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A educação de enfermagem: buscando a formação crítico-reflexiva e as competências profissionais.

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Academic year: 2017

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A EDUCAÇÃO DE ENFERMAGEM: BUSCANDO A FORMAÇÃO CRÍ TI CO- REFLEXI VA E AS

COMPETÊNCI AS PROFI SSI ONAI S

Kênia Lar a Silv a1 Roseni Rosângela de Sena2

O est udo descreve result ados de um a pesquisa que ret rat a m udanças que são percebidas nos est udant es

durant e a form ação e que cont ribuem para a definição de um perfil profissional. Est udo descrit ivo- explorat ório, com abor dagem qualit at iva, que se ancor a na dialét ica com o r efer encial t eór ico- m et odológico. Os dados for am obt idos de análise docum ent al e at ravés da realização de grupos focais com docent es, est udant es e enferm eiros d e ser v i ço . Os r esu l t ad o s d em o n st r am a p o si ção d o est u d an t e co m o su j ei t o at i v o n o p r o cesso en si n o -aprendizagem , a part ir de um m ovim ent o de t ransform ação das est rut uras acadêm icas. I dent ificou- se correlação en t r e o m ov im en t o de bu sca de m aior par t icipação polít ica, at iv a e cr ít ica dos est u dan t es com o f at or qu e det erm ina e orient a um perfil do enferm eiro generalist a e de m aior inserção social. Conclui- se que, apesar dos esforços, a orient ação da form ação e a definição do perfil profissional nos cenários do est udo est ão volt adas às ex igências do m er cado de t r abalho, sendo incipient e a for m ação baseada em ár eas de com pet ências.

DESCRI TORES: edu cação em en fer m agem ; com pet ên cia pr ofission al; apr en dizagem baseada em pr oblem as

NURSI NG EDUCATI ON: SEEKI NG CRI TI CAL-REFLEXI VE EDUCATI ON AND

PROFESSI ONAL COMPETENCI ES

The st udy describes changes t hat are not ed in st udent s during t raining and w hich cont ribut e t o define a pr ofession al pr ofile. We car r ied ou t a descr ipt iv e- ex plor at or y st u dy w it h a qu alit at iv e appr oach , based on dialect ics as a t heor et ical- m et hodological fr am ew or k . The dat a w as obt ained fr om docum ent ed analy sis and t hrough focal groups wit h t eachers, st udent s and service nurses. The result s show t he st udent ’s posit ion as an act ive subj ect in t he t eaching- learning process, t hrough a m ovem ent of t ransform at ion of academ ic st ruct ures. A cor r elat ion w as f ou n d b et w een t h e m ov em en t t h at seek s st u d en t s’ g r eat er p olit ical, act iv e an d cr it ical

part icipat ion as a way of det erm ining and guiding t he profile of t he generalist nurse and great er social insert ion. We conclude t hat , despit e effor t s, t r aining guidelines and t he definit ion of t he pr ofessional pr ofile in t he st udy set t ings is dir ect ed at t he dem ands of t he labor m ar ket , and t hat com pet ency- based t r aining is st ill incipient .

DESCRI PTORS: edu cat ion ; n u r sin g pr ofession al com pet en ce; pr oblem - based lear n in g

LA EDUCACI ÓN DE ENFERMERÍ A: BÚSQUEDA DE LA FORMACI ÓN CRÍ TI CA Y REFLEXI VA

Y DE LAS COMPETENCI AS PROFESI ONALES

El est udio describe los cam bios en los est udiant es durant e la form ación y que apunt an para la definición de un perfil profesional. Est udio descript ivo explorat orio con aproxim ación cualit at iva, que ut ilizase la dialéct ica com o r efer encial t eór ico- m et odológico. Los dat os fuer an obt enidos con docum ent ación y gr upos focales. Los r esult ados indican la posición del est udiant e com o suj et o act ivo en el pr oceso enseñanza- apr endizaj e desde el m ov im ien t o de cam bio de las est r u ct u r as académ icas. Se iden t ificó u n a cor r elación en t r e el m ov im ien t o de bú squ eda de m ay or par t icipación polít ica, act iv a y cr ít ica de los est u dian t es com o f act or qu e det er m in a y or ien t a u n per f il del en f er m er o gen er alist a y de m ay or in ser ción social. Se con clu y e qu e, n o obst an t e los esf u er zos, la or ien t ación de la f or m ación y la def in ición del per f il pr of esion al en los escen ar ios del est u dio est án dirigidas a las norm as del m ercado de t rabaj o, siendo insuficient e la form ación baseada en com pet encias.

DESCRI PTORES: edu cación en en fer m er ía; com pet en cia pr ofesion al; apr en dizaj e basado en pr oblem as

1Enferm eira, Mest re em Enferm agem , Professora da Pontifícia Universidade Cat ólica de Minas Gerais, e- m ail: kenialara17@yahoo.com .br; 2Enferm eira,

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I NTRODUÇÃO

A

s ex p er iên cias d e en sin o- ap r en d izag em são determ inadas pelo contexto político, social, cultural e e co n ô m i co e m q u e se i n scr e v e m . No m u n d o m oderno, há a exigência que os profissionais tenham f o r m a çã o p o l i v a l e n t e e o r i e n t a d a p a r a a v i sã o globalizador a da r ealidade e a at it ude cont ínua de aprender a aprender( 1).

A d e sr e g u l a m e n t a çã o d a s e co n o m i a s n a ci o n a i s, d i t a d a p e l a d i v i sã o i n t e r n a ci o n a l d o t r a b a l h o , p r e co n i za a a d o çã o d e p r o g r a m a s d e privat ização do set or público, inclusive nas áreas de saúde e educação. Tais t ransfor m ações alt eram as r elações de t r abalho que, associadas às inov ações t ecnológicas, im põem nov as r elações no m undo do trabalho e, em conseqüência, novas exigências quanto ao perfil dos t rabalhadores( 2).

No set or saúde, as t ransform ações ocorrem n a or g an ização d o t r ab alh o com r ep er cu ssões n a incorporação t ecnológica, associada às alt erações no per f il epidem iológico e n o padr ão dem ogr áf ico da população br asileir a. Nesse cont ex t o, é im por t ant e r e co n h e ce r a s m o d i f i ca çõ e s q u e d e co r r e m d a i m p l a n t a çã o d e n o v o s m o d e l o s t e cn o l ó g i co s e a ssi st e n ci a i s, co m e x i g ê n ci a s n o p e r f i l d o s pr ofissionais.

No Br asil, essas m odif icações ocor r em n o boj o do processo de consolidação do Sist em a Único de Saúde - SUS - com esforços para se concret izar os pr incípios ét icos, dout r inár ios, or ganizacionais e operat ivos no que diz respeit o à saúde, definindo- a com o u m dir eit o de t odos e u m dev er do Est ado, cabendo a esse gar ant ir polít icas públicas sociais e econôm icas que assegurem o bem - estar físico, m ental e social da população.

As dout rinas e princípios que regem o SUS est ão cont em plados na Lei 8.080( 3) e são dest aques: a u n iv er salidade de acesso aos ser v iços de saú de em todos os níveis de assistência; a integralidade de assistência; a preservação da autonom ia das pessoas n a d e f e sa d e su a i n t e g r i d a d e f ísi ca e m o r a l ; a igualdade da assist ência à saúde, sem preconceit os ou privilégios de qualquer espécie; a descentralização polít ico- adm inist r at iv a, com dir eção única em cada esfera de governo; a regionalização e hierarquização d a r ed e d e ser v i ço s d e saú d e; a cap aci d ad e d e r e so l u çã o d o s se r v i ço s e m t o d o s o s n ív e i s d e assist ência.

Na busca de consolidação do SUS, t em - se cam inhado para a const rução de um m odelo que dê

r espost as sociais aos pr oblem as e necessidades de saúde, considerando a het erogeneidade e diversidade polít ica, econôm ica e cult ural do nosso país.

A f o r m a çã o d o s p r o f i ssi o n a i s d e sa ú d e , i n se r i d a n o co n t e x t o d a f o r m a çã o d o s d e m a i s profissionais, deve est ar nort eada pela definição de ár eas de com pet ências ( conhecim ent os, habilidades e at it udes) que possibilit em a at uação e a int eração m ultiprofissional. As diretrizes gerais para a educação dos profissionais de saúde do século XXI descrevem que o desenvolvim ent o de com pet ências deve est ar dirigido à busca da integralidade da atenção à saúde, cont ribuindo para a form ação de um profissional que a g r e g u e a p t i d õ e s p a r a t o m a d a d e d e ci sõ e s, com unicação, lider ança, ger enciam ent o e educação per m anent e( 4).

Pa r a f a ze r f r e n t e à s e x i g ê n ci a s q u e se a p r e se n t a m e se m o d i f i ca m , r a p i d a m e n t e , n a for m ação dos pr ofissionais de saúde, é necessár io q u e h a j a m u d a n ça s n o p r o ce sso e n si n o -a p r e n d i z-a g e m , t o r n -a n d o - o -a d e q u -a d o à co n t e m p o r a n e i d a d e , à co m p l e x i d a d e e à im p r ev isib ilid ad e, car act er íst icas d o p r ocesso d e t rabalho em saúde.

É im port ant e indicar que a preparação para o m undo do t r abalho r equer o desenv olv im ent o de con h ecim en t os, idéias, h abilidades e, t am bém , de d i sp o si çõ e s, a t i t u d e s, i n t e r e sse s e p a u t a s d e co m p o r t a m e n t o . Essa s d e v e m se a j u st a r à s possibilidades e exigências dos m odos de t rabalho e sua form a de organização( 5).

So b t a l p e r sp e ct i v a , m o b i l i za çõ e s significativas têm sido feitas no sentido de se em pregar t r a n sf o r m a çõ e s n o s m o d e l o s d e f o r m a çã o d o s pr ofissionais, buscando int egr ar a univ er sidade aos segm ent os da sociedade civil e com as com unidades em um a parceria que pot encialize as alt ernat ivas de m udanças pedagógicas, organizat ivas e de int erações inst it ucionais. Essa quest ão se faz necessár ia par a que a academ ia dem onstre sua relevância no contexto social e para perm it ir a form ação dos est udant es a part ir de problem as da realidade concret a.

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p e r f i l p r o f i ssi o n a l b a se a d a s e m á r e a s d e com pet ências.

Def in ir com p et ên cias é u m a t ar ef a d if ícil, dest acando que é im port ant e passar da análise das prát icas a um invent ário razoável das com pet ências j u l g a d a s e sse n ci a i s, co n st i t u t i v a s d o co r p o d a pr ofissão( 6).

Def in e- se u m a com pet ên cia com o apt idão par a enfr ent ar um a fam ília de sit uações análogas, m obilizando de for m a cor r et a, r ápida, per t inent e e cr i a t i v a m ú l t i p l o s r e cu r so s co g n i t i v o s: sa b e r e s, ca p a ci d a d e s, m i cr o co m p e t ê n ci a s, i n f o r m a çõ e s, v a l o r e s, a t i t u d e s, e sq u e m a s d e p e r ce p çã o , d e avaliação e de raciocínio( 7).

No que se refere aos profissionais de saúde, deve- se agregar, a essa conceit uação, a necessidade de incor por ar um a análise pr ospect iv a das pr át icas da profissão, em contextos de inovações tecnológicas, d e m u d an ças n o s ser v i ço s d e saú d e e n o p er f i l epidem iológico e padrão dem ográfico da população. No contexto dessas transform ações, assinala-se que a em ergência da noção de com pet ência visa r e o r d e n a r a co m p r e e n sã o d a r e l a çã o t r a b a l h o / ed u cação, d esv ian d o o f oco d os em p r eg os e d as t a r e f a s p a r a u m r e f e r e n ci a l ce n t r a d o n a p r á x i s hum ana, potencializando as ações em ancipatórias dos t rabalhadores( 8- 9).

A aplicação da noção de com petência im plica inst it ucionalizar nov as for m as de educar / for m ar os t r abalhador es e ger ir int er nam ent e as or ganizações e o m ercado de trabalho, considerando as m ediações d e o r d e m e co n ô m i co - p r o d u t i v a , só ci o - h i st ó r i ca , cultural e política na determ inação do processo ensino-apr endizagem( 8- 9).

Com essa com pr eensão, defende- se que o m o d e l o d e f o r m a çã o d o e n f e r m e i r o d e v e e st a r a n co r a d o n o r e f e r e n ci a l d a p e d a g o g i a cr ít i co -r eflex iv a( 1, 10- 11), cont r ibuindo par a a const r ução de com pet ências pr ofissionais que possibilit em o agir cent rado no cuidado int egral.

METODOLOGI A

O presente estudo trata- se de um recorte dos resultados da pesquisa “ Os Proj etos UNI com o cenário de novas experiências na transform ação da educação de enferm agem ” * ,desenvolvido por pesquisadores do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Ensino e Prática de Enferm agem – NUPEPE, da Universidade Federal

de Minas Gerais, no período de 2000 a 2003. Buscou-se, no âm bit o da pesquisa, analisar o pr ocesso de m udança na educação de enfer m agem , v iv enciado p e l o s cu r so s d e e n f e r m a g e m d a s i n st i t u i çõ e s brasileiras que desenvolveram o Proj et o UNI .

O Pr oj et o UNI – Um a Nov a I n iciat iv a n a Educação dos Profissionais de Saúde, um program a polít ico- pedagógico que, desde o início da década de 90, incentivou a construção de inovações na form ação d o s p r o f i ssi o n a i s d e sa ú d e em p a r cer i a co m o s se r v i ço s d e sa ú d e e co m a co m u n i d a d e , f o i desenvolvido, no Brasil, pelas seguint es inst it uições d e e n si n o su p e r i o r : Un i v e r si d a d e Est a d u a l d e Lo n d r i n a , Fa cu l d a d e d e Me d i ci n a d e Ma r íl i a , Universidade Federal da Bahia e Universidade Federal do Rio Grande do Nort e.

O Pr o j e t o t r a zi a u m a p r o p o st a p a r a a s inst it uições de ensino, de ser v iço e seus at or es de abandonar em o par adigm a ex ist ent e na sociedade capitalista, no qual os profissionais são educados para a t e n d e r a s n e ce ssi d a d e s r e l a t i v a s a o l u cr o e à acum ulação de capital, para priorizar o carenciam ento hum ano, as necessidades de saúde da população e a m elhoria dos am bient es sanit ários, com prom et endo-se a f o r m ar p r o f i ssi o n ai s d i sp o st o s a zel ar p el a q u a l i d a d e d e v i d a e m su a t o t a l i d a d e , n ã o a b a n d o n a n d o a v a l o r i za çã o d a d a à co n st r u çã o dialét ica do processo saúde- doença ( 12).

Opt ou- se, aqui, por adot ar um a abordagem q u a l i t a t i v a , a n co r a d a n o r e f e r e n ci a l t e ó r i co -m etodológico da dialética( 13), o que revela um a crença n o p r o ce sso d e m o v i m e n t o q u e e x i st e , p er m a n en t em en t e, n a so ci ed a d e, b em co m o n a const rução hist órica, cult ural e social dos processos d e e d u ca çã o d o s p r o f i ssi o n a i s d e sa ú d e , n a capacidade de t r an sf or m ação e de su per ação das cont radições at ravés de novas práxis.

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ident ificados por um a let ra C e um núm ero ( 1, 2, 3 ou 4 ) q u e in d ica, aleat or iam en t e, os cen ár ios d a pesquisa.

An t es de se in iciar a colet a em cam po, o proj et o de pesquisa foi aprovado no Com it ê de Ét ica e Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais – COEP/ UFMG, seg u i n d o a Resol u ção 1 9 6 / 9 6 d a Com issão Nacional de Ética em Pesquisas. Da m esm a form a, as falas dos depoent es foram gravadas após a co n co r d â n ci a e a ssi n a t u r a d o Te r m o d e Consent im ent o Livre e Esclarecido.

O presente estudo descreve as m udanças que são m anifestadas e/ ou percebidas durante o processo d e f o r m a çã o d o s e st u d a n t e s e q u e p o d e m se r dem onst radas com o elem ent os que cont ribuem para a def in ição de u m per f il pr of ission al. Pr ocu r ou - se descrever o m ovim ento de m udança na form ação dos e n f e r m e i r o s, a p o n t a n d o o s p o n t o s co m u n s d o pensam ento e prática dos suj eitos em cada cenário e que subsidiaram a const rução da cat egoria em pírica: “ Do est udant e cr ít ico ao enfer m eir o gener alist a” e co m o e st e m o v i m e n t o t e m co n t r i b u íd o p a r a a definição da área de com pet ência profissional.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

Os discu r sos dos par t icipan t es dos gr u pos f ocais n os q u at r o cen ár ios p er m it em r econ h ecer, n essas in st it u ições, a posição do est u dan t e com o suj eit o at iv o no pr ocesso ensino- apr endizagem que tem espaço para se colocar e propor m udanças. Essa condição tem sido facilitada pelas transform ações nas est r u t u r as acadêm icas, con st r u ção de u m Pr oj et o Polít ico- pedagógico com base em referenciais crít icos e reflexivos, adoção de m etodologias ativas de ensino, am pliação e div er sificação dos cenár ios de ensino-apr en dizagem e t en t at iv a de adoção de av aliação for m at iv a.

Os part icipant es dos grupos focais assinalam que as m udanças no m odelo de ensino cont ribuíram para a const rução de um Proj et o Polít ico- pedagógico, no qual o est udant e é considerado com o um suj eit o at iv o n a con st r u ção do seu pr ópr io con h ecim en t o ( C1 ) , t o r n an d o - se, p o r t an t o , u m su j ei t o cr ít i co , quest ionador, inovador e que t em post ura de m aior m at ur idade ( C3) .

Os p a r t i ci p a n t e s a f i r m a m q u e se t e m buscado, durant e a form ação, a const rução do perfil d e u m p r o f i ssi o n a l r e f l e x i v o , co n h e ce d o r d o s

det er m inant es ét ico, polít ico, hist ór ico, ideológico e cult ur al da pr ofissão ( C4) em consonância com as diret rizes para a educação de enferm agem , definidas pelo Minist ério da Educação( 4).

Nos discur sos dos par t icipant es dos quat r o cen ár ios, h á cit ações q u e p er m it em r elacion ar o m ovim ent o de busca de m aior part icipação polít ica, a t i v a e cr ít i ca d o s e st u d a n t e s co m o f a t o r q u e det er m ina e or ient a um per fil do enfer m eir o com o generalist a e com m aior inserção social.

Essa consider ação par ece m ar cant e par a a r e o r g a n i za çã o d o s p r o ce sso s d e e n si n o e d e a ssi st ê n ci a à sa ú d e , u m a v e z q u e a f o r m a çã o pr ofissional r eper cut e posit iv am ent e, com m aior ou m enor expressão, na prát ica dos serviços de saúde, em consonância com o processo ensino- aprendizagem est abelecido.

As m udanças descr it as nos discur sos sobr e a at it ude dos est udant es r eflet em as exigências do m er cado de t r abalho, que im pulsiona a const r ução de um perfil dos fut uros profissionais para at ender à nova dinâm ica no t rabalho em saúde ( C3) , exigindo que o enfer m eir o possa at uar na r ede de cuidados p r o g r e ssi v o s e m sa ú d e , m o b i l i za n d o o s con h ecim en t os em ações pr ev en t iv as e cu r at iv as, t ant o indiv iduais quant o colet iv as, par a gar ant ir a qualidade da at enção à saúde ( C4) .

No cenário 1, os participantes assinalam que as m u d an ça n o en sin o ocor r em p ar a at en d er as necessidades da form ação do enferm eiro para at uar no Program a de Saúde da Fam ília. É const ant e, nos discursos dos suj eit os desse cenário, a preocupação de se inv er t er o m odelo cent r ado no hospit al e na doença, par a const r uir um m odelo da saúde t endo com o referencial a produção social da saúde.

O Program a de Saúde da Fam ília apresent a-se com o est r at ég ia d e r eor g an ização d a at en ção básica no Brasil, direcionando as ações para at ender a s n e ce ssi d a d e s d a s f a m íl i a s n o se u t e r r i t ó r i o , enquant o um espaço geopolít ico, de form a cont ínua, p er son alizad a e at iv a; com ên f ase n as ações d e pr om oção da saú de e pr ev enção de agr av os, m as sem descuidar do enfoque curat ivo- reabilit ador, com al t a r esol u t i v i d ad e, com b ai x os cu st os d i r et os e i n d i r e t o s, se j a m e co n ô m i co s, se j a m so ci a i s e art iculando- se com out ros set ores que det erm inam a saú de.

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pr át icas pedagógicas que enfat izem a int egr alidade da atenção à saúde, o que influenciou a m udança no Pr o j et o Po l ít i co - p ed ag ó g i co , i n co r p o r an d o n o v o s co n ce i t o s e n o v a s p r á t i ca s d e e n si n o p a r a acom panhar essa t endência.

Os p ar t i ci p an t es d o cen ár i o 4 r ef er em a p r e o cu p a çã o e m se i m p l e m e n t a r u m p r o ce sso form at ivo para cont ribuir com as m udanças sociais, em r elação à educação e à inser ção do enfer m eir o n o m e r ca d o d e t r a b a l h o . Af i r m a m q u e , p a r a acom p an h ar esse “ p at r ão”, q u e é o Pr og r am a d e Saúde da Fam ília, o cur so t em t ido com o pr incípio int roduzir o est udant e nos cenários reais de prát ica dos m odelos at uais de assist ência, priorizando ações de vigilância à saúde.

A análise dos discur sos per m it e apr eender que a orient ação da form ação e a definição do perfil profissional nos cenários do est udo est ão volt adas às ex igên cias do m er cado de t r abalh o sen do, ain da, i n ci p i e n t e a f o r m a çã o b a se a d a n a s á r e a s d e com pet ências que superem as exigências t ransit órias e m o m en t â n ea s d e u m m er ca d o p a r a a f i r m a r a const rução de um conj unt o de habilidades e at it udes que per m it ir á ao pr ofissional at uar nas div er sas e im previsíveis sit uações do cot idiano do t rabalho.

I n d i ca - se , p o r t a n t o , q u e o p r o ce sso d e f o r m ação d o en f er m ei r o d ev er á se d ar à l u z d a dinam icidade do cont ext o e de necessidades fut uras, no cam po de saúde e de educação, para as quais a form ação profissional deve est ar orient ada por um a educação desenhada por áreas de com petências, onde as dem andas do m ercado est ej am consideradas. No ent ant o, esse fat or não deve ser o único elem ent o a ser p r ior izad o n a d ef in ição d o p er f il p r of ission al, p r ep ar an d o os p r of i ssi on ai s d e en f er m ag em n ão apenas par a at ender as dem andas do m er cado de t r a b a l h o , m a s, so b r e t u d o , p a r a t r a n sf o r m a r a s condições im post as por esse m ercado.

Os participantes dos grupos focais citam que a f o r m a çã o p r o f i ssi o n a l e st á p r i v i l e g i a n d o , dem asiadam ente, os conhecim entos das áreas sociais em det rim ent o de conhecim ent os das áreas t écnicas. Assinalam que o enferm eiro form ado é um profissional q u e est á m u it o cr ít ico em r elação aos p r ob lem as sociais, m as não dom ina os conhecim ent os t écnicos e os inst r um ent ais necessár ios par a desenv olv er a prát ica de enferm agem ( C3) .

Essa const at ação cont radiz os pressupost os do m odelo de form ação, at é ent ão vigent es, no qual p r i v i l e g i a v a - se a a t u a çã o cu r a t i v a e i n d i v i d u a l ,

b asead a n o m od elo b iom éd ico h osp it alocên t r ico, f o r t e m e n t e m a r ca d o p e l a o r i e n t a çã o t e cn i ci st a . En t r et an t o , o s p ar t i ci p an t es p er ceb em q u e est á havendo ênfase nas quest ões sociais e polít icas em d et r i m en t o d o d esen v o l v i m en t o d a s h a b i l i d a d es t é cn i ca s, d a “ cl ín i ca e m sa ú d e ”. Co n si d e r a - se , por t ant o, que o m odelo cont inua fr agm ent ado, não p e r m i t i n d o a o e st u d a n t e d e se n v o l v e r - se , co n co m i t a n t e m e n t e , n a s á r e a s d e co m p e t ê n ci a técnico- científica e político- social, m obilizando- as para garant ir a int egralidade do seu processo form at ivo e da at enção à saúde.

Em e r g e , p o r t a n t o , a n e ce ssi d a d e d e reest rut urar o processo de form ação, adot ando um a v isão in t egr al do pr ocesso saú de- doen ça e do ser cuidado, super ando, dessa for m a, a fr agm ent ação en t r e b iolog ia/ social, cu r at iv o/ p r ev en t iv o, clín ico/ e p i d e m i o l ó g i co , su b j e t i v i d a d e / so ci a b i l i d a d e n a construção de um processo ensino- aprendizagem que leve o futuro profissional a desenvolver a com petência profissional específica, com binando t ecnologias leve-d u r as, com o a clín ica, e t ecn olog ias lev es com o vínculo, acolhida e responsabilização( 16).

A análise dos docum entos dos quatro cenários perm it e afirm ar que o perfil profissional, explicit ado no Proj eto Político- pedagógico, foi desenhado a partir da análise do m ercado de t rabalho, das dem andas e necessidades de saúde da população e de proj eções futuras sobre a inserção dos enferm eiros em cenários de produção de serviços de saúde, orient ado para a consolidação do Sist em a Único de Saúde. Ent ret ant o, as escolas cont inuam est rut urando os currículos por conteúdos e por obj etivos, característica dos m odelos tradicionais de ensino. Essa diferença parece m arcante na possibilidade de const rução de propost as que vão além da com pr eensão de que é necessár io at ender ao m ercado de trabalho e reforçar o m odus operandi das escolas e das prát icas pedagógicas sust ent adas n a co n ce p çã o p e d a g ó g i ca d a t r a n sm i ssã o e d o condicionam ent o.

Tor n a- se, p or t an t o, n ecessár io assu m ir o p r o ce sso e n si n o - a p r e n d i za g e m b a se a d o n u m a concepção pedagógica cr ít ico- r eflex iv a que or ient a as op ções m et od ológ icas d ir ig id as p ar a m u d ar o cent ralism o do processo de ensino- aprendizagem no p r o f e sso r, p a r a t r a n sf e r i - l o , r e sp o n sa b i l i zá - l o e ressignificá- lo no aluno( 11, 17) .

(6)

curso, de at uarem em at ividades m ult iprofissionais, ut ilizando- se do enfoque int erdisciplinar em equipes d e t r a b a l h o e m n o v o s ce n á r i o s d e e n si n o -apr endizagem ( C4) .

No cam p o d a ed u cação d e en f er m ag em , várias propost as est ão sendo aplicadas t ais com o a i n t e g r a çã o cu r r i cu l a r, a i n t e g r a çã o d o ce n t e -assist en cial, o cu r r ícu lo por com pet ên cias, com o obj etivo de form ar um profissional com prom etido com a p olít ica d e saú d e e d esen v olv er a com p et ên cia específica e a capacidade de prom over im pact o( 18).

Essa s e x p e r i ê n ci a s t ê m si d o f r u t o d a i n sa t i sf a çã o e t a m b é m d a f r a g i l i d a d e q u e o s pr ogr am as de educação de enfer m agem gozam em t odos os níveis. Essa fragilidade pode ser ent endida com o falta de base teórica do fazer, referendada pela t radição da falt a de reflexão do por quê e para que, da obsessão da inov ação pela inov ação, enfim , de pr ocessos edu cat iv os pou co ader idos à r ealidade, onde a dicotom ia teoria e prática ainda é m arcante e o n d e p e r p e t u a a r e p r o d u çã o d a co n ce p çã o d o pr ocesso saúde e doença, subor dinado às ciências biológicas e à assist ência individual( 18).

Os p a r t i ci p a n t e s d o s g r u p o s f o ca i s m anifestaram , ainda, que o apoio financeiro oferecido p el o Pr o j et o UNI co n t r i b u i u p ar a o ex er cíci o d a m etodologia da pesquisa entre os estudantes ( C3) . A análise dos docum entos perm ite reconhecer, tam bém , q u e o a p o i o f o i d i r i g i d o a p l a n o s e st r a t é g i co -inst it ucionais const ruídos pela parceria ensino/ serviço para desenhar os processos de m udança.

Os dados docum ent ais dos quat r o cenár ios perm item afirm ar que a aproxim ação ensino- pesquisa faz part e dos m ecanism os de t ent at iva de int egração do ensino básico/ ciclo pr ofissional e da ar t iculação t eor ia/ pr át ica, cont r ibuindo par a a definição de um per fil de pr ofissional que int egr a os conhecim ent os de várias disciplinas e que desest rut ure a dicot om ia ent re a prát ica de ensino e de at enção.

Cor r obor an do com essa an álise, a an álise das prát icas e a pesquisa const it uem - se m ét odos de f o r m a çã o q u e p e r m i t e m a co n st r u çã o d o profissionalism o, at ravés do desenvolvim ent o de um a m et acom pet ência: o saber analisar( 7) .

Esse par ece ser um elem ent o difer enciador quando se busca a form ação crítico- reflexiva, na qual o aprender é o atributo fundam ental nas relações entre os su j eit os en v olv id os em in t er ação n o p r ocesso ensino- apr endizagem , at r av és da par t icipação at iv a do est udant e, da problem at ização da realidade e da

art iculação t eoria/ prát ica em perm anent e m ovim ent o de aprender a aprender.

Sob essa p er sp ect iv a, é p ossib ilit ad a aos est udant es a const r ução do conhecim ent o paut ado em problem as da realidade concret a, art iculando os sa b e r e s d e d i v e r sa s á r e a s, b a se a d a n a int erdisciplinaridade e na int egração dos cont eúdos e dos fazeres. Destaca- se que essa form ação apresenta pot encial para subsidiar um agir na com plexidade e im p r ev isib ilid ad e, car act er íst icas d o cot id ian o d o t rabalho em saúde.

A análise dos discursos dos participantes dos grupos focais revela que a relação ensino/ t rabalho é im pulsionadora das transform ações no ensino que são alim entadas pela reorganização do m odelo de atenção à saúde em busca da int egr alidade da at enção. Os part icipant es revelaram que a relação ent re ensino e serviço tem sido um a experiência positiva para todos os at or es, per m it in do a f or m ação de pr of ission ais con t ex t u alizados com a r ealidade dos ser v iços de saúde e com as dem andas e necessidades de saúde d a p op u lação, con sid er an d o a com p lex id ad e e as t ransform ações do processo de t rabalho em saúde.

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

Aprendeu- se com os result ados da pesquisa, que a adoção do enfoque crítico- reflexivo no processo de for m ação pode r eper cut ir no pr ocesso t r abalho em saúde e de enferm agem com pot encialidades na afir m ação de um cuidar r ealizado por suj eit os com v alor es, cu lt u r a e id eolog ia com p r om et id os p ar a so l u çã o d o s p r o b l e m a s co n cr e t o s d e sa ú d e d a população e dos serviços de saúde. Para t ant o, esse m o v i m e n t o d e v e p a u t a r - se , n ã o so m e n t e n a r a ci o n a l i d a d e t é cn i ca e i n st r u m e n t a l , m a s, f u n d a m e n t a l m e n t e , e m n o v a s p o ssi b i l i d a d e s co m u n i ca t i v a s, o r g a n i za ci o n a i s, d e r e l a çõ e s d e int ersubj et ividade e de cuidado.

(7)

Assim , p od e- se in d icar a n ecessid ad e d e r eor ient ar a for m ação pr ofissional de enfer m agem para solução de problem as concret os e reais, com o alt er nat iva para desenv olver a capacidade de cr iar, recriar e proj etar o novo na perspectiva de um a práxis criat iva, perm it indo o desenvolvim ent o do suj eit o em

sua m ult idim ensionalidade: social, hist órica, cult ural e holíst ica.

Dessa for m a, v islum br a- se que a educação de enferm agem deve prim ar- se pela busca do cuidado int egr al, const r uído dur ant e a for m ação a par t ir de referenciais crít ico- reflexivos na definição da área de com pet ências pr ofissionais.

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Referências

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1 Enferm eiro, Doutor em Enferm agem , Professor Adjunto; 2 Enferm eira, Doutor em Filosofia da Enferm agem , Professor Titular; e-m ail: alacoque@newsite.com .br; 3

1 Enferm eira, Professor Adj unt o da Universidade Federal de São Paulo, Brasil, e- m ail: solandic@denf.epm .br; 2 Enferm eira do Hospit al Sírio Libanês, aluna de m estrado

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