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Departamento de Materiais Dentários e Prótese

Fábio Afrânio de Aguiar Júnior

AVALIAÇÃO DE OVERDENTURES MANDIBULARES COM DIFERENTES SISTEMAS DE RETENÇÃO: ANÁLISE FOTOELÁSTICA DA TRANSMISSÃO DE

TENSÕES E EFEITO DE CARGA CÍCLICA NA FORÇA DE RETENÇÃO.

Ribeirão Preto

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AVALIAÇÃO DE OVERDENTURES MANDIBULARES COM DIFERENTES SISTEMAS DE RETENÇÃO: ANÁLISE FOTOELÁSTICA DA TRANSMISSÃO DE

TENSÕES E EFEITO DE CARGA CÍCLICA NA FORÇA DE RETENÇÃO.

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor no programa de Reabilitação Oral.

Área de concentração: Reabilitação Oral

Orientadora: Profa. Dra. Renata Cristina Silveira Rodrigues Ferracioli

VERSÃO CORRIGIDA

A versão original se encontra disponível na Faculdade de Odontologia de

Ribeirão Preto – USP

Ribeirão Preto

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PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Campus USP - Ribeirão Preto

Aguiar Júnior, Fábio Afrânio

Avaliação de overdentures mandibulares com diferentes sistemas de retenção: análise fotoelástica da transmissão de tensões e efeito de carga cíclica na força de retenção. Ribeirão Preto, 2013.

146 p. : il. ; 30cm

Tese de Doutorado, apresentada à Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/USP. Área de Concentração: Reabilitação Oral.

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Fábio Afrânio de Aguiar Júnior

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor.

Área de concentração: Reabilitação Oral.

Aprovado em: ____/____/____

Banca Examinadora:

1) Prof.(a). Dr.(a).:_____________________________________________________

Instituição:___________________________________________________________

Julgamento:__________________________Assinatura:_______________________

2) Prof.(a). Dr.(a).:_____________________________________________________

Instituição:___________________________________________________________

Julgamento:__________________________Assinatura:_______________________

3) Prof.(a). Dr.(a).:_____________________________________________________

Instituição:___________________________________________________________

Julgamento:__________________________Assinatura:_______________________

4) Prof.(a). Dr.(a).:_____________________________________________________

Instituição:___________________________________________________________

Julgamento:__________________________Assinatura:_______________________

5) Prof.(a). Dr.(a).:_____________________________________________________

Instituição:___________________________________________________________

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Ao Prof. Dr. Ricardo Faria Ribeiro pela ajuda em diversas fases da realização deste trabalho;

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pela bolsa de estudo (2010/09827-7) e auxílio financeiro (2010/09677-5) concedidos para realização deste trabalho;

Ao CNPQ pela bolsa de estudos concedida durante o início deste curso de pós-graduação;

Ao técnico do Laboratório Integrado de Pesquisa em Biomateriais (LIPEM), Edson Volta, por auxiliar na utilização da máquina universal de ensaios;

À responsável pelo Laboratório de Análises Biomecânicas em Prótese e Implante, Dra. Adriana Cláudia Lapria Faria Queiroz, por tornar mais fácil e organizado o trabalho dentro do laboratório;

À engenheira Ana Paula Macedo pelos conhecimentos compartilhados e a disponibilidade em ajudar;

Ao técnico Luiz Sérgio Soares, pelo desenvolvimento e adequação de equipamentos para os testes realizados;

Aos colegas de pós-graduação, por todos os momentos de agradável convivência e sincera amizade;

À Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/USP, por toda a formação intelectual e pessoal oferecida nestes anos todos;

À Isadora Almeida Poscidonio, pelo companheirismo, compreensão e paciência;

À todos que, direta ou indiretamente, colaboraram para a conclusão deste trabalho.

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AGUIAR, FA Jr. Avaliação de overdentures mandibulares com diferentes sistemas de retenção: análise fotoelástica da transmissão de tensões e efeito de carga cíclica na força de retenção. 2013. 146f. Tese (Doutorado em Reabilitação Oral) – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013.

O surgimento dos implantes osseointegrados melhorou a qualidade de vida de pacientes edêntulos. Seu uso favorece retenção e estabilidade, gerando maior eficiência mastigatória e conforto. O objetivo deste estudo foi avaliar manutenção da força de retenção e padrões de tensões gerados na mandíbula em overdentures confeccionadas com dois sistemas de retenção retidas por 2 ou 3 implantes. Análise fotoelástica de tensões e teste de carga cíclica foram realizados. Para o teste de carga cíclica foram utilizados modelos representativos de mandíbulas desdentadas e os grupos analisados foram: A) 2 implantes com barra clipe; B) 3 implantes com barra clipe; C) 2 implantes com barra clipe e bola/o’ring nas extremidades; D) 3

implantes com barra clipe e bola/o’ring nas extremidades. Cinco espécimes por grupo foram submetidos à ciclagem e 5 permaneceram imersos na máquina de ciclagem (controle). As leituras de força de retenção foram realizadas por ensaio de tração em máquina de ensaios universal antes da ciclagem e a cada 500 mil ciclos. A ciclagem foi realizada com frequência de 1,8 Hz, carga de 130 N, por 2 milhões de ciclos. Para a aplicação de carga, foram feitas pontas correspondentes à arcada antagonista unilateral posterior. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente pelo modelo linear de efeitos mistos. Para a análise fotoelástica, foi feito um modelo mestre curvo em resina acrílica. O modelo foi preparado para conter cinco implantes, paralelos, distribuídos na região interforaminal. Grupo com 4 implantes com barra clipe e o’rings nas extremidades foi incluído como controle. Prótese total foi confeccionada e usada em todos os grupos. A cada grupo, nova captura de retentores foi realizada. Para obtenção dos modelos fotoelásticos, foram confeccionados moldes em silicone do modelo mestre. A verificação das tensões em torno dos implantes foi realizada por meio de análise fotoelástica qualitativa de transmissão sob aplicação de carga cêntrica estática de 50 N. Diferentes tipos de pontas e locais de aplicação de carga foram usados. Os resultados demonstraram que carga cíclica influencia na perda de retenção overdentures mandibulares. Comparando grupos controle e teste, observou-se que os grupos com três implantes apresentaram maior influência da ciclagem na perda de retenção. Os sistemas de retenção estudados apresentaram comportamentos diferentes até um milhão de ciclos, após não houve diferença quanto à manutenção de retenção. Todos os grupos mantiveram retenção satisfatória ao final da ciclagem. Três implantes apresentaram maior tensão ao redor dos implantes e pouca ou nenhuma sobre o rebordo. Nos grupos com dois implantes, aplicação de carga posterior gerou tensões no rebordo alveolar e implantes. Grupos com extensões distais evidenciaram uma maior tensão ao redor dos implantes que os sem extensão.

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AGUIAR, FA Jr. Evaluation of mandibular overdentures with different attachments systems: Photoelastic stress analysis and effect of cyclic loading on retention force. 2013. 146f. Tese (Doutorado em Reabilitação Oral) – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013.

The appearance of osseointegrated dental implants improved the quality of life of fully edentulous patients. Implants promote retention and stability, producing higher masticatory efficiency and comfort. The aim of this study was analyze the retention maintenance and the stress pattern generated by two or three implants-supported mandibular overdentures with two attachments systems. Photoelastic stress analysis and cyclic loading test were performed. For the cyclic loading test, edentulous mandibular models were used. The analyzed groups were: A) 2 implants

with bar clip; B) 3 implants with bar clip; C) 2 implants with bar clip and balls/o’rings in the extremity; D) 3 implants with bar clip and balls/o’rings in the extremity. Five

specimens per group were submitted to cyclic loading and five were kept immersed inside the test machine (control group). The measurements of retention force were performed by tensile test in a universal testing machine before cyclic loading and after each 500 thousands cycles. The cycling was performed with frequency of 1.8 Hz, loading of 130 N, up to two million cycles. For the load application, tips corresponding to posterior unilateral antagonist teeth were produced. Data were statistically analyzed by linear mixed-effects model. For the photoelastic analysis, a curved master model was produced in acrylic resin. The model contained five parallel implants, distributed in interforaminal area. A group with 4 implants splinted with bar

clip and balls/o’rings in the extremity was included as a control. Complete denture was made and used in all groups. In each group, incorporating of new attachments was performed. For the obtainment of photoelastic models, silicone impression of the master model was performed. The assessment of stress around implants was done through quantitative transmission photoelastic analysis under static centric load application of 50 N. Different sorts of tips and load application places were used. The results showed that cyclic load influences the retention loss of mandibular overdentures. Comparing test and control groups, it was observed that groups with three implants showed higher influence of cyclic loading in retention loss. The studied attachments systems showed different behaviors up to one million cycles, after that there was not difference in the maintenance of retention. All groups had satisfactory retention at the end of cycling. Groups with three implants showed higher stress around implants and lower or none on alveolar ridge. In groups with two implants, load application on posterior area caused stress on alveolar ridge and implants. Groups with distal extensions demonstrated higher stress around implants than groups without extension.

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RESUMO ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO...15

2. REVISÃO DA LITERATURA...20

2.1 Avaliação de Parâmetros Clínicos...22

2.2 Avaliações Biomecânicas...29

2.2.1 Movimentos de Overdentures...29

2.2.2 Análise de Tensão...31

2.2.3 Força de Retenção...37

2.3 Avaliação de Mastigação...41

2.4 Avaliação de Satisfação...48

3. PROPOSIÇÃO...62

4. MATERIAL E MÉTODOS...64

4.1 Teste de Carga Cíclica...65

4.1.1 Obtenção dos modelos...65

4.1.2. Enceramento das barras...68

4.1.3. Inclusão das estruturas...70

4.1.4. Fundição das estruturas...71

4.1.5. Desinclusão e acabamento...71

4.1.6. Confecção das Overdentures...73

4.1.6.1. Modelo de trabalho...73

4.1.6.2. Captura dos Retentores...75

4.1.7. Ciclagem...77

4.2. Análise Fotoelástica de Tensões...82

(15)

4.2.4. Confecção da Prótese Total...85

4.2.5. Obtenção dos modelos fotoelásticos...87

4.2.6. Análise Fotoelástica...89

5. RESULTADOS...93

5.1. Teste de carga cíclica...94

5.1.1. Comparação entre grupos Controle e Teste...94

5.1.2. Força de Retenção em grupos Teste...96

5.1.2.1. Comparação da Força de Retenção entre número de Ciclos por grupo Teste...96

5.1.2.2. Comparação da Força de retenção (N) entre grupos teste...98

5.1.3. Comparação da Manutenção de retenção (%) entre grupos teste por número de ciclos...99

5.2. Análise Fotoelástica...101

6. DISCUSSÃO...109

7. CONCLUSÕES...122

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS...124

(16)
(17)

Com o desenvolvimento nas últimas duas décadas, a taxa de perda dental

vem diminuindo de forma acelerada. No entanto, como resultado do aumento na

expectativa de vida da população e da maior incidência de perdas dentais com o

aumento da idade, a proporção de indivíduos desdentados ainda permanece

significante (THOMASON et al., 2009).

Por muito tempo o tratamento para pacientes edêntulos foi a confecção de

próteses totais mucossuportadas. Estas próteses devolvem a função e a estética ao

paciente, inserindo-o no convívio social. No entanto, este tipo de tratamento possui

uma série de limitações, principalmente na reabilitação mandibular, como falta de

retenção e estabilidade, desconforto, insegurança na alimentação, diminuição da

autoestima (FEINE et al., 2002).

O surgimento de tratamentos utilizando implantes osseointegrados propiciou

melhoria na qualidade de vida desses pacientes. O uso de implantes favorece a

retenção e a estabilidade em próteses removíveis sobre implantes (overdentures), gerando maior eficiência mastigatória e conforto ao paciente (KENNEY e

RICHARDS, 1998; MACENTEE, WALTON e GLICK, 2005; BARÃO et al., 2009; PAN

et al., 2010; MÜLLER et al., 2012; TOMAN et al., 2012).

Considerando a satisfação do paciente e as dificuldades da reabilitação

mandibular de desdentados totais, a indicação de próteses totais mucossuportadas

como tratamento de primeira escolha dá lugar à indicação de próteses totais

overdentures (FEINE et al., 2002; THOMASON et al., 2009; THOMASON et al., 2012).

A literatura apresenta algumas variações no planejamento de overdentures. Podem ser retidas por 1, 2, 3 ou mais implantes, esplintados ou não, e também

(18)

ULUDAG, 2007; HARDER et al., 2011; KENNEY e RICHARDS, 1998; PRAKASH, D'SOUZA e ADHIKARI, 2009). Apesar de variações mecânicas entre overdentures

com diferentes números de implantes e sistemas de retenção (MACHADO et al.,

2011; PRAKASH, D'SOUZA e ADHIKARI, 2009; SADOWSKY e CAPUTO, 2004),

diversos autores afirmam não existir diferenças quanto ao nível de satisfação

alcançado (AMBARD et al., 2002; KARABUDA et al., 2002; WALTON, MACENTEE e

GLICK, 2002; TIMMERMAN et al., 2004; MEIJER et al., 2009; CUNE et al., 2010;

CORDARO et al., 2012; MUMCU, BILHAN e GECKILI, 2012).

Os sistemas de retenção podem ser do tipo botão (bola/o’ring, Locator, Era,

Dallabona), barra clipe, barra clipe com bola/o’rings nas extremidades, telescópicos

e magnéticos. A escolha do sistema mais adequado é frequentemente realizada

pelos clínicos com base apenas na qualidade retentiva, deixando de considerar

modelo, tipo de material e a manutenção ou reparação em longo prazo

(ALSABEEHA, PAYNE e SWAIN, 2009).

A manutenção da força de retenção em diversos estudos é correlacionada ao

desgaste dos componentes através de simulações de uso/fadiga (BESIMO e

GUARNERI, 2003; RUTKUNAS, MIZUTANI e TAKAHASHI, 2007). Entretanto, na

situação clínica real, a fadiga do sistema de retenção é gerada também pela carga

cíclica resultante da função mastigatória das próteses overdentures (DOUKAS et al., 2008), e este fator não é considerado na maioria dos trabalhos encontrados na

literatura. Overdentures podem apresentar tipos diferentes de suporte, variando de

suporte totalmente mucoso a totalmente por implantes. O tipo de suporte é

determinado pelo número de implantes e tipo de retentor e pode influenciar o

(19)

Segundo Watson, Tinsley e Sharma, 2001, um prognóstico favorável requer

seleção do sistema de retenção baseada não apenas na retenção ou custo, mas

também nos aspectos biomecânicos envolvidos. Estímulo mecânico inadequado

com transferência excessiva de carga aos implantes provoca perda óssea cortical

(BRANEMARK et al., 1977) podendo levar à perda da osseointegração (ISIDOR, 1996; NAERT et al., 1992; SANZ et al., 1991).

As tensões geradas sobre as próteses são dissipadas pelos sistemas de

retenção para os implantes e para o rebordo . Os mecanismos de transmissão e

distribuição de tensão de cada tipo de sistema determinam a intensidade e

amplitude de perda óssea (MISCH; 1999).

Para a análise de tensões, uma das técnicas experimentais empregadas é a

análise fotoelástica, utilizada devido à sua relativa simplicidade e confiabilidade

quanto à correspondência clínica dos achados observados (BRODSKY, CAPUTO e

FURSTMAN, 1975). É usada na Odontologia na análise de tensões de próteses

parciais removíveis, próteses parciais fixas e ao redor de implantes, sob diversas

possibilidades protéticas (ASSUNÇÃO et al., 2009; DEINES et al., 1993; FEDERICK e CAPUTO, 1996; UEDA et al., 2004). Sendo uma técnica que utiliza como objeto de estudo um bloco de resina que possui densidade homogênea, diferente do tecido

ósseo humano, pode apresentar discrepância entre a magnitude de estresse gerado,

porém a localização e o padrão geral são semelhantes (MAHLER e PEYTON, 1955).

Pode-se então extrapolar seus resultados para servirem de parâmetros sobre o

padrão de distribuição de tensão que é gerado na interface osso-implante de acordo

com o tipo de planejamento protético escolhido.

Considerando a ausência de dados na literatura quanto à fadiga do sistema

(20)

opção para o sucesso clínico longitudinal de tratamentos com overdentures, são necessários mais dados comparativos entre os sistemas de retenção utilizados

nesta modalidade de reabilitação mandibular. O comportamento de sistemas

não-esplintados é bastante descrito na literatura. No entanto, sistemas não-esplintados

possuem um comportamento biomecânico diferente, podendo influenciar no sucesso

protético (MACENTEE, WALTON e GLICK, 2005; AKÇA et al., 2007). Estudos

considerando mecanismos de transmissão e distribuição de tensão destes sistemas

e a manutenção da força de retenção são necessários. Dados em relação à

transmissão de tensões, retenção e durabilidade auxiliarão os profissionais na

escolha do sistema de retenção mais adequado para pacientes usuários de

overdentures, o que poderá contribuir para um maior nível de satisfação com esta modalidade de tratamento. Considerando estas necessidades, este estudo testou as

seguintes hipóteses: carga cíclica afeta a manutenção de retenção e retentores que

promovem maior estabilidade em overdentures, reduzem o efeito de carga cíclica na

manutenção da força de retenção, mas aumentam a transmissão de tensão aos

(21)
(22)

Esta revisão de literatura foi realizada através de busca eletrônica na base de

dados Pubmed de artigos relacionados à palavra-chave overdenture. Os artigos que foram incluídos abordavam as seguintes variáveis: satisfação, força de retenção,

manutenção, movimentação, fatores relacionados à mastigação, tipo de antagonista,

oclusão, parâmetros clínicos, e quantidade de rebordo remanescente. Sendo todos

referentes a overdentures mandibulares.

O primeiro estudo clínico longitudinal realizado com overdentures foi de Steenberghe, et al. (1987). Estes autores estavam entre os primeiros a propor apenas dois implantes na mandíbula, alcançando 98 % de sucesso após cinco anos

de estudo. Outros autores também observaram altas taxas de sucesso

(MERICSKE-STERN et al., 1994; JEMT et al., 1996; NAERT et al., 1999). No entanto, controvérsias quanto às indicações e conceitos deste tipo de tratamento foram

notadas (BATENBURG et al., 1998; BURNS, 2000).

Alguns fatores são críticos para o sucesso deste tipo de tratamento. Fatores

como preservação óssea, efeito da arcada antagonista, quantidade de implantes,

sistema de retenção, tempo de carregamento, necessidade de manutenção e

satisfação do paciente (SADOWSKY, 2001).

Para a avaliação dos fatores citados acima foi proposto um protocolo baseado

em seis campos: sucesso, sobrevivência, perda do acompanhamento do paciente,

morte, necessidade de reparos, e necessidade de reconfecção, a partir dos quais, o

tipo de prótese, tipo de retentor e sistema de implantes pudessem ser comparados.

Entre estes campos foram distribuídas doze categorias, associadas a problemas

com componentes de retentores (matrix e patrix), necessidade de reembasamento,

integridade da prótese e condição da mucosa peri-implantar . O tipo de suporte

(23)

ser considerados. Segundo os autores deste protocolo, a avaliação destes fatores

deve ser realizada em conjunto com uma categorização padronizada do impacto

fisiológico e psicossocial deste tipo de tratamento nos pacientes (PAYNE et al., 2001).

Considerando a análise destes fatores, esta revisão foi dividida em artigos

relacionados com avaliações de parâmetros clínicos, biomecânicos, mastigatórios e

de satisfação.

2.1. Avaliação de Parâmetros Clínicos

Gotfredsen e Holm (2000) avaliaram as condições peri-implantares e a

necessidade de manutenção de overdentures mandibulares com o’rings ou barra pelo período de 5 anos. Foram colocados dois implantes na região interforaminal,

em 26 pacientes. O tipo de tratamento foi definido de forma aleatória, ficando 11

pacientes no grupo de barra e 15 no grupo de o’rings. Índice de placa, índice

gengival e profundidade de sondagem foram avaliados em cada implante. Valores

de Periotest foram coletados e radiografias intraorais foram realizadas

periodicamente, de forma padronizada. Nenhum implante foi perdido durante o

período avaliado. A saúde peri-implantar se manteve estável pelos 5 anos, não

havendo diferença entre os grupos quanto aos parâmetros testados. A frequência de

reparos foi maior para o grupo de barras no primeiro ano. Nos anos seguintes não

houve diferenças. Concluíram que, pelo período de cinco anos, não houve diferença

(24)

peri-implantar, no entanto a frequência de complicações técnicas ou reparos foi maior

para overdentures com barra.

Dudic e Mericske-Stern (2002) analisaram três categorias de complicações

em relação ao tipo de retentor de overdentures mandibulares. Acompanharam, por

um período de 5 a 15 anos, 119 pacientes que possuíam um total de 258 implantes.

75 pacientes usaram overdentures com sistema de retenção resiliente (o’rings ou barra cilíndrica) e 44, sistema de retenção rígido (Barra Dolder U, com ou sem

extensão distal). A incidência de complicações foi calculada pelo período total e no

segundo e quinto ano de acompanhamento. As três categorias de complicação

foram: falhas dos componentes dos implantes; falhas estruturais e mecânicas das

próteses e necessidade de ajustes protéticos. Os resultados não demonstraram

diferenças no número de complicações entre os sistemas resiliente e rígido. A perda,

soltura ou fratura da parte fêmea do retentor, assim como reparos e reembasamento

da base da prótese, foram as complicações mais frequentes no grupo de sistema

resiliente. No grupo de sistema rígido, a complicação mais frequente foi o

afrouxamento da barra. Os autores concluíram que não houve diferença significativa

entre os grupos, no entanto sugerem ligeira superioridade dos sistemas rígidos.

Wright, et al. (2002) avaliaram a reabsorção do rebordo residual posterior em usuários de overdentures mandibulares sobre dois implantes unidos por barra (n=21) e em usuários de próteses totais fixas sobre 5 ou 6 implantes (n=23). Mensurações

foram realizadas em traçados digitais de radiografias panorâmicas. Os dados foram

coletados após a instalação das próteses e ao final dos 7 anos. Com o uso de

overdentures houve uma redução média do rebordo de 1,1% ao ano, enquanto em próteses fixas, um aumento de 1,65% ao ano foi observado. Concluíram que

(25)

nos pacientes que usaram próteses totais fixas houve aposição óssea nesta mesma

área.

Kordatzis, Wright e Meijer (2003) avaliaram a reabsorção do rebordo posterior

em usuários de próteses totais convencionais e overdentures mandibulares sobre dois implantes unidos por barra. As medições foram realizadas em exames

tomográficos realizados antes e após 5 anos da instalação das próteses. As

comparações foram realizadas por proporção, reduzindo os erros causados por

distorções e magnificações. Observaram que a redução média da altura do rebordo

foi de 1,25 mm em cinco anos. As próteses totais convencionais apresentaram

redução de 1,63 mm, enquanto nas overdentures essa redução foi 0,69 mm.

Assad, et al. (2004) comparam dois tipos de suporte de overdentures. Dez pacientes desdentados receberem dois implantes cada. Foram divididos em dois

grupos. Um grupo recebeu overdentures retidas por magnetos (suporte mucoso) e outro retidas por barra (suporte combinado entre implante e mucosa). Ambos

receberam próteses totais convencionais maxilares. Avaliações clínicas foram

realizadas imediatamente após a entrega das próteses e após 6, 12 e 18 meses. Os

resultados demostraram que overdentures com suporte mucoso apresentaram

menor reabsorção óssea na região distal dos implantes. O índice de biofilme foi

maior para o grupo com magnetos. Após 18 meses, o grupo de barra apresentou

maior inflamação gengival que o grupo de magnetos. Os autores concluíram que o

tipo de retentor ou suporte pode afetar a presença de inflamação gengival ou

acúmulo de biofilme.

Naert, et al. (2004), após dez anos de acompanhamento, avaliaram 26

pacientes usuários de overdentures mandibulares sobre dois implantes com

(26)

sangramento, alteração no nível de inserção, valores de Periotest e nível ósseo

marginal. Os tipos de retentores foram: magnetos, o’rings e barra. As avaliações

foram realizadas 4, 12, 60 e 120 meses após a instalação dos intermediários. Após

120 meses, nenhum implante foi perdido. Não houve diferença significante para os

parâmetros avaliados entre os grupos testados. Observaram que a perda óssea

marginal anual, excluído a dos primeiros meses de remodelação, se comparou a

perda observada em dentes naturais saudáveis. Concluíram que overdentures

mandibulares sobre dois implantes tem um excelente prognóstico, independente do

tipo de retentor utilizado.

Visser, et al. (2005) realizaram estudo prospectivo com 60 pacientes avaliando overdentures mandibulares sobre dois ou quatro implantes unidos por barra. Os parâmetros avaliados foram: a sobrevivência dos implantes, condições dos

tecidos duro e mole peri-implantares, necessidade de cuidados após cirurgia e

prótese, e satisfação. Os dados foram coletados, de forma padronizada, seis

semanas após a instalação das próteses e anualmente até o quinto ano de carga

funcional. Após o período de avaliação, um implante foi perdido no grupo com dois

implantes. O grupo com dois implantes apresentou maior necessidade de reparos

protéticos, enquanto o grupo com quatro, necessitou de correção de problemas

relacionados aos tecidos moles. Nos outros parâmetros não houve diferença entre

os grupos. Concluíram que não houve diferenças clínicas e radiográficas entre

overdentures sobre dois ou quatro implantes durante os cinco anos de estudo. Os pacientes de ambos os grupos ficaram satisfeitos com os tratamentos.

(27)

foram acompanhados por sete anos. Anualmente, foram realizados testes de

profundidade de sondagem, presença de sangramento e biofilme, taxa de fluxo de

fluido do sulco, estabilidade dos implantes (Periotest), concentração relativa de

Actinobacillus actinomycetemcomitans, Prevotella intermedia, Fusobacterium nucleatum, Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythensis, e Treponema denticola, e concentração sulcular de interleucina-1β e prostaglandina E2. Os resultados não apresentaram diferenças entre nenhum dos parâmetros testados. Os

autores concluíram que overdentures retidas por barra ou o’rings foram satisfatórias microbiológica, imunológica e clinicamente por longo tempo de uso por pacientes

com boa higiene.

De Jong, et al. (2010) avaliaram o grau de reabsorção óssea do rebordo posterior em pacientes usuários de overdentures mandibulares sobre dois ou quatro implantes unidos por barras. Trinta pacientes foram avaliados em cada grupo. As

mensurações foram realizadas imediatamente após a instalação das próteses e

após dez anos. Overdentures sobre dois implantes apresentaram redução óssea de

10% na área avaliada, enquanto sobre quatro implantes, a redução foi de 6%. Os

autores concluíram que foi estatisticamente significante a diferença de reabsorção

óssea no rebordo posterior entre overdentures sobre dois e quatro implantes.

Weinländer, Piehslinger e Krennmair (2010) analisaram as condições

peri-implantares e a necessidade de manutenção de overdentures sobre implantes esplintados. Setenta e seis pacientes receberam dois ou quatro implantes na região

interforaminal e foram divididos em três grupos, de acordo com o tipo de retentor.

Grupo 1 - recebeu dois implantes unidos por barra oval, Grupo 2 – recebeu quatro

implantes unidos por barras ovais e Grupo 3 – recebeu quatro implantes com barra

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sondagem; índices de biofilme, de sangramento, de cálculo e gengival; e

necessidade de manutenção foram os parâmetros avaliados. Após cinco anos de

avaliação, a taxa de sobrevivência dos implantes foi de 100%. Não foi observada

diferença entre os grupos quanto aos parâmetros peri-implantares. O grupo 3

apresentou menor necessidade de manutenção pós instalação das próteses. Os

autores concluíram que a condição peri-implantar é independente do tipo de

mecanismo de retenção (rígido ou resiliente) e que overdentures sobre quatro implantes e barra fresada necessitam de menos manutenção.

Bilhan, et al. (2011) estudaram a influência do tipo de retentor, número de implantes, idade, sexo e força de mordida na ocorrência de complicações em

overdentures mandibulares após um ano de uso. Cinquenta e nove pacientes foram incluídos neste estudo. Os tipos de overdenture foram: sobre dois implantes com

Locator ou o’rings; sobre três implantes unitários, sobre três implantes unidos por barra e sobre quatro implantes unidos por barra. Avaliaram a oclusão, adaptação

dos tecidos, condições dos retentores (matriz e patriz) e condições dos tecidos de

suporte. Os resultados mostraram que não existe relação significante entre força de

mordida, tipo de retentor, número de implantes e ocorrência de complicações. A

única exceção foi a necessidade de reembasamento, que teve maior incidência em

overdentures retidas por o’rings. Os autores concluíram que não houve relação entre a ocorrência de complicações e os fatores estudados.

Bilhan, Mumcu e Arat (2011) realizaram estudo avaliando a influência de tipos

de retentor de overdentures mandibulares na perda óssea marginal. Cinquenta e um pacientes foram avaliados clinicamente quanto ao índice de biofilme, índice de

sangramento, profundidade de sondagem, e perda óssea peri-implantar. Medições

(29)

em 6, 12, 24 e 36 meses após a colocação da prótese. Os tipos de overdentures

foram: retidas por dois o’rings, retidas por três o’rings, retidas por quatro o’rings,

retidas por barras sobre três implantes e retidas por barras retidas por quatro

implantes. Os resultados de perda óssea foram correlacionados com sexo, idade,

diâmetro e comprimento dos implantes e se estavam esplintados ou não. Os

resultados demonstraram não haver diferença entre retentores esplintados ou não

na perda óssea marginal mesial e distal aos implantes. A perda óssea foi significante

em situações de cantiléver. Os autores concluíram que sexo, idade e diâmetro dos

implantes não influenciam a perda óssea, mas que o comprimento do implante tem

importante papel na manutenção óssea. O tipo de retentor não influencia na perda

óssea marginal, mas a presença de cantilever a aumenta.

Tymstra, et al. (2011) estudaram o efeito do uso de overdentures

mandibulares sobre dois ou quatro implantes unidos por barras ou próteses totais

convencionais na reabsorção óssea da região anterior da maxila e posterior da

mandíbula em desdentados totais. Cento e vinte pacientes, sendo trinta em cada

grupo de overdentures e sessenta com próteses convencionais, foram incluídos neste estudo. Todos receberam próteses totais convencionais maxilares. Exames

radiográficos foram realizados antes e após 10 anos do tratamento. Após o período

do estudo, ocorreu perda óssea significante nas áreas estudadas. Não houve

diferença entre os grupos em ambas as áreas. Os autores afirmaram que pacientes

usuários de overdentures não são mais suscetíveis a perda óssea do rebordo residual que pacientes usuários de próteses totais convencionais.

Geckili, Mumcu e Bilhan (2012) estudaram o efeito do tipo de retentor, número

de implantes, idade, sexo, e força máxima de mordida na perda óssea marginal de

(30)

com dois, três ou quatro implantes mandibulares. Os tipos de retentores foram:

barras sobre três e quatro implantes, o´rings sobre três implantes, o’rings e Locators

sobre dois implantes. A avaliação foi feita por medição de radiografias panorâmicas

tomadas no início do tratamento e após quatro anos. Os resultados mostraram que

quanto maior a força máxima de mordida, maior a perda óssea marginal. Os outros

fatores avaliados não demonstraram correlação com a perda óssea.

Stoker, van Waas e Wismeijer (2012) avaliaram a relação de perda óssea

marginal a parâmetros clínicos em três tipos de overdentures mandibulares. Por uma média de 8,3 anos, noventa e quatro pacientes foram avaliados quanto ao índice de

biofilme e sangramento, profundidade de sondagem e exames radiográficos.

Pacientes fumantes e não-fumantes foram comparados Os três tipos de

overdentures estudadas foram: sobre dois implantes e retentores bola (G1), sobre dois implantes unidos por barra oval (G2) e sobre quatro implantes unidos por três

barras (G3). Overdentures G1 apresentaram índice de biofilme menor que os outros grupos, porém não houve correlação com os outros parâmetros estudados.

Overdentures sobre quatro implantes apresentaram maior perda óssea marginal. A profundidade de sondagem foi correlacionada a quantidade de perda óssea

peri-implantar. Em pacientes fumantes, a perda óssea foi quase o dobro da observada

em pacientes não fumantes. Concluíram que overdentures sobre dois implantes apresentam menor perda óssea que overdentures sobre quatro implantes. E que fumar é um risco para a sobrevivência em longo prazo de implantes

(31)

Setz, Wright e Ferman (2000) quantificaram por método (in vitro) de transdutores de efeito hall, a movimentação de overdentures mandibulares sobre dois implantes. Testaram diferentes locais de aplicação de carga: posição cêntrica

com diferentes distâncias em relação à linha entre os implantes e posição lateral à

prótese, na região vestibular entre pré-molar e molar. Avaliaram também tipos de

retentores: bola, barra oval, barra cilíndrica, barra com laterais paralelas e como

controle a ausência de retentores. Cada grupo teve cinco repetições. Após a análise

dos resultados, observaram que o método utilizado foi viável para quantificar a

movimentação das próteses. Não houve diferença na quantidade de movimentação

entre os tipos de retentores. A única exceção foi durante carga lateral, onde o grupo

de barra com laterais paralelas apresentou menor movimentação que o grupo com

bola. Concluíram que sob carga lateral, a geometria do suporte anterior é de grande

importância para a estabilidade da prótese e que aspectos da aplicação de carga

foram mais relevantes que a escolha de retentores.

Kimoto, et al. (2009) estudaram a frequência e severidade da rotação de

overdentures inferiores sobre dois retentores bola. Avaliaram, também, a influência na satisfação e habilidade mastigatória dos pacientes e os fatores envolvidos no

movimento de rotação. Através de questionários, puderam observar que 37 dos 79

pacientes envolvidos apresentavam ciência do movimento da prótese. Concluíram

que o movimento de rotação possui efeito negativo na percepção de habilidade

mastigatória e é associado ao posicionamento dos dentes anteriores e o

comprimento da prótese, assim como o grau de reabsorção alveolar. O nível de

desconforto foi 39/100 (100 mm Visual Analogue Scale - VAS). No entanto, não

(32)

mastigatória. Todos os pacientes apresentaram nível de satisfação geral alta,

mesmo quase metade deles apresentando rotação da overdenture.

2.2.2. Análise de Tensão

Kenney e Richards, (1998) avaliaram por meio da fotoelasticidade dois

sistemas de retenção de overdentures retidas por dois implantes. Foram ancorados dois implantes em mandíbula fotoelástica e então, confeccionadas overdentures. A superfície de contato das próteses foi recoberta com silicone de adição para simular

a mucosa oral. Os sistemas de retenção analisados foram bola/o’ring e barra clipe.

As próteses receberam aplicação unilateral de cargas verticais e oblíquas de 10 a

200 lb na região de primeiro molar esquerdo e direto. A análise dos resultados

mostrou que com cargas verticais o sistema bola/ o’ring transferiu tensão mínima

para ambos os implantes, no sistema barra clipe, este tipo de aplicação de carga

gerou imediatamente padrões de tensão de maior intensidade e concentração nos

dois implantes. Na aplicação de carga posterior oblíqua os padrões de tensão foram

similares para ambos os sistemas. Concluíram que o sistema bola/o’ring transfere

menos tensão aos implantes que o sistema barra clipe quando os modelos

fotoelásticos foram submetidos à aplicação de carga posterior vertical.

Tokuhisa, Matsushita e Koyano (2003) compararam padrões de tensão e

movimento de overdentures sobre dois implantes com três tipos de retentores. Avaliaram barra, o’rings e magnetos. Foram usados extensômetros para medir a

(33)

movimentação das próteses. Foi aplicada carga de 0 a 50N (com intervalos de 5N)

na região do primeiro molar. Foi observado que o sistema de barra induziu maior

quantidade de força axial e momento de flexão em ambos os implantes, mas a

prótese apresentou estabilidade. Os magnetos apresentaram os menores momentos

de flexão, mas foram as próteses com maior movimentação. O’rings induziram força

axial e momento de flexão concentrado no implante do lado carregado, no entanto a

magnitude foi a menor e a movimentação da prótese foi similar ao grupo com barra.

Concluíram que o uso de o’rings em overdentures pode ser vantajoso por melhorar a distribuição de tensões, minimizando a movimentação da prótese.

Sadowsky e Caputo (2004) estudaram, por meio da fotoelasticidade,

overdentures com dois e três implantes unidos por barras com cantilever de 7 mm. Quatro tipos de prótese foram avaliados: sobre dois implantes com clipes ou

plungers distais, sobre três implantes com clipes ou plungers distais. Aplicaram

carga vertical de 15 e 30 lbf no primeiro molar esquerdo e 15 lbf no primeiro

pré-molar esquerdo. Observaram que, em todas as condições testadas, os quatro tipos

de prótese transmitiram pouca tensão ao implante ipsilateral, assim como para o

contralateral. A presença de plungers nas barras sobre dois implantes apresentou

maior divisão de tensão com o rebordo edêntulo que os clipes na barra sobre três

implantes, resultando em menos tensão nos implantes.

Akça, et al. (2007) compararam a transmissão de tensão ao osso cortical por

overdentures esplintadas e não-esplintadas usando extensômetros. Utilizando quatro mandíbulas de cadáveres humanos frescos, confeccionaram três tipos de

overdentures sobre dois implantes. Duas esplintadas, com barra e com barra e cantilever, e uma não esplintada, com o’rings. Dois tipos de aplicação de carga

(34)

carga máxima foi de 100 N. Extensômetros foram colados à tábua óssea vestibular

adjacente aos implantes. Após análise dos resultados os autores concluíram que

implantes esplintados, independente do tipo de barra, reduzem significativamente a

quantidade de tensão transmitida a tábua óssea vestibular quando comparados a

implantes não esplintados.

Cekiç, Akça e Cehreli (2007) avaliaram tensões transmitidas aos implantes de

três tipos de overdentures mandibulares. Compararam overdentures sobre dois implantes com dois o’rings, com barra e com barra com cantilever de 8 mm. A

simulação foi realizada utilizando modelos acrílicos de mandíbula. Na região distal

dos implantes foram colocados extensômetros e foram aplicadas cargas unilaterais,

verticais e oblíquas, de 20, 40 e 60 N na região do segundo pré-molar. A análise do

implante do lado carregado demonstrou maior tensão em overdentures com o’rings, independente da condição de carga. Os grupos com barra apresentaram maior

tensão no implante do lado não carregado. Os autores concluíram que no grupo de

o’rings não ocorreu distribuição de tensões entre os implantes, ficando sujeitos a

uma maior tensão que os grupos com barra.

Celik e Uludag (2007) realizaram um estudo com o propósito de avaliar, pela

técnica fotoelástica, a transmissão de tensões de quatro tipos de sistemas de

retenção para overdentures sobre 3 implantes, orientados verticalmente ou inclinados. Foram criados dois modelos fotoelásticos simulando uma mandíbula

desdentada, um recebeu três implantes colocados paralelamente e orientados

verticalmente, o outro modelo recebeu um implante verticalmente orientado na linha

média e os outros dois posicionados com 20 graus de divergência do implante

(35)

central do 1° molar das overdentures. Para implantes esplintados e não-esplintados foram encontradas tensões moderadas (entre 1 e 3 franjas) e leves (até 1 franja) nos

quatro sistemas de retenção. Tanto para o modelo com implantes verticais, como

angulados, os menores níveis de tensão foram encontrados para o sistema barra

clipe com bola/o’ring nas extremidades. Este sistema apresentou tensões leves em

todos os implantes, enquanto que os sistemas não-esplintados apresentaram

tensões moderadas nos implantes do lado carregado. Para o modelo com implantes

verticais, as tensões foram distribuídas por todos os implantes, com exceção do

sistema bola, que demonstrou pouca tensão nos implantes do lado não carregado.

Assunção, et al. (2008), em análise de elementos finitos bidimensional, comparou a transmissão de tensão de próteses totais convencionais mandibulares e

overdentures com diferentes tipos de conectores. Os grupos foram: prótese total convencional, overdentures sobre dois implantes com barra e overdentures com dois implantes e o’rings. Sobre o primeiro molar esquerdo foi aplicada carga de 100 N.

Prótese total convencional demonstrou os menores níveis de tensão. Overdentures

com barra transmitiram menos tensão que overdentures com o’rings. Concluíram que o uso de conectores aumenta a quantidade de tensão e que o tipo barra

favorece a redução da distribuição tensão quando comparado a o’rings.

Barão, et al. (2008) avaliaram a influência da espessura e resiliência da mucosa na transmissão de tensão em overdentures mandibulares sobre dois implantes. A partir de um modelo de elementos finitos bidimensional, compararam

overdentures com barra e com barra e o’rings distais. Três condições de mucosa foram estudadas: rígida, resiliente e macia, com 1, 3 e 5 mmm de espessura,

respectivamente. Para realização da análise foi aplicada carga de 100 N na incisal

(36)

mucosa, overdentures com barra apresentaram maiores níveis de tensão. O aumento de espessura e resiliência da mucosa causou a diminuição dos valores de

tensão. Dos tecidos analisados, o osso cortical foi o que teve maiores valores de

tensão. Concluíram que o uso de overdentures com barra e o’rings distais melhora a distribuição de tensões.

Barão, et al. (2009) compararam pelo método de elementos finitos próteses totais convencionais e overdentures com diferentes tipos de sistemas de retenção. Quatro modelos de mandíbula com 2 implantes foram confeccionados: grupo A

(controle): prótese total convencional; grupo B: overdenture retida por dois implantes esplintados por sistema de barra clipe; grupo C: overdenture retida por dois implantes não-esplintados com sistema de bola/o’ring; grupo D: overdenture retida por dois implantes esplintados por sistema de barra clipe com bola/o’ring

posicionados nas extremidades. Realizou-se aplicação de carga vertical de 100 N na

região de incisivos centrais. Após análise computacional foi observado que o valor

mais baixo de tensão geral máxima (em MPa) encontrava-se no grupo A (64,305)

seguida pelos grupos C (119,006), D (258,650), e B (349,873). A mesma tendência

ocorreu nos tecidos de suporte, com valores mais altos de tensão para o osso

cortical. Implantes não-esplintados associados ao sistema de conexão bola/o’ring

(grupo C) apresentaram os menores valores de tensão máxima em todos os grupos

de overdentures. Além disso, bola/o’ring melhorou a distribuição de tensões quando associado com o sistema de barra clipe (grupo D).

Prakash, D'souza e Adhikari (2009) realizaram estudo avaliando a

transmissão de tensões de três tipos de retentores para overdentures mandibulares. A partir de uma tomografia computadorizada de uma mandíbula desdentada

(37)

modelo 1 simulava overdenture sobre dois implantes e barra, o modelo 2,

overdenture sobre quatro implantes e três barras, o modelo 3, overdenture sobre quatro implantes com barras unindo apenas os implantes mediais com os distais

lateralmente. Carga de 100 N foi aplicada de forma distribuída sobre os clipes.

Foram analisadas as tensões máximas de von Mises nas barras e na interface

osso/implante dos três modelos. A flexão de mandíbula e das barras também foi

analisada. A tensão máxima foi observada no modelo 1 localizada na região central

da barra. Pequena diferença foi observados nos modelos 2 e 3, sendo o modelo 2 o

que apresentou menor tensão. Em ambos, a tensão ficou localizada na junção da

barra com o intermediário. Para a tensão na interface osso/implante, o mesmo

comportamento dos modelos foi observado. Os autores observaram que a menor

flexão de mandíbula e barra ocorreu no modelo 3 e a maior no modelo 2. Com isso,

concluíram que overdentures sobre quatro implantes e barras unindo apenas os implantes mediais com os distais lateralmente é a escolha melhor dentre os tipos

estudados.

Machado, et al. (2011) compararam a transmissão de tensão de

overdentures, com três tipos de retenção, por meio da fotoelasticidade. Analisaram

overdenture sobre dois implantes com o’rings, overdenture com dois implantes unidos por barra e overdenture sobre quatro implantes unidos por barras com o’rings

distais. Realizaram três tipos de aplicação de carga: bilateral, no centro do primeiro

molar esquerdo e direito e na região entre os incisivos centrais, todos com 100 N. Os

resultados demonstraram que overdenture sobre dois implantes com o’rings

transmitiu menos tensão aos implantes, distribuindo a tensão entre o rebordo

posterior e os implantes. Overdenture sobre quatro implantes apresentou

(38)

implantes e rebordo. O uso de dois implantes e barra mostrou nível intermediário de

tensão, mas com uma maior uniformidade de distribuição entre rebordo e implantes.

Os autores concluíram que, por essas razões, overdentures sobre dois implantes unidos por barra são a melhor alternativa.

Takeshita, Kanazawa e Minakuchi (2011) estudaram a tensão gerada no osso

peri-implantar por diferentes tipos de retentores de overdentures durante remoção da prótese e aplicação de carga. Utilizando modelos acrílicos de mandíbula

desdentada com dois implantes na região dos caninos, compararam, por

extensômetria, o’rings, barra e magnetos. Aferiram as tensões e a força de retenção

em três tipos de deslocamento: vertical, anterior e posterior. Também realizaram

aplicação de carga unilateral de 100 N, perpendicular ao plano oclusal, nas regiões

de primeiro molar esquerdo e direito, e de incisivos. O grupo de barra apresentou a

maior força de retenção e reduzido nível de tensão no deslocamento posterior. O

grupo de o’rings teve a maior quantidade de tensão nas aplicações de carga sobre

os molares. Os magnetos tiveram a menor força de retenção e os maiores níveis de

tensão durante carga na região anterior.

2.2.3. Força de Retenção

Breedin, et al. (1996) investigaram a força de retenção de sistema de barra sobre dois pilares com um ou dois clipes, antes e após simulação de função. Cada

grupo teve cinco espécimes. No grupo com um clipe, este foi posicionado no centro

(39)

Utilizando máquina de ensaios universal, a força de retenção foi aferida na primeira

e segunda remoção do clipe da barra correspondente. Após, mais dez remoções

foram realizadas, mas não foram avaliadas. Mais três remoções foram feitas, sendo

a média delas correspondente ao valor de retenção pré-teste. Então realizaram a

simulação de função, com aplicação de carga de 2,5 Kg sobre a área da barra, com

velocidade de 120 ciclos por minuto durante 48 horas, totalizando 345600 ciclos. Em

seguida, mais três remoções foram realizadas, e a média correspondeu ao valor

pós-teste. Após a análise dos dados, os autores observaram que a primeira remoção

já é suficiente para haver uma redução na força de retenção, e que há uma queda

acentuada até 12 a 15 remoções. Indicam que antes da instalação no pacientes,

sejam realizadas de 12 a 15 remoções. Concluíram que dois clipes promovem maior

força de retenção. Independente do grupo, a simulação de função não causou

nenhuma mudança significante na retenção.

Van Kampe, et al. (2003) realizaram estudo in vivo, onde avaliaram força de retenção inicial e após 3 meses de função, assim como manutenção pós instalação

e complicações em overdentures mandibulares com bola/o’ring, barra/clipe ou magnetos. Dezoito pacientes edêntulos receberam dois implantes na região

interforaminal da mandíbula e novas próteses. Todos os pacientes utilizaram os três

tipos de próteses. A força de retenção foi medida intraoralmente de forma

padronizada. Os resultados apresentados demonstraram não existir diferença na

força de retenção entre o tempo inicial e após 3 meses em todos os grupos

avaliados. A forção de retenção para magnetos, barra/clipe, bola/o’ring foi 8,1, 31,3 e

29,7 N, respectivamente. O grupo que apresentou mais complicações pós-instalação

(40)

essas complicações foram de fácil resolução. O grupo de barra/clipe não apresentou

nenhuma complicação no tempo estudado.

Botega, et al. (2004) realizaram um estudo que avaliou a força da retenção e a resistência à fadiga de dois sistemas de retenção de overdentures. Vinte amostras (bola/o’ring e barra clipe) de dois fabricantes (Conexão Sistemas de Prótese e

Lifecore Biomedical) foram preparadas e divididas em quatro grupos: (A)

Conexão/bola/o’ring; (B) Conexão/barra clipe; (C) Lifecore/bola/o’ring e (D)

Lifecore/barra clipe, com cinco amostras em cada grupo. Foram submetidas ao teste

mecânico de fadiga usando uma máquina que executava 5500 ciclos de inserção e

remoção (f = 0,8 hertz), imersos em saliva artificial. Os valores de força de retenção

foram obtidos três vezes (inicial, 3000 e após 5500 ciclos) simulando o uso clínico.

Os autores concluíram que os sistemas avaliados mostraram valores satisfatórios de

força da retenção, antes e após teste de fatiga. Os espécimes Conexão/barra clipe

apresentaram os valores mais elevados; e a simulação de cinco anos da inserção e

remoção não diminuiu os valores de retenção ou fraturou componentes.

Varghese, et al. (2007) estudaram a influência de agentes higienizadores de

overdentures na força de retenção de clipes de Hader amarelos. Os agentes utilizados foram Polident Regular, Polident Overnight, Efferdent, 5.25% de

Hipoclorito de sódio (NaOCl, diluição 1:10) 15 min/dia, NaOCl (diluição 1:10) 8

horas/dia, água e como controle ambiente seco. As medições de força de retenção

foram feitas antes e após o período de imersão. Após análise dos resultados

concluíram que, em soluções comerciais efervescentes (Polident 5 Minute, Polident

Overnight, and Efferdent), os clipes não sofreram alterações durante simulação de 6

(41)

retenção, o que para os autores deve ser associado à redução da durabilidade dos

clipes.

Doukas, et al. (2008) avaliaram in vitro a retenção sob fadiga de 5 sistemas de retenção de overdentures colocados em 3 distâncias inter-implantares (19, 23, e 29 mm). Os sistemas testados foram: Barra/clipe vermelho (Metalor); Barra/clipe

amarelo (Metalor); Barra/clipe branco (Metalor); Bola/o’ring (Astra Tech); Magnetos

(Alchl Steel). Os sistemas foram removidos a cada 15 dias e submetidos com

cuidado a 45 trações manuais. Completadas as trações, foram armazenados em

água destilada por mais 15 dias, foram removidos outra vez e sujeitos a um novo

ciclo de fatiga. Este procedimento foi repetido 12 vezes para simular um período de

6 meses de uso. Os resultados demonstraram que somente os clipes plásticos

vermelhos e amarelos foram afetados pela distância inter-implantar. Os autores

concluíram que após o uso simulado, os clipes plásticos vermelhos ou amarelos

para barras tiveram pior desempenho quando colocados próximos. A perda de

retenção após uso clínico simulado de 6 meses foi observada para todos os

sistemas, exceto ímãs. Bola /o’ring é o sistema de escolha em todas as distâncias

inter-implantares.

Em 2009, Evtimovska, et al. avaliaram as mudanças nos valores de retenção

de overdentures durante múltiplas inserções e remoções, com os sistemas Barra de Hader/clipe e Locator. Testaram três grupos, clipe Hader amarelo, Locator Branco e

Locator verde, cada um com 21 espécimes. O grupo Locator verde foi testado em implantes divergentes 20 graus. Cada espécime recebeu 20 trações em máquina de

ensaios universal. Os valores foram comparados entre cada tração, e após a

normalização do primeiro valor como sendo o valor máximo, foi comparada a

(42)

maiores valores de retenção que o grupo de clipe Hader amarelo, no entanto este

apresentou a menor porcentagem de perda de retenção durante as 20 trações. O

grupo com implantes angulados apresentou a maior perda de retenção ao longo do

tempo. Os autores recomendam ao clínico remover e colocar a overdenture múltiplas vezes antes de entregá-la ao paciente.

Abi Nader, et al. (2011) analisaram a influência da simulação de ciclagem mastigatória na força de retenção de retentores não esplintados em overdentures. Usaram dois tipos de retentores: bola/o’ring e Locator. Realizaram o total de 400000 ciclos, a cada 100000 realizam teste de força de retenção. Após a análise dos

dados, observaram que o grupo com bola/o’ring apresentou valores mais baixos de

retenção, se mantendo constante durante toda a ciclagem. O sistema Locator

apresentou valores elevados no momento inicial. A forma cilíndrica, grande área de

contato, retenção externa e interna adjacente a superfícies paralelas são fatores

importantes para explicar estes valores. No entanto, após a ciclagem, o grupo

Locator perdeu 40% do valor de força de retenção inicial. Concluíram que a mastigação é o principal fator associado à necessidade de manutenção do sistema

Locator e não influencia o sistema bola/o’ring.

2.3. Avaliação de Mastigação

Bakke, Holm e Gotfredsen (2002) avaliaram força de mordida, eficiência

mastigatória, atividade eletromiográfica e satisfação de pacientes desdentados

(43)

portadores de prótese totais há pelo menos cinco anos e que apresentavam boa

saúde geral, foram incluídos neste estudo. Todos receberam próteses totais

convencionais novas. Após seis meses de uso, overdentures mandibulares sobre dois implantes foram instaladas, cinco receberam sistema bola/o’ring e sete

barra/clipe. Avaliações foram feitas 3 meses, um ano e cinco anos após. Os

resultados demonstraram que após o tratamento com overdenture, todos os

pacientes puderam mastigar alimentos duros e difíceis, a força de mordida e a

atividade mastigatória aumentaram e a duração dos ciclos mastigatórios diminuiu,

assim como a presença de dor durante a mastigação. Todos os pacientes sentiram

melhora da função, no entanto, sete deles não ficaram totalmente satisfeitos com o

tratamento. Entre os totalmente satisfeitos e os não, não foram observadas

diferenças quanto ao tipo de sistema de retentores, número de correções da

overdenture, reconfecção da prótese maxilar, número de dentes ocluindo, recuperação de DVO ou atividade postural. A atividade dos músculos elevadores

durante mordida e mastigação foi significantemente menor no grupo de pacientes

não totalmente satisfeitos, inclusive antes da colocação de implantes. Os autores

concluíram que overdenture mandibulares promovem melhor função de mastigatória

e maior força de mordida que próteses totais convencionais. E que a capacidade

muscular pode ser um fator para determinar o prognóstico de satisfação do paciente.

Chen, et al. (2002) avaliaram eficiência mastigatória de pacientes portadores de overdentures sobre implantes, overdentures sobre dentes e próteses totais convencionais mandibulares. Os resultados foram correlacionados com traçados de

excursão mandibular e eletromiografia. Os participantes, 14 por grupo, foram

submetidos aos ensaios duas vezes, em tempos diferentes, uma para quantificar a

(44)

eletromiografia. Os resultados demostraram que overdentures sobre implantes apresentam maior eficiência mastigatória, seguido por overdentures sobre dentes, e próteses totais convencionais. A eficiência mastigatória é mais correlacionada com

excursão mandibular e menos com a atividade eletromiográfica do temporal e

masseter. Participantes usuários de overdentures sobre implantes apresentaram melhor controle e centralização terminal do ciclo mastigatório que portadores de

prótese totais convencionais.

Van Kampen, et al. (2004) avaliaram, em estudo cross-over, a função mastigatória de overdentures mandibulares. Três tipos de retentores foram utilizados: magnetos, bola e barra. Dezoito pacientes foram avaliados quanto ao

desempenho (grau de fragmentação do alimento) e eficiência mastigatória (tamanho

inicial dividido pelo tamanho final do alimento) após 15 e 30 ciclos, e também quanto

ao número de ciclos mastigatórios até a deglutição. Os resultados mostraram que a

função mastigatória melhorou após a colocação de implantes. Overdentures com barra e bola tiveram desempenho mastigatório levemente superior àquelas com

magnetos. O número de ciclos mastigatórios até a deglutição diminuiu

significativamente após o tratamento com implantes. Concluíram que overdentures

resultam em melhor função mastigatória. Pequenas diferenças foram observadas

entre os tipos de retentores. Após o tratamento de overdentures, partículas de menor tamanho foram deglutidas.

Van der Bilt, van Kampen e Cune (2006) investigaram em estudo clínico

cross-over, a hipótese de que maior estabilidade e retenção em overdentures

mandibulares geram melhora na função mastigatória. Dezoitos pacientes portadores

de próteses totais convencionais receberam dois implantes na região interforaminal.

(45)

barra foram utilizadas por períodos de três meses. Foram avaliadas a atividade dos

músculos masseter e temporal durante apertamento máximo, atividade relativa e

absoluta dos mesmos músculos durante a mastigação, duração do ciclo mastigatório

e trajetória mandibular durante mastigação. Próteses convencionais novas

apresentaram menor atividade muscular que overdentures. Não foram observadas diferenças significativas na atividade muscular entre os tipos de overdentures. Também não foram observadas diferenças entre as próteses convencionais antigas

e overdentures. Não foram observadas mudanças na duração do ciclo mastigatório e na trajetória da mandíbula durante a mastigação entre as situações avaliadas. Os

autores concluíram que medições da atividade muscular não provem informações

adequadas quanto à função mastigatória.

Bilhan, et al. (2012) pesquisaram a influência do número de implantes, tipo de retentor, sexo e idade na força máxima de mordida de pacientes usuários de

overdentures. Sessenta e dois pacientes (32 mulheres e 30 homens) foram incluídos neste estudo. A idade variou de 42 a 90 anos. Os tipos de retentores foram: dois

implantes com Locator; dois implantes com bola; três implantes com bola; barras sobre três implantes e barras sobre quatro implantes. A força de mordida foi aferida

por extensômetros, bilateralmente, por três vezes cada lado. Essa mensuração foi

realizada com e sem o suporte de implantes. A força máxima de mordida dos

homens foi significativamente maior que a das mulheres. Idade, número de

implantes e tipo de retentor não apresentaram diferenças significantes na força de

mordida. Concluiu-se que, independente do número, implantes aumentaram a força

máxima de mordida. Homens apresentaram maior força, enquanto idade e tipo de

(46)

Farias, et al. (2012) avaliaram a eficiência mastigatória de portadores de próteses totais convencionais ou overdentures mandibulares. Vinte e nove pacientes foram divididos em dois grupos. O primeiro recebeu próteses maxilares e

mandibulares convencionais, o segundo, overdentures mandibulares sobre dois implantes unidos por barra e próteses convencionais maxilares. Os grupos foram

avaliados quanto eficiência mastigatória e satisfação após 3 meses da instalação

das próteses. Os resultados não apresentaram diferenças para a eficiência

mastigatória. A satisfação geral foi maior para o grupo de overdentures, assim com a satisfação com a experiência de mastigação e retenção da prótese mandibular. Os

autores concluíram que overdentures melhoram a satisfação com a mastigação, mas

apresentam efeito limitado na eficiência mastigatória.

Geckili, et al. (2012) analisaram a correlação da força máxima de mordida com satisfação e qualidade de vida de pacientes usuários de overdentures.

Sessenta e dois pacientes tratados com diferentes tipos de overdentures

mandibulares no período de 2004 a 2007 foram incluídos neste estudo. A força

máxima de mordida foi avaliada bilateralmente por meio de extensômetros.

Baseados em escala visual analógica, todos os pacientes responderam a

questionários relacionados à satisfação geral, satisfação com a mastigação e ao

formulário Oral Health Impact Profile (OHIP-14). Os resultados mostraram não existir

correlação entre os valores de força máxima de mordida e os valores de satisfação

geral ou com a mastigação ou do OHIP-14. Concluíram que a força máxima de

mordida não está associada à satisfação ou qualidade de vida de usuários de

overdentures mandibulares implantossuportadas.

Müller, et al. (2012) estudaram eficiência mastigatória, força máxima de

Imagem

Figura 4 Posicionamento dos análogos. .A e B união dos transferentes; C e D moldagem de  transferência; E e F molde de transferência; G e H análogos posicionados nos modelos
Figura 7 Posicionamento do retentor bola. A. Posicionamento do retentor bola em barra já fundida;
Figura 9 Ciclo térmico de expansão do revestimento e eliminação da cera para fundição
Figura 18 Confecção de pontas antagonistas
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Referências

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