• Nenhum resultado encontrado

Infecções do trato respiratório inferior pelo vírus sincicial respiratório em crianças hospitalizadas menores de um ano de idade.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Infecções do trato respiratório inferior pelo vírus sincicial respiratório em crianças hospitalizadas menores de um ano de idade."

Copied!
4
0
0

Texto

(1)

7

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 3 8 ( 1 ) :7 -1 0 , jan-fev, 2 0 0 5

ARTIGO/ARTICLE

No s paíse s e m de se nvo lvime nto , o s te ste s lab o r ato r iais

p a r a i d e n ti fi c a ç ã o d o s ví r u s c a u s a d o r e s d e i n fe c ç õ e s

r e spir ató r ias agudas ( IRA) não são dispo níve is na pr átic a. O

c o nhe c ime nto do pe r fil das do e nç as c ausadas pe lo s dive r so s

age nte s vir ais r e spo nsáve is pe las I RA po de r ia pe r m itir a

1 . Unive r sidade Fe de r al do Rio de J ane ir o , Rio de J ane ir o , RJ . 2 . Lab o r ató r io de Vír us Re spir ató r io s do Instituto Oswaldo Cr uz da Fundaç ão Oswaldo Cr uz, Rio de j ane ir o , RJ . 3 . De par tame nto de Pe diatr ia da Fac uldade de Me dic ina da Unive r sidade Fe de r al do Rio de J ane ir o , RJ .

En de r e ço par a cor r e spon dê n ci a:Dr. Cle max Co uto Sant’Anna. Rua B ar ão de Me sq uita 4 5 9 A, B lo c o 2 /1 0 2 , Tij uc a, 2 0 5 4 0 - 0 0 1 Rio de J ane ir o , RJ . e - mail: c le max@ ve to r. c o m. b r

Re c e b ido par a pub lic aç ão e m 5 /7 /2 0 0 2 Ac e ito e m 1 0 /1 1 /2 0 0 4

Infecções do trato respiratório inferior pelo vírus sincicial

respiratório em crianças hospitalizadas menores

de um ano de idade

Respiratory syncytial vírus – associated lower respiratory tract infections

in hospitalized infants

Cláudio D’Elia

1

, Marilda Mendonça Siqueira

2

, Silvana Augusta Portes

2

e Clemax Couto Sant’Anna

3

RESUMO

An a li so u - se c a ra c te rí sti c a s c lí n i c a s e e vo lu ti va s e m c ri a n ç a s m e n o re s d e u m a n o i n te rn a d a s c o m i n f e c ç ã o d o tra to re sp i ra tó ri o i n f e ri o r p o r ví ru s si n c i c i a l re sp i ra tó ri o ( VSR) . Fe i to e stu d o tra n sve rsa l c o m 8 9 la c te n te s h o sp i ta li za d o s du ra n te a s é po c a s de m a i o r i n c i dê n c i a do VSR, e m 1997 e 1998, n a c i da de do Ri o de Ja n e i ro . Fo ra m pe sq u i sa do s a n tí ge n o s

vi ra i s, n a s se c re ç õ e s d e n a so f a ri n ge , c o m a n ti c o rp o s m o n o c lo n a i s a n ti - VSR, a n ti i n f lu e n za A e B e a n ti p a ra i n f lu e n za ti po 3, po r e n sa i o de i m u n o f lu o re sc ê n c i a i n di re ta . Fo rm a ra m - se trê s gru po s: b ro n q u i o li te o u b ro n q u i te si b i la n te ( n = 44) , p n e u m o n i a ( n = 2 6 ) e b ro n q u i o li te e p n e u m o n i a ( n = 1 9 ) . Ho u ve p o si ti vi d a d e p a ra o VSR e m 4 2 ( 4 7 ,1 %) p a c i e n te s. Em

1 9 9 7 a m é d i a d e d i a s d e o x i ge n o te ra p i a f o i d e 5 ,2 e e m 1 9 9 8 , d e 2 ,5 d i a s ( p > 0 ,0 5 ) . Nã o h o u ve d i f e re n ç a d e a p re se n ta ç ã o c lí n i c a e n tre o s la c te n te s q u e a p re se n ta ra m p o si ti vi d a d e p a ra o VSR e a q u e le s c u jo re su lta d o f o i n e ga ti vo . A se n si b i li d a d e

e e sp e c i f i c i d a d e d a si b i lâ n c i a e m re la ç ã o a o i so la m e n to d e VSR f o ra m 8 5 % e 6 5 %, re sp e c ti va m e n te . O VSR f o i o p ri n c i p a l c a u sa d o r d e i n f e ç õ e s d o tra to re sp i ra tó ri o i n f e ri o r e m la c te n te s q u e n e c e ssi ta ra m d e h o sp i ta li za ç ã o .

Pal avr as-chave s: In f e c ç õ e s re sp i ra tó ri a s. Ví ru s si n c i c i a l re sp i ra tó ri o . Bro n q u i o li te .

ABSTRACT

Fo r a na lysis o f clinica l fe a ture s a nd o utco m e o f ho spita lize d infa nts with re spira to ry syncytia l virus lo we r re spira to ry tra ct infe ctio n, wa s ca rrie d o ut. Cro ss-se ctio na l study with 89 infa nts, ho spita lize d in two pub lic ho spita ls during the 1997 a nd 1998 RSV se a so ns, in Rio de Ja ne iro city. Na so pha rynge a l se cre tio ns we re o b ta ine d a nd spe cim e ns pro ce sse d fo r vira l a ntige ns

de te ctio n b y indire ct im m uno fluo re sce nce a ssa y with the use o f a nti RSV, a ntii nflue nza A a nd B a nd a nti p a ra influe nza type 3 m o n o c lo n a l a n ti b o d i e s. Pa ti e n ts w e re a llo c a te d i n to th re e d i a gn o sti c gro u p s: b ro n c h i o li ti s o r w h e e z e b ro n c h i ti s

( n = 4 4 ) ; Pne um o nia ( n = 26) a nd b ro nchio litis o r w he e ze b ro nchitis a nd p ne um o nia ( n = 19) . Po sitivity fo r RSV wa s fo und in 42 ( 47.1%) pa tie nts. Mo re da ys o f ho spita liza tio n we re se e n in 1997 in co m pa riso n with the fo llo w ye a r ( p > 0.05) .

No clinica l diffe re nce s we re fo und b e twe e n RSV po sitive a nd ne ga tive childre n. The se nsitivity a nd spe cificity fo r whe e zing co nce rning the iso la tio n o f RSV we re , re spe ctive ly, 85% a nd 65%. RSV wa s the m a jo r ca use o f LRTI in ho spita lize d infa nts.

Ke y-words: Re sp i ra to ry i n f e c ti o n s. Re sp i ra to ry syn c yti a l vi ru s. Bro n c h i o li ti s.

d i f e r e n c i a ç ã o d e s t a s d a s i n f e c ç õ e s b a c t e r i a n a s ,

e vi ta n d o m u i ta s ve ze s , a p r e s c r i ç ã o d e s n e c e s s á r i a d e

a n ti m i c r o b i a n o s.

O vírus sincicial respiratório ( VSR) é considerado o principal

(2)

8

em lactentes em todo o mundo, embora haja pouca informação a

esse respeito nos países em desenvolvimento2 1 2 1 7 1 9.

A epidemiologia do VSR na cidade do Rio de Janeiro já foi estudada1 2, entretanto, não há publicações regionais relatando o

comportamento clínico e o desfecho das ITRI pelo VSR em lactentes

previamente hígidos, hospitalizados, como no presente estudo.

Este trabalho visou também a c omparaç ão das c arac terístic as clínicas das ITRI causadas por VSR em dois anos consecutivos.

PACIENTES E MÉTODOS

Estudo observac ional transversal, prospec tivo, c om c rianç as

menores de 1 2 meses de idade, internadas nos serviç os de

pediatria do Hospital Geral de Bonsuc esso ( HGB) e do Hospital

Estadual Roc ha Faria ( HERF) . Ambos são hospitais públic os que atendem princ ipalmente a populaç ão de baixa renda.

Foram inc luídos pac ientes c om ITRI para pesquisas virais

por imunofluoresc ênc ia indireta ( IFI) . Foram exc luídas c rianç as

que apresentavam fatores de risco como: cardiopatias congênitas,

i m u n o de fi c i ê n c i a s p r i m á r i a s o u a dq u i r i da s , di s p l a s i a bronc opulmonar, fibrose c ístic a, história de prematuridade ou

q ue não apr e se ntavam a q uantidade mínima de se c r e ç õ e s

nasofaríngeas para a pesquisa viral.

De finir am-se tr ê s sub gr upo s, c o nside r ando -se ac hado s

clínicos e radiológicos: I- bronquiolite ( síndrome bronquiolítica) ;

II- pneumonia e III- bronquiolite com pneumonia1 4 .

Foram obtidas secreções de nasofaringe ( SNF) de 89 lactentes,

segundo técnica descrita5. As amostras foram coletadas em um período

inferior a três dias após a admissão no hospital, nos anos de 1997 e

1998, durante os meses de maio, junho e julho, que correspondem às estações de final de outono e inverno no Rio de Janeiro. Cada

espécime foi processado para detecção dos antígenos virais nas células

de descamação do trato respiratório por imunufluorescência indireta,

utilizando soros imunes policlonais ou anticorpos monoclonais

( antiVSR, antiinfluenza A, antiinfluenza B e antiparainfluenza tipo 3 ( PF3) , segundo a técnica convencional15 .

Os registros de idade, diagnóstico, manifestações clínicas e

tratamento recebido, foram comparados em relação à identificação

ou não do VSR e ao ano de internação ( 1 9 9 7 ou 1 9 9 8 ) .

Re alizo u-se a de sc r iç ão das var iáve is c o m distr ib uiç ão

de fr e qüê nc ia par a aque las c ate gó r ic as e c o m me didas de te ndê nc ia c e ntr al e dispe r são par a as num é r ic as. Par a a

análise de tab e las simple s, c alc ulo u-se a r azão de c hanc e s –

o d d s ra ti o ( OR) .

Para a comparação das médias utilizou-se o teste t de Student

e pa r a a s pr o po r ç õ e s o te ste do q ui- q ua dr a do ( x² ) . Fo i c onsiderado o nível de signific ânc ia inferior a 0 ,0 5 ( p< 0 ,0 5 ) .

RESULTADOS

Análise ger al da amo str a. No ano de 1 9 9 7 , fo r am c o le tadas amo str as de 5 9 pac ie nte s, c o r r e spo nde ndo a 5 0 %

do s 1 1 8 lac te nte s inte r nado s c o m ITRI e no ano de 1 9 9 8 , de

3 0 pac ientes, isto é, 3 0 ,3 % dos 9 9 lac tentes internados c om

I TRI , e m am b o s o s ho spitais. Assim , fo r am inc luído s 8 9 pac ientes, 4 9 do HGB e 4 0 do HERF, c orrespondendo a 4 1 % de

todas as internaç ões de c rianç as menores de 1 2 meses devido a

ITRI durante os meses do estudo. Os diagnóstic os destes 8 9

lac tentes, c om base em dados c línic os e radiológic os, foram: 4 4 ( 4 9 ,4 % ) c om bronquiolite; 2 6 ( 2 9 ,2 % ) c om pneumonia e 1 9

( 2 1 ,3 % ) c om bronquiolite e pneumonia. A identific aç ão de um

ou mais vírus oc orreu em 5 1 /8 9 ( 5 7 ,3 % ) pac ientes e os vírus

encontrados estão descritos na Tabela 1 . A co-infecção com para-influenza 3 ( PF3 ) foi evidenc iada em 9 /5 9 ( 1 5 ,2 % ) c rianç as

em 1 9 9 7 . Em 1 9 9 8 , não foi observada qualquer c o-infec ç ão.

Tabela 1 - Iden tificação viral através da IFI em 89 lacten tes in tern ados com in fecção do trato respiratório in ferior em 1997 e 1998.

Ano

1 9 9 7 1 9 9 8 Total ( n= 5 9 ) ( n= 3 0 ) ( n= 8 9 )

Vírus no % no % no %

Vírus sincicial respiratório 28 4 7 ,5 14 4 6 .7 42 4 7 ,1 Parainfluenza 3 16 2 7 ,1 - - 16 1 7 ,9

Influenza A 2 3 ,4 - - 2 2 ,2

Influenza B - - -

-IFI – Imunofluorescência indireta

A média de idade dos pacientes foi 2 ,7 ( + /- 2 ,3 ) meses e a

mediana 2 . Havia 4 4 ( 4 9 ,4 %) crianças do sexo masculino e 4 5 ( 5 0 ,6 %) do sexo feminino, com relação masculino feminino de

0 ,9 8 :1 . Havia história de um ou mais episódios prévios de sibilância

em 1 5 /7 0 ( 2 1 ,4 %) pacientes. A oxigenoterapia foi prescrita em

4 9 ( 5 5 ,1 %) lactentes e o tempo de utilização de oxigênio variou de 1 a 2 8 dias. A internaç ão em unidade de terapia intensiva

ocorreu em 2 0 /8 9 ( 2 2 ,5 %) pacientes. A ventilação mecânica foi

indicada em 4 /8 9 ( 4 ,5 %) pacientes, destes, 3 pertenciam ao grupo

III ( x²= 7 ,3 8 ; p< 0 ,0 5 ) . Foram prescritos antimicrobianos a 7 6 / 8 9 ( 8 5 ,4 %) crianças. A alimentação no primeiro dia de internação

foi suspensa em 4 1 /8 9 ( 4 6 ,1 %) pacientes, introduzida por sonda

naso-gástrica em 2 /8 9 ( 2 ,2 %) e 4 6 /8 9 ( 5 1 ,7 %) receberam a dieta

por sucção. O tempo total de hospitalização variou de 2 a 4 3 dias. Não houve evolução para óbito em nenhum dos 8 9 lactentes.

Análise da identificação vir al. A Tab e la 2 c o mpar a diagnó stic o s e ac hado s c línic o s em c aso s c o m e sem detec ç ão

de VSR. Entr e to do s o s pac ie nte s VSR po sitivo s 2 0 /4 2 e r am

do se xo m a sc ulino , c o m r e la ç ã o m a sc ulino fe m inino de

0 ,9 0 :1 . Co ntudo , no gr upo e tár io de 0 -2 me se s a r e laç ão fo i

2 :1 ( OR= 5 ,0 0 ; IC 9 5 % : 1 ,1 2 - 2 3 ,7 8 ( p< 0 ,0 5 ) . A sib ilânc ia

fo i ve r ific ada e m 3 6 /4 2 ( 8 5 ,7 1 % ) c r ianç as VSR po sitivas e

e m 3 1 /4 7 ( 6 5 , 9 5 % ) c r ianç as VSR ne gativas ( p> 0 , 0 5 ) . A

se nsib ilidade e a e spe c ific idade da sib ilânc ia e m r e laç ão à

po sitividade par a VSR fo r am 8 5 % e 6 5 % , r e spe c tivame nte .

Não ho uve dife r e nç a de apr e se ntaç ão , do po nto de vista

c línic o , e ntr e o s gr upo s c o m e se m de te c ç ão de VSR.

O oxigênio foi presc rito em 2 1 /4 2 ( 5 0 % ) lac tentes VSR

po sitivo s.

A média de dias de internaç ão nos pac ientes VSR positivos

foi 1 0 ,3 ( + /- 7 ,4 ) dias, enquanto nos pac ientes VSR negativos foi 9 ,3 ( + /- 4 ,9 ) dias ( p> 0 ,0 5 ) .

(3)

9

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 3 8 ( 1 ) :7 -1 0 , jan-fev, 2 0 0 5

Análise compar ativa dos anos de 1 9 9 7 e 1 9 9 8 em pacientes com detecção de VSR. A comparação entre 1 9 9 7 e 1 9 9 8 , quanto à ocorrência de manifestações clínicas é mostrada

na Tabela 3 . Sem considerar um paciente que necessitou de 2 8

dias de oxigênio, internado em 1 9 9 8 , foi verificada maior média

de dias de oxigenoterapia em 1 9 9 7 ( 5 ,2 dias) do que no ano seguinte ( 2 ,5 dias) , porém sem significância estatística ( t= 1 ,6 1 ;

p> 0 ,0 5 ) . Foram admitidos no setor de terapia intensiva sete

( 1 6 ,7 % ) pac ientes, do s quais seis, durante o ano de 1 9 9 7

( OR= 3 ,5 5 ; IC 9 5 %: 0 ,3 4 - 8 8 ,6 7 ) ( p> 0,0 5 ) . A ventilação mecânica

foi indic ada para tratamento de insufic iênc ia respiratória em 3 /4 2 ( 7 ,1 %) pacientes, dois em 1 9 9 7 e um em 1 9 9 8 . A dieta no

DISCUSSÃO

No Rio de Jane ir o , fo i o b se r vada maio r inc idê nc ia de

doenç a c ausada por VRS nos meses de març o, abril e maio1 2 e

no final do outono e iníc io do inverno1 8 , enquanto na região

sul do país, o padrão epidemiológic o se assemelha mais ao

dos países de c lima temperado, c om pic os no inverno e iníc io

da primavera.1 6

A percentagem de detecção do VSR nesta amostra foi 4 7,1 %, sendo semelhante em ambos os anos. O fato de terem sido excluídos

alguns pacientes que não apresentavam a quantidade mínima de

se c r e ç ão nasal ne c e ssár ia par a a pe sq uisa vir al, po de te r

superestimado a importância deste agente como causador de ITRI, mas estes valores estão próximos aos encontrados na literatura, em

estudos que utilizaram o mesmo método de detecção do VSR7 8.

Nos países em desenvolvimento a positividade do isolamento viral

varia amplamente, de 2 7 a 9 6 %, devido a vários fatores: métodos de identific aç ão do vírus, número de vírus pesquisados, período

escolhido para coleta, faixa etária do grupo escolhido ou a reais

diferenças das taxas de infecção causada pelo VSR, nos diversos

países21. No presente trabalho, o VSR correspondeu a 8 2,3 % dos

vírus detectados, contudo, a pesquisa viral não incluiu outros vírus,

como o adenovírus. Além disso, o trabalho foi realizado apenas em

crianças menores de 1 2 meses, e durante o período de provável

maior incidência de infecção pelo VSR.

Geralmente, após a identific aç ão de um vírus em sec reç ões das vias aéreas superiores, este é c onsiderado o agente c ausal

da ITRI3. Contudo, não se pode desc artar a possibilidade de

infec ç ão bac teriana c onc omitante, em alguns c asos4. Há pouc a

informaç ão a esse respeito nos países em desenvolvimento2 1.

O pe r c e ntual de uso de antib ió tic o s inic iado s no se to r de e me r gê nc ia e ntr e pac ie nte s VSR po sitivo s, fo i alto e maio r

d o q u e o e n c o n tr a d o n o s p a c i e n te s VS R n e g a ti vo s ,

p r o va ve l m e n te p e l a i m p r e c i s ã o d o s d a d o s c l í n i c o s

-radio ló gic o s em definir a etio lo gia das ITRI nessa faixa etária3.

Embora se admita que as ITRI bacterianas raramente causem

s ib ilâ nc ia , j á fo i o b s e r va do o c o ntr á r io e m pa ís e s e m desenvolvimento2 2. A sibilância ocorreu na maioria dos nossos

pacientes VSR positivos, embora com valores baixos de especificidade

e de valor preditivo positivo para o diagnóstico de infecção pelo VSR. As demais manifestações clínicas não permitiram diferenciação entre o VSR e outros microorganismos causadores de ITRI, daí a importância dos testes de diagnóstico rápido1.

Ho lberg et al6 verific aram que o sexo masc ulino esteve

assoc iado a maior risc o de ITRI pelo VSR em c rianç as de 1 a 3

meses. No estudo de Jo nhso n et al8, a r elaç ão masc ulino :

feminino enc ontrada em c rianç as abaixo de 6 meses foi 2 ,9 :1 , c o ntr astando c o m a de c r ianç as maio r e s, que fo i 1 ,1 :1 . A

predominânc ia do sexo masc ulino também foi enc ontrada em nosso estudo nos pac ientes c om idades entre 0 e 2 meses, se c omparado a distribuiç ão por sexo na faixa de 3 a 1 2 meses.

A bronquiolite - c om ou sem pneumonia - predominou no presente trabalho entre o s c aso s VSR po sitivo s e negativo s, portanto, a assoc iaç ão entre esse diagnóstic o e a positividade

viral não fo i aqui demo nstrada. Devido ao fato de ter sido Tabela 2- Diagnóstico, achados clínicos e quadro radiológico em pacientes

VSR positivos e n egativos in tern ados n os HGB e HERF em 1997 e 1998.

VSR+

VSR-n= 4 2 n= 4 7 OR ( 9 5 %IC ) Diagnóstico

bronquiolite 24 20 1 ,8 0 ( 0 ,7 1 < OR< 4 ,6 0 ) pneumonia 10 16 0 ,6 1 ( 0 ,2 1 < OR< 1 ,7 0 ) bronquiolite e pneumonia 8 11 0 ,7 7 ( 0 ,2 4 < OR< 2 ,4 2 ) Exame físico

cianose 10 17 0 ,5 3 ( 0 ,1 9 < OR< 1 ,5 0 ) apnéia 2 3 0 ,7 3 ( 0 ,0 8 < OR< 5 ,8 8 ) febre 22 23 1 ,1 5 ( 0 ,4 6 < OR< 2 ,9 0 ) sibilos 36 31 3 ,1 0 ( 0 ,9 7 < OR< 1 0 ,3 1 ) estertores 36 39 1 ,2 3 ( 0 ,3 4 < OR< 4 ,5 5 ) sintomas das vias aéreas superiores 24 32 0 ,6 3 ( 0 ,2 4 < OR< 1 ,6 4 ) esforço respiratório leve 20 21 1 ,1 3 ( 0 ,4 5 < OR< 2 ,8 5 ) esforço respiratório moderado/grave 22 26 0 ,8 9 ( 0 ,3 5 < OR< 2 ,2 5 ) HGB – Hospital Geral de Bonsucesso; HERF – Hospital Estadual Rocha Faria

Tabela 3 - Freqü ên cia de man ifestações clín icas em crian ças in tern adas com VSR n os an os de 1997 e 1998.

1 9 9 7 1 9 9 8

Manifestações Clínicas ( n= 5 9 ) ( n= 3 0 ) OR ( 9 5 % IC ) p Cianose 21 6 2 ,2 7 ( 0 ,7 2 -7 ,4 5 ) 0 ,1 2 Apnéia 3 2 0 ,7 5 ( 0 ,0 9 -6 ,9 8 ) 0 ,7 6 Febre 31 14 1 ,2 7 ( 0 ,4 8 -3 ,3 8 ) 0 ,6 0 Sibilos 42 25 0 ,4 9 ( 0 ,1 4 -1 ,6 9 ) 0 ,2 1 Sintomas das VAS 34 22 0 ,4 9 ( 0 ,1 7 -1 ,4 3 ) 0 ,1 4 Esforço moderado/grave 3 9 * 9 4 ,5 5 ( 1 ,5 9 -1 3 ,3 3 ) 0 ,0 0 1 Vômitos 16 9 0 ,8 7 ( 0 ,2 9 -2 ,5 8 ) 0 ,7 7 Distensão abdominal 3 1 1 ,5 5 ( 0 ,1 3 -4 1 ,2 9 ) 0 ,7 0 Irritabilidade 15 3 3 ,0 7 ( 0 ,7 2 -1 4 ,0 5 ) 0 ,0 8 Letargia 8 3 1 ,4 1 ( 0 ,3 0 -7 ,4 7 ) 0 ,6 3 Convulsão 7 2 1 ,8 8 ( 0 ,3 2 -1 4 ,3 5 ) 0 ,4 4 * p< 0 .0 5

primeiro dia de hospitalização foi suspensa ou administrada por

sonda gástrica devido à anormalidade respiratória em 2 4 ( 5 7 ,1 %)

pacientes. Em 1 9 9 7 , isto ocorreu em 1 7 /2 8 ( 6 0 ,7 %) pacientes e

em 1 9 9 8 em 7 /1 4 ( 5 0 %) pacientes ( p> 0 ,0 5 ) .

Os sub gr upo s A e B do VSR c ir c ular am dur ante o s do is ano s; po r é m, o sub gr upo A pr e do mino u c o m pe r c e ntuais de

ide ntific aç ão de 7 1 ,4 % ( 2 0 /2 8 ) e 7 8 ,6 % ( 1 1 /1 4 ) , e m 1 9 9 7

(4)

1 0

utilizado um método de detec ç ão do VSR c om boa sensibilidade

e po r pe sso as e xpe r ie nte s, na maio r ia do s pac ie nte s VSR negativos, pertenc entes aos grupos bronquiolite e bronquiolite

e pneumonia, pode-se admitir que a síndrome bronquiolític a

tenha sido c ausada por outro agente ( por exemplo, vírus ou

Chla m ydia tra co m a tis) não testado ou não detec tado.

O tempo de uso de oxigênio foi empregado, neste estudo, como uma variável de gravidade, já que medidas diretas da saturação de

oxigênio do sangue arterial não foram realizadas. Alguns estudos

utilizaram outras variáveis, tais c omo, utilizaç ão de oxigênio,

internação no CTI, uso de ventilação mecânica, suspensão da dieta e dias de internação9 1 1 2 0. Os critérios usualmente utilizados para

hospitalização consideram a gravidade do paciente7 2 0. Contudo,

em nosso meio, as c ondiç ões sóc ioec onômic as desfavoráveis

m uita s ve ze s de te r m in a m in te r n a ç õ e s pr o lo n ga da s , n ã o necessariamente relacionadas à gravidade do caso.

Em 1 9 9 7 , aparentemente, as ITRI oc orreram c om maior

gravidade, a julgar pela maior freqüênc ia de esforç o respiratório

moderado a grave enc ontrada nos pac ientes internados. A taxa

de internaç ão no CTI poderia ser c onsiderada um parâmetro de gr avidade válido . Po r é m , no pr e se nte e studo , não fo r am

aplic ados c ritérios de admissão padronizados.

Em no sso estudo , ho uve pr edo mínio de iso lamento do subgrupo A do VSR em relaç ão ao B nos dois anos de estudo.

Tal fato não signific a, nec essariamente, que o subgrupo A tenha determinado doenç a mais grave que o outro subgrupo, pois seria nec essário verific ar a distribuiç ão desses subgrupos entre os pac ie nte s VSR po sitivo s tr atado s am b ulato r ialm e nte . No s

pac ientes hospitalizados, não foram enc ontradas diferenç as de subgrupos em relaç ão às variáveis c línic as, e demográfic as, à semelhanç a de outros autores1 0 1 3.

O desfec ho foi favorável em todos os c asos após o tratamento ho spitalar, não se ndo o b se r vado ó b ito s ne sse s pac ie nte s previamente hígidos, à semelhanç a de Johnson et al8.

O padrão de doença causado pelo VSR nestes dois hospitais do Rio de J ane ir o fo i se m e lhante ao de sc r ito no s paíse s

desenvolvidos de clima temperado. A grande heterogeneidade de padrões culturais, socioeconômicos e climáticos, assim como as diferenças de prioridades e de recursos disponíveis nas diversas unidades de saúde não permitem que nossos resultados sejam

extrapolados para outras regiões do país. Estudos em outras loc alidades, de preferênc ia inc luindo pac ientes ambulatoriais, seriam impo rtantes para determinar variaç õ es regio nais do

comportamento clínico e epidemiológico do VSR, já que, em nosso país, há pequena quantidade de trabalhos sobre o tema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 . Ave ndano LF, Lar r anaga C, Palo mino MA, Gagge r o A, Mo ntaldo G, Suar e z N, Diaz A. Co mmunity and ho spital ac q uir e d r e spir ato r y sync ytial vir us infec tio ns in Chile. Pediatr ic Infec tio us Diseases Jo ur nal 1 0 :5 6 4 -5 6 8 , 1 9 9 1 .

2 . Cintr a OAL, Owa MA, Mac hado AA, Ce r vi MC, Figue ir e do LTM, Ro c ha GM, Siq ue ir a MM, Ar r uda E. Oc c ur r e nc e and se ve r ity o f infe c tio ns c ause d b y sub gr o up A and B r e spir ato r y sync ytial vir us in c hildr e n in so uthe ast B r azil. J o ur nal o f Me dic al Vir o lo gy 6 5 : 4 0 8 - 4 1 2 , 2 0 0 1 .

3 . Che r ian T, Simo e s EA, Ste inho ff MC, Chitr a K, J o hn M, Raghupathy P, J o hn TJ . B r o nc hio litis in tr o pic al so uth India. Ame r ic an J o ur nal o f Dise ase s in Childr e n 1 4 4 : 1 0 2 6 - 1 0 3 0 , 1 9 9 0 .

4 . De gr é M. I n te r a c ti o n b e twe e n vi r a l a n d b a c te r i a l i n fe c ti o n s i n th e r e spir ato r y tr ac t. Sc andinavian Jo ur nal o f Infe c tio us Dise ase s 4 9 ( suppl) : 1 4 0 -1 4 5 , 1 9 8 6 .

5 . Ga r d n e r P S , M c Q u i l l i n J . R a p i d vi r u s d i a g n o s i s . Ap p l i c a t i o n o f immuno fluo r e sc e nc e . 2nd

e ditio n, B utte r wo r ths, Lo ndo n, 1 9 8 0 . 6 . Ho lb e r g CJ , Wr ight AL Mar tine z FD, Ray CG, Taussig LM, Le b o witz MD.

Risk fac to r s fo r r e spir ato r y sync ytial vir us-asso c iate d lo we r r e spir ato r y illn e s s e s in th e fir s t ye a r o f life . Am e r ic a n J o ur n a l o f Epide m io lo gy 1 3 3 : 1 1 3 5 - 1 1 5 1 , 1 9 9 1 .

7 . Jamj o o m GA, al-Semr ani, AM, B o ar d A, al-Fr ayh AR, Ar tz F, al-Mo b air eek KF. Re spir ato r y sync ytial vir us infe c tio n in yo ung c hildr e n ho spitalize d with respiratory illness in Riyadh. Journal of Tropic al Pediatric s 3 9 :3 4 6 -3 4 9 , 1 9 9 3 .

8 . J o hnso n AW, Ade r e le WI, Osinusi K, Gb ade r o DA, Fagb ami AH, Ro to wa NA. Ac ute b r o nc hio litis in tr o pic a l Afr ic a : a ho spita l- b a se d pe r spe c tive in Ib adan, Nige r ia. Pe diatr ic Pulmo no lo gy 2 2 : 2 3 6 - 2 4 7 , 1 9 9 6 .

9 . Law B J, De Carvalho V. Respiratory sync ytial virus infec tions in hospitalized Canadian c hildren: regional differenc es in patient populations and management prac tic es. The Pediatric Investigators Collaborative Network on Infec tions in Canada. Pediatric Infec tious Diseases Journal 1 2 : 6 5 9 -6 6 3 , 1 9 9 3 . 1 0 . Mc Into sh ED, De Silva LM, Oates RK. Clinic al sever ity o f r espir ato r y sync ytial

vir us gr o up A and B infe c tio n in Sydne y, Austr alia. Pe diatr ic s Infe c tio us Dise ase s Jo ur nal 1 2 : 8 1 5 -8 1 9 , 1 9 9 3 .

1 1 . Me e r t K, He ide mann S, Ab e lla B , Sar naik A. Do e s pr e matur ity alte r the c o ur s e o f r e s pir a to r y s ync ytia l vir us infe c tio n? Cr itic a l Ca r e Me dic ine 1 8 : 1 3 5 7 -1 3 5 9 , 1 9 9 0 .

1 2 . Nasc ime nto JP, Siq ue ir a MM, Sutmo lle r F, Kr awc zuk MM, Far ias V, Fe r r e ir a V, Ro dr igue s MJ . Lo ngitudinal study o f ac ute r e spir ato r y dise ase s in Rio de Janeir o : o c c ur r enc e o f r espir ato r y vir uses dur ing fo ur c o nsec utive year s. Re vista do Instituto de Me dic ina Tr o pic al de São Paulo 3 3 : 2 8 7 -2 9 6 , 1 9 9 1 . 1 3 . R e e s e P E , Ma r c h e tte NJ . R e s p i r a to r y s yn c yti a l vi r u s i n fe c ti o n a n d p r e va l e n c e o f s u b gr o u p A a n d B i n Ha wa i i . J o u r n a l o f Cl i n i c a l Mic r o b io lo gy 2 9 : 2 6 1 4 - 2 6 1 5 , 1 9 9 1 .

1 4 . Sant’Anna CC, D’ Elia C. B r o nc hio litis. I n: B e nguigui Y, Antuñano FJ L, Sc hmunis G, Yune s J ( e d) Re spir ato r y infe c tio ns in c hildr e n. Pan Ame r ic an He alth Or ganizatio n, Washingto n, p. 2 4 7 - 2 6 3 , 1 9 9 9 .

1 5 . Siq ue ir a MM, Fe r r e ir a V, Nasc ime nto J P. RS vir us diagno sis: c o mpar iso n o f iso latio n, immuno fluo r e sc e nc e and e nzyme immuno assay. Me mó r ias do Instituto Oswaldo Cr uz 8 1 : 2 2 5 - 2 3 2 , 1 9 8 6 .

1 6 . Str alio tto SM. Pr e valê nc ia de vír us r e spir ató r io s e m pac ie nte s pe diátr ic o s e m Po r to Ale gr e . Te se de me str ado , Fac uldade de Ciê nc ias Mé dic as de Po r to Ale gr e , Po r to Ale gr e , RS, 1 9 9 5 .

1 7 . Str alio to SM, Ne sto r SM, Siq ue ir a MM. Re spir ato r y sync ytial vir us gr o ups A and B in Po r to Ale gr e , B r azil, fr o m 1 9 9 0 to 1 9 9 5 and 1 9 9 8 . Me mó r ias do Instituto Oswaldo Cr uz 9 6 : 1 5 5 - 1 5 8 , 2 0 0 1 .

1 8 . Sutmoller F, Ferro ZP, Asensi MD, Ferreira V, Mazzei IS, Cunha BL. Etiology of ac ute respiratory trac t infec tions among c hildren in a c ombined c ommunity and hospital study in Rio de Janeiro. Clinic al Infec tious Diseases 2 0 : 8 5 4 -8 6 0 , 1 9 9 5 .

1 9 . Vie ir a SE, Ste wie n KE, Que ir o z DAO, Dur igo n EL, Tö r ö K TJ , Ande r so n LJ , Miyao CR, He in N, B o to sso VF, Pahl MM, Gilio AE, Ej ze nb e r g B , Ok ay Y. Clin ic a l p a tte r n s a n d s e a s o n a l tr e n ds in r e s p ir a to r y s yn c ytia l vir us ho spitalizatio ns in São Paulo , B r azil. Re vista do I nstituto de Me dic ina Tr o pic al de São Paulo 4 3 : 1 1 9 - 1 8 2 , 2 0 0 1 .

2 0 . Wang EE, Law B J, Ste phe ns D. Pe diatr ic Inve stigato r s Co llab o r ative Ne two r k o n Infe c tio ns in Canada ( PICNIC) pr o spe c tive study o f r isk fac to r s and o utc o me s in patie nts ho spitalize d with r e spir ato r y sync ytial vir us lo we r r e spir ato r y tr ac t infe c tio n. J o ur nal o f Pe diatr ic s 1 2 6 : 2 1 2 - 2 1 9 , 1 9 9 5 . 2 1 . We b e r MW, Mulho lland EK, Gr e e nwo o d B M. Re spir ato r y sync ytial vir us

in fe c tio n in tr o pic a l a n d de ve lo pin g c o un tr ie s . Tr o pic a l Me dic in e & Inte r natio nal He alth 3 : 2 6 8 - 2 8 0 , 1 9 9 8 .

2 2 . Wo r ld He alth Or ganizatio n. B r o nc ho dilato r s and o the r me dic atio ns fo r the tr e atm e nt o f whe e ze - asso c iate d illne sse s in yo ung c hildr e n. WHO/ARI / 9 3 . 2 9 , Washingto n, 1 9 9 3 .

Referências

Documentos relacionados

A partir desta constatação, a presente dissertação teve como objetivo identificar as dimensões que configuram a imagem de loja online e seus impactos sobre a intenção de

O estudo busca trazer mais informações clínicas e epidemiológicas sobre as infecções respiratórias agudas hospitalares causadas por vírus sincicial respiratório,

As infecções do trato respiratório inferior pelo vírus sincicial respiratório (VSR) consti- tuem uma das patologias mais freqüentes e graves nos primeiros meses de vida,

A visualização dos grupos funcionais no perfil da vegetação permite avaliar (i) se o perfil está bem distribuído, com maior ocupação do espaço nos estratos mais baixos e

Tabela 12 – Déficit de torque flexor médio e desvio padrão entre o membro operado e controle nas diferentes velocidades. 4.7 Relação

a) O Argumento de Classificação (ARG) de cada candidato será o mínimo entre a nota 10 (dez) e 1,5xMP, isto é, ARG=MÍNIMO{10, 1,5xMP}, para aquele candidato que declarar, no

Before the onset of the WNS, the mammalian groups most affected by infectious diseases were those with higher proportions of domesticated species (i.e., Artiodactyla and

In addition to the processes involved in the coding of proline synthesis, several other genes are expressed in response to water deficit, such as those which encode enzyme that