxos. Omaisaótiodessesmodelos
é a rede móvel ad ho, onheida omo MANET, onde não existe nenhuma infra-estrutura
previamente disponível. Dessaforma,todaomuniaçãodeveserfeitaentredispositivosujos
rádios sealanem mutuamente. Essemodeloapresenta diversosdesaos omo restriçõesde
energia, proessamento elarguradebanda,onexão intermitente ediuldadenoroteamento
de mensagens.
OparadigmaPubliar/Assinarfazomqueaomuniação entreentidadessejafeita
atra-vés do onteúdo da informação produzida e do interesse das entidades. Ele proporiona
dimensões de desassoiação (temporal, espaial e sínrona) que failitam a omuniação no
ambiente das MANETs. Porém a implantação de uma arquitetura desse paradigma nesse
modeloderederequersoluçõesdiferentesdasusualmentedesenvolvidas. Soluçõespararedes
abeadas, ou atémesmopararedes sem oonde já existemnósom mobilidade porém onde
ainda exista uma infra-estrutura robusta de omuniação, não são apliáveis a um enário
om umatopologia tãodinâmiae omasrestrições existentes emMANETs.
EstetrabalhovisaproporumaarquiteturaPubliar/Assinarapazdeutilizaramobilidade
dos nósque ompõem umaMANET para auxiliar na tarefa de entregar as publiações
sub-metidasaosnósinteressados. Amobilidadeéutilizadafazendoomquepubliaçõesreebidas
por nósemumloal darede sejam propagadas emregiõesdiferentesapósa sua
movimenta-ção. Dessa forma,ommovimentação suiente, as publiaçõespodemserdisseminadas por
toda a áreadarede.
Os resultados mostraram que a arquitetura proposta teve desempenho superior a outras
existentes na literatura e ainda deixou laro que ela é exível o bastante para se adaptar a
Thedevelopmentofportableomputationaldeviesraisednewnetworkmodelswhihdemand
dierent solutions to the ones applied to the traditional model where every terminal of the
networkisxed. Themosthaotimodelisthemobileadhonetwork,MANET,wherethere
is not any infra-struture previously available. For this reason, every ommuniation has to
be donebetween devies whihradios reah eahother. Thismodelpresent manyhallenges
likeenergy, proessingand bandwidthrestrition, intermittent onnetion anddiulties on
routing messages.
The Publish/Subsribe paradigm oers deoupling dimensions (time, spae and
synh-ronization) whih helps the ommuniation proess on MANETs. However, implanting an
arhiteture insuh modelrequires solutions dierent from those usually developed.
Soluti-ons adequate to wired networks, or even to wireless networks where there are some mobile
nodesbut with a robustommuniation infra-struture, arenot appliable to a senario with
suhdynami topology andsevererestritionslikeinMANETs.
Thiswork's goalis to develop aPublish/Subsribe arhiteture apable of makinguseof
MANETs' nodes own mobility to helpthetaskof delivering submitted publiations to every
interested node. Mobility is used making publiations reeived loally to be forwarded in
dierentregionsofthenetwork afterthesenodesmove. Therefore,withsuient movement,
publiations an be disseminate throughthe wholenetwork.
Results have shown thatthe proposed arhiteture had a better performane thenother
solutions inthe literature. Besides that, it was madelear thatthe proposedarhiteture is
Antes dequalquer outra oisa,eu gostariade agradeer emespeial aosmeuspais. Desde os
meusprimeirosanosdevida,elesforamduaspessoasquesempremeapoiarameinentivaram
a estudar e a viver experiênias que me tornassem uma pessoa mais sábia e madura. Eles
me riaram om muito amor, arinho, respeito, onança e alegria. Por todas as as oisas
que sempreme proporionaram, a úniaforma de retribuir é me esforçandopara ofereeras
mesmas oportunidadesaos meuspróprios lhos. Muito obrigado por tudo.
Outra pessoa mais do que espeial é a minha melhor amiga, a ompanheira da minha
vida, a minha maninha. Ela sempre me aompanhou, resemos juntos fazendo muita
ba-gunça,aprendendojuntos,brigandoalgumasvezes(oisadopassado)eamadureemosjuntos.
Sempre estivemospresentesumparaooutroe semprepreparadosparaajudar (mesmoquea
milhares de quilmetros). Algumas vezes hegamos até a superar grandes desaos para nos
enontrar. Obrigado por sempre me ouvirquando eu preisava falar,por estar ao meu lado
mesmo quandoeu nada queriafalar,por sempreme entender e meonheer omoninguém.
Agradeço também a todaa minha família por todos osmomentos de desontração epor
mostrarem a importânia de uma família unida e a sua força em ajudar nos momentos de
diuldade. Famíliaquemostrouomolotarumauditóriodeformaturaefazermuitobarulho.
Obrigadotambématodososamigosomquemnessesanosmuitodivertiemfestas,barese
shows. Quemesuportaramnospouquíssimosmomentos queexagerei levementeno onsumo
de bebidas aloólias. Aos olegas de mestrado que sempre juntos disutíamos trabalhos,
opinaram sobre possíveis soluções, auxiliaram na resolução de problemas de trabalhos e até
algumasvezesassumiramapartenaldetrabalhosenquantoeufreqüentavaimportantíssimas
onferênias de eonomia em Salvador. Um agradeimento espeial também ao professor
1 Introdução 1
1.1 Publiar/Assinar- Fundamentos . . . 3
1.2 Caraterização do Problema . . . 6
1.3 Utilizando aMobilidade . . . 7
1.4 Organização doTexto . . . 7
2 Trabalhos Relaionados 8 2.1 RedesCabeadas. . . 8
2.2 RedesSemFio . . . 10
2.3 RedesMóveis Ad Ho . . . 11
2.4 Comparação oma ArquiteturaProposta . . . 12
3 Solução Proposta 13 3.1 ConsideraçõesIniiais . . . 13
3.2 Arquitetura . . . 14
3.3 BuerdePubliações. . . 16
3.4 Tabela de Assinaturas . . . 17
3.5 Protoolo . . . 18
4 Experimentos 22 4.1 DesriçãodoCenário Simulado . . . 22
4.2 Métriase Fases deExperimentação . . . 24
4.3 Calibragemde Parâmetros . . . 25
4.3.1 Buerde Publiações . . . 25
4.3.2 Tabelade Assinaturas . . . 27
4.4 Análisede Desempenho . . . 32
4.4.1 Variando aIntensidade de Movimentação . . . 35
5 Considerações Finais 38 5.1 Contribuições doTrabalho . . . 38
5.2 TrabalhosFuturos . . . 39
4.1 Resultados dosexperimentos dealibragem doBuerde Publiações . . . 28
4.2 Resultados dos experimentos de alibragem da Tabela de Assinaturas para
dife-rentes
A
ttl
. . . 294.3 Resultados dos experimentos de alibragem da Tabela de Assinaturas para
dife-rentes
A
prob
. . . 304.4 Resultados dosexperimentos dasolução baseada no Gossip . . . 33
4.5 Resultados dos experimentos da PSAMANET para diferentes valores de pausa
4.1 Parâmetros doNS-2 . . . 23
4.2 Parâmetros paraomodelode movimentação Random Waypoint . . . 24
4.3 Congurações dopar
(
BP
tam
, BP
max
)
. . . 264.4 Congurações daPSAMANET onsideradas paraa Análisede Desempenho . . . 31
3.1 Reeberuma mensagem . . . 18
3.2 Tratar assinatura . . . 19
3.3 Tratar publiação . . . 20
3.4 Pararde mover . . . 20
Introdução
É evidente a resente popularização do uso de dispositivos omputaionais portáteis omo
notebooks,elulares e PDAs- abreviaturadoinglêsPersonal DigitalAssistants -onheidos
omoPalmtops ouomputadoresdemão. Alémdoresimentodesuautilização,atenologia
relaionada aessetipodedispositivovemsedesenvolvendorapidamente,levandoaaparelhos
adavezmaispoderososemdiversosaspetos: proessamento,memória,apaidadede
arma-zenamento,display,usabilidade elargurade banda. Dessaforma,umanova gamade serviços
e apliações tornaram-se possíveisprinipalmente quando ombinados om amobilidade dos
usuários e suasloalizações.
Juntamente omoavançotenológiodosdispositivos,diversasinterfaesdeomuniação
sem ovêmsedesenvolvendo,muitasvezesomobjetivosdistintos. Porexemplo,Bluetooth,
Wi-Fi e WiMax são projetadas para onetar dispositivos em esferas diferentes, pessoal, de
umedifíioedeumaidade,respetivamente. Cadaumadessasinterfaesfoa-seemdesaos
espeíosparaada umdessesenários.
Existemduasformasdeonetar dispositivosqueutilizaminterfaesdeomuniaçãosem
o: infra-estruturada e ad ho. A primeira é onde ada dispositivo utiliza seu rádio para
omuniar om um ponto de aessoque fornee uma infra-estrutura responsável pela
omu-niação entre eles próprios e até mesmo entre o dispositivo sem o e a uma rede abeada.
Essa forma deaessoé a quetem sidomaisutilizada ultimamente pois possibilita a onexão
imediata desses dispositivos om a Internet ou outras redes já onsolidadas. Um exemplo
desse modelo de omuniação é a rede de elulares onde ada aparelho oneta-se om uma
antenaqueentão, por umaredeabeada (eoauxílio de outrasantenas),oneta a umoutro
aparelho, à rededetelefonia xaou atéàInternet.
Aoutramaneiradeonetaressesdispositivoséatravésdeomuniaçõesentreospróprios
dispositivos. Na omuniação ad ho não existe qualquer infra-estrutura que auxilie esse
proesso. Essa forma de omuniação é muito mais omplexa, pois a tarefa de onetar
remetente e destinatário torna-se difíil dado que muitas vezes eles não estão próximos o
suiente paraseomuniarem utilizandoapenasosseus rádios.
Diversos desaos surgem em redes ad ho e várias propostas vêm sendo desenvolvidas.
esala-bilidade, restriçõesdeenergia,segurança etopologia extremamentedinâmia. Esalabilidade
está relaionada a diuldade no desenvolvimento de soluções que sejam esaláveis para um
grandenúmerodeusuáriosespalhadosporumagrandeáreafísia,enárioomumaapliações
que utilizamessetipode dispositivo. Por seremportáteis edesonetados defontesexternas
de energia, os dispositivos móveis utilizados normalmente ontam apenas om a bateria
in-terna e,portanto,propostas paraesse ambiente devemprourareonomizar energia. Comoo
meio deomuniação utilizado éaberto(nãorestrito aos),a segurançaé umaquestão
om-plexa quandoinformaçõesrítiasousigilosaspreisamserenviadas. Ograndedinamismoda
topologia estáligadoàmobilidade dosusuáriosquearregamosdispositivosoqueinviabiliza
amanutenção derotasestátiasomoéfeitoemredesxas. Outrodesaoaindaéodeomo
riar apliaçõesquepermitamaosdispositivosmudaremasinterfaesdeomuniaçãosemo
sem afetar oseufunionamento.
Todosesses desaos questionam a apliabilidade de paradigmas de omuniação omo o
baseado na arquitetura TCP/IP.Omeanismo de omuniação via endereços xose através
do estabeleimento de onexões robustas não é a melhor opção para um enário onde esses
endereços não ajudam na loalização dos usuários e a onetividade deles é extremamente
intermitente.
Diante disso, um paradigma de omuniação hama a atenção. O paradigma
Publi-ar/Assinar(P/A)utilizaummeanismodiferente deomuniação dotradiionalremetente/
destinatário. Nesseparadigma, a omuniação é feita baseada emaraterístias da própria
informaçãoenviada. Osusuáriosinformamaosistemaotipodeinformaçãoquetêminteresse
e entãoquandoumanovainformaçãoéproduzidaeenviada aosistema,esseseresponsabiliza
por enontrar os interessados e entregá-la a eles. Um exemplo de um serviço que utiliza o
paradigmaP/Aéodeumhospitalondemédiosinformamaosistemaospaientespelosquais
são responsáveis eentãomudanças perebidas por monitores desinais vitaisdessespaientes
podemserenaminhadas aosrespetivosmédios.
Essetipodeomuniação setorna bastanteatraentepararedesmóveis adho(em inglês
Mobile Ad ho Networks -MANETs)pois aspartesenvolvidas naomuniaçãonão preisam
seonheeremenemmesmoestaremonetadosnomesmoinstante. Dessaforma,problemas
omo o de endereçamento e de onexão intermitente podem ser tratados mais failmente.
PorémodesenvolvimentodeumaarquiteturaP/AemumaMANETdevesoluionarodesao
de enontrar osusuários interessados. Esse problema é omplexo já que não existe qualquer
infra-estrutura quefailiteesseproesso. Portanto,osnóspreisamagirdeformaooperativa
para queaspubliaçõesalanem osnósinteressados.
Estetrabalhopropõeumaarquiteturapubliar/assinarpara redesmóveisadhoquevisa
utilizar a mobilidade inerente a esse tipo de redepara realizar a tarefa de levar informações
aos usuáriosinteressados. Aarquitetura proposta, hamada de PSAMANET,foiprojetada para
apliaçõesassínronasquesuportam longos atrasosomoorreioeletrnio, sinronizaçãode
bano de dados e alguns tipos de serviçosde notiação. A proposta visa fazer om que os
A próxima seção introduz os oneitos importantes sobre o paradigma Publiar/Assinar
queserão utilizadosnestetexto. ASeção1.2apresenta umadenição detalhadado problema
abordado. Aimportâniadautilizaçãodamobilidade emsoluçõespararedesmóveisadhoé
desrita naSeção1.3e,nalmente, naseção seguinteé apresentadoomo orestantedotexto
está organizado.
1.1 Publiar/Assinar - Fundamentos
Nesta seção serão apresentados diversos oneitos fundamentais do paradigma
Publi-ar/Assinar. Alguns termossãotratados dediferentes formasnaliteratura, e estaseção visa
denir omo esses termos serão onsiderados no restante do trabalho evitando assim
qual-quer ambigüidade. Os oneitos foram agrupados emino onjuntos diferentes: entidadese
mensagens, serviçode notiação, estruturas, dimensõesde desassoiação e expressividade.
Entidades e mensagens
Oparadigma Publiar/Assinartrata-sede umparadigma deomuniação no qualatroade
mensagens é feita baseada no asamento entre seuonteúdo e o interesse de usuários
one-tados ao sistema. A infra-estrutura responsável por prover os meanismos que possibilitam
essa forma deomuniação éhamada dearquitetura Publiar/Assinar.
Aspartesenvolvidasnaomuniaçãoreebemdiferentesnomes. Oremetenteéusualmente
hamado de publiador ou produtor de informação, enquanto o destinatário é onheido
omo assinante ou onsumidor de informação. O ato do produtor enviar ao sistema a
informaçãoproduzidaéhamadodepubliar,eoobjetopubliação. Aação deumusuário
informar ao sistemaseuinteresseé hamadade assinar,e oobjeto assinatura.
Alémdosdoistiposfundamentaisdemensagens,publiaçõeseassinaturas,existemoutros
tiposde mensagem que normalmente sãousados para melhorar o desempenho dos sistemas.
Omaisomumdessestiposdemensagenséoanúnio. Umanúnioéumamensagemenviada
pelospubliadores que informaao sistemaotipode informaçãoqueeleenviaráfuturamente.
Arquiteturas queutilizam anúnio podem tanto limitaros produtores a publiarem somente
informaçõesque foram anuniadas, ou simplesmenteutilizar oanúnio omouma indiação.
Eles normalmente são utilizados para riar árvores de roteamento entre o publiador e os
assinantesantesmesmo doenvio depubliações.
Para algumas formas de se denir assinaturas é possível utilizar ltros para melhor
de-nir o interesse dos usuários. Um filtro é simplesmente um onjunto de restrições onde
publiaçõespodem ou não atendê-las. Usualmente, esses ltrossão intervalos de valores
de-nidos através de operadoresomuns (porexemplo,
=
,6
=
,<
,>
,≤
,≥
) quepodemaindaserombinadas logiamente (por exemplo, e, ou). Esses ltros podem tanto ser o onteúdo de
assinaturas quanto podemser usadospara tornarmaiseienteosalgoritmos deroteamento
de publiações eassinaturas.
asem om alguma dasassinaturas, tambémasem omo ltro. Éimportante ressaltar que
existem publiaçõesqueasam om oltro porém não asam omnenhumadasassinaturas.
Se não existir publiação que ase om o ltro e não ase om nenhuma assinatura, essa
junção é hamada de junção perfeita. Junções podem agrupar também ltros, ontanto
que o ltro originado satisfaça a ondição de asar om qualquer publiação que os ltros
unidos asem. A importânia de junções se deve à possibilidade de diminuir o número de
veriaçõesseumapubliação asaomas assinaturasemumnó da rede. Um ltroque éo
resultado dajunção de diversasassinaturaspodedispensar aneessidade de veriarseada
uma delasasa omumapubliação, quando apubliação nãoase omo ltro.
Serviço de Notiação
Um serviço de notifiação, ou serviço de notifiação de eventos trata de um
sis-tema que provê aosseus usuários a funionalidade de poderem publiar informações (geram
eventos) e de requisitar por informações (assinar). Temos que um eventoé simplesmentea
informação produzida, enquanto notifiar é o ato(o objeto é notifiação) da entrega da
informação ao onsumidor interessado.
Para forneer essas funionalidades aosseus usuários, o serviço de notiaçãofaz usode
umaarquiteturaPubliar/Assinarresponsávelpelosprotoolos deomuniação epolítiasde
armazenamento e organização de assinaturas e publiações. Este trabalho tem omo
obje-tivo propor de uma arquitetura Publiar/Assinar, pois, omo será disutido no Capítulo 3,
onsideraçõesimportantes paraumompleto serviçode notiação nãoforam tratadas.
Carzaniga etal. (2001 ) identiam as duas atividades básias de um serviço de
notia-ção: seleçãoe entregade notiações. Oprimeiro,a seleção de notifiações,onsiste na
tarefa de enontrar asassinaturas que asam o interesse do usuário om o onteúdo de uma
publiação reebida pelo sistema. Dessa forma uma notiação é gerada e então é
neessá-rio realizar a segunda atividade, entrega de notifiações, que é a ação de enaminhar a
notiação geradaaosrespetivosassinantes.
Estruturas
UmaestruturamuitoutilizadaemarquiteturasP/Aéadeumbroker. Umbroker éum
aglo-merado de dispositivos omputaionais que é utilizado para reeber, armazenar e organizar
asassinaturasenviadasporusuários. Alémdisso,ospubliadores enviamsuaspubliaçõesao
sistema através dobroker, que tementãoa responsabilidade de enontrar asassinaturas que
asam omessa publiação, gerar as devidasnotiações e entregar aos respetivos
assinan-tes. Usualmente, o broker é formado por omputadores om mais reursos, dado que ele é
enarregado dasatividadesmaisomplexas dosistema.
Conheidosna literaturaomoRendezvous Points(emportuguês,Pontosde Enontro),
esses são loais onde assinaturas e publiações se enontram. Muitas arquiteturas utilizam
Dimensões de Desassoiação
Uma outra araterístiaque diferenia oparadigma P/A dosdemais é suastrês dimensões
de desassoiação(Eugsteret al.,2003 ): temporal, espaial esínrona.
A desassoiação temporal aontee devido à não obrigação de manter as duas partes
de umaomuniação (remetenteedestinatário) on-lineaomesmotempo. Em P/Aé possível
que o produtor envie sua mensagem ao sistema em um momento em que o onsumidor não
está onetado. Quando um onsumidor interessado se onetar, o sistema identiará um
asamento entre o interesse desse e a informação publiada anteriormente. Então, nesse
momento, uma notiação é gerada eentregue aesse onsumidor,mesmo que o produtorjá
tenha sedesonetado.
Além disso,produtores e onsumidoresnão preisam seonheer parase omuniar,essa
é a desassoiação espaial. Diferentemente de outros paradigmas tradiionais onde o
re-metentedeveonheeroendereçododestinatário, emP/Aoprodutorsimplesmentesubmete
a mensagem ao sistema e esse se enarregará de enontrar os onsumidores interessados e
entregar a eles amensagem enviada.
Ainda temosa desassoiação sínronaque trata-se do fatodas partes envolvidas não
preisarem pararem suas atividades aguardando por respostas da outraparte para terminar
o proesso de omuniação. Issoquer dizer queo uxode onsumo não depende do uxode
produção de informação. A ordenação dos uxos pode tanto ser feita pelo próprio sistema
P/A ou pela apliação.
Essastrês dimensõesde desassoiaçãopermitemaosprojetistasdesenvolveremapliações
onde a omuniação entre entidadesé muito mais exível do que a tradiional omuniação
remetente/destinatário.
Expressividade
A maneira omo asassinaturassão relaionadasàspubliaçõesé fundamental paradenir o
poderdeexpressividadedoserviçodenotiaçãoenvolvido. Aexpressividadedeumserviço
de notiação é a apaidade de desrever om preisão o interesse dos usuários através de
assinaturas. Asdiversasmaneirasexistentes podemserdividas emtrêsgrupos: baseadas em
tópios (ou assuntos),baseadas em tipose baseadas emonteúdo.
Serviçosdenotiaçãoomassinaturasbaseadas em tópiossãoosmaissimpleseneles
ada publiação é de um tópio e os onsumidores requisitam publiações através de uma
assinatura para ada um dos tópios de seuinteresse. É possível fazer omque publiações
sejam de mais de um tópio, porém a arquitetura desse serviços de notiação será mais
omplexa paratratar esse meanismo.
O funionamento de assinaturas baseadas em tipos é semelhante ao das baseadas em
tópios. Entretanto, tipos podem formar uma hierarquia onde um tipo (por exemplo,
Es-portes) pode ter diversos subtipos (por exemplo, Futebol, Basquete, Natação), que também
deumaassinatura,elereeberáqualquerpubliaçãoenviadaaosistemaquesejadessetipoou
de qualquer tipo de sua subárvore. Por exemplo, uma assinatura parao tipo Futebol asará
om publiaçõesdesse tipo oudo tipo Futebol deSalão,Futebol de Campo,et.
Os serviços de notiação baseados em onteúdo possibilitam aos usuários que
desre-vamseuinteressebaseadoempropriedadesdasinformaçõesquedesejam. Diferentementedas
outras formas, esse meanismo não limita o usuário a denir suas assinaturas através de
es-truturaspreviamente denidasporoutros(omotópiosetipos). Aformaomooonteúdoé
tratadodependemuitodaprópriaestruturadapubliação. Serviçosdessegruponormalmente
utilizam publiações que são organizadas em ampose as assinaturas denem intervalos ou
onjuntos de valoresparaesses amposparadesrevero interesse dosusuários. Essas
restri-ções, omo nos ltros, podem ser ombinadas om operadores lógios (por exemplo, e, ou)
aumentandoaindamaiso poderde expressãodesse modelode assinaturas.
Assinaturas baseadas em tipos e onteúdos podem utilizar ltros para melhor expressar
o interesse de seus usuários, porém as baseadas em tópios não podem pois a únia junção
possívelseria a de ombinações lógias das assinaturas que é exatamente o mesmo trabalho
de veriar todasasassinaturas.
Portanto,osprojetistasdevemonsiderarotrade-o entreexpressividadeeomplexidade
dessas diferentes formas de denir assinaturas. Os serviços baseados em tópios, apesar de
restringiremmuitoaexpressividade,possibilitamodesenvolvimento dearquiteturas
extrema-menteeientes. Osquesãobaseados emtipojápossuemumpodermaior deexpressividade
atravésda hierarquiade tipose,no entanto, não possuemomplexidade muito superior ada
baseada em tópios. Somente osbaseados em onteúdo possibilitam a denição do interesse
dos usuários de uma forma não estátia. Entretanto, essas são de maior omplexidade para
serem tratadas,o queaarreta emumaltousto omputaional.
1.2 Caraterização do Problema
A motivaçãodestetrabalho éa utilizaçãodoparadigmapubliar/assinaremredes móveisad
hoomoumasoluçãoparaosdiversosdesaospresentesnessetipoderede. Carzaniga etal.
(2001 ) identiam as duasatividades básias para serviços de notiação: seleção da
noti-ação eentrega danotiação.
No modelo de rede tratado o maior desao é o de entregar as publiações aos usuários
interessados. Adiuldadenarealização dessaatividade deve-seao fatode,devido àfaltade
umainfra-estrutura prévia, nãoexistirumaentidade entral apazdeauxiliarpubliadores e
nós intermediários a enontrar osnósinteressados. Atémesmoa denição de umaestrutura
distribuídaestávelosuienteparaqueaspubliaçõessejamenaminhadasorretamenteaos
assinantesinteressadosé difíilpoisa topologia daredeestá onstantemente semodiando.
Portanto, o problema aqui abordado é o de omo, em uma rede móvel ad ho, levar as
publiações aos usuários interessados sem utilizar qualquer estrutura que neessite
1.3 Utilizando a Mobilidade
A mobilidade é uma araterístia importante em redes móveis ad ho. Ela faz om que a
topologia da rede sofra onstantes modiações tornando nós muitas vezes até inaessíveis.
Poréma mobilidade tambémpodeserutilizada nodesenvolvimento desoluçõesnessasredes.
Grossglausere Tse (2002 ) fazem um detalhado estudo teório e empírio de omo a
mo-bilidade aumenta a apaidade de redes sem o ad ho. Esse trabalho baseia-se no oneito
de queessasredessãolimitadasporinterferêniasmútuas ausadasportransmissões
onor-rentes. Grossglauseretal. avaliam essa apaidade baseando-se nothroughput em diferentes
modelosde redes semo.
Emredes ondeosnóssãoxos,osresultadosemGupta(2000 )mostram queothroughput
diminui aproximadamente na proporção
1
/
√
n
(onden
é o número de nós por unidade deárea, densidade). Dessaforma,paravaloresgrandes de
n
,o throughput tendeazero.O trabalho de Gupta et al. (Gupta , 2000) onsidera redes sem o xas. Quando a
mobilidade éadiionada o trabalho de Grossglauseretal. (Grossglausere Tse , 2002 ) mostra
que o omportamento é diferente. Porém, eles mostram que aso não sejam utilizados nós
intermediários (nós só se omuniam em algum momento que a origem e o destino estão
próximos), o throughput também tendea zero.
Entretanto,asosejamutilizadosnósintermediários(notrabalhoémenionadoqueapenas
umnóintermediárioéneessário), othroughput mantém-se onstante,independentementedo
aumento do valor de
n
.Esseéumimportanteresultadopoisfoimostradoqueamobilidadeajudanaesalabilidade
emredes semoadho. Mesmoparaumnúmero maiorde nós,othroughput émantido aso
sejam utilizadosnós intermediários paraaomuniação entre aorigem e odestino.
A arquitetura proposta neste trabalho de dissertação utiliza a mobilidade para que
pu-bliações alanem todos os nós interessados em seu onteúdo. São utilizados também nós
intermediários entreopubliador eoassinanteparaaumentar aprobabilidade deuma
publi-ação hegar auminteressado e tornar aarquitetura esalável.
1.4 Organização do Texto
Esse apítulo introduziu o problema tratado, desreveu superialmente a solução proposta
e deniu termos que serão utilizado por todo o texto. No Capítulo 2 são apresentados os
trabalhos propostos na literatura relaionados ao onteúdo desse trabalho. A arquitetura
proposta e todososseus detalhessão desritosno Capítulo 3. No Capítulo 4 sãodesritosa
preparação,exeuçãoeresultadosdosexperimentosrealizadosparaavalidaçãodaarquitetura.
Trabalhos Relaionados
O paradigma Publiar/Assinar já foi extensivamente estudado nos mais diversos enários,
paradiferentesapliaçõesediferentesmodelosderede. Esseapítulovisaanalisaraevolução
dostrabalhossobreoparadigma P/A.Para isso,ostrabalhos serãoagrupadosemtrêsseções
de aordo omomodelode redeao qualseapliam.
O primeiro ambiente para o qual esse paradigma foi projetado é o de redes abeadas
ompostas por nósxos e normalmente sem restriçõesde proessamento, memória e largura
de banda. Nesseenário, diversosoneitos fundamentais foram desenvolvidos e foinele que
os primeiros sistemas e apliações surgiram, alguns deles são desritos na Seção 2.1. Redes
que seguem esse modelosãonormalmente ompostas por omputadores de grande porte que
formamobroker daarquiteturaeporterminaisumpouomenospoderososomopubliadores
e/ou assinantes.
NaSeção2.2sãodesritostrabalhosquepassaramaabordarasdiuldadesdeseutilizar
o paradigma P/A em redes sem o. A maior diferença é que, agora, existem pelo menos
alguns nósna redequepossuemrestriçõesmaisseverasdeproessamento,memória elargura
de banda. Além disso, os nós que se omuniam via o meio sem o apresentam também
problemasdedesonexãoonstantes,devidoainterferênias,estarforadealanedequalquer
ponto de aesso, et. Dispositivos omputaionais omuns a esse ambiente são semelhantes
aos de redes abeadas, porém agora, existem outros tipos de publiadores e assinantes que
utilizam dispositivosomo notebooks, PDAs e elulares que seomuniam via meio sem o
(por exemplo,Wi-Fi, WiMax, Bluetooth).
Emummodeloomaindamaisrestrições,aSeção2.3obreostrabalhosqueapliamP/A
em redes móveis ad ho. Nessas redes,os nósenvolvidos podemse movimentar e não existe
nenhuma infra-estrutura previamentedisponível. Essasredes são ompostas uniamentepor
dispositivoslimitadosomo PDAse elulares ouaté omrestriçõesmaiores,omo sensores.
2.1 Redes Cabeadas
O primeiro trabalho a introduzir osoneitos de Publiar/Assinar foi a proposta de
semelhantesasde publiareassinar. Além dissojámostraomo épossívelatingir as
dimen-sõesdedesassoiaçãotemporaleespaialapesardeaindanãoserpossívelobterdesassoiação
sínrona dado que o proesso de leitura (assinatura) é bloante até que umasamento seja
enontrado.
Eugster etal. (2003 ) apresentam um trabalho detalhado sobre os diversos empregos do
paradigmaPubliar/Assinarnaliteratura. Esseestudoanalisaosdiversostrabalhosda
litera-turabaseando-senautilizaçãodastrêsdimensõesdedesassoiaçãomenionadasnaSeção1.1:
temporal, espaial e sínrona. Esse trabalho, ainda, disorre sobre as diversas variações de
arquiteturas P/A(i.e.,formadeomuniação,expressividade)esobrequestõesde
implemen-tação.
Carzaniga etal. (2001 ) desenvolveram um sistema detalhado de notiação de eventos
que é esalável paragrandes áreas om um grande número de usuários. Nessetrabalho eles
desrevem o projeto e a análise do sistema que desenvolveram, hamado de Siena. Dado o
alto níveldedetalhamento do sistemadesenvolvido, esse trabalho é umaexelentereferênia
paraentendertodososprinípiosefundamentosdoparadigma Publiar/Assinar. Otrabalho
identia asduasprinipaisatividades de umsistemadesse tipo: seleção da notiação, que
envolve o proesso de enontrar as assinaturas que asam om uma publiação submetida
ao sistema; e entrega da notiação, que é todo o proesso de enaminhar a notiação
gerada por um asamento para o respetivo assinante. Portanto, o trabalho vai desde a
denição deumalinguagem paraespeiaçãodeassinaturase publiaçõesatéosalgoritmos
deroteamentoparaentregadanotiação. Otrabalhotambémmostraomoutilizaranúnios
(veja Seção 1.1 ) para otimizar o funionamento do sistema. Eles são utilizados para que
assinaturas sejam propagadas apenas para nósque demonstraram, através de anúnios, que
podemenviar publiações que asam om essas assinaturas. Várias outras onsiderações de
otimizações, tantoparameanismosdeseleçãoquanto deentregade notiação,sãotratadas
nesse trabalho.
Cabreraetal. (2001 ) apresentam uma proposta, hamada de Herald, que visa utilizar o
suesso da Internet e da Web para servir de base para o desenvolvimento de umserviço de
notiação para seter umaesalabilidade suiente e suportar um grandenúmero de
publi-adores e assinantes mantendo boastaxas de entrega. O sistemaé baseado na utilização de
RendezvousPoints quesãoloaisondeassinantespodemseinsreverepubliadoressubmeter
suas publiações. Todas aspubliações enviadas a umRendezvous Point são enaminhadas
a todos osassinantes que se insreveram nele. Portanto, esse trabalho não sepreoupa om
ltros, anúnios ou mesmoom assinaturas pariais. O objetivo dosautores é simplesmente
denir e analisar uma estrutura apaz de tratar o trabalho de direionar as publiações aos
respetivos assinantes utilizando polítiasde tolerânia a falhas,esalabilidade e entrega
rá-pida.
Nos trabalhos de Rowstronetal. (2001 ) e Castroetal. (2002 ), é desrita uma
infra-estrutura de notiação de eventos amplamente esalável. Essa infra-estrutura, hamada
tópio. O Sribe é desenvolvido a partir de um sistema denominado de Pastry. O Pastry
é um sistema par-a-par esalável e auto-organizável e, além disso, é uma amada de
rotea-mento omboas propriedadesde loalidade 1
. Como o Herald,o Sribe é desenvolvido om
a preoupação de tratar diversos problemas que possam aonteer (por exemplo,
desone-tividade, ordenação de entrega) através de algumas polítias de tolerânia a falhas. Outra
semelhança om o Herald é a utilização de Rendezvous Points, porém, diferentemente dele,
uma publiação quando hega a algum desses pontos é direionada apenas a assinantes do
tópio da publiação. Ou seja, um Rendezvous Point pode ser responsável por maisde um
tópio. Entretanto, o Sribe não possuihierarquia de tópios ou qualquer meanismo para
junção de assinaturas.
Existem diversos outros trabalhos que utilizam o paradigma Publiar/Assinar em redes
xas(Terpstra etal. ,2003;Mühl,2001 ;Gruberetal. ,1999 )porémosdesaosesoluçõesmais
omuns nesse ambiente foram desritosaima.
2.2 Redes Sem Fio
A adequada apliação dearquiteturas Publiar/Assinar emredes sem o requerumuidado
espeial para lidar om os novos desaos existentes neste enário. Neste modelo de rede,
dispositivos quese omuniam pelo meio sem o sofremperíodosmaiores e maisfreqüentes
dedesonexão,sejaporumeventualmomento deinterferêniaouporestarforadoalanede
qualquer ponto de aesso. Além disso,muitas vezes essesnósqueestãoforada redeabeada
podemsemovere troarem de ponto de aesso.
Cugolae Jaobsen(2002 )mostram queousodeummiddleware deomuniaçãobaseado
no paradigma Publiar/Assinar pode ser a solução para os diversos desaos existentes no
ambiente móvel sem o. Os autores mostraram omoutilizar asdimensões de desassoiação
temporal e espaial para lidar om problemas omo onexão intermitente e diuldade de
endereçamento.
Asprimeiras propostas pararedes semo visavamutilizar soluções existentes pararedes
abeadasetratarlientesqueseonetamviapontosdeaessosaosistema(Caporusio etal.,
2003 ; Fiegeetal.,2003 ; Huang e Garia-Molina ,2004 ). Caporusioetal. (2003 )
desenvolve-ram uma arquiteturagenéria queprovê métodos paragarantir que lientesmóveis reebam
suas notiações e que as reebam apenas uma vez. A arquitetura proposta utiliza uma
ar-quitetura Publiar/Assinar já desenvolvida para redes abeadas paraarmazenar e organizar
assinaturas e publiações(realizando asatividadesde seleção e entrega de notiações). Ela
é genériapoisa intenção dosautores é queasua adaptaçãoparaqualquer arquitetura para
redes abeadasna parte estruturada seja direta, ou om mínimo trabalho. Os autores
utili-zam proxies, loalizados em ada ponto de aesso, para armazenar notiações que hegam
1
Loalidadeéaaraterístiadeumalgoritmorotearmensagensonsiderandoumamétriadeproximidade
(porexemplo,distâniafísia,númerodehops). OPastrypossuiduasimportantespropriedadesdeloalidade
que sãodequeoaminhototalperorridoédenomáximo66%superioràdistâniaentredoisnós,eque o
a lientes que estão desonetados para quando se onetarem novamente poderem reeber
devidamente essas notiações. A arquitetura também trata o proesso de troa de pontos
de aessos. Nessetrabalho é apresentada a avaliação dessa arquitetura quanto à apaidade
de adaptarautilizaçãode dispositivosmóveis,a portabilidadeda arquiteturaparadiferentes
sistemas,sinronismo e avalidade do serviço paradiferentes tenologiasde redes.
Algumas propostas ressalvam que, no enário de redes sem o, a loalização do usuário
pode ser utilizada para o desenvolvimento de apliações antes impossíveis em redes xas
(Munson eGupta , 2002 ; Fiegeetal., 2003). Serviços que fazem uso desse tipo de apliação
sãoonheidosomoserviços baseado em loalização. Munsone Gupta(2002 )mostram
quaistiposde apliaçõespoderiamfazerusodenotiaçõesbaseadas emloalizaçãoe quala
diuldade dasredesatuais forneerem de formaadequada a loalizaçãode seus usuários.
Todasessas soluções sebaseiam em um modelo de rede misto, omposto tanto por uma
parte abeada robusta e por uma parte sem o onde os dispositivos apresentam diversas
restrições de onetividade, endereçamento, largura de banda e proessamento. Na seção
seguinte serão apresentadas as propostas de arquiteturas Publiar/Assinar paraum modelo
de redeompostauniamente pelaparte semo.
2.3 Redes Móveis Ad Ho
Redes Móveis Ad Ho são redes que não possuem nenhuma infra-estrutura previamente
es-tabeleidae emqueosnósqueasompõemsãomóveise seomuniamsem o. Esse tipode
rede neessita de soluções diferentes das previamente mostradas pois não é possível utilizar
sistemas desenvolvidos pararedesabeadasparalidar omasatividadesde seleçãoeentrega
de notiações.
Huang eGaria-Molina (2004 ) fazem umaextensa disussão sobre o desenvolvimento de
arquiteturas Publiar/Assinar em MANETs mostrando desde as propostas para redes xas,
passando por redes móveis que possuem uma infra-estrutura até hegar nas redes ad ho.
Na solução apresentada, são onstruídas árvores para a disseminação de publiações. Os
autores identiam que o objetivo é enontrar a árvore geradora mínima (e não árvores de
Steiner) já que é importante que todos os nós sejam alançados. Em um outro trabalho,
(Huang eGaria-Molina, 2003) desrevem detalhadamente o proesso de onstrução dessas
árvores.
Baehni etal.(2005 ) fazemusodamobilidade dosnósemMANETsparaajudar na
disse-minação de publiações. Eles desenvolveram uma arquitetura Publiar/Assinar baseada em
tópioseelafunionabaseadaemomuniaçõesonstantesomvizinhosparaidentiar
inte-ressessemelhantesenotiaçõesaindanãoreebidas. Oalgoritmoprinipalpossuiduasfases:
na primeira assinaturas sãotroadas entre vizinhos om mesmos interesses. Apósa troa de
assinaturas, aindanaprimeira fase,osnóstambémtroamosidentiadores dasnotiações
que possuem e que são de interesse de ambos. Na segunda fase, os nós veriam se existe
o vizinho que reebe poderá hear se existe algum vizinho na sua tabela que tem interesse
na nova notiação,queaindanão tenhareebidoequenão estejana listadevizinhos donó
iniial.
Algoritmos de disseminação epidêmia (Khelilet al. , 2002 ; Eugster etal. , 2004 ;
Haas etal. ,2006 )tambémpodemsersoluçõesparaadisseminaçãodepubliaçõesparatodos
osnósinteressados. Porém essassoluçõesnãotratamdevidamenteodinamismodatopologia
de MANETs.
2.4 Comparação om a Arquitetura Proposta
A solução propostanesta dissertaçãovisatambémutilizar a mobilidade paraadisseminação
de publiações pela rede. Porém, diferentemente do trabalho em Baehni etal. (2005), a
arquiteturapropostanãoneessitaqueumgrandeperentualdaredetenhainteressesomuns
e nem de umatroa onstante de mensagenspara manter atualizadas astabelas de vizinhos
existentes. A solução emHuang e Garia-Molina(2004 ) apresenta umgrande problema que
é o daneessidade de reonstruçãoontínua dasárvoresgeradoras devidoao alto dinamismo
da topologia das MANETs. Esta dissertaçãodesenvolve umaarquitetura quenão faz usode
Solução Proposta
Este trabalho propõe umaarquitetura Publiar/Assinar para MANETs, onsiderando todas
as araterístia que denem esse modelo de rede. O objetivo é ter uma arquitetura que
não só trate os desaos existentes em MANETs mas também utilize a movimentação, uma
araterístia inerente aesse modelo, paramelhorar o desempenho do sistema.
A idéia é utilizar a movimentação dos nós para auxiliar a disseminação de publiações
por toda a rede. Dessaforma, assinaturasque asam om essaspubliaçõespoderão ser
en-ontradas e, portanto, seus usuários devidamente notiados. A movimentação é utilizada
para quepubliaçõesreebidas loalmente possam serpropagadas emregiõesdistantes após
a movimentação de algum nó. Areditamos que a disseminação ao longodo aminho apesar
de ajudar a alançar nós interessados levaria a um número maior de transmissões além de
em implementações reaisfaria omque onúmero de olisões aumentasseatrapalhando a
o-muniação entre osdemais nósda rede. Com movimentação suiente, todasaspubliações
serãodistribuídasportodaaáreadarede, mesmoasmaisdistantesdopontoondeelasforam
iniialmente publiadas. O objetivo é que a movimentação atue não apenas na
dissemina-ção das publiações mas que ajude a minimizar o número de transmissões, já que essas são
muitas vezes asmaiores responsáveis pelo onsumo de energia (normalmente restrito nesses
ambientes).
3.1 Considerações Iniiais
Uma importante suposição deste trabalho é de que os nós onseguem identiar se
es-tão se movendo ou se estão parados. Existem trabalhos que disutem métodos que
pro-vêem essa funionalidade para dispositivos móveis (Oliveira etal., 2007 ; Kime Noble,2001 ;
Narasimhan e Cox. , 1999 ). Por exemplo, Oliveira etal. (2007 ) desenvolveram um meio que
atravésdaanálisedosinalquereebememseusrádios,nóspodemidentiar on-line seestão
movendo ousofrendo interferênia.
Mesmoonsiente de queaexpressividade deumserviço denotiaçãoé essenialparaa
suaapliabilidade,estetrabalhofoasomente nodesaodepropagartodasaspubliaçõesaos
de um serviço de notiaçãoé normalmente denidapelopoderde expressaro interesse dos
usuários atravésde assinaturas. Portanto, elaestá extremamente ligada à organização e
lin-guagemutilizada pelasassinaturas. Porém,oproblemadedesenvolver serviçosdenotiação
para MANETs omalto poderde expressividade ésemelhanteao problemaemredes xas,e
esse último já foiextensivamente estudado naliteratura (Demers etal. ,2006 ; Eugster etal.,
2003 ; Carzaniga etal., 2001). Com isso, este trabalho busa soluionar um problema que
neessita de propostas espeíasparaMANETs: ode disseminarpubliaçõesparaqueessas
alanem todosos usuáriosinteressados. Esse é partiularmente umgrande desaoem
MA-NETs já que nela não existe nenhuma infra-estrutura que ajude na loalização de usuários
interessados (prinipalmente aquelesforado alane donó publiador).
Devidoàformaomoamobilidadeéutilizada,aarquiteturapropostaéviávelapenaspara
apliações assínronas o suiente para suportar atrasos de entrega de dezenas de minutos.
Apesar de ser uma forte restrição, existem diversas apliações que permitem esse tipo de
atraso. Um bom exemplo é o de um serviço de notiação de um ampus que visa notiar
disentes, doentesefunionários interessadossobreinformaçõesreferentesaassuntosligados
àuniversidadeeàidade,omoagendamento deprovasetrabalhos,disponibilidadedenotas,
shows,festas, feriados,formaturas,vagasdeemprego, reuniões, aulasaneladas, et. Nesses
enários, asinformaçõespodemserentreguesomatéhorasdeatrasodesdeasuapubliação.
O modelo de rede onsiderado neste trabalho é de uma MANET omposta por nós
ho-mogêneos apazes derealizar asduasoperações: assinar epubliar. Os nóssãoonsiderados
homogêneos no sentido que todos são móveis e todos apresentam as mesmas restrições. As
restrições onsideradas são moderadas, onde todos nósestão sujeitos a períodos de
desone-xão (quandoestão longedo alane dequalquer outronó) e possuemrestriçõesde energia (e
porissotransmissõesexessivasdevemserevitadas),porém,osnóspossuemumaapaidade
de armazenamento suiente paraguardarpubliaçõesantigas. A solução proposta podeser
diretamente apliada em um enário om nós heterogéneos desde que os nós mais restritos
não ofereçamrestriçõesmais severas do queasaquiidentiadas.
3.2 Arquitetura
Este trabalho apresenta uma arquitetura Publiar/Assinar baseada em onteúdo para
MA-NETs hamadade PSAMANET(abreviaçãodo inglêsPublish/Subsribe Arhiteture for Mobile
AdHo Networks). A PSAMANETébaseada emonteúdopoisassinaturasdesrevemomo
deve ser o onteúdo das publiaçõesque interessam aosseus usuários. Além disso, as
publi-açõessão organizadas de uma maneira que o seu onteúdo pode failmente ser omparado
às deniçõesdas assinaturas. Como a expressividadenão é o foodeste trabalho, utilizamos
um modelode assinaturase publiaçõesextremamente simples.
Publiações sãosimplesnúmerosreais não negativos elimitados a um valor máximo de
publiação
R
. Assinaturas, então, denem o interesse dosusuários através de intervalos dequesãosimplesnúmeros. Porém,aarquiteturapropostapodeserestendidaparaoutrostipos
dedadosdesdequeoprojetistasepreoupeomaoperaçãodeveriaçãodeasamentoentre
osnovostiposdeassinaturas epubliações.
Publiações e assinaturas são identiadas pela ombinação de dois identiadores. Em
ada nó, as assinaturas e publiações riadas por ele são identiadas ada uma por um
ontadordistinto(
a
id
,p
id
). Eainda,paraadistinçãodessasemoutrosnósdarede,éutilizadotambém oidentiador do nó,
n
id
. Portanto, umapubliaçãoé identiada na redepeloparidentiador do nó de origem e identiador da publiação,
(
n
id
, p
id
)
. Uma assinatura éidentiada pelopar identiadordo nóde origeme identiador da assinatura,
(
n
id
, a
id
)
.Assinaturas podem ser de dois tipos: loais ou estrangeiras. Uma assinatura loal
é uma assinatura que dene um interesse do nó que a armazena. E uma assinatura
estrangei-ra é uma assinatura que dene o interesse de um nó diferente do que o que a
estáarmazenando. Portantoumaassinaturaéloalouestrangeiradependendodesuaorigem
e deonde está armazenada. Umaassinatura loala umnóé estrangeiraparaqualqueroutro
nó que a reeba e a armazene. É importante distinguir esses dois tipos de assinaturas pois
eles serão tratadasdiferentementepelaPSAMANET.
Assinaturassãoenviadasemdoismomentosdistintosepubliaçõesemquatro. Assinaturas
são enviadasa vizinhos (i) quando sãoriadas e (ii)todas asvezes queum nó,apóster se
movido,pára. Publiaçõessãopropagadas (i)quandosãoriadas,(ii)apósamovimentação
do nó (também após ele parar de se movimentar), (iii) quando o nó tem uma publiação
ujo onteúdoaseomumanovaassinatura reebidae(iv)quandoumnóreebeumanova
publiação ujo onteúdo asaom algumaassinatura armazenada, ainda válida.
Então, umapubliação podeperorrera redenosseguintes passos:
•
Primeiramente, elaé propagadapelopróprio nó publiador.•
Emseguida,todososvizinhosquereebemapubliaçãoaarmazenameveriamseelespossuem alguma assinatura que gera um asamento om a publiação reebida. Caso
algum asamento sejaidentiado,a publiaçãoé imediatamente propagada.
•
Quandoalgum dessesvizinhossemover,logoqueeles pararem,apubliaçãoseránova-mente propagada, agoranumaregião diferente darede.
Dessa forma, a movimentação dos nós ajuda na disseminação da publiação por toda a
rede eainda utilizando pouastransmissões(ela não épropagada hop ahop).
Nasduasseções,aseguir,serãodesritasduasimportantesestruturasutilizadaspela
PSA-MANET. Umaé responsávelpeloarmazenamento e organização daspubliações enquanto a
outra das assinaturas. Na Seção 3.5 será apresentado o protoolo que desreve o
3.3 Buer de Publiações
O Buffer de Publiações é a estrutura utilizada para armazenar publiações reebidas.
Cada nó tem seu próprio Buer de Publiações e todas as publiações inéditas quehegam
ao nó sãoadiionadas aele.
Odesempenho da PSAMANET depende da sua habilidade de fazer om que nós
propa-guem publiações reebidas loalmente em uma região diferente da rede. Para isso, é
im-portante então que os nóspossam armazenar publiações reebidas para que após moverem
possamretransmití-las.
O Buer de Publiações tem tamanho restrito devido à apaidade de armazenamento
que os dispositivos omputaionais tratados neste trabalho normalmente possuem. Ele se
omporta omo uma la enadeada seguindo a polítia de substituição FIFO, ou seja, aso
uma nova publiação sejaadiionada e o buerjá esteja lotado, a publiaçãomais antiga (a
primeira a hegar) é retirada e a nova é adiionada no nal da la. Portanto, onsiderando
que o Buer de Publiações é limitado à
BP
tam
publiações, ele armazena asBP
tam
maisreentes publiações reebidas por um nó. Polítias diferentes de substituição poderiamser
utilizadas(omo LRUe LFU)busandomelhorataxa deasamento obtidapelaarquitetura.
Porém,nessetrabalhoonsideramosumenárioondeaspubliaçõessãohomogêneaspoissão
do interesse do mesmo perentual de nós e têm a mesma prioridade. Portanto, a polítia
FIFOéa maisadequada porquepermitequeaspubliaçõespermaneçamnoBuera mesma
quantidadede tempo.
OBuerde Publiaçõesé aessadoquandonovaspubliaçõessãoreebidas pelonó
(mo-mentonoqual aspubliaçõessãoadiionadas),quandoumanovaassinatura éreebida(eleé
utilizado paraa prourade publiaçõesujo onteúdo asaoma nova assinatura)equando
um nópára(aspubliaçõesontidas nobuer sãopropagadas).
O tamanho do buffer,
BP
tam
, tem um impato dual no desempenho da PSAMANET.Por um lado, quanto maior for o buer, mais tempo as publiações permaneem no nó,
aumentando então a abrangênia dessas publiações. No entanto, valores altos de
BP
tam
aarretam emum grandenúmero de transmissõesapósada movimentação do nó. Por isso,
foi determinado um máximo de transmissões de publiações que um nó pode realizar em
ada momento. Apóso nó parar ouquando o nóreebe umaassinatura, no máximo
BP
max
publiaçõespodemserenviadas, mesmoqueobuerontenhamaisde
BP
max
publiaçõesouquemaisde
BP
max
publiaçõesasemomaassinaturareebida. Aspubliaçõesenviadassãoesolhidas aleatoriamente seguindo uma distribuição uniforme. Portanto, aso umnó tenha
que enviar
n
publiações (omBP
max
< n
≤
BP
tam
),BP
max
publiações são esolhidasaleatoriamente das
n
possíveis. Assim é possível ao mesmo tempo permitirque publiaçõesdurem mais tempo no Buerde Publiaçõesdo nó (o que aumenta a taxa de asamento 1
) e
evitarumnúmeroexessivodetransmissões. Outrasfunçõesdedistribuiçãodeprobabilidade
poderiamser utilizadasjá quea polítiade substituição do buer é aFIFO. Poderia-se,por
exemplo, utilizar uma distribuição onde as publiações mais antigas tenham probabilidades
maioresdeserempropagadasjáqueembreveserãoremovidasdobuer. Ouentão,publiações
reentes poderiam ser priorizadas para que publiações que foram propagadas menos vezes
tivessem maiores hanes. Porém, nenhuma dessas polítias foi implementada e pode no
futuro seremomparadasom adistribuição uniforme.
O Buer de Publiações tem um grande impato no desempenho da PSAMANET. Sua
onguração afeta tanto ataxa deasamento quanto onúmero detransmissões. Alémdisso,
omo ele é responsável por armazenar aspubliaçõesem seuformato original,ele faz usode
grande partesdosreursos dememória dosdispositivosomputaionais utilizados. Portanto,
osvaloresde
BP
tam
eBP
max
devemonsiderararelaçãoentreataxadeasamento,onúmerode transmissõese aapaidade de armazenamento dosdispositivosonsiderados.
3.4 Tabela de Assinaturas
Outra estrutura importanteno funionamento daPSAMANET éa Tabela de Assinaturas
responsável pelo armazenamento de assinaturas. A tabela possui duas outras funções: ela
é responsável por enontrar asassinaturas que geram asamento omo onteúdo de alguma
publiação espeiada e aindade ontrolar otempode validade de ada assinatura.
Cada tipo de assinatura deve ser armazenada por motivos diferentes. Assinaturas loais
devem serarmazenadas paraque os nóspossamonstantemente transmití-las om o intuito
deinformaraosnósvizinhososseusinteresses. Oarmazenamentodeassinaturasestrangeiras
é importante para que quando umnó reeberuma publiação ele possa veriar seela é do
interesse de algum vizinho.
Além disso, apesar da proposta nesse trabalho não tratar expressividade, a Tabela de
Assinaturas é importante para failitar trabalhos futuros que deidirem investir no
desen-volvimento de linguagens e meanismos para aumentar o poder de expressão do serviço ou
otimizar oproesso de identiaçãode asamentos.
ATabeladeAssinaturaimplementadanaPSAMANETéumalistaenadeada"ilimitada".
O tamanho da tabela não preisa ser limitado pois as assinaturas são desartadas em dois
momentos que onstantemente oorrem narede. Umdessesmomentos é assoiadoao tempo
de validade
A
ttl
que ada assinatura possui - a sigla ttl vem do inglês time-to-live quesignia tempo-de-vida. Esse parâmetro é importante pois dado o grande dinamismo da
topologia deMANETs,onstantemente a relaçãode vizinhançaentredoisnóssemodia. O
segundo momento onde assinaturassãodesartadas équando onósemove. Nessemomento,
todasasassinaturasestrangeirassãodesartadaspoiséonsideradoquetodaavizinhançado
nósemodiou. Odesartedeassinaturaspelosnóséimportantepoisasoissonãoaonteça,
om o passar do tempo, todos os nós terão assinaturas que geram asamento om qualquer
publiação. Comisso,apósqualquertransmissãodeumapubliaçãoumooding seriagerado
levando anúmeroexessivo e desneessáriode transmissões.
Uma outra medida utilizada para evitar transmissões desneessárias de publiações é o
essesvizinhos,queelesenviemapubliaçãoparaonóinteressado. Porém,sóéneessárioque
um dos vizinhos envie a publiação, e não múltiplos envios que levam a um desperdíio de
reursos. Paradiminuir a oorrênia de múltiplos envios, ada nó tem umaprobabilidade
de aeitação
A
prob
deonsiderar uma assinaturareebida.Portanto, a Tabela de Assinatura desempenha umpapel fundamental na organização de
assinaturas esuas operações.
3.5 Protoolo
OfunionamentodaPSAMANETpodeserdesritopelasaçõestomadasdadosertoseventos.
ExistemquatroeventosqueoorremnaredequedisparamaçõesnaPSAMANET:assinatura,
publiação, reebimento de mensagem eparada apósmovimentação.
A maneira omo a PSAMANET lida om essas ações é sempre baseada no objetivo de
aumentara taxade asamento utilizando o menornúmero possívelde transmissões 2
.
Quandoumnó neessitarealizarumaassinaturaouenviarumapubliação,eleapenas
a envia através de um broadast e armazena a assinatura ou publiação gerada na devida
estrutura (publiações noBuerde Publiaçõese assinaturas naTabelade Assinaturas).
Asmensagens que umnó pode reeber na PSAMANET sãoou umapubliação ou uma
assinatura. Ao reeber uma mensagem, um nó hea se já reebeu essa assinatura ou
pu-bliação, aso já tenha reebido ela é simplesmente desartada. 3
Esse omportamentos está
desrito no Algoritmo3.1.
Algoritmo 3.1Reeberumamensagem
Entrada: Mensagem
m
1: se
m
é umaassinatura então2: se Assinatura
m
não foireebidaainda então 3: Tratar assinaturam
.4: senão
5: Desarta
m
. 6: m se7: senãose
m
é umapubliação então8: se Publiação
m
não foireebidaaindaentão 9: Tratar publiaçãom
.10: senão
11: Desarta
m
. 12: m se13: mse
O proedimento tomado quando a mensagem reebida é uma assinatura é mostrado no
Algoritmo 3.2 . Se o nó reeber uma assinatura inédita, a primeira ação é deidir se a
assi-natura reebida será aeita ou não pelo nó, baseado na probabilidade
A
prob
(linhas 1 e 2).2
Asmétriastaxa de asamentoenúmero de transmissõesserãomelhordetalhadas noCapítulo4.
3
Caso ele deida aeitar a assinatura, ele a armazena (linha 3) e em seguida veria se
exis-tem publiações armazenadas pelo nó que possuem onteúdo que asa om essa assinatura
(linha 4). Caso o onjunto de publiações que asam om a assinatura tenha ardinalidade
inferior ou igual a
BP
max
, todas as publiações são enviadas (linhas 5 a 8). Se o tamanhofor maior,então
BP
max
publiaçõesdoonjunto sãoaleatoriamenteesolhidas,seguindo umadistribuição uniforme (linhas 10 a 17 ). Oobjetivo dessas transmissõesé o de alançar o nó
que enviou a assinatura reebida om publiações de seu interesse. É importante ressaltar
queomotodasastransmissõessãobroadasts,aspubliaçõessãoreebidas por todososnós
vizinhos,enãosomentepelonóremetentedaassinatura. Dessaformaamesmatransmissãoé
tambémutilizadaparadisseminarpubliaçõesemoutrasregiõesdaredeapósamovimentação
desses nósvizinhos.
Algoritmo 3.2Tratar assinatura
Entrada: Assinatura
a
1:
r
⇐
númeroreal aleatório entre0 e1. 2: ser
≤
A
prob
então3: Adiiona
a
na Tabela de Assinaturas.4:
P
⇐
publiaçõesnoBuffer de Publiações queasam oma
. 5: se|
P
| ≤
BP
max
então6: para toda publiação
p
∈
P
faça 7: Transmitep
.8: mpara
9: senão
10:
n
⇐
0
11: enquanto
n < BP
max
faça12:
i
⇐
número inteiro aleatório entre1 e|
P
|
13: seP
i
não foitransmitida então14: Transmite
P
i
. 15: Inrementan
.16: mse
17: menquanto
18: m se
19: mse
Seamensagemreebidaforumapubliação,aprimeiramedida éenontrarasassinaturas
loais que geram asamento om essa publiação. Caso exista alguma, a apliação é então
notiada 4
. Em seguida, ela é armazenada e, então, proura-se por assinaturas que gerem
asamentos om o onteúdo da publiação reebida. Caso algum asamento om alguma
assinatura ainda válida (a validade de uma assinatura depende se ela foi reebida a menos
tempo do que
A
ttl
) sejaenontrado, apubliação é, então, propagada. Esse omportamentoestá desrito noAlgoritmo3.3 .
Após se movimentar, um nó preisa realizar duas tarefas: informar seus novos vizinhos
sobre osseus interesses(enviarassinaturas) epropagaraspubliaçõesquereebeuemoutras
4
Algoritmo 3.3Tratar publiação
Entrada: Publiação
p
1: para toda Assinaturaloal
a
na Tabela de Assinaturas talque,p
asa oma
faça 2: Notia apliação doasamento entrep
ea
.3: mpara
4: Adiiona
p
noBuffer de Publiações5:
A
⇐
assinaturasna Tabela de Assinaturas quegeram asamento omp
6: se|
A
|
>
0
então7: Transmite
p
. 8: mseAlgoritmo 3.4Parar de mover
1: { Enviandoassinaturas }
2: Limpa Tabela de Assinaturasde assinaturasestrangeiras.
3: para toda assinatura
a
∈
Tabela de Assinaturasfaça 4: Transmitea
.5: mpara
6: { Enviandopubliações }
7: seNúmero de publiaçõesno Buffer de Publiações
≤
BP
max
então 8: para toda publiaçãop
∈
BP
faça9: Transmite
p
. 10: m para11: senão
12:
n
⇐
0
13: enquanto
n < BP
max
faça14:
i
⇐
número inteiro aleatório entre 1 e número de publiações no Buffer de Publiações.15: se
i
-ésimapubliação doBuffer de Publiaçõesnão foitransmitida então 16: Transmitei
-ésima publiaçãodo Buffer de Publiações.17: Inrementa
n
.18: mse
19: m enquanto
20: mse
regiões. OAlgoritmo 3.4 mostraomo essas duasatividades são realizadas. Primeiramente,
o nó limpa suaTabela de Assinaturas exluindo todas asassinaturas estrangeiras (linha 2).
Em seguida (linhas 3 a 5), o nó transmite todas as assinaturas que sobraram na Tabela de
Assinaturas(obviamente,todassãoassinaturasloais). Apósenviarassuasassinaturasloais
aosseusvizinhos,onóomeçaoproedimentoparaapropagaçãodepubliações. Seonúmero
de publiaçõesno BuerdePubliações forinferior, ou igual,a
BP
max
,todasaspubliaçõesdo buer sãoenviadas (linhas8 a 10). Caso ontrário, sãoesolhidas aleatoriamente
BP
max
publiaçõespara seremtransmitidas(linhas 12a 19).
Todos os algoritmos são extremamente simples e a omplexidade de ada um
de-pende do tamanho da estrutura om que estão lidando. Operações sobre o Buer de
Publiações são normalmente de ordem
O
(
BP
tam
)
e as sobre a Tabela de Assinaturasilimi-tado, normalmente é bem pequeno, dadasas polítias de desartede assinaturas (a baseada
no
A
ttl
eaapósamovimentaçãodonó). AesolhaaleatóriadasBP
max
publiaçõesquandoonúmerode publiaçõesaseremtransmitidasémaior doqueessevalortem ordemde
omple-xidade teoriamente innita,porémosexperimentosmostraramqueoomportamento médio
Experimentos
Neste apítulo será apresentado omo a arquitetura PSAMANET foi implementada e
avali-ada. Foirealizadoumnúmerovariáveldeexperimentos,sempresuienteparaobterpequenos
intervalos de onança (normalmenteinferiores a 1%). Realizar experimentos reais
envolve-ria autilizaçãode diversosdispositivosomputaionais (por exemplo,omputadores demão,
elularesequipadosomplaasWi-Fi)edeumgrupodeolaboradores. Dessaforma,os
expe-rimentosdespenderiamumagrandequantidadedereursosdehardwarealémdedemandarem
um longoperíodo deoleta de dados.
Uma alternativa a experimentos reais é a simulação do ambiente, dos dispositivos e da
arquitetura proposta. A maioria das propostas para MANETs faz uso desse artifíio para
validarseu funionamento e desempenho. Portanto, aarquitetura proposta tambémfoi
ava-liada via simulação. O simulador utilizado foi o The Network Simulator, NS-2 (ns 2, 2007 )
- a versão utilizada foia mais reente até o omeço da exeução dos experimentos, a versão
2.31. ONS-2é osimulador de redesde omputadores maisdifundido nomeio aadêmio eé
apaz desimular todasasamadas dosmaisdiversosmodelosde rede.
4.1 Desrição do Cenário Simulado
Os experimentos foram projetados parareetir oenário de umampus om umadensidade
"razoável"de estudantes. Cada estudante está equipadoomumomputadorde mãoque ele
utiliza para a produção e o onsumo de informações. Os estudantes se movimentam om o
omputador de mãoaveloidades variáveis,desde andando lentamente atéorrendo.
Paraisso,oNS-2foiongurado paraexeutaromseusparâmetros reebendo osvalores
desritosna Tabela4.1 . Oalane dorádio deada nóe aáreada redeforamdenidos para
que onúmeromédio devizinhos de ada nósejade era de trêsvizinhos.
O modelo de simulação de movimentação utilizado nos experimentos foi o Random
Way-point, RWP. Uma importante variável da experimentação de propostas para MANETs via
simulaçãoéasimulaçãodamovimentação. AutilizaçãodomodeloRWPsedeveàpratiidade
deutilizá-lonoNS-2(umaferramenta degeraçãodoenáriodemovimentaçãojáestáinluída
Parâmetro Valor
Tipo de Canal WirelessChannel
Modelo de Propagação do Rádio FreeSpae
Interfae de Rede WirelessPhy
Protoolo MAC 802_11
Tipo de Fila da Interfae DropTail/PriQueue
Tipo de Camada de Ligação de Dados LL
Tipo de Antena OmniAntenna
Máximo de Paotes na Fila 50
Modelo de Energia EnergyModel
Alane do Rádio (RXThresh_) 7,69113e-08 (50m)
Potênia de Transmissão 0,045Watts
Potênia de Reepção 0,024Watts
Algoritmo de Roteamento DumbAgent
Número de Nós 200
Área 600m
×
600mTempo de Simulação 3600s
Tabela4.1: Parâmetros do NS-2
onheidos problemas, e um estudo aprofundado sobre esse modelo pode ser enontrado no
Apêndie A.
ORWPneessitaquesejaminformadosaveloidademínima,máximaeotempodepausa
médio dosnós. Além disso,a função dedistribuição utilizada paraa esolhaaleatória desses
valores pode ser também denida. A Tabela 4.2 mostra quais valores foram utilizados para
estesexperimentos.
Emrelaçãoapubliaçõeseassinaturas, oenárioplanejado étalquediversaspubliações
oorremhomogeneamentedentreosnósequeadaumasejadeinteressedeaproximadamente
20% dos usuários. Essa taxa de interesse foi denida arbitrariamente om o objetivo de
reetirumaredeomsemelhançadeinteressesrelativamentebaixa(algunstrabalhosutilizam
interessesomuns deaté80%-Baehni etal.(2005 )). Outrostrabalhosda literaturautilizam
taxasbemmaisaltas(Baehnietal. ,2005 ). Dadoqueaarquiteturaépropostaparaapliações
que suportam longos atrasos, aspubliaçõessão todaspubliadas durante osprimeiros 1200
segundos (20 minutos), o restante do tempo (40 minutos) é utilizado para a disseminação
das mesmas. Nesses 20 minutos são realizadas 1000 publiações onde o nó que realiza ada
publiação é esolhido aleatoriamente (todos os nós têm a mesma probabilidade de serem
esolhidos).
Essa taxa de interesse de 20% é atingida fazendo om que o tamanho dos intervalos
I
das assinaturas seja tal que uma publiação tenha 20% de hane de ser do interesse dequalquer nó. Cada nó realiza duas assinaturas e omo o valor máximo da publiação é
R
,temos que:
Parâmetro Valor
Veloidade Mínima 1,5m/s
Veloidade Máxima 4,0m/s
Distribuição para Veloidade Normal
Pausa Média 300s
Distribuição para Pausa Uniforme
Tabela4.2: Parâmetros parao modelode movimentação Random Waypoint
Portanto, os intervalos
[
v
min
, v
max
]
das assinaturas são gerados esolhendo-sealeatoria-mente
v
min
, de forma uniforme, dentro do intervalo[0
, R
−
I
]
e denindov
max
=
v
min
+
I
.Como já expliado,aspubliações sãonúmeros reaisnointervalo
[0
, R
]
.4.2 Métrias e Fases de Experimentação
DuasmétriasavaliamodesempenhodaPSAMANET:taxadeasamentoenúmerode
trans-missões. A taxa de asamento reete o quanto aspubliações alançaram nós interessados
emseuonteúdo. Ataxavariade0a1,onde0indiaqueaspubliaçõesalançaramnenhum
dos nósinteressadosenquanto 1 india quetodasaspubliações alançaram todososnósda
rede quetinham interesseemseuonteúdo. Ataxa deasamento é amédia darazãoentreo
número de nós interessadosque reeberam ada publiaçãopelo número de nós interessados
nela, existe um valor para ada uma das mil publiações. O número de transmissões é o
número de mensagens (publiações ou assinaturas) que foram enviadas durante o tempo de
simulação 1
. O objetivo da PSAMANET é atingir altas taxas de asamento (próximas a 1)
om omenor número de transmissõespossível.
Osexperimentos foramdivididos emduasfases: umaprimeira dealibragem e apósessa
uma de análise de desempenho. Asduas prinipais estruturas da PSAMANET,o Buerde
Publiações e a Tabela de Assinaturas, demonstram desempenhos diferentes quanto a taxa
de asamento e ao número de transmissões dependendo dos valores assumidos pelos pares
(
BP
tam
, BP
max
)
e(
A
ttl
, A
prob
)
, respetivamente. Portanto, é importante uma primeira fasede experimentos onde ombinações diferentes desses valores são testados om o objetivo de
seleionar osmaisadequados.
Na Seção seguinte será expliado omo foram os experimentos de alibragem, enquanto
na Seção4.4serão disutidososexperimentosde análisede desempenho.
1
Onúmerodetransmissõesonsideradonosexperimentosnãoonsiderare-transmissõesdevidoaolisões
ou aqualquer outro problema durantea omuniação. O número detransmissões é asoma donúmero de