IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE PÚBLICA DE AMOSTRAS DE
SALMO-
NELLA
COM RESISTÊNCIA MÚLTIPLA INFECCIOSA A DROGAS
ISOLADAS DE ANIMAIS *
Maria Luiza Palmeira * * e Cecília Maria Gonçalves Camacho * * *
Com a finalidade de verificar se a ocorrência de Salmonelas isoladas de
animais, com resistência múltipla infecciosa a drogas, influencia a situação
epidemiológica no homem, testaram-se 136 amostras de
S alm o n ellaisoladas de
suínos normas. Das culturas testadas, 18,3% foram portadoras desse tipo de
resistência, em evidente
oposição aosdados encontrados entre as amostras de
origem humana, em que num total de 70 amostras (67,1%) apresentaram resis
tência a uma e a várias drogas.
L im ita -s e o p re se n te tra b a lh o a a v a lia r a re sistê n c ia m ú ltip la in feccio sa a d ro g as em
Salmonella,
e n te ro b a c té ria s de sig n ifi cação esp ecífica p a r a a n im a is .F izem os u m le v a n ta m e n to com a f in a lid ad e de c o n firm a r a e x istê n c ia de fa to re s R em
Salmonella
iso lad as de su ín o s e, c o n se q ü e n te m e n te , d e te rm in a r a té que p o n toa o co rrên cia d essas a m o s tra s re siste n te s, n e ste s a n im a is, e em m eio a m b ie n te , p o d e rá in flu ir no to c a n te à s condições epi- dem iológicas n o h o m em .
A c o n s ta ta ç ã o de re sistê n c ia a drog as em
Salmonella,
v e rd a d e ira m e n te u m a re a l a m e a ç a à saú d e h u m a n a , te m sido d e sc rita com os re alces dos perig os ad v in d o s d a e x istê n c ia desses m icro rg an ism o s n o a li m e n to h u m a n o , p o rém a p re se n ç a de f a to res R n essas a m o s tra s p o d erá, sem d ú v i d a, c o n s titu ir-s e n u m p ro b lem a im p re v isí vel p a r a a S aú d e P ú b lic a .M u itas d a s re c e n te s descrições c ie n tífi cas sob re o uso de a n tib ió tico s, n a s rações
a lim e n ta re s de an im ais, re su lta m d a d e s c o b e rta d a tra n s fe rê n c ia ep isso m ática a d ro g as, d a í se r g ra n d e a p reo cu p ação q u a n to ao con sum o de c a rn e p ro v en ien te de a n im a is a lim e n ta d o s à b ase de a n tib ió ticos, te n d o em v ista a p o ssibilid ade de que c e rta s b a c té ria s, que se e n c o n tra m no c o n d u to in te s tin a l, po ssam desenvolver r e s istê n c ia aos an tib ió tic o s m in is tra d o s.
Nos E stad o s U nidos, n e n h u m prob lem a de saú d e p ú b lica p arece a trib u ív e l ao uso de an tib ió tico s em a n im a is n a d éca d a a n te rio r e p o ste rio r à d esco b erta desse tipo de re sistê n c ia . N a G rã -B re ta n h a , e n tre ta n to , ho uv e c e rto a la rm a , po r vo lta de 1965, c a u sa d o p o r u m s u rto de to x in fecção p rov ocad o p o r
Salmonella typhimurium
re siste n te , p ro v in d o de gado, su p on do-se que a d issem in ação de ta is g erm en s seja d ev id a às m á s condições s a n itá ria s a lia d as a u m a g ra n d e d isp ersão dos a n i m ais in fe c ta d o s. A lim entos co n ten d o a n tib ió ticos n ã o fo ra m a ssin a la d o s.* T ra b a lh o d o L a b o ra tó rio d e B a c te rio lo g ia do D e p a r ta m e n to d e M ic ro b io lo g ia e Im u n o lo g ia do I n s t i t u t o O sw ald o C ru z (F IO C R U Z ).
* * P e s q u is a d o r em B io lo gia.
F ig. 1 — R e s is tê n c ia a T c S t, S u e S t-S u em a m o s tr a s d e
Salmonella
im oladas d e p orco s n o p e ric d o 1968-1972.* N o a n o d e 1971 n ã o foi p o ssível o b te r a m o s tra s .
TABELA I
C o m p o rta m e n to d a s a m o stra s, seg u n d o os tip o s de re sistê n c ia
N ú m ero de a m o stra s
o rig e m
S nsíveis
R esistên cia crom ossom ial
R esistên cia ep isso m ática
F a to r R T o ta l
N° % N° % N° %
H u m an a 23 32,8 — 47 67,1 70
Maio-Junho, 1974
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
175
N o B rasil, estu d o s realizad o s (1,11) in d icam se r g ra n d e a in c id ê n c ia de a m o s tr a s de
Salmonella
iso lad as, d e an im ais, p rin c ip a lm e n te porcos e aves; n e ste s e n ti do, resolvem os in v e s tig a r a p re se n ç a de fa to re s R, ou d a re sistê n c ia m ú ltip la in fecciosa a d ro g as, em a m o stra s receb id as em no sso L a b o ra tó rio cujos resu ltad o s, no e n ta n to , c h e g a ra m a 18,3% de p o sitiv id ad e p a r a a o co rrên cia.M ATERIAL E MÉTODO
1 —
Amostras bacterianas
A — F oi a n a lisa d o um to ta l de 109 a m o s tra s de d ife re n te s sorotipo s de
Salmonella,
iso lad as de g â n glios lin fá tic o s su p erficiais e p ro fu n d o s de suíno s, o riu n d a s de a n im a is a b a tid o s no m a ta d o uro M u n icip al de S a lv a d o r — B a h ia , e m a is 27 a m o stra s fo r n e c id a s pelo M a ta d o u ro de S a n t a C ruz — G u a n a b a ra (11).B — O u tro ssim , fo ra m e s tu d a d a s 70 a m o s tra s de
Salmonella
p ro v e- v e n ie n te s de c o p ro c u ltu ra s de in d iv íd u o s com sín d ro m e d ia r- r e ic a .2 —
Meios ãe cultura
A — M eios líquidos — C aldo P e n a s- say (Difco)
B — M eios sólidos — A g a r sim ples e x tra to de c a r ne;
A g ar lacto sad o com a z u l de m etilen o eeosi- n a (Levine) M eio de M ueller H in to n c o n te n do 4 m l % de u m a solução a 0,2% de azu l de
b r o m o t i -
m o l e 2% de lactose.
3 —
Antibióticos e quimioterápicos
T c — c o r i d r a t o de te tra c ic li- n a (C y an am id e Co)
Cl — clo ran fen ico l (P ark e-D av is) S t — s u l f a t o de e strep to m icin a
(F o n to u ra -W y e th )
K n — su lfa to de k a n a m ic in a ((L a- b o rte rá p ic a B risto l S.A.) H e — h e t a c i l i n a (L ab o rteráp i-
ca B risto l S.A.)
Am — A m p i c l i n a (L ab o rteráp i- ca B risto l S.A.)
AN — ácido nalid ix ico (W in throp P ro d u c ts In c)
Su — su lfa d ia z in a (S p ofa U n ited P h a rm a c e u tic a l N orks P ra h a )
Os m éto d o s de cultivo, a d eterm in ação dos níveis de re sistê n c ia , as condições de co n ju g ação e m éto d o de seleção de clones, que re c e b e ra m fa to re s de resistên cia, são os m esm os j á descrito s em tra b a lh o s a n te rio re s (5,6).
RESULTADOS
As 136 a m o stra s de
Salmonella
te s ta das, de orig em a n im a l, rev elam os seg u in te s re su lta d o s: 25 são p o rta d o re s de fato res R (18,3% ); 88 a p re s e n ta m resistên cia de origem crom ossom ial; 23, sensíveis às oito dro g as e s tu d a d a s (T ab ela I.)A re sistê n c ia p a r a u m ú n ico antib ió tico p red o m in o u em 59 a m o stra s, das quais 21,4% fo ra m cap azes de tr a n s f e rí-la p a ra u m a a m o stra de
E. coli K12
F-, m as resis tê n c ia p a r a dois an tib ió tic o s foi tã o so m e n te e n c o n tra d a em 9,4% d as resp ecti v as a m o stra s, com p red o m ín io do m odelo S t-S u , em 21,4% d a s c u ltu ra s . F in a lm e n te, re sistê n c ia s p a r a trê s ou m ais drogas n ã o foi d e te c ta d a , o m esm o se v erifican do com re lação a C i e a K n (T ab ela I I .)176
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
Vol. VIII — N? 3
TABELA II
D istrib u ição n u m é ric a dos m od elos d e re sis tê n c ia
O rigem M odelos
R esistên cia
T ra n sfe rid o s ...\ ... ^
H u m a n a A n im al
Su 8 9
S t 5 10
T c 2 2
K n — —
Cl — —
S u -S t 5 4
S u -S t-T c 8 —
S u-A m -H e 1 —
S u -S t-T c -C l-K n -A m -H e 17 — S u -S t-T c-C l-K n -A m -H e-A N 1 —
ú ltim o s ano s, com exceção d a re sistê n c ia sim ples p a r a S u e p a r a S t-S u , que vem so fren d o u m a u m e n to g ra d a tiv o a p a r tir de 1968. P o r sin al, n esse an o , foi o b ser v ado u m fen ô m en o curioso de a c e n tu a d a p re d o m in â n c ia de a m o stra s re siste n te s a S t (F ig u ra 1).
D as 70 a m o stra s de
Salmonella
te sta d a s, de origem h u m a n a , 67,1% a p re s e n ta ra m r e sistê n c ia in feccio sa a u m a ou v á ria s d ro gas e, em su a g ra n d e m a io ria , to rn a ra m - -se cap azes de tr a n s f e r ir seus gen s de r e s istê n c ia p a r a a a m o s tra deEscherichia
coli
re c e p to ra , nos e x p erim en to s de c o n ju g ação .O esp ectro de re sistê n c ia m a is com um e n c o n tra d o n essas a m o s tra s foi p a r a S t- -T c -C l-K n -A m -H e -S u em 17 a m o stra s, to
d a s p e rte n c e n te s ao so ro tip o
typhimurium
(T ab ela II)DISCUSSÃO
P elo fa to de sere m os m esm os a n tib ió tico s u sad o s em m e d ic in a h u m a n a e a n i m al, n ã o h á m a rg e m p a r a id e n tific a r f a to re s R in d iv id u ais, p o d en d o -se, em a lg u n s casos, tr a ç a r o c a m in h o de c e rta s b a c té ria s e n té ric a s p a to g ê n ic a s, de a n im a is p a r a o h o m em , p o r m eio de fa g o tip a g e m e m é to dos c o rre la to s.
Maio-Junho, 1974
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
177
tra to in te s tin a l h u m a n o s e ja p o rta d o r e responsável p e la d isp ersão dessas b a c té ria s com fa to re s R, p rin c ip a lm e n te em regiões onde n ã o se p r a tic a a q u e la su p le m e n ta ç ã o .
Esse fa to , assim co n firm ad o , le v a -n o s a concluir que, em nosso m eio, b a c té ria s com fato res R estão , à la r g a d isse m in a d a s e n tre a p o p u lação h u m a n a , a s quais, a c re d ita-se, po ssuem condições p ró p ria s de f o r m ação desses fa to re s (7), isto é, sem n e n h u m a a ju d a de co m p o n e n tes b a c te ria n o s de o u tra s espécies a n im a is . Com base em s e m e lh a n te s elem en to s, é ac e itá v e l co n je - tu r a r que, n a m a io ria dos casos, a s b a c té ria s in te s tin a is de orig em a n im a l po dem a lc a n ç a r os g ru p o s h u m a n o s a tra v é s de in g estão de alim en to s, com o a c a rn e e o leite, n ã o re p re se n ta n d o , n o e n ta n to , e s ta v in cu lação u m p a p e l decisivo n a m o n ta g e m dos fa to re s R no s re fe rid o s g ru p o s.
A b a ix a p e rc e n ta g e m de
Salmonella
de orig em s u ín a , com re sis tê n c ia m ú tip la in fecciosa a d ro g as, e n c o n tra d a n a o rd em de 18,1%, é b em m a is b a ix a que aq u e la ob tid o p o r S m ith e H alls 70% (8), e W alto n 85% (10), n o s le v a n ta m e n to s feito s p o r estes a u to re s, e n tre a m o s tra s deEsche-rich coli
iso lad as d a s fezes de porcos n a r - m ais, n a G rá - B re ta n h a ; pode s e r ela e x p li c ad a com b ase em tr ê s asp ecto s:1° — S m ith , H alls e W a lto n u s a ra m , em seus ex p erim en to s, a m o stra s de
Esche-richia coli,
p ro v a n d o se r b a s ta n te a lta a p e rc e n ta g e m de re sis tê n c ia in feccio sa a drog as n essas a m o s tra s ; po rém , o p o n to m ais im p o rta n te desses e stu d o s foi a p o s sib ilidad e de re la c io n a r a in g e stã o de a li m en to s com a n tib ió tic o s p o r an im ais, e o iso lam en to d e coliform es in te s tin a is com re sistê n c ia esp ecífica p a r a essas d ro g as in co rp o rad as ao a lim e n to .2<? — Como ex p licação , ta m b é m , d a baix a p e rc e n ta g e m de a m o stra s de
Salmo
nella
p o rta d o ra s de fa to re s R , e s tá o fa to , já d escrito p o r S m ith (9), d e qu e a t r a n s fe rê n c ia d e re sis tê n c ia p a r a a m o s tra s deSalmonella,
n o tr a to in te s tin a l dos suínos, é u m ev en to ra ro . Ig u a lm e n te , Ja ro lm e n (2,3), em tra b a lh o s recen tes, d em o n stro u que a tra n s fe rê n c ia de fa to re s R “in vivo” d a m ic ro flo ra n o rm a l de porcos p a r aSal
monella cholerasuis
é, ta m b é m r a ra , m as, q u an d o esses fa to re s R são tra n s fe rid o s, eles fre q ü e n te m e n te p a ssa m à fo rm a ru g o - sa, a v iru le n ta . C onclui a in d a J a ro lm e nque essas r a r a s classes d e re cep to ras, q u a n do n ã o p erd em a v iru lên c ia, a p a re n te m e n te a p re s e n ta m u m a d e sv a n ta g e m co m p eti tiv a com a fo rm a p a r e n ta l sensível a droga.
3? — A a u sê n c ia de p ressão seletiv a de an tib ió tic o s em níveis te ra p ê u tic o s e n u tric io n a is, n a p o p u lação a n im a l, é o u tro f a to r decisivo n a b a ix a p e rc e n ta g e m de a m o s tra s de orig em a n im a l com fa to re s R em nosso m eio, isto p o rq u e n ã o é de uso co rre n te , e n tre nós, s u p le m e n ta r a ra ç ã o dos a n im a is com an tib ió tico s, ro tin a j á h á alg u m tem p o a d o ta d a no s E stad o s U nidos e E u ro p a, c o n sid e ra n d o -se a d e m a is que a m a io ria d as a m o s tra s de
Salmonella
foi iso lad a de a n im a is p ro c e d e n te s de regiões de b aix o nív el econôm ico. Q u a n to à p o p u lação h u m a n a , em que os an tib ió tic o s são u sad o s, in d isc rim in a d a m e n te , a seleção a m b ie n te , a s d ro g as e a colonização dos o rg an ism o s re sis te n te s, são de g ra n d e ex p ressão epidem iológica, bem m a io r do que a tr a n s f e rê n c ia desses fa to re s n o tr a to gás- tr o - in te s tin a l (8).D a o b serv ação dos m odelos de re s is tê n cia b a c te ria n a a p re s e n ta d o s p elas a m o stra s de
Salmonella
!em a n im a is (T ab ella II), v ê-se o p re d o m ín io d a re sistê n c ia a um ú n ico a n tib ió tic o ; n o e n ta n to , a re sis tê n cia a u m a d ro g a n ã o im p lica que, n ece ssa ria m e n te , ela s e ja tran sm issív el, com o o co rreu com 78,6% d essas a m o stra s, in d i can d o , talvez, sere m elas u m a re su lta n te de m u ta ç õ e s crom ossom iais. S em elh an tes re sistê n c ia s devem , ev id e n te m e n te , d istin - g u ir-se d aq u elas co n fe rid a s p o r fa to re s R, cujos d e te rm in a n te s de re sistê n c ia se a c re d ita e s ta re m s itu a d o s ex tracro m o sso m ial- m e n te e cap a zes de sere m tra n s fe rid o s p a r a o u tra s b a c té ria s p o r co n ju g ação .Com re la ç ã o à a lta p e rc e n ta g e m de a m o stra s re sis te n te s a S t, e m 1968 (Fig. 1), p o de s e r in te r p r e ta d a com o um fa to isolado que o co rreu nesses a n im a is devido, é bem prov ável, a u m a u tilização m aio r, te ra p ê u tic a ou não , desse an tib ió tico , e conse q ü e n te m e n te , d e te rm in a n d o o p redo m ínio d essas fo rm a s n a m icro flo ra, j á que a m a io ria d as a m o s tra s S t re siste n te s p ro cede de a n im a is a b a tid o s n u m m a ta d o u ro do E sta d o d a B a h ia .
178
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
Vol. VIII — N? 3
pública, bem com o pouco se sab e sobre a freq ü ên cia dessas b a c té ria s em alim en to s consum idos pelo ho m em , a n ã o se r os t r a b alh o s de M oreno e cols. (4, 5 ), em São P aulo, a c e rc a d a p re se n ç a de fa to re s R em a m o stra s de e n te ro b a c té ria s iso lad as de a n im a is .
Isto posto, com re fe rê n c ia à s a m o stra s de
Salmonella
com f a to r infeccioso de r e sistên cia, iso lad as de an im a is, p a r tic u la r m e n te e n tre as a m o s tra s deSalmonella
typhimurium,
c u ja ta x a de re sis tê n c ia ao clorofenicol p e rm a n e c e em b aix o nível, p o dem os co n clu ir que, a té o p re s e n te , a r e s istê n c ia in feccio sa a d ro g as é, pois, um in c id e n te a m a is a re g is tra r-s e n o co m p li cado p ro b lem a d e h ig ien e a lim e n ta r. AGRADECIM ENTOS
Ao D r. E rn e sto H o fer, p o r su a valio sa co n trib u ição , so b re tu d o n o fo rn e c im e n to d as a m o s tra s b a c te ria n a s e aos técn ico s d a S eção de E n te ro b a c té ria s de nosso L a b o rató rio , S rs. Jo sé C a e ta n o Alves, S eb as tiã o J a n u á rio d a S ilv a F ilh o e a S r ta . Rosem ery R ibeiro p e la a ju d a p r e s ta d a .
S U M M A R Y
In order to verify the occurrence of
S alm o n ellawith a multiple resistance
to drugs, transmissible, isolated from animais, and its influence on the
epide-miological situation in man, 136 samples of
S alm o n ellaisolated from healthy
swine were testeã; only 18,3% were bearers of this type of resistance, in clear
opposition to the situation found among samples of human origin, in which,
from 70 tested samples, 76,3% showed resistance to one and various antibiotics.
REFERÊN C IA S B IB LIO G R Á FIC A S
1. COSTA, G .A .; H O FER , E.; COSTA M .P .M .; HAGE DA SILVA, J . . ; DOS SANTOS, J.V ., & DÓRIA, J .P . — S o b re o iso lam en to de
Salmonella
de gân g lio s lin fá tic o s de su ín o s ab a tid o s no m a ta d o u ro d a cid ad e de S alv ad o r — B a h ia — M em . In s t. O sw aldo Cruz,70:
417-431, 1972.2. JAROLM EN, H. & K EM P, G. — R. fa c to r tra n sm is sio n
in vivo
— J . B ac- te r io l.99:
487-490, 1969.3. JAROLM EN, H . — E x p e rim e n ta l tr a n s f e r of a n tib io tic re sista n c e in sw ine. A n n . of th e New Y o rk A cad. o f S cien ce.
182:
72-79, 1971.4. M ORENO, G . — R e sistê n c ia a d ro g as em a m o s tra s de
Escherichia coli
iso la d a s de a n im a is . R ev . I n s t. Adolfo L utz,32:
63-68, 1972.5. MORENO, G „ G IO R G I, W . & M AGA LHÃES LOPES C. A. — R e sistê n cia a d ro g as em
Salmonella
iso lad asde a n im a is . A rq . I n s t . B io l., São P au lo ,
40:
39-43, 1973.6. PALM EIRA, M .L . — C a p acid ad e r e c e p to ra de
Salmonella typhi
a fa to re sR . M em . I n s t. O sw aldo C ruz,
70:
89-95, 1972.7. PALM EIRA, M .L ., & GONÇALVES DA SILVA, C .M . — B a c té ria s G ra m -n e - g a tiv a s com f a to r in feccio so de re sis tê n c ia a d ro g as iso la d a s de c ria n ç a s em dois h o s p ita is do R io de J a n e iro . M em . I n s t. O sw aldo C ruz, 1973. 8. SM ITH , H.W . & HALLS, S. — O b ser-
v a tio n o n in fectiv e d ru g re sis ta n c e in B r ita in . B rit. M .J .
1:
266-269, 1966. 9. SM ITH , H .W . — T ra n s fe r of a n t i biotic re sis ta n c e fro m a n im a l a n d h u m a n s tr a in s of
Escherichia coli
to re sid e n tE. coli
in th e a lim e n ta ry tr a c t o fm a n . L a n c e t,1:
1174-1176,Maio-Junho, 1974
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
179
10. W ALTON, J . R . — In fe c tio n d ru g re sis ta n c e in
Escherichiou coli
iso lated fro m h e a lty fa rm a n im a is . L an cet,2:
1300-1302, 1966.11. ZEBRAL, A .A ., FR E IT A S, C .A . & H O