• Nenhum resultado encontrado

A influência do esqueleto açúcar-fostato no transporte da molécula de DNA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "A influência do esqueleto açúcar-fostato no transporte da molécula de DNA"

Copied!
86
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIˆENCIAS EXATAS E DA TERRA

DEPARTAMENTO DE F´ISICA TE ´ORICA E EXPERIMENTAL PROGRAMA DE P ´OS-GRADUAC¸ ˜AO EM F´ISICA

A INFLU ˆ

ENCIA DO ESQUELETO

AC

¸ ´

UCAR-FOSFATO NO TRANSPORTE

ELETR ˆ

ONICO DA MOL ´

ECULA DE DNA

Ricardo Gondim Sarmento

Orientador: Prof. Dr. EUDENILSON LINS DE ALBUQUERQUE

Tese de mestrado apresentada ao Departamento de F´ısica Te´orica e Experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial `a obten¸c˜ao do grau de MESTRE em

F´ISICA.

(2)

Dedico a Deus, grande criador presente em todos os momentos da vida, por ter iluminado meus caminhos nos avan¸cos cotidianos na busca da conquista... sei que ela surgir´a triufante hoje ou amanh˜a, pois vale trabalhar e fazer o melhor que posso, aqui e agora, porque a vida se incube de trazer os bons frutos para o futuro.

(3)

Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Eudenilson Lins de Albuquerque pela oportunidade, ensinamentos, orienta¸c˜ao e pela confian¸ca depositada. Acima de tudo, um profissional dedicado e apai-xonado pela f´ısica, que mant´em seu compromisso em formar novos cientistas, comparti-lhando o seu conhecimento e sua experiˆencia, fornecendo os recursos imprescind´ıveis para forma¸c˜ao de um profissional de excelˆencia.

Aos professores participantes da banca examinadora Prof. Dr. F´abio Ferreira de Medeiros pela eficiente colabora¸c˜ao especialmente nos momentos de d´uvidas, sua paciˆencia e compreens˜ao foram primordiais e ao Prof. Dr. Umberto Fulco pela disponibilidade e contribui¸c˜oes.

A Teresa Cristina Ferreira da Silva, companheira, que esteve comigo nas tristezas e ale-grias, que prudentemente me deu incentivo, al´em de entender meus per´ıodos de ausˆencia, pela sublime paciˆencia e pensamento de dia cada vez melhores, pois com insistˆencia sem-pre, no final, tudo d´a certo!

Ao meu irm˜ao, Renato Gondim Sarmento pela compreens˜ao cotidiana, meus sinceros agradecimentos.

Ao Paulo Dantas Sesion J´unior pela for¸ca e humildade dispensados nas mais diversas situa¸c˜oes, obrigado pela presteza e atendimento imediato, sem modera¸c˜ao quando busquei seu aux´ılio.

(4)

de estudo.

Ao professor do Departamento de F´ısica da UESB Dr. Luiz Darcy e sua esposa Cristina, pelos ensinamentos e aten¸c˜ao.

A todos meus colegas que mesmo longe, ou de perto, incentivaram com a coragem em especial a Willian de Souza Santos, Walmir Belinato, Carla Machado e Ubiratan Correia Silva.

Aos meus familiares em especial a Lurdes Gondim Ferreira(tia) e fam´ılia e o carinho basilar de minha av´o Maria.

Aos amigos e colegas da p´os-gradua¸c˜ao Antˆonio de Macedo Filho, Maur´ıcio Lopes de Almeida, Reben Rudson Mendes Gomes, Gabriel Alves Mendes, Carlos Alexandre Amaral Ara´ujo e Leonardo Mafra Bezerril pela agrad´avel convivˆencia durante a trajet´oria desse mestrado.

A secret´aria da P´os-gradua¸c˜ao Celina Pinheiro pela aten¸c˜ao e prontid˜ao.

`

A CAPES pela concess˜ao da bolsa de mestrado.

(5)

Resumo

(6)

Abstract

(7)

´

Indice

Agradecimentos i

Resumo iii

Abstract iv

1

Introdu¸

ao

1

2

A mol´

ecula de DNA

4

2.1

Introdu¸c˜ao

. . . 4

2.2

Breve hist´orico dos aspectos bioqu´ımicos e f´ısicos do DNA

. . . 5

2.3

A estrutura da mol´ecula de DNA

. . . 10

2.4

A dupla h´elice do DNA

. . . 11

2.5

O a¸c´

ucar-fosfato

. . . 14

3

Densidade de estado do DNA de fita dupla

16

3.1

Introdu¸c˜ao

. . . 16

3.2

Modelo te´orico

. . . 20

3.3

M´etodo da matriz transferˆencia

. . . 25

3.4

C´alculo da densidade de estado

. . . 32

3.5

Resultados num´ericos

. . . 43

(8)

4.2

Modelo t´eorico

. . . 52 4.3

Resultados num´ericos

. . . 60

5

Conclus˜

ao

68

(9)

CAP´

ITULO 1

Introdu¸

ao

As c´elulas constituem a unidade b´asica dos seres vivos, elas funcionam cooperativa-mente como parte de um tecido, ´org˜ao ou, independentecooperativa-mente, como um microorganismo unicelular. Os diferentes tipos de c´elulas desempenham fun¸c˜oes espec´ıficas, visando a manuten¸c˜ao da vida no organismo.

As fun¸c˜oes vitais do organismo ocorrem dentro das c´elulas e nelas encontramos as informa¸c˜oes gen´eticas necess´arias que s˜ao transmitidas de uma gera¸c˜ao a outra. Na c´elula existe filamentos espiralados denominados cromossomos. Estes s˜ao constitu´ıdos de ´acido desoxirribonucl´eico, tendo a fun¸c˜ao de coordenar a atividade celular e transmitir as carac-ter´ısticas heredit´arias. H´a dois tipos de ´acidos nucl´eicos, que s˜ao: o Desoxirribo Nucleic Acid (DNA), ou ´acido desoxirribonucl´eico, formado pelo a¸c´ucar chamado desoxirribose. E o Ribo Nucleic Acid (RNA), ou ´acido ribonucl´eico, que ´e formado por outro a¸c´ucar, a ribose.

A mol´ecula do DNA foi uma das maiores descobertas da humanidade, tendo tanta importˆancia que ´e denominada a mol´ecula da vida, pois atrav´es dela conseguimos explicar como as informa¸c˜oes gen´eticas s˜ao copiadas e passadas da c´elula m˜ae para c´elula filha, como tamb´em o processo de muta¸c˜ao, entre outros [1].

(10)

regulado-ras ao articularem os aspectos evolutivos, gen´eticos e de desenvolvimento; organizando informa¸c˜ao codificada para s´ıntese de prote´ına. Cada gene ´e formado por uma sequˆencia espec´ıfica, mais ou menos longa, de ´acidos nucl´eicos [2].

A saga para desvendar os mist´erios do mecanismo desses ´acidos, em particular o DNA, proporcionou avan¸cos cient´ıficos, principalmente relacionados a sua estrutura, permitindo entender o funcionamento da vida e da perpetua¸c˜ao das esp´ecies [3]. A heran¸ca gen´etica tem sua base molecular nos processos precisos de replica¸c˜ao e transmiss˜ao do DNA, cons-tituindo desse modo as bases moleculares da heran¸ca gen´etica [4].

Os organismos vivos realizam processos f´ısicos e rea¸c˜oes bioqu´ımicas para seu fun-cionamento. Eles s˜ao regidos por instru¸c˜oes armazenadas em seu genoma - conjunto de genes de um organismo, popula¸c˜ao ou esp´ecie, onde o conte´udo primordial ´e o DNA [5].

O DNA ´e uma macromol´ecula de elevada massa molecular relativa, constitu´ıda de unidades estruturais que se repetem. Por exemplo, o cromossomo humano chamado Ch22 apresenta aproximadamente 6 mm de comprimento e 2×108 nucleot´ıdeos, permanecendo

constante em um volume igual a 500 m3 [6]. Essa macromol´ecula ´e mensurada em

na-noescala, por ter diˆametro de cerca de 2 nm e a curvatura da h´elice possui cerca de 3.4 a 3.6 nm [7]. A quantidade de informa¸c˜oes armazenadas no DNA ´e significante como objeto de pesquisa cient´ıfico-tecnol´ogico em diversas ´areas do conhecimento, pois essa caracter´ıstica da nanoestrutura do DNA permite trabalhos na ´area da Nanociˆencia e Nanotecnologia (N & N).

Desde o final do s´eculo passado, a ascens˜ao dos estudos relacionados ao DNA vem sendo marcada por descobertas intrigantes representadas pelos avan¸cos de pesquisas fascinantes a respeito da sua nanoestrutura, resultando em grandes progressos no estudo f´ısico e bioqu´ımico do DNA no campo da nanotecnologia.

(11)

trans-porte de el´etrons na cadeia do DNA ´e um tema intrigante para a comunidade cient´ıfica, j´a que ´e mencionada a possibilidade da constru¸c˜ao de dispositivos nanoeletrˆonicos. H´a estudos e medi¸c˜oes experimentais demonstrando diversos resultados, dentre eles o DNA ´e referido como um fio molecular, levando a uma nova gera¸c˜ao de dispositivos eletrˆonicos e computadores [8]. Muitas s˜ao as controv´ersias sobre a natureza f´ısica envolvendo a condu-tividade do DNA. Al´em disso, este aspecto ´e recente alvo de investiga¸c˜ao, representando um amplo tema para estudo no s´eculo XXI.

As possibilidades de aplica¸c˜ao do DNA na ´area da nanotecnologia tˆem sido sugeridas por ser ideal na fabrica¸c˜ao de dispositivos nanoeletrˆonicos, uma vez que o DNA pos-sui a caracter´ıstica de autoduplica¸c˜ao. Esta particularidade permite a produ¸c˜ao da sua r´eplica sem a necessidade de utilizar equipamentos, desse modo minimiza investimentos na tecnologia de nanofabrica¸c˜ao [9].

Nesta disserta¸c˜ao, analisamos a influˆencia do esqueleto a¸c´ucar-fosfato no transporte eletrˆonico em fitas duplas do DNA, estudando a densidade de estado e a transmitˆancia. Para isto, admitimos que o DNA segue as sequˆencias quasi-peri´odicas de Fibonacci e Rudin-Shapiro e em seguida comparamos com o cromossomo 22 do genoma humano ou Ch22.

(12)

CAP´

ITULO 2

A mol´

ecula de DNA

2.1

Introdu¸

ao

Nos seres vivos encontramos n´umeros distintos de cromossomos, caracterizando cada forma de vida. Essa distin¸c˜ao proporcionou o conhecimento do DNA como a principal fonte b´asica armazenadora da informa¸c˜ao gen´etica. Atualmente, o estudo dessa mol´ecula ´e relevante, trazendo benef´ıcios significativos em ´areas como: a f´ısica, a biom´edica, a engenharia gen´etica, agricultura e entre outras; sobretudo, favorecendo o progresso da Nanotecnologia [10]. O desenvolvimento da ciˆencia envolveu sucessivas etapas, com a rec´ıproca interdependˆencia de cientistas em suas pesquisas para o conhecimento dos seres vivos.

No s´eculo XIX, os estudos da gen´etica tiveram seu pioneirismo com o botˆanico austr´ıaco Gregor Mendel, em 1863, com os trabalhos dos genes das ervilhas. Posterior-mente, foram realizadas investiga¸c˜oes sobre a constitui¸c˜ao qu´ımica, a estrutura e o fun-cionamento dos genes. Assim, constatou-se o interesse em conhecer a heran¸ca gen´etica, atrav´es do estudo envolvendo o controle gen´etico dos caracteres [11].

(13)

f´ısico britˆanico Francis Crick revelaram a estrutura helicoidal do DNA. O conhecimento da estrutura ´ıntima do DNA representou um marco na biologia molecular moderna, tendo como consequˆencia, atualmente, algumas aplica¸c˜oes biotecnol´ogicas como os processos de clonagem, os organismos transgˆenicos e o Projeto Genoma Humano [5].

Na contemporaneidade, as controv´ersias cient´ıficas relacionadas ao desvendamento e as v´arias pesquisas do DNA remetem ao estudo tanto bioqu´ımico quanto f´ısico, envol-vendo o futuro dessa mol´ecula, levando-nos ao pr´ospero e atraente ramo nanotecnol´ogico. Portanto, neste cap´ıtulo procuramos apresentar um breve hist´orico descrevendo os con-ceitos bioqu´ımicos e f´ısicos envolvendo o DNA. Al´em disso, ser´a mencionada a influˆencia do esqueleto a¸c´ucar-fosfato nessa mol´ecula.

2.2

Breve hist´

orico dos aspectos bioqu´ımicos e f´ısicos do DNA

As investiga¸c˜oes cient´ıficas envolvendo a descoberta dos genes por Mendel at´e a di-vulga¸c˜ao da estrutura do DNA por Watson e Crick s˜ao importantes para compreendermos as etapas do conhecimento dessa mol´ecula. Brevemente, procuramos recapitular, a busca que levou ao desvendamento do DNA.

Em 1865, Mendel realizou pesquisas com ervilhas, relacionando as caracter´ısticas transmitidas em gera¸c˜oes sucessivas. As distintas caracter´ısticas estariam localizadas e seriam transmitidas em unidades heredit´arias. Os estudos dos genes das ervilhas per-maneceram por longo tempo ignorados pela comunidade cient´ıfica [3]. Por´em, ap´os a concep¸c˜ao da estrutura do DNA, foi necess´ario cerca de meio s´eculo a mais para serem descobertos os processos de decodifica¸c˜ao do DNA, a identifica¸c˜ao e reprodu¸c˜ao de genes isolados e, por fim, o Projeto Genoma Humano. Foi longa a jornada que levou a decifra¸c˜ao dessa mol´ecula polˆemica.

(14)

denominado nucle´ına. Prosseguindo os estudos, em 1889, seu disc´ıpulo Richard Altmann mudou o nome para ´acido nucl´eico [12].

No s´eculo XX continuaram as polˆemicas envolvendo o DNA. No ano de 1903, o bioqu´ımico russo-americano Phoebus Aaron Levene constatou que nem todos os ´acidos nucl´eicos continham ribose. Alguns continham um tipo de a¸c´ucar ao qual faltava um ´atomo de oxigˆenio, a desoxirribosa. Depois em 1910, progrediu a verifica¸c˜ao sobre o ´acido nucl´eico, detectando a presen¸ca da ribose estudada por Emil Fischer. Assim, constatou-se que havia, portanto, dois ´acidos nucl´eicos: o ribonucl´eico (RNA) e o desoxirribonucl´eico (DNA).

Nesse mesmo ano, Thomas Hunt Morgan provou que os genes estavam localizados nos cromossomos, o que confirmou a teoria gen´etica da hereditariedade. Outras contribui¸c˜oes foram os estudos sobre a heran¸ca ligada ao sexo, a recombina¸c˜ao dos fatores relacionada `a influˆencia dos cromossomos e o trabalho de pesquisa com a mosca da fruta (Drosophila melanogaster), demonstrando como os genes poderiam sofrer muta¸c˜oes ou serem altera-dos. No ano de 1913, Alfred Sturtevant da equipe de Morgan, iniciou o mapeamento dos cromossomos. E em 1915, Morgan, Sturtevant, Muller e Bridges publicaram The Mechanism of Mendelian Heredity (O Mecanismo da Hereditariedade Mendeliana). A continuidade das pesquisas na d´ecada de 1920 generalizou a id´eia de que o DNA era muito simples, formado de pequenas mol´eculas. Por esse motivo, Levene defendeu que essa simples mol´ecula n˜ao podia carregar o c´odigo gen´etico. Esses resultados, destacando a gen´etica, rendeu a Morgan o Prˆemio Nobel de Medicina, em 1933 [3].

(15)

devia-se ao fato das prote´ınas serem macromol´eculas com ampla heterogeneidade e par-ticularidade funcional. No entanto, os conhecimentos eram muito pouco sobre os ´acidos nucl´eicos, pois suas propriedades f´ısico-qu´ımicas eram constantes para codificar a dispari-dade de caracter´ısticas gen´eticas presentes nos seres vivos.

A no¸c˜ao de que o DNA ocorre em quantidade mais constante, seguido das prote´ınas e do RNA, entre as c´elulas do corpo de um indiv´ıduo, assegura que o n´umero de informa¸c˜oes deve ser constante nos indiv´ıduos da mesma esp´ecie. Assim, a dedu¸c˜ao de que o material gen´etico poderia ser o DNA acendeu d´uvida, que persistiu at´e o segundo meados do s´eculo XX.

Nos anos 50 aconteceram novas investiga¸c˜oes sobre o DNA a n´ıvel molecular, destacando-se os estudos dos cientistas James Watson e Francis Crick sobre a dupla h´elice do DNA [14]. Contudo, a coopera¸c˜ao cient´ıfica entre outros pesquisadores foi relevante nos estudos do DNA. Os trabalhos paralelos, mas concomitante de cientistas como: Pauling no Institute of Technology na Calif´ornia; Maurice Wilkins e Rosalind Franklin no King’s College em Londres e Watson e Crick na Cambridge University, implicaram no promissor conhecimento do DNA. A contribui¸c˜ao crucial no desvendamento da estrutura do DNA foram `as difra¸c˜oes de raios-X e as medi¸c˜oes desta amostra realizada por Rosalind Franklin [15], ver Fig. 2.1.

Figura 2.1: Imagem do raios-X do DNA.

(16)

teoria da evolu¸c˜ao de Darwin e do estudo gen´etico de Mendel [16].

Watson e Crick restringiram-se a correta interpreta¸c˜ao de resultados obtidos por ou-tros pesquisadores na concep¸c˜ao da estrutura ao construir um modelo de DNA de arame e metal, com ˆangulos e dimens˜oes em escala dos espa¸cos interatˆomicos de um segmento de DNA. A imagina¸c˜ao para construir esse modelo foi inspirada no trabalho do renomado qu´ımico americano Linus Pauling ao propor a estruturaα-h´elice como base da estrutura secund´aria das prote´ınas, a qual resultaria do enrolamento dos amino´acidos numa aco-moda¸c˜ao helicoidal. A estrutura apresentava trˆes h´elices, no centro da fibra, unidas por ´ıons de magn´esio, e as bases nitrogenadas, no exterior. A aprecia¸c˜ao que o DNA n˜ao tinha estrutura de h´elice foi rejeitada pelos pesquisadores Wilkins, Franklin e Gosling que desaprovaram o modelo proposto, j´a que n˜ao existiam ´ıons no centro da fibra e os fos-fatos das h´elices n˜ao poderiam ficar juntos porque se repeliriam. Ap´os essa confronta¸c˜ao aconteceram v´arias controv´ersias cient´ıficas sobre constru¸c˜ao do modelo da estrutura do DNA em raz˜ao dos desentendimentos [3]. Pauling principiou analisar o DNA com base na c´opia de imagens mais antigas da difra¸c˜ao dos raios-X, esfor¸cando para findar sua pesquisa sobre o DNA, propˆos uma estrutura helicoidal de trˆes h´elices [17], similar ao primeiro modelo de Watson e Crick.

(17)

Os pesquisadores Watson e Crick tinham interesse m´utuo em estudar o DNA, pois constru´ıram modelos em dupla h´elice em conformidade com os dados de cristalografia de raios-X e com a qu´ımica conhecida do DNA. Em uma de suas tentativas sem ˆexito, eles colocaram a cadeia de a¸c´ucar-fosfato no interior da mol´ecula. Em outro ensaio, Watson colocou a cadeia de a¸c´ucar-fosfato no lado exterior da mol´ecula, o que permitiu que as bases nitrogenadas mais hidrof´obicas se abrigassem no interior da mol´ecula, distante do meio aquoso.

Em 1962, o bi´ologo James Watson, o f´ısico Francis Crick e o cristal´ografo de raios-X Maurice Wilkins foram agraciados com o Prˆemio Nobel de Medicina, pela pesquisa que revelou a estrutura do DNA, sendo tamb´em de fundamental importˆancia e reconhecido os estudos de Franklin, que ´e mencionada pelos cientistas em seus livros [3]. ´E not´orio que Watson e Crick trabalharam juntos no in´ıcio de suas carreiras na Universidade de Cambridge, aliando seus recursos interdisciplinares com o franco objetivo de ganhar o Prˆemio Nobel, solucionando o mist´erio do DNA. Eles descobriram a estrutura do DNA, a mol´ecula-chave respons´avel pelo milagre da diversidade de seres vivos, embora origina-dos pelo mesmo processo gen´etico. Estes pesquisadores ainda afirmavam existir muitas permuta¸c˜oes numa mol´ecula longa e, portanto, parece admiss´ıvel que o sequenciamento preciso das bases constitui o c´odigo que cont´em a informa¸c˜ao gen´etica, destacando tamb´em que a estrutura proposta deve ser confirmada pela experimenta¸c˜ao [19].

O descobrimento da estrutura do DNA sinaliza a nova era dos estudos biotecnol´ogicos, pois foi poss´ıvel desvendar o c´odigo gen´etico. Os avan¸cos dos estudos estruturais das prote´ınas por meio da t´ecnica de cristalografia de raios-X proporcionaram o desvenda-mento da estrutura do DNA e o arranjo covalente do pol´ımero de ´acido nucl´eico.

(18)

conhecimento desta nanoestrutura. Atualmente, a pesquisa nanotecnol´ogica ´e fundamen-talmente multidisciplinar envolvendo ´areas como: a F´ısica, a Biologia, a Medicina, as Engenharias, a Qu´ımica, a Inform´atica e entre outras.

2.3

A estrutura da mol´

ecula de DNA

O DNA ´e um pol´ımero formado por seis componentes: uma mol´ecula de a¸c´ucar, um grupamento fosfato e quatro blocos estruturais denominados bases nitrogenadas: a adeni-na, a timiadeni-na, a citosina e a guanina (ver Fig. 2.2). Deste modo, constituem um alfabeto de quatro letras, respectivamente A, T, C e G, codificando a estrutura prim´aria das prote´ınas. As quatro bases do DNA tamb´em podem ser colocadas em uma ordem ´unica para cada ser vivo. O esclarecimento deste c´odigo foi significativo para o desvendamento do DNA. A constitui¸c˜ao da mol´ecula de DNA por uma sequˆencia de nucleot´ıdeos - composto equinolar de uma pentose, um grupo fosfato e uma base (p´urica ou pirim´ıdica) permite a orienta¸c˜ao das liga¸c˜oes entre as trˆes mol´eculas constituintes dos nucleot´ıdeos.

Figura 2.2: Duas sequˆencias complementares de DNA.

(19)

atrav´es do grupamento fosfato, s˜ao chamadas liga¸c˜oes fosfodi´ester. Como os nucleot´ıdeos s˜ao unidos por liga¸c˜oes entre seus grupamentos a¸c´ucar e fosfato, frequentemente ´e dito que o DNA possui um esqueleto de a¸c´ucar-fosfato, veja Fig. 2.2.

2.4

A dupla h´

elice do DNA

A coloca¸c˜ao de modelos tridimensionais foi essencial no processo da descoberta da estrutura, esse aspecto formal do modelo pode facilitar a compreens˜ao de v´arios fenˆomenos relacionados ao funcionamento do DNA [19] . A estrutura molecular da dupla h´elice do DNA, proposta por Watson e Crick, fornece que o relacionamento entre seus componentes possibilita o transporte eletrˆonico entre as bases da dupla h´elice [20]. Os pares de bases formados eram desuniformes e a dupla h´elice tinha um diˆametro muito vari´avel [18].

Portanto, torna-se importante o conhecimento estrutural de seus componentes rela-cionados ao funcionamento celular que envolve complementaridade e antiparalelismo da fitas do DNA. Algumas caracter´ısticas do DNA s˜ao facilmente representadas e outras de-mandam esquemas mais elaborados e maior esfor¸co de abstra¸c˜ao para compreens˜ao de sua representa¸c˜ao. Segundo o modelo formulado por Watson e Crick, o DNA ´e constitu´ıdo por duas fitas enroladas para a direita, formando a chamada dupla h´elice. Analogamente, a estrutura do DNA pode ser comparada a uma escada espiralada com dois degraus, sendo que os degraus correspondem `as liga¸c˜oes repetidas de a¸c´ucar-fosfato ao longo de todo o comprimento da mol´ecula.

(20)

O grupo fosfato conecta-se com pentose atrav´es de uma liga¸c˜ao fosfodi´ester com a hidroxila ligada ao carbono-5 da pentose. Para a forma¸c˜ao do DNA, ´e necess´ario que ocorra a liga¸c˜ao entre os nucleot´ıdeos, estes formam entre si pontes de fosfato, atrav´es de liga¸c˜oes fosfodi´ester. Essa circunstˆancia determina a forma¸c˜ao da cadeia de DNA. Isto motiva que o crescimento do DNA se fa¸ca na dire¸c˜ao de 5’ para 3’, como demonstra a Fig. 2.3. Assim, s˜ao feitas as liga¸c˜oes entre os nucleot´ıdeos formando a fita de DNA.

Figura 2.3: Representa¸c˜ao da estrutura helicoidal do DNA.

Estudos mostram que existem duas formas de DNA com a h´elice girando para a direita, chamadas A-DNA e B-DNA, e uma outra forma que gira para a esquerda chamada Z-DNA, ver Fig. 2.4.

(21)

A - DNA B – DNA Z - DNA

Figura 2.4: Estrutura A-, B- e Z-DNA.

h´elice. Assim, podemos distinguir que: B-DNA tem a dupla h´elice mais longa e mais fina. Para completar uma volta na h´elice s˜ao necess´arios 10 pares de bases. Enquanto, A-DNA possui a forma mais curta e mais grossa. Para completar uma volta na h´elice s˜ao necess´arios 11 pares de bases. Geralmente, o DNA assume a acomoda¸c˜ao B. Quando h´a pouca ´agua dispon´ıvel para interagir com a dupla h´elice, o DNA assume a acomoda¸c˜ao A-DNA. O Z-DNA difere das duas anteriores, j´a que esta configura¸c˜ao ´e mais alongada e mais fina do que o B-DNA. Para completar uma volta na h´elice s˜ao necess´arios 12 pares de bases. O DNA em solu¸c˜ao com altas concentra¸c˜oes de c´ations, assume a conforma¸c˜ao Z-DNA [23].

(22)

2.5

O a¸

ucar-fosfato

Como sabemos o a¸c´ucar-fosfato ´e um componente constante nos nucleot´ıdeos com a fun¸c˜ao unicamente estrutural, sendo considerado o esqueleto na mol´ecula de DNA. Para compreender a influˆencia da camada a¸c´ucar-fosfato nas propriedades de transporte no DNA, ´e interessante conceber o a¸c´ucar-fosfato como um suporte, composto alternada-mente de a¸c´ucar e fosfato onde ambos s˜ao polares. O a¸c´ucar-fosfato ´e componente na arma¸c˜ao da nanoestrutura do DNA, definindo tamb´em o sentido da fita. Deste modo, o DNA pode ser dividido estruturalmente em duas por¸c˜oes: o a¸c´ucar-fosfato e as bases nitrogenadas [5].

O conhecimento da sequˆencia de bases em uma fita nos permite deduzir a sequˆencia de bases na fita complementar conforme demonstra na Fig. 2.3. O dobramento em h´elice da mol´ecula de DNA facilita observar a acomoda¸c˜ao ocupada pelo esqueleto a¸c´ucar-fosfato externamente na dupla h´elice, apresentando as bases nitrogenadas no interior.

Esse delineamento dos aspectos f´ısico-qu´ımicos decorrentes da composi¸c˜ao do DNA permite apontar as caracter´ısticas hidrof´ılicas do fosfodi´ester pela presen¸ca das pentoses e o car´ater ´acido conferido pelo grupo fosfato. A solubilidade externa do DNA relacionada com meio hidrof´ılico, ou seja, o esqueleto fosfodi´ester e a neutraliza¸c˜ao das regi˜oes ele-tricamente saturadas atrav´es de pareamentos entre as bases (A-T e C-G) permitiram a existˆencia da regi˜ao hidrof´obica, sem cargas el´etricas livres, localizada no interior do DNA [25].

(23)

vez que ele tem a capacidade de automontagem. Isto fornece uma vantagem na produ¸c˜ao de dispositivos nanoeletrˆonicos [8], onde tal possibilidade instiga in´umeros trabalhos de pesquisadores delineando a era da nanoestruturas [9].

(24)

CAP´

ITULO 3

Densidade de estado do DNA de fita dupla

3.1

Introdu¸

ao

A mol´ecula de DNA transporta informa¸c˜ao gen´etica e ´e altamente interessante, pois na classe dos biopol´ımeros ela desempenha um papel importante na eletrˆonica molecular [26]. Isto, deve-se a sua propriedade de auto-replica¸c˜ao e auto-reconhecimento, que s˜ao essenciais para o seu desempenho como transportador do c´odigo gen´etico. Na perspec-tiva cient´ıfica, espera-se que estas propriedades sejam melhor aproveitadas na ´area da nanotecnologia, visando a constru¸c˜ao de circuitos eletrˆonicos [27, 28].

A importˆancia do DNA e as perspectivas que esta mol´ecula pode proporcionar na ´area de nanotecnologia, como a produ¸c˜ao de nanofios [29], ´e devido a sua propriedade de auto-replica¸c˜ao. Por sua vez, h´a grupos de pesquisadores em v´arios pa´ıses interessados em realizar experimentos sobre a condutividade da mol´ecula de DNA. Contudo, os estudos j´a realizados sobre a condutividade da mol´ecula do DNA apresentam alguns resultados contradit´orios, descrevendo o DNA como isolante [30, 31], semicondutor [30], condutor [32, 33] ou supercondutor [34, 35] . A seguir mencionaremos alguns experimentos sobre esses aspectos.

(25)

constatado que a mol´ecula se comportava como um condutor de resistˆencia de 2.5 MΩ. Isto corresponde uma resistividade 1mΩ·cm. Neste caso, no qual o DNA comporta-se como um condutor, este resultado tr´as a possibilidade de utiliza¸c˜ao da mol´ecula de DNA em dispositivos nanobioeletrˆonicos.

Em 2000, Porath [30], continuando os estudos sobre a propriedade eletrˆonica da mol´ecula, utilizou o DNA sint´etico poly(dG)poly(dC) como uma sequˆencia de bases peri´odicas. Ao colocar a mol´ecula de DNA de 8 nm entre os eletrodos de platina, mediu-se a condu¸c˜ao el´etrica `a press˜ao atmosfera e no v´acuo (com valor de 10−6

Torr). Foi observado um gap em torno de 2V na curva da corrente-tens˜ao em ambos ambientes, mostrando que a mol´ecula de DNA pode ser isolante [31].

No mesmo ano, um grupo da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, di-vulgou um trabalho apontando que o DNA se comporta como isolante [30]. Utilizando um m´etodo denominado de “armadilha eletrost´atica”, aprisionou-se o DNA de fita dupla poly(dG)poly(dC), em torno de 30 pares de bases, entre dois nanoeletrodos met´alicos. Ao submetˆe-lo a uma tens˜ao de 1V, observou-se uma corrente el´etrica no dispositivo. Os resultados indicaram que este DNA sint´etico equivale a um semicondutor degap largo.

Em 2001, A. Yu. Kasumov e seu grupo [34, 35] colocaram o DNA entre eletrodos en-volvidos por uma camada de 2 nm de rˆenio (material supercondutor) e carbono, separados por uma distˆancia de 0,5 mµ, a uma temperatura da ordem de 1K. Ao realizar a medida, foi observado que o DNA apresentava uma resistˆencia inferior a 100 KΩ, o que mostra um efeito de proximidade (EP), ou seja, um comportamento pr´oximo a um supercondutor surge em um condutor normal quando ligamos o DNA aos eletrodos supercondutores. Portanto, a an´alise do EP em uma mol´ecula de DNA fornece que estas mol´eculas s˜ao condutoras e que possuem uma baixa resistˆencia em contato com os eletrodos supercon-dutores.

(26)

a interface eletrodo-DNA, a sequˆencia de nucleot´ıdeos da cadeia do DNA, entre outros. Desta forma, podemos designar o DNA como isolante, semicondutor, condutor ou super-condutor. Estes resultados d˜ao uma perspectiva sobre as aplica¸c˜oes bionanotecnol´ogicas na cria¸c˜ao de dispositivos nanoeletrˆonicos de DNA.

Uma aplica¸c˜ao na biotecnologia ´e o chip de DNA, que se trata de um biochip con-tendo milhares de segmentos de DNA ordenados, os quais permitem an´alises simultˆaneas de milhares de marcadores gen´eticos ou sequˆencias DNA (c´opia de DNA). O chip tem duas grandes aplica¸c˜oes: uma ´e a identifica¸c˜ao da sequˆencia (gene/muta¸c˜ao de gene) e a outra ´e a determina¸c˜ao do n´ıvel de express˜ao dos genes. A sua utiliza¸c˜ao se estende nas ´areas da biologia molecular e na medicina [36]. A leitura ´e feita opticamente, mas se alme-jarmos miniaturizar ainda mais esse chip, teria outra forma de leitura a ser desenvolvida, possivelmente, envolvendo a condu¸c˜ao de el´etrons no DNA. Todas as caracter´ısticas e pro-priedades j´a apresentadas fazem dele um dos mais promissores dispositivos na eletrˆonica molecular [37]-[39].

Na literatura, os modelos te´oricos descritos para investigar as propriedades na-noeletrˆonicas do DNA tˆem se tornado mais ousados no intuito de aproximar cada vez mais do caso real. Vamos a seguir comentar alguns trabalhos.

(27)

termicamente induzido se torna o mecanismo de transporte dominante [41, 42].

Em 2006, B.P.W. de Oliveira et al.[43] investigou o espectro de densidade de es-tados para estrutura quasi-peri´odica formadas pelas bases nitrogenadas, seguindo duas sequˆencias, a de Fibonacci e a de Rudin-Shapiro. Em seu formalismo matem´atico utilizou o Hamiltoniano tight-binding e a equa¸c˜ao de Dyson, tendo como mecanismo de trans-porte o hopping termicamente induzido. O nosso modelo tamb´em determina o espectro da densidade de estados do DNA, por´em apresenta uma componente a mais, que ´e o grupo a¸c´ucar-fosfato que ser´a apresentado mais adiante. Este trabalho cient´ıfico [43] servir´a de compara¸c˜ao com o nosso modelo e perceber-se-´a que a influˆencia do grupo a¸c´ucar-fosfato apresenta resultados surpreendentes.

Recentemente, alguns pesquisadores tˆem considerado o grupo a¸c´ucar-fosfato, junta-mente com as bases nitrogenadas, em seus modelos, tendo utilizado a t´ecnica de renor-maliza¸c˜ao [44]-[45], geralmente. Essa t´ecnica n˜ao utiliza a liga¸c˜ao entre os grupos a¸c´ ucar-fosfatos, j´a que esta liga¸c˜ao ´e pequena em rela¸c˜ao `a base nitrogenada [46, 47]. Desta maneira, o transporte d´a-se principalmente pelas bases empilhadas ao longo da cadeia.

Em 2006, E. Maci´a [44] investigou analiticamente o espectro de energia e a condutˆancia de Landauer [48] para uma estrutura quasi-peri´odica, seguindo a sequˆencia de Fibonacci, e comparou com a sequˆencia peri´odica do polyGACT-polyCTGA, aplicando a t´ecnica de renormaliza¸c˜ao duas vezes para o DNA de dupla fita (incluindo o grupo a¸c´ucar-fosfato). Neste trabalho, o espectro de energia aparece fragmentado devido ao efeito de ordem da estrutura quasi-peri´odica e uma s´erie de picos de alta condutˆancia surge no espectro de transmiss˜ao da sequˆencia de Fibonacci, indicando a existˆencia de estados estendidos nos sistemas.

(28)

corrente-voltagem. Entretanto, ´e relevante destacar que diferentes circunstˆancias podem afetar a liga¸c˜ao entre a estrutura do a¸c´ucar-fosfato e o nucleot´ıdeo em condi¸c˜oes realis-tas. Estes resultados abriram novas perspectivas para trabalhos experimentais, visando controlar a transferˆencia de cargas em nanodispositivos baseado em DNA sint´etico.

Neste cap´ıtulo, iremos estudar as propriedades eletrˆonicas da cadeia de DNA de fita dupla, assumindo a influˆencia do a¸c´ucar-fosfato e fazendo considera¸c˜oes te´oricas sobre sua densidade de estados, considerando um Hamiltoniano do tipo tight-binding dentro do formalismo da equa¸c˜ao de Dyson [50]-[52], que detalharemos a seguir.

3.2

Modelo te´

orico

No modelo que ser´a apresentado, os ´atomos do substrato (S), que comp˜oem o eletrodo no qual a mol´ecula de DNA ´e depositada, podem ser representados pictoricamente como mostra a Fig. 3.1. Esta estrutura foi escolhida pela simplicidade de sua simetria que pos-sibilita determinar os elementos da matriz transferˆencia, que ter´a um papel importante no nosso modelo. Nesta se¸c˜ao e na pr´oxima, vamos estudar uma parte do modelo que corres-ponde ao eletrodo. Para descrever matematicamente esta parte do modelo, utilizaremos o Hamiltoniano tight-binding, ou seja,

H = ω1n|n,1>< n,1|2n|n,2>< n,2|3n|n,3>< n,3|4n|n,4>< n,4| + V12nn[|n,1>< n,2|+|n,2>< n,1|] +V23nn[|n,2>< n,3|+|n,3>< n,2|] + V34nn[|n,3>< n,4|+|n,4>< n,3|] +V41nn[|n,4>< n,1|+|n,4>< n,1|]

+

δ=±1

[V11n,n+δ|n,1>< n+δ,1|+V44n,n+δ|n,4>< n+δ,4|]

+

δ=±1

[V22n,n+δ|n,2>< n+δ,2|+V33n,n+δ|n,3>< n+δ,3|],

onde os ´ındices 1, 2, 3 e 4 correspondem a cada linha da estrutura, V11, V22, V33 e V44

correspondem aos potenciais de hopping entre s´ıtios de mesma linha, V12, V23, V34 e V41

entre s´ıtios de linhas diferentes e ωn

(29)

V11

V22

V33 V44 V12

V23

V41

V34

S S S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

...

...

...

...

V11

V12

V41

V44

V41 V22

V33

V23 V23

V34 V34

Figura 3.1: O modelo pict´orico do substrato, destacando as liga¸c˜oes c´ıclicas entre os ´atomos que comp˜oem o eletrodo.

Usando o Hamiltoniano na equa¸c˜ao de Dyson

H)G(ω) = 1. (3.1)

Temos que

< lα|H)G(ω)|mβ >=< lα|mβ >=δlmδαβ. (3.2)

Agora, escrevendo a rela¸c˜ao de completeza Σl′α′|l

α′

>< l′

α′

|= 1. (3.3)

E substituindo a Eq. (3.4) na Eq. (3.3), obtemos

Σl′α′ < lα|(ω−H)|l

α′ >< l′α′|G|mβ >=δlmδαβ. (3.4)

Portanto

ω < lα|G|mβ >Σl′α′ < lα|H|l

α′

>< l′

α′

(30)

Aplicando o Hamiltoniano, temos

< lα|H|l′

α′

>=< lα|ωn1|n,1>< n,1|l′

α′

>+< lα|ω2n|n,2>< n,2|l′

α′

>

+< lα|ω3n|n,3>< n,3|l′

α′

>+< lα|ωn4|n,4>< n,4|l′

α′

>

+< lα|V12n,n|n,1>< n,2|l′

α′

>+< lα|V12n,n|n,2>< n,1|l′

α′

>

+< lα|V23n,n|n,2>< n,3|l′α′ >+< lα|V23n,n|n,3>< n,2|l′α′ >

+< lα|V34n,n|n,3>< n,4|l

α′ >+< lα|V34n,n|n,4>< n,3|l

α′ >

+< lα|V41n,n|n,4>< n,1|l

α′ >+< lα|V41n,n|n,1>< n,4|l

α′ >

+< lα|V11n,n+1|n,1>< n+ 1,1|l′

α′

>+< lα|V11n,n−1|n,1>< n1,1|l′

α′

>

+< lα|V22n,n+1|n,2>< n+ 1,2|l′

α′

>+< lα|V22n,n−1|n,2>< n1,2|l′

α′

>

+< lα|V33n,n+1|n,3>< n+ 1,3|l′

α′

>+< lα|V33n,n−1|n,3>< n1,3|l′

α′

>

+< lα|V44n,n+1|n,4>< n+ 1,4|l′

α′

>+< lα|V44n,n−1|n,4>< n1,4|l′

α′

> .

(3.6)

Assim, o segundo termo do lado esquerdo da Eq. (3.6) ´e dado por

Σl′α′ < lα|H|l

α′

>< l′

α′

|G|mβ >=

+< lm|ωn1|n,1>< n,1|G|mβ >+< lm|ωn2|n,2>< n,2|G|mβ >

+< lm|ωn3|n,3>< n,3|G|mβ >+< lm|ωn4|n,4>< n,4|G|mβ >

+< lm|V12n,n|n,1>< n,2|G|mβ >+< lm|V12n,n|n,2>< n,1|G|mβ >

+< lm|V23n,n|n,2>< n,3|G|mβ >+< lm|V

n,n

23 |n,3>< n,2|G|mβ >

+< lm|V34n,n|n,3>< n,4|G|mβ >+< lm|V

n,n

34 |n,4>< n,3|G|mβ >

+< lm|V41n,n|n,4>< n,1|G|mβ >+< lm|V41n,n|n,1>< n,4|G|mβ >

+< lm|V11n,n+1|n+ 1,1>< n,1|G|mβ >+< lm|V11n,n−1|n,1>< n1,1|G|mβ >

+< lm|V22n,n+1|n+ 1,2>< n,2|G|mβ >+< lm|V22n,n−1|n,2>< n1,2|G|mβ >

+< lm|V33n,n+1|n+ 1,3>< n,3|G|mβ >+< lm|V33n,n−1|n,3>< n1,3|G|mβ >

+< lm|V44n,n+1|n+ 1,4>< n,4|G|mβ >+< lm|V44n,n−1|n,4>< n1,4|G|mβ > .

(31)

Definindo

< lα|G|mβ >=Gαβlm. (3.8)

Com a nova defini¸c˜ao a Eq. (3.8), assume a forma Σl′α′ < lα|H|l

α′

>< l′

α′

|G|mβ >= +ωn

1 < lα|n,1> G1n,mβ +ω n

2 < lα|n,2> G2nmβ

+ωn

3 < lα|n,3> G3n,mβ +ω n

4 < lα|n,4> G4nmβ

+V12n,n < lα|n,1> G2β n,m+V

n,n

12 < lα|n,2> G1nmβ

+V23n,n < lα|n,2> G3β n,m+V

n,n

23 < lα|n,3> G2nmβ

+V34n,n < lα|n,3> G4β n,m+V

n,n

34 < lα|n,4> G3nmβ

+V41n,n < lα|n,4> G1n,mβ +V n,n

41 < lα|n,1> G4

β nm

+V11n,n+1 < lα|n,1> G1nβ+1,m+V n,n−1

11 < lα|n,1> G 1β n−1,m +V22n,n+1 < lα|n,2> G2nβ+1,m+V

n,n−1

22 < lα|n,2> G 2β n−1,m +V33n,n+1 < lα|n,3> G3nβ+1,m+V

n,n−1

33 < lα|n,3> G 3β n−1,m +V44n,n+1 < lα|n,4> G4nβ+1,m+V

n,n−1

44 < lα|n,4> G 4β

n−1,m. (3.9)

Reescrevendo a Eq. (3.10), temos a seguinte forma

Σl′α′ < lα|H|l

α′

>< l′

α′

|G|mβ >= +ω1nδlmδα1G1n,mβ +ω

n

2δlmδα2G2nmβ

3nδlmδα3G3n,mβ +ω n

4δlmδα4G4nmβ

+V12n,nδlmδα1G2n,mβ +V n,n

12 δlmδα2G1n,mβ

+V23n,nδlmδα2G3n,mβ +V n,n

23 δlmδα3G2n,mβ

+V34n,nδlmδα3G4n,mβ +V n,n

34 δlmδα4G3n,mβ

+V41n,nδlmδα4G1n,mβ +V n,n

41 δlmδα1G4n,mβ

+V11n,n+1δlmδα1G1nβ+1,m+V n,n−1

(32)

+V22n,n+1δlmδα2G2nβ+1,m+V n,n−1

22 δlmδα2G2nβ−1,m +V33n,n+1δlmδα3G3nβ+1,m+V

n,n−1

33 δlmδα3G3nβ−1,m +V44n,n+1δlmδα4G4nβ+1,m+V

n,n−1

44 δlmδα4G4nβ−1,m. (3.10)

A equa¸c˜ao acima ´e diferente de zero se l =m, isto ´e Σl′α′ < lα|H|l

α′

>< l′

α′

|G|mβ >= +ωn

1δα1G1n,mβ +ωn2δα2G2nmβ

3nδα3G3n,mβ +ω n

4δα4G4nmβ

+V12nnδα1G2n,mβ +V nn

12 δα2G1nmβ

+V23nnδα2G3n,mβ +V nn

23 δα3G2nmβ

+V34nnδα3G4n,mβ +V nn

34 δα4G3nmβ

+V41nnδα4G1n,mβ +V nn

41 δα1G4nmβ

+V11n,n+1δα1G1nβ+1,m+V n,n−1

11 δα1G1nβ−1,m +V22n,n+1δα2G2nβ+1,m+V

n,n−1

22 δα2G2nβ−1,m +V33n,n+1δα3G3nβ+1,m+V

n,n−1

33 δα3G3nβ−1,m +V44n,n+1δα4G4nβ+1,m+V

n,n−1

44 δα4G4nβ−1,m. (3.11)

Substituindo as Eqs. (3.12) e (3.9) na Eq. (3.6), obtemos a seguinte equa¸c˜ao

ωGαβlmωn

1δα1G1nmβ −ω n

2δα2G2nmβ −ωn

3δα3G3nmβ −ω4nδα4G4nmβ −Vnn

12 δα1G2n,mβ −V12nnδα2G1nmβ −V23nnδα2G3n,mβ −V

nn

23 δα3G2nmβ −V34nnδα3G4n,mβ −V

nn

34 δα4G3nmβ −V41nnδα4G1n,mβ −V

nn

41 δα1G4nmβ −V11n,n+1δα1G1nβ+1,m−V

n,n−1

11 δα1G1nβ−1,m

−V22n,n+1δα2G2nβ+1,m−V n,n−1

22 δα2G2nβ−1,m

−Vn,n+1δα3G3β −Vn,n

1

(33)

−V44n,n+1δα4G4nβ+1,m−V n,n−1

44 δα4G4nβ−1,m=δlmδαβ. (3.12)

3.3

etodo da matriz transferˆ

encia

Nesta se¸c˜ao, procuramos determinar os elementos da matriz transferˆencia, utilizando a condi¸c˜ao de contorno c´ıclico ou Born-Von Karman para uma cadeia pura (material S), ver Fig. 3.1, onde obtemos o conjunto de equa¸c˜oes:

a) Considerando m= 0 e l = 0, encontramos que i) Para α=β = 1:

ωG1100ω1SG1100V12SSG2100V41SSG4100V11SSG1110V11SSG11−10 = 1. (3.13)

ii) Para α= 1 e β = 2:

ωG1200ω1SG1200V12SSG2200V41SSG4200V11SSG1210V11SSG12−10 = 0. (3.14)

iii) Para α= 1 e β = 3:

ωG1300ω1SG1300V12SSG2300V41SSG4300V11SSG1310V11SSG13−10 = 0. (3.15)

iv) Paraα = 1 e β= 4:

ωG1400ω1SG1400V12SSG2400V41SSG4400V11SSG1410V11SSG14−10 = 0. (3.16)

(34)

ωG2100ω2SG2100V12SSG1100V23SSG3100V22SSG2110V22SSG21−10 = 0. (3.17)

vi) Paraα = 2 e β= 2:

ωG2200ω2SG2200V12SSG1200V23SSG3200V22SSG2210V22SSG22−10 = 1. (3.18)

vii) Para α = 2 eβ = 3:

ωG2300ω2SG2300V12SSG1300V23SSG3300V22SSG2310V22SSG23−10 = 0. (3.19)

viii) Para α= 2 e β = 4:

ωG2400ωS

2G2400−V12SSG1400−V23SSG3400−V22SSG2410−V22SSG24−10 = 0. (3.20)

ix) Paraα = 3 e β= 1:

ωG3100ωS

3G3100−V23SSG2100−V34SSG4100−V33SSG3110−V33SSG31−10 = 0. (3.21)

x) Para α= 3 e β = 2:

ωG3200ωS

3G3200−V23SSG2200−V34SSG4200−V33SSG3210−V33SSG32−10 = 0. (3.22)

(35)

ωG3300ω3SG3300V23SSG2300V34SSG4300V33SSG3310V33SSG33−10 = 1. (3.23)

xii) Para α = 3 eβ = 4:

ωG34

00−ω3SG3400−V23SSG2400−V34SSG4400−V33SSG3410−V33SSG34−10 = 0. (3.24)

xiii) Para α= 4 e β = 1:

ωG4100−ω4SG4100−V34SSG3100−V41SSG1100−V44SSG4110−V44SSG41−10 = 0. (3.25)

xiv) Para α= 4 e β = 2:

ωG4200−ω4SG4200−V34SSG3200−V41SSG1200−V44SSG4210−V44SSG42−10 = 0. (3.26)

xv) Para α= 4 e β = 3:

ωG4300ω4SG4300V34SSG3300V41SSG1300V44SSG4310V44SSG43−10 = 0. (3.27)

xvi) Para α= 4 e β = 4:

ωG4400ω4SG4400V34SSG3400V41SSG1400V44SSG4410V44SSG44−10 = 1. (3.28)

(36)

Glm = ⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ G11

lm G12lm G13lm G14lm

G21

lm G22lm G23lm G24lm

G31

lm G32lm G33lm G34lm

G41

lm G42lm G43lm G44lm

⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ , (3.29)

KS =

⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣

ωωS

1 −V12SS 0 −V14SS

−VSS

12 ω−ωS2 −V23SS 0

0 VSS

23 ω−ωS3 −V34SS

−VSS

14 0 −V34SS ω−ωS4

⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ , (3.30) e

LSS =

⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣

−VSS

11 0 0 0

0 VSS

22 0 0

0 0 VSS

33 0

0 0 0 VSS

44 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ , (3.31)

sendo Glm a matriz com elementos da fun¸c˜ao de Green, KS ´e a matriz com os elementos

das energias dos s´ıtios e das energias de intera¸c˜oes entre duas linhas e LSS ´e a matriz

dos potenciais de hopping para s´ıtios localizados em uma mesma linha. Desta maneira, podemos escrever as Eqs. (3.14)-(3.29) em forma de uma equa¸c˜ao matricial:

KSG00+LSSG−10+LSSG10 =I. (3.32)

Agora, fazemos o mesmo procedimento para m = 0 el = 1, temos

KSG10+LSSG00+LSSG20= 0. (3.33)

A matriz de transferˆencia para o sistema ´e dada por:

(37)

Substituindo a Eq. (3.35) na Eq. (3.34), temos

KST G00+LSSG00+LSST2G00= 0, (3.35)

que podemos escrever da forma:

KS+LSS(T

1

+T) = 0. (3.36)

Sendo que a matriz transferˆencia ´e definida como

T = ⎡

⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣

T11 T12 T13 T14

T21 T22 T23 T24

T31 T32 T33 T34

T41 T42 T43 T44

⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦

. (3.37)

Da Eq. (3.37), retiramos os elementos da equa¸c˜ao matricial:

ωωS1 V11SS[(T24T33T42+T23T34T42+T24T32T43 (3.38)

−T22T34T43−T23T32T44+T22T33T44)∆

1

+T11] = 0,

−V12SSV11SS[(+T14T33T42−T13T34T42−T14T32T43 (3.39)

+T12T34T43+T13T32T44−T12T33T44)∆

1

+T12] = 0,

−V11SS[(T14T23T42+T13T24T42+T14T22T43 (3.40)

−T12T24T43−T13T22T44+T12T23T44)∆

1

+T13] = 0,

−VSS

14 −V11SS[(T14T23T32−T13T24T32−T14T22T33 (3.41)

+T12T24T33+T13T22T34−T12T23T34)∆

1

+T14] = 0,

−VSS

12 −V22SS[(+T24T33T41−T23T34T41−T24T31T43 (3.42)

+T21T34T43+T23T31T44−T21T33T44)∆

1

(38)

ωωS

2 −V22SS[(−T14T33T41+T13T34T41+T14T31T43 (3.43)

−T11T34T43−T13T31T44+T11T33T44)∆

1

+T22] = 0,

−V23SSV22SS[(+T14T23T41−T13T24T41−T14T21T43 (3.44)

+T11T24T43+T13T21T44−T11T23T44)∆

1

+T23] = 0,

−V22SS[(T14T23T31+T13T24T31+T14T21T33 (3.45)

−T11T24T33−T13T21T34+T11T23T34)∆

1

+T24] = 0,

−V33SS[(T24T32T41+T22T34T41+T24T31T42 (3.46)

−T21T34T42−T22T31T44+T21T32T44)∆

1

+T31] = 0,

−VSS

23 −V33SS[(T14T32T41−T12T34T41−T14T31T42 (3.47)

+T11T34T42+T12T31T44−T11T32T44)∆

1

+T32] = 0,

ωωS

3 −V33SS[(−T14T22T41+T12T24T41+T14T21T42 (3.48)

−T11T24T42−T12T21T44+T11T22T44)∆

1

+T33] = 0,

−V34SS−V33SS[(T14T22T31−T12T24T31−T14T21T32 (3.49)

+T11T24T32+T12T21T34−T11T22T34)∆

1

+T34] = 0,

−V14SSV44SS[(+T23T32T41−T22T33T41−T23T31T42 (3.50)

+T21T33T42+T22T31T43−T21T32T43)∆

1

+T41] = 0,

−V44SS[(T13T32T41+T12T33T41+T13T31T42 (3.51)

−T11T33T42−T12T31T43+T11T32T43)∆

1

+T42] = 0,

−VSS

34 −V44SS[(T13T22T41−T12T23T41−T13T21T41 (3.52)

+T11T23T42+T12T21T43−T11T22T43)∆

1

(39)

ωωS

4 −V44SS[(−T13T22T31+T12T23T31+T13T21T32 (3.53)

−T11T23T32−T12T21T33+T11T22T33)∆

1

+T44] = 0,

sendo ∆ o determinante da matriz transferˆencia.

No modelo de cadeia pura, os s´ıtios de mesma linha e de linhas vizinhas apresentam os mesmos potenciais dehopping V11=V22=V33=V44=V12=V23=V34=V41e as mesmas energias

de s´ıtio ωS

1=ω2S=ω3S=ωS4, de modo que, quando substituindos nas Eqs. (3.39)-(3.54),

obt´em-se as seguintes igualdades:

T12 =T14=T21=T23 =T32 =T34=T41=T43, (3.54)

T11=T22 =T33 =T44, (3.55)

T13=T24 =T31 =T42. (3.56)

Podemos reescrever a Eq. (3.37) como

LSST2+KST +LSS = 0. (3.57)

Substituindo as Eqs. (3.55)-(3.57) na Eq. (3.58), temos um conjunto de equa¸c˜oes:

−V(T112 + 2T122 +T132) + (ωωS)T11−2V T12−V, (3.58)

−V(2T11T12+ 2T13T12) + (ω−ωS)T12−V T11−V T13, (3.59)

−V(2T11T13+ 2T122) + (ω−ωS)T13−2V T12. (3.60)

Resolvendo estas equa¸c˜oes, obtemos as seguintes ra´ızes

T12=−

1

(40)

onde a=(ω−ω1S)

VSS

11 .

T13 =−

1 4T12(T12+ 1)

2T12(T12+ 1)b, (3.62)

onde

T11 =−

T13b

4(T12+ 1)3 −

T13c

4(T12+ 1)3 −

T13(+4T124 + 6T123 + 4T122 + 2T12+ 1)

2T12(T12+ 1)

, (3.63)

b = 8T124 + 16T123 + 12T122 + 4T12+ 1

+ 64T6

12+ 192T125 + 224T124 + 128T123 + 40T122 + 8T12+ 1, (3.64)

e

c = 8T124 + 16T123 + 12T122 + 4T12+ 1

− 64T6

12+ 192T125 + 224T124 + 128T123 + 40T122 + 8T12+ 1. (3.65)

3.4

alculo da densidade de estado

O modelo que vamos estudar se trata do DNA de fita dupla aprisionado entre dois eletrodos met´alicos. Neste modelo, inclu´ımos o grupo a¸c´ucar-fosfato (SP), a fim de apro-ximar do caso real, por´em n˜ao levaremos em conta a tor¸c˜ao da h´elice, como podemos ver na Fig. 3.2.

...

...

...

...

SPSP

V

11 SPSP

V

44 SPG V 12 GC

V

23 SPC

V

34 SPA

V

12 AT

V

23 SPT

V

34 SPSP

V

11 SPSP

V

44 SPC

V

12 CG

V

23 SPG

V

34 SPSP

V

11 SPSP

V

44 SPT

V

12 TA

V

23 SPA

V

34 SPT

V

12 TA

V

23 SPA

V

34 SPSP

V

11 SPSP

V

44 SSP

V

11 SSP

V

44 SSP

V

11 SSP

V

44 SPG

V

12 GC

V

23 SPC

V

34

E

L

E

T

R

O

D

O

E

L

E

T

R

O

D

O

SP SP SP SP

SP SP SP SP SP SP

G C A T C G T T A A G C SP SP

Nitro PDF Trial

Figura 3.2: A mol´ecula de DNA ligada aos dois eletrodos met´alicos.

(41)

Os ´ındices 1, 2, 3 e 4 correspondem a cada linha da estrutura, V11, V22, V33 e V44

correspondem aos potenciais de hopping entre s´ıtios de mesma linha, V12, V23, V34 e

V41 entre s´ıtios de linhas diferentes, ω1n, ω2n, ωn3 e ω4n s˜ao as energias dos s´ıtios (=1) e

os outros ´ındices S, SP, G, C, A e T s˜ao respectivamente, o substrato, a¸c´ucar-fosfato, guanina, citosina, adenina e timina.

O hopping (correla¸c˜ao de longo alcance) no DNA tem sido tema de investiga¸c˜ao pela sua importˆancia no transporte de cargas. As estruturas que apresentam correla¸c˜ao de longo alcance s˜ao as estruturas quasi-peri´odicas, pelo simples fato de conterem auto-similaridade. Portanto, neste presente trabalho, usaremos as sequˆencias quasi-peri´odicas para moldar o nanocircuito de DNA, e dentre as sequˆencias conhecidas, escolhemos as sequˆencias de Fibonacci e a de Rudin-Shapiro (RS) (para uma explica¸c˜ao detalhada destas estruturas quasi-peri´odicas ver [53]).

G

G

C

G

G

G

G

G

G

G

G

G

G

G

G

C

C

C

C

C

C

Figura 3.3: A sequˆencia quasi-peri´odica de Fibonacci para as primeiras gera¸c˜oes, que crescem seguindo a regra de infla¸c˜aoGGC e CG.

Nesta primeira etapa, o modelo ser´a constru´ıdo seguindo a sequˆencia de Fibonacci, onde as bases nitrogenadas de uma das fitas crescem seguindo a regra de infla¸c˜aoGGC

e C G. De mesmo modo que a fita adjacente deve seguir a regra de infla¸c˜ao C CG

(42)

Para o modelo do DNA, a Eq. (3.1) e, consequentemente, a Eq. (3.13), sofrem algumas altera¸c˜oes devido a ausˆencia dos potˆencias V14, V22 e V33. Os procedimentos

matem´aticos daqui por diante j´a tˆem as devidas altera¸c˜oes, n˜ao h´a necessidade de refazer os mesmos artif´ıcios que foram realizados para cadeia pura, pois o c´alculo anal´ıtico pode ser reproduzido seguindo os mesmos passos. Assim, obtemos

H = ω1n|n,1>< n,1|2n|n,2>< n,2|3n|n,3>< n,3|4n|n,4>< n,4| + V12nn[|n,1>< n,2|+|n,2>< n,1|]

+ V23nn[|n,2>< n,3|+|n,3>< n,2|]

+ Vnn

34 [|n,3>< n,4|+|n,4>< n,3|]

+

δ=±1

[V11n,n+δ|n,1>< n+δ,1|+V44n,n+δ|n,4>< n+δ,4|].

a) Considerando m = 0 e l = 0. i) Para α = β = 1:

ωG1100ω1SPG1100V12SP GG2100V11SP SG1110V11SP SG11−10 = 1. (3.66)

ii) Para α= 1 e β = 2:

ωG1200−ω1SPG1200−V12SP GG2200−V11SP SG1210−V11SP SG12−10 = 0. (3.67)

iii) Para α= 1 e β = 3:

ωG1300ωs

1G1300−V12SP GG2300−V11SP SG1310−V11SP SG13−10 = 0. (3.68)

(43)

ωG1400ω1SPG1400V12SP GG2400V11SP SG1410V11SP SG14−10 = 0. (3.69)

v) Para α= 2 e β = 1:

ωG2100ωG2G2100V12SP GG1100V23GCG3100= 0. (3.70)

vi) Paraα = 2 e β= 2:

ωG2200ωG2G2200V12SP GG1200V23GCG3200= 1. (3.71)

vii) Para α = 2 eβ = 3:

ωG2300ωG

2G2300−V12SP GG0013−V23GCG3300= 0. (3.72)

viii) Para α= 2 e β = 4:

ωG2400ωG

2G2400−V12SP GG0014−V23GCG3400= 0. (3.73)

ix) Paraα = 3 e β= 1:

ωG3100ωC

3G3100−V23GCG0021−V34SP CG4100= 0. (3.74)

(44)

ωG3200ωC

3G3200−V23GCG0022−V34SP CG4200= 0. (3.75)

xi) Paraα = 3 e β= 3:

ωG3300ωC3G3300V23GCG2300V34SP CG4300= 1. (3.76)

xii) Para α = 3 eβ = 4:

ωG34

00−ωC3G3400−V23GCG2400−V34SP CG4400= 0. (3.77)

xiii) Para α= 4 e β = 1:

ωG4100ωSP

4 G4100−V34SP CG3100−V44SP SG4110−V44SP SG41−10 = 0. (3.78)

xiv) Para α= 4 e β = 2:

ωG4200ω4SPG4200V34SP CG3200V44SP SG4210V44SP SG42−10 = 0. (3.79)

xv) Para α= 4 e β = 3:

ωG43

00−ω4SPG4300−V34SP CG3300−V44SP SG4310−V44SP SG43−10 = 0. (3.80)

xvi) Para α= 4 e β = 4:

(45)

Definindo as matrizes

KG=

⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣

ωωSP

1 −V12SP G 0 0

−VSP G

12 ω−ω2G −V23GC 0

0 VGC

23 ω−ωC3 −V34SP C

0 0 VSP C

34 ω−ω4SP

⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ , (3.82) e

LSP S =

⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣

−VSP S

11 0 0 0

0 0 0 0

0 0 0 0

0 0 0 VSP S

44 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . (3.83)

Escrevendo a equa¸c˜ao matricial

KGG00+LSP S(G−10+G10) =I. (3.84)

Fazendo o mesmo procedimento para m = 0 e l = 1, temos

KSG10+LSP SG00+LSS(T G10) = 0. (3.85)

Sabendo que T =G20G

1

10, obtemos a matriz inversa de Green, que:

G−1

nn =KG+ 2Γ(1), (3.86)

onde

Γ(1) =LSP S[KS+LSST]

1

LSP S. (3.87)

(46)

(a) Para m = l = 0:

KGG00+LSP SG−10+LSP SPG10=I, (3.88)

onde

LSP SP =

⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣

−VSP SP

11 0 0 0

0 0 0 0

0 0 0 0

0 0 0 VSP SP

44 ⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . (3.89)

(b) Para m = 0 e l = 1:

KCG10+LSP SPG00+LSP SPG20= 0, (3.90)

onde

KC =

⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣

ωωSP

1 −V12SP C 0 0

−VSP C

12 ω−ω2C −V23CG 0

0 VCG

23 ω−ωG3 −V34SP G

0 0 VSP G

34 ω−ω4SP

⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . (3.91)

(c) Para m = 0 e l = 2:

KSG20+LSP SG10+LSSG30= 0. (3.92)

Usando as Eqs. (3.89), (3.91) e (3.93) e sabendo que G30 = T G20, o inverso dos

elementos diagonais da matriz de Green ser´a definido por:

G−1

nn =KG+ Γ(1) + Λ(2), (3.93)

onde

Λ(2) =LSP SP[KC + Λ(1)]

1

(47)

e

Λ(1) =LSP S[KS+LSST]

1

LSP S. (3.95)

De maneira an´aloga, para terceira gera¸c˜ao de Fibonacci (trˆes pares de bases), temos que G40=T G30.

(i) Para m = 0 e l= 0:

KGG00+LSP SG−10+LSP SPG10=I. (3.96)

(ii) Para m = 0 e l = 1:

KCG10+LSP SP(G00+G20) = 0. (3.97)

(iii) Para m = 0 e l = 2:

KGG20+LSP SPG10+LSP SG30 = 0. (3.98)

(iv) Para m = 0 e l = 3:

KSG30+LSP SG20+LSSG40= 0. (3.99)

Das equa¸c˜oes acima, chegamos `a seguinte express˜ao para G−1

nn:

G−1

nn =KG+ Γ(1) + Γ(3), (3.100)

Γ(3) =LSP SP[KC + Γ(2)]

1

LSP SP, (3.101)

Γ(2) =LSP SP[KG+ Γ(1)]

1

(48)

G

G

G

G

G

G

G

C

C

C

C

A

A

C

T

Figura 3.4: A sequˆencia quasi-peri´odica de Rudin-Shapiro para as primeiras gera¸c˜oes, que cresce segundo a regra de infla¸c˜ao GGC,CGA,AT C e T T A.

Depois de sucessivas gera¸c˜oes, encontramos uma rela¸c˜ao para as gera¸c˜oes pares e ´ımpares de G−1

nn da sequˆencia de Fibonacci :

(a) Para gera¸c˜oes pares:

G−1

nn =KG+ Γ(1) + Λ(nF B). (3.103)

(b) Para gera¸c˜oes ´ımpares:

G−nn1 =KG+ Γ(1) + Γ(nF B), (3.104)

onde nF B ´e o n´umero de nucleot´ıdeos conectados e Λ(nF B) e Γ(nF B) s˜ao as rela¸c˜oes de

recorrˆencia, que s˜ao escritas como:

Λ(nF B) =−LSP SP[Ki+ Λ(nF B −1)]

1

LSP SP (3.105)

e

Γ(nF B) = −LSP SP[Ki+ Γ(nF B −1)]

1

LSP SP. (3.106)

(49)

de Watson e Crick. Essa sequˆencia aproxima mais do modelo do DNA do que a outra, por apresenta as quatros bases nitrogenadas. Reparamos que as duas primeiras gera¸c˜oes de Rudin-Shapiro s˜ao as mesmas para as duas primeiras gera¸c˜oes de Fibonacci, portanto, vamos ter paraG−1

nn, respectivamente:

G−1

nn =KG+ 2Γ(1), (3.107)

G−nn1 =KC + Γ(1) +C(2), (3.108)

onde

C(2) =LSP SP[KC + Λ(1)]

1

LSP SP (3.109)

e

C(1) =LSP S[KS+LSST]

1

LSP S. (3.110)

Para a terceira gera¸c˜ao de RS, temos (i) Para l=0 e m=0:

KGG00+LSP SG−10+LSP SPG10=I. (3.111) (ii) Para l=1 em=0:

KCG10+LSP SP(G00+G20) = 0. (3.112)

(iii) Para l=2 e m=0:

KGG20+LSP SPG10+LSP SPG30= 0. (3.113)

(iv) Para l=3 e m=0:

KAG30+LSP SPG20+LSP SG40= 0. (3.114)

(v) Paral=4 e m=0:

(50)

onde definimos a seguinte matriz:

KA=

⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣

ωωSP

1 −V12SP A 0 0

−VSP A

12 ω−ω2A −V23AT 0

0 VAT

23 ω−ωT3 −V34SP T

0 0 VSP T

34 ω−ω4SP

⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . (3.116)

Manipulando as Eqs. (3.112) a (3.116) e juntamente com G50=T G40, encontramos o

termo G−1

nn relacionado a esta gera¸c˜ao de RS:

(a) Para gera¸c˜oes pares:

G−nn1 =KG+ Γ(1) +C(N). (3.117)

(b) Para gera¸c˜oes ´ımpares:

G−nn1 =KG+ Γ(1) +A(N), (3.118)

onde

C(N) = LSP SP[Ki+C(N −1)]

1

LSP SP, (3.119)

A(N) = LSP SP[Ki+A(N −1)]

1

LSP SP, (3.120)

e

A(1) =LSP S[KS +LSST]

1

LSP S. (3.121)

Com a matriz:

KT =

⎡ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣

ωωSP

1 −V12SP T 0 0

−VSP T

12 ω−ω2T −V23T A 0

0 VT A

23 ω−ω3A −V34SP A

0 0 VSP A

34 ω−ω4SP

⎤ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎦ . (3.122)

A densidade de estado (DOS) para os sistemas ´e dada por:

ρ(ω) =1

πIm[

m

n

Gnn(ω)], (3.123)

(51)

3.5

Resultados num´

ericos

Nesta se¸c˜ao, apresentamos os resultados da densidade de estados (DOS) para na-noestrutura da mol´ecula de DNA quasi-peri´odica, que segue as sequˆencias de Fibonacci e Rudin-Shapiro, e tamb´em, para uma parte da sequˆencia do cromossomo humano Ch22. Os c´alculos foram feitos utilizando o Hamiltoniano tipo tight-binding para as bases ni-trogenadas e o grupo a¸c´ucar-fosfato da cadeia bidimensional. Os valores admitidos das energias de ioniza¸c˜ao das bases nitrogenadas s˜ao: ωA = 8.25 eV,ωT = 9.13 eV, ωG = 7.77

eV eωC = 8.87 eV; a energia de s´ıtio da platina (material considerado como eletrodo) vale

ωS = 5.36 eV e a energia de ioniza¸c˜ao do a¸c´ucar-fosfato (ωSP) ´e igual a 12.27 eV [44, 54].

Enquanto, o potencial de hopping entre a base (G, C, A e T) e o a¸c´ucar-fosfato(SP) tem o valor V12 = V34 = 1.5 eV, do eletrodo vale VS = 12 eV [54] e entre os pares de base

G-C e A-T valem VGC = 0.90 eV e VAT = 0.34 eV [44], respectivamente. Agora, o termo

de hopping na interface DNA-eletrodo ´e dado pela diferen¸ca entre a energia de Fermi da platina e os estados HOMO (Highest Occupied Molecular Orbital ou “mais alto orbital molecular ocupado”) do a¸c´ucar-fosfato nos dandoVSP S = 6.91 eV [54]. E por fim, o termo

de hopping entre os grupos a¸c´ucar-fosfatos, que apresenta um valor baixo em rela¸c˜ao as bases, ´e em torno de VSP SP = 0.02 eV [55].

(52)

O pico II tem uma correla¸c˜ao forte com a energia de ioniza¸c˜ao da citosina, que ´e em torno de 9 eV. Este resultado ´e interessante porque mostra que embora a quantidade de citosinas ao longo das gera¸c˜oes de Fibonacci seja menor, em compara¸c˜ao a quantidade de guaninas, e sua energia de ioniza¸c˜aoωC seja maior, a densidade de estado mostra um pico

pronunciado (veja os resultados para a d´ecima quinta gera¸c˜ao na Fig. 3.6) compar´avel ao pico III, que ocorre para um valor aproximadamente igual a duas vezes a energia ioniza¸c˜ao da guanina, isto ´e 15.54 eV. Tamb´em podemos observar uma anomalia no espectro do DOS em torno de 10.6 eV, que corresponde a duas vezes o valor ωS, ou seja, 10.72 eV

aproximadamente. Novamente, observamos que o eletrodo deve ser uma caracter´ıstica relevante na escolha do substrato. Al´em disso, podemos ver que a raz˜ao entre as alturas dos picos, para gera¸c˜oes de Fibonacci consecutivas, tende a raz˜ao de ouroτ = (1 +√5)/2, um n´umero intrinsicamente ligado `a sequˆencia de Fibonacci. Os espectros guardam uma rela¸c˜ao auto-similar entre si, atrav´es da raz˜ao de ouro, quando analisamos os perfis dos gr´aficos. A d´ecima gera¸c˜ao de Fibonacci quando multiplicada pelo n´umero da raz˜ao de ouro fornece a d´ecima primeira gera¸c˜ao, com uma boa aproxima¸c˜ao. Da mesma forma, a d´ecima segunda gera¸c˜ao pode ser obtida multiplicando o perfil da d´ecima primeira por τ, e assim por diante.

Por outro lado, o n´umero de estados em cada n´ıvel de energia aumenta com a gera¸c˜ao de Fibonacci para o intervalo de energia de 5.36 eV at´e 15.98 eV, aproximadamente. Observe que este intervalo est´a compreendido quase que totalmente entre a energia de ioniza¸c˜ao do substratoωS e duas vezes a energia de ioniza¸c˜ao da guanina ωG, isto ´e 15.54

eV. No entanto, em torno 12.5 eV, observamos que o DOS ´e quase nulo. Este resultado pode estar relacionado com o potencial dehopping do substrato e/ou a energia de ioniza¸c˜ao do a¸c´ucar-fostato, ambos em torno de 12 eV. Como esta energia ´e alta poucos el´etrons possuem energia suficiente para ocupar estados com este valor de energia ou maior.

Imagem

Figura 2.1: Imagem do raios-X do DNA.
Figura 2.2: Duas sequˆencias complementares de DNA.
Figura 2.3: Representa¸c˜ao da estrutura helicoidal do DNA.
Figura 2.4: Estrutura A-, B- e Z-DNA.
+7

Referências

Documentos relacionados

Therefore, the time required for desorption (~ 120 min or more) was always one order of magnitude higher than the time required for complete sorption (~ 30 min). In the

As análises serão aplicadas em chapas de aços de alta resistência (22MnB5) de 1 mm de espessura e não esperados são a realização de um mapeamento do processo

O presente trabalho foi realizado em duas regiões da bacia do Rio Cubango, Cusseque e Caiúndo, no âmbito do projeto TFO (The Future Okavango 2010-2015, TFO 2010) e

Após a gastroplastia, a hidroginástica tem sido uma atividade física de suma importância, uma vez que segundo Gonçalves (1996) pode proporcio- nar aos seus adeptos: auxílio no

The challenges of aging societies and the need to create strong and effective bonds of solidarity between generations lead us to develop an intergenerational

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no

libras ou pedagogia com especialização e proficiência em libras 40h 3 Imediato 0821FLET03 FLET Curso de Letras - Língua e Literatura Portuguesa. Estudos literários