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Arquitetura/Indivíduo: experiências intensificadoras dessa relação a partir de uma intervenção pontual

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Academic year: 2017

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO. FÁBIO CHAVES SGAVIOLI

ARQUITETURA/INDIVÍDUO: EXPERIÊNCIAS INTENSIFICADORAS

DESSA RELAÇÃO A PARTIR DE UMA INTERVENÇÃO PONTUAL.

Bauru 2009

Projeto apresentado à Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, como requisito do Trabalho Final de Graduação de Arquitetura e Urbanismo

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Dedicatória

À Minha família, que apoiou minhas decisões certas e me aconselhou na hora das decisões erradas. Obrigado pela força ao longo dessa jornada.

Ao prof. Dr. Claudio Silveira Amaral, pela confiança, respeito, atenção e, sobretudo pela sabedoria compartilhada nos atendimentos e discussões sobre arquitetura.

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SGAVIOLI, F.C. Arquitetura/Indivíduo: experiências intensificadoras dessa relação a partir de uma intervenção pontual. 27f. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2009.

RESUMO

Pederneiras, uma cidade do Centro-oeste Paulista com cerca de quarenta e dois mil habitantes e cento e dezoito anos, possui uma população que, assim como na maior parte das cidades brasileiras, em geral, não percebe e também não entende o espaço a sua volta, por isso, a relação arquitetura/indivíduo fica limitada a elementos de ordem funcional e estética.

Com este trabalho, pretende-se, através de uma intervenção primeiramente pontual em um determinado espaço da cidade, estimular pessoas não ligadas à área de estudo da cidade a enxergar a obra arquitetônica e o local em que ela está inserida de forma mais abrangente, fazendo com que haja uma interação maior entre população e espaço.

Com isso, cada indivíduo passa a perceber a arquitetura e a cidade de maneira diferenciada, dessa forma, as relações e os sentimentos envolvidos nessa visão subjetiva, resultam na apropriação do objeto em questão pela pessoa, ou seja, uma obra arquitetônica, uma área verde e os espaços públicos em geral que antes pareciam longe, fora do alcance, se tornam parte de seu ser, e consequentemente ela é estimulada a pensar e a zelar pelo que está a sua volta.

Por isso, entende-se que um dos papéis da arquitetura, assim como qualquer tipo de arte, é tentar entender o que acontece em nosso mundo e abrir os olhos daqueles que ainda não o enxergam e não se enxergam como parte constituinte desse mundo.

Para que isso aconteça, foi proposto o projeto de uma biblioteca em um determinado espaço dentro da cidade, e as relações entre ela, as linhas de força presentes no local e em todo o entorno imediato, garantirão dar continuidade à discussão levantada, assim como sanar algumas carências da cidade com relação à oferta desse tipo de serviço. Por isso, este projeto visa abrir a discussão de como a população em geral entende o espaço a sua volta e propor, ainda que de maneira precária, algumas soluções para estimular o pensamento arquitetônico em pessoas que não são ligadas à área, através de uma experiência que consiste em usar a metodologia de pensar o espaço e de ensinar arquitetura, utilizando os estudos de Gaston Bachelard sobre imaginação e devaneio, proposta pelo professor doutor Claudio Silveira Amaral.

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ÍNDICE DE IMAGENS

Fig 01. Biblioteca de AlexandriaSéc. III A.C...07

Fig 02. Biblioteca de AlexandriaSéc. III A.C...08

Fig. 03. Ilustração de um manuscrito do século XIII, que mostra uma típica biblioteca medieval em Bagdá...08

Fig. 04. Ilustração retratando um monge copista de uma biblioteca medieval...09

Fig. 05. Biblioteca de BodleianOxford, Inglaterra...09

Fig. 06. JAA Arquitetura; Centro Digital do ensino fundamentalSão Caetano do Sul –SP...10

Fig. 07. Ginásio de esportes...13

Fig. 08. Velório...13

Fig. 09. Muro que delimita o Estádio Municipal...14

Fig. 10. Vista da cidade a partir da área escolhida. ...14

Fig. 11. Tyre Shop I Art Exchange...14

Fig. 12. Tyre Shop I Art Exchange...15

Fig. 13. Tyre Shop I Art Exchange...15

Fig. 14. Foto da maquete eletrônica do projeto, mostrando os elementos envolvidos...16

Fig. 15. Foto da maquete eletrônica do projeto, mostrando a quebra na continuidade do muro...16

Fig. 16. Piazza dei Popolo em Ascoli Pisceno...17

Fig. 17. Piazza dei Popolo em Ascoli Pisceno...17

Fig. 18. Foto da maquete eletrônica mostrando os muros invadindo a praça...18

Fig. 19. Intervenção feita por Mônica Nador...18

Fig. 20. Obra de Mônica Nador feita a partir de desenhos da população...19

Fig. 21. Oficina de stencil no SESC Pinheiros com Mônica Nador...19

Fig. 22. Módulos móveis de alumínio da linha Pia Office, Securit...20

Fig. 23. Módulos móveis de alumínio da linha Pia Office, Securit...20

Fig. 24. Foto da maquete eletrônica do projeto que mostra a relação entre os muros localizados no bosque e a vegetação...22

Fig. 25. Estudo preliminar em meio eletrônico mostrando alguns detalhes do local...23

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SUMÁRIO

01. INTRODUÇÃO...07

01a. O estado atual da Biblioteca Municipal de Pederneiras...07

01b. Breve história da biblioteca...07

01c. Biblioteca Municipal de Pederneiras inserida no contexto histórico...11

01d. Gaston Bachelard e a arquitetura...11

02. JUSTIFICATIVAS...12

02a. Um novo olhar para o espaço...12

02b. A nova unidade de informação em Pederneiras...12

02c. Mente sã, corpo são. Morte... inevitável...13

03. OBJETIVOS: O projeto e as inter-relações de seus elementos...15

03a. O muro...16

03b. A praça...17

03c. Os edifícios...19

03d. O bosque...21

04. RELEVÂNICA DO PROJETO...22

05. METODOLOGIA...23

06. PLANO DE TRABALHO...24

07. CONCLUSÃO...25

08. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...26

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01. INTRODUÇÃO

01a. O estado atual da Biblioteca Municipal de Pederneiras

Nos cento e dezoito anos de existência da cidade, nunca existiu um prédio que fosse totalmente voltado ao armazenamento, consulta e estudo de informações. A biblioteca municipal sempre ocupou espaços provisórios, como áreas dentro da Prefeitura Municipal, de escolas e atualmente se localiza junto ao Departamento de Educação e Cultura. Por nunca ter possuído um prédio próprio, a biblioteca sempre apresentou algum tipo de carência, sendo muitas delas relacionadas à falta de espaço físico para a realização das mais diversas tarefas atribuídas a uma unidade de informação.

Por isso, este trabalho visa à implantação de um prédio voltado para atender este tipo de serviço e sanar alguns dos problemas da cidade no que diz respeito ao acesso à informação de qualidade, à cultura, espaços para estudo e encontro de pessoas, além de estimular o consumo de arte e mudar a visão que a população tem da biblioteca, transformado-a também em um espaço de lazer cultural acessível a todos.

Com a introdução de novas tecnologias de informação e comunicação, as bibliotecas hoje são vistas, principalmente por profissionais ligados à área, como centros dinâmicos de informação. Dessa forma, o projeto da nova unidade de informação do município de Pederneiras, englobará essas características hoje tão importantes para a organização e transferência de informações dos mais diversos tipos.

01b. Breve história da biblioteca

A palavra “biblioteca” tem sua origem do grego bibliothéke: biblíon (livro) e teke (caixa, depósito), portanto um lugar onde se guardam os livros. Desde as primeiras

bibliotecas, essa palavra tem sido empregada para designar um local onde se armazenam livros. Porém, nem sempre foram livros os materiais que preenchiam as bibliotecas. Historicamente, os suportes para a informação variaram de formato seguindo a tecnologia utilizada pelo homem. Já foram usados materiais como tabuletas de argila, rolos de papiro e pergaminho e os enormes códices que eram enclausurados nos mosteiros medievais.

Fig 01. Biblioteca de AlexandriaSéc. III

A.C; Fonte:

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As bibliotecas da Antigüidade não se diferenciavam muito das bibliotecas do período medieval. Elas se constituíam locais de armazenamento de documentos, com sistemas precários de recuperação e acesso. Elas se ocupavam em armazenar a maior quantidade de rolos de papiro e, posteriormente, pergaminho atribuindo status e poder aos seus imperadores nas regiões onde se encontravam. Estas bibliotecas reuniam escritas de intelectuais gregos, romanos e egípcios. Exemplo de uma grande biblioteca deste período é a biblioteca de Alexandria (Fig. 01 e 02) que continha setecentos mil volumes. Na Idade Média, o centro da vida social e econômica da população era a Igreja. Por isso, as bibliotecas estavam sob o comando do clero e encontravam-se dentro de mosteiros, onde o acervo era de difícil acesso para a população que se conformava com sua condição, pois era educada através da tradição oral. A alfabetização escrita era restrita a poucos. Assim, a tarefa da escrita destinava-se aos cultos que eram os clericais. As obras existentes no acervo das bibliotecas monásticas eram controladas até para membros do clero, pois algumas delas eram consideradas profanas.

As bibliotecas monásticas também existiram no Oriente Próximo, são as chamadas bibliotecas bizantinas. Eram igualmente mantidas por monges, mas nas quais, segundo parece, a contaminação profana era muito maior e mais fácil. Durante o período medieval no Oriente também existiram as bibliotecas particulares mantidas por imperadores e que, curiosamente, eram carregadas em suas viagens como parte de sua bagagem. Um exemplo de biblioteca desse período é mostrado em um manuscrito do século XVIII (Fig. 03).

Fig 02. Biblioteca de AlexandriaSéc.

III A.C; Fonte:

http://lerparacrer.wordpress.com/2008/0 9/08/

Fig. 03. Ilustração de um manuscrito do século XIII, que mostra uma típica biblioteca medieval em Bagdá.

Fonte:

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As bibliotecas universitárias surgiram na Idade Média, pouco antes do Renascimento. A princípio elas estavam ligadas às ordens religiosas, porém já começavam a ampliar o conteúdo temático além da religiosidade. Estas bibliotecas são as que mais se aproximavam do conceito atual de biblioteca como espaço de acesso e disseminação democrática de informação. O número de estudantes universitários aumentou, ocasionando o crescimento também da produção intelectual. Os livros ainda eram manuscritos o que dificultava a reprodução destes para o estudo.

No momento em que a Idade Média entrava em decadência dando espaço ao Renascimento, difundiu-se na Europa a tecnologia dos tipos móveis, criada por Gutenberg. Essa nova situação de acessibilidade dos livros, de papel e impresso, acabou sendo um estímulo ao conhecimento das letras e à absorção de conhecimento. Quanto mais se lia, mais se produzia conhecimento o que aumentava o campo para novos estudos. Este ciclo cresceu aumentando a relação entre a universidade, a biblioteca e os seus leitores.

Neste momento deve-se salientar o caráter sagrado da biblioteca, onde ainda existiam limites ao acesso e a preocupação com a reflexão dos leitores. Após estudarem uma obra, era recomendado que se meditasse sobre ela andando lentamente pelas galerias das bibliotecas.

Mesmo tendo este aspecto sagrado, a biblioteca universitária sofreu os reflexos das mudanças trazidas pela Renascença. A partir do século XVI, com o descobrimento

Fig. 05. Biblioteca de BodleianOxford,

Inglaterra

Fonte:http://justinmenard.ca/page/2/

Fig. 04. Ilustração retratando um monge copista de uma biblioteca medieval

Fonte:

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de novas terras e novas culturas, a ciência começa a se desenvolver, contrariando verdades dogmáticas impostas pela Igreja. A partir desse ponto, ocorre a mudança da visão teocêntrica defendida pela Igreja para uma antropocêntrica voltada para o ser humano, e suas necessidades. Com o auxílio da difusão da escrita e do papel, a biblioteca universitária ganha espaço e mais autenticidade e autonomia, estendendo sua visão de democratização da informação às bibliotecas posteriores a ela.

Entretanto, os processos de mudança para laicização, democratização, especialização e socialização da biblioteca ocorreram lenta e continuamente. A biblioteca moderna rompeu os laços com a Igreja católica, estendendo a todos os homens a possibilidade de acesso aos livros, com isso precisou se especializar para atender as necessidades de cada leitor ou comunidade, deixando de ser passiva, deslocando-se até o leitor, buscando entendê-lo e trazê-lo para a biblioteca. Num período em que as lutas por direitos iguais eram uma realidade, a biblioteca, antes encarada com um depósito de livros inacessíveis para uma grande maioria, começa a mudar e se tornar mais democrática e preocupada com a comunidade do local onde esta inserida. A biblioteca moderna, nascida na Renascença, trouxe também o bibliotecário como um profissional reconhecido. Até meados do século XIX as bibliotecas empregavam eruditos e escritores para esta função.

O final da Segunda Guerra Mundial trouxe o computador e a informática, com o transcorrer do tempo, o computador diminuiu de tamanho e aumentou sua potência, saindo dos ambientes dos laboratórios de cientistas, passando a ter uso pessoal. Com esse novo recurso o trabalho nas bibliotecas ficou mais fácil e rápido. O desenvolvimento da informática possibilitou a criação da internet que rompeu com a comunicação unidirecional

Atualmente as bibliotecas contam com recursos tecnológicos que possibilitam ao profissional comunicar-se com os usuários virtualmente, agilizar o processamento técnico, disponibilizar documentos em formato eletrônico, podendo ser acessado por inúmeros usuários ao mesmo tempo em qualquer lugar do mundo; ou até mesmo criar uma biblioteca totalmente digital. Hoje, os objetivos de uma biblioteca são disponibilizar informação, cultura, espaços para estudos das mais diversas áreas e lazer.

No mundo contemporâneo, com a introdução das tecnologias de informação e comunicação (as chamadas TICs pelos profissionais da área), as bibliotecas passaram a ter os seus serviços automatizados, serviços de referência à distância, obras digitalizadas, acesso a catálogos, à base de dados on-line, serviço de comutação com

Fig. 06. JAA Arquitetura; Centro Digital do

ensino fundamental–São Caetano do Sul - SP

Fonte:

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outras bibliotecas, etc. Os novos recursos da informática fizeram dessa biblioteca um lugar diferente daquele local percebido como depósito de livros no passado.

Mesmo assim, o termo biblioteca e bibliotecário, referentes aos antigos lugares onde se guardavam os livros continuam sendo usados. Mas no meio acadêmico já se criaram novas denominações para a atual biblioteca, como unidade de informação, e para os bibliotecários profissionais da informação.

01c. Biblioteca Municipal de Pederneiras inserida no contexto histórico.

Com essa breve história que fala sobre a necessidade humana de se guardar informações importantes para a vida e que são amplamente utilizadas para gerar novas informações das mais diversas áreas do conhecimento na constante e infinita busca para entender o mundo a nossa volta e a nós mesmos, percebemos que a Biblioteca Municipal de Pederneiras atualmente se encaixa mais na concepção da antiga biblioteca armazenadora de livros, fato que pode ser percebido observando o espaço interno da mesma, onde quase não se tem lugares para estudo, muito menos para pesquisas, palestras e eventos culturais, além de não ser informatizada, onde os profissionais ainda utilizam máquinas de escrever, cartões e cadernos para anotar empréstimos e gerenciar o pequeno e desatualizado acervo, numa época em que beiramos a segunda década do século XXI. Essa situação também pode ser constatada no depoimento de uma das profissionais que trabalham no local. Ao perguntar se hoje a biblioteca atua mais como um local de estudos e encontro entre pessoas ou apenas como um local de armazenagem obteve-se a seguinte resposta: “(... acredito que a maioria seja apenas um armazenamento de livros, pois a maioria das pessoas não gosta de ler.)”(Funcionária A, a dois anos trabalha na Biblioteca Municipal). Além disso, o espaço é mal ventilado e a iluminação parece não ser adequada à leitura. Em outras palavras, a Biblioteca Municipal tem atualmente todos os problemas que qualquer unidade de serviço e atendimento às pessoas localizado em um espaço provisório possui.

01d. Gaston Bachelard e a arquitetura

O fato de que arquitetos utilizam amplamente a imaginação para criar e modificar vários elementos presentes na cidade, leva a crer que o estudo feito por Bachelard sobre o devaneio, pode contribuir para a formulação de um método projetual queutilize uma “lógica da imaginação”, onde o devaneio (sonho acordado e consciente) é utilizado para criar situações nunca vividas. Essa é a proposta do professor Doutor Cláudio Silveira Amaral para uma nova metodologia no ensino de arquitetura e que, no presente trabalho, será usada a nível experimental para, nos primeiros estágios do projeto, tentar entender melhor o espaço e as linhas de força que o compõe.

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02. JUSTIFICATIVAS

02a. Um novo olhar para o espaço.

Antes mesmo de se pensar nos benefícios da criação de uma biblioteca contemporânea em Pederneiras, é preciso refletir sobre como a intervenção pode fazer as pessoas voltarem seu olhar de maneira diferenciada para o espaço.

Como já foi dito, para que isso ocorra, a população tem que se sentir parte da obra, se apropriar dela. Esse sentimento só é possível se o local inspirar a pessoa a pensar e a imaginar situações sobre ele, o reinventado a sua maneira. Assim como a poesia, a arquitetura precisa da imaginação do leitor para existir, sem ela o edifício é algo totalmente sem vida. É isso que os estudos de Gaston Bachelard propõem, segundo ele, a matéria é algo estático e somente através da imaginação é que conferimos a ela movimento.

Dessa forma, conclui-se que uma obra arquitetônica precisa ser provida de movimento para que esta tenha vida e seja vivenciada por todos que de alguma forma estão ligadas a ela. Movimento esse, que é criado a partir de elementos que dialeticamente se negam, gerando o novo e, transformando um local antes estático, com seus usos definidos e milimetricamente delimitados. Essa negação, proposta por Bachelard, nada mais é do que induzir a pessoa a se incomodar com um objeto.

Levando em conta esse estudo, percebe-se que é necessário, num primeiro momento, o próprio arquiteto se apropriar do local e desvendar suas possibilidades através do devaneio, que possibilita pensar sobre a não-rua, o não-lote, a não-calçada, criando situações novas, negando sua estagnação. Com isso as pessoas, que estão acostumadas a ver os elementos de uma cidade totalmente definidos e em seus devidos lugares, são convidadas a olhar e a interpretar o espaço em que ela vive, utiliza, anda, vê.

02b. A nova unidade de informação em Pederneiras

“Cultura e educação fazem muita diferença. Basta observar os países ricos e

pobres e dentro desse, os estados. Aqueles, onde esses dois segmentos são valorizados,

as bibliotecas, os livros e a leitura também são”. (Funcionária B, a 15 anos trabalha na Biblioteca Municipal de Pederneiras)

Pelo que foi mostrado, a realidade da Biblioteca Municipal de Pederneiras hoje está longe de ser a ideal para atender às necessidades do usuário contemporâneo. Seu espaço não convida outras pessoas a se interessarem pelo ambiente rico em informações e cultura, por não ter condições de acolher confortavelmente novos usuários, com isso a população, que já não tem o costume de utilizar esse tipo de serviço, nem pensa em entrar no local.

Por esse motivo, a criação de um projeto que atraia a comunidade e a faça consumir arte e informações de qualidade, é imprescindível, principalmente pelo fato de que os meios de comunicação e movimentos ditos artísticos mais apreciados atualmente deixam a população alienada com a falta de conteúdo, e essa alienação faz com que as pessoas sejam facilmente manipuláveis.

Dessa forma, a transformação da Biblioteca Municipal em uma unidade de

informação atualizada, com novos equipamentos e usos, tem o poder de transformar o

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confortáveis, pois como já foi mencionado, umas das carências da atual Biblioteca Municipal, são ambientes acolhedores e adaptados climaticamente para o desempenho das funções ligadas à informação. Por isso, o projeto pretende resolver os espaços internos da nova unidade de informação dando a eles iluminação suficiente para a realização das mais diversas tarefas, especialmente a leitura, somado com uma ventilação capaz de tornar essas áreas agradáveis ao usuário. A questão do conforto se torna importante, visto que o clima na região de Pederneiras é extremamente quente e seco, quadro que é agravado por causa do alto número de fazendas canavieiras ao redor da cidade, sendo estas responsáveis pelas grandes queimadas em épocas de colheita que deixam essas características climáticas ainda mais acentuadas.

Não se pode falar em uma unidade de informação atualizada sem falar das

TICs (tecnologia de informação e comunicação), elas compreendem a informatização

das atividades desenvolvidas nas dependências desse tipo de edificação. Dessa forma, os espaços terão que prever a implantação de terminais computacionais, tanto para uso exclusivo de funcionários, quanto para a população. Essas tecnologias se tornam úteis à medida que agilizam o trabalho dos profissionais, além de promover uma melhor organização e permitir a comunicação com outras unidades ao redor do mundo. Por essa razão, cabe aos profissionais da informação atuais, agir como uma interface entre o usuário e a informação, atuando como um facilitador do acesso.

De um modo geral, a nova unidade de informação proposta para o município de Pederneiras, criará oportunidades de se crescer como pessoa, não só para os bibliotecários como era na antiga biblioteca, mas sim para toda a população, agora estimulada e convidada a participar ativamente das atividades oferecidas por uma unidade de informação totalmente estruturada.

02c. Mente sã, corpo são. Morte... inevitável.

Para fazer essa intervenção, foi escolhida uma quadra de 7670 m2 em uma região considerada central da cidade, mas que é um pouco afasta do centro comercial.

Por sua proximidade como cemitério o velório da cidade se encontra nesse local e é o único equipamento que existe nessa quadra. Ao lado dessa área encontra-se o Ginásio de Esportes Municipal, o Estádio Municipal e uma escola estadual (E.E Pe Anchieta). Um grande muro se estende por todo o lado onde se encontra o estádio.

Fig. 07. Ginásio de esportes

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Ao invés de negar, com uma edificação pontual, todos os elementos presentes no local, pretende-se integrá-los de forma que a interação entre eles gerem movimentos.

Por isso, o velório, que em uma análise superficial não estaria de acordo com o projeto de uma biblioteca, será incorporado, da mesma forma que o ginásio de esportes. Essa colisão de usos aparentemente distintos uns dos outros, geram multiplicidade, sendo este entendido, segundo André Eichemberg, não apenas como uma mera soma de funções, mas espaços geradores de novas qualidades. Estas instigam a população a criar, imaginar, dando um caráter poético à obra.

Isso contribui para a fuga de espaços estáticos, já discutidos anteriormente, já que esta situação possui um jogo de forças que agem ao mesmo tempo, rearticulando as condições dos edifícios envolvidos (tristeza, saúde, morte, reflexão, pensamento), enfim, cria movimento.

O não-velório, a não-biblioteca, o não-ginásio: a coexistência desses espaços que dialeticamente se negam para formar algo novo garante a multiplicidade no local. Por esse motivo, a obra se torna mais próxima do homem real, já que essa sobreposição o representa como ele realmente é com seus defeitos e qualidades.

Vários exemplos podem ser citados pelo mundo, onde arquitetos utilizaram da multiplicidade na concepção de seus projetos. Um deles é o “Tyre Shop I Art

Exchange” (Fig. 11 a 13) do escritório suíço Camezind e Grafsteiner.

Fig. 09. Muro que delimita o Estádio Municipal

Fig. 10. Vista da cidade a partir da área escolhida.

Fig. 11. Tyre Shop I Art Exchange

Fonte:

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Este projeto consiste em uma galeria de arte no pavimento superior, que coexiste com uma borracharia no pavimento térreo, dessa forma, um uso se dobra no outro, formando novos espaços. Neste caso seria o pneu-arte, ou o pneu e o não-arte.

Neste momento, deve-se destacar que a área relativa ao prédio da Escola Estadual Pe. Anchieta, não sofrerá modificações físicas, pois a escola possui sua própria dinâmica de funcionamento e uma intervenção do porte desse trabalho necessitaria de um estudo mais aprofundado sobre a mesma. Ela será considerada como um limite que será transposto visualmente pelos edifícios do projeto, a fim de que as pessoas localizadas no centro comercial de Pederneiras possam notar a presença da intervenção na cidade, causando estranhamentos e questionamentos.

Também vale ressaltar que por motivos práticos, o edifício que compreende o ginásio de esportes não será detalhado em projeto, apenas o edifício que se refere à biblioteca e ao velório, mas não será excluída a representação das inter-relações entre eles.

03. OBJETIVOS: O projeto e as inter-relações de seus elementos

Como já foi mencionado, os principais objetivos do projeto são: iniciar uma discussão de como fazer com que a população perceba o espaço em que esta inserida de maneira mais intensa e sanar a carência da cidade com relação a equipamentos de cultura e acesso a informações.

Para que isso ocorra, as inter-relações dos elementos envolvidos no projeto devem propiciar um estranhamento, que por sua vez faça a pessoa pensar sobre o espaço e consequentemente atue de forma mais significativa para a construção do mesmo.

Dessa forma, a negação de seus elementos utilizando a dialética bachelariana, foi empregada a fim de alcançar essas inter-relações, assim gerando movimentos.

Deve-se apontar nesse momento os elementos que vão compor o projeto. Além dos edifícios do velório, biblioteca e ginásio de esportes, vai ser incorporado, o muro já descrito anteriormente, e serão criados para completar a obra uma praça e um bosque.

Fig. 12. Tyre Shop I Art Exchange

Fonte:

www.e-architect.co.uk/switzerland/zurich_tyre_shop.htm

Fig. 13. Tyre Shop I Art Exchange

Fonte:

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Os elementos descritos acima serão separados por tópicos para facilitar o entendimento, mas estes devem ser entendidos como partes que se dobram umas nas outras criando relações e movimentos.

03a. O muro

Ao percorrer o local, o muro que se estende por todo o lado correspondente ao fundo do Estádio Municipal salta aos olhos, por isso corresponde a uma das linhas de força predominantes no local. Tentando negar esse muro como ele se apresenta hoje: um limitador de espaços e usos; procurou-se quebrar esse limite, mas ainda o mantendo como um. Dessa forma, foram criados elementos vazados compostos de cerca-viva, sendo que essa vegetação remete ao teto-jardim do edifício e ao bosque, com isso, se gera dobras entre eles.

Essas quebras na continuidade do muro, também correspondem à quebra da monotonia e do confinamento que esse objeto tão extenso anteriormente representava. Com isso, é proposto no presente trabalho, que o muro não fique apenas ocupando o espaço que foi delimitado a ele, mas que avance por todo o local, na praça, no bosque e no interior dos edifícios.

Tudo isso caracteriza o não-muro, pois sendo muro, ao mesmo tempo não mais o é, já que ele não se apresenta mais apenas como um limitador de espaços. É um jardim e um elemento passivo de muitas intervenções, o que cria inter-relações entre espaço e indivíduo.

Fig. 14. Foto da maquete eletrônica do projeto, mostrando os elementos envolvidos

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Além disso, os muros estimulam a criatividade, que pode ser entendida como marca da singularidade, ou seja, há novamente a apropriação do objeto pelo indivíduo. Mesmo porque o deslocamento do muro para a praça é bem evidente, isso facilita a compreensão de pessoas que não são ligadas à arquitetura, uma vez que esse projeto foi pensado para que elas percebam o seu espaço.

Analisando a lógica dessa intervenção, se percebe que o muro, antes apenas um limitador, mas agora com algo mais, remete aos usos e espaços antes separados e que nesse projeto estão juntos.

03b. A praça

A praça, segundo os estudos de Camillo Sitte sobre as praças italianas, deve ser um local de respiro, de contemplação de uma obra arquitetônica, árida e estritamente estética. Nesse projeto, tentou-se levar em conta algumas das características, que para esse estudioso eram fundamentais, mas de maneira diferenciada. Uma praça, como por exemplo, a Piazza dei Popolo em Ascoli Pisceno (Fig.16 e 17), não faria sentido no contexto do projeto e nem da cidade, dessa forma, uma praça que, num primeiro momento, não transmite nenhuma idéia de movimento, se vê invadida por fragmentos do muro descrito anteriormente, elementos também estáticos, mas ao se deslocar para o resto do local, representa movimento, além de criar movimentos através do diálogo destes com a população.

Levando em conta a disposição dos muros na praça, este pode ter inúmeros usos e significados, dentre eles: intervenções artísticas com gravuras, grafite, desenhos, esculturas, gincanas que a biblioteca pode estar propondo para crianças e jovens, caça-palavras, exposições ao ar livre, entre outros que qualquer usuário possa inventar.

Fig. 16. Piazza dei Popolo em Ascoli Pisceno. Fonte:

http://www.flickr.com/photos/stensonweb/277278 9624/

Fig. 17. Piazza dei Popolo em Ascoli Pisceno. Fonte:

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A proposta aplicada a esses muros vão se estender para dentro dos edifícios, onde intervenções artísticas também poderão ser apresentadas ao longo de suas paredes. Mas para evitar uma poluição visual nesse espaço, as obras só poderão ser feitas mediante a aprovação do Departamento de Cultura de Pederneiras. Isto se mostra necessário, uma vez que o ambiente pode sofrer com intervenções ruins e de gosto duvidoso, que depredariam o local em vez de acrescentar algo para este e para os que lá se encontram.

Vale lembrar que nesse trabalho, o intuito não é direcionar o olhar do indivíduo para uma ou mais questões, mas apenas fornecer o espaço para que ele, com suas experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da vida, possa criar laços e interagir com o local e os com outros à sua volta.

Como forma de exemplificar o tipo de intervenção artística que porventura possa ser feita nos muros, foram utilizadas na maquete eletrônica obras da artista plástica Mônica Nador, já que a proposta de suas intervenções através do projeto

“Paredes Pinturas”, é condizente a apresentada neste trabalho. Segundo ela, o que se pretende com esse projeto é dar uma nova cara ao espaço público através do que ela

chama de “arte útil”. Para isso, Mônica procurou trabalhar junto com a comunidade, sendo esta responsável pelos desenhos que servem de base para a intervenção, dessa forma, a população consegue expressar sua criatividade através da obra artística de Mônica, sem a intervenção dos meios de comunicação em massa responsáveis pela alienação. Com isso a riqueza cultural da população é destacada. Esse tipo de resultado é o que se pretende neste trabalho: fazer com que a comunidade pederneirense expresse sua singularidade através de intervenções no edifício.

Fig. 18. Foto da maquete eletrônica mostrando os muros invadindo a praça

Fig. 19. Intervenção feita por Mônica Nador Fonte:

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Do mesmo modo que os muros invadem a praça, esta invade o espaço reservado às ruas e às calçadas, proporcionando um maior diálogo entre os elementos. Nota-se que mesmo assim, a rua não foi fechada para o trânsito de veículos. Haverá um limitador composto por pequenos postes para impedir a entrada de veículos nos locais para pedestres. Essa limitação é necessária, pois uma interação maior entre veículos e pedestres neste local, poderia ocasionar acidentes. Mesmo assim, a sensação de invasão e as relações ainda estariam presentes com esse limitador, que visualmente é bem singelo. O piso escolhido para essa área é o paralelepípedo, pois ao contrário de um piso cimentício intertravado, garante o aparecimento de vegetação em suas juntas, permitindo um diálogo maior com todo o projeto, já que um elemento se dobra no outro através da presença da vegetação.

Por isso, a praça ideal descrita por Camillo Sitte é modificada, pois ainda é um local de contemplação da obra arquitetônica, mas com os muros inseridos no local, a contemplação se dá aos poucos, já que as pessoas vão descobrindo o edifício por partes, caracterizando a não-praça, assim como a rua invadida pela praça se caracteriza pela não-rua, sendo praça ou rua e ao mesmo tempo não sendo.

03c. Os edifícios

Como já foi mencionado, o edifício que se refere ao ginásio de esportes não será detalhado em projeto, em contrapartida, ficam evidentes as relações deste com os outros edifícios, uma vez que há uma rearticulação das forças que envolvem os elementos do local, forças essas presentes também no meio psicológico, em que envolvem não apenas diferentes sensações (tristeza, alegria, agitação, calma), mas, sobretudo um incomodo induzido pela negação. Dessa forma, a entrada principal do ginásio foi voltada para o edifício biblioteca/velório e para o bosque, sendo que este se estende até o ginásio, assim como o muro fragmentado, além disso, o fechamento escolhido para delimitar a área do ginásio é composto de cerca-viva, assim como as

Fig. 20. Obra de Mônica Nador feita a partir de desenhos da população Fonte:

http://sseda.blogspot.com/2009/06/monic a-nador_28.html

Fig. 21. Oficina de stencil no SESC pinheiros com Mônica Nador Fonte:

(19)

interrupções do muro do Estádio Municipal, fortalecendo as relações edifício/muro-limite/vegetação.

Também vale ressaltar, o caráter funcional do trabalho em que a criação de uma unidade de informação no município de Pederneiras, onde se ofereça várias atividades ligadas ao conhecimento, cultura, lazer e que tenha espaços confortáveis para acolher os usuários, pode também instigar outras pessoas a se tornarem um. Os ambientes seriam gerenciados a partir da implantação das TICs, tornando os profissionais da informação mediadores entre o conhecimento e o usuário. Também é previsto a criação de um anfiteatro para receber palestras, escritores e peças de teatro, para isso, esse equipamento contará com camarins e depósitos que se localizará no subsolo.

As áreas para exposições, computadores ligados à rede para pesquisas e comunicação com outras unidades, áreas de estudo e leitura, serão localizadas no pavimento superior, de planta livre e flexível, onde módulos móveis, feitos com perfis de alumínio, conectores de aço e fechamento em vidro (detalhados em projeto), garantirão dar essa característica ao espaço, bem como estabelecer um diálogo maior com o próprio edifício que possui vidro em boa parte de sua composição (fachadas leste e sudeste, caixas de elevadores para deficientes, dentre outros), dando a sensação de espaço dentro do espaço.

Fig. 22. Módulos móveis de alumínio da linha Pia Office, Securit. Fonte:

http://www.securit.com.br/#/pt_BR/produtos/e scritorios?id_produto=5

Fig. 23. Módulos móveis de alumínio da linha Pia Office, Securit. Fonte:

(20)

Esse tipo de estrutura foi pensado, assim como os outros elementos, a partir da negação do conceito de parede, ainda que esses módulos com fechamento em vidro limite espaços, eles não representam um limite visual, pois são totalmente transparentes, garantindo a relação fechamento de tijolo/fechamento de vidro, fechamento em vidro do edifício com o do módulo e também a relação paredes do interior com muros externos ao prédio. Vale lembrar que a disposição do layout presente na planta do pavimento superior, não é definitiva já que o espaço é completamente flexível, mas é apenas um exemplo de como os módulos e as mesas podem estar articulados. Dessa forma, pode ser que em vários momentos ao longo da vida do edifício como uma unidade de informação, essa distribuição precise mudar para, por exemplo, fazer uma exposição, ou um workshop, então esses módulos poderiam ser facilmente manipulados para compor outro tipo de espaço. Novamente vemos movimento sendo gerado, dessa vez a partir da flexibilidade do espaço.

A área reservada para o acervo conta com uma parte no térreo e com uma no subsolo, necessária para atender a demanda de novos usuários. Esta terá informações diversificadas disponíveis em vários formatos. Enfim, esse edifício contará com todos os equipamentos necessários para atender a população da melhor maneira possível. Esse projeto é proposto para substituir a antiga Biblioteca Municipal que hoje se encontra junto ao Departamento de Educação e Cultura, e possui carências em diversos setores que vão desde a oferta de serviços, conforto, espaço para um acervo atualizado, até as de ordem organizacional.

Pelos motivos já apresentados, neste mesmo conjunto de prédios funcionará o velório. Este terá um espaço comum para seus usuários e para os da biblioteca, que se caracteriza como um local de encontro e descanso que possui uma lanchonete, mesas de leitura, puffs, estantes de livros, jornais e revistas, onde quem está no velório poderá se distrair e encontrar outras situações que não a de tristeza e melancolia. Ao contrário do antigo velório presente no local, onde o acesso dos usuários, funcionário e carro funerário era o mesmo, comprometendo a privacidade de parentes de amigos, este contará com acessos diferenciados para garantir maior conforto e agilidade no serviço.

A cobertura do edifício será composta por um teto-jardim do tipo extensivo, onde não há a presença de outro tipo de vegetação que não seja grama, por isso a sobrecarga na estrutura do prédio será baixa com relação a outros tipos de cobertura. Além disso, é de baixo custo, exige pouca manutenção e uma fina camada de solo, podendo variar de 08 a 12 centímetros, não requer irrigação. Esse tipo de cobertura tem a vantagem de ajudar no conforto térmico e acústico, além de permitir a renovação de ar, diminuindo a concentração de CO2.

03d. O bosque

As relações entre a vegetação/edifício/muro, já foram apresentadas anteriormente, onde esta aparece em quase todos os elementos. Dessa forma, a negação dessa vegetação estaria presente no bosque com a presença dos muros, no piso da praça de paralelepípedo (relação construído/natural, permeável/impermeável), no teto do edifício (teto-jardim), e nos muros, ora invadidos pela vegetação, ora quebrados por ela.

Vale ressaltar que o jardim emoldura uma paisagem, servindo como pano de fundo para o edifício, que também possui um teto-jardim. Essas relações visuais são facilmente percebidas, o que se demonstra interessante em um projeto cuja finalidade é que pessoas não ligadas à área percebam a arquitetura.

(21)

menos propensas ao stress, além disso, o jardim criado serve como local de meditação para quem se encontra no velório e para os usuários da biblioteca, e também de interação entre essas pessoas. O contato com a vegetação também previne outras doenças principalmente respiratórias.

04. RELEVÂNICA DO PROJETO

As considerações que este projeto propõe, abre uma janela para a discussão de como fazer um indivíduo que não é ligado a nenhuma área referente ao estudo da cidade se interessar e participar mais dos assuntos que envolvem o espaço ao seu redor e suas relações. Para isso, considerou-se um projeto que faça as pessoas se sentirem como parte integrante do espaço, se apropriando do mesmo de forma poética e consequentemente interagindo mais nas questões que envolvem a cidade.

Uma discussão como esta, poderia ser levada para outros campos de estudo e intervenções na cidade, como o Plano Diretor Participativo. Se as pessoas se sentirem mais próximas e estimuladas a pensar no espaço, a participação em um plano diretor por parte da população seria mais intensa. Mas isso é um estudo que precisaria de mais dados, pesquisas, experiências e reflexões.

O que foi proposto no projeto atual é apenas um ensaio de como essas idéias poderiam ser transmitidas espacialmente, utilizando uma “lógica da imaginação”

inspirada nos estudos de Gaston Bachelard sobre o devaneio poético.

Com relação à construção de uma unidade de informação atualizada no caso específico do município de Pederneiras, esta torna imprescindível, devido à carência da atual Biblioteca Municipal e também pela falta de vontade e costume, por parte da população, em utilizar esse tipo de serviço.

Ao perguntar para a bibliotecária que trabalha para o município sobre o que é preciso para que se modernize a biblioteca, fica claro em sua resposta que a solução é

exatamente a proposta desse trabalho: “Prédio próprio e um sistema de gerenciamento”

(Funcionária B, a 15 anos trabalha na Biblioteca Municipal de Pederneiras). Uma resposta curta, mas denunciadora de fatos.

Outras perguntas foram feitas para os três funcionários, todas revelaram um padrão: a necessidade de novos espaços, amplos e confortáveis, que façam a população se interessarem pela busca do conhecimento. Além disso, é preciso urgentemente melhorar as condições de trabalho dos funcionários, que apesar da falta de espaço e recursos, são muito unidos, como mostra a pesquisa, e ainda possuem alegria e motivação para trabalhar e levar um pouco de informação para quem os procura.

(22)

05. METODOLOGIA

Como já foi mencionado, o presente trabalho procurou usar de maneira experimental, para entender o local de forma diferenciada, uma metodologia de pensar o espaço e de ensinar arquitetura, utilizando os estudos de Gaston Bachelard sobre imaginação e devaneio, proposta pelo professor doutor Claudio Silveira Amaral.

Com isso, tem-se o não-projeto, que nada mais é do que, antes mesmo de se pensar o projeto com seu programa, funções e usos, procurar entender o objeto, no caso o local, seu entorno e suas linhas de força, a partir da negação deste da forma que ele se encontra (estático), lhe dando vida através da imaginação que utiliza o devaneio (sonho acordado) para negar a matéria inerte.

Esse devanear sobre o objeto permite aprender mais sobre o local e enxergar as possibilidades que ela oferece. Essa é a razão de Bachelard: o conflito entre a potencialidade e a possibilidade, ou seja, o objeto, que se apresenta inerte, tem suas potencialidades e com a imaginação, o indivíduo consegue enxergar as possibilidades.

Todo esse modo de pensar se distancia da lógica positivista, onde tudo é dado como certo, inclusive o futuro, ao contrário da dialética que apenas o sinaliza. Dentro da arquitetura esse pensamento acontece quando começamos um projeto á partir de programas, tipologias, usos definidos, em que desde o princípio, esses elementos já se apresentam como certezas, seguindo um pensamento funcionalista, onde a imaginação se encontra na criatividade do arquiteto ao utilizar uma lógica.

Por isso, pode-se dizer que o fenômeno da imaginação nunca esteve inserido em uma lógica, mas sempre como instrumento de modificação da mesma. O que o Professor Doutor Claudio Silveira Amaral sugere, é que a imaginação esteja presente em uma lógica, propondo dessa forma, um ensaio para uma metodologia de ensino em

Fig. 25. Estudo preliminar em meio eletrônico mostrando alguns detalhes do local.

(23)

arquitetura, e que, neste trabalho, as idéias intrínsecas a ele tentaram ser aplicadas, ainda que em caráter experimental.

A partir disso, procurou-se garantir que todas as inter-relações presentes no local, fossem pensadas dessa maneira. Esse exercício está longe de ser uma coisa fácil, uma vez que nem sempre se consegue apreender o espaço dessa maneira, pois o indivíduo, primeiramente, deve estar aberto a isso e o local, o momento, nem sempre é propício a essa dinâmica. Mas quando se consegue as etapas seguintes, agora entrando na esfera do projeto, fica mais fácil e prazerosa.

06. PLANO DE TRABALHO

01. Entender o espaço em que será feita a intervenção:

Nesta primeira etapa será utilizado o método discutido anteriormente para entender o que acontece no local e as inter-relações de seus elementos. Não se esquecendo que esse método será usado ao longo das outras etapas projetuais para garantir o diálogo entre todas as partes.

02. Definição de um uso e um programa:

Após a análise do local e do que se pretende com o projeto, o uso será definido a partir de uma necessidade real da cidade e de seus moradores. No caso, se observou a carência do município com relação a equipamentos de cultura e de acesso a informações. Por isso optou-se por uma biblioteca, que devido ao caráter do local, foi acrescida de outros usos já discutidos.

03. Aplicação de um questionário para funcionários de bibliotecas:

A partir desse momento, será aplicado um questionário para os funcionários da Biblioteca Municipal de Pederneiras. Essas amostras são importantes para conhecer melhor as necessidades de uma unidade de informação e das pessoas diretamente ligadas a ela, o que gera um conhecimento mais consolidado sobre a organização espacial da mesma.

2. Problematizar o trabalho:

Após a análise dos questionários e a consulta da bibliografia básica, já se pode escrever sobre os conceitos que serão utilizados no projeto, apontando os problemas e sugerindo soluções, ainda que não espaciais, a fim de resolvê-los.

3. Levantamento de dados:

Para que o projeto seja realizado, é necessário que se faça um levantamento sobre a área escolhida. Contudo, esse levantamento requer coleta de informações, tanto em campo, quanto junto à Prefeitura Municipal, através da retirada de mapas contendo dados como topografia, relação com a cidade e área do terreno.

4. Concepção do projeto:

Com os dados do terreno em mãos e os conceitos embasados teoricamente, começa a produção do projeto.

5. Finalização do trabalho

(24)

07. CONCLUSÃO

A opinião de pessoas que não possuem nenhum vínculo com estudos sobre o espaço da cidade é muito importante para entendermos melhor suas necessidades e realizar projetos cada vez mais condizentes com a sociedade contemporânea.

Ajudando este indivíduo a entender o espaço, ele poderá ajudar ainda mais os profissionais ligados a área, promovendo um diálogo muito mais interessante para ambas as partes, deixando de lado a imagem da arquitetura, considerada por muitos, elitista.

(25)

08. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

MARTINS, Wilson. A Palavra Escrita: história do livro, da imprensa e da biblioteca. 3. ed. São Paulo: Ática, 2001.

MILANESI, Luís. O Que é Biblioteca. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1986. (Coleção Primeiros Passos, 94).

MORIGI, Valdir José; SOUTO, Luzane Ruscher. Entre o passado e o presente: as

visões de biblioteca no mundo contemporâneo. 2006. (In Revista ACB: Biblioteconomia

em Santa Catarina, 10(2) páginas 189-206, Associação Catarinense de Bibliotecários).

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: Sistema de leitura visual da forma. 2. ed . São Paulo: Escrituras, 2000

BITTENCOURT, Leonardo; CÂNDIDO, Chisthina. Introdução à Ventilação Natural. Maceió: EDUFAL, 2005.

FROTA, Anésia, SCHIFFER, Sueli. Manual de Conforto Térmico. São Paulo: Nobel, 1987.

NEUFERT, Ernst. Arte de Projetar em Arquitetura: Princípios, normas e prescrições

sobre construção, instalações, distribuição e programa de necessidades, dimensões de edifícios, locais e utensílios; tradução da 21 ed. alemã. 5 ed. São Paulo, Gustavo Gili do Brasil, 1976.

SITTE, Camillo. A Construção das Cidades segundo seus Princípios Artísticos. 4 ed. São Paulo: Ática

EICHEMBERG, André Teruya; BARBIERI, Maria Júlia. Bola, dobra, pneu, desdobra,

arte, redobra, bar... Agenciamentos arquiteturais no contemporâneo. Disponível em:

<http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp486.asp>. Acesso em: Maio/2009 GUATELLI, Igor. Contaminações constitutivas do espaço urbano: cultura urbana

através da intertextualidade e do entre. Disponível em:

<http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq094/arq094_00.asp>. Acesso em: Agosto/2009

(26)
(27)

EEPSG ANCHIETA

CA MP O DE

FU TE B OL

GINÁSIO DE ESPORTES

TETO-JARDIM i = 2%

TETO-JARDIM i = 2%

TETO-JARDIM i = 2%

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50 5,00

BOSQUE

PRAÇA

CIRC. CARRO FUNERÁRIO

ESTAC.

ESTA

C

.

ESTA

C

.

R

U

A SIQUEIRA CAMPOS

RU A AU

GU ST O C

OQ UE RUA ROMÃO TORRES

Laje Imperm.

CO RT E TE

RR EN O

cerca viva

muros

cerca viva

postes - contenção fluxo de automóveis

h = 0,45 m

TITULO :

LOCAL :

T RABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

IM PLAN TAÇÃO

RUA SIQUEIRA CAMPOS PARALELA À AUGUSTO COQUE ESQ. ROMÃO TORRES

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Bauru

Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:500

FÁBIO CHAVES SGAVIOLI

RA: 633356

FOLHA: 1/4 DATA:

(28)

0,300 0, 17 8 0,300 0, 17 2 0,300 0, 17 7 0,300 CAFÉ/LANCHONETE/DESCANSO 236,64 m2 MANIP. DE ALIMENTOS 16,40 m2 A.C 3,00 m2 W.C adaptado port. deficien. 3,39 m2 A.C 3,00 m2 W.C adaptado port. deficien. 3,39 m2 CAPELA ECUMÊNICA 59,17 m2 ACESSO/HALL/CIRC. 89,66 m2 A.C 2,86 m2 W.C adapt. port.deficien. 3,50 m2 A.C 3,00 m2 W.C adapt. port.deficien. 3,30 m2 3,50 m2 A.C 3,00 m2 3,30 m2 W.C adap. port.deficien. 3,50 m2 A.C 3,00 m2 3,30 m2 A.C

3,00 m2 A.C

3,00 m2

W.C adapt. port.deficien.3,50 m2

A.C 3,00 m2 W.C adapt. port.deficien.3,30 m2

A.C 3,00 m2 SALA 01

23,32 m2

SALA 02

24,07 m2 SALA 0324,07 m2

SALA 0424,38 m2

SALA INTERM.19,52 m2 SALA INTERM.20,31 m2

SALA INTERM.20,31 m2 SALA INTERM.20,65 m2

VARANDA 47,82 m2 ACESSO/HALL/CIRC. 84,71 m2 elevad. adap.port. defici. elevad. adap. port. defici. DIGIT. ACERVO 5,38 m2 EMPRÉSTIMO/ DEVOLUÇÃO 14,84 m2 ACERVO 132,45 m2 A.C 3,00 m2 A.C 3,00 m2 W.C adapt. port.deficien.3,39 m2

HALL/CIRC. 42,95 m2 ANFITEATRO 186,73 m2 SOM/ILUM. 8,47 m2 ventilação artific. palco cortin a elevad . adap. port. defici.

elevad. carga 1,50 2,00 2,50 1,50 2,00 3,00 3,00 2,50 6.45 .25 .15 .15 6.63 6.63 .15 6.70 .25 2. 16 .25 .1 5 1. 75 1. 50 .1 5 1. 78 1.50 .1 5 .4 3 4.55 2.00 .15 .15 4.48 .15 2.00 .15 2.00 .15 4.48 .15 4.30 4. 47 .2 5 6.76 2.36 27.35 10.1 2 .40 1.70 1.50 .15 1.50 1.70 .15 2.31 .15 4.48 .25 6. 52 5.20 6. 22 4. 53 .1 5 4. 30 19.63 3.79 4.40 .25 2. 00 1. 50 .15 13 .30 .15 5.61 3. 65 .2 5 .15 9. 51 .15 1. 50 .15 2. 73 .25 3. 56 1.27 9.60 1.64 .50

.25 1.48 .75 1.32 2,50 5.55 1.72 .25 8.19 3.60

PROJEÇÃO PAV. SUPERIOR 4.

37

2.97 .15

guarda-corpo

PROJEÇÃO DOMUS ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

W.C adap. port.deficien.

W.C

adap. port.deficien.W.C

adap. port.deficien.

.84

14.29

2.33 .15 2.20 .15 4.90 .25 23.48 13 .56 4. 78

24.30

1. 54 .15 .25 21 .03 .25 10 .34 .15 31.5 5 7.20 .2 5 1.52 4. 92 .25 .25 4.32 1.00 2.50 1.20 7.82 12.8 6 1.70 1.50 .15 1.50 1.70 .1

51.84

7. 31 .15 2. 00 .15 1. 10 .15 6. 11 .15 1.1 0.15 5.42 4. 86 2. 09 2.56 6. 67 5.63 2.33 1.62 PILARES PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO diam: 0,30 m

E1 A A B C C 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 2,50x2,10 4,45x3,00 4,60x3,00 4,60x3,00 4,60x3,00 4,15x3, 00 4,60x3, 00 3,10x3, 00 1,43x3,00 0,90x2,10 0,90x2,10 0,90x2,10 0,90x2,10 0,90x2,10 0,90x2,10 0,90x2,10 0,90x2,10 1,50x2,30 /0,50 1,50x2,30 /0,50 1,50x2,30 /0,50 1,20x0,60 /1,70 1,20x0,60 /1,70 1,60x2, 10 2,00x2, 10 0,90x2, 10 0,90x2, 10 0,80x2, 10 PROJEÇÃO DOMUS ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO 3,39 m2 W.C adapt. port.deficien. 0,80x2,10 0,90x2, 10 0,90x2, 10 1,00x2, 50 3,00x2, 50 0,90x2, 10 0,90x2, 10 0,80x2, 10 0,90x2, 10 7,00x 2,60 /1,10 4,60x3, 00 4,60x3, 00

4,60x3, 00/0,50

4,60x3, 00/0,50

1

,00x2,

50

B 3,00x1,00

/1,10 2,30x

2,00/1,00

2,30x 2, 00 /1, 00 5.89 3,00x 1,20/1,90

3,00x1,20/1,90 3,00x

1,20/1,90

3,00x 1,20/1,90

SALA DE ESTUDO/EVENTOS 338,37 m2

elev ad. adap. port. defici.

elevad. adap.port . defici. VARANDA 139,30 m2 W.C adaptado port. deficien. 17,65 m2 W.C adaptado port. deficien. 17,65 m2 6,20 guar da-cor po guarda-corpo 12.69 .15 1.50 .25 4.03 .15 4.03 .25 3.06 .25 2.00 .25 4. 19 .25 8. 18 2.00 3. 68 .25 10 .58 2.39 .25 11 .22 .25 .25 .25 7. 10 21 .28 14.11 .25 10.06 4. 38 2. 00 1. 16 1. 16 4.03 4.03 2.55 1.50 1. 40 .15 2. 73 .30 1. 26 .25 3.91 9.73 PILARES PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO diam: 0,30 m

.25 6. 86 5. 36 4.26 .25 .30 1. 20 4. 47

módulos móveis securit linha pila office (Det. 05)

B

B

3,50x1,20 /1,10

3,50x1,20 /1,10

3,50x0,60 /1,70 3,50x0,60 /1,70 2,00x2, 10 2,00x3, 00 4,30x3,00 2,90x3,00 2,95x3,00 4,00x3,00 4,70x3,00 5,50x3, 00 2,00x3, 00 4,70x3, 00 3,00x3, 00 4,20x3, 00 0,90x2, 10 0,90x2, 10 0,90x2, 10 0,80x2, 10 0,90x2, 10 2,00x 1,00 /1,10 guar da -cor po ESCADA (Det. 02)

ESCADA (Det. 01)

CAMARIM 01 19,21 m2

CAMARIM 02 23,98 m2

BA NHO

4,39 m

2

BA NHO

4,39 m

2 CIRCULAÇÃO21,99 m2 DEPÓSITO 65,22 m2 ACERVO SUBT. 137,96 m2 ventilação artific. ventilação artific. ventilação artific. ventilação artific. ventilação artific. elevad. carga -1,20 -1,70 -1,20 14.59 2.32 .25 .30 1. 00 2. 17 .25 .25 7. 26 .25 9. 38 .25 2. 93 6. 45 1.46 .15 1.50 .25 1.50 .15 1.47 elevad. adap.port. defici. .25 1.50 .15 1.06 .25 .30 19 .32 7. 83 .15 1. 40 1.32 7.11 .25 9.44 1.10 .15 13.34 1. 10 .15 6. 01 9. 68 .25 .25 .25 .25 A A

guarda-cor po 0,90x2, 10 0,80x2, 10 0,80x2, 10 0,70x2, 10 0,70x2, 10

ESCADA (Det. 04) ESCADA (Det. 03)

TITULO :

LOCAL :

T RABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

PLANT AS E DETALH ES DAS ESCADAS

RUA SIQUEIRA CAMPOS PARALELA À AUGUSTO COQUE ESQ. ROMÃO TORRES

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Bauru

Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

PLANT A TÉRRO ESCALA 1:200

PLANT A PAV. SUPERIOR

ESCALA 1:200 PLANT A SUBSOLO

ESCALA 1:200

FÁBIO CHAVES SGAVIOLI

RA: 633356

FOLHA: 2/4 DATA:

20/11/2009

Det 0 1 esca da pav. sup. pelo ca fé

ESCALA 1:30

Det 0 2 esca da pav. sup. pelo ha ll de ac esso ESCALA 1:30

Det 0 3 esca da a ce rvo subt. ESCALA 1:30

(29)

TETO JARDIM EXTENSIVO

i = 2% CAPTAÇÃO DE ÁGUA

DRENAGEM/ IMPERMEABILZAÇÃO

4.

00

4.

70 4.00

FORRO DE GESSO CAPTAÇÃO DE ÁGUA

DOMUS ACRÍLICO DOMUS ACRÍLICO

PISO i = 8%

CAPTAÇÃO DE ÁGUA

CAPTAÇÃO DE ÁGUA TETO JARDIM EXTENSIVO

i = 2%

DRENAGEM/ IMPERMEABILZAÇÃO FORRO DE GESSO

3. 00 3. 00 4. 50 2. 80

CAPTAÇÃO DE ÁGUA

CAPTAÇÃO DE ÁGUA

DRENAGEM/ IMPERMEABILZAÇÃO TETO JARDIM EXTENSIVO

i = 2%

DOMUS ACRÍLICO DOMUS ACRÍLICO DOMUS ACRÍLICO DOMUS ACRÍLICO

3.

00

3.

50

FORRO DE GESSO

1,96

m

1,20 m 0,60 m

3,00 m 1,20 m 3,00 m 3,00 m 3,00 m 0,30 m 3,00 m 3,00 m 1,20 m 0,60 m 1,20 m 0,30 m 0,60 m

D

D

2. 94

Perfis de alumínio, conectores em aço e fechamento em vidro

5,00

TITULO :

LOCAL :

T RABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

CORTES, ELEVAÇÃO E DETALH E DOS MÓSULOS

RUA SIQUEIRA CAMPOS PARALELA À AUGUSTO COQUE ESQ. ROMÃO TORRES FÁBIO CHAVES SGAVIOLI

RA: 633356

FOLHA: 3/4

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Bauru

Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

CORT E A-A ESCALA 1:100

DET ALHE 05: MÓDULOS MÓVEIS SECURIT LINHA PILA OFFFICE MEDIDAS DE EIXO A EIXO CONFORME A TABELA

ESCALA 1:50

CORT E B-B ESCALA 1:100

CORT E C-C ESCALA 1:100

DATA:

20/11/2009

(30)

TITULO :

LOCAL :

T RABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

FOT OS DA MAQU ET E ELET RÔNICA

RUA SIQUEIRA CAMPOS PARALELA À AUGUSTO COQUE ESQ. ROMÃO TORRES

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Bauru

Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

FÁBIO CHAVES SGAVIOLI

RA: 633356

FOLHA: 4/4 DATA:

Imagem

Fig 01. Biblioteca de Alexandria – Séc. III A.C;
Fig 02. Biblioteca de Alexandria – Séc. III A.C;
Fig. 05. Biblioteca de Bodleian – Oxford, Inglaterra
Fig. 06. JAA Arquitetura; Centro Digital do ensino fundamental – São Caetano do Sul - SP Fonte:
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