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Coeficiente de endocruzamento em portadores de esquistossomose mansônica.

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R e v is ta d a S o c ie d a d e B ra s ile ir a d e M e d ic in a T ro p ic a l 2 2 (1 ): 4 5 -4 9 , ja n - m a r , 1 9 8 9

COEFICIENTE DE ENDOCRUZAM ENTO EM PORTADORES DE

ESQUISTOSSOM OSE M ANSÔNICA

José Tavares-N eto e A lu izio Prata

O co e fic ie n te d e e n d o c ru za m e n to ( f ou d e W righ t) f o i c a lc u la d o em 1 1 2 3 in d i­ v íd u o s d e C a to lâ n d ia , B a h ia , á r e a h ip e re n d ê m ic a d a e s q u is to s s o m o s e m an sô n ic a: 1 4 8 ( 1 3 ,2 % ) tin h a m o c oe ficien te f > 0. A f o r m a h e p a to sp lê n ic a f o i sig n ific a n te m e n te m a io r n o s in d iv íd u o s c o m/ > 0 ( 2 6 ,8 % ) . N o s b r a n c o s co m / > 0 o risc o re la tiv o f o i d e 1 4,1; en qu an to , n os b ra n c o s c o m f = 0,

q

fr e q ü ê n c ia d a h e p a to s p le n o m e g a lia n ã o dife riu d o s n ã o -b r a n c o s c o m f — o u f > 0. C o m e s te c o efic ien te e s tim o u -se a p r o b a b ilid a d e d e g e n e s a lé lic o s igu ais, c o m orig em e m a n c e s tr a l com u m ; o s r e s u lta d o s re for ça m a h ip ó te s e d a re g u la ç ã o g e n é tic a n a s u s c e p tib ilid a d e à f o r m a h e p a to s p lê n ic a d a e sq u is to s s o m o s e m an sô n ic a.

Palavras-chaves: Coeficiente de endocruzamento. S c h is to s o m a m an so n . Forma

hepatosplênica.

A forma grave hepatosplênica, da esquistosso­ mose mansônica, tem sido encontrada mais freqüente­ mente em indivíduos da raça branca.4 22 24 Recente­ mente, Tavares-Neto2^ confirmou essa associação: predominância na raça branca enquanto os negróides e mestiço de índio (segundo classificação de Krieger e c o l s 1 7 ) têm freqüência baixa dessa forma clínica. Também, Tavares-Neto & Prata2í> constataram que nos indivíduos brancos há menos regressão da forma hepatosplênica, para a hepatointestinal, após terapêu­ tica com oxamniquine. Ademais, a forma hepatosplê-nica da esquistossomose mansôhepatosplê-nica tem recorrência familial.7 15 27 Essas constatações reforçam a hipó­ tese da contribuição do componente genético para o desenvolvimento da forma hepatosplênica.

Quando o risco de ocorrer uma patologia é pro­ porcional ao coeficiente de endocruzamento (Bei-guelman3), suspeita-se que na susceptibilidade a uma doença haja participação do componente genético. O nosso objetivo foi fazer essa avaliação na esquistos­ somose mansônica, em Catolândia, município situado no Planalto Ocidental Bahiano com alta prevalência de esquistossomose hepatosplênica. A região não tem casos de malária ou calazar.

M ATERIAL E M ÉTO DO S

O coeficiente de endocruzamento de Wright (f) foi estimado em residentes na área hiperendêmica da

Trabalho do Núcleo de Medicina Tropical e Nutrição da Universidade de Brasília com suporte financeiro do CNPq e do Ministério da Saúde.

Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias d a Facul­ dade de Medicina do Triângulo Mineiro, Praça Thomaz Ulhoa 706, 38025 Uberaba-MG.

Recebido para publicação em 17/8/88.

esquistossomose mansônica de Catolândia, Bahia, Brasil. Esse coeficiente indica a probabilidade de dois genes alelos no indivíduo serem iguais, por terem origem em qualquer ancestral comum.9 18 Em 265

famílias nucleares foi realizado heredograma e

questionado ao casal sobre os ascendentes comuns.27 A s formas clínicas, hepatointestinal (H l) e hepatos­ plênica (H E), anteriores à terapêutica específica da esquistossomose mansônica, foram classificadas se­ gundo Prata.2! A raça dos indivíduos foi classificada segundo Krieger e cols!7 em: mestiço de índio (MI), branco (B), mulato claro (M C), mulato médio (M M), mulato escuro (M E) e negro (N )

Para a análise estatística das associações, entre as variáveis, empregam-se métodos estatísticos não-paramétricos, considerando-se 5% como o limite de significância.

R ESULTA DO S

D os 1130 indivíduos residentes, o coeficiente de endocruzamento (f) foi avaliado em 1125 (99,6% ). Destes, 19 (1,7% ) indivíduos eram filhos de casais consangüíneos, porém não sabiam especificar os as­ cendentes comuns e dois foram excluídos, porque as informações eram imprecisas, restando, portanto, 1123 indivíduos, ou 99,4% da amostra inicial.

A distribuição do coeficiente de endocruza­ mento (f) nos 1123 indivíduos foi (n%): 0 (975/88,3), 1/4 (2/0,2), 1/8 (49 /4,4), 1/16 (35 /3,2), 1/32 (23 /1,2), 1/64 (14 /1,3), 1/128 (6/0,5) e indeter-minadoi f > 0 (19 /1,7). Portanto, 13,2% (148/1123) dos indivíduos tinham f > 0 ; o que permite calcular f médio = 0,0087. N a Tabela 1, o f foi reagrupado e correlacionado à forma clínica. O coeficiente de endocruzamento foi maior entre os indivíduos

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T a v a r e s -N e to J , P r a ta A . C o efic ie n te d e e n d o c r u z a m e n to em p a c ie n te s p o r ta d o r e s d e e s q u is to s s o m o s e S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 22 : 4 5 -4 9 , ja n - m a r , 19 8 9.

m a n sô n ic a . R e v i s t a d a

Tabela 1 - Coeficiente de endocruzamento correlacionado com a forma clínica da esquistossomose mansônica, em Catolândia.

0

87,5(934) 73,2(41)

1/4 - a/6a 7,3( 78) 14,3( 8)

1 /3 2 - l/1 2 8 b 3,7( 39) 7>1( 4)

Indeterminado (f > 0 )c 1,5( 16) 5,4( 3)

Total 100,0(1067) 100,0(56)

O. (a + b + c): X \ = 9,54 p < 0,005

tosplênicos (26,8%), do que nos hepatointestinais (12,5%). O somatório foi feito para evitar a distorção estatística dos números pequenos (ne < 5,0). Assim, a diferença foi altamente signifícante (X f = 9,54 p

< 0,005); os hepatosplênicos com coeficiente f > 0 contribuíram com 82,5% do qui-quadrado total.

N a Tabela 2, o coeficiente f foi correlacionado com os grupos raeiais dos indivíduos. Os brancos tiveram, significatimente, mais f > 0 ( X | = 31,89 p < 0,00001). Aplicando o teste de bipartição do qui- quadrado, os mestiços de índio e os mulatos médios

não diferiram entre si (X^ = 0,00 p = 1), que somados não diferiram, também, dos mulatos claros ( X | cor = 1,09 p > 0,20). Esses três grupos raciais (M I+M M +M G), do mesmo modo, não diferiram dos indivíduos mais escuros (M E +N ), X? cor = 1,26 p > 0,20. No entanto, o conjunto dos não-brancos (M I+M C+M M +M E-t-N ) teve freqüência diferente, altamente signifícante, da dos brancos (X f = 29,54 p < 0,00001). Os brancos com f > 0 contribuíram com 92,6% do qui-quadrado total (31,89). Ou seja, 24,0% (55/229) dos brancos tinham f > 0, sendo nos não- brancos de 10,4% (93/894).

Tabela 2 - Coeficiente de endocruzamento, reagrupado em relação aos grupos raciais dos indivíduos de Catolândia-BA.

Coeficiente de

endocruzamento (f) Grupo Racial3 % (n)

MI B MC MM M E Í+ N h)

f = 0 f > 0

91,5(119)

8,5( 11) 76,0(174) 24,0( 55) 89,0(371) 11,0( 46)

91,5(195) 8,5( 18)

86,6(116) 13,4( 18)

Total (130) (229) (417) (213) (134)

a: M I = mestiço de índio; B = branco; M C = mulato-claro; M M = mulato-médio; M E = mulato-escuro e N = negro. b: 13 negros: 12 (f = 0) e 1 ( f > 0 )

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T a v a re s- N e to J , P r a ta A . C o e fic ie n te d e e n d o c ru za m e n to e m p a c ie n te s p o r ta d o r e s d e e sq u is to ss o m o s e m a n s ô n ic a . R e v is ta d a S o c ie d a d e B ra s ile ir a d e M e d ic in a T ro p ic a l 2 2 : 4 5 -4 9 , ja n - m a r , 1 98 9.

Tabela 3 - Correlação das variáveis estudadas: coeficiente de endocruzamentos (f), raça e forma clínica da esquistossomose mansônica.

Raça v^oeneieme ae

Endocruzamento Branca Não-Branca

% (n) HE H l Total HE H l Total

O

o

II

A

C+-< 5,8(10)

23,6(13)

94,2(164) 76,4( 42)

174 2,9(23)

55 1,1( 1)

97,1(778) 98,9( 92)

801 93

X p

14,82 < 0,0001

1,66* > 0,10

(*) Correção de Yates

N a Tabela 3, a raça (branca e não-branca), a forma clínica (hepatosplênica e hepatointestinal) e o coeficiente de endocruzamento (f = 0 e f > 0 ) foram correlacionados entre si. Também, somente nos indi­ víduos brancos, a freqüência da forma clínica, hepa­ tosplênica, variou significantemente (p < 0 ,00 0 0 1 ) entre os de f= 0 e f > 0 ;entre os não-brancos, a diferença não foi observada (p > 0 ,10). O teste de W oolf28 foi aplicado aos resultados da Tabela 3, por ser mais potente e baseado no risco relativo (RR), como se vê na Tabela 4; confirmando o comportamento diferente dos brancos, hepatosplênicos, com f > 0 . Todavia, nos indivíduos com f = 0 a diferença não foi observada (p > 0 ,1 0 ), tanto nos brancos como nos não-brancos. Por isso, os indivíduos brancos e não-brancos fazem parte de amostras heterogêneas ( X j = 6,16 p < 0 ,0 2 ). Através do teste de Woolf28, os brancos f > 0 tiverem risco relativo de 14,083 de apresentar a forma hepa­

tosplênica. Esses resultados, também, foram anali­ sados de outro modo, pelo teste de bipartição do qui-quadrado; através dos grupos: A (branco, f > 0), B (branco, f = 0), C (não-branco, f > 0) e D (não-branco f = 0 ); correlacionados com as formas clínicas, hepatosplênicas e hepatointestinal. D esse modo, a diferença foi altamente significante (X^ = 45,22 p < 0,00001). Porém, entre os indivíduos dos grupos C e D não ocorreu diferença estatística (X ? cor = 0,47 p > 0,40), assim como os do grupo B versus o C + D (X ? cor = 2,31 p > 0,10). Os indivíduos dos três grupos (B + C + D ) comparados aos do A (brancos, f > 0) tiveram comportamento diferente, com alta significân-cia estatística (X f = 42,44 p < 0,00001). Portanto, os indivíduos do grupo A contribuíram com 93,8% do qui-quadrado total e tiveram risco relativo de 7,4 em relação à forma hepatosplênica da esquistossomose mansônica.

Tabela 4 - Teste de W oolf aplicado aos resultados da Tabela 3.

Raça (n)

Coeficiente de Branca Não-Branca

Endocruzamento (f) HE H l HE H l RR* Y* W* X f P

o

o

A

II

t*-i

6m 13» 4 2 b 2 C 91^

11« 163f 30ê 771h

14,083 2,688 1,734 0,548

1,635 7,594

11,81 2,28

0,001 0,10

(*) RR (risco relativo = ad/bc ou eh/fg); Y = lognRR; W = 1/V; V** = l/ a + l/b + l/c + l/d; = Y2W

(**) Exemplo da primeira linha da tabela

Análise do X 2

X 2 G.L.(a) P

Significância 7,93(b) 1 < 0,005

Heterogeneidade 6 ,16(c) 1 < 0,02

a: graus de liberdade

b: Y’ = XW Y/ XW; X 2 = Y2 XW

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T a v a r e s -N e to J , P r a ta A . C o e fic ie n te d e e n d o c r u z a m e n to e m p a c ie n te s p o r ta d o r e s d e e sq u is to ss o m o s e m a n sô n ic a . R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d i c i n a T ro p ic a l 2 2 : 4 5 -4 9 , ja n - m a r , 1 98 9.

D ISC U SSÃ O

Quando entre os portadores de uma doença ocorre variação racial, da recorrência familial, da resistência às formas clínicas no espectro mais grave, da concordância nos gêmeos monozigóticos, do coe­ ficiente de consangüinidade e do suporte em resultados experimentais, existe uma sugestão da interferência do componente genético do indivíduo (Beiguclman^).

N a esquistossomose mansônica observa-se va­ riação racial, porque a forma hepatosplênica é mais encontrada em brancos25. N os indivíduos negros, aparentemente não miscigenados, essa forma clínica é rara.2 14 22. Essa associação não é influenciada por fatores sócio-econôniicos2^; no Brasil os negróides têm pior nlvel de vida.19.

A forma hepatosplênica concentra-se em algu­ mas famílias, ou seja, não tem distribuição ca­

sual,^ 27 çLq mesmo modo na geração filial27. Isto

em parte, porque a distribuição da forma hepatosplê­ nica sofre efeito materno^7, talvez por influências pré e/ou pós-natais, de origem ambiental. Quando a mãe é hepatosplênica, o risco dos filhos terem a mesma forma clínica é significantemente superior do que quando o pai é hepatosplênico. N o entanto, sendo somente o pai hepatosplênico o risco dos filhos é quase três vezes superior, estatisticamente signifícante, do que quando ambos os genitores têm a forma hepatointestinal.27

A resistência às formas graves, hepatosplênica, pode ser observada em estudos longitudinais, reali­ zados em áreas hiperendêmicas, onde a freqüência raramente é superior a 10%,' 16 23 se os critérios diagnósticos são bem definidos. Mesmo os indivíduos com carga parasitária alta ( > 500 ovos de S c h is to ­ s o m a m a n s o n i/ grama de fezes) e sujeitos às reinfec-ções podem não desenvolver a forma grave.1 8

O estudo em gêmeos, monozigóticos e dizigó-ticos, ainda não foi realizado.

Experimentalmente, Fanning e cols12, Cheever e cols5 e Fanning & Kazura11 relatam achados que reforçam a contribuição do componente genético na

fibrose hepática, em camundongos infectados pelo S.

m a n so n i.

Essas situações direcionam para a importância da constituição genética do indivíduo, no desenvolvi­ mento da forma grave, hepatosplênica. Em alguns sistemas genéticos polimórficos, estudados por outros autores, determinados fenótipos foram mais freqüen­ tes nos hepatosplênicos.24 Â região D do sistema de histocompatibilidade (H LA) controla a respota imu­ ne. N a esquistossomose mansônica, por exemplo, os portadores do haplótipo B w 44-D E N ,20 têm predis­ posição à fibrose hepática.

A resposta imuno-inflamatória à presença do

ovo do S. m a n s o n i, no fígado, completa com processo

dinâmico de deposição do colágeno10. Os doze

isóti-pos de colágeno conhecidos (Grimaud, 19 87: infor­ mação pessoal) são controlados geneticamente. N o entanto, falta esclarecer como a colagenogênese e a colagenólíse, através de enzimas, muitas polimórficas, interagem predispondo ou não à fibrose de Symmers e posterior hipertensão portal.

Os heredogramas das famílias estudadas, em Catolândia, não sugerem herança mendeliana simples, mas provavelmente multifactorial e, possivelmente, poligênica.27

A observação que demonstra ser o coeficiente de endocruzamento maior entre os hepatosplênicos e, notadamente, quando também da raça branca, informa que esses indivíduos têm redução de heterozigosidade. Ou seja, neles é mais provável o encontro de dois genes alélicos iguais. N essa situação aumenta a probabili­ dade da expressão de características anômalas, de várias ordens, inclusive bioquímicas e moleculares. Assim, sendo, alteração na colagenogênese e/ou na colagenólise poderia ser observada, com repercussão clínica dependente do passo bioquímico afetado.

O coeficiente f médio, em Catolândia, foi alto (0,0087), equivalente ao coeficiente de filhos de primos em 4? grau (f= l/1 2 8 ), expressando assim a alta freqüência de casais consangüíneos, principal­ mente no Nordeste brasileiro e na região m á s distante da faixa litorânea.13

A nossa observação, com respeito ao coeficien­ te de Wright ou f, acrescenta outro dado, à hipótese do envolvimento de fatores genéticos no homem, na susceptibilidade/resistência à hepatosplenomegalia mansônica.

S U M M A R Y

T h e co effic ie n t o f in b re e d in g ( f o r W r ig h t) w a s s tu d ie d in C a to lâ n d ia , in th e s ta te o f B a h ia , B r a z il, a n a r e a c o n s id e r e d h y p e r e n d e m ic f o r m a n so n s c h is to s o m ia s is in a p o p u la tio n o f 1 ,1 3 0 in h a b ita n ts. T h e co effic ie n t o f in b re e d in g w a s e s tim a te d f o r 1 ,1 2 3 in d iv id u a ls i t w a s c la s s ifie d a s f > 0 in 1 3 .2 % ( n = 1 4 8 ) . In th e h e p a to s p le n ic g r o u p th e fr e q u e n c y o f f > 0 w a s 2 6 .8 % , a n d in th e h e p a to in te s tin a l g ro u p

th e fr e q u e n c y w a s 1 2 .5 % . T h e fr e q u e n c y o f th e h ep atosplen ic d ia g n o sis in w h ites w ho w e r e f = 0 d i d n o t d iffe r f r o m th a t w h ich w a s o b s e r v e d in th e n eg ro id gro u p. T h ese v e r ific a tio n s w ere c o n fir m e d b y the W o o lf ’s test; th e r e la tiv e r is k o f th e w h ites, f > 0 in a c q u ir in g h e p a to s p le n ic s c h is to s o m ia s is w a s 14 .1 . T h ese o b s e r v a tio n s rein fo rc e th e in flu en c e o f th e ge n e tic c o m p o n e n t in th e d e v e lo p m e n t o f th e h e p a ­ to sp le n ic f o r m o f th e m a n s o n s sc h is to s o m ia s is .

Key-words: Coefficient o f inbreeding. S c h is to ­

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T a v a re s- N e to J , P r a ta A . C o e fic ie n te d e e n d o c r u z a m e n to e m p a c ie n te s p o r ta d o r e s d e e s q u is to s s o m o s e m a n s ô n ic a . R e v i s t a d a S o c ie d a d e B ra s ile ir a d e M e d ic in a T ro p ic a l 2 2 : 4 5 -4 9 , ja n - m a r , 1 9 8 9 .

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Referências

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