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Verificação da eficácia da solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10 000 p. p. m. de cloro na esterilização do material de inaloterapia.

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(1)

ARTI G O C I ENT(F ICO

VERIFICAÇAO DA EFICÃCIA DA SOLUçA0 DE HIPOCL9RITO DE SODlO A 1,5%

COM 10.000 p. p. m. DE CLORO NA ESTERILlZAÇAO DO MATERIAL

DE INALOTERAPIA

Anice de Fátima Ahmad1

AHMAD, A. F . Verficação da eficácia da so lução de hi­

poclorito de sódio a 1,5 % com 10.000 p. p. m. de clo­ ro na esterilzação do material de inlo terapia. R ev.

Bras. En.. Bralia. 38(2): 115-121. abr.jjun. 1985.

RESUMO. A a utora realizo u um estudo bacte riológico d o mate ria l de i n a l oterapia, quan­ do testou 60 (sessenta) máscaras e 60 (sesse nta) n e b u lizadores com o o bjetivo de ve rificar a eficácia da so l ução de hip oc l o rit o de sódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro na este­ rilização. No decorrer do tra ba lho em q uestão, o bservou-se o desenvolvimento de 2,0 75 c o l ônias nas máscaras e 601 n os nebu lizadores, p rova n d o que nas p rimeiras a conta mina­ ção é mais facilmente o berva da, p e l o fato de esta rem em contato com o cliente. Por ou ­ tro l ado, percebeu-se q u e a l avagem e a e sc ovação contribue m positivam ente para a eficá­ cia da esterilização do mate ria l de i n a l otera pia, cujo processo de e steril ização é com p l eta­ d o através de uma exposição do materia l por 20 (vinte) a 30 (trinta) min utos em so l ução de hipoc l orit o de sódio a 1,5%, com 1 0.000 p. p. m. de cloro.

ABSTRACT. A bacterio l ogica l study of the inha l ation tera p y materia l was made by the author, 60 (sixy) mask and 60 (sixty) nebu lizers were uti lized in this word, whith the o bjective to verify the efficacy of sodium hipoch l orite so l ution at 1 ,5% with 10.000 p . p.m. of chl o r ine at the terilization.

In the deve l opment of he work, was o beved the a p pearing of 2.0 7 5 col onies in the mask and 601 in the n e b u lizers. It was p roved t h at in the first, the contamination is m ore easily, by the fact of are bee n in con tact with the client. Beyon d this, was o bs erved that the c l eansing a nd the brushing of the inha l atio n terapy mate ria l , whose p rocess in com p l et­ ed by the materia l exposition duri n g 20 (twen ty) to 30 (thirty) min uts in a sodium hipo­ ch l orit e so l ution at 1 .5% with 1 0.000 p.p.m. of ch l orine.

INTRODUÇÃO

o presente trabalho propõe-se a testr a eicá­ cia do hipoclorito de ódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro na esterilização do material de ina­ loterapia. uma vez que as máscaras de nebulza­ ção e nebulzadores constituem-se num dos respon­ sáveis, pela incidência de infecção respratória exis­

tente no meio hospitalar na atualidade.

Segundo as estatísticas apresentadas em 1983

pelo Goveno, "as infecções broncopumonares re­ presentam entre 14% a 22% de infecções hospia­ lares e o risco de adquiri-las varia entre 0,5% a 5 é " .

Segundo B IER4 , "as bases sólidas de assepsia

foram lançadas a partir do século XIX, com o

adv?lto da Era bacteriológica com LOUIS PAS­

TEUR, ROBERT KOCH e outros. Em 127,

EspeCIalista em Enfermagem médico-cirúrgica da Universidade rederal do Paraná.

(2)

A LCOOK voltava suas atenções para os hipoclo­ ritos como gentes desifetantes, e em 1827 foi ·testado hipoclorito de clcio bruto, como desin­

fetante na indústria de catgut francês."

Ciado por BER4, "SEMMCLWEIS. em Vie­ na, no decurso de estudos sobre infecção puerpe­ ral, obsevou que a mortalidade nas enfermarias em que trabahavm estudantes era muito mais ele­ vada que nas enfermarias assistidas por parteiras; resultava da ausência de mpeza das mãos dos es­ tudantes, vindos da sala de autópsia, trazendo nas mãos micróbios nfectantes". Orientado por esa idéia, exigiu ele dos estudantes a desinfecção das mãos com solução de hipoclorito e, com esa me­ dida, fez baxar a mortalidade por nfecção puer­ peral de 12% a 1,2%.

Segundo AGUILLAR

1

, "A infecção hospita­

lar ocupa a 4� causa de óbito no Brasl, após car­ diopatias, enerites e neoplasias". O autor aponta anda mortliade de 4,1 % e letalidade de 17,2%,

representando as fecções broncopulmonares entre 1 4% e 22% de ifecções hospitalares, varian­

do o rico de adquiri-las entre 0, 5% e 50%.

O governo, preocupado com essa situação, baixou a portaria n? 196 de 24 de junho de 1983: "O Ministério do Estado de Saúde , no uso de uas atribuições considera que as fecções hospitalares:

a) podem causar significativos danos à cliente­ la dos eviços de aúde, e que

b) o eu equacionamento envolve medidas que, basicamente, devem er tomadas a nível do hospital, abrangendo a sua estru­ ura e funcionamento, e

c) a necessidade de elaboração de normas téc­ nicas sobre a prevenção de infecções hopi­ talares, para baliar a atividade ficalza­ dora dos órgãos esaduais da aúde." (V. Anexo ).

Resolução CIPLAN n? 002/83, de 31 de janei­ ro de 1983, resolve que e estipulem normas e­ pecíicas para controle de nfecção hopitalar:

"As infecções broncopulmonres são. proble­ mas, pois a inalação de partículas contminadas é o principl acesso de gentes infecciosos ao rato broncopumonar. O epitélio muco cliar que reves­ te quase totalmente o trato repratório coneue

captar' e remover para a língua a maior parte das

partículas naladas. As mnúsculas partículas con­ seuem escapar e ultrapassar essa barrera natural e

atingir o lvéolo pulmonar: e este agente ultrapas­

sI o sistema de remoção mucolítico e resistir à

fagocitose pelos macrófagos lveolres, rá

insta-116 -Rev. Bras. Enf. Brasz'la. 38(2). Abr.jMai.jJun. 1985

lar-se um proceso infeccioso", egundo HAE­ BISCHI3.

Segundo MARTINS et aliil6, "Todas as subs­ tâncias micro bicidas têm um potencial de toxidade, devendo er utlzadas de maneira correta e eletiva de acordo com s necessidades e circunsâncias".

Citado por CORBETT8: "Os hipocloritos, agem principalmente em meio ácido e põem em liberdade cloro nascente, que se combna com pro­ teínas, perdendo a sua atividade, mas formando cio­ romnas, as quais, por sua vez, libertam lentamente o cloro elementl, assim se explicando a duração relativamente longa dos efeitos".

Segundo BIER4 , "Durante a I Guerra Mundial CA RREL e DAN mostraram que os hipocloritos de sódio, na concentração de 0,4% a 0,5%, consti­ tuem excelente antisséptico para o tratamento de fe­ ridas pemitindo a desinfecção progressiva, onde essa solução deveria ser trocada a 2/2 horas sem causar dano algum às células".

Importância do poblema

O desenvolvmento de métodos novos para a esterlzação de materiais e a conscientzação da técnica asséptica por aqueles que participam di­ reta ou indiretamente da asistência do cliente são algumas das preocupações daqueles que têm como objetivo a dmnuição dos altos índices de ifec­ çes cruzadas em nossos hospitais.

Para CASTELANOS et alii6 , "A utilzação de um agente químico tem sido uma consante dentre as preocupações de nossos hospitais, devido a fal­ ta de conscientização na problemática que o envol­ ve. Muitas vezes, ele tem sido citado como o pró­ prio veículo de contaminação quando usado con­ taminado". Segundo os mesmos autores: "Vanta­ gens da solução de NAOCL: ação virucida. germi­

cida para m lrgo especro, desodorzante, não

tóxico, de fácl manuseio, econômico e as desvan­ tagens ão as seuintes: odor característico, corro­ sivo para mel não devendo ser usado para sua limpeza, parcilmente inativado em preença de matéria orgânica. ação descolorante".

Objetivos

o presente estudo propõe-se aos seguintes obje tivos:

I -

Geral

(3)

de inJloterapia. com a solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p .p .m . de cloro .

II -Espcicos

Verficar e:

1. após 10 (dez) mnutos em olução de hipoclorito de ódio a 1 ,5% com 10.000 p.p.m. de cloro, o materil de inalo terapia está eterilizado.

2. após 20 (vinte) minutos em solução de hi­ poclorito de ódio a 1 ,5% com 1 0 .000 p.p.m. de cloro. o material de inaloterapia etá eterilzado.

3. após 30 (trnta) mnutos em olução de hi-poclorito de ódio a 1 ,5% com 1 0.000 p.p.m. de cloro. o materil de inaloterapia está eterlizado.

4. o fato do material er previamente lavado e escovado com água e abão interfere na eficácia da esterilzação por hipoclorito de ódio a 1 ,5% com 10.000 p .p .m. de cloro.

Hipóeses

Para elucidar o problema proposto no preen· te estudo, foram elaboradas as eguntes hipótees: H 1 - A lavagem e escovação prévias do mate­ ril com água e abão interferem na eicácia da o­ lução de hipoclorito de ódio a 1 ,5% com 1 0.000 p.p.m. de cloro como estelizante.

H2 - A eficácia da solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p .p .m . de cloro ndepen­ de da lavagem e ecovação do material de nlo te­ rapia.

H3 - A submerão do material de inloterapia por 10,20, 30 mnutos na olução de hipoclorito de sódio a 1 ,5% com 10 .000 p.p.m. de cloro é ui­ ciente para a esterlização.

M ETODO LOG IA

o presente trabaho trata de um estudo explo­ ratório. com o objetivo de testar a eficácia da este­ rlzação do material de nalo terapia, com a olu­ ção de hipoclorito de ódio a 1,5% com 10.000 p .p .m . de cloro.

O asunto foi desenvolvido no segundo eme­ tre de 1 984, com o material de nalo terapia utli­ zado no Seviço de Emergência do Hospital de Clí­ nicas dJ Universidade Federal do Paraná.

O trabaho foi dividido em duas etapas abaixo descritas:

• a prmeira etapa constituiu-e de obeva­ ções cohidas do Grupo A (Grupo expermental) e do Grupo 8 (Grupo controle) (Anexo IlI);

• a e gunda, de colea de materil pra

cul-tura e encamihmento ao laboratório para aná­ lie.

Populaão

A população envolveu o material de nlo te­ rapia utlzado no Seviço de Emergência do Ho­ pital de Clínicas da Unversidade Federal do Para­ ná, nos meses de agosto, etembro e novembro de 1 984, num total de 120 endo subdividido em 60 (essenta) mácaras e 60 (esenta) nebulzadores de inalo terapia.

A escolha da Instituição aendeu aos eguintes critérios:

• er uma instituição destinada ao ensno e à pesquisa;

• apreentar rande demanda de clientela específica;

• ulizar a solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p.p.m . de cloro no material de. inloterapia, embora sem haver uma padronização.

Amostra

Para efeito de cálculo da amostra, foram t­ madas 60 (sessenta) máscaras e 60 (sessenta) nebu­ lizadores de inalo terapia, endo subdividias em dois rupos, endo, o grupo A e outro 08.

O grupo A (experimental) foi constituído de 30 (trinta) nebuizadores e 30 (trinta) mácaras de inaloterapia que foram previmente lavadas e e­ covadas com água e abão e poteriomente colo­ cadas em olução de hipoclorito de ódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro, por um tempo de 1 0,20 e 30 minutos.

O rupo B (controle) foi constituído de 30 (rnta) nebulizadores e 30 (trinta) mácaras de inaloterapia que foram retiradas do cliente e ime­ diatamente colocadas em solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p.p .m. de cloro por um tempo de 10,20 e 30 mnutos.

Instrumentos

Para responder às ndagaçes propostas neste trabalho e atender aos objetivos niciamente pro­ postos, foram elaboradas duas ichas de obseva­ ção (Vide Anexos II e III).

As mostras foram colhidas pelo pesquiador e auxliar direto, devidmente trenado pelo pes� quisador, posteriormente analisadas pelo bioquí� mico do laboratório do Hospital de Clínicas, de acordo com orientações pré-estabelecidas.

(4)

Coleta de dados

A coleta de dados foi efetuada em duas eta­ pas:

a) Obervações contidas nas fichas Grupo A e Grupo B (expermental e de controle), elabora­

das epecificmente para o presente trabalho (Vi­ de Anexos II e III).

b) Coleta de material pra cultura:

bd C oleta de material do Grupo A (experi­ menal).

• amostra I - c ole tado do material de in a­

loterapia apó s térmno da inalação;

• amostra i - coletado do material de ina­ loterapia devidamente lavado e e scovado apó s a retirada da olução de hipoclorito de sódio a

1 ,5% com 1 0.000 p .p .m. de cloro por um perío­ do de lO minutos.

• amostra I -coletado do materil de inalo­ terapia devidmente lavado e ecovado, apó s a re­ tirada da olução de hipoclorito de ódio a 1 ,5%

com 10.000 p .p.m. de cloro por um período de

20 minutos.

• mstra V -coletado do material de na­

lo terapia devidamente lavado e ecovado, após a retirada da olução de hip oclorito de sódio a 1 ,5% com 1 0.000 p.p.m. de cloro por um perío do de 30 minutos.

Antes de colocar em solução de hipoclorito de sódio a

1.5% com 1 0.000 p.pm. de cloro foi previamente lavado

e escovado com gua e sabão.

�) Coleta de material do Grupo B (controle).

• amosra I - coleado do material de nalo­

terapia apó s término da inalação;

• amostra 11 -coletado do materil de inalo­

terapia. após a retrada da olução de hipoclorito de ódio a 1,5% com 10.000 p .p.m. de cloro por um período de 10 minuto;

• amosta III - coleado do material de ina­

loterapia. após a re tirada da olução de hipoclo­ rito de sódio a 1,5% com 1 0.000 p . p.m. de cloro. por um período de 20 minuto;

• amostra V -coletado do materil de ina­ lo terapia, após a retirada a olução de hipoclorito dê sódio a 1 ,5% com 10.000 p.p.m . de cloro . por um período de 30 minutos.

o matcnal de inalo terapia não foi previamente lavado e

escovado com água c sab�io.

118 -Reli. Bras. Enl. Brasz1iJ. 38(21. Abr. �lai. /Jun. 1985

A colea de material para cultura foi efetuada pelo pes­

q uisador, auxiliar dreto. previamente reinado pelo pes­

quisador. nos pen'odos da manhã e tarde nos dias úteis.

Fazem parte do material a ser testado os nebulizadores e

máscaras. manipulados durante a jornada de trabalho de

24 dias do pesquiador. independente do estado geral ou

da pa tologia do clien te.

ANÁ LISE E COM E NTÁ RIOS

Os dados foram naliados, de forma arupa­ da, viando uma maior compreensão e melhor vi­ sualização dos resultados obtidos ne ste etudo.

I) DADOS RELACIONADOS AO NúMERO DE

MATERIAL PESQUISADO

TABELA 1 -Distribuição do material de inalote­ rapia pesquisado

Grupos A B

Material de

Inaloterapia N? % N? %

Másc aras . . , . . . 30 50,0 30 50,0

Nebulzadores . . . . , 30 50,0 30 50.0

Total 60 1 00,0 60 1 00,0

Coforme pode er verificado na tabela 1, fo­ ram pesquiados 60 ( 100,0) máscaras e 60 ( 1 0,0) nebulzadores, perfzendo um totl de 120 ma­ teriais em estudo.

Sabendo ser o material de inalo terapia re spon­ sável pela disseminação de infecção no meio hospi­ talar, procurou-se testar 60 ( sessenta) máscaras e 60 (esenta) nebulzadores após retrada do clien­ te e e verificou e relmente haveria crescimento

de c olônias. Fato e ste comprovado na abela 2.

11) DADOS RELACIONADOS AO NÚMERO DE

COLONIAS DESENVOLVDAS NO MATERIAL

DE I:ALOTERPIA

TABELA 2 - Distribuição do material de inlo­

terapia. após o uso pelo cliente. relacionado com o

número de colônias encontradas

Especiicacão do material

Máscuas ... . Nebul zadores .. . . . Total

Número de Colônias Desenvolvidas

2.075

60 1 2.676

c

(5)

Na tabela 2, evidenciou-se que, em 2.676 co­ lônias, houve desenvolvimento de 2.07 5 (77 ,O) co­ lônias nas máscaras e 60 1 (23,0) nos nebulizad­ res, após o materil ter sido retirado do cliente.

Na tabela 4, evidenciou-se um crescimento de 45 (87,0) colônias, sendo 11 (85,0) nas máscaras e 34 (88,0) nos nebulzadores com 20' de submer� são dos memos em solução de hipoclorito de

ó-TABELA 3 - Distribuição dos dados relacionados ao crescimento de colônias nas máscaras e nebulzado­ res, após lavagem e escovação e submersão na olução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p. p. m. de cloro, no grupo experimental A

Número de Colônias Total

�Númm'

Material Máscaras Ne bulizadores Máscaras Ne bulizadores

Tempo de

Imersão

NO

%

N9

10' - -

-20' - -

-30' - -

-Total - -

-Analiando-se a tabela 3, comprova-se que, no material de nalo terapia após lavagem com água e sabão e submerão em olução de hipoclorito de�­ sódio a 1, 5% com 10.000 p.p.m. de cloro, não houve deenvolvmento de colônias, evidencian­ do a eficácia da técnica. DARROW LABORA­ TÓRIOS 10 já afirmava: "A solução de hipoclorito de sódio estabilizada com cloreto de sódio deverá ser utilzada para desinfecção de uperfícies previa­ mente lmpas especiamente nos caos suspeitos de contamnação por vírus hidrof1icos (hepatite, po­ liomielite e outros".

Veriicou-se que o material de inaloterapia é

realmente iento de microorganimos.

Já no rupo B veriicaram-se resultados dife­ rentes ao anterior, conforme pode ser evidenciado na tabela 4.

%

N9

%

N9

%

- - - -

-- - - -

-- - - -

-- - - -

-dio a 1, 5% com 10.000 p.p.m. de cloro; verica­ -se que, após 30' de submersão do material de ina­ loterapia, apenas 4 (quatro) colônias (7,0) cres­ ceram, sendo 2 (1 5,0) nas mácaras e 2 ( 5,0) nos nebulzadores. Observa-se que a não lavagem e e­ covação do material pode er ou é o reponável pelo crescmento considerável do número de co­ lônias.

Na tabela 5, procura-se demonstrar a dferen­ ça no crescmento de colônias nos dois upo.

Na tabela 5, veriica-se que houve no gupo controle (B) m crescimento de 34 (88,0) de co­ lônias nos nebulzadores e 11 (8 5,0) nas másca­ ras, em um tempo de 20 mnutos. Enqunto que no rupo experimentl (A), veriicou-se que não houve desenvolvimento de colônias, em 10', 20' ou 30' minutos.

TABELA 4 -Distribuição dos dados relacionados ao crescimento de colônias nas máscaras e nebulizado­

res após o uso no cliente e submersão na olução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p. p. m. de cloro. no grupo controle B em relação do tempo de mersão

Número de Colônias

Tempo

Máscaras Ne bulizadores Total

de

Imersão

N?

% N?

%

N9

%

10' - - 3 7,0 3 6,0

20' 1 1 85,0 34 88,0 45 87,0

30' 2 15,0 2 5,0 4 7,0

Totl 13 100,0 39 100,0 52 100,0

(6)

TABELA 5 -Distribuição do material de inaloterapia relacionando os grupos entre si (grupo expermn­ tai A e grupo controle B)

Colônias Número de Colônias

Material Máscaras Ne bulzadores

Tempo 10' 20' 30' 10' 20' 30'

Grupos N? % N?

A

,Experimeptl - -

-"

"-Totl - -

-B

Controle - - li

Total - - 11

CONCLUSOES

Diante dos resultados enconrados verfica-se que as hipóteses form comprovadas e os objeti­ vos atingidos, levando a conclur que:

1. A lavagem e a escovação do materil de ina­ loterapia interferem na eficácia da esterlzação por hipoclorito de ódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro.

2. Conforme os ados encontrados, pode-se inferr que a lavagem, ecovação e submerão em 10', 20' ou 30' minutos do materil de nalotera­ pia ão eficazes.

3. O tempo de submersão entre 20 a 30 mi­ nutos é ideal para a esterlização do material de inalo terapia.

4.

A ausência prévia da lavagem e escovação

com água e sabão do material de inalo terapia in­ tefere na esterlzação do memo, considerando que houve um deenvolvmento de 2.075 (77,0) de colônias nas máscaras e 601 (23,0) n'os nebu­ lzadores, após o materil ter sido retirado do cliente, tolzando 2.676 colônias.

5. A lavagem e a ecovação com água mais

sabão comprovam e aumentm a eicácia da solu­ ção de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.00 p.p.m. de cloro, uma vez que não houve desen­ volvmento de colônias.

R ECOM E NDAÇÕES

As conclusões obtidas permitem recomendr que�

1.O -ReI'. Bras. Enf. Brasllia. 18f2}, Abr. Mai. JIII. 1985

% N? % N? % N? % N? c

- ."

- - -

-- - -

-85.0 2 15.0 3 7,0 34 88,0 2 5.0

85.0 2 15.0 3 7,0 34 88,0 2 5,0

1. Haja paronização nas unidades de interna­ çes dos Hospis na esterlzação do materil de naloterapia quanto

. a: dluição. tempo e recipien­ te uado.

2. A dluição da solução de hipoclorito de só­ dio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro seja super­ visionaa pela enfermeira, para uma egurança em crediblidade da solução preparada na esterlza­ ção do materil de inlo terapia.

3. O materil de inaloerapia eja acondicio­ nado em recipiente seco e opaco, pois o material não ficará amrelo e terá maior durablidade.

4. A solução de hipocloito de sódio a 1,5%

com 10.000 p.p.m. de cloro deve ser preparaa na

hora do uo, coloaa em recipiente opaco; di­ luída com água fria e mantida numa temperatura entre 150 C e 180 C , devido a suas proprieades químicas.

5. O pessoal que manueia o material de inaloterapia. o retre do recipiente com o aUXilio da pnça sevente.

AH�IAD. A. F. Chekng he efilcy 0' sodium h ipochlo­ rItc' solutlon at 1.5- wih 10.000 p.p.m. at chlorine at lhe inhalation terapy materlai stcrllzation. Rev.

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(8)

NEXO I

Técnica (I) - utilzada para a esterilzação do material de inaloterapia no rupo experimental (A).

Objeivo:

• Esquematzar as etapas da técnica de lavagem e ecovação do materil de inalo terapia. • Reduzr o índice de infecções cruzadas.

A técnica obedecerá às euintes etapas:

I?) Escovar e lavar o material de inloterapia com água e abão, da eguinte forma:

• Mácaas - escovar a parte externa e a parte interna, com ecova de cerdas pequenas e inas,

após a ecovação exaguar em água corrente.

• Nebulzadores -escovar a parte externa com ecova de cerdas pequenas e fmas e a parte n­

tena escovar com ecova pra limpeza de vidraria, procurando retrar todos os resíduos existentes nos orfícios e enxagur em água corrente.

29)

nerr o maerial de inalo terapia em recipiente de polietileno, opaco, contendo olução de

hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro, em um tempo de 10, 20 e 30 minutos. Esse

recipiente deverá ficar em lugar protegido dos raios olares.

3?) Retirar após 30 mnutos o material de inaloterapia da olução de hipoclorito de sódio a 1,5%

com 10.000 p.p.m. de cloro, com pinça nstrumental.

4?)

Amazenar em recipiente de polietleno, opaco, com compresas eterlzadas, devidamente

vedado.

Obevaão:

• A pinça instrumental deverá icar em um fraco com esterlizante e a ecoha do mesmo depen­ de de cada ntituição.

• erá uado tubo de látex, estéril para cada cliente.

• Durante a nebulização, o cliente deve er orientado quanto à importância de não tocar no ma­ terial de inaloterapia.

• As escovas, tanto de cerdas pequenas e fnas quanto as de lmpeza para vidraria, devem ser es­ terlizadas.

Técnica (11) - utilizada para a esterlização do material de naloterapia no grupo Controle (B).

• Após o término da nebulzação, o material de inloterapia deve er colocado em recipiente de

polietileno, opaco, contendo olução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro duran­

te 10, 20 e 30 minutos.

Em mbas as técnicas, foi obsevado que o material permneceu com a coloração inalterada e, coneqüentemente, terá maior durablidade. .

(9)

A N E XO 11-A

F I CHA D E O B S E R V AÇÃO

Material N9 .... . . ... .

Daa: ... / ... ./ ... . Resultados:

Resultados

Amostras

Nebulizadores Máscaras

I. Ao retirar do cliente

2. Material lavado e escovado em água e sabão

3. Após colocar em solução de hipoclorito de sólio a 1,5%

com 10.000 p. p. m. de clo-ro

Observações: Tempo: 10' - 20' - 30'

A N E X O 111

F I CH A D E O BS E R VAÇÃO

Material N9 . . . ... . .. .

Data: . . .. . . : ... !. ... ./ . . . .

Resultados:

Resulta dos

Amostras

Ne buliza dores Máscaras

I. Ao retirar do cliente

) Após colocar em solução de

hipoclorito de sódio a 1,5%

com 10.000 p. p. m. de

clo-ro

Obscva;cs: Tempo: 10' - 20' - 30'

(10)

... t j " I

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J

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... O c

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AN EXO IV -QUADRO I '

D IST R I B U iÇÃO D' MAT E R I A L D E I NA LOTE R A P I A R E LA C I O N A N DO O S G R U POS E NT R E S I

(G R U PO E X PE R I M E NTA L A E G R U PO CO NT R O L E B )

N(� Colônia/ N? X M a t e r i a l

Tem po G ru pos

Ex perime n t a l A

-To tal

-Cont role B

-Total

-LEGE N DA : N 9 X número de máscaras.

/

1 0 ;

N9 y. número de nebulizadores.

N? Z número de colônias.

N? Z N? X / , N? Z N? X

20'

- - -

-.

- - -

--

4

I I I

-

4

I I I

. _-- - --- -

----/ N? Z

30'

-2

2

N? X / N? Z

1 0'

-2

2

-3

3

--- --

-N? X

/

N? Z

20'

-

--

-2

34

2

34

N? X / N? Z

30'

-

--

-2 2

(11)

ANEXO V

M I N I ST � R I O DA SAÚ D E G AB I N ET E D O M I N I STR O

Portaria n9 1 96, de 24 de junho de 1 983

O Ministro de Esado da Saúde , no uso de uas atribuiçes,

C onsiderando que as infecções hospitlares podem cauar significativos danos à clientela dos

ser-viços de saúde ;

Considerando que o seu equacionamento envolve medidas que, basicmente, devem er tomadas a nível do hospital, abrangendo a sua estutura e funcionamento;

Considerando que, de acordo com a ei n9 6.229 , de 1 7 de julho de 1 975, ao Mnistério da Saú­ de como órgão normativo do Sistema Nacional de Saúde, cabe elaborar normas técnico-cientíicas de promoção, proteção e recuperação da aúde (Art. I ? , item I, línea "b") ; .

Considerando que , pelo memo : diploma legal, ao referido Sistema compete a fiscalização sanitá­ ria obre as condiçes de exercício das profissões e ocupaçes técnicas e auxiliares relacionadas direta­ mente com a saúde (Art. 1 ?, item I, alínea "j" ) ;

Considerando que, no exercício desa fiscalização, deverão o s órgãos estaduais d e aúde observar, entre outros requisitos e condiçes, a a doção pela instituição prestadora de serviços, de meios de prote­ ção capazes de evitar efeitos nocivos à aúde dos agentes, clientes, paciente s e circunstantes (Decreto n9 77.052 , de 1 9 de janeiro de 1 976, Art. 2?, item ) ;

Considerando que, por força do disposto n o artigo 7? do Decreto acima mencionado, o Minis­ tério da Saúde orientará e providenciará sobre a exata aplicação do disposto em seu texto e das demais normas legais e regulmentares pertnentes ao assunto;

Considerando a necessidade de elaboração de nomas técnicas sobre a prevenção de infecçes hos­ pitalares. para baliar a atividade ficalizadora dos órgãos estaduais de aúde;

Considerando, fmmente , as conclusões do Grupo de Trabaho, instituído pela Resolução CPAN n? 002/83 , de 3 1 de janeiro de 1 98 3 , ESOLVE :

1. Expedir, na forma dos anexos, instruções par·a o controle e prevenção das nfecções

hospita-lares.

2 . A ocorrência de cao de infecção hospitalar decorrente do uo nadequado de procedimento diagnóstico e terapêutico, em descumprmento das normas ora estabelecidas enejará as medidas previs­ tas no artigo 5? do Decreto n9 77.052, de 1 9 de janero de 1 976.

3 . Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrá­ rio, fixando-se às instituições hospitlares o prazo de 1 80 dias para adotarem as disposições.

Wldyr Mendes Arcoverde

Imagem

TABELA  1  - Distribuição  do material  de  inalote­
TABELA 4  - Distribuição  dos dados  relacionados ao  crescimento de colônias nas  máscaras e nebulizado­
TABELA  5  - Distribuição do material de inaloterapia relacionando os grupos entre  si (grupo expermn­

Referências

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