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Estudos da relação entre indução de tolerância oral e produção de IgA secretória em modelo experimental de alergia alimentar murino

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Academic year: 2017

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RESUMO

A mucosa intestinal é a maior área de contato entre o organismo e o meio. Além disso, é o

local onde se concentra o maior número de linfócitos, a maioria deles são células ativadas.

A conseqüência mais comum da exposição constante do sistema imune a antígenos

presentes na mucosa do intestinal (microbiota e antígenos da dieta) é a tolerância oral. A

Tolerância Oral é definida como a diminuição da resposta antígeno-específica após

imunização com o antígeno previamente administrado por via oral. Ao mesmo tempo,

células B da mucosa quando estimuladas, produzem predominantemente IgA, que é

secretada no muco sob a forma de IgA secretória (IgAS). A produção de IgAS

antígeno-específica tem sido descrita como uma outra conseqüência comum do contato com

antígenos por via oral, mas a relação entre esses dois fenômenos ainda é obscura. Neste

estudo, analisarmos o efeito da tolerância oral na produção de IgAS em modelo murino de

alergia alimentar à ovalbumina (Ova). Camundongos BALB/c foram tratados com salina

(controle) ou Ova por gavagem ou ingestão voluntária. Após sete dias, os animais foram

imunizados i.p com Ova e Al(OH)3 e desafiados i.p. com Ova após quatorze dias. Para

indução de alergia alimentar, os camundongos foram oralmente desafiados com uma

solução de clara de ovo contendo aproximadamente 10 mg/ml de Ova durante sete dias

consecutivos. Em cada etapa de indução de tolerância oral e subseqüente indução de

alergia alimentar, analisamos os níveis de citocinas e anticorpos produzidos (soro e

intestino), aversão à Ova e perda de peso corpóreo. Além disso, após a indução de alergia

alimentar, analisamos a secreção de muco intestinal, número de mastócitos e eosinófilos na

mucosa. Nossos resultados indicaram que, após a indução de alergia alimentar a tolerância

oral foi associada com a inibição da produção de IgAS total e anti-Ova, IgA sérica total e

anti-Ova, Igs totais e IgG1 anti-Ova. Por outro lado, a tolerância oral inibiu a alergia

alimentar, devido aos baixos níveis de IgE total e anti-Ova produzidos, inibição da perda

de peso corpóreo e inibição da aversão ao consumo de Ova observados nos animais

tolerantes. Os níveis de citocinas pró-inflamatórias, como IL-4 e IL-5 também foram

inibidos. Curiosamente, as citocinas regulatórias, como IL-10 e TGF-β também foram

suprimidas pela indução da tolerância oral. Todas essas citocinas tem um potente efeito na

produção de IgA e a inibição delas acompanha a supressão da secreção de IgA pela

tolerância oral. De acordo com nossos resultados, nós concluímos que a mucosa intestinal

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ii intestino devido à indução da tolerância oral. Entretanto, a mucosa intestinal para manter

sua integridade e homeostase, mesmo na presença de inflamação no intestino, como

reações alimentares alérgicas, recruta rapidamente vários mecanismos, como produção de

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